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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Departamento de Ciências Animais


Disciplina de Anestesiologia Veterinária

Anestesia em equídeos:
particularidades e técnicas

Profª Maria Gláucia Carlos de


Oliveira
1. INTRODUÇÃO
 Anestesia em equídeos
 Desafiadora

Tamanho

Massa muscular

Temperamento

Anatomia

Temperamento 2
1. INTRODUÇÃO
 Anestesia em equídeos
 A campo ou no CC
Tipo do
procedimento
Sedação
eficiente
Indução
tranquila
Manutenção
estável
Recuperação
livre de acidentes
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1. INTRODUÇÃO
 Anestesia em equídeos
 Índice de mortalidade
 1% em cirurgias eletivas
 10% em cirurgias de emergência

Decúbito
Protocolo anestésico
Tempo. cirúrgico
Tipo de cirurgia
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1. INTRODUÇÃO
 Anestesia geral em equídeos
 Complicações
 Alterações cardiorespiratórias – posição deitado
 Gastrointestinal

Miopatia pós-
anestésica

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1. INTRODUÇÃO
 Anestesia em equideos

Estação

Sedação

Neuroleptoanalgesia

Bloqueio locorregional

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1. INTRODUÇÃO
 Anestesia em equideos

Estação
Mecanismos compensatórios

Efeitos decúbito
• Trocas gasosas
• Perfusão muscular

Recuperação

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1. INTRODUÇÃO
 Anestesia em equideos

Estação - Desvantagens
Dificuldade de manter contenção adequada

Sedação excessiva
• Tremores, ataxia e queda

Sedação superficial
• Delirio
• Resposta a estimulação

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1. INTRODUÇÃO

PLANEJAMENTO

Preparo do paciente e APA

Qual técnica escolher?


 Anestesia em estação (MPA + Local)
 Indução anestésica (anestesia a campo)
 Anestesia geral

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1. INTRODUÇÃO

PLANEJAMENTO

Preparo do paciente
Medicação pré-anestésica

Indução anestésica

Manutenção da anestesia
• Injetável
• Inalatória
Bloqueios locais e regionais
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2. PREPARO DO PACIENTE
Preparo do paciente

 Avaliação clínica adequada;


• Cardiovascular e respiratório

 Jejum;
 12h alimentar;
 4-6h alimentar; s/ hídrico

 Cuidado com cascos;


 Limpeza da boca;
 Acesso jugular – no terço médio do pescoço, cuidado com a carótida,
cateter 14/16G
 Fluido 2-5mL/kg/h
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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
Qual a necessidade da anestesia??
 Sedação
 Transporte, diagnóstico etc.

 Sedação e analgesia + anestesia local


 Procedimentos cirúrgicos

 Anestesia dissociativa
 Procedimentos cirúrgicos rápidos
(15 minutos);
 Uso em repiques (1/4 da dose)
 Sedação e analgesia + anestesia geral

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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Utilização

11--Bolus
Bolus
22- -Bolus
BolusIntermitente
Intermitente
33- -Infusão
InfusãoContínua
Contínua
Níveis séricos

JANELA TERAPÊUTICA

Tempo 13
3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

3.1 Principais fármacos


3.1.1 Acepromazina
3.1.2 Alfa 2-agonistas
3.1.3 Opioides

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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
3.1.1 Acepromazina
 0,02 a 0,04 mg/kg – IM ou IV
 1%

Período de
Período hábil
latência

IM: 30-45min
3 a 4 horas
IV: 15 min

Somente tranquilização 15
3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

 Efeitos adversos

Contraindicado
Hipotensão
na Hipovolemia

Fica de 3 a 4h
Cautela em relaxado e pode
Paralisia
Garanhões não voltar -
peniana
reprodutores lubrificar

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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
3.1.2 Alfa 2-agonistas

Xilazina 0,5-1mg/kg

Romifidina 80-100 µg/kg

Detomidina 10-20 µg/kg

Dexmedetomidina 3-5 µg/kg

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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Efeitos

Relaxamento
Pode haver muscular –
Sedação
hipnose ptose palpebral
e labial

Analgesia
Abaixamento
Ataxia visceral –
de cabeça
cólica
Hipertensão seguida de hipotensão e bradicardia; redução da 18
motilidade intestinal
3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Alfa 2-agonistas

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Segurar a cabeça para dá mais equilíbrio 22
3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
3.1.3 Opioides
 Discutido
Excitação

Hipomotilidade

Depressão respiratória

Agonista/
antagonista
Opioides
puros Necessidade
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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Butorfanol
Agitação 0,1 mg/kg
de cabeça

Ataxia
30-60 min

• Sedativos
0,02 mg/kg/ 0,024 • Analgésicos
Bolus IC • Sem alterar
IV mg/kg/h
comport
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3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Morfina 0,1 a 0,2 mg/kg/IV

Sedação e analgesia
4 a 6 horas
Via epidural 0,1mg/kg
Menos efeitos deletérios –
Somente no animal com dor ação por 12h

Bolus IC

0,05 0,03
mg/kg/IV mg/kg/h 25
3. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
 Metadona
0,15 mg/kg/IV

Semelhante a morfina
IC não foram determinados

Somente no animal com dor

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4. INDUÇÃO ANESTÉSICA

4.1 Fármacos utilizados

4.1.1 Dissociativos
• Cetamina
• Tiletamina
• Associações

4.1.2 Tiopental

4.1.3 Propofol

4.1.4 Agente inalatório???

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4. INDUÇÃO ANESTÉSICA
4.1.1 Dissociativos
- Cetamina e Tiletamina

Olhos Manutenção
Salivação
permanecem reflexos
intensa
abertos protetores

Musculatura Analgesia
rígida somática

 ASSOCIADOS COM RELAXANTES MUSCULARES

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4. INDUÇÃO ANESTÉSICA
Associações

 DISSOCIATIVOS + RELAXANTES MUSCULARES


 Cetamina + Éter gliceril guaiacol – EGG

CETAMINA – 1,5 a 2,0 mg/kg IV

EGG- 50 mg/kg IV
Miorrelaxante de ação central, somente IV

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4. INDUÇÃO ANESTÉSICA
Associações
 DISSOCIATIVOS + RELAXANTES MUSCULARES
 Cetamina + Benzodiazepínicos
 Diazepam
 Midazolan

CETAMINA – 1,5 a 2,0 mg/kg IV

Benzodiazepínicos
• Diazepam ou midazolam
– 0,05 a 0,1 mg/kg IV 30
4. INDUÇÃO ANESTÉSICA

Tilemina-zolapepam

Espécie Dose IV mg/kg PL S PH min

Equinos 1-1,5 60-120 25-35

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4. INDUÇÃO ANESTÉSICA

4.1.2 Tiopental
 Bolus
 PH: 15 a 20 minutos
 Recuperação completa
 45 a 60 min
 Dose: 5-12 mg/kg IV

 ASSOCIADOS COM RELAXANTES MUSCULARES

4.1.3 Propofol
Indução (volume muito alto) e manutenção em
IC
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4. INDUÇÃO ANESTÉSICA
INDUÇÃO ANESTÉSICA

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34
35
36
5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

5.1 Injetável

5.2 Inalatória

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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

5.1 Injetável

5.1.1 Bolus
Repiques ¼ da dose

5.1.1 Infusão contínua

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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA
5.1.2 Infusão contínua
 TIVA em cavalos

Alternativa à AI
ou associada

1 a 2 horas

Analgesia Manutenção PA

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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

 Triple Drip

Cetamina

α2 agonista Relaxante
muscular

Recuperação
demorada – mesmo
tempo da anestesia 40
5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

 Triple Drip Eter Gliceril


Guaiacol

Xilazina Cetamina EGG

500 mg 2g 1 L/ 5%

2 a 3 mL/Kg/h
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• Gotejamento
– Xilazina 500 mg
– Cetamina 2 g
– EGG 5% - 1L

– Xilazina 10% - 100 mg/ml – 5ml = 500mg


– Cetamina 10% - 100 mg/ml – 2000mg = 20ml

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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

 Triple Drip

Detomidina Cetamina EGG

20 mg 2g 1 L/ 5%

1 a 3 mL/Kg/h
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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

 Triple Drip

Medetomidina Cetamina EGG

2,5 mg 2g 1 L/ 5%

2 a 3 mL/Kg/h
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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

 Triple Drip Em 500 mL NaCl 0,9%

Xilazina Cetamina Midazolan

325 mg 650 mg 25 mg

1,6 mL/Kg/h
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5. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

5.2 Anestesia inalatória

 Agente inalatório
• ISO 1,31 CAM
• SEV 2,31 CAM

• O2 1L/100kg

– PLANO ANESTÉSICO

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INTUBAÇÃO

47
INTUBAÇÃO

48
INTUBAÇÃO

49
50
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

51
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA

52
Adjuvantes

• Analgésicos
– Opioides
– Cetamina
– Lidocaína 50µg/kg/h
– Xilazina 1mg/kg/h ou detomidina 20µg/kg/h

Para reduzir a
quantidade de inalatório
- hipotensão

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Adjuvantes
- Cetamina

Subanestésicas 0,1-0,5 mg/kg/IV

IC 0,3 a 0,6 mg/kg/h

Até 2h de procedimento

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Adjuvantes
- Lidocaína
 Pró-cinético
 Reduz radicais livres

 Analgesia visceral
• Efeitos colaterais (fasciculações musculares, falta
de coordenação, convulsão e parada respiratória)

 IC: 1-2 mg/kg Bolus lento!!! e 0,05mg/kg/min


• Procedimentos > 2 horas
• 0,025 mg/kg/min
• ↓CAM inalatórios 25%
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Bloqueios locais
Lidocaína 7mg/kg; Bupivacaina 2mg/kg

Cauda e períneo – 1mL/100kg


Morfina 0,1mg/kg em 20-40mL

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5.2 Anestesia inalatória
- Monitorização

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5.2 Anestesia inalatória

• PAM acima 70 mmHg


– Abaixo pode causar laminite e por redução de
perfusão de membros
– Fluidoterapia
– Fármacos
• Dobutamina 2-5µg/kg/min

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5.2 Anestesia inalatória

• Como saber se está anestesiado?


– Sinais de superficialização
• Nistagmo e reflexo palpebral
• Respiração forte
• Deglutição e movimentos de língua

– Sinais de profundidade
• Cardiorrespiratório deprimido
• Perda de reflexos (corneal/anal)

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5.2 Anestesia inalatória
- Recuperação
Rápida;

Sem sobressaltos

Tentativas bem sucedidas

Sem riscos p/ paciente e anestesista

Uma dose de alfa2 ao final

Cessar cetamina 30minutos antes do final


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5.2 Anestesia inalatória

62
5.2 Anestesia inalatória

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5.2 Anestesia inalatória
5.2 Anestesia inalatória
• Complicações
– Miosites – Perfusão inadequada e posicionamento
– Paralisias
– Aspiração de refluxos
– Asfixia – edema de vias aéreas
– Hemorragias
– Fraturas

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Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Departamento de Ciências Animais
Disciplina de Anestesiologia Veterinária

Anestesia em equídeos:
particularidades e técnicas

Profª Talyta Lins Nunes

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