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Anita Almeida Damke 2º PERÍODO DE MEDICNA

Apg 7
04/03/2024

Sistema nervoso autônomo e Sistema Límbico


Objetivos:
1. Compreender a morfofisiológica do sistema nervoso autônomo (simpático, parassimpático)
2. Compreender a morfofiologica do sistema límbico.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

↠ É o sistema nervoso autônomo (SNA) que propicia um controle distinto refinado das funções de muitos órgãos e
tecidos, como o miocárdio, músculo liso e glândulas exócrinas

↠ A maioria das atividades do sistema autônomo não chega à consciência

↠ Realmente, como diz o próprio termo autônomo (auto=próprio; nom=governar), esta subdivisão motora do sistema
nervoso periférico possui uma certa independência funcional. O SNA recebe também a denominação de sistema nervoso
involuntário, o que reflete seu controle inconsciente, ou sistema motor visceral geral, indicando a localização da maioria
de seus efetores

↠ O sistema nervoso visceral é responsável pela inervação das estruturas viscerais e é muito importante para a integração
da atividade das vísceras, no sentido da manutenção da constância do meio interno (homeostase)

↠ Assim como no sistema nervoso somático, distinguese no sistema nervoso visceral uma parte aferente e outra eferente.
O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras (visceroceptores) a áreas
especificas do sistema nervoso central. O componente eferente traz impulsos de alguns centros nervosos até as estruturas
viscerais. terminando, pois, em glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco, e é chamado de sistema nervoso
autônomo.

NEURÔNIOS SENSITIVOS AUTÔNOMOS


↠ A principal aferência para o SNA é fornecida pelos neurônios sensitivos autônomos (viscerais). Eles estão associados
principalmente com interoceptores, receptores sensitivos localizados nos vasos sanguíneos, órgãos viscerais, músculos, e
sistema nervoso que monitoram as condições do ambiente interno.

↠ Os neurônios motores autônomos regulam as funções viscerais por meio do aumento (excitação) ou da diminuição
(inibição) das atividades executadas pelos tecidos efetores – músculos lisos, músculo cardíaco e glândulas.

COMPARAÇÃO ENTRE OS NEURÔNIOS MOTORES SOMÁTICOS E AUTÔNOMOS


↠ O axônio de um neurônio motor somático mielinizado se estende da parte central do sistema nervoso (SNC) até as
fibras musculares de uma unidade motora. Por outro lado, a maioria das vias motoras autônomas é formada por dois
neurônios motores em série, ou seja, um após o outro.

↠ O primeiro neurônio (neurônio pré-ganglionar) tem seu corpo celular no SNC; seu axônio mielinizado se APG 07 – “A
FUGA E O MEDO” projeta do SNC até um gânglio autônomo. (Lembre-se de que gânglio é um agrupamento de corpos
celulares no SNP.)
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↠ O corpo celular do segundo neurônio (neurônio pósganglionar) está localizado no mesmo gânglio autônomo; seu
axônio não mielinizado se estende diretamente do gânglio até o órgão efetor (músculo liso, músculo cardíaco, ou glândula

↠ Axônios pré-ganglionares são finos e pouco mielinizados; os axônios pós-ganglionares são muito mais finos e
amielínicos. Consequentemente, a condução ao longo da cadeia eferente autônoma é muito mais lenta do que a condução
no sistema motor somático.

↠ Todos os neurônios motores somáticos liberam apenas a acetilcolina (ACh) como seu neurotransmissor, enquanto os
neurônios motores autônomos podem liberar ACh ou norepinefrina.

DIFERENÇAS ANATÔMICAS

• Posição dos neurônios pré-ganglionares: no sistema nervoso simpático, os neurônios préganglionares localizam-se na
medula torácica e lombar (entre TI e L2). Diz-se, pois, que o sistema nervoso simpático é toracolombar. No sistema
nervoso parassimpático, eles se localizam no tronco encefálico (portanto, dentro do crânio) e na medula sacral (S2, S3,
S4). Dizse que o sistema nervoso parassimpático é craniossacral
• Posição dos neurônios pós-ganglionares: no sistema nervoso simpático, os neurônios pósganglionares, ou seja, os
gânglios, localizam-se longe das vísceras e próximos da coluna vertebral. Formam os gânglios paravertebrais e pré-
vertebrais. No sistema nervoso parassimpático, os neurônios pós-ganglionares localizam-se próximos ou dentro das
vísceras
• Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares: em consequência da posição dos gânglios, o tamanho das fibras pré e pós-
ganglionares é diferente nos dois sistemas. Assim, no sistema nervoso simpático, a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-
ganglionar é longa. Já no sistema nervoso parassimpático, temos o contrário: a fibra pré-ganglionar é longa, a pós-
ganglionar, curta.
• Ultraestrutura da fibra pós-ganglionar: sabe-se que as fibras pós-ganglionares contêm vesículas sinápticas de dois tipos:
granulares e agranulares, podendo as primeiras ser grandes ou pequenas. A presença de vesículas granulares pequenas é
uma característica exclusiva das fibras pósganglionares simpáticas, o que permite separá-las das parassimpáticas, nas
quais predominam as vesículas agranulares. No sistema nervoso periférico, as vesículas granulares pequenas contêm
noradrenalina, e a maioria das vesículas agranulares contém acetilcolina.
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DIFERENÇAS ENTRE O SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO E O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO


Os impulsos do SNS terminam em músculo estriado esquelético;

- Os impulsos do SNA terminam em músculo estriado cardíaco, músculo liso ou glândula;

- SNS é voluntário;

- SNA é involuntário;

- No SNS, apenas um neurônio liga o SNC ao órgão efetor (neurônio motor somático);

- No SNA, há dois neurônios unindo o SNC ao órgão efetor: Um deles tem o corpo dentro do sistema nervoso central
(medula ou tronco encefálico), o outro tem seu corpo localizado no sistema nervoso periférico (gânglios).

SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO


Sua função principal é mobilizar o corpo para a atividade;

- Situação estressante → Momento de “luta ou fuga” → Aumento da PA e do fluxo sanguíneo para os músculos ativados,
aumento do metabolismo, aumento da glicemia, da atividade mental e do grau de alerta;
- Fora desse estado, o SNAS atua continuamente na função de muitos órgãos;
- Os neurônios pré-ganglionares originam-se os segmentos torácico lombar da medula espinhal;
- Os gânglios simpáticos localizam-se próximo a medula espinha, formando a cadeia simpática (gânglios para ou pré
vertebrais);
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• Cervical superior, celíaco, mesentérico superior e inferior.
• Medula suprarrenal → Gânglio simpático especializado,

- Todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos;


- Todos os pós-ganglionares são adrenérgicos, exceto nas glândulas sudoríparas;
- Receptores dos órgãos que são inervados pelos adrenérgicos: alfa 1, alfa2, beta 1 ou beta 2;
- Receptores das glândulas sudoríparas: colinorreceptores muscarínicos.

MEDULA SUPRARRENAL:

- Gânglio Especializado no sistema nervoso simpático;


- O corpo dos neurônio pré ficam na medula espinhal torácica → Seus axônios trafegam pelo nervo esplâncnico até a
medula suprarrenal → Sinapses com as células cromafins → Liberam ACh;
- Quando ativadas, essas células liberam catecolaminas na circulação;
- Diferentemente dos outros neurônios pós, os da medula suprarrenal liberam principalmente epinefrina, pois possuem a
enzima PNMT (essa conversão também necessita de cortisol, vindo do córtex da suprarrenal);

• No feocromocitoma, ele libera norepinefrina, pois, como está distante do córtex, não recebe o cortisol.

RESPOSTA DE LUTA OU FUGA:


- Medo, estresse e exercício intenso → O corpo responde com ação intensa e coordenada do sistema nervoso simpático e
da medula suprarrenal;

- Aumenta a frequência cardíaca, o débito cardíaco e a pressão sanguínea; redistribui o fluxo sanguíneo da pele, dos rins

SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO


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- Função geral restauradora, de conservação de energia;
- Corpo celular dos neurônios pré → Tronco encefálico e medula espinhal sacra;
- Divisão craniossacra;
- Os gânglios (diferente do simpático), lozalizam-se nos órgãos efetores: próximos a eles ou sobre eles;
- Comprimento dos pré grande e dos pós curto;
- Todos os neurônios pré são colinérgicos;
- A maioria dos neurônios pós também são colinérgicos;
- Os receptores de ACh nos órgãos efetores são MUSCARÍNICOS, não nicotínicos:
• ACh liberada por neurônios pré-ganglionares da divisão parassimpática ativa receptores nicotínicos, enquanto a ACh
liberada por neurônios pós- ganglionares da divisão parassimpática ativa receptores muscarínicos. e das regiões
esplâncnicas para a musculatura esquelética; aumenta a ventilação, dilatando as vias aéreas; diminui motilidade e
secreções gastrointestinais; e eleva a concentração de glicose no sangue.
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SISTEMA LÍMBICO

- As emoções estão relacionadas com áreas específicas do cérebro que, em conjunto, constituem o sistema límbico;
- Também está relacionado a processos motivacionais primários (estados de necessidade ou de desejo essenciais à
sobrevivência da espécie, como fome, sede e sexo);
- O sistema límbico pode ser conceituado como um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas
morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e a memória.

➔ O termo límbico refere-se a uma borda ou margem


➔ Pesquisas atuais mostraram que o sistema límbico está envolvido com muitas outras estruturas além da zona de
fronteira no controle das emoções, do comportamento e dos impulsos; também é importante na memória.
◆ Também está relacionado a processos motivacionais primários (estados de necessidade ou de desejo essenciais à
sobrevivência da espécie, como fome, sede e sexo);
➔ Ele é dividido em dois grupos: um componente cortical e um subcortical.
◆ Cortical: chamado de lobo límbico
● É constituído pelo neocórtex, pelo córtex orbitofrontal, hipocampo, córtex insular, e os giros (circunvoluções) do
cíngulo, subcaloso e parahipocampal.
◆ Subcortical: Inclui a amígdala, o bulbo olfatório, o núcleo septal, o hipotálamo e os núcleos anterior e dorsomedial do
tálamo
Córtex Cingular Anterior:
➔ Apenas a parte anterior do giro do cíngulo relaciona-se com o processamento das emoções (principalmente tristeza)
➔ Área mais delgada em pacientes com depressão severa

ESTRUTURAS RELACIONADAS COM O SISTEMA LIMBICO


CÓRTEX INSULAR ANTERIOR:
➔ Empatia (capacidade de se identificar com outras pessoas e perceber e se sensibilizar com seu estado emocional).
➔ Conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros;
➔ Sensação de nojo na presença ou simplesmente com imagens de fezes, vômitos, situações nojentas; ➔ Percepção dos
componentes subjetivos das emoções.
CÓRTEX PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL:
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➔ Única área do córtex pré-frontal está envolvida no processamento das emoções.
HIPOTÁLAMO:
➔ Dentre inúmeras funções, uma delas é a regulação dos processos emocionais;
➔ Coordenador das manifestações periféricas das emoções, através de suas conexões com o sistema nervoso autônomo.
➔ A lesão do núcleo ventromedial do gato torna o animal extremamente agressivo e perigoso;
ÁREA SEPTAL:
➔ Situada abaixo do rostro do corpo caloso;
➔ Grupos de neurônios conhecidos como núcleos septais;
➔ Conexões extremamente amplas e complexas, com projeções para várias outras regiões límbicas;
➔ Faz parte do sistema mesolímbico ou sistema de recompensa do cérebro.
➔ A área septal é um dos centros de prazer no cérebro e sua estimulação provoca euforia.
◆ A destruição da área septal resulta em reação anormal aos estímulos sexuais e à raiva.
NÚCLEO ACCUMBENS:
➔ Situado entre a cabeça do núcleo caudado e o putamen;
➔ Recebe aferências dopaminérgicas do mesencéfalo e projeta eferências para a área pré-frontal;
➔ É o mais importante componente do sistema mesolímbico.
➔ Recebe aferências dopaminérgicas principalmente da área tegmentar ventral do mesencéfalo, e projeta eferências para
a parte orbitofrontal da área pré-frontal
HABÊNULA:
➔ Situada no trígono das habênulas, no epitálamo, abaixo e lateralmente à pine, com conexões muito complexas;
➔ Ação inibitória sobre os neurônios dopaminérgicos do sistema mesolímbico, e também sobre o sistema
serotoninérgico;
➔ Fisiopatologia dos transtornos de humor, como a depressão: Casos graves de depressão, resistentes a medicamentos,
já foram tratados com sucesso pela técnica de estimulação elétrica de alta frequência na habênula.
➔ O sistema mesolímbico é ativado pela recompensa e a habênula pela não recompensa (frustração)
. AMÍGDALA:
➔ Chamada de corpo amigdalóide;
➔ Componente mais importante do sistema límbico.
➔ ESTRUTURA E CONEXÕES:
◆ Possui 12 núcleos (complexo amigdalóide) divididos em 3 grupos:
● Corticomedial: recebe aferência olfatória, envolvido com comportamentos sexuais;
● Basolateral: recebe a maioria das conexões aferentes;
● Central: dá origem às conexões eferentes.
◆ É a estrutura subcortical com maior número de projeções do sistema nervoso;
◆ Conexões eferentes:
● Via amigdalofuga dorsal → núcleos septais, núcleo accumbens, núcleos hipotalâmicos, habênula;
● Via amigalofuga ventral → áreas corticais, talâmicas e hipotalâmicas de origem das fibras aferentes;
◆ Grande diversidade de neurotransmissores (acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P...)
◆ É a principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional.
➔ FUNÇÕES:
◆ - Estimulação dos núcleos do grupo basolateral → Medo e fuga;
◆ - Estimulação dos núcleos do grupo corticomedial → Reação defensiva e agressiva;
◆ - Local de maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC (lesão provoca
hipersexualidade);
◆ - A principal e mais conhecida função é o PROCESSAMENTO DO MEDO:
● - Lesões bilaterais da amígdala → não sentem medo;
● - O medo é uma reação de alarme diante de um perigo;
● - Ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina
● (Síndrome de Emergência de Cannon) → Prepara o organismo para uma situação de perigo na qual ele deve ou fugir ou
enfrentá-lo.
◆ - Informação visual → Tálamo → Áreas visuais primárias e secundárias
→ Pode ir por duas vias:
● Via direta: amígdala basolateral → central → alarme →simpático.
● Via indireta: córtex pré-frontal → amígdala
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 - Mais lenta, mas permite que o córtex analise as informações recebidas e seu contexto

Estudos de neuroimagem funcional demonstraram que a amígdala está envolvida também no


reconhecimento de faces que expressam emoções como alegria.

CIRCUITO DE PAPEZ

Formação hipocampal → fórnice → corpos mamilares → trato mamilotalâmico → núcleo talâmico anterior → cíngulo →
córtex entorrinal → formação hipocampal.
Mecanismo proposto por James Papez para explicar as emoções.
Paul D. MacLean propôs que o hipocampo estava mais relacionado com a formação da MEMÓRIA;
1952 → Conceito do Sistema Límbico (amígdala como área principal + Área septal + Circuito de Papez)

Formação hipocampal → fórnice → corpos mamilares → trato mamilotalâmico → núcleo talâmico anterior →cíngulo → córtex
entorrinal → formação hipocampal.
 Mecanismo proposto por James Papez para explicar as emoções.
 Paul D. MacLean propôs que o hipocampo estava mais relacionado com a formação da MEMÓRIA;
 1952 → Conceito do Sistema Límbico (amígdala como área principal + Área septal + Circuito de Papez)
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CÓRTEX CINGULAR ANTERIOR:


- Apenas a parte anterior do giro do cíngulo relaciona-se com o processamento das emoções (principalmente tristeza)
- Domesticação em carnívoros selvagens / Tratamento de psicóticos agressivos;
- Área mais delgada em pacientes com depressão severa.
CÓRTEX INSULAR ANTERIOR:
- Empatia (capacidade de se identificar com outras pessoas e perceber e se sensibilizar com seu estado emocional);
- Conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros;
- Sensação de nojo na presença ou simplesmente com imagens de fezes, vômitos, situações nojentas;
- Percepção dos componentes subjetivos das emoções.
CÓRTEX PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL:
- Somente a área orbitofrontal do córtex pré-frontal está envolvida no processamento das emoções.
HIPOTÁLAMO:
- Dentre inúmeras funções, uma delas é a regulação dos processos emocionais;
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- A lesão do núcleo ventromedial do gato torna o animal extremamente agressivo e perigoso;
- Coordenador das manifestações periféricas das emoções, através de suas conexões com o sistema nervoso autônomo.
ÁREA SEPTAL:
- Situada abaixo do rostro do corpo caloso;
- Grupos de neurônios conhecidos como núcleos septais;
- Conexões extremamente amplas e complexas, com projeções para várias outras regiões límbicas;
- Faz parte do sistema mesolímbico ou sistema de recompensa do cérebro.
NÚCLEO ACCUMBENS:
- Situado entre a cabeça do núcleo caudado e o putamen;
- Recebe aferências dopaminérgicas do mesencéfalo e projeta eferências para a área pré-frontal;
- É o mais importante componente do sistema mesolímbico.
HABÊNULA:
- Situada no trígono das habênulas, no epitálamo, abaixo e lateralmente à pine, com conexões muito complexas;
- Ação inibitória sobre os neurônios dopaminérgicos do sistema mesolímbico, e também sobre o sistema serotoninérgico;
- Fisiopatologia dos transtornos de humor, como a depressão: Casos graves de depressão, resistentes a medicamentos, já
foram tratados com sucesso pela técnica de estimulação elétrica de alta frequência na habênula.
- O sistema mesolímbico é ativado pela recompensa e a habênula pela não recompensa (frustração).

HIPOCAMPO:
- O hipocampo, através do córtex entorrinal, recebe aferências de grande número de áreas neocorticais e através do fómix
projeta-se aos corpos mamilares do hipotálamo.
- Recebe também fibras da amígdala, que reforçam a memória de eventos associados a situações
emocionais.

- O grau de consolidação da memória pelo hipocampo é modulado pelas aferências que ele recebe da amígdala. Esta
consolidação é maior quando a informação a ser memorizada está associada a um episódio de grande impacto emocional,
que pode ser uma emoção positiva, como a vitória de seu time, ou negativa como a morte de um parente.
- Memórias a longo prazo não são armazenadas pelo hipocampo.
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HIPOCAMPO:
- Ele recebe informações de diversas áreas neocorticais através do fórnice e corpos mamilares;
- A amígdala também se relaciona com o hipocampo, quando se trata de memória de eventos emocionais;
- O núcleo accumbens também se projeta para o hipocampo, quando se trata de memória de eventos de prazer.
- Memória declarativa a curto prazo;
- Consolidação da memória;
- Memória espacial (topográfica) – localização no espaço.
- Na doença de Alzheimer, há grave comprometimento do hipocampo, o paciente perde completamente a orientação e não
consegue se dirigir de uma cadeira para a cama (na fase final),
- Regulação comportamental:
- Determina o comportamento em um encontro social;
- Promove motivações de agressão social;
- Novas descobertas!
AMÍGDALA
Chamada de corpo amigdaloide;
- Componente mais importante do sistema límbico.
ESTRUTURA E CONEXÕES:
- Possui 12 núcleos (complexo amigdaloide) divididos em 3 grupos:
- Corticomedial: recebe aferência olfatória, envolvido com comportamentos sexuais;
- Basolateral: recebe a maioria das conexões aferentes;
- Central: dá origem às conexões eferentes.
- É a estrutura subcortical com maior número de projeções do sistema nervoso;
- Conexões eferentes:
- Via amigdalofuga dorsal → núcleos septais, núcleo accumbens, núcleos hipotalâmicos, habênula;
- Via amigalofuga ventral → áreas corticais, talâmicas e hipotalâmicas de origem das fibras aferentes;
- Grande diversidade de neurotransmissores (acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P...)
- É a principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional.

FUNÇÕES:

- Estimulação dos núcleos do grupo basolateral → Medo e fuga;

- Estimulação dos núcleos do grupo corticomedial → Reação defensiva e agressiva;

- Local de maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC (lesão provoca hipersexualidade);

- A principal e mais conhecida função é o PROCESSAMENTO DO MEDO:


Anita Almeida Damke 2º PERÍODO DE MEDICNA
- Lesões bilaterais da amigdala → não sentem medo;
- O medo é uma reação de alarme diante de um perigo;
- Ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina
(Síndrome de Emergência de Cannon) → Prepara o organismo para uma situação de perigo na qual ele deve ou fugir ou
enfrenta-lo.
- Informação visual → Tálamo → Áreas visuais primárias e secundárias → Pode ir por duas vias:
- Via direta: amigdala basolateral → central → alarme → simpático.
- Via indireta: córtex pré-frontal → amígdala
- Mais lenta, mas permite que o córtex analise as informações recebidas e seu contexto.

SISTEMA DE RECOMPENSA NO ENCÉFALO


As áreas que determinam estimulações com frequências mais elevadas compõem o sistema
dopaminérgico mesolímbico ou sistema de recompensa;
- Formado por neurônios dopaminérgicos que, da área tegmentar ventral do rnesencéfalo, passando pelo feixe
prosencefálico medial, terminam nos núcleos septais e no núcleo accumbens, os quais, por sua vez, projetam-se para o
córtex pré-frontal orbitofrontal.
- Premia com a sensação de prazer os comportamentos importantes para a sobrevivência, mas também é ativado por
situações cotidianas que causam alegria;
- O prazer sentido após o uso de drogas de abuso, como heroína e crack, deve-se à estimulação do sistema doparninérgico
mesolírnbico em especial e o núcleo accumbens;
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- A dependência ocorre pela estimulação exagerada dos neurônios deste sistema, o que resulta em gradual diminuição da
sensibilidade dos receptores e redução de seu número.

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