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FUNCIONAL
Nervos cranianos,
órgãos dos sentidos e
glândulas endócrinas
ANATOMIA FUNCIONAL
Revisão: 1ª Edição:
XXX Tiragem:
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Pexel.com
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da editora ou do autor.
9 INTRODUÇÃO
11 NERVOS CRANIANOS
14 NÚCLEOS BASAIS DOS NERVOS CRANIANOS
20 I PAR CRANIANO
21 II PAR CRANIANO
22 III PAR CRANIANO
23 IV E VI PARES CRANIANOS
25 V PAR CRANIANO
26 VII PAR CRANIANO
27 VIII PAR CRANIANO
28 IX PAR CRANIANO
29 X PAR CRANIANO
31 XI PAR CRANIANO
32 XII PAR CRANIANO
34 ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
36 SENTIDO DO OLFACTO
38 VISÃO
41 TÚNICA EXTERNA FIBROSA
42 TÚNICA INTERMÉDIA
43 RETINA
44 ZONAS DA RETINA
46 MEIOS TRANSPARENTES DO OLHO
48 ACOMODAÇÃO VISUAL
49 ADAPTAÇÃO AO CLARO E AO ESCURO
INTRODUÇÃO
Esta é uma versão aprimorada das matérias de anatomia humana que temos
vindo a ministrar em ciências da saúde, particularmente nos cursos de me-
dicina, visando facilitar o estudo aprofundado das estruturas e sistemas que
constituem o corpo humano, de maneira tanto descritiva quanto funcional.
Embora objectivamos fundamentalmente reforçar as bases convencionais
da anatomia, neste projecto de pesquisa, procuramos enfatizar a dimensão
funcional dos diferentes órgãos do corpo, às vezes incompreendidos no
que se refere à sua forma e à maneira como está constituído. Por essa via,
acreditamos que, quando as funções principais e secundárias dos diferen-
tes órgãos do corpo são correctamente interpretadas, consegue-se com-
preender a natureza que estabelecem entre si.
Por conseguinte, no quadro dos seus objectivos, enquanto ferramenta di-
dáctica, este trabalho também se propõe a facilitar a transmissão do saber
técnico, de maneira concisa, por sua simplicidade descritiva. Por outro lado,
é somente o primeiro de uma série de manuais de Anatomia Humana Fun-
cional que nos propomos trazer, proximamente, visando responder ao pla-
no curricular da disciplina, nos cursos superiores de Saúde.
Assim, neste volume, abordamos de modo relativamente sucinto, sobre os
nervos cranianos, órgãos dos sentidos e sistema endócrino. No volume se-
guinte, falaremos sobre os sistemas cardiocirculatório, linfático, respirató-
rio, digestivo, nefrourinário e reprodutor. Já no terceiro, nos debruçaremos
em torno do sistema ostio-mio-articular. Para os estudantes de odontologia,
nesta colecção, traremos de modo especial, um volume voltado para o estu-
do da cabeça e do pescoço.
Por fim, depois de todo este trabalho, obviamente árduo, auguramos que
esta obra responda cabalmente aos objectivos que inicialmente nos propu-
semos, que é a de ajudar na formação dos melhores técnicos de Saúde que
este país pode vir a ter.
NERVOS
CRANIANOS
NERVOS CRANIANOS
É o conjunto de nervos que emerge directamente do cérebro. São for-
mados por 12 pares tecnicamente ordenados em numeração romana
de I a XII. Eles enviam informação sensorial do pescoço e da cabeça
para o Sistema Nervoso Central - SNC por meio dos nervos sensitivos,
bem como controlam a função motora dos músculos esqueléticos do
pescoço e da cabeça através dos nervos motores.
Aos nervos cranianos se lhes reconhece uma origem real, dada pelos
núcleos que o constituem; uma origem de saída do tronco cerebral,
que é de onde surgem; e a saída no orifício de emergência do nervo,
na base do cránio.
A origem real dos 10 últimos n.c. dá-se nos núcleos basais, no tronco
do encéfalo e na substância cinzenta da medula espinhal superior.
Os dois primeiros nervos cranianos têm sua origem real fora do SNC,
nos gânglios periféricos modificados.
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Dentro dos núcleos basais do tronco encefálico há um grupo sensitivo ou motor, que dá origem aos ner-
vos cranianos do tronco cerebral, e responde pelas suas funções, como pode ser comprovado na figura 6.
NÚCLEOS SENSITIVOS
Os núcleos sensitivos dão origem às fibras sensitivas gerais, especiais e viscerais dos nervos cranianos
correspondentes. Elas apresentam-se em forma de coluna ao longo do tronco cerebral.
NÚCLEOS MOTORES
Os núcleos motores permitem a formação das fibras que dão lugar à função eferente dos respectivos
nervos cranianos. Elas formam três colunas bem definidas ao longo do tronco cerebral, a saber: eferente
somática, branquio motora e parassimpática. Esta última coluna, dá lugar às fibras que respondem pelas
funções do sistema autónomo parassimpático.
Coluna Brânquio-Motora
O núcleo motor do trigémeo( V n.c.) localiza-se no tegmento da porção média da ponte.
O núcleo motor facial( VII n.c.) localiza-se no tegmento da porção caudal da ponte.
O núcleo ambíguo está no interior do bulbo e envia fibras eferentes aos nervos glossofaríngeo (IX n.c.),
vago (X n.c.) e ao acessório, na porção craniana(XI n.c.).
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▲Fig. 4 Vista posterior do tronco cerebral. Localização dos núcleos motores e sensitivos dos nervos cranianos.
15
Fontes: NETTER,
▲Fig. 5 Vista lateral do tronco cerebral. Localização dos núcleos motores e sensitivos dos nervos cranianos
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▲Fig.6 Tronco cerebral, vista posterior. Núcleos basais dos nervos cranianos.
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III Motor ocular Motricidade dos músculos ciliar, motor Núcleo oculo motor,
comum / esfíncter da pupila, todos os músculos Núcleo de Edinger
extrínsecos do bulbo do olho, excepto Westphal
Oculo motor
recto anterior e oblíquo superior
VII Facial Controlo dos músculos faciais–mí- misto Núcleo facial, Núcleo
mica facial e liberação de lágrimas e solitário, Núcleo
saliva da glândula parotídea, (ramo salivatório superior
motor); Percepção gustativa nos 2/3
anteriores da língua (ramos sensorial)
NERVOS OLFACTÓRIO
TRACTO OLFACTÓRIO
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NERVOS CRANIANOS
NERVO ÓPTICO
É o nervo sensitivo encarregado da visão. Liga-se ao diencéfalo pelo quiasma óptico e termina no núcleo
geniculado lateral.
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NERVO OCULOMOTOR
▲ Fig. 12 Elementos que permi- 1 - Músculo elevador da pálpe- 8 - Músculo recto inferior
tem o funcionamento do olho bra superior 9 - Divisão superior do III n.c.
2 - Tróclea do músculo oblíquo 10 - Divisão inferior do III n.c.
superior 11 - III par craniano, nervo ocu-
3 - Músculo oblicuo superior lomotor
4 - Músculo recto superior 12 - Nervos ciliares
5 - Músculo recto medial 13 - Gânglio ciliar
6 - Músculo recto lateral 14 - Fissura orbitária superior
7 - Músculo oblíquo inferior
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NERVOS CRANIANOS
NERVO TROCLEAR
NERVO ABDUCENTE
músculo
oblíquo superior
fissura oblíqua
superior
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NERVOS CRANIANOS
NERVO TRIGÉMEO
É um nervo misto e o mais complexo dos 12
pares cranianos. Fornece sensações ao rosto,
as membranas mucosas e a outras estruturas
da cabeça, assim como o movimento dos
músculos da mastigação; contém fibras
proprioceptivas. Emerge no limite entre
a ponte e o pedúnculo cerebelar médio.
As suas origens reais dão-se nos núcleos
► Fig. 15 Saída do ner-
sensoriais trigeminais mesencefálicos,
vo trigémeo
trigeminal principal e trigeminal espinhal
e no núcleo motor trigeminal, na ponte.
A saber:
V.1 – Nervo Oftálmico: inerva a cavidade orbi-
tária e o seu conteúdo. Tem três ramos terminais:
naso-ciliar, frontal e lacrimal.
V.2 – Nervo Maxilar: inerva a pálpebra inferior,
nariz, lábio superior, gengiva e dentes superiores.
V.3 – Nervo Mandibular: desempenha uma função
mista
do V n.c. ao controlar a atividade motora da mastigação,
bem como a sensibilidade dos 2/3 anteriores das estrutu-
ras
da língua alheias as papilas gustatórias.
Assim, também recebe a sensibilidade da
mandíbula, da gengiva e dos dentes inferiores.
► Fig. 17 Trigémeo. Áreas de
inervação dos seus três ramos
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NERVO FACIAL
No seu trajecto, o VII nervo, juntamente com o VIII par, penetra no crânio através do meato acústico in-
terno. Seguidamente, prossegue no canal facial do osso temporal, formando o joelho externo. Posterior-
mente, dirige-se ao gânglio geniculado, onde se encurva para baixo, emergindo do crânio pelo forame
estilomastóideo.
O nervo facial introduz-se na glândula parótida, sem enervá-la, e emite ramos para os músculos da mími-
ca, músculo estilo-hióideo e ventre posterior do músculo digástrico.
A corda do tímpano com as suas fibras sensitivas dirige-se as papilas gustativas, nos 2/3 anteriores da lín-
gua. Por outro lado, no seu trajecto intrapetroso emite o nervo estapédio.
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NERVOS CRANIANOS
NERVO VESTIBULOCOCLEAR
▼ Fig. 19 Emergência do VIII n.c.
É um nervo sensitivo constituído por fibras
nervosas aferentes especiais que controlam o
equilíbrio e a audição e não se exterioriza fora
do crânio. Consiste em duas divisões, ves-
tibular e coclear, que viajam juntas e pene-
tram a nível do sulco bolbo pontino até aos
respectivos núcleos.
Divisão vestibular
Ocupa-se do equilíbrio, dado por receptores labirínticos sensíveis à posição e
movimentos da cabeça.
Divisão coclear
Controla os estímulos auditivos a partir dos receptores acústicos na cóclea.
▲ Fig. 19-a Origem real e gânglios do VIII n.c. Relações com o VII n.c.
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NERVO GLOSSOFARÍNGEO
É um nervo misto, que tem origem real nos núcleos motor somático (núcleo ambíguo), núcleo visceral
(núcleo salivatório) e núcleo sensitivo (núcleo solitário). Tem origem aparente no sulco lateral posterior
ou retro olivar, saindo do crânio pelo forame jugular juntamente com o X e XI n.c.
Tem como função sensitiva o controlo da gustação do 1/3 posterior da língua e a sensibilidade da faringe,
da área das amígdalas, da porção interna do tímpano e da pele do ouvido externo.
NERVOS CRANIANOS
NERVO VAGO OU PNEUMOGÁSTRICO
No crânio, a emergência do nervo vago produz-se através do forame jugular, junto com o IX e o XI n. c.
Sua função depende de dois gânglios observados no forame jugular:
Gânglio superior ou jugular, localizado na entrada.
Gânglio inferior ou nodoso, localizado na saída.
O gânglio superior emite ramos meníngeos e auriculares, ao passo que o gânglio inferior actua
como nervo parassimpático inervando numerosos órgãos em baixo do pescoço:
▼ Fig. 23 Estruturas e
ramos terminais do
nervo vago
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NERVOS CRANIANOS
NERVO ACESSÓRIO OU ESPINHAL
É um nervo motor constituído pelas raízes cranianas do bulbo (núcleo ambíguo) e pelo núcleo espinhal;
este último forma-se a partir dos 5 ou 6 primeiros segmentos espinhais ( V1-V6).
As raízes cranianas e as do núcleo espinhal dão lugar a um tronco único que ascende o forame magno,
unindo-se imediatamente aos nervos vago (X) e glossofaríngeo (IX), descendo em conjunto pelo forame
jugular.
Na saída do forame jugular, divide-se em dois ramos:
Ramo interno: junta-se a raiz do nervo vago e distribui-se com ele.
Ramo externo: inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo.
Na figura 24, observa-se a formação do núcleo espinhal pelas raízes do primeiro ao quarto
nervos cervicais raquidianos. Mostra-se os músculos trapézio e esternocleidomastoideo e
a sua inervação pelo ramo externo do nervo acessório.
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NERVO HIPOGLOSSO
É o nervo motor dos músculos que movimentam a língua, com a excepção do palatoglosso que é inervado
pelos nervos vago e acessório. A sua origem real dá-se no núcleo motor somático do bulbo raquidiano.
O nervo hipoglosso emerge do tronco cerebral ventralmente à oliva, no sulco lateral anterior, saindo do
crânio através do canal do hipoglosso, atrás do nervo vago. Ele prossegue ainda entre a artéria carótida
interna e a veia jugular interna, dirigindo-se aos músculos da língua.
ÓRGÃOS DOS
SENTIDOS
Existem ainda outros órgãos dos sentidos, pertencentes ao sistema somatosensorial, encarregados do
equilíbrio, percepção ou localização das diferentes partes do corpo (propriocepção), e definição das
sensações de temperatura e dor (termorrecepção e nocicepção). Ainda poderíamos falar do sentido vo-
meronasal ou de atracção sexual.
1 - Receptores de contacto directo: são aqueles que informam a respeito dos estímulos que incidem
sobre si, e podem ser:
• de pressão: tácteis e barorreceptores;
• térmicos: termorreceptores;
• e químicos: quimiorreceptores.
3 – Receptores proprioceptivos: são um grupo de organelos que informam sobre a postura, equilibiro,
dor,etc. Tais receptores, existem, tanto nos animais vertebrados, como nos invertebrados.
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Os órgãos e as estruturas
da boca, pertencem aos
receptores de contacto
directo, e apresentam
numerosos botões gus-
tatórios.
▲ Fig. 27 Labirinto
No olfacto, os receptores
à distância localizam-se
na mucosa pituitária, na
cavidade nasal.
◄ Fig. 28 Nariz
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ÓRGÃO VOMERONASAL
Os odores desencadeiam uma resposta simples e binária: ou gosta-se ou não se gosta; fazem-nos aproxi-
mar ou evitar.
As memórias que incluem lembrança de odores têm tendência para serem mais intensas e emocionalmen-
te mais fortes.
Se um trauma faz perder o olfacto, o impacto torna-se, por vezes, devastador: as experiências de comer,
fazer amor ou passear numa manhã primaveril, vêem-se inibidas, a ponto de se eliminar as experiências
emocionais.
Uma experiência associada a um odor pode ser evocada automaticamente quando voltamos a exalá-lo.
DISFUNÇÕES OLFACTIVAS
Existe uma série de transtornos olfactivos que modificam a percepção odorífera, o que
tende a afectar a conduta do individuo. Eles são classificados em:
Anosmia - perda ou diminuição drástica do olfacto.
Cacosmia - alucinação olfactiva, ou percepção dos cheiros desagradáveis.
Fantosmia - espécie de cacosmia. É uma falsa percepção de odor.
Hiperosmia - excitação exagerada e anormal do olfacto.
Parosmia - perversão do olfacto.
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A visão é o sentido da percepção dos estímulos luminosos recebidos através dos olhos. Os olhos são
os órgãos sensoriais da visão que permitem os seres vivos dotados dele, aprimorarem a percepção do
mundo.
Na fig. 32, observa-se como a imagem chega á retina de forma invertida, a partir do crista-
lino.
O GLOBO OCULAR
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TÚNICAS
Externa
Intermédia
Interna
COMPARTIMENTOS
▲ Fig. 34 Esquema do olho.
Câmara anterior
Câmara posterior A. Corpo Vítreo E. Íris
Espaço vítreo B. Cristalino F. Esclera
C. Córnea G. Nervo Óptico
D. Pupila H. Retina
CONJUNTIVA
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A PUPILA
É o orifício central do músculo da Íris.
É regulada pelos músculos da íris, que funcionam
com o sistema nervoso autónomo, aumentando
o seu diâmetro pelo sistema simpático, ou
diminuindo-o pelo sistema parassimpático,
dependendo da maior ou menor luminosidade
existente, ajustando a quantidade de radiação
que incide sobre a retina.
▲Fig. 41 Pupila em midríase
O diâmetro da pupila pode variar de 1,5mm a 8mm, sendo necessário cerca de 5 segundos
para se contrair (miose) e até 300 segundos para se dilatar (midríase).
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É a capa mais interna do olho, encarregada de captar as imagens a fim de enviá-las ao sistema nervo-
so central. Estende-se do corpo ciliar a ora serrata, terminando mais delgada.
A retina, que também se denomina túnica interna ou nervosa, está formada por duas camadas celu-
lares principais:
Extracto pigmentar: é a camada
mais superficial, constituída por
células pigmentadas.
Extracto cerebral: é a camada
mais profunda, constituída por
fotorreceptores ( cones e
bastonetes).
Os cones estão localizados na região central da retina. São menos sensíveis à luz do que os bastonetes,
exigindo alta intensidade luminosa para serem estimulados, o que os impede de distinguir as cores e
as imagens nitidamente quando há pouca claridade.
Existem três tipos de cones. Os que se excitam com a luz azul, vermelha e verde.
Já os bastonetes, são fotorreceptores muito sensíveis que se estimulam com baixa intensidade da luz
e que definem a visão no escuro, exclusivamente à preto e branco. Existem em maior quantidade na
periferia da retina, estando ausentes na fóvea centralis. Portanto, a visão nocturna é uma aptidão
quase exclusiva destas células.
Em cada retina humana há cerca de 120 milhões de fotorreceptores, que funcionam ao máximo na
escuridão e diminui em proporção com o aumento da intensidade da luz.
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MÁCULA LÚTEA
É um ponto ovalado de cor amarela, por via do qual enxergamos com maior clareza e definição. Situa-se
num dos lados da retina, medindo cerca de 5mm de diâmetro. Está constituída por duas ou mais camadas
de células ganglionares, e maioritariamente por cones.
FÓVEA CENTRALIS
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PONTO CEGO
Também conhecido como papila ou disco óptico, é o ponto de saída do nervo óptico. Não tem cones nem
bastonetes, e situa-se no fundo da retina, ao lado da fóvea, estando neste caso, desprovido de visão.
ORA SERRATA
É a porção mais anterior e periférica da retina, que contacta com o corpo ciliar, através da qual este nutre
o epitélio pigmentado da retina.
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▲Fig. 46 Cristalino
CRISTALINO
O cristalino é o órgão da acuidade ou acomodação visual, que está constituído por camadas de células e
estruturas transparentes, de forma similar ás capas da cebola . É gelatinosa e de grande elasticidade, com
um tamanho de 7 a 9mm de comprimento no seu maior eixo e 2 a 4mm de espessura.
Funciona como uma lente ajustável e biconvexa, que permite focalizar os objectos. Está fixado pela zónu-
la de Zinn, que se constitui pelos ligamentos ciliares, que são a sequência dos músculos com o mesmo
nome, sendo estes, reguladores da curvatura do cristalino.
Situa-se detrás da pupila, entre a íris e o humor vítreo e divide o interior do olho em dois compartimen-
tos principais, cada um dos quais apresenta fluídos ligeiramente diferentes: o humor aquoso e o humor
vítreo.
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HUMOR AQUOSO
HUMOR VÍTREO
É uma substância gelatinosa, viscosa, amorfa e semilíquida, que apresenta fibras e células. Localiza-se
entre o cristalino e a retina.
Ajuda a manter a forma do olho devido a sua tensão permanente, bem como garantir a superfície unifor-
me da retina a fim de assegurar a recepção nítida das imagens.
Este, diferencia-se do humor aquoso porque não se renova, permanecendo invariável durante toda a vida.
Vale destacar que o humor vítreo contém células fagocíticas,
encarregadas da eliminação de elementos que podem diminuir a sua transparência. Este meio transpa-
rente é atravessado pelo canal hialóideo, resto embriológico da artéria hialóidea, que vai do pólo poste-
rior do cristalino à papila.
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Músculo ciliar: forma parte do corpo ciliar e é a sua continuação. Ele movimenta o cristalino por meio
do ligamento ciliar para permitir a passagem da luz até a retina.
Ligamento ciliar: também chamado de zónula de Zinn ou ligamento suspensório, é outro dos órgãos
do corpo ciliar, que consiste num agrupamento de fibrilhas elásticas, que se inserem no cristalino, cuja
função é movimentá-lo a partir do seu prolongamento nos músculos ciliares.
Por outro lado, a região onde se situa o corpo ciliar compreende uma série de organelos e estruturas que
complementam a funcionalidade da acomodação visual, das quais destacamos:
Processos ciliares: são pregas triangulares dispostas radialmente que conformam um anel detrás da íris
e do círculo ciliar. Dentro destas pregas encontram-se vasos capilares que produzem o humor aquoso.
Câmara anterior: é um espaço localizado entre a córnea e a íris, que contém humor aquoso, que visa
oxigenar as estruturas
do globo ocular
que não têm
aporte
sanguíneo, tais
como a córnea
e o cristalino.
Câmara
posterior:
localiza-se
entre a íris e o
cristalino, sendo
o local onde se
reabsorve
o humor
aquoso.
Na figura 48, detalham-se os músculos ciliar e íris, e a confluência das túnicas superficial e
média. Veja-se como as câmaras anterior e posterior são delimitadas pelos elementos das
túnicas superficial e profunda.
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ANATOMIA FUNCIONAL
A retina para se adaptar ao claro e ao escuro funciona com a presença de duas substâncias denomina-
das de rodopsina e fotopsina que actuam respectivamente, a primeira nos bastonetes para se adaptar à
luz menos intensa e a segunda nos cones, para permitir o seu funcionamento adequado uma vez que
se deixa a escuridão.
Assim, a retina funciona com dois mecanismos: a adaptação ao escuro e a adaptação ao claro.
Os cones funcionam
com as fotopsinas.
Existe fotopsina ver-
de, azul e verme-
lha, e ela actuará no
cone corresponden-
te a cada cor.
Os bastonetes
funcionam com
a rodopsina
para captar a
luz.
▲Fig. 49 Fotorreceptores
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São duas dobras de pele reves- É uma pequena formação de pe- São pequenos pêlos localizados
tidas internamente pela conjun- los que se situa em cima da cavi- na borda das pálpebras. elas im-
tiva. Servem para proteger os dade orbitária impedindo que o pedem a entrada de poeira e de
olhos e espalhar sobre eles as suor da testa penetre nos olhos. excesso de luz aos olhos.
lágrimas.
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São estruturas que produzem lágrimas continuamente, as quais são espalhadas pelos movimentos das pál-
pebras a fim de lavar e lubrificar permanentemente os olhos. Elas fazem parte de um conjunto de órgãos
denominados órgãos lacrimais, também constituídos pelos canais lacrimais superior e inferior, pelo saco
lacrimal e outros, cuja função é esvaziar as lágrimas para a cavidade nasal.
MÚSCULOS OCULARES
São o conjunto de músculos encarregados pela movimentação dos olhos (músculos extrínsecos), e pela
acomodação visual (músculos intrínsecos).
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É o órgão denominado vestíbulo-coclear ou estato-acústico por ser responsável pela audição e pelo equi-
líbrio.
Grande parte do ouvido localiza-se na escama e no penhasco do osso temporal, na base do crânio. E,
divide-se em três partes:
• Ouvido Externo
• Ouvido Médio
• Ouvido Interno
No plano hierárquico, muitos estudiosos apresentam a audição como o segundo dos ór-
gãos dos sentidos, e uns até vão mais longe. Bruce M. Carlson, um antigo pesquisador da
Universidade de Michigan, chegou a defender que o fenómeno da comunicação verbal,
ocasionalmente, tende a aumentar a sua importância sobre a visão, porque consegue
captar certos estímulos que passam despercebidos aos olhos. Ou seja, em determinadas
ocasiões, quando a visão deixa de responder, o ouvido encarrega-se de substituí-lo.
▲ Fig. 54 Estruturas anatómicas dos ouvido externo, médio interno, bem como as suas dimensões, em cm.
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Divide-se em labirinto posterior ou vestibular e labirinto anterior ou coclear. Ambos têm a mesma origem
embrionária, por isso partilham propriedades morfológicas e fisiológicas, nomeadamente o líquido endo-
linfático e as células ciliadas, e estas últimas, por sua vez, as propriedades de transdução.
Estructuralmente, o ouvido interno divide-se em duas porções: labirinto ósseo ou cápsula ótica, que é a
excavação situada no osso temporal; e labirinto membranoso que é o conteudo do seu interior.
▲ Fig. 60
Projecção do
labirinto no
osso temporal
▲ Fig. 61
Estruturas do
labirinto
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A cóclea ou caracol é o órgão responsável pela audição, formado por três canalículos dentro de um eixo
ósseo, chamado modíolo.
▲ Fig. 65 Cóclea
(corte transversal)
1- Escala coclear ou rampa média
2 - Escala vestibular ou rampa vestibular.
3 - Escala timpânica ou rampa timpânica O estribo golpeia a janela oval na escala
4 - Gânglio espiral. timpânica, movimentando a endolinfa no órgão
5 - Nervo coclear de Corti, para ser transformado em impulso
nervoso, que é conduzido pelo nervo coclear.
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O vestíbulo é parte do sistema somatossensorial, que com os demais órgãos posturais participa na defini-
ção da posição das diferentes estruturas do corpo, sobretudo da cabeça. Está constituído pelas seguintes
estruturas:
• Utrículo
• Sáculo
• E três canais semicirculares
Os canais semicirculares são três condutos denominados por anterior, posterior e lateral ou horizontal,
que se comunicam directamente com o utrículo, através das ampolas, as quais contém células sensoriais.
▲ Fig. 66 Vestíbulo
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► Fig. 68 Localização
das papilas
na língua
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PAPILAS GUSTATIVAS
Como é sabido, as papilas gustativas são estruturas situadas na língua que permitem detectar o gosto, a
partir dos botões gustativos. Existem vários tipos de papilas, e elas se distribuem de forma diversa nas
regiões do dorso da língua, sendo umas mais abundantes em certas zonas do que em outras.
• O gosto doce se detecta melhor na ponta da língua, sobretudo quando as substâncias ingeridas estão
quentes.
• O gosto salgado e o azedo são melhor percebidos nos bordos laterais da língua, principalmente
quando são frios.
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▲Fig. 72 Vista
microscópica das
papilas linguais.
◄ Fig. 73 Detec-
ção habitual dos
sabores no dorso
da língua
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Células gustativas
Estendem-se por todo o botão gustativo, desde a membrana basal até ao poro gustativo. No botão gus-
tativo, existem quatro tipos de células diferentes, de aspecto fusiforme, que se dividem em três grupos:
Células receptoras ou sensoriais, tipo I (células escuras) e tipo II (células claras). Têm vida curta (10-
12 dias).
Apresentam microvilosidades na extremidade voltada para a luz, descritas como pelos gustativos.
Originam-se das células basais.
Células de sustentação, tipo III. Estágios intermediários na diferenciação das células sensoriais.
Células basais. Aparentemente são células tronco, dando origem aos dos tipos I e II.
Até ao momento,
não se sabe ao cer-
to se os três tipos de
células estão rela-
cionados com a
quimiorrecepção,
ou apenas parte de-
les.
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MÚSCULOS EXTRÍNSECOS
São aqueles que ligam a língua ao osso hióide, intermédia entre as cavidades oral e faríngea,
a mandíbula e ao processo estiloides do osso actuando tanto na deglutição, como na fala. É
temporal, contribuído principalmente na deglutição inervado pelo nervo vago.
e na fala. Este conjunto é formado pelos seguintes Estiloglosso: é o músculo retractor e elevador da
músculos: língua, inervado pelo nervo hipoglosso.
Genioglosso: apresenta uma espessura Hioglosso: tem sua origem no osso hióide, e actua
relativamente mais forte, e é dividido ao meio por como depressor da língua. É inervado pelo nervo
um septo fibroso. Está enxertado próximo à borda hipoglosso.
livre da Língua, sendo triangular quando visto
lateralmente e inervado pelo nervo hipoglosso. Condroglosso: também considerado parte do
hioglosso, está separado do mesmo pelas fibras
Palatoglosso: está inserido na superfície inferior do genioglosso a nível da faringe. Tem a mesma
da aponeuroses palatina, ocupando uma posição inervação e vascularização que o músculo hioglosso.
MÚSCULOS INTRÍNSECOS
São os músculos internos da
língua.
Eles garantem os movimentos
da mastigação, bem como da
deglutição, e ainda respondem
pela fala.
Esse conjunto é formado por
feixes de fibras musculares
longitudinais, transversais
e verticais.
Fibras longitudinais:
são aquelas que correm
para a ponta da língua.
Localizam-se na sua porção
▲ Fig. 78 Músculos extrínsecos e intrínsecos da língua
superior e inferior. O músculo longitudinal
superior é ímpar, recobre os outros músculos e
levanta a ponta da língua para trás. Já o músculo longitudinal inferior é lateral ao músculo genioglosso e
tem a função de enrolar a língua.
Fibras transversas: são as que partem do septo lingual, correndo lateralmente entre o resto dos mús-
culos intrínsecos.
Fibras verticais: são as que se estendem entre as superfícies inferior e superior da língua, principalmen-
te na borda lateral.
65
66
Para realizar a sua função, o sistema sensorial gustativo compreende três partes:
Órgãos receptores: corresponde aos botões gustativos, que se localizam nas papilas linguais e noutras
estruturas já descritas.
Vias sensoriais gustativas: compreendem três neurónios sensóriais, nomeadamente:
Primeiro neurónio, também chamado de protoneurónio, é aquele cuja função é de captar perifericamente
as sensações dos botões gustativos.
Segundo neurónio ou neurónio central, localiza-se nos núcleos basais do tronco cerebral, e actua de
forma intermédia, recebendo os impulsos do protoneurónio a fim de repassá-los ao neurónio terminal.
Terceiro neurónio ou neurônio terminal, situa-se nos centros gustativos do sistema nervoso central - zo-
nas responsáveis pela emissão de uma resposta, decorrente dos impulsos recebidos.
Centros gustativos do sistema nervoso central: apesar de existir certas imprecisões quanto a sua localiza-
ção, é aceite que situam-se no hipocampo, propriamente no uncus, e no lobo da ínsula.
Outros centros gustativos também aceites, encontram-se na circunvolução parietal ascendente e na área
primitiva ou arquipálio do hipocampo.Vale também ressaltar que eles mantêm relação com a amígdala e
o hipotálamo.
67
Quando a comida está na boca, as partículas voláteis chegam até ao epitélio olfatório através da fa-
ringe e da cavidade nasal, permitindo definir o sabor do alimento.
O sabor, portanto, será determinado pelo paladar e pelo odor.
A visão associa-se ao olfato e ao paladar visando fazer uma avaliação preliminar, com vista a aferir
a agradabilidade da substância a ser ingerida.
68
Este é um dos cinco sentidos clássicos propostos por Aristóteles, e alguns chegam mesmo a considerá-lo
a mais importante função sensorial, fundamentalmente por ser o primeiro a desenvolver-se, bem como
pela sua dimensão psicológica. É parte dum conjunto de órgãos denominado sistema somatosensorial ou
somestesia, onde este actua a partir da exterocepção.
A pele é o órgão que responde mais directamente ao tacto, pois estende-se ao longo do corpo, servindo
de cobertura e protecção.
A transmissão dos estímulos dos receptores ao cerebelo e ao cérebro se procede através das vias que cur-
sam a medula espinal e o tronco cerebral. No cérebro, o estímulo é processado principalmente na área
somatosensorial primaria, localizada no giro pós-central do lobo parietal, no córtex.
O sistema activa-se quando o primeiro neurónio ou neurónio primário somestésico é impulsionado por
algum tipo de estímulo, como temperatura ou toque, transmitindo imediatamente a sensação pelas vias
correspondentes dos neurónios secundários situados na medula e no tronco cerebral e, terciários no
tálamo e no cerebelo, respectivamente, que permite fazer chegar a informação ao homúnculo pós-central,
do lobo parietal encefálico.
Para a melhor compreensão do tacto, faz-se necessário conhecer o funcionamento do sistema somatosen-
sorial, dadas as circunstâncias da inter-relação direita deste órgão dos sentidos com a sinestesia. É desta
forma, que passamos imediatamente a explicar o significado anatómico e funcional do sistema somatos-
sensorial para se ter uma completa compreensão dessa inter-relação.
69
SENSAÇÃO vs PERCEPÇÃO
Embora não tenhamos cons-
ciência de todas as informa-
ções recebidas pelo orga-
nismo, estamos sujeitos a
diversos tipos de estímulos
provenientes do meio.
A detecção de um estímulo
propriamente dito é denomi-
nada sensação, e a interpre-
tação do estímulo que envol-
ve a consciência é chamada
de percepção.
SOMESTESIA
É a capacidade que seres
humanos e animais têm de
captar informações a partir
das diferentes partes do seu
corpo. Essas informações po-
dem ser referentes ao meio
ambiente ou ao próprio cor-
po, e podem ser conscientes
ou inconscientes. ▲ Fig. 82 Vias de transmissão dos impulsos do paladar.
70
PROPRIOCEPÇÃO
É um tipo de sensação somática mecanoceptiva correlacionada com a posição corporal. Elas manifestam-
-se de duas formas:
Sensação de posição estática: reflecte a percepção consciente da orientação e inter-relação das dife-
rentes partes do corpo.
Cinestesia: é a sensação de velocidade e percepção inconsciente dos movimentos originados nos recep-
tores musculares, articulares e tendíneos. É também conhecido como propriocepção dinâmica.
A função e as estruturas das vias proprioceptivas fazem parte do sistema somestésico epicrítico. Os so-
mas dos axônios aferentes que se originam na cabeça pertencem aos neurônios primários localizados no
gânglio do nervo trigémeo, e suas terminações sinápticas contactam os neurônios de segunda ordem no
núcleo principal desse nervo craniano.
Já os somas das fibras neuronais que se originam no resto do corpo estão situados nos gânglios espinhais,
que continua pelo feixe da coluna dorsal até ao tronco cerebral, onde se situam os neurônios de segunda
ordem, unindo-se às fibras secundárias do núcleo principal do trigêmeo, até fazer sinapses com o neurô-
nio de terceira ordem, no tálamo.
As fibras do segundo neurónio vão decussar-se na medula e no tronco cerebral, a fim de encontrar as
de terceira ordem, no tálamo. Deste modo, as informações proprioceptivas de um lado do corpo serão
recebidas na região cortical do lado oposto.
Contudo, há um grupo de fibras primárias
proprioceptivas que não se decussam. Tais
axónios, uma vez no tronco encefálico,
caminham diretamente ao cerebelo e
a outras estruturas rombencefálicas
participantes do sistema de
propriocepção inconsciente dos
músculos, tendões e articulações.
Por outro lado, as informações do
cerebelo também são enviadas
ao córtex, a fim de serem
utilizadas para produzir
percepção visando exercer
o controlo motor.
71
▲ Fig. 84 Algumas cobras usam receptores térmicos para localizar suas presas.
72
DOR
A dor é definida como uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em diferentes
graus de intensidade – do desconforto leve à agonia, podendo resultar da estimulação do nervo em de-
corrência de lesão, doença ou distúrbio emocional. Ou ainda, é uma experiência complexa que envolve
o estímulo de algo nocivo e as respostas fisiológicas e emocionais a um evento 1https://saude.ig.com.br/
dor/. Portanto, ela pode ser nociceptiva e não nociceptiva.
Dor nociceptiva. Resulta da activação na pele de nociceptores exógenos de estímulos dolorosos mecâni-
cos, térmicos ou químicos. Ou podem ainda ser estímulos químicos endógenos do tipo somático ou vis-
ceral, de neuroceptores como serotonina, prostaglandina, histamina e outros. As dores somáticas podem
ser ósseas, pós-cirúrgicas, músculo-esqueléticas, artríticas etc. já as viscerais resultam de causas químicas
devido aos neurotransmissores, isto é, nas inflamações agudas e crónicas, bem como na distensão de
vísceras ocas. Este tipo de dor é geralmente mal localizada, profunda e opressiva.
A maioria dos neurônios de segunda ordem que transmitem os impulsos nervosos vindos dos axónios
primários situam-se no corno dorsal da medula e no núcleo espinhal do trigémeo, formando aí pequenos
circuitos locais de grande importância para a percepção da dor, entre os quais o reflexo medular. Estes
neurónios emitem axônios que cruzam para o lado oposto, no mesmo segmento medular e ascendem
pelo feixe espinotalámico, na coluna ântero-lateral da medula até ao tronco encefálico, para unirem-se as
fibras de segunda ordem do núcleo espinhal do trigémeo e continuar no lemnisco espinhal, onde vai se
observar dois tipos de fibras nociceptivas não misturadas, denominadas fibras de dor lenta e fibras de
dor rápida, que viajam até ao tálamo, num feixe específico para cada um destes impulsos nociceptivos.
Os impulsos de dor rápida e lenta são veiculados directamente ao tálamo, que os projecta ao córtex so-
mestésico primário.
Não obstante, algumas fibras
do sistema nociceptivo lento
terminam na região do tronco
encefálico não chegando ao
tálamo. Por outro lado, as
fibras da dor rápida servem
para definir a intensidade e a
localização espacial e estrita
do estímulo. A outra, é
encarregada de comunicar
com os diferentes sistemas
que determinam a conduta.
73
Dor psicogénica: estamos em presença desta dor, quando nenhum mecanismo nociceptivo ou neuro-
pático pode ser identificado, havendo manifestações psicológicas suficientes para se estabelecer critérios
psiquiátricos. No quotidiano ela é muito rara, e o seu diagnóstico é dado por exclusão.
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75
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80
SISTEMA ENDÓCRINO
A hipófise é a glândula responsável pela ligação
entre o sistema nervoso e o sistema endócrino,
que ocorre através do eixo hipotálamo-
hipofisário, situado no infundíbulo. Encontra-se
na base do crânio, propriamente na sela túrcica.
Ela é considerada a glândula chave do
organismo, por ser encarregada da
activação de um grupo de outras
glândulas endócrinas que
respondem pela
homeostasia.
A hipófise está
constituída por
dois lobos:
anterior
e posterior.
O lobo anterior, também denominado adeno-hipófise, é formado por diversos tipos de células, que pro-
duzem e secretam inúmeros hormónios. Esta porção da hipófise controla principalmente o funciona-
mento das glândulas tireóides, suprarrenais e gonadais por meio de hormónios, bem como produz ainda
hormónios do crescimento (somatotropina), e do leite materno nas mulheres (prolactina).
82
SISTEMA ENDÓCRINO
O Lobo posterior ou neuro-hipófise, origina-se
embriologicamente no diencéfalo do sistema
nervoso. Ela conecta-se ao hipotálamo
pelo eixo hipotálamo-hipofisário, que tem
no seu interior axónios amielínicos e
neurossecretores, transportadores da ocitocina
e da antidiurética (ADH) – hormónios
produzidos no hipotálamo,
propriamente nos núcleos
paraventriculares e supra-ópticos,
respectivamente.
Aquí, no lobo posterior, não há
produção de hormonas.
Hormona antidiurética:
actua no túbulo contornado distal e no
ducto colector da nefrona, nos rins,
aumentando aí, a absorção
da água.
Ocitocina: promove a contracção
da musculatura lisa uterina no
trabalho de parto, bem como ▲ Fig. 95 Estrutura do eixo hipotálamo-hipofisário
a contracção das células mioepiteliais,
nas mamas, durante a amamentação. ▼Fig. 96 Órgãos-alvo dos hormónios secretados
pela neurohipófise
O rim, para realizar a sua função diurética, serve-se principalmente de dois hormónios: ADH,
produzido na adenohipófise, e aldosterona, originário do córtex suprarrenal.
83
É o principal centro de integração e controlo dos órgãos internos. Vincula os sistemas nervoso e endócri-
no por meio dos hormónios por ele produzidos, os quais são enviados à hipófise através do infundíbulo.
O hipotálamo produz os hormónios antidiurético e ocitocina os quais são enviados à neurohipofise. Tam-
bém produz os factores de liberação e de inibição hipotalâmicos, com os quais controla a secreção dos
hormónios hipofisários. Isto produz-se através do sistema portal hipotálamo-hipofisário.
84
SISTEMA ENDÓCRINO
▲Fig. 98 Estrutura funcional da glândula tireóide
O termo tireõide deriva da palavra grega "escudo", devido ao seu formato. É uma das maiores glândulas
endócrinas do corpo, estando constituída por dois lobos unidos por um istmo, em forma de H, pesando
entre 15 e 30 g. Está localizada no pescoço, embaixo da laringe e da proeminência da cartilagem tireóidea,
em frente da traqueia, entre as vértebras C5 e T1. É recoberta pelos músculos do pescoço e uma cápsula
conjuntiva, sendo de cor vermelha escura. Histologicamente, a glândula tireõide está formada por uma
grande quantidade de folículos, que sintetizam os hormónios a partir de aminoácidos e iodo. Este último,
é fundamental para a produção hormonal. A partir da síntese do iodo, a glândula produz e armazena dois
tipos de hormónios, nomeadamente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Ela é ainda a única glândula
endócrina que armazena o seu produto de secreção, os hormónios – que por sua vez acumulam-se nos
folículos, numa substância densa e coloidal. Entretanto, além dos hormónios que já referimos, esta glândula
também produz calcitonina, nas células C parafoliculares.
FUNÇÕES PRINCIPAIS DOS HORMÓNIOS DA GLÂNDULA TIREÓIDE
Tiroxina e Triiodotironina
• Estimular o metabolismo celular.
• Regular os batimentos cardíacos, o sistema nervoso, a função respiratória pulmonar, o consumo de
energia e outros.
Calcitonina
• Controlar a homeostasia do cálcio.
• Reduzir a concentração do cálcio no sangue.
• Inibir a actividade dos osteoclastos e a absorção de ião cálcio (Ca2+) nos intestinos.
• Aumentar a fixação de cálcio nos ossos.
• Apresentar uma acção contrária ao paratormônio (hormónio produzido pela glândula paratireoides).
85
São quatro pequenas glândulas de coloração amarelada do tamanho de uma ervilha, situadas na face
posterior da glândula tireóide, nos pólos superior e inferior de cada lobo, geralmente dentro da cápsula
tireóidea ou no interior da glândula. Elas produzem um tipo de hormónio denominado
paratormónio, isto nas células principais.
Este hormónio, por sua vez,controla o
metabolismo do cálcio e do fósforo,
aumentando a concentração de cálcio
plasmático e, reduzindo o fósforo no
sangue, o que eleva a sua excreção na
urina; também estimula a síntese de
vitamina D no tracto digestivo.
Nas glândulas paratireóides, existem
igualmente outras células, as oxifilas,
cuja função ainda não foi elucidada.
O paratormónio pode apresentar
determinados transtornos funcionais,
que ocorrem por hipossecreção e por
hipersecreção glandular. No primeiro
▲Fig. 99 Glândula paratireóides
caso, apresenta uma diminuição na
concentração do cálcio no sangue, que tende a provocar cãibras, espasmos musculares e tetania. Já no
segundo caso, o cálcio é extraído dos ossos e lançado na corrente sanguínea, provocando a enfermidade
conhecida como osteítes fibrosa, que produz profundas alterações na estrutura óssea, desencadeando,
inclusive, deformidade no esqueleto, bem como o acúmulo de cálcio nos rins.
86
SISTEMA ENDÓCRINO
É uma glândula mista por possuir características exócrina e endócrina, o que lhe permite pertencer,
tanto ao sistema digestivo quanto ao sistema endócrino. Localiza-se no lado esquerdo do abdómen, entre
a coluna vertebral e a parte inferior do estômago, circundado pelo duodeno. Apresenta-se em forma de
folha e mede aproximadamente 12,5cm de comprimento.
O pâncreas está constituído fundamentalmente pelos ácinos pancreáticos e os ilhotes de Langerhans. Os
ácinos pancreáticos têm a função exócrina, produzindo enzimas da digestão, que acorrem pelo ducto
pancreático até alcançarem o duodeno. Já as ilhotas de Langerhans, têm a função endócrina, que permite
ao pâncreas produzir os hormónios que chegam à corrente sanguínea.
1 - Cabeça do pâncreas
2 - Processo uncinado do pâncreas
3 - Incisura pancreática
4 - Corpo do pâncreas
5 - Superfície anterior do pâncreas
6 - Superfície inferior do pâncreas
7 - Margem superior do pâncreas
8 - Margem anterior do pâncreas
9 - Margem inferior do pâncreas
10 - Tubérculo omental
11 - Cauda do pâncreas
12 - Duodeno
▲ Fig. 101 Estrutura do pâncreas
Quanto à produção de hormónios, as células denominam-
se em:
FUNÇÃO EXÓCRINA
Células alfa – produtoras de glucagon.
Células beta – produtoras de insulina.
Ocorre na digestão, propriamen-
Células delta – produtoras de somatostatina
te na excreção do suco pancreáti-
co na segunda porção do duode-
no, contribuindo para neutralizar
a acidez do estômago.
FUNÇÃO ENDÓCRINA
Ocorre na produção de insulina,
glucagon e somatostatina, que
são hormónios que actuam prin-
cipalmente no controlo da taxa
de glicose no sangue, no meta-
bolismo dos carboidratos, bem
como no metabolismo das pro-
▲ Fig. 102 Hipófise. Estrutura das ilhotes de Langherham
teínas e gorduras.
87
INSULINA
É o hormónio que permite a entrada da glicose
nas células. Ela actua igualmente no metabolismo
das gorduras e das proteínas.
88
SISTEMA ENDÓCRINO
São duas glândulas localizadas na cavidade abdominal,
na região lombar, ao nível da 12ª vértebra torácica,
ântero-superior aos rins, propriamente no pólo superior.
Medem cerca de 5cm de comprimento, e encontram-se
envolvidas por uma cápsula, sendo irrigadas pelas
artérias suprarrenais.
Cada glândula é constituída por córtex e medula,
e cada uma destas partes tem uma configuração
histologicamente distinta.
O córtex situa-se na região externa ou
periférica da glândula, enquanto a medula
encontra-se na porção média ou interna,
nvolvida pelo córtex. Contudo, ambas
recebem aferências
moduladoras a partir do
sistema nervoso.
Fig. 104 Localização da glândula suprarrenal ►
CÓRTEX SUPRARRENAL
Apresenta uma cor amarelada devido à grande quantidade de colesterol, que é a substância por via do
qual, produzem-se os hormónios.
O córtex suprarrenal origina-se a partir do mesoderme. E está subdividido em três regiões, nomeadamen-
te zonas glomerular, fascicular e reticular, e cada uma apresenta um aspecto histológico diferenciado,
bem como possui funções distintas na produção de hormonas.
MEDULA SUPRARRENAL
Inicialmente apresenta uma coloração avermelhada escura, migrando com o tempo para a cinza. Provêm
embriologicamente da crista neural, razão pela qual é considerada um gânglio nervoso pertencente ao
sistema nervoso autónomo simpático.
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Zona glomerular
Zona fasciculada
Localiza-se numa posição intermédia, conformando cordões celulares paralelos e perpendiculares. Ela
produz os hormónos glicocorticóides, sobretudo o cortisol. Esta zona é responsável pelo metabolismo
dos carboidratos, gorduras e proteínas no organismo. Além destas funções, os hormónos, aqui, também
actuam como anti-inflamatórios.
Zona reticular
É a região mais interna e assemelha-se a uma rede de cordões celulares, sendo muito vascularizada.
Produz pequenas quantidades de hormónios esteroides gonadais (testosterona, estrogénio e progeste-
rona), encarregados dos caracteres secundários sexuais (barba, voz, disposição das gorduras e pêlos no
corpo, etc.)
90
SISTEMA ENDÓCRINO
A medula suprarrenal apresenta células secretoras do tipo poliédricas dispostas em forma de rede. Ela
secreta adrenalina, noradrenalina e dopamina, que são hormonas neuro mediadoras, que fazem parte do
sistema nervoso autónomo simpático.
ADRENALINA E NORADRENALINA
As duas hormonas têm função endócrina e actuam como neurotransmissores no sistema nervoso central
e no sistema nervoso simpático, funcionando de modo similar, embora algumas vezes portam-se antago-
nicamente.
Entre as suas atribuições, destacam-se:
- Promover o aumento do gasto e da frequência cardíacas;
Adrenalina
- Elevar a pressão arterial;
- Aumentar a glicose sanguínea É produzida até 80% na
medula suprarrenal.
- Promover a secreção de suor;
- Diminuir a actividade digestiva;
- Incrementar a frequência respiratória e a função renal;
- Aumentar o estado de alerta, podendo desencadear medo e tremor;
- Elevar o metabolismo, em correspondência com as outras funções do organismo;
Individualmente, a noradrenalina contrai os vasos sanguíneos, enquanto a adrenalina os dilata.
DOPAMINA
A dopamina
é a precursora
natural da
noradrenalina,
que por sua
vez, dá lugar à
adrenalina.
▲Fig. 106 Glândula suprarrenal. Hormónios que secreta
91
GÓNADAS
São órgãos do sistema reprodutor masculino e feminino - testículos e ovários, respectivamente, onde são
produzidas as gâmetas.
Além da sua função reprodutiva, são também glândulas do sistema endócrino, responsáveis pela produ-
ção de hormónios sexuais, nomeadamente testosterona, no homem; estrogénios e progesterona na mu-
lher. Estes hormónios, tal como os adrenocorticais, são compostos esteróides, formados principalmente
de colesterol.
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Estrogénios
São vários hormónios semelhantes produzidos na medula ovariana, chamados estradiol, estriol e estrona,
os quais têm funções e estrutura química similares, pelo que funcionalmente são considerados um único
hormónio. Apresentam as seguintes funções:
Promover o desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas, bem como a fase prolife-
rativa do ciclo menstrual, a ovogénese e a ovulação.
- Produzir inúmeras mudanças estruturais e funcionais durante a gravidez.
- Estimular o crescimento ósseo e a sua calcificação.
- Proteger o organismo contra a osteoporose, inibindo a saída do cálcio do osso.
- Inibir a presença de placas de gordura nas artérias, evitando a aterosclerose.
Progesterona
Produz-se nos ovários, propriamente no corpo lúteo, bem como na placenta e nas glândulas adrenais.
Funcionalmente, promove a fase secrecional ou lútea do ciclo menstrual. Ou seja, prepara o útero para a
gravidez, formando a quantidade de muco necessária para a implantação do óvulo. Por outro lado, pro-
move o processo de lactação na fase final da gravidez.
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Testosterona
A testosterona e o hormónio elaborado nos testículos a partir das células intersticiais de Leydig e na
zona reticular do córtex, nas glândulas adrenais. Este hormónio promove o crescimento e o desen-
volvimento das gâmetas e as características sexuais secundárias masculinas, assim como estimula o
líbido (em ambos os sexos); e ainda, contribui no aumento da massa muscular e da agressividade,
isto ao longo da vida adulta, tanto no homem como na mulher.
94
SISTEMA ENDÓCRINO
A glândula pineal, também denominada epífise ou corpo pineal, é uma glândula cónica, achatada e
ovóide, que a partir da fase da puberdade reduz o seu tamanho, diminuindo a produção do hormónio
melatonina.
Ela mede entre 5 a 9mm, e pesa cerca de 0,1g, situando-se na porção medial e central do cérebro, entre
os tálamos, acima da lâmina quadrigémea, no terceiro ventrículo, ao nível das sobrancelhas.
Assim, a glândula pineal contém quatro tipos de células:
Células intersticiais.
Fagócitos perivasculares.
Neurónios pineais ou pinealócitos.
Neurónios com função parácrina.
• A glândula pineal produz o hormónio melatonina pelos pinealócitos, o qual participa na produ-
ção de endorfinas, que acalmam e relaxam os sentidos e induzem e regulam o sono.
• Controla o ritmo biológico ou circadiano, que são as oscilações das variáveis biológicas em interva-
los regulares de tempo (alimentação, produção de calor, relação sono e escuridão etc.), associados
aos câmbios ambientais rítmicos.
• Produz o hormónio serotonina - substância neurotransmissora responsável pelos níveis de hu-
mor, energia e regulação do biorritmo.
• Interfere no funcionamento dos sistemas imunológico, nervoso, endócrino e cardiovascular.
• Regula os níveis hormonais femininos.
• Regula a fertilidade e o ciclo menstrual.
• Tem efeitos reguladores cardíacos e circulatórios.
CURIOSIDADES
As células parácrinas res-
pondem pela interacção
• A vía de comunicação entre os olhos – a sensibilidade a luz-
das outras células pineais.
e à glándula pineal se produz através do núcleo supraquias-
mático, tálamo, colículos superiores, continuando-se depois
para o lobo occipital
• Hoje, sabe-se que a glândula pineal transforma as ondas dos campos magnéticos em estímulos
neuroquímicos.
• A glândula pineal é observável pelo RX devido à elevada concentração de cálcio no seu interior,
tornando-se ainda mais perceptÍvel à medida que a idade aumenta.
95
1. Colículos superiores
2. Colículos inferiores
3. Glândula pineal
4. Comissuras dos cólicos inferiores
5. Pedúnculo cerebelar superior
6. Quarto ventrículo
7. Tálamo
96
SISTEMA ENDÓCRINO
É um órgão linfático e endócrino, encarregado da produção de linfócitos T.
É muito activo durante os primeiros anos de vida. A partir da adolescência, no entanto, vai involuin-
do em estrutura
e função, o que não se
reflecte em sua
eficiência. Na infância
tende a pesar entre
10 e 35g, ao passo
que nos idosos varia
entre 5 a 15g.
O timo encontra-se
localizado na porção
ântero-superior da
cavidade torácica, no
mediastino superior e
anterior,
posteriormente ao
externo, inferior a
traqueia, veia jugular ▲ Fig.112 Localização do timo, no mediastino
interna e a artéria corotidea
comum, medial aos pulmões e superior A - Artéria carótida comum direita.
e anteriormente ao coração. B - Artéria carótida comum esquerda.
É formado por dois lobos alongados, T - Traquéia.
de diferentes tamanhos, envolvidos por uma l.d - lobo direito do timo.
cápsula de tecido conjuntivo. Cada lobo possui l.e - lobo esquerdo do timo.
uma série de lóbulos, dispostos em volta
t.br.e. - tronco braquiocefálico venoso esquerdo
de um eixo ou cordão central em forma
t,br,d.- tronco braquiocefálico venoso direito
de folículos que apresentam uma
substância medular clara, envolvida por
uma cortical escura, ambas contendo linfócitos
provenientes da medula óssea – os
timócitos, que se encontram em
diferentes períodos de maturação.
HORMÓNIOS DO TIMO
O timo produz vários hormónios, tal como
a timosina, timulina e timopoietina, dos quais o
primeiro é o mais importante, sobretudo por se
encarregar da maturação dos linfócitos T. ▲ Fig. 113 Timo
Já a timulina, além de promover a maturação
dos timócitos, relaciona-se com o eixo hipotálamo-hipofisário na actividade imunológica. Enquanto
que a timopoietina actua na regeneração dos nervos.
97
Rim
Fígado
Osso
Íleon
Fígado
98
SISTEMA ENDÓCRINO
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