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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2 NEUROFISIOLOGIA ................................................................................... 4
7 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 56
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI , esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 NEUROFISIOLOGIA
Fonte: phbr.com.br
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Para VIEIRA A; et al., (2014) a neurofisiologia foi comparada em todos países
com a história da própria fisiologia. É sabido que a história da fisiologia do sistema
nervoso central tem relação com a neurofisiologia, porque todas as funções do
organismo animal, desde os invertebrados até as espécies de vertebrados mais
desenvolvidas, o Homo Sapiens, são geradas, reguladas ou pelo menos moduladas
pelo sistema nervoso central. A neurofisiologia é uma parte da fisiologia que tem como
objeto de pesquisa os mecanismos de funcionamento do sistema nervoso central
como já mencionado acima, eles interagem com as neurociências, pois com o seu
conhecimento é possível diagnosticar, tratar e monitorar as funções durante os
procedimentos que afetam o sistema nervoso central.
No dizer de VIEIRA A; et al., (2014) a neurofisiologia clínica está relacionada
dentro da neurofisiologia, em sua tamanha funcionalidade, utiliza – se de
conhecimentos anatômicos, fisiológicos e clínicos, e tem como finalidade diagnosticar,
intervenção terapêutica e a monitoração de funções no decorrer dos procedimentos
específicos para tornar possível a avaliação do sistema nervoso central, periférico e
muscular. Sabe-se que a produção científica de um país está claramente vinculada
ao seu desenvolvimento social e econômico. Nos dias atuais, o Brasil é
reconhecido internacionalmente por representar um avanço significativo em áreas
exigentes do conhecimento que antes eram atribuições exclusivas de países
desenvolvidos.
Conforme VIEIRA A; et al., (2014) este fato se deve ao significativo
investimento de instituições de fomento à pesquisa, com uma considerável melhoria
na infraestrutura do país a mesma é compatível com a pesquisa científica,
especialmente no caso de São Paulo, principalmente devido ao apoio da Fundação
de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O processo científico de um
determinado campo da ciência depende de muitos fatores, tais como: possibilitar e
priorizar as políticas e pesquisas que fortaleçam as linhas de investigações a partir
das demandas apresentadas para as diferentes áreas de um país. Dessa forma, a
partir das orientações do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) foram contemplados os Grupos de Pesquisa (GP), com propósito
de incentivar o processo de desenvolvimento científico, permitindo o
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compartilhamento de instalações e equipamentos, bem como facilitar a produção e
organizar discussões sobre direções de linhas comuns de pesquisa.
Como caracteriza VIEIRA A; et al., (2014) ainda, os Grupos de Pesquisa (GP)
foram criados para atender às exigências e as demandas dos programas de pós-
graduação, mestrado e doutorado, e também para os espaços necessários para
discussões dos projetos de pesquisa e seus resultados entre docentes, alunos de
graduação e pós-graduação, bem como equipe de apoio técnico. E isso, tem sido um
dos parâmetros que são usados para analisar a evolução de uma área de
conhecimento. Contudo, poucas são as publicações na área de neurofisiologia que
nos levam a informações de abrangência nacional a respeito das atividades científicas
desenvolvidas nas instituições de ensino e pesquisa do país. Para FARIA M, et al.,
(2014) de acordo com os estudos sobre a neurofisiologia a mesma inicia a
apresentação da fisiologia humana na forma de fisiologia de sistemas
Fonte:portalsaofrancisco.com
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O sistema nervoso central foi dividido em três partes: SNC, SNP e sistema
nervoso autônomo (SNA). Quando se fala em sistema nervoso central é importante
ressaltar que o SNC é composto pelo encéfalo e medula espinal. O SNP é composto
de neurônios na qual a sua localização está fora do SNC, além de nervos (feixes de
ampliação, ou seja, expansão dos neurônios) que conectam o encéfalo e a medula as
estruturas periféricas. O SNA inclui neurônios que inervam os músculos liso e cardíaco
e o epitélio glandular (MOORE; PERSAUD, 2004 apud RODRIGUES A; 2017).
De acordo com ANTUNES M; (2018) o sistema nervoso consiste em uma série
de conexões entre nervos e órgãos do corpo que têm a função de coletar e responder
a informações, mensagens e outros estímulos externos e internos. Fora isso, é
responsável por controlar todos os movimentos do nosso corpo, tanto voluntários
como involuntários, e monitorar todos os sistemas fisiológicos do corpo, como a
respiração e os batimentos cardíacos, é uma das suas principais funções.
É geralmente formado a partir da placa neural, a ectoderma embrionária é
induzida a se diferenciar na placa neural, pela notocorda e pelo mesoderma paraxial.
O tubo neural emerge da placa neural e se diferencia no SNC, que inclui o cérebro e
a medula espinal. A crista neural, que também é formada pela placa neural, deriva as
células que compõem o SNP e o ANS (MOORE; PERSAUD, 2004 apud RODRIGUES
A; 2017).
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impulso nervoso aumente (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 apud ANTUNES M;
2018).
O encéfalo está localizado no interior da calota craniana. Trata-se de uma parte
bastante complexa do SNC, visto que está relacionado com atividades que incluem
desde a razão e a inteligência, até o controle da pressão sanguínea e da temperatura.
O encéfalo se divide em três partes: cérebro, cerebelo e tronco cerebral (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004 apud ANTUNES M; 2018).
O cérebro é responsável por receber os sinais sensitivos e elaborar reações
motoras voluntárias. Ele ocupa quase toda a caixa craniana. O cérebro é dividido em
duas metades: o hemisfério direito e o esquerdo, sendo que ambos se ligam por meio
de um feixe de fibras brancas: o corpo caloso (SCHUNKE, 2007 apud ANTUNES M;
2018).
Cada hemisfério cerebral tem três faces e duas extremidades. As faces se
dividem em externa (convexa em relação à abóbada craniana), inferior (que é
irregular, fica acima da base do crânio e sobre o cerebelo) e interna (vertical, plana e
relacionada à face interna do hemisfério oposto) (SCHUNKE, 2007 apud ANTUNES
M; 2018).
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Portanto de acordo com LAZZARETTI C; (2017) o sistema nervoso central
controla e integra todas as funções do corpo para atingir a homeostase:
comportamento alimentar, temperatura corporal, movimento, respiração, entre
milhares de outras funções. Basicamente, essas funções são administradas e
executadas por duas subdivisões: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema
nervoso periférico (SNP). Nossos receptores periféricos coletam informações externas
que são transportadas para o SNC por nervos que agem como cabos e tem como
função a realização de conexões. No SNC, a informação é processada na medula
espinal ou no encéfalo de modo que as respostas apropriadas sejam criadas para
cada contexto em que o indivíduo é colocado ou inserido.
Temos também o sistema nervoso autônomo, também conhecido como
sistema vegetativo em razão de sua característica involuntária, está relacionado à
inervação motora e sensorial das vísceras e trabalha para a manutenção da
homeostase sem que seja necessário comando central para suas ações (MACHADO,
2006 apud MADEIRA F; 2017). O sistema nervoso autônomo é dividido em sistema
nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. O sistema nervoso simpático
está relacionado a situações de estresse e desempenha ações de luta ou fuga, ou
seja, que necessitam de uma resposta rápida.
Conforme MADEIRA F; (2017) o sistema nervoso parassimpático está
relacionado a atividades de repouso, esses dois sistemas costumam agir
antagonicamente nas mesmas vísceras, por exemplo, na bexiga, o sistema nervoso
simpático vai permitir que relaxe, enquanto o sistema nervoso parassimpático faz com
a mesma contraia. Anatomicamente, o sistema nervoso autônomo consiste em um
neurônio pré-ganglionar está posicionado no sistema nervoso central. No sistema
nervoso simpático, esses neurônios estão localizados na parte tóraco-lombar da
medula espinhal. Já no caso do parassimpático, estão no tronco encefálico e na
porção sacral da medula espinhal. Os neurônios pré-ganglionares se conectam a
gânglios localizados próximos à medula espinhal, no sistema nervoso simpático, e ao
órgão-alvo, no parassimpático. Os neurônios pós-ganglionares de ambos os sistemas
estão localizados na própria víscera.
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sistema nervoso periférico (SNP), distribuído por todo o organismo. O SNC é
formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, é onde está localizada a maior
parte das células nervosas do organismo. Já o SNP é formado pelos nervos,
que são extensas redes de fibras nervosas onde há um número relativamente
menor de células nervosas (LENT, 2004 apud PIFFER I; et al., 2014).
Cérebro
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visão (occipital) (MARTINEZ, 2014 apud AGUIAR R; 2020). Os hemisférios direito e
esquerdo (Figura abaixo) são incompletamente separados pela fissura longitudinal.
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O sistema nervoso central (SNC) é revestido de membranas chamadas de
meninges, formadas por tecido conjuntivo. A principal função das meninges é proteger
o tecido nervoso, determinando espaços com importância anatomoclínica
(MENESES, 2015 apud AGUIAR R; 2020). A pia-máter é uma membrana muito fina e
translúcida que recobre diretamente o tecido nervoso. A pia-máter e a aracnoide são
as meninges mais delicadas. A aracnoide é a meninge intermediária localizada
internamente à dura-máter, que é a mais externa e se relaciona com o crânio (Figura
abaixo) (MENESES, 2015 apud AGUIAR R; 2020).
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O sistema nervoso periférico (SNP) consiste em todos os neurônios fora do
cérebro e da medula espinhal, incluindo os nervos cranianos e os nervos espinhais.
Esses nervos são aferentes (ou seja, sinais de recepção sensorial no corpo a serem
transmitidos para processamento no cérebro) ou eferentes (motor, fornecendo sinais
do cérebro para o corpo) (GUERRINI, DOBYNS, 2014 apud SILVEIRA F; et al., 2020).
Segundo Marin-Valencia, Guerrini, Gleeson (2014 apud SILVEIRA F; et al.,
2020) finalmente, o sistema nervoso autônomo (SNA), que é composto em parte pelo
SNC e em parte pelo SNP, contém neurônios que suprem o músculo cardíaco, o
músculo liso e as glândulas. O SNP tem dois componentes: o sistema nervoso
simpático fornece sinais para o corpo se preparar para "lutar ou fugir"; e o sistema
nervoso parassimpático sinaliza ao corpo que ele pode "descansar e digerir".
De acordo com os estudos voltados para o cérebro foi constatado que o cérebro
é um dos órgãos mais complexos do corpo humano, e sua importância reside no fato
de desempenhar um papel predominante de comando, também ser responsável pelo
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controle e coordenação das funções motoras e sensoriais, possuir interações diversas
e organizadas entre suas várias áreas que são apropriadas para fornecerem
respostas aos estímulos ambientais. Segundo Cosenza e Guerra (2011 apud
RODRIGUES T; 2014), “ o sistema nervoso está relacionado ao cérebro sendo ele a
parte mais importante (...) e trabalha com a interação do organismo e com o meio
externo, além de conectar as suas funções internas. Essa função irá auxiliar o ser
humano a tomasse consciência da informação que vem através dos órgãos dos
sentidos e a processá-las, fazendo uma comparação com as próprias experiências e
expectativas (p. 11 e 25).
O cérebro é constituído por uma massa cinzenta e branca, e tem uma
consistência gelatinosa e pesa aproximadamente 1,5 kg, consiste em um aspecto
enrugado devido aos giros e sulcos. A proteção do cérebro está vinculada a caixa
craniana e por uma série de membranas (meninges) preenchidas com líquido (líquor
ou líquido cefalorraquidiano), fazendo com o que o encéfalo flutue. ” (LENT, 2001, p.
12 apud RODRIGUES T; 2014). Nesse contexto, o cérebro é associado pelo
hemisfério direito e esquerdo (telencéfalo) desprendidos por um sulco profundo, mais
interligados pelo corpo caloso (que são fibras nervosas que associam as partes
correspondentes dos dois córtices cerebrais). Os hemisférios têm a função de
controlarem diferentes atividades, porém trabalham de forma integrada. O hemisfério
esquerdo está associado a habilidades analíticas e matemáticas e o hemisfério direito
está relacionado a criatividade e as habilidades artísticas.
Os hemisférios são cobertos por uma fina camada cinza conhecida como córtex
cerebral. O córtex cerebral é a camada mais externa do cérebro e contém bilhões de
neurônios organizados em circuitos que são "responsáveis pelas funções neuronais e
psicológicas mais complexas”. ” (LENT, 2001, p. 8 apud RODRIGUES T; 2014),
tornando – se o local de seguimento para o processamento mais aprimorado,
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sofisticado e distinto. O mesmo é o responsável pelas principais funções como a
memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e o pensamento.
O córtex cerebral geralmente é dividido em grandes regiões chamadas lobos,
cujos nomes correspondem aos ossos que cobrem o crânio e são chamados de
frontal, parietal, occipital e temporal (COSENZA & GUERRA, 2011; MARTIN, 2013
apud RODRIGUES T; 2014), e segundo Lent (2001 apud Rodrigues T; 2014) também
contém o lobo insular, que fica situado em uma região profunda no hemisfério e não
visível externamente. No entanto, cada um deles possuem funções diferenciadas e
especializadas, e estão intrinsecamente relacionadas e interconectadas ao ponto de
vista fisiológico.
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chamada de área anterior que seria córtex somatossensorial, cuja a sua função é de
captar as sensações, tanto táteis, proprioceptivas, térmicas ou dolorosas, e também
existe a região posterior, responsável por identificar, analisar e interpretar as
informações que são recebidas da região antecedente.
Conforme RODRIGUES T; (2014) já os lobos temporais, são subdivididos
funcionalmente em três áreas e são elas: a primária que tem a sua relação com a
audição, a parte medial que se trata de questões relacionadas à aprendizagem e as
frações que são porções inferiores que se relacionam-se ao processamento da
informação visual, os mesmos se correlaciona com o comportamento.
Quanto ao lobo insular, que é não é visível por se localizar profundamente no
cérebro (LENT, 2001 apud RODRIGUES T; 2014), está envolvido em atividades
básicas como alimentação e sexo. Dessa maneira, as experiências sensoriais são
modificadas em emoções e sentimentos, como nojo, desejo, decepção, culpa,
ressentimento, orgulho, humilhação, arrependimento, compaixão e empatia. Também
prepara o organismo para situações premeditadas.
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Fonte: br.pinterest.com
Os neurônios
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Fonte: s3.sanar.online (Na parte de cima da imagem, nota-se os diversos tipos de neurônios, com
base nas suas conexões feitas pelo seu arcabouço: neurônio bipolar, unipolar e multipolar. Na parte
de baixo, tem-se o exemplo do neurônio piramidal, com seu corpo celular com formato típico, e suas
conexões).
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o primeiro corresponde ao dendrito e o segundo relaciona-se ao axônio.
“O fluxo é basicamente: dendrito> corpo> axônio.
Conforme GOMES K; et al., (2017) há também o pseudounipolar, no
qual em desenvolvimento ambos os processos que saem do corpo
celular se fundem em único que se bifurca após sair do corpo celular.
Muitos neurônios sensoriais caracterizam a esse tipo de neurônio.
GOMES K; et al., (2017) alega que os neurônios multipolares, por sua
vez, têm um arranjo complexo de dendritos no corpo celular e um único
axônio que mais tarde se ramifica. Aqueles com axônios longos são
chamados de neurônios de projeção, que medeiam a comunicação entre
regiões do sistema nervoso entre o sistema nervoso e as áreas que
correspondem ao sistema nervoso periférico. Aqueles com axônios
curtos são chamados de interneurônios, que estão na mesma região do
sistema nervoso que seu corpo celular está instalado.
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Todo o processo de armazenamento e estimulação sensorial, realizado pelos
neurônios, é possível graças à transmissão de impulsos nervosos pelas sinapses
entre as bilhões dessas células que constituem o sistema nervoso, como uma rede
altamente integrada. As sinapses podem ser de dois tipos principais: químicas, que
envolve a liberação de substâncias conhecidas como neurotransmissores (por
exemplo: dopamina e serotonina); e elétricas, que consistem em condução da
eletricidade por canais iônicos abertos direto de líquidos para a célula mais próxima
(GUYTON; HALL, 2002b apud Pereira L; et al., 2011).
Fonte: repositorio.com
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Schwann. As terceiras, as células epidimárias, fazem parte do epitélio que reveste de
todo o sistema ventricular e são divididas ainda em três tipos: os ependimócitos, os
tanicitos e a células epiteliais coróideas (KIERNAN, 2003b apud Pereira L; et al.,
2011).
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de sinapses. O enorme número de neurônios no corpo humano, a complexidade e a
especificidade das sinapses dão aos humanos suas diversas respostas e
comportamentos.
Os neurônios classificam-se em:
No dizer de LUZ S; et al., (2002) nervos sensoriais: transmitem os
impulsos dos receptores para o SNC.
Para LUZ S; et al., (2002) nervos motores: transmitem os impulsos do
SNC para células efetoras.
Conforme LUZ S; et al., (2002) interneurônios: rede intermediária entre
os neurônios e os sensoriais e os neurônios motores (99,98 %).
Neurônio-espelho
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Os neurônios-espelho não são ativados somente por observações de
movimentos, mas também a partir de comunicação. Em outro estudo foram
comparados à ativação pela comunicação dos cães através de latidos,
macacos em movimentos labiais e em humanos na fala em silencio. Os
resultados em humanos mostraram que a observação na fala em silencio atua
na área da Broca no hemisfério esquerdo (BUCCINO, BINKOFSKI, &
RIGGIO, 2004 apud OLIVEIRA G; et al., 2017).
Sinapses
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tocá-lo, há espaços entre eles chamados sinapses, a sinapse impede que os
neurônios tenham uma ligação física, mas permite que mediadores químicos passes
de um neurônio a outro. As sinapses são muito diversas em suas formas e outras
propriedades: algumas são inibidoras e algumas, excitadoras; em algumas o
transmissor é a acetilcolina (DeGroot 1994 apud SANTOS R; 2002).
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qualidade das sinapses em um neurônio, os mesmos podem variar entre outros
fatores, dependendo da experiência e aprendizagem, que demonstram a capacidade
plástica do sistema nervoso central.
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De acordo com HALL, JHON E; (2011) contudo, as sinapses, têm uma ação
seletiva, às vezes bloqueando sinais fracos enquanto deixam passar sinais fortes, e
às vezes selecionando e amplificando certos sinais fracos, muitas vezes transmitindo-
os em várias direções, em vez de confiná-los em um endereço. A informação é
transmitida para o sistema nervoso central em sua maior parte na forma de potenciais
de ação, chamados simplesmente de “impulsos nervosos” que se propagam por
sucessão de neurônios, um após o outro.
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denominados de fibras nervosas (CROSSMAN, NEARY, 1997 apud BONFIM A;
2010).
Plasticidade neural
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realização da sua função integradora entre o meio ambiente e o ser humano, a esta
capacidade é chamada de plasticidade. “A plasticidade cerebral é o meio pelo qual o
organismo cria modificações funcionais duradouras permitindo a acomodação entre
os desafios do meio e as possibilidades do indivíduo” (SOBRINHO, 1995, p. 27 apud
SAVASSINI D; 2019).
Lent (2013 apud SAVASSINI D; 2019) definiu neuroplasticidade como a
característica do sistema nervoso de modificar a sua estrutura ou função como
resposta às influências ambientais que o acomete. Tanto as alterações plásticas
quanto as influências ambientais que as provocam podem variar copiosamente, de
sutis a muito fortes.
Fonte: amenteemaravilhosa.com.br
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alterações na fisiologia neuronal e sináptica; e, comportamental, a partir de alterações
relacionadas com aprendizagem e memória (LENT, 2013 apud SAVASSINI D; 2019).
A neurogênese, que é a capacidade de proliferação neuronal, está presente
não só no período crítico como também na fase adulta em algumas regiões do sistema
nervoso. Até pouco tempo acreditava-se que somente os axônios do sistema nervoso
periférico (SNP) possuíam a capacidade regenerativa, entretanto, Lent (2013 apud
SAVASSINI D; 2019) cita que os axônios centrais possuem essa possibilidade
também, e Sousa (2008 apud SAVASSINI D; 2019) explica que nesse processo
adaptativo do sistema nervoso os mecanismos neurobiológicos envolvidos são:
recuperação de sinapses, potencialização sináptica, supersensibilidade de
desnervação – pós-sináptica, aumento da eficiência de sinapses silenciosas,
brotamento regenerativo e brotamento colateral, dentre eles os mais discutidos são
os dois últimos.
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Plasticidade cerebral: referente ao cérebro e sua capacidade de modificação
ao longo da vida. No que tange a esse aspecto, cumpre elucidar que, há alguns anos,
aceitava-se que o tecido cerebral não contava com capacidade regenerativa. Por
conseguinte, não se podia aclarar como, apesar disso, pacientes com lesões severas
invalidantes, por exemplo, conseguiam determinadas recuperações. A esse respeito,
explica-se: A recuperação cerebral pode ocorrer gradativamente, entretanto os
ganhos funcionais podem continuar por anos após a lesão. O grau de recuperação
depende de diversos fatores, entre eles incluem: idade, área comprometida do
cérebro, quantidade de tecido nervoso afetado, mecanismos de reorganização
cerebral, assim como fatores ambientais e psicossocial (AGUILARREBOLLEDO,
1998, p. 514 apud COSTA A; et al., 2019).
Ainda, a plasticidade cerebral pode, em lugar de ser entendida com ênfase no
cérebro, ser definida como a capacidade adaptativa do SNC, “permitindo modificações
na sua própria organização estrutural e funcional” (ODA; SANT’ANA; CARVALHO,
2002, p. 173 apud COSTA A; et al., 2019). A opção pelo SNC, na qual o cérebro tem
papel de destaque, aumenta a área de alcance do conceito. Nesse viés, os
mecanismos através dos quais ocorrem a plasticidade cerebral incluem modificações
neuroquímicas, sinápticas, do receptor, da membrana e ainda de outras estruturas
neuronais (AGUILAR-REBOLLEDO, 1998 apud COSTA A; et al., 2019).
Plasticidade neural: A plasticidade neural pode ser definida genericamente:
como uma mudança adaptativa na estrutura e nas funções do sistema nervoso que
ocorre em qualquer estágio da ontogenia, como função de interações com o ambiente
interno ou externo ou, ainda, como resultado de injúrias, de traumatismos ou de lesões
que afetam o ambiente neural (ODA; SANT’ANA; CARVALHO, 2002, p. 173, citando
PHELPS, 19904, e VILLAR et al., 19985 apud COSTA A; et al., 2019).
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todas as etapas da ontogenia, inclusive na fase adulta e durante o
envelhecimento” (ODA; SANT’ANA; CARVALHO, 2002, p. 171 apud COSTA
A; et al., 2019). Essa premissa é recente: a capacidade de modificação do
sistema nervoso em função de suas experiências, tanto em indivíduos jovens
como em adultos e idosos, foi reconhecida apenas nas últimas décadas, com
base em Rosenzweig (1996 apud COSTA A; et al., 2019).
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típicos e característicos do sistema nervoso (VILLAR et. al., 19987 apud ODA;
SANT’ANA; CARVALHO, 2002, p. 174 apud COSTA A; et al., 2019).
A plasticidade sináptica a longo prazo é o conjunto de mudanças na eficácia
sináptica que permanecem por mais de meia hora; a plasticidade sináptica a curto
prazo, as que duram menos. Os mecanismos responsáveis pela expressão dessa
plasticidade localizam-se pré-sináptica e pós-sinapticamente (COLINO; MUÑOZ;
VARA, 2002 apud COSTA A; et al., 2019).
Oda, Sant’Ana e Carvalho (2002 apud COSTA A; et al., 2019), com o respaldo
das leituras de Brodal (1984 apud COSTA A; et al., 2019) e Douglas (1999 apud
COSTA A; et al., 2019), entendem que a plasticidade sináptica engloba alterações
moleculares como: alterações conformacionais em moléculas de membrana,
previamente existentes; alterações químicas de molécula de membrana, por
fosforilação, acetilação ou metilação; alterações de conformação das proteínas
receptoras; libertação ou descobrimento de receptores inativos e aumento dos sítios
de ligação para moléculas transientes.
Em suma, portanto, a plasticidade cerebral pode ser entendida como esse
conceito maior, amplo, que trata de modo generalista das funções adaptativas do
cérebro. Por outro lado, as delimitações mais específicas do conceito apontam para
divergências do objeto em questão: a “plasticidade cerebral” refere-se ao SNC, a
“plasticidade neural” refere-se ao SN, a “plasticidade neuronal” refere-se aos
neurônios e a “plasticidade sináptica” refere-se às sinapses, com base na literatura da
área (ODA, SANT’ANA; CARVALHO, 2002 apud COSTA A; et al., 2019).
Investigações entre neuroplasticidade e recuperação funcional têm sido
frequentes em diferentes tipos de modelos de lesões encefálicas (CHOPP & LI, 2002;
IIHOSHI et al., 2004; KAMIYA et al., 2008; GIRALDI-GUIMARÃES et al., 2009; de
VASCONCELOS et al., 2010; FREITAS et al., 2012; SAMPAIO et al., 2013; COELHO
& GIRALDI-GUIMARÃES, 2014; YANG et al., 2014 apud SAMPAIO M; 2018).
Para superar os danos provocados por uma lesão, mecanismos sinápticos que
envolvem a plasticidade sináptica (recuperação da eficácia sináptica,
hipersensibilidade de desnervação, hipereficácia sináptica, o “desmascarar” de
sinapses silenciosas) e o brotamento em axônios intactos, são as principais
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alternativas de reorganização funcional, que levam à formação de novos circuitos
(RAINETEAU E SCHWAB, 2001; LUNDY-EKMAN, 2007 apud SAMPAIO M; 2018).
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sendo analisados pelo sistema nervoso central e a partir de um leque de opções
comportamentais pré-estabelecidas emite respostas que podem ser: vegetativas,
motoras e/ou cognitivas, adequadas a cada solicitação (ROSENZWEIG, 1996;
ROSENZWEIG et al., 1962 apud OBANA J; 2015).
A busca por estes mecanismos teve seu ritmo acelerado na década de 1960,
quando os pesquisadores descobriram que o treinamento sistemático ou experiência
diferencial conduzia a mudanças significativas na neuroquímica, na anatomia e na
eletrofisiologia cerebral acarretando modificações funcionais (comportamentais) e
estruturais (circuitos neurais) (ROSENZWEIG, 1996; ROSENZWEIG et al., 1962 apud
OBANA J; 2015). Em outras palavras, sob os processos cognitivos (aprendizagem e
memória) encontram-se as alterações funcionais e morfológicas que ocorreriam no
sistema nervoso caracterizando plasticidade neural (CUELLO, 1997; IZQUIERDO,
MEDINA, 1997; IZQUIERDO, 2002 apud OBANA J; 2015).
Após esta análise fica claro que após interações com o meio, o sistema nervoso
não seria mais o mesmo, visto que ocorreriam transformações tanto da estrutura
interna quanto do ambiente (SOARES, ANDRADE, GOULART, 2012 apud OBANA J;
2015). Analisando-se experimentos feitos com camundongos demonstrou-se que
novas habilidades motoras eram aprendidas através de exercícios repetidos e ao
verificar-se a estrutura cerebral dos camundongos novas conexões entre os neurônios
haviam-se formado em relação com as novas habilidades aprendidas. Verificou-se
que novas sinapses eram formadas e que antigas eram eliminadas (XU et al. 2009
apud OBANA J; 2015).
Estudos como esses demonstram, que o aprendizado de uma nova ação pelo
indivíduo impõe uma remodelagem nas sinapses, ficando assim evidente a íntima
relação entre os processos comportamentais e processos de plasticidade neural
durante toda a vida, sofrendo influência de mecanismos como as emoções, níveis de
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consciência e o estado de ânimo, os quais inclusive podem inibir os processos de
memória e aprendizagem em função de situações estressantes (YANG, HUANG,
HSU, 2004 apud OBANA J; 2015).
35
Fonte: ubibliorum.ubi.pt (Adaptado de Taber's Cyclopedic Medical Dictionary) – SNA: representação
esquemática
36
O principal mecanismo de controle da (FC- Frequência cardíaca) é o
barorreflexo arterial, no qual células nervosas sensíveis à pressão (barorreceptores)
são distendidas quando a pressão arterial aumenta, enviando sinais ao bulbo que, via
SNAp, desacelera o coração reduzindo sua força de contração (BAUMERT;
JAVORKA; KABIR, 2015); quando a pressão arterial diminui agem de forma oposta
(BAUMERT; JAVORKA; KABIR, 2015 apud LOUREIRO J; 2018).
Essa variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um processo natural, sendo
possível observar a atuação do SNA no coração por meio de índices de dispersão e
medida central (MOURÃO JÚNIOR; ABRAMOV, 2011 apud LOUREIRO J; 2018). O
aumento do esforço mental reduz a VFC, o que possibilita a utilização de seus índices
como indicadores de esforço mental e estresse durante tarefas como processamento
de informação, simulação, além de atividades de decisão (ROSCOE, 1992 apud
LOUREIRO J; 2018).
37
aumento de demanda reduz o período respiratório, já em tarefas que
requerem atenção o período respiratório pode ser aumentado (GRASSMANN
et al., 2016 apud LOUREIRO J; 2018).
38
6 DOENÇAS DEGENERATIVAS DO CÉREBRO
Fonte: t4h.com.br
39
envelhecimento. (Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência e a
Maratona da Saúde – Associação de Promoção e Apoio à Ciência e à Saúde – 2015).
No entanto, às vezes os neurônios podem se degenerar ou morrer mais rápido
do que acontece em seu percurso normal, em decorrência disso, desenvolvem –se
doenças neurodegenerativas que podem ocorrer em qualquer idade, é muito
importante ressaltar que essas doenças neurodegenerativas, não se desenvolvem
apenas em idosos, mas em qualquer idade. Dessa forma, existem neurônios no
cérebro e na medula espinhal, que são os dois principais órgãos do SNC. Conclui –
se que as doenças neurodegenerativas diferem dependendo de onde os neurônios
morrem ou degeneram. (Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência e
a Maratona da Saúde – Associação de Promoção e Apoio à Ciência e à Saúde –
2015).
Iremos citar abaixo alguns exemplos de doenças
neurodegenerativas
Doença de Alzheimer:
40
das maiores causas de invalidez na velhice, sendo a DA a causa mais comum de
demência (BRUCKI, 2006 apud MOLARI F; 2011).
Essa patologia é pouco elucidada, desencadeando efeitos deletérios para o
paciente assim como para os familiares. Alois Alzheimer, um neuropatologista alemão
que viveu entre 1864 até 1915, caracterizou essa doença através do relato de um
caso, no qual um paciente, que após cinco anos de acompanhamento, passou a
apresentar alucinações, amnésia, incapacidade de executar atividades motoras
(apraxia), perturbação de linguagem (afasia), e impossibilidade de reconhecimento ou
identificação de objetos (agnosia) (LEIBING, 1998 apud MOLARI F; 2011).
Segundo Di Piro et al (2007 apud MOLARI F; 2011), na DA há morte dos
neurônios colinérgicos e hipocampais responsáveis pelas funções de aprendizado,
memória, raciocínio, comportamento e controle emocional. Essas alterações
caracterizam-se por atrofia acentuada do córtex cerebral e perda dos neurônios
corticais e subcorticais. A Figura abaixo apresenta um esquema representativo de dois
cérebros, sendo que o cérebro da esquerda é de um paciente normal e o cérebro da
direita, de um paciente com DA. Podendo assim observar a redução na massa
encefálica do paciente portador de DA (GOODMAN, 2006 apud MOLARI F; 2011). A
presença de emaranhados neurofibrilares (ENF) e placas neuríticas (PN) é a condição
necessária para caracterizar a DA.
Fonte: m.facebook.com
41
Baron (2003 apud FERREIRA D; et al., 2013), coloca que esta doença está
relacionada com a atrofia do hipocampo. O hipocampo é uma parte do cérebro
localizada no lobo temporal, esta área é responsável pela transferência da memória
de curto prazo para a memória de longo prazo, sendo assim é o principal centro da
memória.
Segundo Stahl (2002 apud FERREIRA D; et al., 2013), a acetilcolina (ach) é
um importante neurotransmissor que se forma nos neurônios colinérgicos a partir de
dois precursores, a colina e a acetilcoenzima A. A neurotransmissão colinérgica
quando perturbada por alguns transtornos, como o Alzheimer, provoca uma
perturbação na memória devida à diminuição dos neurotransmissores Ach, esta
perturbação se dá particularmente na memória de curto prazo sendo este o principal
sintoma desta doença. A (ach – acetilcolina) é destruída por duas enzimas a
acetilcolinesterase (AchE) e a butirilcolinesterase (BuChE). Depois de destruída a ach
é disponibilizada para o transporte de volta ao neurônio pré-sinaptico e é reutilizada
para a formação de um novo neurotransmissor ach.
Stahl (2002 apud FERREIRA D; et al., 2013), ainda coloca que, a doença de
Alzheimer começa com os distúrbios de memória, devido à deficiência colinérgica,
mas a doença é progressiva e muitos outros sintomas se desenvolvem em
decorrência de seu avanço. A degeneração começa pelo núcleo basal de Meynert,
que é o principal centro cerebral dos neurônios colinérgicos (Ach), porem ela se
expande para outras áreas, provocando outros sintomas característicos das áreas
afetadas.
42
Almeida (1997 apud FERREIRA D; et al., 2013), já ressaltava o Peptídeo B-
amialóide, foi encontrado nas placas neuríticas (senis), que são depósitos
extracelulares. Segundo o autor este peptídeo é um produto da proteína precursora
de amialóide (PPA). Segundo Chaves e Tales (2008 apud FERREIRA D; et al., 2013),
em decorrência de algum fator neurotóxico pode haver uma exacerbação de
expressão da PPA pelas células, quando existe a presença de estresse, levando a
uma sobrecarga da beta-amialóide, o que agrava a doença de Alzheimer. “O que é
bem estabelecido, no entanto, é que esses processos culminam com a disfunção
sináptica, subsequente morte neuronal, que traduzem do ponto de vista macroscópico
uma significativa atrofia cerebral” (CHAVES; TALES, p. 2, 2008 apud FERREIRA D;
et al., 2013).
A DA também pode se manifestar por alterações na produção de ApoE
(apolipotreína). “Ela tem papel fundamental no processo de mobilização e
redistribuição de colesterol para a regeneração do sistema nervoso central e
periférico, e para o metabolismo lipídico normal do cérebro” (ALMEIDA, p. 78, 1997
apud FERREIRA D; et al., 2013). Alterações na lipoproteína conduzirão a um
funcionamento inadequado dos neurônios, sendo então mais um agravante no
processo da doença. Segundo Neto, “at. al.” (2005 apud FERREIRA D; et al., 2013),
as características de idade de início e evolução da doença de Alzheimer são
determinadas pelos diferentes subtipos genéticos. A proteína Tau está localizada no
cromossomo 17, o peptídeo Beta-amialóide está no 21 e a lipoproteína ApoE está no
cromossomo 19.
Pesquisas recentes referem-se a uma presença excessiva do neurotransmissor
excitatório Glutamato como outro elemento na patogênese da DA, pois o excesso
deste tem uma ação neurotoxica. Segundo Chaves e Tales (2008 apud FERREIRA D;
et al., 2013), com a doença ocorre um aumento na concentração deste
neurotransmissor e um aumento na sensibilidade de seus receptores. Charchat,
“at.al.” (2001 apud FERREIRA D; et al., 2013), enfatizam que o primeiro sintoma do
Alzheimer é a memória episódica anterógrada, que se refere às recordações de fatos
e eventos recentes. Posteriormente a memória semântica é prejudicada, que é a
memória de longo prazo, onde os conhecimentos gerais, conceitos e significados de
palavras são armazenados.
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Doença de Parkinson
A doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez por James Parkinson
em 1817 e foi denominada como paralisia agitante (shaking palsy) (DORETO, 1998
apud SAITO T; 2011). É definida como uma patologia degenerativa primária,
localizada na substância negra compacta, onde é sintetizada a dopamina; possui
evolução crônica e progressiva sendo composta por vários sinais e sintomas
basicamente relacionados a desordens motoras. A DP também pode ser secundária
a outras doenças neurológicas, como por exemplo, encefalite letárgica ou doença de
Alzheimer, nestes casos recebe o nome de Síndrome de Parkinson (STOKES, 2000
apud SAITO T; 2011).
Fonte: angelsnaturais.com.br
44
citoplasmáticos inclusos, os corpos de Lewis (O´SULLIVAN; SHIMITZ, 1993 apud
SAITO T; 2011).
45
diagnosticar a doença, exames complementares podem ser realizados para
o diagnóstico diferencial (HOEHN; YAHR, 1967 apud SAITO T; 2011).
Estima-se que cerca de 50% dos portadores de DP só descobrem a doença
em estágios mais avançados, uma vez que ela se instala sem saber quando
foi seu início (LIMONGI, 2000 apud LODOVICI, 2006 apud SAITO T; 2011).
Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o sistema nervoso central (SNC),
incluindo o cérebro, a medula espinhal e os nervos ópticos (NOSEWORTHY et al.,
2000 apud NUNES A; 2019). Ela é caracterizada pela redução global do volume do
SNC e pelo acúmulo de células imunes principalmente na substância branca de várias
áreas do SNC, embora um número substancial de placas possa ser encontrado na
substância cinzenta, levando à formação de focos inflamatórios localizados
(FROHMAN; RACKE; RAINE, 2006 apud NUNES A; 2019).
Os processos inflamatórios nestes focos causam danos à mielina e destruição
de oligodendrócitos, lesão de axônios e sua perda, e prejuízo transitório ou perda
permanente da função neurológica, resultando em incapacidades de vários tipos e
gravidade (ROSTAMI; CIRIC, 2013 apud NUNES A; 2019).
EM caracteriza-se pelo aparecimento de lesões dispersas na substância branca
do SNC, visualizadas no exame de imagem de ressonância magnética. Além da
destruição da mielina, ocorrem também danos ao axônio e presença de cicatrizes
gliais, juntamente com presença de um infiltrado inflamatório composto principalmente
de linfócitos e macrófagos (PEDROSA et al., 2010 apud SCHOLZ A; et al., 2010).
46
As manifestações clínicas da doença são atribuídas ao aparecimento dessas
lesões durante os períodos de surto, principalmente na fase inicial da doença. Os
sintomas mais comuns são: comprometimento da visão devido à inflamação do nervo
óptico (neurite óptica), incapacidades relacionadas ao movimento, prejuízos
cognitivos e de memória, déficit sensitivos, enfim uma série de manifestações
heterogêneas, fato que dificultava o estabelecimento rápido de um diagnóstico
definitivo (PEDROSA et al., 2010 apud SCHOLZ A; et al., 2010).
Fonte: clinicafisioeforma.com
47
e progressão, mas de acordo com OLIVEIRA & SOUZA, é a forma mais difícil de ser
definida, onde os sintomas iniciais mais comuns compreendem alterações piramidais,
sensitivas e cerebelares, conhecidas como sinais maiores e manifestações visuais e
esfincterianas, ditas menores. Os sinais piramidais englobam fraqueza, espasticidade,
sinais de liberação piramidal, hiper-reflexia, uni ou bilateral.
O diagnóstico de esclerose múltipla é baseado na integração de achados
clínicos, de imagem e laboratoriais. O conhecimento clínico é necessário para
demonstrar evidências de disseminação no tempo e no espaço e, mais importante,
para excluir outras condições neurológicas. A ressonância magnética pode fornecer
essa evidência e auxiliar na exclusão de outras condições, permitindo o diagnóstico
precoce com maior certeza com versões sucessivas dos critérios diagnósticos
(BROWNLEE et al., 2015 apud NUNES A; 2019).
Os critérios diagnósticos, conhecidos como “McDonald Criteria”, evoluíram à
medida que a tecnologia melhorou para refinar as definições, tornar-se mais simples
e mais acessível e aplicável a uma proporção maior da população, mantendo a
especificidade e a sensibilidade (POLMAN et al., 2011; THOMPSON et al., 2018a
apud NUNES A; 2019).
Doença de Huntington
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apresentar demência, evoluindo nos casos mais avançados para demência severa
(SILVA et al., 2014 apud CARVALHO K; 2018).
As alterações motoras se iniciam com leves movimentos involuntários
principalmente nas extremidades, que se unem a perda gradativa da mobilidade. Com
a progressão da doença acontece incapacidade de locomoção, de comunicação e
alimentação. No período mais crítico o paciente pode apresentar bradicinésia, e
rigidez importante (GIL-MOHAPEL; REGO, 2011 apud CARVALHO K; 2018).
49
acometidos (SANJUAN; BATES, 2011 apud CARVALHO K; 2018); entre eles
encontra-se em maior frequência fármacos antidopaminergicos, antagonistas de
glutamato e metabólicos energéticos (MESTRE et al., 2009 apud CARVALHO K;
2018).
Como caracteriza CARVALHO P; (2019) para que tenha uma melhor
compreensão sobre a doença de Huntington neurodegenerativa, é fundamental
esclarecer determinadas definições clínicas relacionadas à doença de Huntington, e
que estão de acordo com estudos recentes e consensuais dos principais
pesquisadores em HD, segue abaixo as diferentes definições:
Comprometimento cognitivo leve (CCL): antes do início dos sintomas
motores, ocorre comprometimento cognitivo, mas sem perda funcional considerável
(PREDICT-HD, 2010; PAULSEN et al., 2017 apud CARVALHO P; 2019). Na fase
inicial da doença, já com os sintomas motores, o paciente mantém o
comprometimento cognitivo leve, ainda sem demência. A demência surge, em geral,
em fases intermediárias.
DH pré-clínica ou pré-sintomática: ainda muito utilizados, mas são termos
que podem ser contraditórios, pois na fase que antecede o diagnóstico motor, o
paciente já tem sintomas não motores e alterações motoras leves (fase chamada
atualmente de prodrômica). Estes 2 termos também podem ser utilizados para se
referir ao estágio antes dos sintomas prodrômicos, quando o indivíduo é portador
totalmente assintomático. Os termos mais utilizados atualmente são DH pré-manifesta
e/ou DH prodrômica, conforme descritos a seguir (REILMANN et al., 2014; PAULSEN
et al., 2017 apud CARVALHO P; 2019).
DH pré-manifesta (preDH): período que antecede o diagnóstico motor,
podendo ou não já apresentar alguns sintomas. Pode ser dividido em DH pré-
manifesta A e B, que seria o tempo estimado para o diagnóstico motor maior ou menor
que 10 anos, respectivamente (GHOSH; TABRIZI, 2018 apud CARVALHO P; 2019).
DH prodrômica (DHPr): paciente já apresenta alterações psiquiátricas,
cognitivas e/ou motoras sutis, mas ainda não fecha o diagnóstico clínico. Essa fase
pode se iniciar 10 anos ou mais antes do diagnóstico clínico/motor (REILMANN et al.,
2014; PAULSEN et al., 2017 apud CARVALHO P; 2019).
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DH manifesta: paciente já fez o diagnóstico motor, ou seja, tem sinais
motores inequívocos compatíveis com DH (REILMANN et al., 2014; PAULSEN et al.,
2017 apud CARVALHO P; 2019).
DH inicial: fase inicial da DH manifesta, ou seja, já com o diagnóstico motor
(PAULSEN et al., 2017 apud CARVALHO P; 2019).
DH juvenil: DH com início dos sintomas antes dos 20 anos de idade (GHOSH;
TABRIZI, 2018).
DH de início tardio: DH com início dos sintomas após os 60 anos de idade. O
número de repetições CAG pode ter penetrância incompleta, entre 36 e 39
(CHAGANTI; MCCUSKER; LOY, 2017 apud CARVALHO P; 2019).
Diagnóstico clínico ou motor: paciente com sinais motores inequívocos,
especialmente a coreia, compatíveis com DH. Há várias décadas esta é a base do
diagnóstico clínico na DH (TABRIZI et al., 2015 apud CARVALHO P; 2019).
Diagnóstico genético: teste genético com técnica PCR ou Southern Blot
demonstrando número de repetições CAG ≥40, independente da fase da doença,
independentemente de ter sintomas ou não (REILMANN et al., 2014 apud
CARVALHO P; 2019).
Portador: indivíduo tem o diagnóstico genético, mas é assintomático. Antes
dos sintomas prodrômicos. Nessa situação, o termo pré-sintomático também é
utilizado por alguns autores (PAULSEN et al., 2017 apud CARVALHO P; 2019).
Sob risco: indivíduo ainda não fez o teste genético e não tem sintomas, mas
um dos pais tem DH. A chance dessa pessoa ter a doença é de 50% (REILMANN et
al., 2014; PAULSEN et al., 2017 apud CARVALHO P; 2019).
51
Fonte: teses.usp.br - Estágios da Doença de Huntington
52
Uma escala de avaliação dos diferentes estágios patológicos da DH foi
desenvolvida por Vonsattel e colaboradores em 1985 e permite determinar a
severidade da degeneração na doença. Esta escala baseia-se nos padrões
de degeneração estriatal observados em tecidos pos mortem e é classificada
em 5 graus (0 a 4). O grau 0 é praticamente indistinguível de um cérebro
normal, apesar de uma perda neuronal de 30 a 40% poder estar presente no
núcleo caudado. No grau 1 são observadas algumas alterações como atrofia,
diminuição neuronal e astrogliose no núcleo caudado. Já os graus 2 e 3 são
caracterizados por progressiva e severa atrofia do estriado, e o grau 4 por
sua vez, inclui o quadro mais grave de atrofia estriatal, com perda neuronal
de até 95% (Vonsattel et al., 1985 apud COLLE D; 2012).
53
Por outro lado, muitos interneurônios, tanto no estriado como no córtex, são
“poupados” do dano no início da doença (Vonsattel, 2008 apud COLLE D; 2012).
Porém, em fases mais avançadas, todas as projeções estriatais são afetadas, com
atrofia estriatal extrema e perda considerável da população neuronal no grau 4,
indicando que todos os tipos neuronais são vulneráveis nos estágios finais da doença
(Zuccato et al., 2010 apud COLLE D; 2012).
Dessa forma, nos graus 3 e 4, a neurodegeneração parece não ser restrita ao
estriado, ocorrendo também em outras regiões como o córtex cerebral, globus palidus,
tálamo, núcleo subtalâmico, substância nigra, cerebelo e hipocampo (Kassubek et al.,
2004; Vonsattel e DiFiglia, 1998; Zuccato et al., 2010 apud COLLE D; 2012) são
afetadas. Nessas condições, uma significativa atrofia com perda de massa encefálica
pode ser observada, podendo ocorrer redução de até 40% da massa cerebral (Gil-
Mohapel e Rego, 2011 apud COLLE D; 2012).
Fonte: repositorio.ufsc.br
54
vulneráveis na DH. A morte desses neurônios é responsável pelo desenvolvimento
dos sintomas clínicos da doença. GPi, globo pálido interno; GPe, globo pálido externo;
SN, núcleo subtalâmico; SN, substância nigra (Adaptado de: Han et al., 2010 apud
COLLE D; 2012)
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56
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Neurofisiologia do Brasil. Rev Neurocienc , [S. l.], p. 1 - 8, 1 jan. 2014.
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58