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Farmacologia do
Sistema Nervoso
Central

Prof. Mayara Pereira


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INTRODUÇÃO
• Fármacos que atual no sistema nervoso
central incluem:
– Anestésicos Gerais;
– Ansiolíticos;
– Analgésicos;
– Antipsicóticos;
– Antidepressivos;
– Anticonvulsivantes.
 O sistema Nervoso Central funciona como
processador de informações, mantendo a hemostasia de
vários sistemas, regulando funções vegetativas e
possibilitando raciocínio lógico, julgamento e comunicação
simbólica.

 Recebe Sinais Detectados por Receptores Periféricos e


Conduzidos por Vias Aferentes Sensitivas.

 Analisa, filtra, armazena e reelabora essas informações,


programando reações motoras, comunicadas por nervos
eferentes a órgãos executores.
O SISTEMA NERVOSO

Sistema Nervoso Sistema Nervoso


Periférico Central

Nervos Encéfalo
cranianos
Medula
Nervos
Espinhal
espinhais
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ENCÉFALO
•TELENCÉFALO
CÉREBRO
•DIENCÉFALO

CEREBELO

TRONCO
ENCEFÁLICO
• MESENCÉFALO

• PONTE BULBO
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TELENCÉFALO

DIENCÉFALO

MESENCÉFALO
PONTE
BULBO
Mais de 100 bilhões (1011) de
neurônios (células nervosas), estão
integrados no tecido estrutural e
funcional que é o encéfalo.

O NEURÔNO É A
UNIDADE BÁSICA DO
DESTINA-SE A: SISTEMA NERVOSO
Reagir aos estímulos
Transmitir a excitação resultante com
rapidez para outras partes da célula e para
outros neurônios, céls musculares e
glandulares.
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NEURÔNIO
CORPO

S DENDRITO

AXÔNIO
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NEURÔNIO
DENDRITOS
CORPO

AXÔNIO
NEURÔNIO
TRANSMISSÃO

NEURÔNIO
SINAPSE
SINAPSE
É o local de contato de um
neurônio com o outro.
P
O

SENTIDO A
L
DO
INFLUXO R
I
NERVOSO Z
A
D
No interior do neurônio gera-se um impulso
elétrico, fruto de trocas iônicas transmembranas.

O impulso nervoso é, na verdade, uma onda de


despolarização propagada, causada pela passagem rápida
de sódio do exterior para o interior da célula, com
conseqüente diminuição da eletronegatividade da face
interna da membrana.

Descarga nervosa = potencial de ação, que se propaga até


terminais nervosos.
 Chegando aos botões terminais, os impulsos
nervosos promovem a liberação de substâncias
químicas especiais denominadas
NEUROTRANSMISSORES.

 Neurotransmissores são sintetizados em várias partes da


célula nervosa e armazenam-se em vesículas localizadas
nos terminais sinápticos, de onde são liberados mediante
impulso adequado.

 Na fenda, ligam-se a receptores pré e pós sinápticos.


Combinação com receptores pós-
sinápticos resulta em excitação ou
inibição neuronais.

Interação com receptores pré-sinápticos causa


alterações em velocidade de síntese e
liberação do próprio neurotransmissor em seu
terminal nervoso = auto-regulação.
NEUROTRANSMISSORES DO SNC:

• Colinérgicos : Acetilcolina
• Monoaminas: Epinefrina, dopamina,
histamina, norepinefrina e serotonina.
• Aminoácidos: ác.glutâmico, ác. Aspártico,
GABA, glicina e taurina.
• Neuropeptídeos: Angiotensina II, glucagônio,
neurotensina, opióides endógenos,
substância P, ACTH, MSH,VIP.
• Purinas: ATP, adenosina
• Substâncias gasosas: NO, CO
• Outras: Insulina, benzodiazepínicos.
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Existem fibras nervosas em que se
verifica predomínio de determinado
neurotransmissor e que, por isso,
constituem alguns sistemas específicos
do SNC:

•Noradrenérgico – norepinefrina
•Colinérgico – acetilcolina
•Dopaminérgico – dopamina
•Serotoninérgico – serotonina
•Peptídeos opióides endógenos:
encefalinas, endorfinas e dinorfinas.
• Drogas de ação central ou psicotrópicas podem
influenciar de modo seletivo ou generalizado
determinadas funções cerebrais.
• Estimulam funções: Estimulantes ou
excitadores cerebrais.
• Inibem funções: depressores cerebrais.

• Excitatório: aumento de atividade de sistemas


excitatórios ou inibição de sistemas inibitórios.
•Depressores: estimulam sistemas inibitórios.
 NEUROFÁRMACOS interferem no
processo de síntese, armazenamento,
recaptação intraneuronal e intravesicular,
biotransformação e liberação de
neurotransmissores.

 Podem também atuar em sítios


receptores, acoplando-se e
mimetizando a ação do
neurotransmissor (agonistas) ou
bloqueando-os (antagonistas).
Classificação das drogas psicotrópicas:
• Ansiolíticos e sedativos:
– Sinônimos: hipnóticos, sedativos, tranquilizantes
menores.
– Definição: drogas que causam sono e reduzem a
ansiedade.
– Ex: barbitúricos, benzodiazepínicos e etanol.
• Drogas antipsicóticas:
– Sinônimos: neurolépticos, tranquilizantes maiores,
antiesquizofrênicos.
– Definição: drogas eficazes no alívio dos sintomas
da esquizofrenia.
– Exemplos:clozapina, clorpromazina, haloperidol.
Agentes antidepressivos:
– Sinônimos: timolépticos
– Definição: que aliviam os sintomas depressivos.
– Ex: inib. da monoamina oxidase e antidep.
tricíclicos.
Estimulantes psicomotores:
– Sinônimo: psicoestimulantes
– Definição: drogas que produzem vigília e
euforia
– Ex: anfetamina, cocaína e cafeína.
Drogas psicomiméticas:
– Sinônimos: alucinógenos, drogas
psicodislépticas.
– Definição: drogas que causam distúrbios da
percepção (aluc. Visuais) e do comportamento.
– Ex: dimetilamida do ác lisérgico (LSD), mescalina e
• Potencializadores da cognição:
– Sinônimos: drogas nootrópicas
– Definição: drogas que melhoram a
memória e o desempenho cognitivo
– Ex: tacrina, donepezil, piracetam.
Fundamentos da Farmacologia

Sistema Nervoso Autônomo


Sistema Nervoso

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Sistema Sistema
Nervoso Nervoso
Periférico Central

Divisão Eferente Divisão Aferente

Sistema Nervoso Sistema Nervoso


Autônomo Somático

Parassimpático Simpático Entérico


Anatomia Básica do Sistema Nervoso Autônomo
 Padrão bineuronal: neurônio pré-ganglionar com corpo
celular no SNC e neurônio pós ganglionar com corpo celular
no gânglio autonômico.
 Sistema parassimpático está conectado ao SNC através
de:
 efluxo dos pares cranianos (III, VII, IX e X)
 efluxo sacral
 Em geral, os efluxos parassimpáticos situam-se em
proximidade ou no interior do órgão alvo
 O efluxo simpático abandona o SNC nas raízes
medulares toráxicas e lombares.
 Os gânglios simpáticos formam duas cadeias para
vertebrais, além de alguns gânglios na linha média.

 O sistema nervoso entérico consiste em neurônios


situados nos plexos intramurais do TGI.
 Recebe influxos dos sistemas simpático e
parassimpático, mas pode atuar de modo
independente no controle das funções motoras e
secretoras do intestino.
Fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo
 O SNA controla:
- musculatura lisa (visceral e vascular)
- secreções exócrinas (e algumas endócrinas)
- a freqüência cardíaca
- alguns processos metabólicos ( utilização de glicose)
 As ações do sistema simpático e parassimpático são opostas
em algumas situações
- controle da freqüência cardíaca
- músculo liso gastrointestinal
 As ações do sistema simpático e parassimpático
 NÃO são opostas em algumas situações
 glândulas salivares
 músculo ciliar
 A atividade simpática aumenta no estresse
(comportamento de “luta-ou-fuga”)
 A atividade parassimpática predomina durante a saciedade e
repouso.
 Ambos os sistemas exercem um controle fisiológico contínuo de
órgãos específicos em condições normais.
Neurotransmissão do SNA
 Os principais neurotransmissores são acetilcolina e
noradrenalina.
 Os neurônios ganglionares são colinérgicos.
 A transmissão ganglionar ocorre através de receptores
nicotínicos de Ach
 Os neurônios parassimpáticos pós- ganglionares são
colinérgicos e atuam sobre receptores muscarínicos nos
órgãos alvo.
 Os neurônios simpáticos pós- ganglionares são
principalmente noradrenérgicos, embora alguns sejam
colinérgicos (gland. sudoríparas)
Neurotransmissão do SNA
 Outros neurotransmissores além da
noradrenalina e acetilcolina . Os principais
são:
- óxido nítrico
- ATP
- dopamina

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