Você está na página 1de 89

Analgésicos

Opióides

Alda Mariano
❑ Definir o conceito de dor e de analgésicos
❑ Classificar os analgésicos opóides e
reconhecer os representantes de cada
grupo

❑ Descrever a escada analgésica da OMS

Objectivos ❑ Descrever os mecanismos de acção dos


analgésicos opióides, sua farmacocinética,
efeitos centrais e noutros sistemas orgânicos.
No final desta aula o estudante
deve:
❑ Definir o conceito de dependência física e
psicológica
❑ Descrever as características
específicas dos principais opióides de nível
2 e 3.
Definição

A dor é um mecanismo de defesa do


Analgésicos são
organismo que alerta o cérebro de
fármacos utilizados
que os tecidos podem estar em
no alívio da dor.
perigo.

A dor envolve componentes sensoriais, comportamentais,


emocionais e culturais.
Experiência sensorial e emocional
desagradável associada a lesão tecidular real
ou potencial ou descrita como tal lesão (IASP*,
1994).

* International Association for the Study of Pain


Classificação
❖ Fortes
Opióides:
Ex. Morfina, Petidina
❖ Fracos
Ex. Tramadol, Codeína

Não opióides: ❖ AINEs


❖ Paracetamol
Escada analgésica da OMS
4
3
Técnicas
Opióides
2 fortes: Invasivas:
Morfina
Infiltrações
1 Opióides
fracos: Petidina
Cirurgia

Analgésicos Codeína Fentanyl


não opióides:
Paracetamol Tramadol Metadona
AINEs
+/-Co- +/-Co- +/-Co-
adjuvantes adjuvantes adjuvantes
Dor resistente ao
<= 3/10 4-6/10 >6-10/10 Tto farmacológico
ANALGÉSICOS OPIÓIDES

Nome opióide

derivado do ópio
(extraído da planta
Papaverum
somniferum).
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
• Principais alcalóides do ópio:
✓ Morfina (10%)
✓ Codeína (0,5%)
✓ Tebaína e Papaverina (sem efeito analgésico)
• Ópio usado desde a antiguidade para tratar a dor e
diarreia.
• Actualmente os alcalóides puros, semi-sintéticos e
sintéticos, chamados opióides têm diversos usos
terapêuticos.
OPIÓIDES
Anos 70 – 3 grupos independentes
Pert C. / Simon E. e Goldstein A. / Terenius L
• Isolamento de Receptores Opióides no
sistema nervoso
• Postularam a existência de opióides
endógenos
Hugues J e Kosterlitz H
• Isolamento das endorfinas/encefalinas –
opióides endógenos correspondente
biológico dos Receptores Opióides.
MECANISMO DE ACÇÃO (1)
Interacção com receptores específicos dos
opióides naturais (endorfinas e encefalina)
localizados no SNC e a nível periférico,
produzindo efeitos semelhantes a estes e
inibindo a transmissão da dor.
 → analgesia, depressão respiratória,
miose, euforia,  motilidade GI
Tipo de
receptores: k → analgesia, disforia, depressão
respiratória, ef. psicotomiméticos
 → analgesia
MECANISMO DE ACÇÃO (2)
• Acção pré-sináptica, após ligação ao
receptor, reduzindo a libertação do
neurotransmissor.
• Hiperpolarização pós-sináptica do corpo
celular do 2º neurónio

Actuam a nível das vias de transmissão


da dor
CLASSIFICAÇÃO DOS
OPIÓIDES
a) Agonistas: ligam-se aos receptores opióides e
produzem efeitos agonistas dose-dependentes.

• Exº morfina, petidina, codeína, heroína, metadona,


fentanil
CLASSIFICAÇÃO DOS
OPIÓIDES
b) Agonistas parciais:
• Ligam-se parcialmente aos receptores
• Ligação → efeito agonista (a partir de
determinada dose, efeito não aumenta mesmo
com subida progressiva da dose).
Ex: Buprenorfina.
CLASSIFICAÇÃO DOS
OPIÓIDES
c) Agonistas-antagonistas:

- produzem efeitos agonistas nuns receptores e antagonistas


noutros;

- resposta dos receptores é dose-dependente ( doses →


efeitos antagonistas,  doses → efeitos agonistas).

• Ex: pentazocina, nalbufina


CLASSIFICAÇÃO DOS
OPIÓIDES
d) Antagonistas:
- ligam-se aos receptores opióides e
revertem os efeitos dos opióides agonistas.
• Ex: Naloxona, naltrexona
Morfina
MORFINA

Fármaco padrão com a qual


todos os outros analgésicos se
comparam.
FARMACOCINÉTICA (1)
Absorção
• Vias de administração: oral e parentérica
(SC, IM, IV)
• Boa absorção GI
• Fenómeno de 1ª passagem hepática →
degradação → só 25% da dose ingerida
passa à circulação geral
• Relação analgésica parenteral:oral → 1:2 a
1:3 (grande variabilidade individual,
principalmente com administração crónica
FARMACOCINÉTICA (2)
Distribuição
• Ligação às proteínas plasmáticas (35%)
• Pouco lipofílica → dificuldade em
atravessar BHE → efeito analgésico
demora a aparecer (4 - 5 min mesmo
quando administrada por via IV)
• Atravessa barreira placentar → risco de
depressão fetal após parto
FARMACOCINÉTICA (3)
Metabolismo

• Hepático (glucuronoconjugação)

• Metabolitos:
✓ M3G (+ abundante)

✓M6G (efeito analgésico potente!)


FARMACOCINÉTICA (4)
Excreção
• Renal (filtração glomerular):
✓ Metabolitos
✓ Forma activa (peq. quant.)

• Biliar (peq. quant.)

➢ Perigo de acumulação:
• Insuficiência hepática →  forma activa
• Insuficiência renal →  metabolitos activos
(M6G)
• Duração de acção: 4 horas
ACÇÕES
FARMACOLÓGICAS (1)
Efeitos centrais
• euforia (receptores )
• disforia (receptores k)
• analgesia (receptores  k e )
• sedação ()
Acção no SNA:
•  simpático e PS (olho → miose;
coração → FC)
ACÇÕES
FARMACOLÓGICAS (2)
Acção em órgãos e funções
• Respiração:
✓Depressão respiratória (FR) (receptores
,k)
➢Sempre relacionada com hiperdosagem!!!
✓Broncoconstrição / libertação de histamina
✓Supressão da tosse
ACÇÕES
FARMACOLÓGICAS (3)
Sistema cardiovascular

• TA FC ( tónus simpático; PS)


• vasodilatação venosa
• RVP →  TA
ACÇÕES
FARMACOLÓGICAS (4)
A nível gastrointestinal:
• náuseas e vómitos (com estimulação
vestibular)
• atraso do esvaziamento gástrico (favorece o
vómito)
• obstipação (não sensível à tolerância)
• do tónus v. biliar e contracção do esfíncter
de Oddi
ACÇÕES
FARMACOLÓGICAS (5)
Tracto génito urinário:
• retenção urinária

Outros efeitos
• Libertação de histamina: urticária e
prurido, TA, broncoconstrição
• Efeitos imunodepressores: após uso
prolongado →  susceptibilidade às
infecções
ACÇÕES
FARMACOLÓGICAS (6)
• Tolerância: necessidade de aumentar a
dose para obter mesmo efeito

• Dependência física manifestada por


síndrome de abstinência – é um fenómeno
esperado
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA
Dependência física

• Sempre acompanhado de tolerância


• Interrupção ou Uso de antagonista →
Síndrome de abstinência:
✓Quadro inverso dos efeitos farmacológicos
dos opióides agonistas: sudação,
desidratação, diarreia, polipneia, artralgias,
mialgias
Dependência psíquica ou
adicção

Toxicodependentes
Características: Euforia, indiferença aos
estímulos, sedação

➢ Situação rara em pacientes com dor,


medicados com opióides
Extensão do desenvolvimento de
tolerância a alguns efeitos dos
opióides
Elevado grau de Moderado grau de Mínimo grau de
tolerância tolerância tolerância

Analgesia Bradicardia Miose


Euforia Obstipação
Disforia
Depressão respiratória
Sedação
Náusea
Vómito
Supressão da tosse
FORMAS FARMACÊUTICAS
(FNM)
Morfina oral:
• Morfina em Xarope 5mg/5ml
✓Efeito obtido em 45-60min
✓Duração de acção: 4 horas
• Morfina comp LP 10 e 30 mg:
✓Duração de acção: 12 horas
✓Efeito obtido em 2 horas
Morfina injectável: ampolas 10 mg
USO CLÍNICO

Tratamento da dor intensa (trauma,


cirurgia, dor no cancro, dor no
HIV/SIDA)
CONTRA-INDICAÇÕES
• Pacientes em respiração espontânea, com
HIC, trauma craneano ou outras lesões
intracraneanas
• Diarreia causada por venenos,
enterocolite pseudomembranosa
associada a antibióticos
• Abdómen agudo e cólica biliar
PRECAUÇÕES
• Idosos, lactentes, debilitados
• Gravidez
• Hipotensão arterial
• Doença pulmonar (DPOC, asma)
• Insuficiência renal, hepática
• Insuficiência supra-renal e hipotiroidismo
• Não associar agonistas com agonistas parciais
ou agonistas antagonistas:
✓  analgesia
✓ síndrome de abstinência
INTERACÇÕES COM OUTROS
FÁRMACOS
Fármacos Efeitos
◼ Hipno-sedativos, álcool, ◼depressão SNC
antihistamínicos, •sedação
antidepressivos, antipsicóticos, • risco de depressão respiratória.
anestésicos

◼Antidiarreicos ◼Agravamento da obstipação


◼Anticolinérgicos: ex Atropina ◼Aumento do risco de obstipação e retenção
urinária e de alterações no SNC (confusão, delírio)
◼ IMAO ◼CI absoluta /  incidência de coma hiperpiréxico,
TA, convulsões)

◼Ani hipertensivos ◼Seu efeito pode aumentar

◼ Cimetidina ◼Diminuição da eliminação da morfina e efeito


acumulativo
◼Metoclopramida ◼ Efeito estimulante na motilidade GI pode ser
antagonizado
Dose
• Morfina oral: 0,5-1 mg/Kg/dia
• Xarope 4/4 h
• Comprimidos de libertação prolongada:
12/12h
• Morfina SC adulto: 5-10mg 4/4h
Apresentações
• Xarope, solução de 5mg/5ml
• Comprimidos LP de 10 g e 30 mg
• Ampolas solução injectável 10mg/ml
Petidina
PETIDINA: Farmacocinética
• Bem absovida por todas as vias
• Biodisponibilidade / via oral 45 - 75%
• Mais lipossolúvel que morfina → efeito +
rápido
• Metabolismo:
✓Hepático. Metabolito activo (norpetidina -
neurotoxico) + metabolitos inactivos
• Excreção: renal (5% inalterada, 33%
norpetidina)
PETIDINA: Acções e efeitos
• Analgesia
colaterais
•  sedação e  euforia que morfina
• Depressão respiratória (semelhante à morfina)
• Não deprime a tosse
• SCV:
✓ TA FC  contractilidade miocárdica
✓  excitabilidade do miocárdio, incidência de
arritmias (acção anestésica local)
• Náuseas e vómitos (incidência semelhante à
da morfina)
•  libertação de histamina

➢ Duração de acção: 3 horas


Indicações
• Analgesia em dor aguda
• Mais eficaz que morfina na cólica biliar e
renal
CONTRA-INDICAÇÕES E
PRECAUÇÕES

• Semelhantes às da morfina
• Fibrilhação auricular ou outras doenças
CV onde a subida da FC possa agravar a
doença
Heroína
HEROÍNA
• Derivado sintético da morfina
(dietilmorfina)
• Analgésico potente
• Curto início de latência devido a alta
lipossolubilidade →atravessa rápido BHE
•  duração
• Metabolismo: Heroína degradada por
esterases tecidulares (SNC) → Morfina
(efeitos farmacológicos)
HEROÍNA
• Não usada como analgésico / risco
de farmacodependência

• Opióide + frequentemente usado


pelos farmacodependentes
Metadona
METADONA
• Bem absorvida / via oral
•  duração de acção com administração
repetida (24-48 h)
• 90% ligação às proteínas; forte ligação às
células (incluindo cérebro) → quando
suspensa → sintomas de privação de 
intensidade
• Ligeiramente + potente que morfina
•  estimulação central que heroína
• Uso no tratamento da toxidependência
METADONA
• Interacções medicamentosas:

✓As mesmas que os outros opióides

✓Rifampicina, difenilhidantoína e
carbamazepina baixam concentração
plasmáticas de metadona →
síndrome de abstinência
Opióides
Fracos
Codeína
CODEÍNA
• Opióide fraco: 10 X menos potente
que morfina

•  Sedação e  euforia que morfina


( risco de dependência)
Codeína: Farmacocinética
• Absorção rápida / via oral (boa disponibilidade):
✓ Pico plasmático numa hora
✓ Semi-vida 3 horas
• Metabolismo hepático
✓ 10% da codeína / desmetilação → morfina (acção
nos receptores opióides)
✓ Desmetilação dependente de 1 gene ausente em
10% da população (em África poderá ser uma %
menor)

• Eliminação renal → metabolitos inactivos


CODEÍNA
• Efeitos farmacológicos:
✓Analgesia
✓Depressão da tosse
✓Obstipação
✓Depressão respiratória (doses) - raro

• Vias de administração
Oral, rectal
CODEÍNA
• Indicações terapêuticas
✓Analgésico (dor moderada)
✓Antitússico

➢Prescrição sujeita às normas dos


estupefacientes (depende da dose
>10 mg)
Contra-indicações
• Depressão respiratória
• Trauma craneano
• Alcoolismo agudo
• Asma
• Insuficiência cardíaca secundária a
doença pulmonar crónica
Precauções
• Idosos: reduzir dose
• Crianças: podem ocorrer reacções
paradoxais com excitação e convulsões
• Gravidez: risco aumentado de
malformações (1º trimestre). Uso
prolongado – síndrome de abstinência
RN. Depressão respiratória de
administrado durante o parto
CODEÍNA
• Interacções medicamentosas
✓Semelhantes à morfina
✓Uso concomitante com agentes
antidiarreicos – obstipação severa
Dose
• Analgesia: 15-60 mg cada 4-6h
• Antitússico. 10-20mg cada 4-6h
• Antidiarreico: 30 mg cada 6 h
• Crianças: 0,5mg/Kg cada 4-6 h
Apresentações
• Codeína, comprimidos 30mg
• Codeína 30mg+Paracetamol 500mg
• Codeína 60mg+Paracetamol 1000mg
• Codeína xarope 25mg/5ml
Dextropropoxifeno
Dextropropoxifeno
• Opióide com menos efeito analgésico que
codeína;

• Usado como analgésico só ou associado


ao paracetamol, na dor moderada
Farmacocinética
• Boa absorção por via oral efeito em 15-60
min, dura 4-6h
• Metabolismo hepático: metabolito
potencialmente tóxico de acção mais
prolongada, norpropoxifeno
• Excreção urinária
Contra indicações
• Semelhantes à Codeína
• Também Insuficiência renal e doença
hepática
Precauções
• Idosos: maior risco de reacções adversas,
especialmente cardiotoxicidade,
depressão respiratória e retenção urinária

• Risco de síndrome de abstinência no RN


Interacções
medicamentosas
• Semelhante a Morfina
• Carbamazepina: inibição do metabolismo
desta e risco de toxicidade
• Warfarina: vigiar por risco de hemorragia
Tramadol
Tramadol
• Opióide fraco mais potente que a Codeína
• Tem dois mecanismos de acção:
✓Agonista dos receptores opioides µ
✓Inibição da recaptação de serotonina e
noradrenalina na via inibitória
descendente
TRAMADOL
TRAMADOL

Farmacocinética:
• boa disponibilidade via oral (75%)
• metabolismo hepático
• excreção renal
TRAMADOL
Efeitos secundários:
• semelhantes à morfina
Indicações:
• dor moderada a intensa

Contra-indicações:
• HIC, depressão respiratória
Precauções
• Insuficiência hepática e renal
• Risco de convulsões
• Porfíria
• Idosos: baixa eliminação
• Crianças: segurança não estabelecida
Interacções
medicamentosas
• Carbamazepina: aumento do metabolismo
do tramadol (necessidade de aumentar as
doses)
• IMAO: usar depois de 15 dias após a
suspensão; risco de efeitos
serotoninérgicos e noradrenérgicos
• Depressores do SNC, anestésicos, álcool:
potenciação dos efeitos depressores
Dose e vias de
adminsitração
• Via oral: 50-100 mg cada 4-6h
• Via IV (risco de + efeitos secundários na
administração rápida): administrar
lentamente (perfusão)
• Via SC e IM muito dolorosas
• Dose máxima 400 mg/dia
Tramadol: apresentações
• Comprimidos 50 mg (cada 4 a 6h)
• Comp LP (acção prolongada) de 100, 150
e 200 mg
✓Para administração de 12 em 12h ou cada
24 h, dependente da apresentação
✓Gotas 100mg/ml (20 gotas=0,5ml=50mg)
Buprenorfina
Buprenorfina
• Agonista parcial dos receptores opióides µ

• ± 100 x mais potente do que a morfina


oral
Buprenorfina para dor
irruptiva
• Comprimidos sublinguais: para dor
irruptiva

• Dosagem: 200 mcg, 400 mcg


Farmacocinética
•  biodisponibilidade (16%)
• Boa absorção / via sublingual (50%);
• Efeito analgésico em 15-45 min
• Pico máx plasmático 3 h
• Semi-vida 3-5 h
•  ligação às proteínas (96%)
• Apresentação em pensos transdérmicos
(absorção mais lenta: níveis terapêuticos após
12 h de aplicação)
BUPRENORFINA: Acções
farmacológicas
• Depressão respiratória difícil de
reverter!!!
• Efeito depressor central semelhante à
morfina
• Efeitos CV → TA FC
Apresentações
• Pensos transdérmicos

✓ Dosagem: 35 – 52,5 – 70 g/h

➢ Mudar o penso cada 72 horas

➢ Indicações:

✓ Náuseas/vómitos, disfagia,
insuficiência renal, má adesão ao
tratamento com morfina

• Comp sublinguais: 200 e 400 g

➢ Indicações: dor irruptiva


Outros
Opióides
OUTROS OPIÓIDES

• Dextrometorfano: usado como


antitússico
OUTROS OPIÓIDES
Usados como antipropulsores (redutores da
motilidade GI) para tratamento sintomático da
diarreia:

• Difenoxilato: derivado sintético congénere


da petidina com pouco ou nulo efeito
analgésico

• Loperamida: estruturalmente relacionado


com petidina
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
• Mecanismo de acção:
✓ deslocam agonistas totais ou impedem a sua
fixação nos receptores
• Efeitos:
✓ revertem os efeitos dos agonistas opóides
(depressão respiratória, efeito analgésico,
prurido, sedação, miose)
✓ provocam síndrome de abstinência
✓ administrados isoladamente sem efeito
• Uso clínico: tratamento da hiperdosagem dos
agonistas
NALOXONA
• Não absorvida /via oral

• Após administração IV efeito num minuto


e duração de acção de 30 min

• Antagoniza todos os efeitos sistémicos


dos agonistas opióides
NALTREXONA
Administrada por via oral

Vida média - 10h

Usada no tratamento da
toxicodependência
Bibliografia
• Farmacologia básica e Clínica - Katsung

• Farmacologia - Rang & Dale

• As Bases Farmacológicas da Terapêutica


- Goodman e Gilman “As bases
farmacológicas da Terapêutica”
• FNM
Obrigada
pela
Atenção!

Você também pode gostar