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ANFETAMINAS

As anfetaminas foram sintetizadas na década de 30. O propósito era o tratamento do transtorno de


déficit de atenção e hiperatividade, então denominado hiperatividade ou disfunção cerebral mínima. A
primeira anfetamina recebeu o nome de Benzedrina, e era utilizada no tratamento da esquizofrenia,
paralisia cerebral infantil e bloqueio coronário, dentre outras várias doenças comuns na época. As
anfetaminas são estimulantes do SNC (Sistema Nervoso Central), capazes de gerar quadros de euforia,
provocar a vigília, atuar como anorexígenos e aumentar a atividade autônoma dos indivíduos. Algumas
são capazes de atuar no sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de dois importantes
neurotransmissores a noradrenalida e a dopamina. A biodisponibilidade aumentada desses
neurotransmissores nas fendas sinápticas reduz o sono e a fome e provoca um estado de agitação
psicomotora. Os usuários ficam mais desinibidos, excitados e hiperativos. O aumento da dopamina, a
principal molécula do prazer, embora não seja muito acentuado, contribui para compulsão ao uso.

 SINTOMAS
O uso de anfetaminas causa tanto sintomas imediatos como de longo prazo.
 Efeitos imediatos:
• Aumento do estado alerta
• Diminuição da fadiga
• Aumento da concentração
• Redução do apetite
• Aumento do desempenho físico
 Efeitos a longo prazo:
As pessoas que normalmente consomem anfetaminas desenvolvem rapidamente uma tolerância, como parte
da dependência. Essas pessoas precisarão usar cada vez mais para ter o mesmo efeito. A quantidade
consumida, no fim, pode superar em várias vezes a dose original. A maioria das pessoas que consome doses
muito elevadas durante vários dias ou semanas se torna confusa e psicótica, porque as anfetaminas podem
provocar ansiedade intensa, paranoia e alteração do sentido da realidade. As reações psicóticas incluem ouvir
e ver coisas que não estão lá (alucinações auditivas e visuais) e crenças falsas (delírios), como a sensação de ter
poder ilimitado (onipotência) ou de ser perseguido (paranoia). A memória pode ser afetada. A confusão, a
perda de memória e os delírios podem durar durante meses. Embora esses efeitos possam surgir em qualquer
usuário, as pessoas com transtornos de saúde mental, como esquizofrenia, são mais vulneráveis a esses
efeitos. Os usuários de metanfetaminas apresentam um alto índice de bruxismo (ranger os dentes) e de cáries
graves, afetando vários dentes. As causas incluem salivação reduzida, substâncias corrosivas na fumaça e
higiene oral deficiente, chamada “boca de metanfetamina”.
 Abstinência
Quando uma anfetamina é repentinamente interrompida, os sintomas variam. Pessoas dependentes de
anfetaminas sentemse cansadas ou com sono, um efeito que pode durar dois a três dias depois da interrupção
da droga. Como resultado, elas são mais propensas a lesões. Algumas pessoas ficam intensamente ansiosas e
inquietas, e outras, especialmente aquelas com tendência à depressão, tornam-se deprimidas quando param.
Podem se tornar suicidas, mas é possível que durante vários dias não tenham força para tentar se suicidar.
No Brasil, há três tipos de anfetaminas ilícitas que são as mais populares, cujo uso é uma grande preocupação das
autoridades:
 O “rebite”, que é muito usado pelos motoristas que precisam dirigir várias horas seguidas sem descansar,
sendo ingeridas, neste caso, pelo seu efeito de inibição do sono
 A “bolinha”, mais popular pelos estudantes
 Ecstasy ou MDMA, também popular entre os estudantes e em festas

DROGA DO TIPO ANFETAMINA PRODUTOS (REMÉDIOS COMERCIAIS) VENDIDOS NAS


FARMÁCIAS
Dietilpropiona ou Anfepramona Dualid S; Hipofagin S; Inibex S; Moderine
Fenproporex Desobesi-M; Lipomax AP; Inobesin
Mazindol Dasten; Fagolipo; Absten-Plus; Diazinil; Dobesix
Metanfetamina Pervitin*
Metilfenidato Ritalina
OPIOIDES
O termo “opioide” é utilizado para denominar várias substâncias derivadas da papoula de ópio e suas variações
sintéticas e semissintéticas. Os opioides têm um uso médico legítimo como analgésicos potentes. Eles incluem a
codeína (que tem um baixo potencial para criar dependência), oxicodona (isolada e em várias combinações, como
oxicodona e paracetamol), meperidina, morfina, pentazocina e hidromorfona. A metadona ingerida pela boca e a
fentanila, administrada por um adesivo na pele, são usadas para dor grave crônica. A heroína é um opioide
potente que é ilegal nos Estados Unidos, mas ela é usada para aplicações de tratamento muito limitadas em outros
países.
O abuso dos opioides é algo relativamente comum, pois essas drogas se encontram amplamente disponíveis e
provocam uma sensação exagerada de bem-estar. Uma pessoa pode se tornar dependente de qualquer opioide
(consulte também Uso e abuso de drogas).
A dependência ou vício graves raramente ocorrem quando a pessoa usa opioides para tratar um episódio breve de
dor intensa (por exemplo, aquela causada por queimaduras ou fraturas). Embora muitas pessoas que usam
opioides para alívio da dor durante um período superior a vários dias sintam alguns sintomas leves de abstinência
de opioides quando interrompem o uso, as pessoas que tomam opioides por muito tempo para tratar dor crônica
têm um risco maior de desenvolver o transtorno relacionado ao uso de substâncias.
O desenvolvimento da tolerância pode ocorrer depois de alguns dias do uso contínuo de opioides. Ou seja, a
pessoa precisa cada vez mais de uma droga para sentir os efeitos originalmente produzidos por uma quantidade
menor. A pessoa pode se tornar mais tolerante a alguns efeitos que a outros. Embora as pessoas com um
transtorno de abuso de substâncias frequentemente tenham tolerância a drogas, ter tolerância não significa
propriamente que a pessoa tem um transtorno de abuso de substâncias.

 SINTOMAS
 Efeitos imediatos
Os opioides são medicamentos com efeitos analgésicos e sedativos potentes, fazendo com que as pessoa
fiquem sonolentas e quietas. Os opioides também podem provocar euforia. Outros efeitos menos desejáveis
incluem:
 Constipação
 Náusea e vômito
 Rubor facial
 Prurido
 Confusão (especialmente em pessoas idosas)
 Os produtos resultantes da decomposição (metabolismo) do opioide meperidina podem provocar convulsões.
Quando tomados com determinadas drogas, alguns opioides podem provocar um transtorno grave chamado de
síndrome da serotonina. Essa síndrome é caracterizada por confusão, tremores, espasmos involuntários dos
músculos, agitação, transpiração excessiva e alta temperatura do corpo.
 Efeitos a longo prazo
Os opioides em si, não provocam muitas complicações no longo prazo, a não ser a dependência. Algumas
pessoas apresentam efeitos colaterais leves, como constipação crônica, sudorese excessiva, sonolência ou
redução da libido. No entanto, muitas complicações podem resultar do compartilhamento de agulhas com
outras pessoas e por injetar, sem saber, outras substâncias com o opioide.
 Abstinência
A abstinência dos opioides é desconfortável, mas não letal. Os sintomas podem surgir logo em quatro horas
depois da interrupção do uso do opioide e, em geral, alcançam seu ponto máximo depois de 48 a 72 horas.
Normalmente, esses sintomas desaparecem depois de cerca de uma semana, embora esse período possa
variar consideravelmente, dependendo de qual opioide é usado.
Cada opioide é eliminado do corpo a uma taxa diferente, o que altera a rapidez com que a abstinência
progride e para. Os sintomas de abstinência são piores nas pessoas que usaram doses altas por um longo
tempoPrimeiro, a pessoa se sente ansiosa e anseia pela droga. A respiração se torna rápida, normalmente
acompanhada de bocejo, transpiração, olhos lacrimejantes, corrimento nasal, pupilas dilatadas e cólicas
estomacais.
Depois, a pessoa pode ficar hiperativa e agitada e ter seu estado de alerta aumentado. Aumento da frequência
cardíaca e da pressão arterial. Outros sintomas de abstinência incluem:
 Pele arrepiada
 Tremores
 Espasmos musculares
 Febre e calafrios
 Dores musculares
 Perda de apetite
 Náusea e vômito
 Diarreia

 CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES


Existem diversas classificações para os opióides.
• Tradicional: baseada na potência analgésica.
O grupo mais potente é composto por agonistas opióides puros, enquanto o grupo intermediário é composto por
agonistas parciais.
• Origem da droga: quanto à etiologia natural ou sintética.
• Funcional: quanto à ação no receptor opióide.
COLÉGIO IMPACTO

ATIVIDADE DE FARMACOLOGIA
QUAIS SÃO AS CLASSES DE MEDICAMENTOS OPIOIDES E ANFETAMINAS?

Aluno: Isabella Luciane Silva Campos

Professor(a): Regiane Calssavara


São João del Rei, abril de 2022

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