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E APRENDIZAGEM
ATIVA
WESLEI JACOB
EXPEDIENTE
Coordenador(a) de Conteúdo
Juliana Dalcin Donini e Silva
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Camila Luiza Nardelli
Laura Janke
Fotos
Shutterstock
FICHA CATALOGRÁFICA
168 p.
“Graduação - EaD”.
1. Neurociência 2. PAprendizagem 3. EaD. I. Título.
CDD - 612
Impresso por:
RECURSOS DE IMERSÃO
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
INDICAÇÃO DE FIL ME
Utilizado para desmistificar
pontos que possam gerar
confusão sobre o tema. Após o Uma dose extra de
texto trazer a explicação, essa conhecimento é sempre
interlocução pode trazer pontos bem-vinda. Aqui você terá
adicionais que contribuam para indicações de filmes que
que o estudante não fique com se conectam com o tema
dúvidas sobre o tema. do conteúdo.
INDICAÇÃO DE L IVRO
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SUMÁRIO
5UNIDADE 1
59UNIDADE 2
NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
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UNIDADE 3
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
Descrição da imagem: é observado a subdivisão do sistema nervoso em sistema nervoso central e periférico. O
sistema nervoso central se subdivide em encéfalo e medula espinal. O encéfalo se ramifica em cérebro, cerebelo
e tronco encefálico, este último é formado por mesencéfalo, ponte e bulbo. O sistema nervoso periférico, por sua
vez, é composto por 12 pares de nervos cranianos, 31 pares de nervos raquidianos e as terminações nervosas.
Descrição de Imagem: verifica-se na imagem a ilustração de um ser humano em posição anatômica com o siste-
ma nervoso evidenciado. São apresentados o cérebro e medula espinal como componentes do sistema nervoso
central. Observa-se no sistema nervoso periférico os nervos cranianos e espinais, gânglios, plexos entéricos no
intestino delgado e os receptores sensoriais da pele.
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UN I AS S ELV I
Para que seja possível o controle das funções mus- controle das
culares e metabólicas, o sistema nervoso conta funções musculares
com uma complexa rede de neurônios que so- e metabólicas
mam, aproximadamente, 90 bilhões de unidades
(PIVETTA, 2008). Evidentemente, a maior parte desses neurônios está localizada
no encéfalo, mais especificamente no cérebro, uma das mais importantes estru-
turas neurológicas existentes.
A composição do encéfalo, ainda, conta com cerebelo e tronco encefálico,
este, por sua vez, apresenta uma nova subdivisão, mesencéfalo, ponte e bulbo.
Observe a Figura 3, a seguir, que está em um corte no plano sagital (separa o
corpo em duas metades iguais). Nesta ilustração, é possível perceber as estruturas
que organizam e compõem o encéfalo; nela, podem ser observados o cérebro,
cerebelo, tronco encefálico e a medula espinal.
Descrição de imagem: são apresentadas duas imagens cortadas no plano sagital, dividindo o encéfalo em duas
metades iguais para que seja possível ver as estruturas neurológicas mediais. A primeira imagem apresenta o
diencéfalo, tálamo, hipotálamo, glândula pineal (parte do epitálamo). Verifica-se ponte, bulbo e mesencéfalo que
compõem o tronco encefálico. Se observa ainda cerebelo, medula espinal, cérebro e a hipófise. A segunda imagem
retrata praticamente as mesmas estruturas, com diferença apenas no tipo de ilustração.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
Para explicar melhor, os nervos têm a função de levar informações do encéfalo até
os tecidos periféricos, como os músculos. Quando isso ocorre, podemos afirmar
que esses nervos apresentam características motoras ou eferentes.
P E N SA N D O J UNTO S
É bem verdade que existem nervos que realizam as duas funções, tanto de levar para
processamento encefálico, como disparar informações para resultar em atividades
diversas de nosso organismo. Esses são denominados nervos do tipo misto.
Existem 12 tipos de nervos cranianos, cada um com uma função específica,
conforme apresentado no quadro a seguir:
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
Pois bem, as terminações nervosas são a parte final de um nervo, local onde trocas
de informações ocorrerão, com um tecido alvo ou mesmo com outros nervos.
Além disso, as terminações nervosas integram o organismo com o ambiente por
meio de receptores localizados na superfície corporal, os quais captam estímulos
luminosos, olfativos, gustativos, de temperatura, de pressão, táteis e de dor. Já os
gânglios são agregados de corpos celulares de neurônios localizados fora do
sistema nervoso central.
Para elucidar melhor a você o que é um gânglio neuronal, imagine que
existe um neurônio que emana de nosso encéfalo e percorre nossa coluna. Ima-
gine-o inteiriço, que começa em nossa cabeça e se prolonga até nossa coluna.
Agora, imagine outro neurônio/nervo, que inicia em nossa coluna e se prolonga
até um músculo. Pois bem, os gânglios são formados por redes complexas de
corpos celulares de neurônios, os quais conectam diferentes partes do corpo, por
exemplo o SNC e o SNP.
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UN I AS S ELV I
IN D ICAÇÃO DE LI V RO
SISTEMA
NERVOSO
CENTRAL E
SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
AP RO F U N DA NDO
O SNC, ainda, é composto pela medula espinal. Comumente, por estar “fora”
da nossa caixa craniana, muitos indivíduos cometem o erro de relacionar a
medula espinal com o sistema nervoso periférico (SNP), quando, na verdade,
ela integra o SNC.
O SNP é composto por nervos, terminações nervosas e gânglios que
deixam o encéfalo ou a medula espinal para levar ou trazer informações dos te-
cidos corporais. Em outras palavras, tudo que se encontra dentro de nossa cabeça
e prolonga-se até nosso cóccix faz parte do SNC, por outro lado, tudo que sair
dessas regiões contempla o SNP.
Caro(a) aluno(a), de acordo com a subdivisão do sistema nervoso apresen-
tada, faço-lhe uma pergunta:
Por exemplo, segurar um lápis ou uma caneta para escrever. Se, porventura, ficou
em dúvida, é porque sempre nos foi relatado que quem controla o nosso corpo
é o cérebro, e já percebeu que esse órgão é, apenas, uma porção de um amplo
sistema de processamento e análises.
As ações motoras voluntárias dependem de memórias e aprendizagens, ou
seja, uma ação motora será processada em uma região específica, denominada
de córtex motor.
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UN I AS S ELV I
■ NÍVEL 1
Nível medular
■ NÍVEL 2
Nível cerebral inferior
■ NÍVEL 3
Nível cerebral superior ou nível cortical
A função do interneurônio é realizar uma triagem das informações que devem ser
analisadas pelo encéfalo (FOSS; KETEYIAN, 2010).
Agora, reflita comigo: sua mão está queimando, a informação chega ao in-
terneurônio. Este percebe que a temperatura está muito elevada e envia uma
informação ao encéfalo com o seguinte comando: “está queimando, o que devo
fazer?”. Neurologicamente, busca-se uma solução plausível e eficiente para esse
problema. Dessa forma, ao se consultar as memórias já experienciadas, um co-
mando motor será gerado com a finalidade de retirar a mão da superfície quente.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
Você concorda comigo que até isso acontecer, por mais rápido que seja,
a queimadura já teria ocorrido? Pois bem, o interneurônio, antes mencionado,
atua como um “gerente”, ele realizará a triagem do que deve ou não subir para
análise encefálica. Em uma situação como a exemplificada, essa estrutura enviará
uma informação motora, sem o consentimento neurológico superior, ou seja, a
informação chega em nossa medula espinal e retorna para a nossa mão. Conhe-
cemos esse evento como arco reflexo.
O nível reflexivo do SNC comanda os reflexos corporais, como:
• Movimentos gastrointestinais;
• Movimentos de marcha;
• Controle dos vasos sanguíneos e
• Muitos outros.
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UN I AS S ELV I
Não, é claro que não. Essa ação, entretanto, está constantemente acontecendo e
pode ser definida como o controle subconsciente que ocorre, principalmente, ao
nível do bulbo e da ponte. O controle do equilíbrio é função combinada de partes
mais antigas do cerebelo com a substância reticular do bulbo, ponte e mesencéfalo.
Os reflexos de alimentação, tais como a salivação em resposta ao sabor dos
alimentos e o lamber dos lábios, são controlados por centros localizados no bulbo,
ponte, mesencéfalo, amígdala e hipotálamo. Da mesma forma, muitas respostas
emocionais, tais como a raiva, a excitação, as atividades sexuais, a reação à dor
ou ao prazer podem ocorrer em animais sem córtex cerebral (LENT, 2013; MA-
CARDLE; KATCH; KATCH, 2015).
A P RO F UNDA NDO
Caro(a) aluno(a), é bem verdade que, até aqui, apresentamos em grande parte o
SNC e, ainda, precisamos esclarecer aspectos referentes ao SNP, mesmo que nas
entrelinhas dos parágrafos anteriores isso já tenha ocorrido. Diferentemente do
SNC, que é compactado em uma massa tecidual bastante densa e complexa, o
SNP é disperso em nosso organismo, por prolongamentos neuronais denomi-
nados de nervos, além de contar com corpos celulares agregados, que fora do
SNC formam os gânglios. Os termos “nervos” e “gânglios” indicam os condutos
de comunicação do SNC com os diversos tecidos e órgãos que compõe o corpo
humano (LENT, 2013).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
E U IN D ICO
NOVO DESAFIO
Neste tema de aprendizagem abordamos alguns princípios da neuroanatomofi-
siologia do cérebro, com foco na subdivisão anatômica do sistema nervoso, tanto
o central quanto o periférico.
Compreendemos inúmeras informações sobre a organização do sistema ner-
voso central e suas subdivisões que elucidam os mecanismos de comunicação
neuronal para controlar as ações de diversos tecidos corporais. Fica evidenciado
que a abordagem neurológica para processar harmonicamente o funcionamento
do corpo humano perpassa pela atividade direta do sistema nervoso central,
periférico e autônomo.
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UN I AS S ELV I
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VAMOS PRATICAR
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II, III e IV.
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VAMOS PRATICAR
2
2
REFERÊNCIAS
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2017.
PIVETTA, M. Na raiz do Alzheimer. Pesquisa FAPESP, São Paulo, e. 153, nov. 2008. Dispo-
nível em: https://encurtador.com.br/akGL1. Acesso em: 3 nov. 2020.
TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 14. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.
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GABARITO
1. D.
2. B.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO
Anatomicamente, o siste-
ma nervoso é composto por
SNC e SNP. Funcionalmen-
te, o SNP é subdividido em
sistema nervoso somático e
sistema nervoso autônomo
(SNA). O sistema nervoso
somático é responsável pela
inervação da pele, múscu-
los e articulações; por outro
lado, o SNA é responsável
pela inervação sensitiva das
vísceras, controle motor dos
músculos lisos e glândulas exócrinas.
O SNA é parte funcional importante do sistema nervoso, auxiliando no con-
trole da homeostase corporal. Esta tarefa de buscar o equilíbrio constante do
funcionamento corporal ocorre de modo autônomo e independente da nossa
mente consciente, desse modo, raramente percebemos seu funcionamento (PAR-
KER, 2014). O SNA é ativado pela medula espinal, tronco cerebral e hipotálamo.
Também pode operar por reflexos viscerais (subconsciente), além do córtex, que
pode influenciar diretamente em seu controle (GUYTON; HALL, 2017).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
AP RO F U N DA NDO
Isso significa que elas atuam sobre os mesmos tecidos, porém de formas opos-
tas, estimulando ou inibindo a salivação, dificultando ou facilitando o aporte de
oxigênio para os pulmões, estimulando ou inibindo a atividade gastrointestinal
etc. (GORDO, 2014; DARIO et al., 2016; FERREIRA et al, 2017).
Vale ressaltar, aqui, que ambos os sistemas, sempre, estão atuando; a inten-
sidade, no entanto, da ativação de cada um deles se modifica (PARKER, 2014;
SILVERTHORN, 2017).
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UN I AS S ELV I
Figura 1 - Sistema Nervoso Autônomo Simpático / Fonte: Tortora e Nielsen (2019, p. 678).
Descrição de imagem: observa-se na figura o sistema nervoso autônomo simpático, evidenciando um esquema
que se inicia no encéfalo e se prolonga até o cóccix, no final da medula espinal. No esquema, são representados os
neurônios pré-ganglionares com linhas contínuas (os nervos emanam da região torácica e lombar) e os neurônios
pós-ganglionares com linhas pontilhadas. Fica evidenciado a distribuição e atividade dos neurônios pós-ganglio-
nares sob músculos lisos, vasos sanguíneos e glândulas dos seguintes órgãos: olhos, coração, pulmão, fígado,
rins, estômago, intestino delgado, órgãos genitais e outras estruturas fisiológicas são alvo da parte simpática
do sistema nervoso autônomo.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
Figura 2 - Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático / Fonte: Tortora e Nielsen (2019, p. 681).
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P E N SA N DO J UNTO S
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Caro(a) aluno(a), se ainda não ficou claro essa atividade antagônica entre as duas
divisões do SNA, apresento a você algumas alterações fisiológicas que ocorrem
diante da atuação dos sistemas simpático e parassimpático. Em momentos de
estresse, veja o que o SNA promove:
SNA SIMPÁTICO
SNA PARASSIMPÁTICO
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LIBERAÇÃO DE ADRENALINA
LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
SINAPSE
Descrição de imagem: são apresentados na imagem o axônio do neurônio pré-sináptico e o dendrito do neurônio
pós-sináptico. É ilustrada a direção do impulso nervoso, a fenda sináptica, os canais voltagem-dependente de
Ca2+, os neurotransmissores e receptores envolvidos na sinapse química.
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UN I AS S ELV I
Por meio da sinapse, que corresponde ao local em que dois neurônios ou um neurô-
nio e uma célula efetora se comunicam (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O processo de conexão sináptica ocorre o
tempo todo, em nosso organismo, em quantida- processo de
des que variam ao longo do dia ou das atividades conexão sináptica
realizadas. Sobretudo, as sinapses são fundamen- ocorre o tempo todo
tais para que qualquer atividade corporal aconte-
ça, visto que é a maneira pela qual se leva informações ao SNC ou do SNC
aos tecidos alvos. Também, podemos representar sinapses como conhecimento,
aprendizagem ou formação de memórias (LENT, 2013; RELVAS, 2015).
IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
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AP RO F U N DA NDO
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Descrição de imagem: a imagem retrata uma ilustração da sinapse química, a qual inicia no neurônio pré-sináptico
em direção à terminação nervosa. No botão terminal sináptico, são visualizados os íons de Ca²+ atravessando
seus respectivos canais voltagem dependentes. Visualiza-se, ainda, as vesículas sinápticas contendo neuro-
transmissores. Após a fenda sináptica, é observado o neurônio pós-sináptico com seus receptores recebendo os
neurotransmissores que regulam a propagação do impulso nervoso.
E U IN D ICO
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A P RO F UNDA NDO
NOVOS DESAFIOS
Neste tema de aprendizagem, compreendemos inúmeras informações sobre a orga-
nização do sistema nervoso. Aprendemos que o sistema nervoso autônomo é uma
porção do sistema nervoso central que atua de forma independente, controlando
atividades estressoras ou relaxantes de praticamente todos os órgãos corporais.
Entendemos também que as sinapses são um importante mecanismo de
troca de informações entre os neurônios ou tecidos corporais, assim como um
mecanismo importante na identificação e intervenção com diversas dificulda-
des de aprendizagens.
Siga firme em seus estudos!
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VAMOS PRATICAR
1. Os sinais eferentes do Sistema Nervoso Autônomo são transmitidos pelo Sistema Ner-
voso Simpático (SNS) e Sistema Nervoso Parassimpático (SNP).
Com relação à atuação desses dois sistemas em nosso organismo, assinale a alternativa
correta.
2. Os tecidos alvo são inervados por diversas terminações nervosas, que se originam de
neurônios. Para que a informação seja repassada adiante, faz-se necessário um meca-
nismo para transmissão de impulsos elétricos, um processo denominado sinapse química.
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VAMOS PRATICAR
3. Para que potenciais de ação sejam transmitidos de um neurônio para outro neurônio,
ou de neurônios para tecidos alvos, são necessárias sinapses, as quais possibilitam a
continuidade da transmissão das informações neurais.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. D.
2. B.
3. A.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
EVOLUÇÃO DO ESTUDO DO
CÉREBRO E TEORIA NEURONAL
WESLEI JACOB
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
EVOLUÇÃO DO ESTUDO
DO CÉREBRO
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Caro(a) aluno(a), ao refletirmos sobre neurociência, o que essa temática nos su-
gere? Se fragmentarmos a palavra em neuro + ciência, temos como resultado, o
estudo do cérebro. Se ampliarmos essa definição, a neurociência é um conjunto
de disciplinas que estudam o funcionamento do sistema nervoso.
Diversas são as teorias sobre o início dos estudos a respeito das funções
mentais no cérebro humano. Acredita-se que uma das mais antigas seja do sé-
culo IV d.C., com ideias defendidas por influência do clero (BEAR; CONNORS;
PARADISO, 2017). Agora, reflita comigo: de acordo com os conhecimentos ad-
quiridos, ao longo da sua vida, independentemente das suas crenças religiosas, foi
lhe ensinado que nós, seres humanos, viemos para esse mundo para pregar o bem.
Desse modo, se assim o fizermos, nossa alma transcenderá e iremos para o céu.
P E N SA N D O J UNTO S
Se a relação corpo e alma é presente até os dias atuais para a maioria das pes-
soas, em qual local está localizada a alma no corpo humano?
Posto isso, volte ao início do parágrafo anterior: se o clero auxiliou nas defini-
ções sobre o estudo do cérebro, admitia-se, naquela época, que dentre as três
áreas cerebrais conhecidas, uma delas era a morada da alma. Fica evidente que
essa doutrina de três ventrículos cerebrais (anterior, mediano e posterior) se
prolongou ao longo dos séculos, descrita e defendida por diversos autores, como
Leonardo da Vinci, St. Agostinho e Thomas Willis, que propuseram esquemas
sobre as funções mentais (LENT, 2013).
Com a evolução de diversos conhecimentos sobre anatomia e fisiologia do
cérebro humano e com a descoberta do córtex, que originava a cognição humana,
ocorreu a ruptura com a doutrina ventricular que já durava mais de mil anos.
Ocasionou-se, então, o nascimento da neurociência, a partir das ideias de Franz
Gall, no século XIX (KANDEL, 2014; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017).
Gall acreditava que o cérebro produzia comportamentos, pensamentos e
emoções em áreas/órgãos com funções bem de-
finidas, postulando, em 1810, as 27 faculdades faculdades “afetivas
“afetivas e intelectuais”, as quais, mais tarde, se- e intelectuais”
riam ampliadas para 35, por seu discípulo Johann
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UN I AS S ELV I
Spurzheim, essas são retratadas na Figura 1 a seguir. Essa divisão do cérebro foi
considerada absurda para a época, além de afrontar a unidade referente à morada
da alma, exigida pela igreja (LENT, 2013).
Descrição: desenho em preto e branco de um rosto em três perspectivas: frontal, lateral e traseira com as divisões
e respectivas numerações das faculdades afetivas e intelectuais.
Propensões: ? Desejo de viver, * Alimentividade, 1Destrutividade, 2 Amatividade, 3 Filoprogenitividade, 4 Ade-
sividade, 5 Habitatividade, 6 Combatividade, 7 Secretividade, 8 Aquisitividade, 8 Aquisitividade.
Sentimento: 10 Cautela, 11 Aprobatividade,, 12 Autoestima, 13 Benevolência, 14 Reverência, 15 Firmeza, 16
Consciência, 17 Esperança, 18 Deslumbramento, 19 Idealismo, 20 Misericórdia, 21 Imitação
Perceptivas: 22 Individualidade, 23 Configuração , 24 Tamanho, 25 Peso e Resistência, 26 Coloração, 27 Locali-
dade, 28 Ordem, 29 Cálculo, 30 Eventualidade, 31 Tempo, 32 Tom, 33 Linguagem
Refletivas: 34 Comparação, 35 Causalidade.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
O mais impressionante é que mesmo sem todos os recursos médicos atuais, ele
não demonstrava nenhum prejuízo em relação aos seus sentidos. Podia ouvir,
falar, sentar-se, movimentar-se e utilizar o olho restante para a visão sem nen-
huma restrição.
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UN I AS S ELV I
Outro caso similar ocorreu com um brasileiro, que também sofreu uma lesão
que atingiu a área frontal do cérebro, quando um vergalhão atravessou seu crâ-
nio em 2012. Naquela época, acreditava-se que o brasileiro, após perder 11% da
massa encefálica, ficaria mais desinibido, bem-humorado, mas teria dificuldade
em planejar o futuro, além de possíveis mudanças comportamentais e difícil rela-
cionamento com familiares e amigos. No entanto o sujeito não apresenta nenhum
tipo de sequela ou alteração de sua personalidade ou do comportamento, segue
com a vida normalmente.
Com tantas incertezas sobre as funções neurológicas, muitas autoridades
buscaram entender casos intrigantes, como os relatados expostos anteriormente.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
INTRODUÇÃO À TEORIA
NEURONAL
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UN I AS S ELV I
De acordo com o que foi apresentado até esse momento, considere a seguinte
situação:
TEORIA RETICULAR
TEORIA NEURONAL
Com a evolução das técnicas histológicas para observar células nervosas, esse
impasse defendido pela teoria reticular, que relutava e acreditava na existência de
uma tela densa, um emaranhado de fios que conduzem os impulsos nervosos, foi
superado pelas observações de Cajal, que identificou padrões na continuidade das
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IN D ICAÇÃO DE LI V RO
NEURÔNIOS
EM REDE
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que você pensasse em uma vaca. O que mais surgiu em seu pensamento? Pasto,
bezerro, leite, churrasco… por qual razão, porém, isso ocorreu? Havia pedido
apenas para se recordar da vaca.
Pois bem, essa cascata de informações não os neurônios
solicitadas ocorreu em seu pensamento pelo fato compõem uma rede
de que os neurônios compõem uma rede: a liga-
ção de dois ou mais neurônios constituirão uma ampla área de conhecimento
e processamento, a qual armazena e analisa informações relacionadas. Dessa
maneira, ao pensar em um determinado assunto, você promoverá a comunicação
neuronal (sinapse) entre dois neurônios que irão se comunicar com outros dois,
que continuarão a propagar essa informação. É dessa maneira que se justifica a
ideia de formação em rede.
Acredito que, ainda, restou uma dúvida: por qual razão, ao pensar na vaca,
muitos outros assuntos ou conceitos emanaram em seu cérebro?
Imagine da seguinte forma: em cada ligação neuronal, armazenaremos um
tipo de informação. Os neurônios vizinhos farão o mesmo com um assunto as-
sociado, diretamente, com aquela temática. Assim, ao pensar na vaca, automatica-
mente, foi ativado um processo sináptico vizinho acerca da área de conhecimento
em questão. É como se o neurônio responsável por armazenar a informação
sobre a vaca alertasse um neurônio vizinho: “amigo, fique atento, pois se estão
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AP RO F U NDA NDO
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
NOVOS DESAFIOS
Nesta tema de aprendizagem, elucidou-se o surgimento dos conhecimentos
acerca do funcionamento neurológico. As bases inerentes a essa temática apon-
tam para a necessidade de novas investigações sobre a atividade neuronal, pois,
com o avanço da tecnologia, muitos outros mistérios sobre as operações men-
tais podem ser desvendados.
O cérebro é alvo de estudos há muitos séculos. Sobretudo, a neurociência
é uma ciência recente que vem contribuindo para as mais diferentes áreas de
atuação, seja para a reabilitação de traumas, entendimento de doenças neuro-
lógicas ou para a criação de estratégias de ensino e aprendizagem de recém-
-nascidos e ou idosos.
A rede de conhecimentos formada pelos neurônios permite aos profissio-
nais compreender que os conhecimentos estão diretamente relacionados, uma
vez que as áreas de processamento no sistema nervoso agrupam informações
semelhantes. Por essa razão, é possível verificar imagens encefálicas sempre
coloridas. É importante ressaltar que a atividade neurológica, além de ativar
sinapses específicas, necessita de alto aporte de oxigênio e nutrientes que sus-
tentarão tal atividade neural.
Siga firme em seus estudos!
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VAMOS PRATICAR
1. Ao que se refere ao estudo do cérebro humano, pesquisas passaram a ser mais robus-
tas e exploradas a partir da década de 1990, uma vez que foi facilitado o acesso aos
recursos financeiros e todo o investimento para essa área. Assim, surgiu uma nova
ciência, denominada neurociência.
2. Já está bastante claro que os neurônios são células cerebrais responsáveis pela cons-
trução do conhecimento. Essas estruturas nervosas têm a capacidade de propagar
as informações que a ele chegam. Por qual razão, quando pensamos em um objeto,
animal, ou situação específica, outros eventos emergem de nosso cérebro?
I - O cérebro funciona integralmente, não existe uma conexão ou função específica, esse
órgão sabe de tudo e sobre qualquer coisa, assim busca similaridades que possam
ser utilizadas em determinado momento.
II - Devido a neuroplasticidade cerebral, que permite ao nosso cérebro se reorganizar de
acordo com as necessidades, permitindo que os neurônios compartilhem as infor-
mações.
III - Neurônios são estruturas conectadas, em forma de rede, para se comunicar uns com
os outros. As novas memórias são guardadas de acordo com padrões de informação
e similaridades. É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. A.
2. E.
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UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL
WESLEI JACOB
MINHAS METAS
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NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL
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EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
Você deve conhecer algum caso de acidente vascular encefálico ou cerebral (AVE
ou AVC, respectivamente). Essa é a ideia que precisamos para compreender o
segundo exemplo: quando um dos lados do corpo apresenta movimentos com-
prometidos, é bem verdade que dependendo da magnitude da lesão, a pessoa
pode entrar em óbito. Quando os movimentos de marcha, fala e outras ações
corporais ficam comprometidas, esses indivíduos normalmente realizam sessões
de fisioterapia e, após muitas sessões, normalmente, os movimentos ficam bem
melhores e mais coordenados.
P E N SA N D O J UNTO S
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Vale ressaltar que como dendritos estão, diretamente, conectados aos ax-
ônios e relacionados às sinapses, a instabilidade ou estabilidade em qualquer
um desses mecanismos pode resultar em prejuízos ou benefícios, respectiva-
mente, ao indivíduo.
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AP RO F U N DA NDO
Desde o surgimento da teoria neuronal proposta por Cajal, no final do século XIX
e início do século XX, a regeneração do sistema nervoso era descartada. Por
outro lado, com o avanço tecnológico, a neurogênese é aceitável em diversas
áreas neurológicas. Essa capacidade de regeneração ou proliferação do tecido
neuronal, após uma lesão, está associada à disponibilidade de células-tronco na
região lesada. No entanto tal regeneração do tecido nervoso depende de muito
mais, como considerar a íntima ligação dos circuitos neuronais, constituídos por
células independentes, mas interligadas.
Fonte: o autor.
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ATÉ OS 5 MESES
8, 12 E 20 MESES
20 MESES
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ENTRE OS 2 E 4 ANOS
APÓS OS 4 ANOS
ENTRE 6 E 8 ANOS
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ENTRE 10 E 12 ANOS
ENTRE OS 13 E 15 ANOS
O segundo grande surto na segunda década de vida aparece por volta dos 17
anos e perdura até a fase adulta. Nesse momento, os lobos frontais do córtex
têm maior foco do desenvolvimento, sendo possível controlar a lógica e o plane-
jamento. Indivíduos nessa faixa etária lidam mais facilmente com situações prob-
lemas que requerem funções cognitivas (BEE; BOYD, 2011; RELVAS 2015).
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AP RO F U NDA NDO
NOVOS DESAFIOS
Prezado(a) aluno(a), vimos que o amadurecimento humano tem relação direta
com a maturação dos neurônios, os quais podem aumentar a condução elétrica e
a capacidade de responder a problemas diversos: esse evento ocorre, em especial,
ao longo das duas primeiras décadas de vida. Posto isso, o desenvolvimento da
mente e dos comportamentos humanos iniciam, ainda, no período intrauterino,
mas são potencializados em virtude da formação das bainhas de mielinas, que,
somadas à eficiência sináptica, oportunizam o desenvolvimento motor, a maior
capacidade linguística e tantos outros elementos desenvolvimentistas.
Por fim, conhecer o funcionamento das funções neurológicas oportuniza o
planejar e estruturar estratégias diferenciadas para a aplicação dos métodos de
aprendizagem. Tal estudo também é imprescindível para que o planejamento seja
adequado ao potencial neurológico dos indivíduos.
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VAMOS PRATICAR
2. Se pararmos para analisar do ponto de vista animal, todos somos capazes de aprender
e tudo é dependente para a variedade comportamental e sobrevivência da espécie.
No entanto só observamos algo novo devido a uma série de sofisticadas estruturas
neuronais, geneticamente, determinadas a serem plásticas.
De acordo com a afirmação de que a maior plasticidade neuronal humana ocorre até
aproximadamente aos três anos de idade, assinale a alternativa correta.
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VAMOS PRATICAR
3. Uma criança já nasce com muitas conexões sinápticas (conexão entre neurônios, ati-
vidade elétrica entre eles). Aos 12 meses de vida, já se tem, praticamente, o dobro de
sinapses que um cérebro adulto e, com isso, tem-se um maior gasto de energia. Por
qual razão o excesso de sinapses é fundamental para o aprendizado?
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. A.
2. E.
3. A.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
O ALICERCE DA APRENDIZAGEM E
FORMAÇÃO DE MEMÓRIAS
WESLEI JACOB
MINHAS METAS
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ALICERCE DA APRENDIZAGEM
Fácil, não é mesmo! Acredito que diversas coisas vieram a sua cabeça, mas
antes de responder e definirmos o que eu gosto de chamar de alicerce do
aprendizado, reflita sobre a seguinte situação: uma criança de alguns meses
que já engatinha, quando inserida em uma sala de aula, com poucos ou muitos
recursos, o que aconteceria? Ela certamente iria mexer em tudo, não é mesmo?
É possível consideramos isso como exploração do ambiente, ou seja, pelas
experiências vividas nesse local a criança internaliza conhecimentos diversos
que, possivelmente, resultarão em aprendizagem.
E como aprendemos?
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AP RO F U NDA NDO
P E N SA N DO J UNTO S
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Desse modo, pare de se enganar, adultos não precisam ler com música de
fundo, ruídos diversos ou qualquer outra coisa que venha a pensar. Tome como
exemplo: quando se deve entregar uma tarefa ou estudar algo e o prazo está dis-
tante, seu foco será pequeno pois há tempo para concluir tal tarefa, por outro lado
se a entrega é para amanhã, seu rendimento irá aumentar muito, não é mesmo?
Ou seja, a melhora da nossa atenção está no treino diário, assim, a manutenção
do foco será cada dia melhorada.
A P RO F UNDA NDO
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E U IN D ICO
FORMAÇÃO DE MEMÓRIAS
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Descrição da Imagem: na Figura 1, observa-se as estruturas envolvidas na formação das memórias. Como se
fosse um Raio-X do encéfalo, deixando evidenciado a amígdala cerebral conectada ao hipocampo e, na parte
posterior da imagem, o cerebelo, estrutura que não armazena memórias, mas auxilia em seu processo de formação.
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VIRAR PÁGINA PARA VISUALIZAR
Figura 2 - Os tipos e subtipos de memória e suas principais características / Fonte: Lent (2013, p. 246).
Descrição da Imagem: a Figura 2 está construída em forma de um esquema gráfico, que subdivide as memórias em declarativas do lado esquerdo e procedimentais ao lado direito.
A imagem, ainda, representa as variações dessas memórias em subtipos, pois memórias declarativas são subdivididas em memórias semânticas e episódicas. Por outro lado, as
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memórias procedimentais estão relacionadas ao aprendizado motor e seu amplo condicionamento ou aperfeiçoamento.
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MEMÓRIAS SEMÂNTICAS
MEMÓRIAS PROCEDIMENTAIS
Por outro lado, memórias procedimentais estão representadas nas ações incon-
scientes, como escrever, por exemplo. Nós pensamos no que escrever e não em
como escrever. Talvez, quando aprendeu a dirigir um carro, muitas ações depen-
diam de sua atenção máxima, já hoje, os pés e as mãos simplesmente movimen-
tam-se, de maneira automática.
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VAMOS RECORDAR?
Para reforçar essa ideia, considere o seguinte: se durante o aprendizado, após
o nascimento, o recém-nascido apresenta um alicerce neuronal desestrutura-
do e, ainda, em processo de amadurecimento, como é possível se recordar de
eventos da infância?
Posso lhe responder de modo simples: é bem provável que este momento de re-
cordação tenha sido muito feliz ou muito traumático, caso contrário, você pode se
recordar de uma foto, de histórias contadas por pais, parentes ou indivíduos que
acompanharam seu crescimento. Em resumo, nós, seres humanos, podemos “rou-
bar” memórias de outras pessoas e acreditar que são experiências individuais.
É válido ressaltar que existem memórias que são formadas em questão de se-
gundos, outras, em minutos e, outras ainda, em semanas. Basta comparar uma quei-
madura em uma panela quente com um conhecimento técnico de neurociências.
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IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
Sem Limites
Ano: 2011
Sinopse: o escritor Eddie Morra (Bradley Cooper) não está
conseguindo cumprir os prazos para a entrega de um livro,
esse bloqueio de escritor é superado pela utilização de um
remédio que potencializa a atividade neural, permitindo a uti-
lização de 100% do cérebro. O efeito da medicação é imediato,
e o escritor passa a lembrar de tudo que já leu, viu ou ouviu
durante a vida. Seu sucesso no aprendizado de diversas lín-
guas, resoluções de cálculos e mesmo escrita impressiona até
mesmo grandes empresários. Neste filme, observa-se a maior
atividade e capacidade neurológica em virtude da utilização
de uma substância farmacológica, no entanto, na vida real,
muitos indivíduos necessitam da utilização de medicamentos
para ampliar a performance cognitiva. Por outro lado, pessoas
que não apresentam déficit na liberação de neurotransmis-
sores não terão efeitos otimizados em sua memória, atenção,
foco ou potencialização da atividade neural.
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Para lhe explicar melhor, considere um jogo de palavras que será percebido pelas
áreas da linguagem, podendo ser captadas para nosso mundo interior pela visão
ou audição: é desse modo que compreenderemos o que estamos vendo ou ou-
vindo. Todas as vezes que uma situação absurda surgir, a risada tomará conta, e
nosso corpo irá nos trazer uma sensação de felicidade gigantesca (RADANOVIC;
KATO-NARITA, 2016).
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Posto isso, todas as vezes que um jogo de palavras, como uma história que
nos é contada chega por meio dos “órgãos dos sentidos” para serem processadas
e compreendidas, o cérebro esquerdo tenta entender qual é o final lógico da his-
tória, enquanto o cérebro direito considera a remota possibilidade do absurdo,
desse modo, todas as vezes que o lógico se transforma rapidamente em ilógico
(absurdo), surge o divertido e, consequentemente, as gargalhadas.
As gargalhadas gostosas que produzimos ou percebemos, em outras pessoas,
dependem da produção de um neurotransmissor chamado dopamina, o qual é li-
berado na base do encéfalo em uma área denominada de área tegmentar ventral,
o qual se conectará a receptores que são nomeados como núcleos accumbens,
desencadeando assim, a reação do riso do córtex pré-frontal. Por fim, como rir
é um movimento de estruturas neurológicas responsáveis pelas ações motoras,
também serão acionadas a esse todo evento que gera prazer, e automaticamente
a vontade de fazer novamente será repetida e várias vezes acionadas pelo encé-
falo humano. Comumente, conhecido como circuito de recompensa (GOMES;
PEREIRA, 2016; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017).
O humor é processado de maneiras diferentes no cérebro masculino e feminino.
HOMEM
MULHER
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NOVOS DESAFIOS
A formação das memórias humanas depende da funcionalidade harmoniosa de
diversas estruturas neurológicas, como o hipocampo, córtex entorrinal, amíg-
dala cerebral, dentre outras áreas vinculadas ao sistema nervoso. Nesse viés,
um dos elementos cruciais para o armazenamento de novos conhecimentos é
considerar as emoções individuais e a base de conhecimentos prévios já memo-
rizados sobre um determinado assunto. Desse modo, um aprendiz confortável
emocionalmente tende a ativar e usar melhor o cérebro racional e, consequen-
temente, aprender mais e melhor.
Verificamos, aqui, que o ato de aprender e moldar o cérebro humano é bastan-
te individual, uma vez que os motivadores de cada pessoa podem ser diferentes,
bem como sua personalidade. Independentemente da historicidade de cada um,
o aprendizado está relacionado de maneira direta à prática, ao nível de atenção
e motivação do aprendiz e, sobretudo, das estratégias, métodos e oportunidades
que serão oferecidas, nos mais diferentes contextos, para esses indivíduos que
necessitam absorver um novo conhecimento.
Caro(a) aluno(a), fica evidente nesse tema de aprendizagem que pensar em
estratégias que ampliem ou promovam mais facilmente a construção do apren-
dizado é importante, sendo o humor uma excelente maneira de se ensinar, de
conectar conceitos, reduzir o estresse, aumentar a socialização dos aprendizes
e, o mais importante, construir em cada indivíduo a vontade de voltar a sala de
aula e aprender cada vez mais.
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VAMOS PRATICAR
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VAMOS PRATICAR
Como poderíamos colocar dentro dos currículos escolares o ensinamento das emoções?
Marque a alternativa correta.
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VAMOS PRATICAR
a) As informações que recebem pouca atenção não serão perdidas, serão armazenadas
como memórias inconscientes.
b) Para se construir uma memória, a receptividade de estímulos sensoriais é pouco relevante.
c) Para que seja formada uma memória, deve-se receber uma informação, que com a
devida atenção será transformada em memória de curta duração e, possivelmente,
longa duração.
d) Para a consolidação de uma memória, basta receber um estímulo qualquer que a
informação será armazenada.
e) Dependendo da intensidade do estímulo, é possível formar memórias de longa duração,
mesmo que uma memória de curta duração não tenha sido formada.
6. Tendo consciência de que todo ser humano é diferente e podem aprender cada um em
seu tempo e do seu modo, não importando classe social, financeira ou física, qual é a
soma da base ideal para se alcançar o aprendizado?
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. A.
2. C.
3. B.
4. A.
5. C.
6. C.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
O ALICERCE DA APRENDIZAGEM E
FORMAÇÃO DE MEMÓRIAS
WESLEI JACOB
MINHAS METAS
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FUNÇÕES COGNITIVAS
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Descrição da Imagem: observa-se na figura a estrutura encefálica, deixando mais evidente, com cores distintas,
os lobos cerebrais. A imagem evidencia os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. Esses lobos subdividem
importantes regiões para processamentos específicos no cérebro.
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Todos esses estímulos podem ser considerados como input, ou seja, entrada de
informações para processamento. Por outro lado, a ação realizada como resultado
do processamento da informação é denominada de output.
Posto isso, é possível avançarmos para três importantes estágios de proces-
samento da informação: a identificação do estímulo; a seleção da resposta; e a
programação da ação. Esses estágios de processamento estão entre o input e o
output (SHIMIDT; WRISBERG, 2010).
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Para elucidar a aplicação de elementos que discorremos até aqui, observe o qua-
dro a seguir.
OS ESTUDANTES OS ESTUDANTES
HABILIDADES
GOSTAM DE GOSTAM DE
Utilizar o espaço fora da
Passar o tempo ao ar
sala de aula, ter plantas e
livre, observar, colecionar
Naturalista animais na sala de aula,
plantas, pedras, animais,
conduzir experiências de
perceber a natureza.
ciências etc.
Criar projetos de leitura e
Contar histórias, trocadil- escrita, ajudar os alunos
Linguística hos, adivinhações, jogos a preparar discursos,
de palavras, criar poemas. despertar para os debates,
palavras cruzadas.
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IN D ICAÇ ÃO DE LI V RO
SISTEMA LÍMBICO#
Caro(a) aluno(a), você já reparou que existem situações em nosso cotidiano nas
quais agimos de modo inconsciente e tomamos decisões de maneira instintiva?
Pois bem, e se eu te disser que dentro dos processos educacionais nós falamos ou
tentamos ensinar para a parte errada do encéfalo, você acreditaria?
Para te convencer dessa situação, gostaria que fizesse a seguinte reflexão: ao
considerar que grande parte da sociedade é extremamente consumista, ao entrar
em uma loja de roupas ou calçados, você se depara com um item único, elegante,
bonito e, acima de tudo, que tenha um caimento perfeito em seu corpo ou pés.
Talvez alguns diriam: “eu preciso dessa peça de roupa ou desse par de calçados”,
quando, na verdade, seu guarda-roupas está repleto de roupas novas, centenas de
outros calçados, ou seja, na verdade você não necessita de mais esse item.
Posto isso, por qual razão compramos mesmo sem precisar? Difícil de res-
ponder, não é mesmo? Compramos pela nossa emoção e não pela razão. A partir
de agora, estamos prontos para discutirmos sobre esse encéfalo primitivo, que,
por diversas vezes, toma conta de nossa consciência.
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P E N SAN DO J UNTO S
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Descrição da Imagem: a Figura 2 está em corte no plano sagital, por essa razão, pode-se observar as estruturas
neurológicas que estão ao centro do encéfalo, principalmente estruturas importantes que compõem o sistema
límbico. A imagem evidencia as seguintes estruturas neurológicas: fórnice, estria medular do tálamo, estria
terminal, hipocampo no lobo temporal, giro denteado, núcleo anterior do tálamo, trato mamilotalâmico, giro do
cíngulo no lobo frontal, comissura anterior, núcleos septais, corpo mamilar, bulbo olfatório, corpo amigdaloide e
giro para-hipocampal no lobo frontal.
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Ao iniciar esse item, indiquei que comunicamos para a parte errada do encéfalo,
mas antes de discutirmos e analisarmos situações cognitivas ou mesmo executi-
vas, é fundamental “desarmar” o sistema límbico, pois se ele estiver fortemente
ativado, tem condições de bloquear nossa racionalidade. Desse modo, devemos,
antes de mais nada, considerar a base emocional de qualquer aprendiz.
O sistema límbico se relaciona com aspectos positivos e negativos dos seres hu-
manos, como as motivações, as emoções, o temperamento e a personalidade do
indivíduo. Posto isso, Fonseca (2014) diz que o aprendiz estará constantemente
questionando: Por que faço a tarefa? O que faço com a tarefa? Como me sinto
com a tarefa?
NOVOS DESAFIOS
Como verificamos, as estruturas neurológicas são um conjunto de sistemas com-
plexos, os quais podem sofrer diversas influências internas ou externas.
É evidenciado que tomadas de decisões, em virtude de uma elaborada e com-
plexa atividade neurológica, frente à necessidade de resolver problemas, depen-
dem, em especial, dos conhecimentos armazenados no cérebro humano. Por essa
razão, a capacidade cognitiva de um indivíduo se relaciona à possibilidade de
identificação dos mais diferentes estímulos, seguido da busca para encontrar as
possíveis soluções nas diferentes memórias já armazenadas, e, por consequência,
executar a ação da melhor maneira possível.
As ações cognitivas podem ser limitadas ou alteradas pelo sistema límbico, o
qual toma as decisões primitivas, estando associado às emoções, a insegurança,
o medo, a raiva, a euforia, dentre tantas outras funções que se remetem à sobre-
vivência da espécie, sobretudo, as funções conativas, que podem interferir ou
influenciar na racionalidade humana, limitando o processamento neurológico à
base do encéfalo, acionando minimamente o neocórtex humano.
Siga firma em seus estudos e aprofunde-se cada vez mais no tema abordado!
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VAMOS PRATICAR
1. O sistema límbico é composto por diversas estruturas neurológicas que criam inúmeras
interconexões, as quais permitem um amplo e importante controle sobre o organismo
dos seres humanos. Portanto, o controle de diversos comportamentos sociais e emo-
cionais estão diretamente associados ao controle dessas funções primitivas.
Com relação a essa temática, associando-a aos elementos acerca da aprendizagem hu-
mana, assinale a alternativa correta.
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. B.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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UNIDADE 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
FUNÇÕES EXECUTIVAS E
APRENDIZAGEM
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MINHAS METAS
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FUNÇÕES EXECUTIVAS
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CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
O córtex pré-frontal, presente nos lobos frontais, está relacionado às funções su-
periores que podem ser representadas por diversos comportamentos humanos.
Posto isso, qualquer lesão da área pré-frontal determina a perda de concen-
tração, diminuição da habilidade intelectual, déficit de memória e julgamento.
Para simplificar, essa região está associada à fala, as funções motoras, controle
práxico, exploração visual, planificação e programação de tarefas, julgamento
social, dentre outras (RELVAS, 2010).
LOBOS FRONTAIS
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“
Para ter sucesso escolar o estudante deve evocar um conjunto muito
diversificado de competências executivas, a saber: estabelecer obje-
tivos; planificar, gerir, predizer e antecipar tarefas, textos e trabalhos;
priorizar e ordenar tarefas no espaço e no tempo para concluir proje-
tos e realizar testes; organizar e hierarquizar dados, gráficos, mapas e
fontes variadas de informação e de estudo; separar ideias e conceitos
gerais de ideias acessórias ou de detalhes e pormenores; pensar, reter,
manipular, memorizar e resumir dados ao mesmo tempo que leem;
flexibilizar, alterar e modificar procedimentos de trabalho e aborda-
gens a temas e tópicos de conteúdo, aplicando diferentes estratégias de
resolução de problemas; manter e manipular informação na memória
de trabalho; automonitoriar o progresso individual e do grupo de
trabalho; autorregular e verificar as respostas produzidas e a conclu-
são, revisão e verificação de tarefas, projetos, relatórios e trabalhos
individuais ou de grupo; refletir e responsabilizar-se pelo seu estudo
e sobre o seu aproveitamento escolar etc. (FONSECA, 2014, p. 245).
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TRÍADE DA APRENDIZAGEM
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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As emoções que sentimos permitem mudar nossas memórias, a cada vez que
relembramos algo, surge uma nova ideia de realidade, já não se sabe se é como
realmente vimos, assistimos na televisão ou se ouviu, isso permite a formação
da personalidade, construto este que está associado ao amadurecimento neu-
ronal.
Diversas lembranças que são evocadas podem estar alteradas pelo que foi con-
tado por outras pessoas, como um evento que se passou na infância. Muitas
fotos ou relatos provavelmente chegam ao encéfalo humano por verdades con-
tadas por terceiros, desse modo, é possível que ocorra uma reconstrução da
respectiva memória, ou seja, muito do que lembramos hoje, pode, na verdade,
ser parte de um evento experienciado por outra pessoa.
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NOVOS DESAFIOS
O ato de aprender ou de abstrair e armazenar informações por curto, médio
ou longo prazo está associado diretamente a três funções, que se conceituam
separadamente, ao mesmo tempo que se inter-relacionam. Assim, um tripé foi
apresentado para o maior entendimento dos processos de aquisição de informa-
ções, bem como a estruturação das estratégias de ensino que podem ampliar a
aquisição e a retenção de novas memórias.
Como podemos ver até aqui, as funções executivas dependem de ótimo fun-
cionamento das estruturas neuronais, em especial dos lobos frontais e as de-
mais áreas que a ele se conectam. Evidenciou-se que sua desorganização, lesão
ou qualquer falha de processamento pode resultar na incapacidade de interagir
adequadamente aos estímulos recebidos do ambiente, podendo assim levar o
indivíduo a mudanças cognitivo-comportamentais ao influenciar diretamente
a qualidade e a possibilidade de aprendizagens acadêmicas ou sociais.
Siga firma em seus estudos e aprofunde-se cada vez mais no tema abordado!
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VAMOS PRATICAR
Posto isso, analise as afirmativas a seguir sobre o mecanismo de aprendizagem que deve
envolver essencialmente
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VAMOS PRATICAR
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) I, II e III.
3. Para que seja possível processar uma resposta sobre qualquer assunto ou problemá-
tica, uma análise elaborada deve ocorrer no Sistema Nervoso Central.
a) O estímulo recebido deve ser analisado junto às memórias, o qual utilizará a melhor
informação disponível, aquela que trará a possibilidade de maior êxito para a respec-
tiva situação, assim a resposta será executada minimizando a chance de erros.
b) As respostas que um aprendiz executa são processadas junto às memórias, que uti-
lizará a primeira informação neuronal disponível.
c) A qualidade da resposta depende diretamente das bases de memórias consolidadas,
no entanto, descarta-se a importância da velocidade de comunicação neuronal.
d) A condução elétrica das informações é fundamental para a boa tomada de decisão,
sendo que um aluno que se apoia em respostas rápidas demais certamente irá falhar
na análise ou execução do problema em questão.
e) Análises a nível neuronal são eventos primitivos, os quais são programados, espe-
cificamente, para a sobrevivência, não sendo necessário avaliar o tipo de estímulo
recebido para se tomar uma decisão.
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VAMOS PRATICAR
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) I, II e III.
5. Para que as intervenções em sala de aula sejam apoiadas nas funções cognitivas,
conativas e executivas, assinale a alternativa correta.
a) O professor deve apoiar-se apenas na base cognitiva para resolver problemas, pois as
funções executivas e conativas não influenciam na aprendizagem.
b) As funções conativas se referem à base primitiva do ser humano, as quais são des-
cartadas dos mecanismos de aprendizagem.
c) As funções executivas estão relacionadas ao córtex pré-frontal, desse modo só po-
dem ser aplicadas ao final da adolescência ou em adultos.
d) O professor deve considerar as diferentes possibilidades de resolução de problemas
e considerar também as emoções dos alunos para que seja possível efetivar boas
memórias.
e) A tríade apresentada é definida como funções cognitivas para alunos com dificuldades
de aprendizagens, funções executivas para alunos sem dificuldades de aprendizagem
e funções conativas para alunos com transtorno.
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. A.
2. B.
3. A.
4. E.
5. D.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
MINHAS METAS
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Falar de neurociências é relacionar muito mais que o estudo das funções neu-
rológicas, é transcender às condições sociais ou a historicidade de cada indivíduo.
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P E N SA N D O J UNTO S
Para que possamos aprender algo, devemos estar com nossa atenção volta-
da para aquele momento, objetivo ou situação. A aprendizagem depende da
intensidade da atenção, sendo assim, é fundamental que esta seja educada.
Simultaneamente, o sistema límbico, parte do cérebro onde se originam nossas
emoções, participa dos processos de aprendizagem do ser humano, inclusive
da aprendizagem dos conhecimentos escolares.
IN D ICAÇÃO DE LI V RO
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APRENDIZAGEM INTERNEUROSSENSORIAL,
INTRANEUROSSENSORIAL E APRENDIZAGEM INTEGRATIVA
Está claro que todos aprendemos pelas experiências vividas, foi assim desde que
nascemos e é assim até os dias atuais. É possível aprender pelo ambiente que
nos rodeia ou por estímulos que nos são ofertados, no entanto, independente-
mente dos estímulos ambientais ou culturais recebidos, todos aprendemos pelos
órgãos dos sentidos, pelos canais de comunicação do mundo externo para com
o mundo interno. São eles: tato, olfato, paladar, audição e visão.
Posto isso, todos nós aprendemos pela visão, audição ou canal cinestésico.
É bem verdade que alguns de nós aprendem mais pela visão, outros pela au-
dição e outros por sensações, no entanto, todos aprendemos por todos esses
canais de aprendizagem, mas para alguns indivíduos, a visão é o principal canal
de aprendizagem e a audição, ou canal cinestésico, o segundo melhor canal de
aprendizagem. Para outros indivíduos, é a audição que
devemos atuar se destaca e talvez a visão seja o pior canal de apren-
priorizando todos os dizagem. Independentemente disso, devemos atuar
canais priorizando todos os canais. Para isso, podemos nos
apoiar em estratégias metodológicas como:
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VISUAL
AUDITIVO
Aprende pelo que escuta. Apoie-se em trabalhos em grupo, peça para um colega
te fazer perguntas ou respondê-las, grave aulas e depois escute (sugerido, antes
de dormir e ao acordar, pois a mente está mais relaxada – exemplo: crianças
aprendem músicas de propagandas com facilidade por esse motivo). Ruídos po-
dem interferir no processo de aprendizagem.
CINESTÉSICO
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Diante do que apresentei até esse momento, a aprendizagem pode ocorrer pelos
órgãos dos sentidos. Tais canais de comunicação podem funcionar sozinhos, asso-
ciados a um outro canal ou mesmo de modo integrado. Desta forma, existem três
formas de aprendizagem: intraneurossensorial, interneurossensorial e integrativa.
A aprendizagem intraneurossensorial pode ser estruturada como uma
forma de absorção de conhecimentos, em que se um dos órgãos dos sentidos
estiver comprometido, isso não afetará a aprendizagem via outros canais. Por
outro lado, a aprendizagem interneurossensorial é extremamente interessante
do ponto de vista pedagógico, pois deve-se estruturar as atividades para que,
assim, seja possível o trabalho com mais de um sistema de aprendizagem simul-
taneamente. Tome como exemplo atividades apoiadas em músicas que poderão
gerar dramatizações, esse exemplo inter-relaciona os canais auditivo, visual e,
possivelmente, tátil.
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SENSAÇÃO
Esta habilidade nos permite colocar em contato com o mundo ao nosso redor.
Vale ressaltar que esse primeiro nível é pré-cognitivo, basta hipotetizar sobre a
seguinte situação: “eu acho que está frio lá fora”, talvez sim, talvez não, só ter-
emos certeza ao sair pela porta e cognitivamente percebermos a real condição
climática.
PERCEPÇÃO
Esta habilidade nos permite estabelecer as formas e imagens. Este nível está
relacionado à capacidade neurológica de converter as sensações em impulsos
elétricos, ou seja, é a tomada de consciência em relação às sensações.
FORMAÇÃO DE IMAGENS
SIMBOLIZAÇÃO
CONCEITUAÇÃO
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Para que você compreenda melhor, coloco para tudo que expliquei: os níveis de
evolução até a aprendizagem.
Descrição da Imagem: gráfico azul redondo com cinco níveis hierárquicos. Do centro para a borda circunferência
estão as seguintes palavras: conceituação, simbolização, formação de imagens, percepção e sensação.
Como é possível observar nesta “teia de aranha”, a parte mais externa é a sensação,
seguida pela percepção. Ambas têm por características aspectos primitivos, dife-
rentemente de simbolização e da conceituação, são cognitivos e estão ao centro
dessa “teia de aranha”.
O processo de aprendizagem humana está relacionado às primeiras expe-
riências perpassadas sobre a temática a ser aprendida. Evidentemente, são ini-
ciadas pela sensação e depois percepção, sendo escaladas até a conceituação, do
primitivo ao cognitivo. Sobretudo, essa evolução nos níveis apresentados é
dependente da experiência no nível anterior, ou seja, não é possível simbolizar
sem antes ter formado imagens, tampouco é possível perceber antes de passar
pelas sensações.
A importância dessa relação crescente e harmoniosa é gigantesca, além de que
a falha, em alguma transição, pode resultar em problemas que irão prejudicar a
aquisição de diversos conhecimentos, como a aquisição da linguagem.
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5. Inúmeras áreas do córtex cerebral são Situações que reflitam o contexto da vida
simultaneamente ativadas no transcurso real, de forma que a informação nova se
de nova experiência de aprendizagem. “ancore” na compreensão anterior.
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P E N SA N D O J UNTO S
O cérebro possui ampla capacidade plástica, a qual pode ser ampliada para a
formação de novos conhecimentos, desde que o aprendiz se sinta detentor do
conhecimento, sendo protagonista de sua aprendizagem, para isso, o professor
pode delimitar temas e permitir a livre escolha de um assunto para ser estudado,
construindo e alicerçando novos conhecimentos. As áreas específicas do cérebro
que armazenam informações prévias darão suporte aos novos conhecimentos
e, pouco a pouco, a aprendizagem é efetivada em memórias.
Diante do que foi apresentado até aqui, os aprendizes devem considerar hi-
póteses, resolver problemas, solucionar casos reais, tudo isso amparado pelos
conhecimentos do professor mediador, dos seus próprios conhecimentos e tam-
bém do auxílio de outros colegas.
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NOVOS DESAFIOS
Evidenciou-se que o entendimento de como o cérebro funciona é fundamental
para que haja um planejamento escolar viável e palpável, com estratégias di-
ferenciadas para a aplicação dos métodos de aprendizagem relacionados aos
conteúdos escolares. Também é imprescindível para que o planejamento seja
adequado ao potencial neurológico dos alunos, isto é, nem banalizar o conteúdo,
tampouco ir além da capacidade de compreensão de um grupo específico, sempre
respeitando os períodos de maturação biológica individual.
Conhecemos aspectos inerentes à base neurológica e suas relações com a apren-
dizagem humana, as quais, mesmo sem oferecer uma “receita de bolo”, nos mos-
tram quais caminhos podemos seguir, desde que sejam considerados os períodos
evolutivos que podem ser influenciadores diretos no comportamento humano.
Continue aprofundando seus estudos no tema abordado!
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VAMOS PRATICAR
Posto isso, por qual razão os conhecimentos do cérebro são essenciais para os profissio-
nais que trabalham com o processo de ensino-aprendizagem?
a) O aprendiz deve aprender sozinho, no qual a seleção prévia das atividades é apenas
uma opção por parte do professor, não sendo necessária essa preocupação por parte
do docente.
b) O aprendiz deve ser colocado como “detentor” do conhecimento, gerando envolvi-
mento ativo do aluno por meio de atividades que somem a teoria e a prática.
c) O aprendiz deve experimentar para aprender, desse modo, independentemente do
momento maturacional dos aprendizes, tudo que for oferecido será adquirido.
d) O docente deve ensinar de modo fragmentado, uma vez que conhecimentos anterio-
res não necessitam ser utilizados para a formação de novas aprendizagens.
e) Apoiar-se em resolução de problemas, estudos de casos, simulações e criação de
hipóteses são estratégias pedagógicas ultrapassadas.
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VAMOS PRATICAR
Posto isso, analise as afirmativas a seguir sobre o mecanismo de aprendizagem que deve
envolver, essencialmente,
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III.
De acordo com a receptividade de informações por meio dos canais visuais, auditivos e
cinestésicos, assinale a alternativa correta.
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VAMOS PRATICAR
c) O canal visual se aprende pelo que se vê, devendo construir atividades que se apoiem em
imagens, fotos, esquemas etc. O canal auditivo se aprende pelo que se escuta, devendo
construir trabalhos de perguntas e respostas, sons diversos, musicalidade etc. Para o canal
cinestésico, deve-se utilizar jogos criativos, práticas coletivas, dentre outros.
d) O canal cinestésico, pela globalidade de utilização dos canais de comunicação frente
às atividades de base coletiva, no qual é possível perceber diversas sensações, é a
melhor estratégia de intervenção para qualquer indivíduo.
e) O canal visual se aprende pelo que se escuta, devendo construir trabalhos de per-
guntas e respostas, sons diversos, musicalidade etc. O canal auditivo se vê, devendo
construir atividades que se apoiem em imagens, fotos, esquemas etc. Para o canal
cinestésico, deve-se utilizar jogos criativos, práticas coletivas, dentre outros.
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. A.
2. B.
3. B.
4. C.
5. B.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
EDUCAÇÃO COGNITIVA E
BIOFEEDBACK
WESLEI JACOB
MINHAS METAS
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EDUCAÇÃO COGNITIVA
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e a prática, pois uma educação cognitiva eficiente não se decora, não se ensina
conceitos, aprende-se a resolver problemas.
Antes de sair construindo estratégias, inventando inúmeras atividades, é fun-
damental uma avaliação e um diagnóstico psicopedagógico, com a identifi-
cação do perfil cognitivo do aluno. Após essa verificação, a intervenção deverá
enriquecer, potencializar, otimizar e maximizar a capacidade de processar infor-
mações, ou seja, modificar a estrutura de aprendizagem do aluno.
Posto isso, Fonseca (2007) sugere como aprender mais é fundamental nos
dias atuais e isso envolve, essencialmente:
AÇÃO 1
AÇÃO 2
AÇÃO 3
AÇÃO 4
AÇÃO 5
AÇÃO 6
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UN I AS S ELV I
De acordo com o que foi apresentado, é nosso dever relacioná-lo com os conhe-
cimentos prévios sobre cognição que já obtemos. Para tanto, o ato de aprender
mais e melhor se apoia em:
■ Resolver problemas, envolve, fundamentalmente: receber e interpretar dados
e produzir procedimentos para lidar com o problema (fase de input).
■ Criar operações e processos relacionados com as tarefas inerentes ao
problema (fase de integração e planificação).
■ Adquirir competências para solucionar o problema (fase de output).
Acredito que tenha realizado cada uma dessas transcrições com êxito e, simples-
mente, ao solicitar essa situação, acabou de realizar uma atividade de base cogni-
tiva. Essa substituição de palavras que remetam à negação, sempre que indicado,
deverá acontecer.
Aqui está outro exemplo: se eu digo a você: "não pensem em um limão sucu-
lento!", a fim de compreender minha sentença, você, primeiro faz uma repre-
sentação interna de um limão suculento. Se eu acrescento: "Agora não sinta o
gosto forte deste limão!", sua boca pode começar a salivar, embora eu tenha dito
que não fizessem isso. Quando os professores dizem: "não esqueçam seu dever
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de casa!", os alunos têm que imaginar esquecê-lo. Seus cérebros estarão mais
predispostos a esquecer. Se você quer sugerir que seus alunos façam seu dever
de casa, o errado é dizer: "não esqueçam", enquanto o correto seria: "lembrem
seu dever de casa" (BOLSTAD, 1997).
Por essa razão, sempre que possível, além do não, substitua, mas por e; tente
por faça; devo, tenho que e preciso por quero, decido, vou; e, se por quando.
Caro(a) aluno(a), você conhece a Barsa? Uma coletânea de 18 livros com
cerca de 10 mil páginas, que continha conhecimento, leitura e cultura. As famí-
lias que adquiriram os exemplares da Barsa detinham boa condição financeira
e estavam preocupados com os estudos dos filhos. Nesses exemplares, alunos e
professores tinham acesso ao conhecimento, no entanto, aquelas informações
eram estáticas, imutável e sempre estaria escrita do mesmo jeito.
Na última década, com a infinita geração de conteúdos, uma nova forma
de se comunicar, viajar, ler livros ou assistir filmes mudaram, mas a escola tem se
transformado lentamente.
A educação tradicional está sendo reformada pelas novas tecnologias, que
criam aprendizes diferentes, os quais podem aprender de modo individualizado
e em qualquer lugar do mundo, desse modo, pode-se dizer que a tecnologia de-
mocratizou o conhecimento, tornou-o barato e acessível.
Caríssimo(a), vivemos num tempo em que a informação é facilmente difun-
dida e se consegue acesso a diversos conhecimentos de maneira rápida, basta
apenas alguns cliques na internet que um mundo de conhecimentos estará em
nossa frente.
Posto isso, surge, como estratégia pedagógica, para atender esse novo perfil aca-
dêmico, as metodologias ativas.
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P E N SA N DO J UNTO S
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BIOFEEDBACK E APRENDIZAGEM
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Se você voltar ao primeiro parágrafo deste item em questão, todas aquelas si-
tuações que listei a você serão resultados de desequilíbrios internos, em especial
de alterações neurofisiológicas, o qual demandará consciência para que sejam
novamente controladas. As técnicas de biofeedback permitem ao indivíduo
regular-se voluntariamente às respostas fisiológicas e emocionais. Para tanto,
podem ser utilizados diferentes métodos, como conscientização e relaxamento,
técnicas musculares, respiratórias e cognitivas que facilitam a autorregulação dos
processos corporais (LANTYER; VIANA; PADOVANI, 2013).
Você deve estar se perguntando como isso é possível, não é mesmo? Simples, é
possível se apoiar em jogos por seu caráter lúdico que pode e deve ser empregados
em crianças. Tais jogos podem apresentar, como objetivo, o controle da pressão
arterial ou frequência cardíaca durante momentos de estresse.
Isso mesmo, para a maioria das pessoas, os batimentos cardíacos são elevados
e com ele a ansiedade, e o resultado disso pode ser a falha no processamento
cognitivo para tomadas de decisões mais eficientes.
Parece claro que, controlar essa elevação dos batimentos cardíacos pode ser
uma excelente estratégia de autocontrole neurofisiológico, pois com um coração
trabalhando mais tranquilamente, menores serão os níveis de estresse e ansie-
dade e, como resultado, teremos maior e, possivelmente, melhor utilização das
funções cognitivas.
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AP RO F U N DA NDO
A P RO F UNDA NDO
O Comitê Olímpico do Brasil considera o judô como uma das principais fontes de
medalhas em jogos olímpicos. Como resultado, um grande aporte financeiro é cedido
à confederação e aos atletas dessa modalidade. A competição em alto nível promove
diversas alterações emocionais e fisiológicas nos atletas, no qual esses desequilíbrios
podem prejudicar as tomadas de decisão no momento da competição e resultar em
perda de performance e, consequentemente, uma boa colocação. Diante disso, atle-
tas de judô estão sendo preparados por técnicas de biofeedbacks e neurofeedback,
fazendo da modalidade uma das pioneiras na utilização da neurociência.
As técnicas adotadas podem usar imagens de adversários difíceis e analisar os ba-
timentos cardíacos, a sudorese, a atividade cerebral e, por meio dos resultados obti-
dos, utilizar de ferramentas neuropsicológicas para melhorar a concentração e baixar
a ansiedade. Durante o biofeedback, busca-se evitar efeitos negativos causados por
ambientes externos que influenciam na perda da atenção, maior tensão muscular,
redução da autoconfiança, dentre outros fatores. A respiração profunda é controlada,
pode ser um excelente aliado para oxigenar o organismo e reduzir a ansiedade.
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A criança com dislexia possui características que podem ser percebidas desde a
Educação Infantil, tais como: atraso na linguagem, dificuldade de nomear ob-
jetos, cores etc., utilizar palavras inconclusas (“tipo”, “coisa”...) ou alguns vícios
de linguagem presentes na sociedade atual ou dependentes da localidade em
que vive. Possui vocabulário pobre, dificuldade de aprender rimas, memorizar
músicas ou não consegue expressar uma história dentro de uma sequência lógi-
ca. Existem, ainda, as características motoras, como tropeçar com frequência,
apresentar dificuldades para abotoar uma calça ou uma camisa e amarrar os
cadarços, em outras palavras, acabam por ser desastrados.
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NOVOS DESAFIOS
Neste tema de aprendizagem, elucidamos diversos conhecimentos que se apoiam
na neurociência e, por meio deles, norteamos o trabalho pedagógico, fazen-
do com que o aluno/aprendiz perceba que é ele quem está no controle de sua
aprendizagem, fazendo-o compreender o quanto tudo aquilo é e será importante
para toda a sua vida, o ajudando a alcançar atenção e emoção equilibradas e, o
mais importante: ensiná-lo a lidar com cada uma delas. Lembre-se, sempre que
a aprendizagem oferecer controle e a percepção de progresso, sempre trará ao
aluno uma sensação estimulante.
Por fim, concluímos que todos os seres humanos são capazes de aprender
ou aprimorar conhecimentos durante toda a vida, entretanto, se dificuldades
de aprendizagens ou a necessidade de elevar a performance cognitiva surgirem,
é possível apoiar-se em biofeedbacks, em que a tecnologia também trabalha a
favor da educação. Ao se apoiar nessas terapias de monitoramento de variáveis
cardíacas, neurológicas ou respiratórias, é possível equilibrar emoções, reduzir
a ansiedade e, como consequência, otimizar a tomada de decisão individual.
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VAMOS PRATICAR
Para isso, assinale a alternativa correta sobre o aprender por parte do aluno, que de-
pende diretamente:
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GABARITO
1. A.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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