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Material Teórico
Informação e Coordenação (Sistema Nervoso e Endócrino)
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Informação e Coordenação
(Sistema Nervoso e Endócrino)
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Reconhecer os princípios e os mecanismos básicos da fisiologia animal e as adaptações
dos animais que os tornam capazes de existir em tantos ambientes diferentes.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
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O Sistema Nervoso
O sistema nervoso de vertebrados é originado da ectoderme em uma região
chamada placa neural, é o primeiro sistema a se diferenciar e o último a completar
o desenvolvimento. Sendo o mais complexo e diferenciado sistema do organismo:
cumpre funções cruciais, tais como a função integradora que atua na coordenação
dos órgãos, regulando, por exemplo, a filtração renal, a frequência cardíaca e a
pressão arterial (Figura 1); função adaptativa do animal ao meio, como sudorese
e calafrio; funções sensoriais e motoras, as quais recebem estímulos internos ou
externos e respondem com contrações voluntárias ou involuntárias. Nos humanos
e em outros animais, também controla as emoções.
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cranialmente, bulbo (mielencéfalo), situado caudalmente, e é responsável pela res-
piração, pressão arterial, coração, movimentos peristálticos e vômito e é ponte,
localizado entre ambos. A medula espinhal faz a ligação com o SNP.
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Transmissão do Impulso Nervoso
Em repouso, os canais de íons sódio (Na+) da membrana do neurônio estão fe-
chados, impedindo sua entrada na célula, pois existe maior concentração deste íon
no meio extracelular e a força de difusão, ou seja, o gradiente de concentração está
a favor do influxo celular de sódio. Nessa situação, o meio extracelular está positivo
em relação ao meio intracelular e dizemos que a membrana está polarizada.
Sinapse
A porção terminal do axônio pode comunicar-se com outro neurônio, no caso
dos interneurônios, ou com outras células como as musculares e as glandulares,
no caso de neurônios motores. A região de comunicação é denominada sinapse,
que, na maioria das vezes, é química, mas também pode ser elétrica.
As sinapses elétricas são comumente encontradas em invertebrados, nos cir-
cuitos neurais que dão respostas à fuga. São mais simples e evolutivamente anti-
gas nos mamíferos adultos, são raras sendo mais comuns na fase de embriogênese.
Esse tipo de sinapse ocorre por junções comunicantes que unem uma célula a
outra por canais proteicos e permitem que íons passem diretamente de uma cé-
lula para outra.
As membranas das células pré e pós-sinápticas são separadas por um espaço
que varia de 20 a 50 nm, denominado de fenda sináptica. Na sinapse química, um
neurotransmissor liberado pela célula pré-sináptica na fenda excita a célula pós-
-sináptica. A despolarização da membrana pré-sináptica induz a abertura de canais
de cálcio, e o influxo desse íon induz a exocitose de vesículas sináptica contendo
neurotransmissores. Receptores da membrana pós-sináptica reagem com o neu-
rotransmissor promovendo sua despolarização. A junção de axônios de neurônios
motores com os miócitos forma a placa neural (junção neuromuscular), cujo neuro-
transmissor é a acetilcolina.
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Evolução do Sistema
Nervoso nos Invertebrados
A mais simples e primitiva forma de sistema nervoso é a rede nervosa presente
nas anêmonas e águas-vivas (cnidários), que não chega a formar nervos. Os neurô-
nios encontram-se dispersos em uma fina camada posicionados de forma aleatória
entre a ectoderme e a endoderme (os cnidários são diblásticos) em uma região
chamada mesogleia. Essa rede neural é encontrada na periferia de invertebrados
superiores e atua como um elemento auxiliar, também é encontrada no intesti-
no de vertebrados. A rede não possui polarização e a transmissão dos impulsos
é bidirecional, sendo os contatos sinápticos realizados nos cruzamentos da rede.
Os cnidários presentam muitas células sensoriais, principalmente nos tentáculos, e
integra estímulos apresentados aos quimiorreceptores com respostas musculares,
proporcionando a esse animal uma movimentação adequada no sentido de alcan-
çar sucesso em suas atividades.
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com conexões razoavelmente densas para receptores sensoriais, insetos como abe-
lhas e formigas que apresentam organização social complexa, com a existência de
diversas castas com tarefas específicas.
Evolução do Sistema
Nervoso nos Vertebrados
O anfioxo, um cefalocordado
ancestral dos vertebrados, apresen-
ta sistema nervoso reduzido com
tubo nervoso dorsal ramificado em
todas as regiões do corpo. O encé-
falo é minúsculo e está ligado a ór-
gãos sensoriais rudimentares pro-
cessando estímulos essencialmente
táteis, possuem receptores de ol-
fato e paladar e células especiali-
zadas em captar luminosidade, no
entanto, não conseguem reconhe-
cer comida ou perigo à distância.
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ficar em pé sobre os membros e correr ou usá-los, como armas, alterações vantajo-
sas para a predação e fuga em relação aos anfíbios.
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A neurohipófise secreta hormônios produzidos pelo hipotálamo. Um deles é
hormônio antidiurético (ADH), que atua no controle da excreção de água nos túbu-
los distais e ducto coletor dos néfrons. Também é chamado de vasopressina, pois
auxilia na regulação da pressão arterial. Quando a osmolaridade aumenta ou há
decréscimo da volemia, neurônios sensoriais do hipotálamo o estimulam a produzir
mais ADH que diminui a quantidade de água excretada pela urina e eleva a pressão
arterial. Um fator endógeno que diminui a produção de ADH é a elevação da pres-
são sanguínea e um exógeno é o consumo de bebidas alcoólicas.
Gônada: designação genérica das glândulas sexuais (ovário e testículo) que produzem os
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Sistema Endócrino Animal
A prolactina também age sobre o comportamento parental em aves, pois está
envolvida na produção e secreção leitosa denominada leite de papo para nutrição
inicial do filhote, já nos peixes teleósteos esse hormônio mantém a permeabilidade
das brânquias e regulação da osmolaridade.
Algumas glândulas produzem hormônios que têm uma determinada função
no homem e funções diferentes em outros animais, como, por exemplo, os hor-
mônios da tireoide são importantes na metamorfose de larvas para a fase adulta
em anfíbios.
Existem hormônios relacionados com a pigmentação da pele e pelo de diversos
grupos de animais, como o hormônio melanotrófico, produzido pela hipófise, que
controla a pigmentação em representantes de todos os grupos de vertebrados.
Devido a mudanças na intensidade luminosa, na cor do ambiente ao seu redor ou
no contexto social hierárquico, alguns invertebrados, peixes teleósteos e répteis mu-
dam de cor rapidamente. Nesses animais, os sistemas nervoso e endócrino atuam
conjuntamente produzindo o hormônio concentrador de melanina, que provoca
palidez na pele, o hormônio estimulador de melanócito, que gera aumento na co-
loração da pele, a melatonina e as catecolaminas, que também contribuem para as
alterações do padrão de cores.
Na primavera e no verão, a temperatura é mais favorável e há maior disponibi-
lidade de alimentos, portanto, a grande parte dos animais tem o seus ciclos repro-
dutivos programados para essas épocas, que coincidem com maior período de luz.
O hipotálamo percebe a incidência luminosa e através da glândula pineal começa
a produzir gonadotrofinas para a preparação reprodutiva.
São três os principais hormônios que controlam a metamorfose dos insetos:
ecdisona, que é um esteroide; hormônio juvenil, que é um terpeno derivado de
ácido graxo; e o hormônio proteico protorácico (PTTH).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Princípios de Fisiologia Animal
MOYES, C. D.; SCHULTE, P. M. Princípios de Fisiologia Animal. 2. ed. Porto
Alegre (RS): Artmed, 2010. 756p. e-book
Leitura
1º Curso de Inverno: Tópicos em Fisiologia Comparada
Departamento de Fisiologia – Instituto de Biociências – USP
http://bit.ly/2ketzlE
Hormônios dos invertebrados (crustáceos)
Hormônios dos invertebrados (crustáceos). Cienc. Cult., São Paulo , v. 62, n. spe1,
p. 28-29, 2010.
http://bit.ly/2kcJRLP
Feromônios: Comunicação Química?
WELTER, F. A. Feromônios: Comunicação Química? In: OS DESAFIOS DA ESCOLA
PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE, 2014. São
Jorge do Oeste – UNIOESTE.
http://bit.ly/2kfYApl
A Comunicação Química entre os Insetos: Obtenção e Utilização de Feromônios no Manejo de Pragas
THOMAZINI, M. J. A comunicação química entre os insetos: obtenção e utilização de
feromônios no manejo de pragas. Embrapa Florestas-Capítulo em livro científico
(ALICE), 2009.
http://bit.ly/2kdXXfW
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Referências
DYCE, K. M. Tratado de Anatomia Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier,
2010. 872p.
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