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Neurotransmissores

Os neurotransmissores são substâncias que realizam conexões


entre dois ou mais neurônios, criando um processo químico na
sinapse (região localizada entre os neurônios).

Informações importantes sobre neurotransmissores


Teste da tabela

Neurotransmissores Glutamato (Glu)


excitatórios

Acetilcolina (ACh)
Histamina
Dopamina (DA)
Norepinefrina (NE); também conhecido
como noradrenalina (NAd)
Epinefrina (Epi); também conhecido como
adrenalina (Ad)

Neurotransmissores Ácido gama-aminobutírico (GABA)


inibitórios Serotonina (5-HT)
Dopamina (DA)

Neuromoduladores Dopamina (DA)


Serotonina (5-HT)
Acetilcolina (ACh)
Histamina
Norepinefrina (NE)

Neurohormônios Hormônios do hipotálamo


Oxitocina (Oxt) ou Ocitocina
Vasopressina; também conhecido como
hormônio antidiurético (ADH)
Eles são conhecidos como mensageiros químicos do corpo, pois
são moléculas utilizadas pelo sistema nervoso para transmitir
mensagens entre os neurônios ou dos neurônios para os
músculos.
Os neurotransmissores são classificados conforme a sua
influência nos neurônios e estão dispostos em três categorias
principais:

 Neurotransmissor excitatório: é aquele que gera um sinal


elétrico, estimulando a célula alvo a agir. Esses
neurotransmissores são responsáveis por provocar ações no
corpo;
 Neurotransmissor inibidor: é aquele que diminui as chances da
célula alvo agir e são responsáveis por inibir algum tipo de ação
no corpo;
 Neurotransmissores moduladores: diferente dos outros, esse
tipo de neurotransmissor não está restrito à fenda sináptica,
portanto, afetam um grande número de neurônios ao mesmo
tempo, mesmo que de maneira mais lenta.

Neurotransmissores são substâncias que os neurônios usam para


se comunicarem entre si e com seus tecidos-alvo no processo
de transmissão sináptica (neurotransmissão).
Os neurotransmissores são sintetizados e liberados das
terminações nervosas na fenda sináptica. A partir daí, os
neurotransmissores se ligam às proteínas receptoras na
membrana celular do tecido-alvo. O tecido alvo fica excitado,
inibido ou funcionalmente modificado.
Muitos neurotransmissores são simplesmente construídos a
partir de aminoácidos, enquanto outros são moléculas mais
complexas.
Conhecemos atualmente mais de 100 neurotransmissores.
Listamos e explicamos abaixo alguns dos mais conhecidos pelas
pessoas, por suas funções importantes no nosso corpo como: a
dopamina, acetilcolina, epinefrina, glutamato, o gaba e a
serotonina.
Existem mais de 40 neurotransmissores no sistema
nervoso humano; alguns dos mais importantes são acetilcolina,
norepinefrina, dopamina, ácido gama-aminobutírico (GABA),
glutamato, serotonina e histamina.

Mecanismo de neurotransmissão
Os neurônios se comunicam com seus tecidos-alvo em sinapses,
nas quais liberam substâncias químicas
chamadas neurotransmissores (ligantes). Como essa
comunicação é mediada por substâncias químicas, o processo é
denominado neurotransmissão química e ocorre dentro das
sinapses químicas.

Tipos de neurônios e estrutura de sinapses


Cada sinapse consiste em:
Membrana pré-sináptica - membrana do botão terminal
(terminação do axônio) da fibra nervosa pré-sináptica.
Membrana pós-sináptica - membrana da célula-alvo.
Fenda sináptica - uma lacuna entre as membranas pré-sináptica
e pós-sináptica.
Dentro do botão terminal da fibra nervosa pré-sináptica,
numerosas vesículas que contêm neurotransmissores são
produzidas e armazenadas. Quando a membrana pré-sináptica é
despolarizada por um potencial de ação, os canais dependentes
de voltagem de cálcio se abrem (encontrados nas membranas
dos botões terminais). Isso leva a um influxo de íons de cálcio no
botão terminal, o que altera o estado de certas proteínas de
membrana na membrana pré-sináptica e resulta na exocitose de
neurotransmissores do botão terminal para a fenda sináptica.
Os neurotransmissores são uma parte importante do sistema
nervoso.
Depois de cruzar a fenda sináptica, os neurotransmissores se
ligam a seus receptores na membrana pós-sináptica. Uma vez
que o neurotransmissor se liga ao seu receptor, os canais da
membrana pós-sináptica são abertos ou fechados pelo ligante.
Esses canais controlados por ligantes são canais iônicos e sua
abertura ou fechamento altera a permeabilidade da membrana
pós-sináptica aos íons cálcio, sódio, potássio e cloreto. Isso leva a
uma resposta excitatória ou inibitória.
Se um neurotransmissor estimula a célula-alvo para uma ação,
então é um neurotransmissor excitatório atuando em uma
sinapse excitatória. Por outro lado, se inibe a célula-alvo, é um
neurotransmissor inibitório atuando em uma sinapse inibitória.
Portanto, o tipo de sinapse e a resposta do tecido-alvo
dependem do tipo de neurotransmissor. Os neurotransmissores
excitatórios causam despolarização das células pós-sinápticas e
geram um potencial de ação; por exemplo, a acetilcolina
estimula a contração muscular. As sinapses inibitórias
causam hiperpolarização das células-alvo, levando-as para mais
longe do limiar do potencial de ação, inibindo sua ação; por
exemplo, o GABA inibe os movimentos involuntários.
O neurotransmissor liberado na fenda sináptica atua por
um período muito curto, apenas alguns minutos ou mesmo
segundos. Ele é destruído por enzimas, como a acetilcolina
esterase, ou é reabsorvido no botão terminal do neurônio pré-
sináptico por mecanismos de recaptação e, em seguida,
reciclado. Os neurotransmissores mais conhecidos responsáveis
por essa ação excitatória rápida, mas de curta duração, são a
acetilcolina, a norepinefrina e a epinefrina, enquanto o GABA é o
principal neurotransmissor inibitório.

O neurônio é a unidade básica do Sistema Nervoso.


Atividades sinápticas repetidas podem ter efeitos duradouros no
neurônio receptor, incluindo mudanças estruturais, como a
formação de novas sinapses, alterações na árvore dendrítica ou
crescimento de axônios. Um exemplo disso é o processo de
aprendizagem - quanto mais você estuda e repete, mais sinapses
são criadas em seu cérebro e permitem que você recupere essas
informações quando necessário.
Além dos neurotransmissores, existem outras substâncias
químicas associadas às sinapses,
chamadas neuromediadores (neuromoduladores). A
neuromodulação difere da neurotransmissão por quanto tempo
a substância atua na sinapse. Os neuromoduladores não são
reabsorvidos tão rapidamente pelos neurônios pré-sinápticos ou
decompostos por enzimas. Em vez disso, eles passam uma
quantidade significativa de tempo no líquor, influenciando
(modulando) a atividade de vários outros neurônios no cérebro.
Os neuromoduladores mais conhecidos também são
neurotransmissores, como: dopamina, serotonina, acetilcolina,
histamina e norepinefrina.
Outras substâncias químicas associadas ncluem neurohormônios.
Eles são sintetizados nos neurônios e secretados na corrente
sanguínea, que os transporta para tecidos distantes. Os melhores
exemplos são os hormônios hipotalâmicos, oxitocina e
vasopressina.
Classificação
Os neurotransmissores podem ser classificados como
excitatórios ou inibitórios.

Classificação dos neurotransmissores


Os neurotransmissores excitatórios funcionam para ativar os
receptores na membrana pós-sináptica e aumentar os efeitos do
potencial de ação, enquanto os
neurotransmissores inibitórios funcionam para prevenir um
potencial de ação. Além da classificação acima, os
neurotransmissores também podem ser classificados com base
em sua estrutura química:
Aminoácidos - GABA, glutamato.
Monoaminas - serotonina, histamina.
Catecolaminas (subcategoria de monoaminas) - dopamina,
norepinefrina, epinefrina.
Os neurotransmissores a seguir são os mais comuns e mais
estudados.
Acetilcolina
A acetilcolina (ACh) é um neurotransmissor excitatório secretado
por neurônios motores que inervam as células
musculares, núcleos da base, neurônios pré-ganglionares
do sistema nervoso autônomo e neurônios pós-ganglionares dos
sistemas nervoso parassimpático e simpático.

Informações importantes sobre a acetilcolina (ACh)


Teste da tabela

Tipo Excitatório em todos os casos, exceto no


coração (inibitório)

Local de Neurônios motores, núcleos da base, neurônios


liberação pré-ganglionares do sistema nervoso
autônomo, neurônios pós-ganglionares do
sistema nervoso parassimpático e neurônios
pós-ganglionares do sistema nervoso simpático
que inervam as glândulas sudoríparas

Funções Regula o ciclo do sono, essencial para o


funcionamento muscular

Sua principal função é estimular a contração muscular. No


entanto, há uma exceção onde a acetilcolina atua como um
neurotransmissor inibitório nas terminações parassimpáticas
do nervo vago. Elas inibem o músculo cardíaco por meio do plexo
cardíaco.
A ACh também é encontrada nos neurônios sensitivos e no
sistema nervoso autônomo, e tem um papel na programação do
“estado de sonho” enquanto o indivíduo está dormindo. A
acetilcolina desempenha um papel vital no funcionamento
normal dos músculos. Por exemplo, plantas venenosas como o
curare e a cicuta causam paralisia dos músculos ao bloquear os
receptores de acetilcolina dos miócitos (células musculares). O
conhecido veneno botulina atua evitando que as vesículas no
botão terminal liberem acetilcolina, levando à paralisia muscular.
Norepinefrina
A norepinefrina (NE), também conhecida como noradrenalina
(NAd), é um neurotransmissor excitatório produzido pelo tronco
encefálico, hipotálamo e glândulas adrenais. No cérebro,
aumenta o nível de alerta e vigília.

Informações importantes sobre a norepinefrina (NE)


Teste da tabela

Tipo Excitatório

Local de Tronco encefálico, hipotálamo e glândulas


liberação adrenais

Funções Aumenta o nível de alerta e vigília, estimula


vários processos do corpo

É secretado pela maioria dos nervos simpáticos pós-ganglionares


e atua estimulando os processos do corpo. Por exemplo, é muito
importante na produção endógena de epinefrina. A
norepinefrina tem sido implicada em transtornos do humor,
como depressão e ansiedade, casos em que sua concentração no
corpo é anormalmente baixa. Alternativamente, uma
concentração anormalmente alta pode levar a um ciclo de sono
prejudicado.
Epinefrina
Também conhecida como adrenalina (Ad), a epinefrina (Epi) é
um neurotransmissor excitatório produzido pelas células
cromafins da glândula adrenal. Ela prepara o corpo para a
resposta de luta ou fuga. Isso significa que quando uma pessoa é
altamente estimulada (medo, raiva, etc.), quantidades extras de
epinefrina são liberadas na corrente sanguínea.

Informações importantes sobre a epinefrina (Epi)


Teste da tabela

Tipo Excitatório

Local de Células cromafins da glândula adrenal


liberação

Funções Resposta de luta ou fuga (aumento da


frequência cardíaca, pressão arterial e produção
de glicose)

Essa liberação de epinefrina aumenta a frequência cardíaca, a


pressão arterial e a liberação de glicose do fígado (via
glicogenólise). Dessa forma, os sistemas nervoso
e endócrino preparam o corpo para situações perigosas e
extremas, aumentando o suprimento de nutrientes aos tecidos-
chave.
Dopamina
A dopamina (DA) é um neurotransmissor secretado pelos
neurônios da substância negra. É considerado um tipo especial
de neurotransmissor pois seus efeitos
são excitatórios e inibitórios. O tipo de efeito depende do tipo de
receptor ao qual a dopamina se liga.

Informações importantes sobre a dopamina


Teste da tabela

Tipo Tanto excitatório quanto inibitório

Local de Substância negra


liberação

Funções Inibe movimentos desnecessários, inibe a


liberação de prolactina e estimula a
secreção do hormônio do crescimento

Como parte do sistema motor extrapiramidal que envolve os


núcleos da base, a dopamina é importante para a coordenação
dos movimentos, inibindo movimentos desnecessários.
Na glândula hipófise, ele inibe a liberação de prolactina e
estimula a secreção do hormônio do crescimento.
A deficiência de dopamina relacionada à destruição da
substância negra leva à doença de Parkinson. O aumento da
atividade dos neurônios dopaminérgicos contribui para a
fisiopatologia dos transtornos psicóticos e da esquizofrenia. O
abuso de drogas e álcool pode aumentar temporariamente os
níveis de dopamina no sangue, levando à confusão e à
incapacidade de se concentrar. No entanto, uma secreção
apropriada de dopamina na corrente sanguínea desempenha um
papel na motivação ou desejo de completar uma tarefa.
GABA
O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o neurotransmissor
inibitório mais poderoso produzido pelos neurônios da medula
espinal, cerebelo, núcleos da base e muitas áreas do córtex
cerebral. É derivado do glutamato.

Informações importantes sobre o ácido gama-aminobutírico


(GABA)
Teste da tabela

Tipo Inibitório

Local de Neurônios da medula espinal, cerebelo, núcleos


liberação da base e muitas áreas do córtex cerebral

Funções Reduz a excitabilidade neuronal em todo o


sistema nervoso

As funções do GABA estão intimamente relacionadas ao humor e


às emoções. É um neurotransmissor inibitório que atua como
freio aos neurotransmissores excitatórios; portanto, quando está
anormalmente baixo, pode causar ansiedade. É amplamente
distribuído no cérebro e desempenha um papel principal na
redução da excitabilidade neuronal em todo o sistema nervoso.
Glutamato
O glutamato (Glu) é o neurotransmissor excitatório mais
poderoso do sistema nervoso central que garante a homeostase
com os efeitos do GABA. É secretado por neurônios de muitas
das vias sensoriais que entram no sistema nervoso central, bem
como no córtex cerebral.
Informações importantes sobre o glutamato (Glu)
Teste da tabela

Tipo Excitatório

Local de Neurônios sensitivos e córtex cerebral


liberação

Funções Regula a excitabilidade do sistema nervoso


central, processo de aprendizagem, memória

O glutamato é o neurotransmissor mais comum no sistema


nervoso central; participa da regulação da excitabilidade geral do
sistema nervoso central, dos processos de aprendizagem e da
memória. Assim, a neurotransmissão inadequada do glutamato
contribui para o desenvolvimento de epilepsia e distúrbios
cognitivos e afetivos.
Serotonina
A serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT) é um neurotransmissor
inibitório que está intimamente envolvido na emoção e no
humor. É secretado pelos neurônios do tronco encefálico e pelos
neurônios que inervam o trato gastrointestinal (sistema nervoso
entérico). Além disso, a serotonina é encontrada nas plaquetas
(trombócitos) que a liberam durante a coagulação (hemostasia).

Informações importantes sobre a serotonina (5-HT)


Teste da tabela

Tipo Inibitório
Local de Neurônios do tronco encefálico e trato
liberação gastrointestinal, trombócitos

Funções Regula a temperatura corporal,


percepção da dor, emoções e ciclo do
sono

Participa da regulação da temperatura corporal, percepção da


dor, emoções e ciclo do sono. Uma secreção insuficiente de
serotonina pode resultar na diminuição da função do sistema
imunológico, bem como em uma série de distúrbios emocionais
como depressão, problemas de controle da raiva, transtorno
obsessivo-compulsivo e até tendências suicidas.
Histamina
A histamina é um neurotransmissor excitatório produzido pelos
neurônios do hipotálamo, células da mucosa do estômago,
mastócitos e basófilos no sangue. No sistema nervoso central, é
importante para a vigília, pressão arterial, dor e comportamento
sexual. No estômago, aumenta a acidez.

Informações importante sobre a histamina


Teste da tabela

Tipo Excitatório

Local de Hipotálamo, células da mucosa do estômago,


liberação mastócitos e basófilos no sangue

Funções Regula a vigília, a pressão arterial, a dor e o


comportamento sexual; aumenta a acidez do
estômago; controla reações inflamatórias

Está envolvida principalmente na resposta inflamatória, bem


como em uma série de outras funções, como vasodilatação e
regulação da resposta imune a corpos estranhos. Por exemplo,
quando os alérgenos são introduzidos na corrente sanguínea, a
histamina auxilia na luta contra esses microorganismos,
causando coceira na pele ou irritações
na garganta, nariz e/ou pulmões.
Transtornos associados a neurotransmissores
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa
caracterizada por deficiências de aprendizagem e memória. Está
associada à falta de acetilcolina em certas regiões do cérebro.
Depressão
Acredita-se que a depressão seja causada por uma depleção
de norepinefrina, serotonina e dopamina no sistema nervoso
central. Assim, o tratamento farmacológico da depressão visa
aumentar as concentrações desses neurotransmissores no
sistema nervoso central.
Esquizofrenia
A esquizofrenia, que é uma doença mental grave, demonstrou
envolver quantidades excessivas de dopamina nos lobos frontais,
o que leva a episódios psicóticos nesses pacientes. Os
medicamentos que bloqueiam a dopamina são usados para
ajudar a tratar as condições esquizofrênicas.
Doença de Parkinson
A destruição da substância negra leva à destruição da única fonte
de dopamina do sistema nervoso central. A depleção de
dopamina leva a tremores musculares incontroláveis observados
em pacientes que sofrem de doença de Parkinson.
Epilepsia
Algumas condições epilépticas são causadas pela falta de
neurotransmissores inibitórios, como o GABA, ou pelo aumento
de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato.
Dependendo da causa das convulsões, o tratamento visa
aumentar o GABA ou diminuir o glutamato.
Miastenia gravis
A miastenia gravis é uma doença autoimune crônica rara
caracterizada pelo comprometimento da transmissão sináptica
de acetilcolina nas junções neuromusculares, levando a fadiga e
fraqueza muscular sem atrofia.
Na maioria das vezes, a miastenia gravis resulta de anticorpos
circulantes que bloqueiam os receptores de acetilcolina na
junção neuromuscular pós-sináptica. Isso inibe os efeitos
excitatórios da acetilcolina nos receptores nicotínicos nas
junções neuromusculares. Em uma forma genética muito mais
rara, a fraqueza muscular pode resultar de um defeito genético
em partes da junção neuromuscular, diferentemente da
transmissão passiva do sistema imunológico da mãe no
nascimento ou decorrente de doença autoimune durante a vida.

Como os neurotransmissores funcionam?

Para que ocorram algumas ações vitais no nosso corpo, como o


desenvolvimento dos ossos, os batimentos cardíacos e até o
controle da ansiedade, é preciso que os neurônios consigam se
comunicar, transmitindo sinais. Porém, eles não estão ligados, e
consequentemente não podem realizar essa comunicação direta.
Isso acontece porque entre eles há um espaço denominado
de sinapse.
É nesse momento que acontece a neurotransmissão. Ela permite
que os sinais neurais atravessem a sinapse, para que ocorra a
comunicação entre dois ou mais neurônios, através dos
neurotransmissores.
Como ilustrado na imagem abaixo, os neurônios se aproximam
um do outro, mas em momento algum se tocam. O neurônio
acima da fenda sináptica é conhecido como neurônio pré-
sináptico, já o neurônio que se localiza após a fenda é chamado
de neurônio pós-sináptico.

É possível ver o momento em que as vesículas sinápticas liberam


os neurotransmissores que começam a se ligar aos receptores da
membrana do neurônio pós-sináptico, dando início a alguma
ação no corpo.
Com os neurônios próximos um do outro, entra em ação os
neurotransmissores, que têm a função de levar a mensagem do
neurônio pré-sináptico, para o neurônio pós-sináptico. Assim, é
feita a comunicação entre eles, induzindo um tipo específico de
ação no corpo.
Vale lembrar que os neurotransmissores são produzidos no
neurônio pré-sináptico e são armazenados em vesículas,
conhecidas também como sacos sinápticos. Quando a
comunicação está para acontecer, as vesículas ficam
posicionadas no final do neurônio pré-sináptico, aguardando o
estímulo para liberar os neurotransmissores.
Esse estímulo acontece através de um potencial de ação que
chega na membrana do neurônio pré-sináptico. Com isso, canais
de cálcio, também localizados na membrana celular do neurônio
pré-sináptico, se abrem e entram no neurônio.
A entrada do cálcio cria o estímulo necessário para que as
vesículas cheguem até o final do neurônio pré-sináptico, se
fundindo à sua membrana e liberando os neurotransmissores na
fenda sináptica.
É a partir daí que os neurotransmissores se ligam à receptores
específicos, localizados na membrana do neurônio pós-sináptico.
A ação que acontece no corpo após essa ligação, depende do
tipo de neurotransmissor que foi liberado.

ATIVIDADE
1- Os neurotransmissores são classificados conforme a
sua influência nos neurônios e estão dispostos
em três categorias, cite quais são, de exemplos.
2- Cite como é o mecanismo de ação dos
neurotransmissores.
3- Cite os neurotransmissores mais comuns e mais
estudados, o seu tipo, local de liberação e suas
funções. (acetilcolina, noradrenalina, adrenalina,
dopamina, GABA, glutamato, histamina)
4- Cite os transtornos causados pelos
neurotransmissores, o medicamento usado para o
seu tratamento e o mecanismo de ação (citar os
medicamentos apenas para os trabalhos que foram
apresentados em sala de aula).
5- Como os neurotransmissores funcionam?

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