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Processos Psicológicos Básicos

Processos Psicológicos Básicos - referem-se a praticamente tudo que nos constitui como
indivíduos:
❏ Sensação;
❏ Percepção;
❏ Atenção;
❏ Memória;
❏ Pensamento;
❏ Linguagem;
❏ Aprendizagem;
❏ Motivação;
❏ Emoção, etc.

Introdução à Psicologia Cognitiva

O que é Psicologia Cognitiva?


"É o estudo de como as pessoas percebem, aprendem, lembram-se de algo e pensam
sobre as informações."
1. Cognição - as pessoas pensam.
2. Psicologia cognitiva - os cientistas pensam sobre como as pessoas pensam.
3. Estudantes de psicologia cognitiva - as pessoas pensam sobre o que cientistas
pensam em relação a como as pessoas pensam.
Onde e quando começou o estudo da Psicologia cognitiva?
❏ Filosofia - procura entender a natureza geral de muitos aspectos do mundo,
basicamente por introspecção (olhar para dentro). Voltada para o mundo das ideias.
❏ Fisiologia - busca um estudo científico de funções vitais na matéria viva, por meio de
métodos empíricos (baseados em observação). Voltada para o mundo do empirismo.
Dois importantes filósofos influenciaram o pensamento moderno da psicologia e em
muitos outros campos. Eles discordam com relação à forma de investigar as ideias.
❏ Platão (428-348 a.C.) - era um racionalista, ou seja, acreditava que o caminho para
o conhecimento se dá pela análise lógica.
❏ Aristóteles (384-322a.C.) - era um empirista, alguém que acredita que adquirimos
conhecimento por meio da experiência e da observação.
A maioria dos psicólogos de hoje busca uma síntese da visão racionalista com a
empírica.
No séc. XVII, as ideias conflitantes do racionalismo e do empirismo ressurgiram com o
racionalista francês René Descartes e com o empirista inglês John Locke.
❏ René Descartes (1596-1650) - considerava o método introspectivo e reflexivo
superior.
❏ John Locke (1632-1704) - acreditava que os seres humanos nascem sem
conhecimento e, por tal razão, devem buscá-lo por meio da observação empírica.
(Tábua rasa).
❏ Immanuel Kant (1724-1804) - afirmava que tanto o racionalismo quanto o empirismo
têm seu lugar, devendo trabalhar juntos na busca da verdade. Atualmente, a maioria
dos psicólogos aceita a síntese de Kant.
Pergunta
Na tirinha abaixo, o menino está sendo racionalista ou empirista?

O garoto está sendo empirista, pois o mesmo está testando, experimentando a sua tese,
com o intuito de saber como o leite sai do seu nariz, se você rir enquanto bebe. Se ele
tivesse uma atitude racionalista, o mesmo pensaria nas possibilidades, especularia
possíveis resultados, o que não é o caso.
Antecedentes Psicológicos da Psicologia Cognitiva

Surgimento da Psicologia Cognitiva


Um enfoque mais recente é o do cognitivismo, a ideia de que grande parte do
comportamento humano pode ser entendida em termos de como as pessoas pensam.

A Psicologia cognitiva também se serviu das investigações transdisciplinares como:


❏ Linguística - como a linguagem e o pensamento interagem?
❏ Psicologia Biológica - quais são as bases biológicas da cognição?
❏ Antropologia - qual é a importância do contexto cultural para a cognição?
❏ Inteligência Artificial - como os computadores processam a informação?
Métodos de Pesquisa em Psicologia Cognitiva
Os psicólogos cognitivos utilizam diversos métodos incluindo:
❏ Experimentos;
❏ Técnicas Psicobiológicas;
❏ Auto-avaliação;
❏ Estudo de caso;
❏ Observação Naturalista;
❏ Simulações por computador (Inteligência Artificial).
Os psicólogos cognitivos estudam as bases biológicas da cognição, bem como a:
❏ Atenção;
❏ Percepção;
❏ Memória;
❏ Imaginário;
❏ Linguagem;
❏ Solução de Problemas;
❏ Criatividade;
❏ Tomada de decisões;
❏ Raciocínio;
❏ Inteligência humana;
❏ Inteligência artificial;
❏ Mudanças na cognição em termos de desenvolvimento;
❏ Outros aspectos do pensamento humano.

Por que a Psicologia Estuda Fundamentos Biológicos?


“O homem é um organismo biológico e, para que se possa compreender o seu
comportamento, há necessidade de se estudar, também, a base orgânica que permite a sua
existência.”
Psicologia Fisiológica
❏ É o ramo da psicologia que estuda a base orgânica do comportamento;
❏ É o estudo do modo pelo qual as mudanças no interior do organismo (glândulas
endócrinas) levam a alterações no comportamento (ações, pensamentos, emoções,
etc.);
❏ É o exame da maneira pela qual o organismo reage à situações psicológicas como
emoções, aprendizagem, percepções...;
❏ Contribui para a compreensão dos fenômenos comportamentais humanos e animais.
Vale ressaltar que o indivíduo é uma totalidade e como tal reage. A divisão entre os
sistemas fisiológicos e psicológicos é feita por conveniência de estudo.
Mecanismos Fisiológicos do Comportamento
❏ Receptor: constituído pelos órgãos dos sentidos e que têm a função de captar os
estímulos do meio;
❏ Efetor: compreende os músculos e as glândulas e reage aos estímulos captados;
❏ Conector: constituído pelo sistema nervoso, que estabelece a conexão entre
receptor e efetor.
Mecanismo Receptor
Os Sentidos
❏ Permitem a captação de um número incrível de informações, tanto do meio externo
quanto interno;
❏ Os Cinco Sentidos - tradicionalmente dizemos que existem cinco sentidos:
❏ Visão;
❏ Audição;
❏ Tato;
❏ Paladar;
❏ Olfato.
❏ Que erros esconde esta afirmação?
Os Outros Sentidos
❏ Sob o mesmo nome esconde-se mais de um sentido especializado. Por exemplo, no
tato podem distinguir-se sentidos relativos à pressão, à temperatura, à dor…
❏ Existem outros sentidos para além dos cinco tradicionais: equilíbrio, propriocepção
(sentido da posição relativa de partes do corpo e utilizando na auto regulação da
postura)
Limites da Experiência Sensorial
❏ A intensidade de experiências sensoriais dependerão do bom ou mau
funcionamento dos órgãos dos sentidos;
❏ O indivíduo não toma consciência de todos os estímulos recebidos pelos órgãos dos
sentidos;
❏ A atenção determinará quais os estímulos selecionados para serem percebidos;
❏ Os órgãos dos sentidos mesmo em perfeitas condições não captam todos os
estímulos existentes ao redor do organismo.
❏ O ser humano criou instrumentos que lhe permite ampliar as capacidade receptora
natural:
❏ Telescópio;
❏ Rádio;
❏ Microscópio;
❏ Entre outros...
Mecanismo Efetor
❏ O comportamento observável se dá a partir dos efetores, ou órgãos de resposta
(músculos e glândulas) ativados pelo sistema nervoso.
Os Músculos
❏ Músculos estriados ou esqueléticos são responsáveis pelos movimentos voluntários
do corpo. (ex: correr, levantar, escrever...)
❏ Músculos lisos por movimentos involuntários. (ex: contração ou dilatação dos vasos
sanguíneos)
❏ Músculo cardíaco é responsável pelo funcionamento do coração.
As glândulas
❏ Se constituem em mecanismos de resposta;
❏ Endócrinas:
❏ Lançam seus hormônios nas corrente sanguínea;
❏ São as de maior interesse para estudiosos da Psicologia;
❏ Têm íntima relação com as atividades motoras e emocionais do homem.
❏ Exócrinas:
❏ Lançam seus produtos na superfície do organismo.
❏ São úteis como indicadores observáveis de estados emocionais. (ex:
lacrimais; salivares e sudoríparas)
Mecanismo Conector
❏ É o sistema nervoso que estabelece a conexão entre receptores e efetores.
Sistema nervoso central;
Sistema nervoso periférico;
Sistema nervoso autônomo.
Sensação e Percepção
❏ Sensação: é a resposta objetiva, ou seja, sensorial ao estímulo do meio. Mecanismo
de recepção de informações.
❏ Percepção: são respostas subjetivas do sujeito aos estímulos do meio. Mecanismo
de interpretação de informações.
“O sentir exige apenas detectores ou sensores; o perceber exige, além desses, órgãos
capazes de interpretar aquilo que é sentido ou captado.”
Percepção
❏ É a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais e as experiências
já adquiridas.

❏ Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações


obtidas pelos sentidos.
Determinantes da Percepção
❏ A atenção é uma condição essencial para que haja percepção.
❏ A percepção é a seleção de estímulos por meio da atenção.
❏ O estado psicológico de quem percebe é um fator determinante da percepção;
❏ Seus motivos, emoções e expectativas fazem com que perceba preferencialmente
certos estímulos do meio .
A percepção é um processo inato ou adquirido?
❏ “Percepção contém sempre um componente aprendido, mas não é exclusivamente
uma questão de aprendizagem.” (Telford e Sawrey, 1973)
❏ Resulta de uma interação entre tendências inatas, maturação e aprendizagem.
Percepção na Psicologia
❏ O comportamento é determinado pela percepção de cada indivíduo.
❏ A realidade é também afetada por esse processo por estar ligada às experiências
pessoais.
❏ A percepção visual é o campo mais pesquisado.
Constância Perceptiva
❏ Constância de Tamanho - refere-se à tendência a perceber os objetos como se eles
tivessem um tamanho constante, apesar de que o tamanho da imagem retiniana se
torne menor quanto mais o objeto se distancia.
❏ Constância de Forma - é responsável por podermos reconhecer o formato de
objetos conhecidos, apesar da forma constantemente mutável da imagem retiniana.

Organização Perceptiva
❏ Uma tendência organizadora fundamental é a chamada relação entre figura e fundo.

Princípio da “Figura e Fundo”


❏ Percebemos um vaso ou duas faces se entreolhando, dependendo da escolha do
que é figura (o tema da imagem) e o que é fundo.

Princípio do Agrupamento
❏ Tendemos a perceber os estímulos agrupados.
❏ Proximidade
❏ Semelhança

❏ Continuidade

❏ Fechamento

Ilusões Perceptuais
São interpretações falsas da realidade e podem ser visuais, auditivas, táteis, gustativas,
olfativas…

Déficits da Percepção

Agnosias
❏ Grupo de distúrbios de percepção que provoca déficits graves na capacidade de
perceber informações sensoriais.
❏ Podem ser visuais, auditivas ou somestésicas.
❏ São causadas por lesões em áreas associativas do córtex.
Agnosias Visuais
❏ Incapacidade de reconhecimento visual de objetos na ausência de disfunções
ópticas. A pessoa vê partes do campo visual, mas os objetos que veem não
significam coisa alguma para ela.
❏ Exemplos:
❏ Simultagnosia ou Síndrome de Balint - incapacidade em prestar atenção a
mais de um objeto ao mesmo tempo.
❏ Agnosia Espacial - dificuldades graves para se orientar no ambiente
cotidiano, podendo se perder na própria casa.
❏ Prosopagnosia - deficiência grave na capacidade de reconhecer rostos
humanos, inclusive o próprio rosto no espelho. Há casos extremos em que
não se consegue reconhecer rostos humanos, mas a face de animais são
reconhecidas. O indivíduo pode ver o rosto dos outros quase sempre tão
bem quanto qualquer pessoa, mas não consegue retê-los na memória e
reconhecê-los. São capazes de reconhecer outros pela voz, cabelo, roupa,
andar… Estudos mostram que pode ser um distúrbio congênito, se pai ou
mãe possui essa inabilidade, há 50% de chance de ela aparecer nos filhos.
Não existe terapia que evite esse distúrbio, mas pode-se ensinar aos
afetados a reconhecerem sinais externos de outras pessoas e a encarar o
outro enquanto conversa.
❏ Anomalias na Percepção da Cor (Daltonismo) - mais comum em homens que
em mulheres, e está ligado à genética.
Protanopia - forma extrema de daltonismo para vermelho e verde, o vermelho
parece bege escuro e o verde parece vermelho.
Deuteranopia - problemas para ver os tons de verde.
Tritanopia - dificuldade de distinguir azuis de amarelos.
Monocromatismo de Bastonetes ou Acromatismo - é a menos comum dessas
anomalias, não há qualquer visão de cor, apenas tons de cinza.
Agnosias Auditivas
❏ Dificuldade na capacidade de reconhecer e distinguir sons na ausência de déficits
auditivos.
❏ Exemplos:
❏ Amusia - incapacidade de identificar músicas previamente conhecidas.
❏ Agnosia para Sons Inespecíficos - incapacidade de compreender sons
comuns do ambiente, sem comprometer a compreensão da linguagem oral
(lesão no lobo temporal direito: não discrimina sons / lesão no lobo temporal
esquerdo: confunde o significado dos sons).
❏ Afasia de Wernicke - agnosia auditiva para palavras.
Agnosias Somestésicas:
❏ Astereognosia ou Agnosia Tátil - incapacidade de reconhecimento de objetos pelo
tato, na ausência de disfunção sensitiva.
❏ Déficit nas Duas Mãos - o indivíduo não consegue demonstrar o uso do
objeto através de gestos.
❏ Déficit em Uma das Mãos - o indivíduo consegue demonstrar o uso do objeto
através de gestos com a outra mão e também identificá-lo a partir do toque
desta mão.
❏ Agnosia Digital - distúrbio do reconhecimento dos próprios dedos (ou dos dedos de
outras pessoas).
❏ Síndrome da Negligência Unilateral - déficit de percepção espacial onde o indivíduo
ignora tudo que se passa à sua esquerda ou direita e podem, por exemplo, esquecer
de barbear um lado do rosto ou de vestir esse lado do corpo. Geralmente causada
por um dano a um dos hemisférios do cérebro.
Distorção da Imagem Corporal
❏ Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa - transtornos alimentares caracterizados por
um padrão de comportamento alimentar gravemente perturbado, um controle
patológico do peso corporal e por distúrbios da percepção do formato corporal.
❏ Anorexia - o indivíduo abaixo do peso vê-se como gordo.

❏ Bulimia - o indivíduo perde o controle sobre si mesmo, come demais e depois tenta
vomitar e/ou evacuar o que comeu para não ganhar peso.

Memória e Déficit da Memória

Memória
A memória humana é constituída pela capacidade dos seres humanos de adquirir,
conservar e evocar informações através de dispositivos neurobiológicos e da interação
social.
A memória é o meio pelo qual mantemos e acessamos nossas experiências passadas
para usar a informação no presente. (Tulving e Craik 2000).
Processamento de Memória
❏ Codificação - refere-se a como você transforma um dado físico, sensorial, recebido
em um tipo de representação que pode ser colocado na memória;
❏ Armazenagem - diz respeito a como você retém a informação codificada na
memória;
❏ Recuperação - é a forma como você acessa a informação armazenada na memória.
Os Principais Sistemas de Memória Reconhecidos pela Psicologia Cognitiva são:
❏ Memória Sensorial - processa dados associados aos sentidos como olfato, visão e
audição. Uma vez processadas, as informações são transferidas para memória de
curto prazo. O traço de memória sensorial permanecerá no sistema se receber
atenção e interpretação.
❏ Memória de Curto Prazo - é a memória que armazena informações em curtíssimos
períodos de tempo. Serve para “gerenciar a realidade”.
❏ Memória de Trabalho (ou Operacional) - é armazenada momentaneamente
para a realização de uma atividade. Ex: Local que estacionou o carro.
❏ Memória de Longo Prazo - é a memória com duração de dias, meses e ano.
❏ Memória Declarativa (ou Explícita) - é a memória para fatos e eventos. Ex:
lembrança de datas, fatos históricos, números de telefone, etc.
❏ Episódica (eventos) - quando envolve eventos datados, isto é
relacionados ao tempo. São lembranças de acontecimentos
específicos. Ex: ataque terrorista em 11 de setembro.
❏ Semântica (fatos) - abrange a memória do significado das palavras.
São lembranças de aspectos gerais. Ex: time que torce, nome de
seus conhecidos e etc.
❏ Memória Não-Declarativa (ou Implícita ou Procedural) - não precisa ser
verbalizada (declarada). É a memória para procedimentos e habilidades. Ex:
habilidade para dirigir, jogar bola, dar um nó no cordão do sapato, etc.
❏ Memória Adquirida e Evocada Por Meio de "Dicas" (Priming) -
considera-se que a memória pode ser evocada por meio de "dicas"
(fragmentos de uma imagem, a primeira palavra de uma poesia,
certos gestos, odores ou sons).
❏ Memória de Procedimentos (habilidades e hábitos) - conhecemos os
movimentos necessários para dar um nó em uma gravata, nadar,
dirigir um carro, sem que seja preciso descrevê-lo verbalmente.
❏ Mnemonista - alguém que demonstra habilidade de memória extraordinariamente
aguçada, em geral, com o uso de técnicas especiais para sua melhora. Memória
Notável.
Perda da Memória
A perda de memória pode estar associada a:
❏ Determinadas doenças neurológicas;
❏ Distúrbios psicológicos;
❏ Problemas metabólicos;
❏ Certas intoxicações.
Perda Total ou Parcial da Memória
❏ Amnésia Retrógrada - os eventos ocorridos antes do trauma (no momento ou meses
e anos antes) não serão lembrados, mas a pessoa se lembra de coisas após o
trauma.
❏ Amnésia Anterógrada - os eventos ocorridos após o trauma não serão lembrados.
Em casos mais severos, a pessoa pode ser incapaz de aprender qualquer coisa
nova, como é o caso de um paciente que todas as vezes que encontrava o seu
médico o cumprimentava como se fosse a primeira vez que o visse.
❏ Amnésia Transitória Global - é uma forma de amnésia que dura um curto período de
tempo e envolve a amnésia anterógrada acompanhada pela retrógrada.
❏ Amnésia Infantil - incapacidade para evocar eventos que aconteceram durante o
desenvolvimento inicial do cérebro (geralmente dos primeiros 3 a 5 anos).
❏ Amnésia Psicogênica - resultante por fatores psicológicos que inibem a recordação
de fatos ou experiências vividas. Atua reprimindo a consciência.
Doenças que Afetam a Memória
Mal de Alzheimer - o mal de Alzheimer, é caracterizado por um declínio progressivo e
irreversível da capacidade mental. É também uma doença da memória cujo primeiro
sintoma é a incapacidade de memorizar informações novas e, portanto, de recordá-las.
Alcoolismo Crônico - o alcoolismo é um dos mais sérios candidatos a afetar a memória.
O álcool afeta especialmente a memória a curta duração, o que prejudica a habilidade de
reter novas informações. Estudos mostraram que mesmo a ingestão de baixas quantidades
de bebida alcoólica durante toda a semana interfere com a habilidade de lembrar.
A Síndrome de Korsakov - é um estado de amnésia provocado pelo álcool, que tem
relação com a falta de vitamina B1. Sua evolução provoca lesões neurológicas e se não
houver a interrupção do alcoolismo esta doença se torna fatal. Os sintomas são a amnésia
anterógrada, amnésia retrógrada e muito comumente a confabulação, além de uma severa
apatia e desinteresse por parte do doente.
Como Melhorar e Manter Boa Memória
❏ Boa alimentação;
❏ Manter um plano de atividade física;
❏ Priorizar a qualidade do sono;
❏ Jogar sudoku, jogo da memória, xadrez, palavras cruzadas, entre outros;
❏ Ler bastante;
❏ Fazer cálculos matemáticos mentalmente;
❏ Decorar o telefone dos parentes e amigos;
❏ Aprender um instrumento musical;
❏ Praticar atividades manuais;
❏ Aprender idiomas;
❏ Viajar.

Introdução a Emoção

O que é uma Emoção?


As emoções são fenômenos expressivos e propositivos, de curta duração, que envolvem
estados de sentimento e ativação, e nos auxiliam na adaptação e aos desafios que
enfrentamos durante eventos importantes da vida.
As emoções surgem como reações a eventos situacionais importantes. Um vez ativadas:
❏ Geram sentimentos;
❏ Ativam o corpo para a ação;
❏ Geram estados motivacionais;
❏ Se expressam publicamente.
As emoções existem como fenômenos subjetivos, biológicos, sociais e com um
propósito;
Envolvem a pessoa inteira: sentimentos, excitação corporal, comunicações não-verbais e
senso de propósito.
Componentes da Emoção
Tipos de Emoções
Emoções Primárias:
❏ São consideradas inatas ou “reflexas”;
❏ São comuns a todos os seres humanos, independentemente de fatores sociais ou
socioculturais;
❏ Fazem parte as emoções básicas ou elementares, como: a alegria, tristeza, medo,
nojo,raiva e surpresa.
Emoções Secundárias ou Sociais:
❏ São mais complexas que as primárias;
❏ Dependem de fatores e variáveis sócio-culturais;
❏ Podem variar amplamente e radicalmente entre culturas e/ou sociedades;
❏ Exemplos: a culpa, a vergonha, a gratidão, a simpatia, a compaixão, o orgulho, a
inveja, o desprezo, o espanto, etc.
Emoções e Sentimentos
❏ Emoções e Sentimentos, muitas vezes confundidos e tratados como sinônimos,
porém possuem grandes diferenças;
❏ Os sentimentos são únicos aos seres humanos, podemos considerá-los uma
evolução das emoções;
❏ É uma auto percepção do próprio corpo, acompanhada pela percepção de
pensamentos e de um modo de pensar.
❏ São mais conscientes que a emoção;
❏ Enquanto as emoções muitas vezes chegam ao ser humano e aos animais de forma
inconsciente, o sentimento é uma espécie de juízo sobre essas emoções;
❏ Emoções e sentimentos interagem entre si;
❏ Emoções dão origem a sentimentos;
❏ Ex: Diante do perigo

Emoção = medo
Sentimento = juízo “ tenho medo”, “estou assustado”.
Relação entre Emoção e Motivação (Sentido de Propósito)
❏ Relacionam-se de dois modos:
1. As emoções são um tipo de motivo, dão energia aos comportamento e o dirigem;
2. Servem como um sistema de leitura para indicar se a adaptação pessoal está indo
bem ou não. (Ex: Alegria indica inclusão social. Angústia revela exclusão social e
fracasso.)
❏ A emoção fornece uma leitura de como se encontram os estados motivacionais da
pessoa.
Qual a Utilidade das Emoções?
❏ Funções de Enfrentamento:
❏ As emoções servem pelo menos para 8 propósitos distintos:
1. Proteção;
2. Destruição;
3. Reprodução;
4. Reunião;
5. Afiliação;
6. Rejeição;
7. Exploração;
8. Orientação.
Visão Funcional do Comportamento Emocional (Excitação Corporal)
Emoção Situação de Estímulo Comportamento Função
Emocional Emocional

Medo Ameaça Correr, fugir Proteção

Raiva Obstáculo Morder, bater Destruição

Alegria Companheiro potencial Cortejar, acasalar Reprodução

Tristeza Perda de pessoa valorizada Chorar por ajuda Reunião

Aceitação Membro de grupo Compartilhar Afiliação

Repugnância Objeto horrendo Vomitar, repelir Rejeição

Antecipação Novo território Examinar, mapear Exploração

Surpresa Objeto novo súbito Parar, alertar Orientação


Qual a utilidade das Emoções?
❏ A função da emoção é preparar-nos com uma resposta automática, muito rápida e
historicamente bem-sucedida às tarefas fundamentais da vida.
❏ TODAS as emoções são benéficas porque dirigem a atenção e canalizam o
comportamento para onde é necessário, segundo as circunstâncias enfrentadas.
Relação entre Emoção e Motivação (Social-Expressivo)
Funções sociais:
❏ As demonstrações emocionais influem no modo como as pessoas interagem e a
expressão emocional pode promover reações seletivas de outras pessoas;
❏ No contexto da integração social as emoções servem a múltiplas funções:
1. Informativa (“É assim que eu me sinto”);
2. Advertência (“É isso que eu vou fazer”);
3. Diretiva (“É isso que eu quero que você faça”).
Que diferença há entre Emoção e Humor?
Diferenças Emoção Humor

Nos antecedentes Surgem de situações de vida Ao contrário da emoção,


significativas e de avaliações do emergem de processos mal
seu significado para o nosso definidos e frequentemente
bem-estar. desconhecidos.

Na especificidade Influem no comportamento e Influem principalmente na


de ação dirigem cursos específicos de cognição e dirigem o pensamento
ação. da pessoa.

No decurso de Emanam de eventos breves que Emanam de eventos mentais que


tempo duram segundos ou talvez duram horas ou talvez dias.
minutos.
Benefícios do Bem-Estar
❏ Quando as pessoas se sentem bem, são mais:
❏ Sociáveis;
❏ Cooperativas;
❏ Criativas;
❏ Persistentes durante um fracasso;
❏ Eficientes na tomada de decisões;
❏ Intrinsecamente motivadas durante tarefas interessantes.
❏ “As pessoas que se sentem bem têm acesso maior a pensamentos felizes e a
memórias positivas, comportando-se, portanto, de maneira que refletem o fácil
acesso a pensamentos felizes.”
❏ São mais criativas e mais prestativas.

Introdução a Motivação

O Estudo da Motivação
O estudo da motivação procura fornecer as melhores respostas para duas questões
fundamentais:
1. O que causa o comportamento?
2. Por que o comportamento varia de intensidade?
O que Causa o Comportamento?
❏ Observamos o comportamento dos indivíduos, mas não podemos enxergar a causa
ou causas subjacentes que produziram tal comportamento.
❏ A motivação existe como campo científico para responder a essa questão.
❏ Para explicar esta questão precisamos expandir essa indagação geral em 5
perguntas específicas:
1. Por que o comportamento se inicia?
2. Por que o comportamento se mantém no tempo?
3. Por que o comportamento se direciona para algumas metas, ao mesmo tempo se
afasta de outras?
4. Por que o comportamento muda de direção?
5. Por que o comportamento cessa?
❏ O primeiro problema essencial em uma análise motivacional do comportamento é
compreender de que modo a motivação participa, influencia e ajuda a explicar o
fluxo comportamental de uma pessoa.
❏ Relaciona-se com a maneira como a motivação afeta o início, a persistência, a
mudança na direção de meta e a eventual cessação do comportamento.
Por que o Comportamento Varia de Intensidade?
❏ Por que às vezes a vontade é forte e persistente, enquanto que, outras vezes,
diminui paulatinamente até desaparecer por completo?
❏ A motivação varia de forma diferente nas pessoas.
❏ Todos nós compartilhamos muitas das mesmas motivações básicas (fome, sede,
raiva...), porém é certo que as pessoas diferem quanto ao que as motiva.
❏ Então, outro problema motivacional a ser resolvido é reconhecer que os indivíduos
diferem quanto ao que os motiva, e que alguns se envolvem intensamente em um
tipo de comportamento, enquanto outro, não.
Temas Essenciais
❏ “O estudo da motivação refere-se aos processos que fornecem ao comportamento
sua energia e direção.”
❏ Energia - implica que o comportamento é dotado de força (podendo ser forte, intenso
e persistente);
❏ Direção - o comportamento tem um propósito, é direcionado ou orientado para
alcançar um determinado objetivo ou resultado.
❏ Os motivos são as experiências internas (necessidades, cognições e emoções) que
energizam as tendências de aproximação ou de afastamento do indivíduo.
❏ Os eventos externos são os incentivos ambientais que atraem ou repelem o
indivíduo em relação a um curso particular de ação.
Hierarquia das Quatro Fontes de Motivação

Motivos Internos
❏ É um processo interno que energiza e direciona o comportamento.
❏ Termo geral para se identificar o campo comum compartilhado pelas necessidades,
cognições e emoções.
❏ Necessidades - são condições internas do indivíduo que são essenciais e
necessárias à manutenção da sua vida e à promoção de seu crescimento e
bem-estar. (Ex: necessidades biológicas, psicológicas e sociais).
❏ Cognições - referem-se aos eventos mentais, crenças, expectativas e o
autoconhecimento. Relacionam-se ao modo de pensar do indivíduo.
❏ Emoções - são fenômenos subjetivos, fisiológicos, funcionais e de vida curta, que
orquestram a maneira como reagimos adaptativamente aos eventos importantes de
nossas vidas.
Eventos Externos
❏ São incentivos ambientais que têm a capacidade de energizar e direcionar o
comportamento.
❏ Os incentivos levam a pessoa para mais perto dos eventos externos que lhe
prometem experiências agradáveis, ou afastam a pessoa de eventos externos que
lhe prometem experiências desagradáveis. (Ex: dinheiro, odor.)
As Expressões da Motivação
De que modo você consegue dizer a alguém que está, não está ou está um pouco
motivado? Como podemos informar a intensidade da motivação de uma outra pessoa? De
dois adolescentes que jogam uma partida de tênis, como saber qual deles está mais
motivado?
❏ Existem duas maneiras de inferir motivação em outra pessoa.
❏ A primeira é observar as manifestações comportamentais da motivação.
❏ A segunda é observar atentamente os antecedentes que conduzem a
estados motivacionais.
❏ É possível dizer por antecipação qual é o estado motivacional da pessoa.
❏ Às vezes, é necessário inferir a motivação a partir das expressões do indivíduo, do
seu comportamento, fisiologia e do seu auto-relato.
Comportamento
Há 7 aspectos do comportamento que expressam a presença, a intensidade e a
qualidade da motivação:
1. Esforço - quantidade de energia empregada na tentativa de execução de uma tarefa.
2. Latência - diferença de tempo entre o início de um evento e o momento em que os
seus efeitos se tornam perceptíveis. Tempo durante o qual uma pessoa adia sua
resposta após ter sido inicialmente exposta a um estímulo.
3. Persistência - tempo decorrido entre o início e o fim de uma resposta.
4. Escolha - quando se está diante de 2 ou + possibilidades de ação, mostra-se
preferência por uma delas, em detrimento das demais.
5. Probabilidade de resposta - n° de ocasiões em que se verifica uma resposta
orientada para um determinado objetivo, quando ocorrem diversas oportunidades
diferentes para o comportamento ocorrer.
6. Expressões faciais - movimentos faciais, torcer o nariz, levantar o lábio superior,
baixar um pouco a sobrancelha.
7. Gestos corporais - tais como postura, mudanças no apoio do peso e movimentos de
pernas, braços, mãos. (Ex: punhos cerrados).
Fisiologia
Quando as pessoas e os animais se preparam para realizar diversas atividades, os
sistemas nervoso e endócrino produzem e liberam substâncias químicas que fornecem
sustentação biológica para os estados motivacionais e emocionais.
Para mensurar essas alterações neurais e hormonais, os pesquisadores se valem de
exames de sangue, saliva, urina, bem como de uma grande quantidade de medidas
psicofisiológicas com o propósito de observar a atividade neural do cérebro.
Auto-Relato
Em uma entrevista ou questionário, é comum as pessoas informarem sua motivação;
O que as pessoas dizem sobre seus motivos às vezes não equivale ao que suas
expressões comportamentais e fisiológicas sugerem.
Quem pesquisa a motivação geralmente confia e se baseia nas medidas
comportamentais e fisiológicas, mas desconfia das medidas de auto-relato.
São utilizadas principalmente para confirmar a validade das medidas comportamentais e
fisiológicas.

Saiba Como Controlar Suas Emoções


As emoções servem para que nos adaptemos ao meio em que vivemos, permitindo que
possamos nos proteger, expressar o que nos foi agradável ou desagradável e perceber
quando ultrapassamos limites.
As emoções são sentimentos que podem levar a uma ação. Um sentimento de cólera
pode levar a um ataque, um sentimento de tristeza provoca o choro. O amor é um
sentimento, a saudade é outro. Mas, o nosso objetivo aqui é abordar aqueles sentimentos
materializados pela ação ou que a sua manifestação em exagero pode prejudicar o
indivíduo e as pessoas que o cercam. São as emoções perigosas como a raiva, o medo,
que em excesso podem trazer danos irreparáveis.
Perigo do Descontrole
Os sentimentos são fundamentais para a vida, porém, a falta de controle dos
sentimentos é tão grave quanto a inexistência deles. Os sentimentos precisam estar
equilibrados, caso contrário, o descontrole faz com que você perca o domínio sobre si
mesmo, destrói relações de amizade e inviabiliza o convívio em sociedade. E mais: o
descontrole constante é responsável por doenças físicas e psicológicas. Por isso, dome os
seus sentimentos, antes que eles consigam dominar você.
Lembre-se: não se trata de bloquear esses sentimentos. Na dose certa, eles são
fundamentais. Uma pessoa sem agressividade nenhuma não terá força para lutar pelas
suas conquistas, se não for ciumenta, não conseguirá cuidar do que é seu. Eles precisam
existir, mas em equilíbrio, na dose certa. Eles devem ser externados na hora e na dose
certa. Controlados eles só podem fazer bem a sua vida, pois foi para isto que eles foram
feitos. O medo ou a ansiedade, por exemplo, em pequenas doses, pode ajudar você a não
se arriscar demais num negócio ou fazer com que você planeje e se prepare para enfrentar
melhor uma situação difícil. As emoções também podem funcionar como molas propulsoras
para enfrentar desafios.
E por falar em estresse, um alerta importante: o descontrole das emoções pode causar e
agravar doenças. Pessoas irritáveis tendem a ter mais enxaquecas; o medo descendo a
ladeira é péssimo para o coração etc. Isto porque o descontrole maltrata o descontrolado,
as vítimas e, finalmente, faz muito mal para o corpo do descontrolado.
Porém, para domá-las é preciso saber a sua função, reconhecê-las, saber a causa e a
melhor forma para retomar o equilíbrio. Mas como? A fórmula para colocar as suas
emoções nos eixos não existe. É muito complexa, depende da sua força interior, do seu
histórico de vivências, das suas crenças e, em muitos casos, requer a ajuda de um
especialista. O que existe são alguns caminhos que podem ajudar você a construir o seu
próprio autocontrole.
Raiva
O que é? A mais destrutiva das emoções. Uma sensação de revolta que faz com que
você tenha vontade de gritar, ou esbofetear o rosto de alguém. Geralmente ocasionado
quando algo que você considera correto e justo lhe é negado, burlado ou negligenciado.
Pode ir desde uma vaga no estacionamento até um processo perdido (por negligência do
seu confiável advogado).
A raiva surge diante de situações de frustração que despertam a agressividade. Temos
raiva quando algo nos desagrada e, por isso, sentimos aquela vontade, geralmente
controlada, de voar no pescoço de alguém.
Que aparência tem? Lábios cerrados, sobrancelhas arqueadas, respiração acelerada,
pupilas dilatadas, taquicardia, músculos contraídos. Em casos mais graves de descontrole:
faces intensamente vermelhas (caminhando para o roxo beliscão), olhos arregalados e
ameaçadores.
Importância para a sobrevivência - ferramenta que serve para você defender o seu
território, seu ponto de vista, sua vida, além de ajudá-lo a reforçar e manter os seus limites
pessoais, profissionais, sociais. Uma dose de agressividade serve para que você possa
enfrentar as dificuldades, defender seus interesses e satisfazer suas necessidades. Sem ela
você se tornaria apático.
Quando passa da medida - você já ouviu as expressões “pavio curto” ou “ferver em
pouca água”? O termômetro de que a sua raiva passou da medida é quando você entra em
estado de ira profunda por um motivo que merecia um simples aborrecimento, isto é, suas
explosões são inadequadas. Por exemplo: basta que um amigo se atrase dez minutos, e
você já está pronto para explodir. Um incidente no trânsito, você não pode esfolar o infrator
(ou devolver a malcriação), é razão de sobra para estragar o seu dia. No trabalho,
esqueceram de entregar imediatamente uma encomenda esperada (e que ninguém sabia
da urgência) e pronto: você reivindicou aos berros a cabeça do negligente, amaldiçoado e
incompetente responsável. Enfim... por tudo e por nada você quase sufoca de tanta raiva.
Mas, cuidado. A raiva velada também é ruim. É como se fosse o mesmo veneno, porém,
em doses pequenas. Se é velada, como saber? Este tipo de ira geralmente se autodenuncia
através do senso de humor. Não na falta de humor, como é óbvio, mas no tipo de humor.
Sob a raiva, muitas pessoas ficam sarcásticas, ácidas, irônicas. De acordo com
especialistas, 90% do que se passa por humor é, na verdade, uma raiva contida e
persistente. Neste caso - e aqui uma questão de estilo raivoso - a raiva é disfarçada por
comentários supostamente humorados, alfinetadas esporádicas, opiniões impiedosas.
Como retomar o controle - com a civilização, os ensinamentos religiosos e as regras
sociais, muitos aprenderam a “engolir” a raiva. Uma atitude nada recomendada. Por quê?
As especialistas afirmam que esta medida cria pontos sensíveis que quando são tocados
transformam-se em vulcões de ira. Você já presenciou explosões de iras inadequadas e
ouviu do raivoso a justificativa “desculpe, mas isto foi a gota d’água” É isto. Disfarçar ou
engolir a raiva é pior. Quando ela se manifestar (e ela algum dia se manifesta), virá com
força dobrada, com todo o radicalismo dos não atendidos.
E não subestime a raiva. A raiva é a mais devastadora de todas as emoções. É intensa,
é como se fosse a base de um vulcão, algo em ebulição que consome muita energia. Raiva
em excesso gera processos depressivos e autodestrutivos. Não só para o próprio raivoso,
mas também para quem convive com ele. Pessoas que não conseguem lidar com a raiva
têm 65% mais chance de ter problemas cardíacos.
O que fazer? Primeiro, utilize a sinceridade, quando ficar com raiva diga que está com
raiva e explique os seus motivos. Tente expor suas razões e escute a opinião do outro. É
uma forma de aliviar e refletir sobre os verdadeiros motivos, além de o outro saber quais
são os seus limites. Sim, pois haverá motivos de raiva incuráveis e as pessoas à sua volta
precisam saber que exatamente sobre aquele ponto a sua tolerância é zero. Estabeleça
quais são os seus limites.
Outra forma de minimizar uma raiva frequente é rever os seus conceitos. Por que isto
tem de necessariamente fazer tão mal a você? Segundo as especialistas, a raiva pode ser
fruto de padrões ou expectativas pouco realistas em relação às outras pessoas e se este for
o caso, cabe o exercício da tolerância e da flexibilidade.
Não cultive a raiva! Para controlar a raiva é fundamental expor o que você está sentindo.
Medo
O que é? Mãos suadas, um pavor que percorre cada centímetro da sua pele, blackout
mental. Pode sentir medo de qualquer coisa: de inícios, de fins, de locais fechados, de
mudança, de falar em público… O medo é a base dos distúrbios de ansiedade e
desencadeia as fobias. 13% da população sofre de fobias. As mais comuns são as fobias
de lugares abertos, altura, insetos/animais e lugares fechados.
Que aparência tem? Taquicardia, boca seca, mãos suadas, pupilas dilatadas. Estas e
outras reações metabólicas são desencadeadas, levando à produção de cortisol (hormônio
relacionado ao estresse). A presença do hormônio no organismo pode causar tontura,
transpiração excessiva, dificuldade em raciocinar, náuseas, palpitação.
Importância para a sobrevivência - o medo prende a nossa atenção e ajuda-nos a evitar
situações perigosas. O medo é um mecanismo de defesa ativado em caso de perigo real,
que prepara o corpo para enfrentar uma ameaça ou fugir dela. Quando, ao atravessar a rua,
você ouve uma buzina, automaticamente seus batimentos cardíacos se alteram e seu corpo
se prepara para correr. Este efeito físico do medo consiste em um dos seus principais
prejuízos quando ele surge em um contexto inadequado. Imagine que você não tem
controle sobre o seu medo e está fazendo um teste muito importante para a sua carreira. O
quadro é: você não consegue se controlar, está apavorado. O medo, neste momento, já
desencadeou o processo que confere mais força e energia para a luta ou a fuga, isto é, boa
parte do sangue desviou-se do cérebro para os músculos. Mas no teste você precisa do
cérebro 100%. E agora?
Fora de si - o sinal do medo inadequado é traduzido por situações que teoricamente
deveriam agradar a você, mas, inexplicavelmente, o apavoram. Por exemplo: viajar, iniciar
um novo relacionamento, iniciar um esporte...
Como retomar o controle - e aqui a ironia. Medo todos temos, o que é preciso é a
coragem para enfrentar o medo. Sim, pois esta emoção não tem outro jeito. É preciso
encará-la mesmo. Exatamente o que você pensou. Tem medo de avião? A cura: andar de
avião. Medo de falar em público? A cura: falar em público. Faça uma espécie de lista do que
pode ocorrer se a tarefa assustadora resultar em derrota. Quando somos capazes de
visualizar saídas é mais fácil dar os primeiros passos.
O medo é uma reação aprendida, portanto, para vencê-lo é preciso admiti-lo,
compreendê-lo e reavaliá-lo. É preciso avaliar se o medo é proporcional ao risco efetivo.
Conhecendo melhor os riscos talvez seja possível redimensionar o medo.
Inveja
O que é? Desejo urgente de possuir alguma coisa que pertence a outro. O invejoso,
sempre que recebe uma notícia boa, questiona-se por que aquilo não aconteceu com ele.
Vê o proprietário de um objeto e pensa: quero um igual… Percebemos a inveja quando
existe um sentimento de incapacidade diante do querer ter algo que pertence ao outro, ou
de querer ser algo que o outro é.
Que aparência tem? Semblante de desconforto, desolamento, grande ansiedade, sentido
de urgência. Em alguns casos: olhos arregalados e fixos (alguns - diz a crença popular -
têm o poder de matar plantas).
Importância para a sobrevivência - faz com que você saiba exatamente aquilo que deseja
para você, além de funcionar como um motivador de conquistas.
Fora de si - manifesta-se, principalmente (se não for patológica,) quando você está em
baixa. É muito difícil não invejar os bens alheios quando se está sem dinheiro para o básico,
por exemplo. Justificativas à parte em nome da tal da inofensiva inveja saudável, os efeitos
colaterais são terríveis para o invejoso que passou da medida. Estes vivem insatisfeitos,
pois estão sempre desejando e valorizando o que é dos outros, nunca o que é seu. Também
não lhe sobra tempo para cuidar de sua própria vida, pois está sempre cobiçando o carro
novo do primo, a grama verde do vizinho, a excelente forma da amiga, o prato pedido na
mesa ao lado etc. Mas o sinal mais grave de que a inveja está caminhando para a patologia
é quando o invejoso passa a ter raiva do invejado. A inveja foge do controle quando gera
raiva pelo outro ter ou ser o que se deseja, levando à vontade de tirar, destruir ou estragar o
objeto de desejo. É o tal do “se eu não posso ter, então que ninguém tenha”. O mundo do
trabalho, então, é um reduto de invejosos. Se o colega ao lado ganha uma promoção, o
invejoso passa a produzir uma raiva velada. Como consequência, faz pequenas sabotagens
para minar o trabalho do outro, erra dados com a intenção de prejudicar.
A inveja é uma emoção intensa. O invejoso sente como se o mundo estivesse lhe
devendo algo e o cobra por não estar no lugar do outro. É como se o mundo conspirasse
contra ele.
Importante - não menospreze a inveja. Ela mata mesmo. O provérbio tem muita
sabedoria e há provas. Recorde-se. No Velho Testamento, Caim matou Abel por invejar a
sua bondade e a sua ligação sincera com Deus.
Como retomar o controle - reverta o jogo. Faça a inveja trabalhar a seu favor. Transforme
a chama da inveja em munição para lutar pelo que você quer. Quer um carro novo,
economize. Quer um corpinho de sílfide? Músculos? Submeta-se a uma dieta. Passe à
ação. Se quer um carro novo ou uma silhueta de esportista, vá à luta. Mas, sobretudo,
valorize suas conquistas, fale delas para as pessoas, fale do desafio que foi vencê-las, qual
foi o seu ponto zero.
Insegurança
O que é? Não ter certeza sobre qual é a melhor opção. Sofre de uma total incapacidade
para tomar decisões. O inseguro está sempre a se perguntar se este é realmente o trabalho
melhor, se o parceiro é suficientemente bom e adequado, se vai dar certo, se deve ir pela
esquerda ou pela direita, se pinta de verde ou de amarelo…
Que aparência tem? Semblante atormentado, ar perdido, lábios cerrados.
Importância para a sobrevivência - a insegurança é fundamental para tomarmos decisões
corretas e seguras, pois nos obriga a pensar nos prós, contras e conseqüências das
escolhas que fazem parte da vida, estão presentes no dia-a-dia da vida humana desde que
você nasce até a sua morte. E olhe a importância: somos fruto das nossas escolhas. Logo,
o nosso sucesso e o nosso fracasso estão intimamente ligados à nossa capacidade de
decidir.
Fora de si - grandes decisões são inerentes à vida e é normal você passar uma noite em
claro diante de uma grande e importante decisão. O indício de que a insegurança está fora
de controle, caminhando para a patologia, é quando você se torna incapaz de decidir sobre
opções simples do dia-a-dia. Vou almoçar em que restaurante hoje? Qual dos livros eu
compro? E mais: uma simples escolha é vivenciada com muito sofrimento. O que está por
trás desse comportamento é: você é incapaz de decidir o que é melhor para você, para a
sua vida. No trabalho, então, a insegurança é um desastre! O efeito colateral chega na
auto-estima. O inseguro sente-se a pior das criaturas, passa a se esconder, como se
alguém fosse descobrir que ele é um embuste. E não tarda a mania de perseguição: “Será
que foi comigo? Tenho certeza que vão me culpar”.
Os inseguros temem afirmar sua individualidade, fazem questão de não serem notados,
agem conforme a maioria, cuidam sempre para não chamar a atenção e se possível
passam despercebidos. A insegurança é a falta de confiança nos próprios recursos para
satisfazer necessidades e desejos. Como aquela pessoa que sempre se sente incapaz de
conquistar a pessoa amada, ou aquela que treme só de pensar na possibilidade de o chefe
pedir alguma coisa. A insegurança gera ansiedade. E, em excesso, pode levar à neurose de
ansiedade, caracterizada por insegurança e ansiedade constantes (mesmo sem causa
específica), deixando a pessoa permanentemente irrequieta. Neste ponto, é necessário
buscar uma ajuda terapêutica para conseguir encontrar o equilíbrio.
A insegurança está ligada ao medo. A auto-estima deficiente impede que você tenha a
coragem necessária para enfrentar as consequências das suas escolhas.
Como retomar o controle - a tarefa de eliminar a insegurança passa pelo fortalecimento
da sua auto-estima, da sua personalidade. É um processo longo que envolve muito trabalho
de desenvolvimento pessoal e é preciso buscar os recursos. Muitos optam por uma ajuda
profissional, como um terapeuta, para conduzir este processo. Você pode iniciar pelo
autoconhecimento. Conhecer suas fraquezas e as suas forças é um ponto importante. Para
conquistar isto, a literatura clássica pode ser uma excelente fonte. Autores como Tolstoi e
Dostoievski (só para ficar nos exemplos russos) sabem traçar com maestria a alma humana
e provavelmente tudo o que você sente estará minuciosamente descrito em seus
personagens.
Outro recurso que funciona bem é estudar, procure cursos, seminários e workshops de
desenvolvimento humano, como inteligência emocional, assertividade, razão e emoção etc.
Se você for do tipo empenhado pode até tentar um curso em alguma universidade
aberta. Não há nada mais revigorante para a auto-estima do que voltar a estudar. Esteja
atento e aberto para aprender coisas novas.
A sensação de fraude? Relaxe. É normal em todos os seres humanos. Aceite-a e
procure viver bem com ela.
Culpa
O que é? Você teve a feliz ideia de externar o seu ponto de vista, porém, o seu
interlocutor ficou magoadíssimo. Você pensou bem e viu que ele tinha razão? Após a
sensata constatação, você sentiu um grande mal- estar? Eis a culpa.O sentimento de culpa
é caracterizado pelo estado de abatimento gerado pela consciência de haver violado algum
princípio ou faltado com uma obrigação, de ter feito algo que considera repreensível. “Eu fiz
uma coisa que sei que não deveria ter feito”.
Que aparência tem? Semblante angustiado, apreensivo, cabeça baixa, abatimento...
Importância para a sobrevivência - a culpa ajuda a preservar os nossos padrões e
funciona como uma espécie de regulador das relações, na medida em que fortalece a
crença de que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Ela é essencial
para se viver em sociedade desde que impeça a execução de um ato.
Fora de si - a culpa pode ter conseqüências desastrosas. Quem sente culpa não vive o
momento presente. E como a culpa está relacionada a algo do passado - sem condições de
mudar a situação e incapaz de aprender com isso - , ela deixa o culpado em uma posição
vulnerável. Quem tem culpa, tem dificuldade de sentir prazer. E isso se reflete nos
relacionamentos. A pessoa fica mais introspectiva, triste. É um componente importante da
depressão. Na vida profissional, por exemplo, o sentimento de culpa causa isolamento,
afetando a qualidade e a produtividade. Quem não consegue se desvencilhar deste
sentimento e quando isso prejudica o dia-a-dia, se torna disfuncional, é recomendável a
ajuda de um profissional capacitado, como um psicólogo (essa situação vale para todos os
sentimentos).
Como retomar o controle - ok. Um pouco de culpa é até saudável e contribui para o
exercício da generosidade, porém, fique atento ao principal sintoma do caminho da
patologia: hábito diário de reprimir a si próprio. Se você se recrimina por quase todos os
seus atos, está sempre se culpando, mesmo que a culpa não seja de fato sua, ou quando
você atribui uma culpa muito maior do que a falta cometida, o primeiro passo a ser dado é a
revisão dos seus conceitos e valores. Avalie a atitude que gerou a culpa. Você agiu de
acordo com os seus princípios? Agiu com honestidade? Se positivo, você não tem do que
se culpar.
Muito bem, mas o problema é que não se trata de atitude, você sente culpa em relação a
praticamente tudo. Vive uma angústia terrível por não ter mais sucesso, mais dinheiro, ser
mais magro, mas enérgico, mais feliz...
Aqui entramos em outro terreno: a origem da culpa. Especialistas afirmam que a mídia
pode ser um elemento cultivador de culpas. Todos os dias somos “agredidos” pela visão
ideal da perfeição. Jornais, revistas, televisão, propagandas em outdoor mostram que é
preciso ter o corpo perfeito, comer coisas saudáveis; apontam só pessoas bem-sucedidas,
inteligentes e felizes. E mais: ameaçam quem pretende fugir das regras. Morte precoce para
os fumantes, feiúra e solidão para quem tem celulite, doenças diversas para quem tem
excesso de peso, e assim por diante. Saída possível? Leia, informe-se e adquira uma visão
crítica sobre as informações veiculadas e, se possível, exponha-se menos ao
bombardeamento da mídia.

Inteligência Emocional

O que é Inteligência Emocional?


Inteligência Emocional é um conjunto específico de aptidões utilizadas no conhecimento
e processamento das informações relacionadas à emoção. Na história da psicologia
moderna o termo “Inteligência Emocional” foi criado pelo americano Daniel Goleman na
década de 90 e significa a capacidade de sentir, entender, controlar e modificar o estado
emocional próprio ou de outra pessoa de forma organizada.
Podemos dizer que possuímos duas mentes, consequentemente, dois tipos diferentes de
inteligência: racional e emocional. Nossa performance na vida é determinada não apenas
pelo QI (Quociente de Inteligência), mas principalmente pela Inteligência Emocional. Na
verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a Inteligência Emocional, ambos são
parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a Inteligência
Emocional aumenta e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que
devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre
ambas.
A formação acadêmica não oferece praticamente nenhum preparo para as adversidades
ou oportunidades que a vida impõe. Apesar de um alto QI não ser garantia de prosperidade,
prestígio ou felicidade, nossas escolas e cultura concentram-se na capacidade acadêmica,
ignorando o desenvolvimento da Inteligência Emocional. As emoções são um campo com o
qual podemos lidar, da mesma forma como matemática ou física, com maior ou menor
talento, e exige seu conjunto exclusivo de aptidões. Essas aptidões são decisivas para a
compreensão do por que um indivíduo prospera na vida, enquanto outro, de igual
capacidade intelectual, não passa da estaca zero.
As Cinco Áreas de Habilidades da Inteligência Emocional
Daniel Goleman mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades:
❏ Autopercepção - que é a capacidade da pessoa conhecer a si própria, em termos de
seus comportamentos frente às situações de sua vida social e profissional, além do
relacionamento consigo mesmo.
❏ Autocontrole - que é a capacidade de gerir as próprias emoções, seu estado de
espírito e seu bom humor. É saber lidar com os sentimentos e desenvolver a
capacidade de confortar-se, controlar a frustração, a ansiedade, a tristeza ou a
irritabilidade.
❏ Automotivação - que é a capacidade de motivar a si mesmo e realizar as tarefas e
ações necessárias para alcançar seus objetivos, independente das circunstâncias.
❏ Empatia - que é a habilidade de comunicação interpessoal de forma espontânea e
não verbal, e de harmonizar-se com as pessoas. As pessoas empáticas estão mais
sintonizadas com os sutis sinais sociais, com os indicativos de que os outros
precisam ou o que querem.
❏ Aptidão social - que é a capacidade de relacionamento interpessoal. A arte de
relacionar-se passa, em grande parte, pela aptidão em lidar com as emoções dos
outros. É essa aptidão que reforça a popularidade, a liderança e a eficiência do
trabalho em equipe.
Desenvolvendo a Inteligência Emocional
A Inteligência Emocional pode ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso
requer persistência. É preciso praticar até tornar estas competências algo natural na vida.
Segundo pesquisas, o cérebro emocional aprende através de experiências repetidas.
Portanto, depois de identificar seus pontos fracos, é preciso centrar forças neles até
desenvolvê-los. É necessário enxergar as oportunidades do dia a dia para praticar suas
competências em desenvolvimento.
Um programa para desenvolver a Inteligência Emocional de uma pessoa tem as
seguintes etapas:
❏ Relacionar as principais competências comportamentais desta pessoa em relação
ao seu contexto pessoal e profissional.
❏ Fazer uma avaliação destes comportamentos, comparando o grau atual destas
competências com o grau desejável naquele contexto.
❏ Executar um plano de capacitação em relação aos comportamentos pouco
desenvolvidos com ações práticas e com sessões de feedback programadas.
❏ Realizar avaliações para medir a evolução e as mudanças efetivas.
❏ Controlar os resultados até conseguir atingir as metas pretendidas.
Desta forma, depois de saber quais os pontos fortes e as limitações, a pessoa será
orientada a desenvolver as competências comportamentais que mais estão prejudicando
seu desempenho pessoal e profissional. Habilidades como empatia, flexibilidade, espírito de
liderança, poder de persuasão, negociação, comunicação e relacionamento interpessoal,
entre outras, devem fazer parte do programa de desenvolvimento de Inteligência Emocional.
É preciso que a pessoa faça uma planilha com as competências que precisa desenvolver e
aproveite todas as situações de sua vida pessoal e profissional para praticá-las.··.
A Natureza da Inteligência Emocional - Quando ser Esperto é ser Burro
Por vezes, pessoas com um alto QI comete atos irracionais onde as consequências são
muito óbvias e os resultados tira tais pessoas da trilha de seus objetivos. Essa situação
gera uma série de questionamentos: como alguém com uma inteligência tão óbvia faz uma
coisa tão irracional tão burra mesmo? Resposta: a inteligência acadêmica pouco tem a ver
com a vida emocional. Os mais brilhantes entre nós podem afundar nos recifes de paixões
desenfreadas e impulsos desgovernados; pessoas com altos níveis de Ql são às vezes
pilotos incompetentes de suas vidas particulares.
Na melhor das hipóteses, o QI contribui com cerca de 20 por cento para os fatores que
determinam o sucesso na vida, o que deixa 80 por cento a outras forças. Como diz um
observador: A vasta maior parte da posição final de alguém na sociedade é determinada por
fatores não relacionados com o Ql e que variam de classe social à sorte.

Inteligências Múltiplas

Breve resumo sobre as Inteligências Múltiplas de Gardner


Em Paris no ano de 1900, o pedagogo e psicólogo francês Sr. Alfred Binet, criou um
teste de inteligência buscando responder através de testes psicológicos, o sucesso ou o
fracasso de crianças nas séries primárias das escolas parisienses, onde o Q.I. seria sua
medida.
O sucesso desse teste, porém, só tornou-se evidente nos Estados Unidos, quando na 1ª
Guerra Mundial, cerca de 1 milhão de recrutas foram selecionados através desse teste.
A insatisfação com o conceito de Q.I. e suas versões como o SAT (visões unitárias de
inteligência), levaram alguns estudiosos como Tarustone e Guilford a criticarem seriamente
esse conceito de inteligência.
Para Gardner não bastavam as críticas, ele acreditava que deveriam ser abandonados
os testes e suas correlações e partir para observar as fontes de informações mais
naturalistas a respeito de como as pessoas, no mundo todo, desenvolvem capacidades
importantes para seu modo de vida.
Em seu trabalho, Gardner procura os blocos construtores das inteligências utilizadas por
marinheiros, cirurgiões, feiticeiros, prodígios, sábios, crianças e artistas, enfim todos
aqueles que apresentam perfis cognitivos regulares ou circuitos irregulares em diferentes
culturas e espécies.
Ao observar todas essas fontes de informações sobre o desenvolvimento, sobre
colapsos, sobre populações especiais e assim por diante, acabou reunindo uma grande
quantidade de informações. Para organizá-las Gardner teorizou as sete inteligências:
1. Inteligências Lingüísticas - é o tipo de capacidade exibida em sua forma mais
completa, talvez pelos poetas. Característica dos poetas;
Localização no Cérebro: Centro de Broca.
2. Inteligências Lógico-Matemática - à capacidade lógica e matemática, assim como a
capacidade científica;
Localização no Cérebro: Centro de Broca.
3. Inteligências Espacial - à capacidade de formar um mundo espacial e de ser capaz
de manobrar e operar utilizando esse modelo (marinheiros, engenheiros, cirurgiões,
pintores, escultores, etc.);
Localização no Cérebro: Hemisfério Direito.
4. Inteligência Musical - capacidade voltada para a música. (Leonard Bernstein,
Mozart.);
Localização no Cérebro: Hemisfério Direito.
5. Inteligência Corporal-Cinestésica - capacidade de resolver problemas ou elaborar
produtos utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo (dançarinos, atletas, artistas,
cirurgiões etc.);
Localização no Cérebro: Hemisfério Esquerdo.
6. Inteligência Interpessoal - capacidade de compreender outras pessoas: o que as
motiva, como elas trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.
(vendedores, políticos, professores, clínicos (terapeutas) e líderes religiosos
bem-sucedidos.);
Localização no Cérebro: Lobos Frontais.
7. Inteligência Intrapessoal - capacidade correlativa, voltada para dentro. Capacidade
de formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para
operar efetivamente na vida.
Localização no Cérebro: Lobos Frontais.
Para Gardner o propósito da escola deveria ser o de desenvolver essas inteligências e
ajudar as pessoas a atingirem seus objetivos de ocupação adequados ao seu espectro
particular de inteligência. Gardner propõe uma escola centrada no indivíduo, voltada para
um entendimento e desenvolvimento ótimos do perfil cognitivo do aluno.
A escola ideal de Gardner baseia-se em algumas suposições:
❏ Nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, nem aprendem da
mesma maneira.
❏ Ninguém pode aprender tudo o que há para ser aprendido.
❏ A tarefa dos especialistas em avaliação seria a de tentar compreender as
capacidades e interesses dos alunos de uma escola.
❏ A tarefa do agente de currículo para o aluno seria a de ajudar a combinar os perfis,
objetivos e interesses dos alunos a determinados currículos e determinados estilos
de aprendizagem.
❏ A tarefa do agente da escola-comunidade seria a de encontrar situações na
comunidade determinadas pelas opções não disponíveis na escola, para as crianças
que apresentam perfis cognitivos incomuns.
❏ Um novo conjunto de papéis para os educadores deveria ser construído para
transformar essas visões em realidade.
❏ Gardner passa a se preocupar com aquelas crianças que não brilham nos testes
padronizados, e que, consequentemente, tendem a ser consideradas como não
tendo nenhum tipo de talento.
Para Gardner os professores seriam liberados para fazer aquilo que deviam fazer:
ensinar o assunto de sua matéria, em seu estilo de ensino preferido. O professor-mestre
faria a supervisão e a orientação dos professores inexperientes, procurando assegurar que
a equação aluno-avaliação-currículo-comunidade estivesse adequadamente equilibrada.
Para concretizarmos a escola centrada no aluno devemos resistir às enormes pressões
atuais para a uniformidade e para as avaliações unidimensionais. Para Gardner existem 3
tipos de preconceitos na sociedade atual:
❏ Ocidentalista: colocar certos valores culturais ocidentais num pedestal (Pensamento
lógico);
❏ Testista: sugere um preconceito no sentido de focar aquelas capacidades ou
abordagens humanas que são prontamente testáveis. "Os psicólogos deveriam
passar menos tempo classificando as pessoas e mais tempo tentando ajudá-las".
❏ Melhorista: qualquer crença de todas as respostas para um dado problema estão em
uma determinada abordagem, tal como o pensamento lógico-matemático, pode ser
muito perigoso.
Se pudéssemos mobilizar toda a gama das inteligências humanas e aliá-las a um sentido
ético, talvez pudéssemos ajudar a aumentar a probabilidade da nossa sobrevivência neste
planeta, e talvez inclusive contribuir para a nossa prosperidade.
O Que Constitui uma Inteligência?
Na visão tradicional a inteligência é conceituada como a capacidade de responder a
testes de inteligência, o Q.I. Alguns testes realizados demonstram que a "faculdade geral da
inteligência" não muda muito com a idade ou com treinamento ou experiência. A inteligência
é um atributo ou uma faculdade inata do ser humano.
Gardner procurou ampliar este conceito. A inteligência, para ele, é a capacidade de
solucionar problemas ou elaborar produtos que são importantes em um determinado
ambiente ou comunidade cultural. A capacidade de resolver problemas permite às pessoas
abordar situações, atingir objetivos e localizar caminhos adequados a esse objetivo.
A teoria das inteligências múltiplas foi elaborada à luz das origens biológicas de cada
capacidade de resolver problemas. A tendência biológica deve ser vinculada aos estímulos
culturais. A linguagem, por exemplo, que é uma capacidade universal, ora pode
apresentar-se como oratória, ora como escrita, ou secreta, etc.
Considerando o desejo de selecionar inteligências, como é possível identificá-las?
Gardner procurou evidências de várias fontes:
❏ O conhecimento a respeito do desenvolvimento normal;
❏ Do desenvolvimento em indivíduos talentosos;
❏ Informações sobre o colapso das capacidades cognitivas nos casos de danos
cerebrais;
❏ Estudos sobre prodígios, autistas e estudos psicológicos;
❏ Testes de correlações e outros.
Somente as inteligências candidatas que satisfaziam a todos ou a maioria dos critérios
foram selecionadas como inteligências genuínas justamente por satisfazer determinados
critérios e fazerem parte de um conjunto de operações identificáveis. Dessa forma, cada
inteligência deve ter uma operação nuclear ou um conjunto de operações, semelhante a um
sistema neural, sendo cada inteligência ativada ou desencadeada por certos tipos de
informações internas ou externas. Como exemplo ele cita que o núcleo da inteligência
musical está na sensibilidade para determinar relações, ao passo que um dos núcleos da
inteligência linguística é a sensibilidade aos aspectos fonológicos.
Para ele a inteligência deve ser capaz de ser codificada num sistema de símbolos e
significados culturalmente criados que capturam e transmitem formas importantes de
informação. A linguagem, a pintura e a matemática são símbolos quase universais
necessários à sobrevivência e à produtividade humana. A inteligência relaciona-se com um
sistema de símbolos não por acidente mas, por ser esta a forma da sua manifestação.
Considerações de cada uma das Sete Inteligências
Cada esboço foi feito embasado numa breve biografia de uma pessoa que demonstra
uma facilidade incomum naquela inteligência. Embora cada biografia ilustre uma inteligência
particular, não se pode dizer que na idade adulta as inteligências operam isoladamente.
Exceto em indivíduos anormais, as inteligências sempre funcionam combinadas e, qualquer
papel adulto sofisticado envolverá uma fusão de várias delas.
1. Inteligência Musical
Exemplo: Yehudi Menuhin foi colocado por seus pais na Orquestra de São
Francisco. O som do violino o fascinou tanto que quis ganhar um em seu aniversário
e quis também fazer aulas com o prof. Louis. Conseguiu ambos e com apenas dez
anos tornou- se um músico internacional.
A inteligência musical do violonista manifestou-se mesmo antes dele ter tocado ou
recebido qualquer treinamento musical. Sua poderosa reação àquele som particular
e seu rápido progresso no instrumento sugerem que ele estava biologicamente
preparado de alguma maneira para esse empreendimento. Dessa forma, a evidência
das crianças-prodígio apoia a afirmação de que existe um vínculo biológico a uma
determinada inteligência. Outras populações especiais, como a das crianças autistas
que conseguem tocar maravilhosamente um instrumento musical, mas não
conseguem falar, enfatizam a independência da inteligência musical.
Uma breve consideração desta evidência sugere que a capacidade musical é
aprovada em outros testes para uma inteligência. Por exemplo, certas partes do
cérebro desempenham papéis importantes na percepção e produção da música.
Estas áreas estão caracteristicamente localizadas no hemisfério direito. As
evidências que apoiam a interpretação da capacidade musical, como uma
"inteligência", chegam de várias fontes. Mesmo que a capacidade musical não seja
tipicamente considerada como uma capacidade intelectual, como a matemática. Ela
se qualifica a partir dos critérios estabelecidos. Por definição, ela merece ser
considerada; e, tendo em vista os dados, sua inclusão está empiricamente
justificada.
2. Inteligência Corporal-Cinestésica
Exemplo: Babe, aos quinze anos jogava na terceira base. Quando num certo
momento ruim do jogo, Babe criticou-o lá da terceira base, até que o técnico sugeriu
que ele arremessasse. Babe hesitou e lançou, em seguida se tornou um batedor
legendário.
Babe Ruth reconheceu seu "instrumento" imediatamente, em seu primeiro contato
com ele. Esse reconhecimento ocorreu antes de um treinamento formal.
O controle do movimento corporal está, evidentemente, localizado no córtex motor,
com cada hemisfério dominante ou controlador dos movimentos corporais no lado
contralateral. Nos destros, a dominância desse movimento normalmente é
encontrada no hemisfério esquerdo. A capacidade de realizar movimentos quando
dirigido para fazê-los pode estar prejudicada mesmo nos indivíduos que podem
realizar os mesmos movimentos reflexivamente ou numa base involuntária. A
existência de uma apraxia específica constitui uma linha de evidência de uma
inteligência corporal-cinestésica.
A evolução dos movimentos especializados do corpo é uma vantagem óbvia para as
espécies, e nos seres humanos esta adaptação é ampliada através do uso de
ferramentas. O movimento corporal passa por um programa desenvolvimental
claramente definido nas crianças.
A consideração do conhecimento corporal cinestésico como solucionador de
"problemas" talvez seja menos intuitiva. Executar uma sequência mímica ou bater
numa bola de tênis não é resolver uma equação matemática. E, no entanto, a
capacidade de usar o próprio corpo para expressar uma emoção (como a dança),
jogar um jogo (como esporte) ou criar um novo produto (como no planejamento de
uma invenção) é uma evidência dos aspectos cognitivos do uso do corpo.
3. Inteligência Lógico-Matemática
Exemplo: Em 1983, Barbara Mcclintock ganhou o Prêmio Nobel de Medicina ou
fisiologia por seu trabalho em microbiologia. Seus poderes intelectuais de dedução e
observação ilustram uma forma de inteligência lógico-matemática, frequentemente
rotulada como "pensamento científico".
Um incidente é particularmente esclarecedor na resolução do problema: a
esterilidade do milho. Seu assistente de pesquisa encontrava plantas que eram
apenas 25 a 30 por cento estéreis enquanto ela encontrava 50 por cento de
esterilidade no milho. Isso se comprovou depois quando ele arquitetou o seu
raciocínio passo a passo originando a diferença dos 30 por cento.
Esse fato ilustra bem dois aspectos da inteligência lógico-matemática.
Primeiramente, no indivíduo talentoso, o processo de resolução do problema
geralmente é surpreendentemente rápido. O cientista lida com várias hipóteses que
avaliadas serão aceitas ou rejeitadas.
O fato registra também a natureza não verbal da inteligência. A solução de um
problema pode ser encontrada antes de ser articulada. Isso acontece com
ganhadores de Prêmio Nobel ou então com quem possui a inteligência
lógico-matemática.
Esta inteligência é apoiada por critérios empíricos. Certas áreas do cérebro são mais
importantes do que outras no cálculo matemático.
4. Inteligência Lingüística
Exemplo: Com dez anos de idade T.S. Eliot criou uma revista chamada Fireside, da
qual era o único colaborador. Num período de três dias, durante as férias de inverno,
ele criou oito edições completas. Cada uma incluía poemas, histórias de aventuras,
uma coluna de fofocas e humor.
A inteligência linguística foi comprovada nos testes empíricos. Uma área específica
do cérebro, chamada "Centro de Broca", é responsável pela produção de sentenças
gramaticais. Uma pessoa com dano nesta área pode compreender palavras e frases
muito bem, mas tem dificuldade em juntar palavras em algo além das frases mais
simples. Ao mesmo tempo, outros processos de pensamento podem estar
completamente inalterados.
O dom da linguagem é universal e o seu desenvolvimento nas crianças é
surpreendentemente constante em todas as culturas. Mesmo nas populações
surdas, em que a linguagem manual de sinais não é ensinada, as crianças inventam
sua própria linguagem manual.
5. Inteligência Espacial
Exemplo: A navegação nas Ilhas Caroline, nos mares do Sul, é realizada sem
instrumentos. O navegador imagina uma ilha de referência, quando passa embaixo
de uma determinada estrela, e a partir disso ele computa o número total de
segmentos, a proporção de viagem que ainda resta, e quaisquer correções no curso
que sejam necessárias. Ele não vê as ilhas enquanto navega, em vez disso, ele
mapeia sua localização em sua "imagem" mental da jornada.
Para resolver problemas espaciais é necessário na navegação e no uso do sistema
notacional de mapas. Outra forma de uso dessa inteligência é quando visualizamos
um objeto de um ângulo diferente; o jogo de xadrez. As artes visuais também
utilizam esta inteligência no uso do espaço.
O hemisfério direito é comprovadamente o local mais crucial do processamento
espacial. Um dano nas regiões posteriores direitas provoca prejuízo na capacidade
de encontrar o próprio caminho em torno de um lugar, de reconhecer rostos ou
cenas, ou de observar detalhes pequenos.
As populações cegas ilustram a distinção entre a inteligência espacial e a percepção
visual. A pessoa cega pode recorrer ao método indireto para reconhecer formas,
passando a mão no objeto que traduzirá na duração do movimento, que por sua vez
é traduzida no formato do objeto. Para o cego, o sistema perceptivo da modalidade
tátil equivale à modalidade visual na pessoa que enxerga.
Existem poucas crianças-prodígio entre os artistas visuais, porém há sábios idiotas.
Nádia (Selfe, 1977) é autista e no entanto desenhava com impressionante destreza
representacional e exatidão.
6. Inteligência Interpessoal
Exemplo: Com pouco treinamento em educação especial e quase cega, Anne
Sullivan iniciou a tarefa de instruir uma criança cega e surda de sete anos. Helen
Keller apresentou um sinal de compreensão da linguagem e a partir daquele
momento ela progrediu com incrível rapidez. A chave para o milagre da linguagem
foi o entendimento de Anne Sullivan da pessoa Helen Keller.
A inteligência interpessoal está baseada na capacidade nuclear de perceber
distinções entre os outros; em especial, contrastes em seus estados de ânimo,
temperamentos, motivações e intenções. Em formas mais avançadas, esta
inteligência permite que um adulto experiente perceba as intenções e desejos de
outras pessoas, mesmo que elas os escondam. O exemplo citado sugere que esta
inteligência não depende da linguagem.
Os indícios na pesquisa do cérebro sugerem que os lobos frontais desempenham
um papel importante no conhecimento interpessoal. Um dano nessa área pode
provocar profundas mudanças de personalidade, ao mesmo tempo que não altera
outras formas de resolução de problemas.
A evidência biológica da inteligência interpessoal inclui dois fatores, geralmente
citados como exclusivos dos seres humanos. Um dos fatores é a prolongada
infância dos primatas, incluindo o estreito apego à mãe. Quando a mãe se afasta, o
desenvolvimento interpessoal fica prejudicado.
O segundo fator é a relativa importância da interação social para os seres humanos.
As habilidades tais como caçar, perseguir e matar, nas sociedades pré-históricas
exigia a participação e cooperação de grande número de pessoas. A necessidade
de coesão, liderança, organização e solidariedade no grupo decorre naturalmente
disso.
7. Inteligência Intrapessoal
Exemplo: Woolf num ensaio intitulado A Sketch of the Cast, discute o algodão da
existência. Ela compara o "algodão" com três lembranças específicas de sua
infância: uma briga com seu irmão, ver uma determinada flor num jardim e ficar
sabendo do suicídio de um antigo visitante. Para a autora, todas as experiências
trouxeram para ela um aprendizado, fossem eles causadores de um estado de
choque ou não. Sendo choques, ela procura uma explicação e atrás de cada um é
uma revelação de algum tipo, é o sinal de alguma coisa real por trás das aparências
e daí elas se tornam reais.
O conhecimento dos aspectos internos de uma pessoa: o acesso ao sentimento da
própria vida, a gama das próprias emoções, a capacidade de discriminar essas
emoções e eventualmente rotulá-las e utilizá-las como uma maneira de entender e
orientar o próprio comportamento.
A pessoa com boa inteligência intrapessoal possui um modelo viável e efetivo de si
mesmo. Uma vez que esta inteligência é a mais privada, ela requer a evidência a
partir da linguagem, da música, ou de alguma outra forma mais expressiva de
inteligência para que o observador a perceba funcionando.
Os lobos frontais desempenham um papel central na mudança de personalidade.
Um dano na área inferior dos lobos frontais provavelmente produzirá irritabilidade ou
euforia, ao passo que um dano nas regiões mais altas provavelmente produzirá
indiferenças, desatenção, lentidão e apatia – um tipo de personalidade depressiva.
Nesses indivíduos "lobo-frontais", as outras funções cognitivas geralmente
continuam preservadas. O autista apresenta essa inteligência prejudicada.
A inteligência intrapessoal é aprovada nos testes de uma inteligência e apresenta
uma forma de resolver problemas significativos para o indivíduo e para a espécie.
Ela nos permite compreender a nós mesmos e trabalhar conosco.
Por que a Inteligência Espiritual ou Moral não é Considerada?
A inteligência espiritual ou moral serve como uma candidata razoável para uma oitava
inteligência, embora existam razões igualmente boas para considerá-la um amálgama
(mistura.liga) da inteligência interpessoal e da inteligência intrapessoal, com um
componente de valor acrescentado. O que é moral ou espiritual depende imensamente dos
valores culturais; ao descrever as inteligências, nós estamos lidando com capacidades que
podem ser mobilizadas pelos valores de uma cultura, e não pelos comportamentos que são,
eles próprios, valorizados de uma maneira ou outra.
Existe uma Inteligência Artística?
Tecnicamente, nenhuma inteligência é inerentemente artística ou não-artística. As
inteligências funcionam artisticamente (ou não-artisticamente) na medida em que exploram
certas propriedades de um sistema simbólico.
A possibilidade de uma inteligência ser utilizada artisticamente é uma decisão tomada
pelo indivíduo e/ou pela cultura. Um indivíduo pode decidir se vai empregar a inteligência
linguística como escritor, advogado, vendedor, poeta ou orador. No entanto, as culturas
podem favorecer ou impedir a possibilidade de usos artísticos da inteligência. Em algumas
culturas, quase todas as pessoas desenvolvem algumas capacidades poéticas; mas Platão
tentou eliminar a poesia de sua República. Claramente, então, o exercício de uma
determinada inteligência de maneira artística envolve um julgamento de valor.
A Perspectiva Biopsicológica e Conclusão
Para falarmos e entendermos a Teoria das Inteligências Múltiplas não podemos esquecer
que cada ato cognitivo envolve um agente que executa uma ação ou uma série de ações
em alguma tarefa ou domínio.A perspectiva biopsicológica examina o agente e suas
capacidades, inclinações, valores e objetivos.
A inteligência é um potencial biopsicológico. O fato de um indivíduo ser ou não
considerado inteligente e em que aspectos, é um produto em primeiro lugar de sua herança
genética e de suas propriedades psicológicas, variando de seus poderes cognitivos às suas
disposições de personalidade.
Segundo Gardner (1998) o talento é sinal de um potencial biopsicológico precoce, em
algum dos domínios existentes numa cultura sendo a prodigiosidade uma forma extrema de
talento em algum domínio.
Os neurobiólogos documentaram que o sistema nervoso humano é altamente
diferenciado. Todos os seres humanos normais possuem vários potenciais, mas por razões
genéticas e ambientais, os indivíduos diferem notavelmente nos perfis particulares de
inteligência que apresentam em qualquer momento dado de sua vida.
Conseguimos "preencher" nossos numerosos papéis e posições mais efetivamente
porque as pessoas apresentam perfis de inteligências diferentes. Já está estabelecido que
os indivíduos possuem mentes muito diferentes umas das outras.
A educação deveria ser modelada de forma a responder a essas diferenças, deveria se
tentar garantir que cada pessoa recebesse uma educação que maximizasse seu potencial
intelectual, pois nenhum indivíduo pode dominar completamente nem mesmo um único
corpo de conhecimentos, quanto mais toda a série de disciplinas e competências.
Logo, a Teoria das Inteligências Múltiplas não deve ser utilizada para ditar um curso de
estudos ou carreira, mas constitui uma base razoável para sugestões e escolhas de
matérias opcionais.
Há premência de se direcionar a aprendizagem para a compreensão ampla de idéias e
valores indispensáveis no momento atual e isso poderá ser obtido a partir de uma
metodologia baseada na interdisciplinaridade, na qual o professor seja um elemento
mediador do conhecimento, exercitando a pesquisa de novos saberes, em sintonia com as
necessidades dos tempos atuais; sem desconsiderar os variados potenciais de cada aluno.
Atenção
Atenção é o meio pelo qual se processa ativamente uma quantidade limitada de
informação a partir da enorme quantidade de informação disponível por meio dos sentidos,
da memória armazenada e de outros processos cognitivos. Ela inclui processos conscientes
e inconscientes. Os processos conscientes são relativamente fáceis de serem estudados
em muitos casos. Os processos inconscientes são mais difíceis de estudar porque
simplesmente não se tem consciência deles. Por exemplo, o indivíduo sempre tem
disponível em sua memória o lugar onde dormia quando tinha 10 anos, mas talvez não
consiga processar essa informação ativamente com muita frequência.
Da mesma forma, sempre terá disponível uma infinidade de informações sensoriais (por
exemplo: no próprio corpo e em sua visão periférica neste exato momento). Mas dá atenção
a apenas uma quantidade limitada de informação sensorial disponível em determinado
instante.

Além disso, têm-se pouca informação confiável sobre o que acontece quando se dorme
e, mais ainda, os conteúdos da atenção podem residir dentro ou fora da consciência.
Há muitas vantagens em se ter processos de atenção de algum tipo. Parece que há, pelo
menos, alguns limites para os nossos recursos mentais. Também há limites quanto ao
volume de informação na qual se podem concentrar aqueles recursos mentais em um
determinado momento. Os fenômenos psicológicos da atenção possibilitam o uso dos
recursos mentais limitados de maneira sensata. Ao diminuir a atenção sobre muitos
estímulos externos (sensações) e internos (pensamentos e lembranças), podemos focar
nos estímulos que mais nos interessam. Este foco acentuado aumenta a probabilidade de
resposta rápida e precisa aos estímulos que interessam. A atenção acentuada também abre
caminho para os processos de recordação. E mais provável que o indivíduo se recorde de
informações às quais prestou atenção do que aquelas que ignorou.
A consciência inclui tanto o sentimento de percepção consciente como o conteúdo da
consciência, parte da qual pode estar sob o foco da atenção. Assim sendo, a atenção e a
consciência formam dois conjuntos parcialmente sobrepostos. Em um dado momento, os
psicólogos acreditavam que a atenção fosse a mesma coisa que a consciência. Atualmente,
contudo, eles reconhecem que parte do processamento ativo da informação sensorial e da
informação lembrada ocorre sem consciência. Por exemplo, nessa altura da sua vida,
escrever o próprio nome não requer consciência. É possível escrevê-lo sem que você o faça
enquanto realiza conscientemente outras atividades, porém não o fará se estiver
completamente inconsciente. Em contrapartida, escrever um nome que nunca se viu antes
requer atenção para a sequência das letras.
Os benefícios da atenção são especialmente visíveis quando se referem aos processos
conscientes da atenção. Além do valor geral da atenção, a atenção consciente serve a três
propósitos ao desempenhar um papel causal na cognição.
1. Ajuda a monitorar as interações do indivíduo com o ambiente. Por meio desse
monitoramento, mantém-se a consciência de quão bem o indivíduo está se
adaptando à situação em que se encontra.
2. Ajuda as pessoas a estabelecerem uma relação com o passado (lembranças) e com
o presente (sensações) para dar um sentido de continuidade da experiência. Essa
continuidade pode até mesmo servir como base para a identidade pessoal.
3. A atenção ajuda no controle e no planejamento das ações futuras, que se faz com
base nas informações do monitoramento e das ligações entre as lembranças do
passado e as sensações do presente.
Processamento Pré-Consciente
Algumas informações que atualmente ficam fora da consciência ainda podem estar
disponíveis na consciência ou, pelo menos, nos processos cognitivos. As informações
disponíveis para o processamento cognitivo, mas que, atualmente, estão fora da
consciência, existem no nível pré-consciente da consciência. A informação pré-consciente
inclui recordações armazenadas que não estão sendo usadas em um determinado
momento, mas que podem ser acessadas quando necessário. Por exemplo, sempre que
estimulado, o indivíduo pode se lembrar de como é o próprio quarto; no entanto, não fica
pensando conscientemente a respeito do quarto (a menos, talvez, se estiver se sentindo
extremamente cansado). Da mesma forma, as sensações também podem ser trazidas da
pré-consciência para a consciência. Por exemplo, antes de ler esta sentença, o leitor pode
dizer se estava bastante consciente das sensações em seu pé direito? Provavelmente, não.
Entretanto, essas sensações estavam disponíveis.
Como é possível estudar coisas que, atualmente, estão fora da consciência? Os
psicólogos resolveram esse problema estudando um fenômeno conhecido como priming
(ativação).
O priming ocorre quando o reconhecimento de determinados estímulos é afetado pela
apresentação anterior dos mesmos estímulos. Suponha, por exemplo, que alguém esteja
lhe dizendo o quanto gosta de ver televisão desde que comprou uma antena parabólica. Ele
faz um discurso sobre as vantagens desse tipo de antena. Mais tarde, você ouve a palavra
antena e é provável que pense que se trata de uma parabólica e não de uma antena
comum de televisão. Isto é completamente diferente para outra pessoa que não tenha
ouvido a conversa sobre as antenas parabólicas. A maioria dos primings é positiva, uma vez
que a apresentação prévia dos estímulos facilita o reconhecimento. Entretanto, o priming,
às vezes, pode ser negativo e pode impedir o reconhecimento tardio. Às vezes, tem-se
consciência dos estímulos de priming, por exemplo, agora você já tem priming para ler
descrições de estudos sobre priming. Entretanto, o priming ocorre mesmo quando os
estímulos de priming são apresentados de maneira que não permitam sua entrada na
consciência. Nesse caso, é apresentado em uma intensidade tão baixa, em um ambiente
com excesso de "ruído" (por exemplo, quando muitos outros estímulos desviam a atenção
consciente sobre eles) ou então de forma rápida demais para serem registrados na
consciência.

Déficit de Atenção
Déficit de Atenção é um distúrbio que atinge crianças e adultos, caracterizado
primariamente pela falta de concentração em atividades rotineiras e pela impulsividade.
Pode se manifestar de duas formas: com ou sem hiperatividade. No primeiro caso,
chamamos de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), e no segundo, Transtorno de Déficit
de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Não são raras as vezes em que o portador de déficit de atenção, seja ele criança ou
adulto, é visto apenas como uma pessoa distraída, que vive com a cabeça “no mundo da
lua”, e não presta atenção à sua volta por mero descuido.
Apesar de o DDA apresentar essa característica da falta de foco e distração, suas
causas e, principalmente, suas consequências são bem mais graves.
Os quadros de Distúrbio do Déficit de Atenção são ocasionados por uma disfunção
neurológica, que afeta o funcionamento do córtex pré-frontal. Essa é a área do cérebro
responsável pela atenção, organização, controle de impulsos e capacidade de expressar
sentimentos, entre outras. Tal disfunção se dá, em parte, pela deficiência do
neurotransmissor Dopamina.
Em função disso, a pessoa com DDA encontra sérias dificuldades ao buscar de toda
maneira, a concentração necessária. Quando o indivíduo tenta excessivamente focar numa
tarefa, ao invés de aumentar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, piorando o quadro.
Por isso, o diagnóstico deve ser feito de forma precisa, para que o tratamento correto
seja iniciado o quanto antes. Esse diagnóstico é clínico, e deve ser obtido em consulta com
o neurologista ou psiquiatra. Os exames de imagem não são necessários, a menos que se
queira descartar a presença de outras patologias.
Diferença entre DDA e TDAH
A principal diferença entre Distúrbio de Déficit de Atenção e Transtorno do Déficit de
Atenção e Hiperatividade está na última palavra da sigla TDAH. Ambos, na verdade, são
transtornos neurobiológicos de origem genética, assim reconhecidos pela Organização
Mundial da Saúde – OMS.
O portador de TDAH apresenta desde a infância os sintomas de desatenção, inquietude
excessiva e impulsividade. Sintomas estes que o acompanharão por toda a vida. Já a
hiperatividade tende a melhorar com o avanço da idade.
Nos casos de DDA, todavia, a inquietude também aparece, assim como as outras
características, comuns aos dois casos. Porém, o grau de agitação é menor, e por isso é
excluída a hiperatividade.
Observa-se ainda que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nasce com o
indivíduo, e por isso é sempre mais observado em crianças. Já o DDA pode aparecer
apenas na idade adulta.
DDA em Crianças
O déficit de atenção em crianças, geralmente aparece acompanhado da hiperatividade, o
que faz com que seja percebido rapidamente, preocupando pais e familiares.
Nos pequenos, o TDAH costuma estar associado à dificuldade de vivência escolar, uma
vez que a agitação e desatenção atrapalham a compreensão do conteúdo e interferem no
relacionamento com os colegas e professores, e até mesmo com os pais.
Porém, há de se observar com cautela o comportamento da criança, para que a alta
carga de energia e as travessuras costumeiras da idade não sejam tachadas como
hiperatividade, resultando num diagnóstico incorreto e na ingestão desnecessária de
medicamentos.
Mas, sobretudo, também é preciso que a criança com TDAH não seja tida apenas como
“bagunceira”, “avoada” e “mimada”, negligenciando, assim, o tratamento correto que ela
necessita.

Linguagem
O que é linguagem?
❏ É o meio de adequação do indivíduo à sociedade.
❏ A linguagem como meio tradicional de comunicação é o instrumento de transmissão
de ideias.
Aquisição da linguagem
❏ A aquisição da linguagem é o processo pelo qual a criança aprende sua língua
materna.
O Inato e o Adquirido
❏ Nem o inato por si mesmo nem o adquirido explicam adequadamente todos os
aspectos da aquisição da linguagem.
❏ Várias observações de seres humanos sustentam a noção de que estamos
predispostos biologicamente a adquirir a linguagem.
❏ Chomsky (1965, 1972) propôs que os humanos têm um dispositivo de aquisição de
linguagem (DAL) que facilita a sua aquisição.
❏ Os humanos parecem ser biologicamente configurados para serem aptos à
aquisição da linguagem.
❏ O mecanismo de testagem de hipótese sugere uma interação de ambos os tipos de
fatores.
❏ As crianças adquirem a linguagem formando mentalmente hipóteses experimentais
com relação a ela (com base no inato) e depois testando essas hipóteses no
ambiente (com base no adquirido).
Estágios da Aquisição da Linguagem
❏ Arrulhamento - é a expressão oral dos bebês que explora a produção dos sons
vocálicos.
❏ Balbucio - é a produção preferencial do bebê em grande parte daqueles fonemas
distintos que são típicos de sua própria língua.
❏ Holófrases - o bebê usa essas expressões de palavras para transmitir intenções,
desejos e demandas.
❏ Fala Telegráfica - pode ser usada para descrever enunciados de duas ou três
palavras, ou mesmo algumas um pouco mais longas se contiverem omissão de
alguns morfemas de função.
Mecanismos Ambientais para Adquirir a Linguagem
❏ Imitação - as crianças fazem exatamente aquilo que vêem os outros fazerem. Imitam
padrão de linguagem de outros, sobretudo seus pais.
❏ Modelação - fala dirigida às crianças. Os adultos parecem fazer um esforço para
tornar a fala interessante e compreensível a bebês. (Manhês, ou língua da mãe)
❏ Condicionamento - as crianças ouvem elocuções e associam-nas a determinados
objetos e eventos em seu ambiente. Produzem elocuções e são recompensadas por
terem falado.
Desenvolvimento da Linguagem
❏ 0-6 meses
❏ Expressão - choro diferente para as necessidades sentidas;
Vocaliza vogais prolongadas; e
Mais tarde: inicia o balbucio CV (consoante vogal) (bababa, papapa…).
❏ Compreensão - reage a estímulos sonoros e ao seu nome.
❏ Sinais de Alerta - não reage a sons;
Não sorri; e
Não estabelece contato visual.
❏ 6-12 meses
❏ Expressão - usa maior variedade fonológica no balbucio;
Diz as primeiras palavras; e
Imita sons de animais.
❏ Compreensão - olha para os familiares quando nomeados;
Compreende expressões faciais e ordens simples; e
Compreende palavras que representam objetos.
❏ Sinais de Alerta - não produz sons;
Não reage ao seu nome; e
Não reage a sons.
❏ 12-18 meses
❏ Expressão - usa de 3 a 20 palavras; e
Repete palavras.
❏ Compreensão - compreende de 50 a 75 palavras; e
Identifica objetos comuns e partes do corpo (olhos, nariz, boca).
❏ Sinais de Alerta - não reage a estímulos; e
Não usa palavras isoladas.
❏ 18-24 meses
❏ Expressão - usa cerca de 50 palavras;
Combina duas palavras na frase;
Diz seu nome; e
Fala, na maior parte das vezes, ininteligível.
❏ Compreensão - compreende cerca de 300 palavras;
Compreende perguntas simples (“queres comer?”); e
Cumpre ordens com 2 comandos (“vai a cozinha e trás o biberão”).
❏ Sinais de Alerta - não compreende instruções simples; e
Vocabulário reduzido (de 4 a 6 palavras).
❏ 2-3 anos
❏ Expressão - usa cerca de 500 palavras;
Faz perguntas do tipo sim/não;
Começa a usar o passado;
Usa frases simples; e
Pode apresentar gaguez “natural”.
❏ Compreensão - compreende cerca de 900 palavras;
Compreende perguntas do tipo “quem?”, “qual?”, “onde?”; e
Compreende preposições “dentro”, “em cima”.
❏ Sinais de Alerta - não reage a estímulos;
Não usa palavras isoladas.
❏ 3-4 anos
❏ Expressão - usa cerca de 800 palavras;
Inicia conversações;
Faz muitas perguntas (“porquê?”);
Usa plurais; e
Pode articular os sons “s”, “z”, “j”, “ch” incorretamente.
❏ Compreensão - compreende cerca de 1200 palavras;
Compreende “manhã”, “tarde” e “noite”; e
Compreende conceitos espaciais: à “frente”, “atrás”, “por cima”, “por baixo”.
❏ Sinais de Alerta - utiliza discurso que ninguém compreende; e
Usa mais gestos do que palavras.
❏ 4-5 anos
❏ Expressão - usa cerca de 1700 palavras:
Inventa histórias;
Descreve acontecimentos passados;
Utiliza frases complexas;
Usa pronomes; e
Usa verbos e plurais irregulares inconsistentemente.
❏ Compreensão - compreende cerca de 2700 palavras;
Conhece opostos; e
Dá atenção e ouve histórias, conversações e filmes.
❏ Sinais de Alerta - não descreve acontecimentos;
Troca alguns sons; e
Não faz perguntas.
❏ 5-7 anos
❏ Expressão - vocabulário alargado;
Capacidade de sinonímia e antonímia; e
Melhor pronunciação de palavras.
❏ Compreensão - compreende a pergunta “o que acontece-se…(caires?)”
❏ Sinais de Alerta - utiliza frases agramaticais; e
Repete sílabas e palavras (gaguez).
❏ +7 anos
❏ Expressão - competências adequadas de escrita;
Mestria nas relações entre palavras; e
Fala adequada e correta.
❏ Compreensão - competências adequadas de leitura.
❏ Sinais de Alerta - não reconhece letras;
Não articula corretamente as palavras.
Aspectos Fundamentais da Linguagem
❏ Compreensão receptiva e decodificação do input da linguagem = compreensão
verbal - é a capacidade receptiva de compreender inputs linguísticos recebidos
escritos ou falados, como palavras, sentenças e parágrafos.
❏ Codificação expressiva e produção do output da linguagem = fluência verbal - é a
capacidade expressiva de emitir outputs linguísticos
Semântica: O Estudo da Significação
❏ Semântica é o estudo das significações das palavras, assim como de unidades
maiores da linguagem, tais como frases e orações.
❏ Como a linguagem transfere a significação por meio de palavras e morfemas.
❏ Trata principalmente das significações das palavras.

Sintaxe: O Estudo da Estrutura


❏ Forma de estudo da estrutura linguística.
❏ Meio sistemático pelo qual as palavras podem ser combinadas e encadeadas para
tornar significativas as frases e orações.
❏ Focaliza o estudo da gramática de frases e de orações.
❏ É uma parte da gramática que estuda as normas e a posição das palavras dentro de
um contexto.
❏ Analisar a sintaxe das palavras significa analisar o que as palavras expressam como
ideias e pensamentos.
❏ Essas palavras precisam estar de forma organizada em um contexto a fim de que
possamos entendê-las.
Funções da Linguagem
❏ A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação,
há linguagem.
❏ Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de
comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo).
❏ Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer
sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.

Tipos de Linguagem
❏ Verbal - a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.

❏ Não Verbal - utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Ex:
linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura,
a expressão facial, um gesto, etc.
❏ Fala - uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da
liberdade de expressão e compreensão. (Nível coloquial-popular / Nível formal-culto)
❏ Língua - conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras
gramaticais.

Tomada de Decisão e Raciocínio

1. Quais são algumas das estratégias que orientam a tomada de decisões pelos seres
humanos?
2. Quais são algumas das formas de raciocínio dedutivo que as pessoas podem usar e
que fatores auxiliam ou impedem o raciocínio dedutivo?
3. Como as pessoas utilizam o raciocínio indutivo para fazer inferências causais e
chegar a outros tipos de conclusões?
4. Existem outras visões alternativas do raciocínio?

“Não é necessário fazer muita força para fazer coisas, mas sim para decidir o que fazer.”
Herbert Hubbard.
Fases Psicológicas do Processo Decisório
Dissonância Cognitiva - cognições contraditórias entre si, servem como estímulos para
que a mente obtenha ou produza novos pensamentos ou crenças, ou modifique crenças
pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições.
Fase Predecisional - em tal fase, de acordo com a teoria da dissonância cognitiva, a
pessoa considera objetivamente os prós e os contras das alternativas e as avalia
cuidadosamente. O fato de ainda não termos nos decidido faz com que encaremos com
objetividade as informações relativas.
Fase de Tomada de Decisão Propriamente Dita - esta é a segunda fase do processo
decisório de acordo com a teoria de Festinger, é quando nos sentimos em condições para
decidir, isto é, quando já tivéssemos coletado informações suficientes para que possamos
optar / escolher / decidir, e tomar a decisão em si.
Fase Pós-Decisória - a terceira e última fase psicológica deste processo, na qual as
avaliações dos prós e contras das alternativas consideradas deixam de ser racionais e
objetivas e passam a ser emocionais e tendenciosas no sentido de justificar a alternativa
escolhida; segundo a teoria da dissonância cognitiva, após a decisão sentimos necessidade
de reduzir a dissonância (conflito) criada pelo fato de existirem aspectos positivos nas
alternativas rejeitadas e aspectos negativos na alternativa escolhida.
Situação de Conflito - o processo decisório é, via de regra, um processo penoso, pois é
precedido por uma situação de conflito a qual, ao ser tomada decisão, não se extingue
totalmente de vez que existem aspectos positivos nas alternativas rejeitadas e negativos na
escolhida. Daí a experiência de um inevitável estado de dissonância cognitiva e a
consequente necessidade de eliminá-lo ou, se isto não for possível, pelo menos reduzi-lo.
Somente no caso de uma decisão entre duas alternativas em que uma delas possua
apenas aspectos positivos e, a outra, somente aspectos negativos, é que uma decisão não
seria de dissonância cognitiva. Tal circunstância, todavia, é quase impossível de ocorrer na
realidade. O que torna o processo decisório penoso é, exatamente, o fato de a realidade,
via de regra, não nos apresentar uma situação decisória como esta.
Conflito Predecisional - quanto maior o conflito predecisional, maior a motivação a reduzir
a dissonância após a decisão. Kurt Lewin classificou os conflitos em três tipos:
❏ Aproximação-aproximação - ocorre quando nos confrontamos com duas alternativas
atraentes e temos que optar por uma delas (opções de emprego). Esse tipo de
conflito é fácil de ser resolvido e a dissonância que ele segue é fácil de ser eliminada
ou reduzida.
❏ Aproximação-afastamento - as alternativas possuem aspectos positivos e negativos
simultaneamente (quando desejamos algo, mas é caro).
❏ Afastamento-afastamento - ocorre quando temos que decidir entre duas alternativas
desagradáveis (aturar um chefe desagradável ou perder o emprego). Nesse caso, a
dissonância provocada pela decisão é intensa e sua redução, difícil.
Decisão Individual e Decisão em Grupo
Vários estudos demonstraram que as decisões grupais, são via de regra, mais arriscadas
que as decisões individuais. Algumas explicações apresentadas para isso são:
❏ Em grupo a responsabilidade pela decisão é dividida, tornando-se fácil para cada
membro sentir-se menos responsável pela decisão. Se a mesma se mostra
equivocada, cada um dos membros se defende atribuindo ao grupo, e não a si
individualmente, a responsabilidade pelo erro.
❏ As decisões grupais são mais ousadas do que as individuais, assim prevalece entre
nós uma norma de valorização do risco e da audácia. Num grupo é mais fácil
obter-se apoio social para essa norma e daí a maior frequência de decisões grupais
arriscadas.
Irving Janis, psicólogo social americano, analisou várias decisões históricas mal
sucedidas e tomadas por grupos de pessoas qualificadas, inteligentes, experientes e,
portanto, capazes de decisões mais acertadas. Em todos os casos analisados por Janis, as
decisões equivocadas foram tomadas por grupos cujos membros, ao invés de atentarem
para as evidências que as várias situações lhes apresentavam, preferiram uma atmosfera
falsa, autor-reforçadora, que lhes satisfaziam o ego, às custas de total desprezo pelos
dados da realidade. Janis define groupthink.
Groupthink - deterioração da eficiência mental, do teste de realidade e do julgamento
moral que decorre de pressões originadas no grupo. Deterioração da capacidade do
pensamento individual a fim de manter a coesão. Em sua análise dos grandes fiascos
históricos decorrentes de decisões grupais equivocadas, Janis salienta seis características
comuns:
I. O grupo limita sua decisão a umas poucas alternativas, sem se preocupar com a
consideração de todo o espectro possível de alternativas variáveis;
II. O grupo se nega a reavaliar o curso de ação originalmente tomado pela maioria de
seus membros;
III. O grupo negligência alternativas inicialmente avaliadas como insatisfatórias pela
maioria, dedicando pouco ou nenhum tempo à consideração de possíveis formas de
corrigir eventuais falhas das alternativas desprezadas;
IV. Os membros do grupo não se preocupam em obter informações de pessoas
competentes que não pertencem ao grupo, numa supervalorização da capacidade
de seus membros e desprezo pelas contribuições de pessoas que não pertencem ao
grupo;
V. Tendenciosidade seletiva, isto é, viés na percepção de informações contrária ao
curso de ação preferido do grupo;
VI. Os membros do grupo dedicam pouco tempo à consideração de fatores, tais como
inércia burocrática e possível sabotagem na execução do plano decidido, deixando
assim de tomar precauções para enfrentar tais eventualidades.
As recomendações de Janis para que um grupo evite tomar decisões equivocadas são
as seguintes:
I. Fazer com que o grupo se dê conta do que seja um groupthink;
II. Ser imparcial; não endossar precipitadamente nenhuma posição;
III. Solicitas a todos que façam avaliações críticas; encorajar dúvidas;
IV. Atribuir a um dos membros o papel de “advogado do diabo”;
V. Formar subgrupos que se reúnam separadamente e discutam livremente as
alternativas possíveis;
VI. Depois de uma decisão preliminar, solicitar os pontos de vista discordantes numa
reunião posterior;
VII. Convidar peritos que não pertencem ao grupo para avaliar a decisão;
VIII. Encorajar os membros do grupo a partilharem com outras pessoas de confiança e
obter feedback.
Quando esses cuidados são tomados, as decisões são mais demoradas, mas têm
maiores probabilidades de êxito.
Resolução de Problemas e Criatividade

Na inteligência é necessário um pensamento convergente (pois a inteligência depende


da capacidade de raciocinar para chegar a soluções e resolver problemas).
Na criatividade é necessário um pensamento divergente já que se trata de uma atividade
mental inovadora e original da qual resulta várias soluções aceitáveis para um determinado
problema.
Existe alguma correlação entre inteligência e criatividade.

Resolução de Problemas
Problema, na psicologia cognitiva, significa qualquer questão ou situação, seja no âmbito
teórico ou prático, que apresente dificuldades ou dúvidas acerca do seu conteúdo. Partindo
desse conceito, tenta-se desvendar quais os meios para, de alguma forma, solucionar o
problema mais eficientemente, mediante ao uso de processos mentais atrelados,
principalmente, à criatividade e ao raciocínio. Porém, antes de dissertar sobre os
procedimentos ou regras que auxiliam na solução de problemas, é necessário separar em
duas categorias principais os problemas que aparecerem.
Os problemas podem ser divididos, fundamentalmente em:
❏ Bem definidos -os que são bem definidos são aqueles que possuem uma solução
mais fácil de ser encontrada ou então óbvia, de forma que os caminhos e
possibilidades existentes apresentam obstáculos mais fáceis de serem
ultrapassados.
❏ Mal definidos - já um problema mal definido é aquele que possui uma solução mais
oculta e mais complicado de ser achada, além de apresentar vias e caminhos de
resolução mais complexos.
Os problemas principais, bem definidos ou não, podem possuir subproblemas bem
definidos ou mal definidos, e é de suma importância resolvê-los, pois eles podem ser
fundamentais para a supressão do problema principal.
Os pesquisadores da psicologia cognitiva têm um método de resolução de problemas
chamado “Ciclo de Resolução de Problemas” e ele se caracteriza por conter etapas
específicas que irão avançar nesse caminho. Entretanto, vale ressaltar que as pessoas,
quando vão passar por essas etapas, mesmo que inconscientemente, não seguem uma
ordem padrão específica, podendo até pular certas partes, dependendo da problemática e
da própria pessoa.
Factores que podem Influenciar a Resolução de Problemas
❏ Aprendizagem passada - o que já sabemos, experiências positivas ou negativas.
❏ Transferência positiva - quando a experiência anterior aumenta a habilidade do
indivíduo em resolver problemas. O indivíduo adquiriu uma atitude para aprender, ou
seja, “aprendeu a aprender”.
❏ Transferência negativa - quando a experiência anterior retarda a nova aprendizagem
e a resolução de problemas. O indivíduo dá respostas estereotipadas e mecânicas
impedindo uma solução eficiente do problema. Estamos habituados a utilizar os
objectos para dados fins e não vemos a sua utilidade para outros.
Principais Estratégias Cognitivas de Resolução
Ciclo de Resolução de Problemas
1. Identificação do Problema - Pode até parecer simples, porém, um equívoco nesse
sentido porque compromete todas as etapas posteriores, pois sem a identificação
correta da origem do problema, seria impossível achar alguma solução eficiente e
portanto todo o processo ficaria confuso.
2. Definição e Representação do Problema - depois da Identificação, é necessária a
definição e representação do problema para entendermos como resolvê-lo. Esta
etapa é considerada muito importante no processo de resolução de problemas.
3. Construção de Estratégias - a terceira etapa exige que todas as informações
disponíveis acerca do problema sejam reunidas e organizadas, pois apenas assim
será possível compreender sistematicamente as características que compõem o
mesmo. Nesta etapa, realiza-se o planejamento de estratégias de resolução do
problema.
❏ Análise e Síntese
❏ Pensamento Convergente e Divergente
A estratégia ótima depende tanto do problema, como das preferências pessoais do
solucionador de problemas em relação aos métodos de resolução.
4. Organização da Informação - aloca-se e utiliza-se os recursos internos e externos
adequados para a resolução do problema. Agora, o enfoque não é mais tanto na
compreensão do problema, mas sim na solução, ou seja, é o início do seu processo.
Nesta etapa se organiza estrategicamente a informação, encontrando uma
representação que seja a mais adequada para executar sua estratégia.
5. Alocação de Recursos - ocorre simultaneamente com a quarta etapa, pois agora
cria-se estratégias para enfrentar o problema, no entanto, serão criadas de acordo
com a alocação de recursos que o sujeito está realizando. Desse modo, essa etapa
não depende apenas dos meios disponíveis, mas também das próprias maneiras
específicas a partir das quais o sujeito pode utilizar esses meios, dependendo de
sua própria criatividade subjetiva. Quais são as estratégias para alocar recursos
mentais? Quais as etapas do ciclo de resolução de problemas que necessitam de
maior tempo e dedicação?
❏ Principiantes x especialistas.
6. Monitoração - a sexta etapa é o monitoramento do progresso. Iniciado e
desenvolvido o processo de solução, com a alocação de recursos e estratégias para
utilizar os mesmos, agora cabe ao indivíduo observar atentamente se todas as
etapas anteriores estão apresentando algum tipo de progresso, pois caso não, há a
necessidade de fazer outras abordagens acerca de todo o processo precedente.
7. Avaliação - na sétima e última etapa, após observado que os meios estão
apresentando progresso com relação a resolução do problema, já com ela mais
clara e evidente, o indivíduo deve averiguar se ele realmente está se utilizando dos
modos mais eficientes e precisos para se defrontar com o problema. Caso haja, os
meios já utilizados podem ser complementados por outros meios, julgados como
mais eficientes, ou aspectos dos já utilizados podem ser abandonados e substituídos
pelos novos, de forma que haja um equilíbrio e não gere consequências negativas
graves. A avaliação conduz todo o processo de resolução. Esta etapa ocorre muitas
vezes dentro do ciclo de resolução de problemas e pode levar a redefinição dos
processos.
Insight
O insight é uma compreensão nítida e, às vezes, aparentemente súbita de um problema
ou de uma estratégia que ajuda a resolvê-lo. Com frequência envolve reconceituação do
problema ou das estratégias para obter um modo novo de solução.
O insight, como um fenômeno cognitivo e dentro dessa corrente, ocorre nas pessoas de
forma repentina ou súbita como resposta a uma dada situação.
Experiências de Insight - processo especial envolvendo uma súbita reestruturação
mental. Uma compreensão que pode envolver os processos cognitivos normais que
ocorrem crescentemente
Perspectivas Psicológicas Sobre o Insight
Primeiras concepções Gestálticas:
❏ Percepção do problema como um todo.
❏ Meios pelos quais ocorrem os Insights:
❏ Amplos saltos inscientes no pensamento;
❏ Processamento mental muito acelerado;
❏ Algum tipo de curto circuito de processos normais de raciocínio
Concepções Nada-de-Especial
❏ O Insight é uma extensão da percepção, do reconhecimento, e da aprendizagem e
da concepção normais.
❏ Os psicólogos gestálticos não conseguiram definir o Insight porque não existe este
processo especial.
❏ Insights são produtos significativos de processos comuns de pensamento.
A Concepção dos três Processos
❏ Três tipos de insight envolvendo processos diferentes:
❏ Codificação Seletiva - distinção de informações relevantes e irrelevantes.
Processo de filtragem de informação.
❏ Comparação Seletiva - percepção inédita - uso criativo de analogias.
❏ Combinação seletiva - seleção de fragmentos codificados e comparados da
informação relevante, combinando estas informações de forma inédita e
produtiva.
Brainstorm
Significa “Tempestade Mental”. É chamada assim porque todas as ideias e opções são
consideradas, sem nenhum tipo de julgamento ou avaliação parcial prévia. Apenas após se
considerar todas as ideias é que o indivíduo ou os indivíduos devem analisá-las para então
escolher a melhor ou as melhores com relação ao problema e todas as suas implicações.
Ou seja, as ideias, inicialmente, são consideradas sem exclusão nenhuma, apenas no
período de análise da eficácia das ideias é que as mesmas são selecionadas ou
rechaçadas, dependendo de quais forem.
Tentativa e Erro
Caracterizada por testar, aleatoriamente, vários meios e soluções até achar a melhor e
mais eficaz; é por isso que é denominada como “Tentativa e Erro”, ou seja, os meios serão
testados, apresentando margens de ineficácia, até a elucidação do mais significativo.
Testar Hipóteses
Criar uma hipótese alicerçada na origem do problema e testá-la, de forma que
compreenda se a mesma é eficiente ou não.
Analogia
Consiste na comparação dos meios e do problema atual com meios e problemas
semelhantes, mesmo que diferentes, de preferência que já foram resolvidos.
Heurística
Estratégias:
❏ Funcionar para frente;
❏ Funcionar para trás;
❏ Análise de meios e fins;
❏ Gerar - testar;
❏ Procurar excepções, contradições etc. nas premissas;
❏ Considerar o contrário;
❏ Etc.
Criatividade

Processo de produzir algumas coisas que são


ao mesmo tempo originais e de valor.
Capacidade distinta de solução de problemas
que permite às pessoas terem ideias e
produtos originais que são úteis e
desenvolvidos.
Tanto quanto se sabe o treino de criatividade
pode aumentar a originalidade e as habilidades
de pensamento divergente.
❏ Na Escola - exercícios - que treinam os
alunos na resolução de problemas e onde são
dadas várias soluções para o mesmo
problema, fazer pesquisa, composições, etc.
❏ Na Empresa - os indivíduos são
convidados a produzir ideias sobre
determinado assunto - como aumentar a
produtividade? Como obter maior satisfação no
trabalho? etc..).

Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.

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