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Funcional
Brasília-DF.
Elaboração
Igor Duarte
João Guilherme de Oliveira Silvestre
Atualização
Victor Fabricio
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À NEUROLOGIA................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
DIVISÃO EMBRIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO....................................................................... 9
CAPÍTULO 2
DIVISÃO FUNCIONAL............................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3
DIVISÃO ANATÔMICA.............................................................................................................. 19
UNIDADE II
ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS....................................................................................................................... 28
CAPÍTULO 1
LÍQUIDO CEREBROESPINHAL, SUA PRODUÇÃO E FUNÇÃO....................................................... 28
CAPÍTULO 2
MENINGES, VENTRÍCULOS E CISTERNAS................................................................................... 33
CAPÍTULO 3
CEREBELO, TÁLAMO E HIPOTÁLAMO........................................................................................ 39
UNIDADE III
TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL.............................................................................................. 48
CAPÍTULO 1
MESENCÉFALO, PONTE E BULBO.............................................................................................. 48
CAPÍTULO 2
MEDULA ESPINHAL................................................................................................................... 54
CAPÍTULO 3
PATOLOGIAS ASSOCIADAS...................................................................................................... 57
UNIDADE IV
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO............................................................................................................ 61
CAPÍTULO 1
DIVISÃO DO SNP..................................................................................................................... 61
CAPÍTULO 2
PLEXOS................................................................................................................................... 67
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 71
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
O sistema nervoso é o responsável pelas relações dos seres vivos com o meio externo
e pelo controle de seu meio interno. Tem a função de detectar as variações do meio
ambiente e produzir respostas apropriadas por meio de impulsos nervosos para
músculos e glândulas de secreção.
O SNC é a parte protegida por ossos. Ele está contido no interior da caixa craniana e
nos forames vertebrais. É responsável pela recepção dos estímulos de todo corpo,
processá-los e criar respostas para esses estímulos como o movimento.
O SNP é a parte do sistema nervoso fora da proteção óssea. Ele está espalhado por todo
o corpo. Tem papel fundamental na captação das sensações e transmissão de estímulos
ao SNC para interpretação e possível resposta.
Por essa razão, podemos deduzir que apresentam uma anatomia e fisiologia complexas.
Nessa parte do curso, você estará em contato com informações sobre o sistema nervoso e
seu funcionamento no controle de diversas funções e estará habilitado para atuar como
docente nos cursos da saúde em temas relacionados à neuroanatomia, neurofisiologia
e matérias correlatas.
Objetivos
»» Identificar os diversos órgãos que compõem o sistema nervoso desde sua
formação central até as bases neurofisiológicas.
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INTRODUÇÃO À UNIDADE I
NEUROLOGIA
CAPÍTULO 1
Divisão embriológica do sistema nervoso
Cerca de três semanas após a concepção, o embrião apresenta em sua região dorsal, um
tubo fechado nas extremidades e vazio em seu interior. Trata-se do tubo neural. Esse tubo
tem origem no folheto embrionário, denominado ectoderma, e a partir daí serão formados
todos os órgãos do sistema nervoso (ANZURES; PEDERNERA; MÉNDEZ, 2009).
<http://www.youtube.com/watch?v=8an5Epbwbm8>.
<http://www.youtube.com/watch?v=uG7Va9_jn7A>.
3a semana 5a semana
9
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
Uma semana depois, temos a duplicação das vesículas com exceção da vesícula
mesencéfalo. Assim temos as seguintes vesículas: telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo,
metencéfalo e mielencéfalo. O restante é a medula primitiva.
5a semana 6a semana
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INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
Telencéfalo
É a maior porção do sistema nervoso central, pesando cerca de 1,2 Kg. Porém não
concentra o maior número de neurônios, cerca de 16 bilhões (HERCULANO-HOUZEL;
LENT, 2005).
Figura 3. Telencéfalo.
Fonte: <http://maseotelencefalo.blogspot.com>.
Diencéfalo
Na 5a semana de vida intrauterina, o embrião apresenta um tubo na região posterior
com dilatações superiores às quais conhecemos como vesículas primordiais. A primeira
11
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
Fonte: <http://meucerebro.com>.
Mesencéfalo
É a última parte do tronco encefálico e está situado acima da ponte, abaixo do diencéfalo
e anterior ao cerebelo. É uma região de transição entre estruturas pares (diencéfalo e
telencéfalo) e estruturas ímpares (tronco encefálico). O mesencéfalo é a segunda das
três vesículas primordiais e se origina na 5a semana pós-concepção (DUARTE, 2009).
Fonte: <http://meucerebro.com>.
12
INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
Metencéfalo
A 3a vesícula primordial, rombencéfalo, aparece na 5a semana de vida embrionária e
dará origem às vesículas: metencéfalo e mielencéfalo.
Figura 6. Metencéfalo.
Fonte: <http://correio.rac.com.br>.
Mielencéfalo
Corresponde à última vesícula primordial formada na 6a semana de vida intrauterina a
partir da vesícula rombencéfalo. Essa vesícula dará origem ao bulbo ou medula oblonga.
Fonte: <http://meucerebro.com>.
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CAPÍTULO 2
Divisão funcional
Sistema nervoso
O sistema nervoso central, de uma forma geral, é comparável a uma central telefônica
que coordena várias conexões, com inúmeras ligações feitas e recebidas.
Fonte: <http://eviialba.blogspot.com.br>.
14
INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
A parte aferente do sistema nervoso é responsável por informar o SNC sobre o que está
ocorrendo dentro e fora do corpo. Já a divisão eferente, realiza o envio das informações
do SNC às diversas partes do corpo, em resposta aos sinais que chegaram por meio da
divisão aferente. Então, a divisão eferente divide-se em duas partes também, sendo elas
o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autônomo.
15
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
»» frequência cardíaca;
»» pressão arterial;
»» função pulmonar;
»» distribuição do sangue.
O sistema nervoso autônomo possui duas divisões que se originam em locais diferentes
da medula espinhal e na base do cérebro, sendo elas sistema nervoso simpático e o
sistema nervoso parassimpático.
Fonte: <http://www.afh.bio.br>.
16
INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
»» Vasoconstrição, que ocorre na maioria dos tecidos que não estão sendo
utilizados durante a atividade, desviando o sangue para os músculos
esqueléticos ativos.
»» Atraso das funções que não são diretamente necessárias para a atividade,
como, por exemplo, a redução da função renal e a digestão, conservando
energia para sua utilização na atividade.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
ÓRGÃOS E
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO
SISTEMAS-ALVO
Rim Vasoconstrição, diminuindo a produção de urina Sem efeito
Fígado Aumento da liberação de glicose Nenhum efeito
Broncodilatação, com leve constrição dos vasos
Pulmões Broncoconstrição
sanguíneos
Coração
Vasodilatação Vasoconstrição
Vasos coronarianos
Coração
Aumento da frequência e da força de contração Diminuição da frequência
Músculo cardíaco
Tecido adiposo Estímulo da quebra dos triglicerídeos (quebra de gordura) Nenhum efeito
Diminuição da atividade das glândulas e dos músculos. Aumento do peristaltismo e da secreção glandular.
Sistema digestivo
Constrição dos esfíncteres. Relaxamento dos esfíncteres.
Glândulas suprarrenais Estímulo da secreção de adrenalina e noradrenalina Nenhum efeito
Glândulas sudoríparas Aumento do suor Nenhum efeito
Metabolismo celular Aumento da taxa metabólica Nenhum efeito
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CAPÍTULO 3
Divisão anatômica
Fonte: <http://www.teoriadamedicina.com/>.
SNC
Encéfalo
Cérebro Cerebelo Tronco encefálico
Telê encéfalo Medula
Córtex Núcleos Espinhal
Córtex Núcleos da Diencéfalo Mesencéfalo Ponte Bulbo
cerebral profundos
cerebral base
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
Fonte: <http://www.auladeanatomia.com.br/>.
Suas funções são muito mais complexas, quando comparadas às funções da medula
espinhal. Entre as funções do encéfalo, estão a capacidade cognitiva e afetiva e todas as
funções que os outros animais também possuem. A cavidade interna do encéfalo também
é irregular, formada por diferentes câmaras preenchidas por líquido. Essas regiões são
chamadas de ventrículos.
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INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
Cérebro
É a maior porção do SNC, pesando cerca de 1,2 Kg. Porém, não concentra o maior
número de neurônios, cerca de 16 bilhões (HERCULANO-HOUZEL; LENT, 2005).
O cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais: esquerdo e direito. Eles são ligados
entre si por meio de fibras (tratos) que permitem a comunicação entre os hemisférios
e são chamados de corpos calosos.
A parte externa dos hemisférios é formada pelo córtex cerebral, também chamado de
massa cinzenta, pois reflete sua cor devido à falta de mielina nos corpos celulares.
O córtex é a parte consciente que permite o pensamento, a percepção dos estímulos
sensitivos e o controle voluntário dos movimentos.
Existem cinco lobos formando o cérebro, sendo quatro lobos externos e a ínsula central,
que não será abordada. Os lobos externos são os seguintes:
Lobo Frontal
Lobo Parietal
Lobo Occiptal
Lobo Temporal
Fonte: Adaptado pelo autor.
Olhando o SNC de forma mais completa, é possível visualizar que a caixa craniana é
dividida em três diferentes regiões: anterior, medial e posterior. Protegendo o encéfalo,
existem três camadas de tecido que se estendem ao tronco encefálico e à medula
espinhal. Essas camadas são conhecidas como meninges.
Fonte: <http://www.cabuloso.xpg.com.br/Anatomia-Humana/Sistema-Nervoso-SNC/Sistema-Nervoso-Central-SNC.htm>.
Diencéfalo
Essa região é composta pelo hipotálamo e pelo tálamo. O hipotálamo fica abaixo do
tálamo e é responsável pela manutenção da homeostase, regulando praticamente todos
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INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
»» o equilíbrio hídrico;
»» os ciclos de sono-vigília;
»» a sede;
»» a ingestão de alimentos;
»» as emoções;
»» o controle neuroendócrino;
»» a pressão arterial;
»» a frequência cardíaca;
»» a contratilidade do coração;
»» a respiração;
»» a temperatura corporal;
»» a digestão.
Cerebelo
O cerebelo fica localizado logo atrás do tronco encefálico. É conectado ao encéfalo em
diversas partes e possui importante papel na coordenação dos movimentos.
Fonte: <http://dicasparaenfermeiros.blogspot.com.br>.
23
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
Tronco encefálico
O tronco encefálico é composto por mesencéfalo, ponte e bulbo. É considerado o suporte
do encéfalo, pois o conecta à medula espinhal.
Fonte: <http://www.abcdamedicina.com.br>.
No encéfalo, existe um sistema conhecido por auxiliar no controle da dor. Por meio
das encefalinas e beta-endorfinas (opiatos), que atuam nos receptores de opiatos no
cérebro, é possível que exista redução da dor.
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INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
Fonte: <http://www.brasilescola.com/biologia/estruturas-encefalo-suas-funcoes.htm>.
Medula espinhal
É a parte mais caudal do sistema nervoso, recebendo e processando informações sensitivas
da pele, das articulações, dos músculos, dos membros e do tronco, além de controlar os
movimentos dos membros e do tronco. Possui as subdivisões sacral ou pélvico, lombar,
torácica e cervical.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA
Fonte: <pt.wikipedia.org/wiki/Coluna_vertebral>.
A medula espinhal é formada por tratos de fibras nervosas que realizam a transmissão
dos impulsos nervosos nos dois sentidos. As fibras aferentes (sensitivas) transportam
os sinais nervosos dos receptores sensitivos, como, por exemplo, os receptores dos
músculos, das articulações, da pele e dos níveis superiores do SNC. Por outro lado,
as fibras eferentes (motoras) provenientes do cérebro e da parte superior da medula
espinhal transmitem potenciais de ação até os órgãos-alvo, como glândulas e músculos.
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INTRODUÇÃO A NEUROLOGIA │ UNIDADE I
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ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Líquido cerebroespinhal, sua produção
e função
Machado (2005) diz que é um fluído aquoso e incolor que está presente nos ventrículos
cerebrais, nas cisternas ao redor do encéfalo e no espaço subaracnóide, ao redor tanto
do encéfalo como da medula espinhal. Todas estas câmaras são conectadas entre si, e a
pressão do liquor é mantida constate.
Fonte: <http://www.infoescola.com/>.
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ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
A ressonância magnética evidencia o liquor em T2, por esse motivo a medula espinhal
está toda evidenciada no plano sagital.
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UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
Cerca de dois terços ou mais desse líquido surgem como secreção dos plexos coroides nos
quatros ventrículos cerebrais, principalmente nos dois ventrículos laterais. Pequenas
quantidades adicionais de líquido são secretadas pelas superfícies ependimárias de
todos os ventrículos e pelas membranas aracnoides. Pequena quantidade vem do próprio
cérebro pelos espaços perivasculares que circundam os vasos sanguíneos cerebrais.
Fonte: <http://www.adam.com/>.
O líquido cefalorraquidiano pode ser retirado e o estudo de sua composição pode ser
de grande valia para diagnosticar diversas doenças como neoplasias malignas, doenças
desmielinizantes, infeções nas meninges e hemorragia subaracnoide.
Fonte: <http://www.adam.com/>.
30
ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
<http://www.youtube.com/watch?v=SDMO4vYkqdg>.
<http://www.youtube.com/watch?v=8elNGECcyZs>.
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UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
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CAPÍTULO 2
Meninges, ventrículos e cisternas
Meninges
O termo meninge deriva da palavra grega meninx que significa membrana. O sistema
nervoso central está envolvido por essas membranas denominadas meninges.
As meninges estão em contato com todo o sistema nervoso central e se apresentam de
dentro para fora com a seguinte ordem:
»» Aracnoide, a intermediária.
Fonte: <medinsitu.blogspot.com.br>.
Todo o sistema nervoso central é envolvido pelas referidas membranas que tem a função
de coxim, inclusive da medula espinhal.
Pia-máter
A meninge pia-máter é a meninge mais delicada e também a mais interna das meninges,
aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula espinhal, cujos relevos e
depressões acompanham, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais.
33
UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido
nervoso, constituindo, assim, a membrana pioglial. A pia-máter dá resistência aos
órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole.
Essa meninge acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço
subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares.
Pia-máter
Filamento terminal
Fonte: <http://inclusaoemacao.wordpress.com>.
Aracnoide
Essas trabéculas lembram a teia de aranha, de onde vem o nome da meninge aracnoide.
Pia-máter
Aracnoide
Filamento terminal
Fonte: <http://inclusaoemacao.wordpress.com>.
Dura-máter
dura-máter espinhal por ser formada por dois folhetos: externo e interno, dos quais,
apenas o interno continua com a dura-máter espinhal.
Pia-máter
Aracnoide
Filamento terminal
Dura-máter
Ligamento coccígeo
Fonte: <http://inclusaoemacao.wordpress.com>.
Ventrículos
Há no encéfalo o sistema ventricular, o qual é formado por dois ventrículos laterais e o
3o e o 4o ventrículos, medianos, unidos pelo aqueduto cerebral.
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ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
Fonte: <http://olharocerebro.com/>.
Cisternas
As cisternas subaracnóideas são espaços maiores que o espaço subaracnóideo, formadas
entre a pia-máter e a aracnoide cujo acúmulo de liquor é maior que em outras regiões.
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UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
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CAPÍTULO 3
Cerebelo, tálamo e hipotálamo
Cerebelo
Assim como a ponte, o cerebelo também tem origem na vesícula primordial metencéfalo.
O cerebelo está inserido na fossa craniana posterior num acidente do osso occipital
denominado fossa cerebelar.
O cerebelo sempre foi associado às funções motoras pela sua intervenção nos movimentos
somáticos e manutenção do tônus muscular, mas não se restringe a isso.
Anatomicamente, o cerebelo é constituído por dois hemisférios que são unidos por uma
estrutura mediana denominada verme do cerebelo.
Fonte: <www.uv.mx/eneurobiologia>.
39
UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
A palavra ontogenia significa o estudo das origens de um órgão desde o seu embrião.
Baseado no estudo do desenvolvimento do cerebelo, temos a seguinte divisão:
3. Lobo floculonuclear.
Fonte: <www.ict.unesp.br>.
O cerebelo recebe informações da posição da cabeça pelas fibras aferentes a partir dos
núcleos vestibulares localizados na ponte para atuar na manutenção do equilíbrio.
40
ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
Kierman (2003) afirma que houve um grande avanço a partir do cerebelo vestibular nos
peixes. Diferentes de outros animais, os peixes apresentavam nadadeiras que exigiam
movimentos mais apurados. Nesse período formou-se o cerebelo espinhal (paleocerebelo)
que tem ampla comunicação com os tratos espinhais. Nesse período, se juntou ao cerebelo
vestibular para comandar o equilíbrio, a modulação da força e o tônus muscular.
Machado (2005) diz que foram os peixes que apresentaram os primeiros sensores de
propriocepção (fuso neuromuscular e órgão tendinoso de Golgi) ambos responsáveis
pela informação da quantidade de posição do membro e força muscular, fundamentais
na importante função do cerebelo, a dosagem de força muscular.
O cerebelo espinhal é formado pela porção inferior do verme (pirâmide e úvula) e pelo
lobo anterior.
41
UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
Machado (2005) diz que o cerebelo cortical (neocerebelo) é a última parte da divisão
filogenética do cerebelo e se desenvolveu em mamíferos, principalmente nos que precisam
de movimentos delicados. Segundo o autor, nesse período de evolução cerebelar, houve
grande evolução cerebral e o trabalho conjunto entre cérebro e cerebelo tornou-se intenso,
principalmente nos movimentos de extrema delicadeza. Devido a essa comunicação com
o cérebro, temos uma importante função do cerebelo no planejamento do movimento.
O cerebelo cortical (neocerebelo) é formado por todo o lobo caudal (inferior) e a parte
central do verme (declive, folium e túber).
42
ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
<http://www.youtube.com/watch?v=Qw0oyrhlmpw>.
<http://www.youtube.com/watch?v=XGGzMiggxP8>.
<http://www.youtube.com/watch?v=BSIsVhAXIEw>.
43
UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
Tálamo
Os tálamos são duas massas volumosas compostas de corpos de neurônios (substância
cinza) com forma ovoide, dispostas uma em cada hemisfério cerebral, na porção
laterodorsal do diencéfalo (DUARTE, 2009).
Os tálamos são unidos pela aderência intertalâmica que atravessa o III ventrículo.
1. Núcleo anterior.
2. Núcleo medial.
3. Núcleo mediano.
4. Núcleo lateral.
5. Núcleo posterior (pulvinar).
6. Metatálamo.
44
ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
4. Núcleo lateral: Machado (2005) diz que esse é o mais importante grupo
e o mais complicado. Distinguem-se 4 núcleos:
›› Núcleo ventral (V A): recebe a maioria das fibras que do globo pálido
se dirigem para o tálamo. Projeta-se para as áreas motoras do córtex
cerebral. Tem função ligada à motricidade somática.
45
UNIDADE II │ ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS
Figura 39.
Fonte: <https://www.verywell.com/the-anatomy-of-the-brain-2794895>.
46
ÓRGÃOS ENCEFÁLICOS │ UNIDADE II
<http://www.youtube.com/watch?v=_Qqbd03DmqY>.
Hipotálamo
É uma pequena estrutura do diencéfalo com cerca de 1 cm2. Localizada superiormente
à hipófise, abaixo dos tálamos com leve projeção anterior.
Martin (1998) aponta o hipotálamo (1) como responsável pelo controle hormonal da
glândula hipófise (2), homeostase, regulação do sono, regulação térmica, atividade
sexual e sentimentos.
Figura 40. Hipotálamo
<http://www.youtube.com/watch?v=8eJcHefMSiI>.
47
TRONCO CEREBRAL E UNIDADE III
MEDULA ESPINHAL
CAPÍTULO 1
Mesencéfalo, ponte e bulbo
Mesencéfalo
O mesencéfalo está localizado atrás do dorso da sela turca (túrsica) do osso esfenoide,
na altura dos olhos. Num corte transversal (axial) de encéfalo, na altura dos globos
oculares, teremos o mesencéfalo em evidência.
48
TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL │ UNIDADE III
49
UNIDADE III │ TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL
Dos nervos cranianos, cinco pares são exclusivamente motores. São os pares III, IV, VI,
XI e XII. Porém, do mesencéfalo, emergem dois pares de nervos cranianos com funções
do controle dos olhos. Os pares III (óculo motor), IV (troclear). Portanto, o mesencéfalo
tem importantes funções motoras dos olhos.
<http://www.youtube.com/watch?v=wI5lSfFjht0>.
Ponte
É o órgão intermediário do tronco cerebral. Localiza-se abaixo do mesencéfalo e acima
do bulbo na parte anterior da fossa posterior do crânio. Em sua parede posterior, ajuda
50
TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL │ UNIDADE III
Na ponte, estão os núcleos dos nervos cranianos V trigêmeo, VI abducente, VII facial e
VIII vestibulococlear, juntamente com suas origens aparentes. Portanto, a ponte tem
importantes funções na mímica facial, movimentos dos olhos, sensibilidade da face,
audição e equilíbrio.
Os lemniscos são a fusão de tratos sensitivos que vão em direção ao tálamo. Pelo menos
dois lemniscos são identificados na ponte: lemnisco medial (*) e lemnisco lateral (**).
52
TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL │ UNIDADE III
O lemnisco medial (*) é a união dos tratos espinotalâmico anterior e lateral que vão em
direção ao tálamo levando informações de sensibilidade tátil e térmica respectivamente.
Portanto, a ponte tem importância na sensibilidade somática geral.
O lemnisco lateral (**) é composto por fibras provenientes dos núcleos cocleares que
farão sinapse no colículo inferior, no mesencéfalo.
53
CAPÍTULO 2
Medula espinhal
O cérebro se desenvolveu mais do que os ossos que o protegem, e por isso teve de criar
os giros para caber mais neurônios no mesmo espaço. Diferentemente do cérebro, a
medula espinhal, se desenvolveu menos do que os ossos que a protegem e por isso não
apresenta o aspecto contorcido próprio do cérebro.
Para Moore e Daley (2008) é o principal centro reflexo e via de comunicação entre o
corpo e o encéfalo. Nos adultos, a medula espinhal mede cerca de 45 cm.
Costanzo (2007) diz que a medula espinhal é a porção mais caudal do sistema nervoso
central, estendendo-se desde a base do crânio até a primeira vértebra lombar.
A medula espinhal se apresenta como uma massa cilíndrica de tecido nervoso, situada
dentro do canal vertebral. Inicia na altura da vértebra entre o forame magno e C1, em
que se diferencia topograficamente do bulbo e termina na altura da vértebra L1/L2.
54
TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL │ UNIDADE III
medular tem-se o que se conhece por cauda equina. A cauda equina recebe esse nome
pela sua suposta semelhança com a cauda do cavalo. A cauda equina é composta por
raízes nervosas contendo axônios de neurônios mielinizados e amielinizados.
Substância branca
Assim como no cérebro, a medula possui em sua constituição substância branca
composta por axônios de neurônios mielinizados. Esses axônios correspondem aos
tratos eferentes e aferentes, de controle e sensibilidade gerais.
Fonte: <http://escolakids.uol.com.br/>.
55
UNIDADE III │ TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL
Substância cinza
Essa parte da medula espinhal apresenta corpos de neurônios assim como no córtex
cerebral. A diferença está na localização. Enquanto no cérebro os corpos de neurônio
estão no córtex (capa), na medula espinhal ocupam a posição central. Destacamos sua
semelhança com a letra (H) formando o H-medular.
O número 2 corresponde ao corno anterior e emite sinal de controle motor aos músculos.
56
CAPÍTULO 3
Patologias associadas
Como vimos, o tronco encefálico possui os principais centros responsáveis pelas regulações
autonômicas que controlam os sistemas cardiovascular e pulmonar. Dessa forma, sua
integridade é de extrema importância para o funcionamento normal do organismo.
Lesões no tronco cerebral são semelhantes aos danos cerebrais, bem como lesões
cerebrais podem lesar estruturas adjacentes, assim, apresentam sintomas semelhantes.
Alguns sintomas são listados abaixo:
»» disfagia;
»» apneia do sono;
»» dificuldade respiratória;
»» vertigem e náusea;
»» dificuldade no equilíbrio e movimento;
»» perda de consciência;
»» paralisia;
»» parada cardiorrespiratória em casos graves, entre outros.
Fonte: <drluisgustavohernandes.files.wordpress.com>.
57
UNIDADE III │ TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL
Fonte: <www.adam.com>.
Fonte: <drcolunavertebral.com.br>.
58
TRONCO CEREBRAL E MEDULA ESPINHAL │ UNIDADE III
Outras lesões como protusão discal para o canal vertebral após um trauma ou aumento
da pressão sobre uma ou mais raízes nervosas da cauda equina resultante de osteoartrite
das articulações dos processos articulares, podem, respectivamente, causar choque
medular associado à paralisia inferior ao local acometido ou sintomas sensitivos e
motores na área de distribuição no nervo espinhal envolvido.
Fonte: <www.itcvertebral.com.br>.
Fonte: <http://cienciasecognicao.org/>.
60
SISTEMA NERVOSO UNIDADE IV
PERIFÉRICO
CAPÍTULO 1
Divisão do SNP
Os principais componentes do sistema nervoso periférico são os nervos. Eles podem ser
encontrados em quase todas as partes do corpo. Caso você siga o trajeto de um nervo,
perceberá que uma ponta do nervo termina em um órgão, enquanto a outra ponta se insere
no sistema nervoso central, por meio de orifícios no crânio e na coluna. Dessa forma,
podemos classificar os nervos como “cabos de conexões” entre o sistema nervoso e os
órgãos do corpo.
No início das pesquisas em anatomia, acreditava-se que dentro dos nervos circulavam
líquidos responsáveis pela transmissão da mensagem nervosa. Depois, foi esclarecido que a
mensagem consiste em impulsos elétricos que são conduzidos ao longo dos nervos. Durante o
trajeto, alguns filetes nervosos se separam dos nervos e alguns outros filetes se juntam
aos nervos. Isso acontece para que grupos de fibras nervosas saiam ou entrem no tronco
principal. De forma geral, próximo ao SNC os nervos são mais calibrosos, contendo um
número maior de fibras, e, próximo aos órgãos, os nervos tendem a separar-se em filetes.
Fonte: <http://saude.culturamix.com/dicas/sistema-nervoso-central-e-periferico>.
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UNIDADE IV │ SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O SNP é formado, também, por gânglios, que são um agrupamento de células nervosas
que ficam localizadas próximas ao SNC. Muitas fibras nervosas que formam os nervos
têm sua origem em neurônios ganglionares. Algumas fibras têm origem em células
nervosas que estão localizadas dentro do SNP.
Fonte: <http://sistemanervosocentral304.blogspot.com.br/>.
No sistema nervoso autônomo, as fibras que saem do sistema nervoso central para os
gânglios são conhecidas como fibras pré-ganglionares, enquanto as fibras que saem dos
gânglios em direção ao órgão efetor são chamadas de fibras pós-ganglionares.
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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO │ UNIDADE IV
Fonte: <http://dererummundi.blogspot.com.br/>.
Quando os gânglios basais sofrem danos graves, o sistema cortical do controle motor não
pode mais fornecer essas informações corretamente. Com isso, a escrita fica grosseira
e estranha, como se a pessoa estivesse aprendendo a escrever. A seguir, outras funções
dos gânglios basais:
Os gânglios basais possuem, também, funções cognitivas. Esse é o processo pelo qual os
gânglios utilizam a memória armazenada no encéfalo para ocorrência da ação motora.
Por exemplo: ver uma cobra na cozinha de sua casa, lembrar que ela pode picar e
envenenar, virar para trás correr e fugir, sair na rua gritando para pedir ajuda.
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UNIDADE IV │ SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Fonte: <http://www.cabuloso.xpg.com.br/Anatomia-Humana/Sistema-Nervoso-SNC/Sistema-Nervoso-Central-SNC.htm>.
Os nervos podem ser divididos em espinhais, quando se unem ao SNC por meio de
orifícios existentes na coluna vertebral, e cranianos, quando se unem por meio de orifícios
no crânio. As informações transmitidas pelos nervos espinhais e cranianos podem ser
sensitivas ou motoras, viscerais ou somáticas. Além disso, existem muitos nervos mistos
que são capazes de carrear mais de um tipo dessas informações.
O SNP possui 43 pares de nervos, sendo 12 pares de nervos cranianos que estão conectados
ao cérebro e 31 pares de nervos espinhais conectados à medula.
Divisão sensitiva
O SNP possui a divisão sensitiva, em que as informações são transportadas em direção
ao SNC. Os neurônios aferentes (sensitivos) têm origem nas seguintes áreas:
»» órgãos;
»» pele;
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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO │ UNIDADE IV
»» músculos e tendões.
Divisão motora
As informações transmitidas pelo SNC para as diferentes partes do corpo são realizadas
pela divisão motora, ou eferente, do SNP. Após o processamento da informação que foi
recebida, o SNC decide como o corpo deve responder a esse estímulo.
Os nervos são formados por fibras que são prolongamentos dos neurônios. Dessa forma,
é importante conhecer a localização dos corpos celulares desses neurônios. As fibras
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UNIDADE IV │ SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
dos nervos espinhais podem se originar em neurônios que estão na medula ou, ainda,
em gânglios distribuídos por fora da medula, próximo à coluna vertebral.
As fibras dos nervos cranianos se organizam de forma parecida, mas os neurônios estão
em núcleos do encéfalo ou em gânglios fora dele, próximos ao crânio.
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CAPÍTULO 2
Plexos
Cada fibra nervosa sensitiva que realiza inervações em diferentes tecidos dos dedos
das mãos se junta a outras fibras nervosas sensitivas, formando filetes nervosos, que
passam a ficar cada vez mais calibrosos.
Na região do punho, por exemplo, os filetes formam um feixe mais calibroso, recebendo
o nome de nervo mediano. O nervo mediano, por sua vez, passa pelo antebraço e pelo
braço e, nesses pontos, ele recolhe muitas fibras sensitivas e motoras dessas regiões,
tornando-se, assim, ainda mais calibroso. Na região da axila, algumas fibras do nervo
mediano se separam, mas se juntam a outras fibras que vêm de regiões diferentes. Isso
acontece várias vezes e, para esse conjunto intrincado de fascículos e nervos que se
encontram e se separam, é dado o nome de plexo.
Plexo cervical
Rede de nervos que formam várias alças nervosas a partir dos quatro primeiros nervos
cervicais, C1 a C4 no pescoço, inervando alguns músculos do pescoço, o diafragma e
áreas da pele na cabeça, no pescoço e no tórax.
A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. O ramo
superior origina-se da alça entre as vértebras C1 (atlas) e C2 (áxis), mas segue com o
nervo hipoglosso, que não faz parte do plexo cervical. Os ramos superficiais do plexo
são ramos cutâneos, enquanto os ramos profundos são ramos motores.
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UNIDADE IV │ SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeopkAA/plexos-neuroanatomia>.
Plexo braquial
Importante rede nervosa que supre o membro superior. Inicia no pescoço e se estende
até a axila. É formado pela união dos ramos anteriores dos quatro últimos nervos
cervicais e o primeiro nervo torácico, que constituem as raízes do plexo braquial.
Fonte: <http://www.paralisias.com.br/lesoes/paralisia-plexo-braquial>.
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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO │ UNIDADE IV
Plexo lombossacro
O plexo lombar é formado anteriormente aos processos transversos lombares dentro
da fixação proximal do músculo psoas maior. É formado pelos ramos anteriores dos
nervos L1 a L4, sendo eles:
Existem alguns nervos que não formam plexos, dirigindo-se diretamente para a medula
espinhal. Nas regiões próximas à medula, as fibras que emergem do plexo braquial
se aproximam da medula por meio de orifícios na coluna vertebral. Aqui, as fibras
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UNIDADE IV │ SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
motoras se separam das fibras sensitivas e formam dois grupos de raízes chamados de
raízes dorsais sensitivas e as raízes ventrais motoras. Na entrada das raízes dorsais, são
encontrados os gânglios espinhais, onde são encontrados os neurônios sensitivos que
recebem o tato, a dor e as outras sensações.
Quando possuem fibras sensitivas, os nervos cranianos se ligam a gânglios que são
homólogos aos espinhais, onde se encontram os corpos celulares dessas fibras. No
entanto, como o cérebro apresenta dobramentos e irregularidades, diferentes da forma
tubular encontrada na medula, os nervos cranianos não se dividem em raízes dorsais
e ventrais. Eles penetram no crânio por meio de orifícios específicos, chamados de
forames. Depois, entram no encéfalo em diferentes pontos.
Podemos fazer uma analogia do sistema nervoso periférico com algumas máquinas.
O SNP pode ser entendido como um conjunto de sensores, chips e cabos. Os sensores
se distribuem pelos tecidos do organismo, como os músculos, os ossos, as articulações,
as vísceras e a pele. Sua função é captar as informações produzidas no ambiente ou no
próprio organismo e traduzi-las para uma linguagem que possa ser entendida pelo sistema
nervoso. Essa língua são os impulsos elétricos. Os sensores são os receptores sensoriais.
Eles ficam ligados às fibras nervosas, que formam os nervos. Os nervos, por sua vez, são
os cabos que têm a função de conduzir os impulsos elétricos gerados pelos receptores até
o SNC. Além disso, os cabos conduzem informações no sentido contrário. Os impulsos
elétricos produzidos no SNC são levados aos músculos esqueléticos, cardíacos, músculos
das vísceras e glândulas. Nessas regiões, os impulsos são transformados em ações:
contrações musculares ou secreções das glândulas. Por fim, podemos, ainda, pensar
que, além de função condutora, o SNP possui chips que processam as informações,
como pequenos computadores. Os contatos entre os neurônios situados nos gânglios
sensitivos e nos gânglios motores, ou secretores/motores, podem ser entendidos como
os chips.
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Referências
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REFERÊNCIAS
Sites
<www.scielo.br>.
<www.google.com/scholar>.
<www.capes.gov.br/periodicos>.
<http://novo.periodicos.capes.gov.br/>.
<http://www.portaldapesquisa.com.br/databases/sites>.
<http://apps.isiknowledge.com>.
<http://www.hsls.pitt.edu/>.
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