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Prezados alunos,
Começamos nosso curso com uma boa notícia! O grande número de inscrições vem
demonstrar a demanda por esse profissional no mercado de trabalho. Textos teóricos sobre
reabilitação neuropsicológica, em português, já são encontrados em grande número na
literatura e muitos estão disponíveis na internet, sem nenhum custo. No entanto, o segredo
da prática clínica não é revelado em nenhum desses artigos. Espero que nesse curso,
possamos estudar os princípios e teorias da reabilitação, mas também desenvolver material
próprio para a atuação na prática clínica, no dia a dia do consultório. Só pode trabalhar com
reabilitação neuropsicológica quem conhece profundamente o cérebro e suas áreas, bem
como o papel de cada área no desempenho das funções cognitivas. A reabilitação tem
princípios teóricos muito bem estudados e não é uma ciência empírica. Nesse primeiro
módulo, vamos uniformizar os conhecimentos básicos sobre o cérebro, suas áreas, as
funções especializadas da córtex cerebral, conhecer as principais doenças que afetam o
cérebro, bem como as mais indicadas para os programas de reabilitação. Para aqueles já
iniciados na área, vamos aprender de modo interativo, através de jogos (Brain Games)
desenvolvidos por um brilhante neurologista, também apaixonado por tecnologia: Dr.
Humberto Crivelari, infelizmente não mais entre nós. Os Brain Games, além de divertidos,
são auto avaliativos, pois o computador vai sinalizar quando você errar e aplaudi-lo quando
você acertar. Vamos estudar exaustivamente as áreas e suas funções porque facilitará muito
o aprendizado dos próximos módulos.
Flávia
Reabilitação Neuropsicológica
Prof.: Flávia Pinheiro Machado - CRP/04 13427
Ciclo CEAP – Centro de Estudos Avançados de Psicologia
Capítulo 1 - Neurologia básica para Neuropsicólogos
Índice
1. Introdução a Neuroanatomia
2. A Arquitetura Externa do Cérebro
3. O que é o TDAH
4. O que é epilepsia?
5. Esclerose Múltipla
6. Alzheimer
7. Conceitos Anatômicos Básicos em Neuropsicologia
8. Conceitos anatômicos básicos
9. Dominância Cerebral - Especializações hemisféricas
10. Texto Complementar: Alterações Cognitivas e esclerose múltipla
11. Brain Games: Áreas de Brodmann Sequenciais
12. Brain Games: Áreas de Brodmann
13. Brain Games: Linguagem
14. Brain Games: Fissuras e Sulcos
15. Brain Games: Giros Cerebrais
16. Brain Games: Partes do Neurônio
17. Sugestões de livros complementares para o módulo 1
18. Vídeo Complementar 1: Entrevista com Ricardo Nitrini
19. Vídeo Complementar 2: TDAH - Entrevista com Dr. Paulo Mattos
20. Recapitulando - Capítulo 1
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Capítulo 1 - Neurologia básica para Neuropsicólogos
1. Introdução a Neuroanatomia
Vídeo: https://youtu.be/-GrhLn9sLTo
Slides: em anexo
2. A Arquitetura Externa do
Cérebro
Silvia Helena Cardoso, PhD
O Cérebro
Os processos biológicos pelos quais nos movemos, pensamos, percebemos, aprendemos,
lembramos, etc., são reflexões das funções cerebrais.
O cérebro é feito de neurônios (ou células nervosas) e células gliais. As células nervosas
comandam a motricidade, a sensibilidade e a consciência; as células gliais sustentam e
mantém vivos os neurônios. Ele integra informação sensorial e dirige respostas motoras.
Veja:
1. Hemisférios Cerebrais
2. Planos de Visualização do Cérebro
3. Córtex cerebral e Suas Camadas
4. Divisão do Córtex Cerebral em Lobos
5. Funções especializadas do córtex cerebral
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Capítulo 1 - Neurologia básica para Neuropsicólogos
1. Hemisférios Cerebrais
Ainda que os hemisférios direito e esquerdo pareçam ser uma imagem em espelho um do
outro, existe uma importante distinção funcional entre eles. Na maioria das pessoas, por
exemplo, as áreas que controlam a fala estão localizadas no hemisfério esquerdo, enquanto
áreas que governam percepções espaciais residem no hemisfério direito.
O sulco central e sulco lateral dividem cada hemisfério cerebral em quatro secções
chamadas lobos (veja Divisão do Córtex Cerebral em Lobos). O sulco central, também
chamado fissura de Rolando, separa também a área cortical motora, a qual é anterior à
fissura).
Dominância Cerebral
Área de Broca e área de Wernick (veja abaixo estas áreas e suas funções) referem-se a
regiões no hemisfério esquerdo que exercem a função da linguagem.
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Capítulo 1 - Neurologia básica para Neuropsicólogos
Imagens reconstruídas a partir de seções anatômicas de ressonância magnética da base de dados Visible
Human, por meio do programa de reconstrução 3Viewnix, Núcleo de informática Biomédica, Unicamp
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Capítulo 1 - Neurologia básica para Neuropsicólogos
O cérebro do homem, cortado em uma fatia, apresenta uma camada externa de cor cinzenta
(formada em sua maior parte por corpos celulares), chamada córtex cerebral. O córtex cobre
inteiramente os dois hemisférios.
Um corte em profundidade no cérebro mostra que a superfície cinzenta tem uma espessura
que varia de 1 a 4 mm. A maior parte é composta por células nervosas (neurônios) que
recebem impulsos dos pontos mais distantes do corpo e os retransmitem ao destino certo.
Mas o cérebro desempenha funções altamente diversificadas e, por isso mesmo, as células
que os constituem, também são especializadas. Tipos diferentes de neurônios são
distribuídos através de diferentes camadas no córtex dispostos de tal forma a caracterizar as
várias áreas dos hemisférios, cada qual com sua função.
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conectar áreas do córtex. Estas fibras são distribuídas através de toda a espessura do córtex,
mas elas são agrupadas em certas áreas.
Lobo frontal (localizado a partir do sulco central para a frente) - Responsável pela
elaboração do pensamento, planejamento, programação de necessidades individuais e
emoção.
Lobo Parietal (localizado a partir do sulco central para trás ) - Responsável pela sensação de
dor, tato, gustação, temperatura, pressão. Estimulação de certas regiões deste lobo em
pacientes conscientes, produzem sensações gustativas. Também está relacionado com a
lógica matemática.
Lobo Occipital (se forma na linha imaginária do final do lobo temporal e parietal) -
Responsável pelo processamento da informação visual. Danos nesta área promove cegueira
total ou parcial.
Lobo Límbico (ao redor da junção do hemisfério cerebral e tronco encefálico) - Está
envolvido com aspectos do comportamento emocional e sexual e com o processamento da
memória.
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Embora o sistema nervoso seja um todo único, determinadas áreas cerebrais estão mais
diretamente ligadas a certas funções. Assim, podem ser distinguidas a área motora principal,
a área sensitiva principal, centros encarregados da visão, audição, tato, olfato, gustação e
assim por diante.
Áreas corticais e suas funções . Áreas de associação: são conectadas com várias áreas
sensoriais e motoras por fibras de associação.
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3. O que é o TDAH
O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha
o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês,
também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
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Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria
farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer
pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum
grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam
casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas
especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram
seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais
possam julgar a veracidade do que dizem.
Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente
daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo
correto.
Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luís Rohde e Paulo Mattos:
O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços
especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo
em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o
indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade
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Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as
suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas
no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição
do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela
capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da
região frontal e suas conexões.
A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição
ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de
que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com
TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A
prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais
do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).
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A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi
começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH,
como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca
devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética.
O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e
não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também).
Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além
disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns
pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda
as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar
(antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos
familiares de portadores de TDAH.
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem
causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal
orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com
problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos
somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação
de causa e efeito.
C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram
causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de
causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar
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mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela
própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de
problemas no parto.
D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas
semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer
exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode
ser facilmente identificado pela história clínica.
E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa
instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e
famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças.
Estudos recentes têm refutado esta ideia. As dificuldades familiares podem ser mais
consequência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
F) Outras Causas
1. corante amarelo
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireoide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.
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4. O que é epilepsia?
Definição
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido
causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos,
uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou
espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois
hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou
menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se
a crise for menos aparente.
Sintomas
Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes,
podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente
experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos
descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto
no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise
será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa
pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranquilize-a e leve-a para casa se achar
necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando
com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem,
ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a
pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.
Causas
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na
cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas,
tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.
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Diagnóstico
Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no
diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames
normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Se o paciente não se lembra
das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo
de epilepsia em questão e, consequentemente, na busca do tratamento adequado.
Cura
Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada
curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o
tratamento adequado. Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal
medicação ainda ser utilizada em certos pacientes. As drogas antiepilépticas são eficazes na
maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm
epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.
Outros Tratamentos
Existe uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios, que é utilizada geralmente em
crianças e deve ser muito bem orientada por um profissional competente. Em determinados
casos, a cirurgia é uma alternativa.
Recomendações
Não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada, evitar
uma vida estressada demais.
Crises
Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é
necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões
apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres
grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa
pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.
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5. Esclerose Múltipla
O que é?
A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns em adultos jovens que compromete o
SNC (Sistema Nervoso Central) constituído por cérebro, cerebelo, tronco encefálico e
medula espinhal. De causa ainda desconhecida, foi descrita, inicialmente, em 1868, pelo
neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas",
descrevendo áreas circunscritas endurecidas que encontrou (em autópsia) disseminada pelo
SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a mielina,
prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas que
envolvem e isolam as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus
impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todas as
atividades conscientes e inconscientes do organismo.
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Apesar de não existir a cura ate o momento para a Esclerose Múltipla, muito pode ser feito
para ajudar as pessoas portadoras de Esclerose Múltipla a serem independentes e a terem
uma vida confortável e produtiva.
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6. Alzheimer
Disponível no link: http://www.alz.org/brain_portuguese/01.asp
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Fundamentos da Neurociência e do
comportamento- Eric Kandel
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