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ANESTESIA E ANALGESIA

Profa. Ana Savioli


ANESTESIA

 É uma palavra de origem grega que se


origina das expressões an (privação) e
aísthesis (sensação), significando, perda
total ou parcial da sensibilidade, sobretudo a
tátil.
 Implica a ausência de dor e outras
sensações para a realização tanto de
cirurgias, quanto para procedimentos
terapêuticos e diagnósticos.
ANESTESIA

 Considera-se que o procedimento


anestésico inclui a avaliação pré-anestésica,
a anestesia propriamente dita, o período de
recuperação da anestesia.
INTRODUÇÃO:

 ANESTESIA: perda total ou parcial da


sensibilidade, especialmente da tátil.

 ANALGESIA: perda da sensibilidade à dor


com conservação das demais sensações.

 ANESTESIOLOGIA: especialidade médica.


ESCOLHA DO TIPO DE ANESTESIA:

 Condições fisiológicas do paciente.


 Presença e severidade de doença coexistentes.
 Condições mentais e psicológicas do paciente.
 Recuperação pós-operatória.
 Manuseio da dor no PO.
 Duração e tipo da cirurgia.
 Posições do paciente na mesa cirúrgica.
 Exigências particulares do cirurgião.
CATETER PERIDURAL.
MONITORAMENTO DO PACIENTE.
A MONITORAÇAO EMPREGADA
DEPENDE:

 Das condições fisiológicas e estabilidade do


paciente.
 Do procedimento planejado e do seu
potencial de provocar alterações bruscas
nas funções cardiopulmonar.
 Da perda de sangue.
 Do tipo de anestesia.
OBJETIVOS DA ANESTESIA:

 Suprir a sensibilidade dolorosa durante a


cirurgia, com manutenção ou não da
consciência.
 Relaxamento muscular.
 Proporcionar condições ideais para a ação
da equipe.
SEGURANÇA DO PACIENTE

 Com relação as condições físicas do


paciente, a classificação proposta pela ASA
(American Society of Anesthesiologist), em
1963.
 E é utilizada no mundo todo.
SEGURANÇA DO PACIENTE

 ASA 1: paciente sadio.


 ASA 2: paciente com doença sistêmica leve/discreta.
 ASA 3: paciente com doença sistêmica severa/grave.
 ASA 4: paciente com doença sistêmica severa que e um
constante risco para a vida.
 ASA 5: moribundo que não se espera sobreviver sem a
cirurgia.
 ASA 6: paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos
estão sendo removidos para doação.
 Classe E: paciente que requer cirurgia de emergência.
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA:

 Produzir amnésia e sedação, diminuir ou


abolir dor, potencializar os agentes
anestésicos, bloquear o nervo vago (diminuir
secreções das vias aéreas e o metabolismo
e reduzir o volume gástrico) diminuindo as
necessidades de anestésicos.
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA:

 ANTICOLINÉRGICOS.
 TRANQUILIZANTES.
 HIPOANALGÉSICOS.
DROGAS PRÉ-ANESTÉSICAS

 ANTICOLINÉRGICOS:diminuem a secreção
salivar e os reflexos vagais sobre o coração

 Atropina – exerce sua ação por antagonismo


competitivo com a acetilcolina.
 TRANQUILIZANTES – possuem efeitos
ansiolíticos, amnésicos, sedativo,
anticonvulsivante e relaxante muscular.

 Diazepan – efeito colateral mais significativo


está relacionado com a depressão
respiratória.
 HIPNOANALGÉSICOS – diminuem a
ansiedade com sedação.

 Morfina, midazolan – produz hipnose e


analgesia. As complicações: euforia,
confusão mental, náuseas e vômitos,
bradicardia, hipotensão arterial,
hipoventilação pulmonar, prurido.
TIPOS DE ANESTESIA:

 ANESTESIA GERAL.
 BLOQUEIOS REGIONAIS (RAQUIDIANA E
PERIDURAL).
 BLOQUEIO DE NERVO PERIFÉRICO.
 ANESTESIA LOCAL.
ANESTESIA GERAL

 ANESTESIA GERAL POR INALAÇÃO,


INTRAVENOSA E BALANCEADA.

 É um estado induzido por uma ou mais


combinação de agentes proporcionando
controle, depressão reversível do SNC,
incluindo inconsciência.
ANESTESIA GERAL:

 DIVIDE-SE EM:

 INDUÇÃO.
 MANUTENÇÃO.
 REVERSÃO.
ANESTESIA GERAL INALATÓRIA.

 As drogas anestésicas são voláteis,


administradas sob pressão e o estado de
anestesia é alcançado quando o agente
inalado atinge a concentração adequada no
cérebro, levando a anestesia, a
inconsciência e a amnésia.
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA
GERAL:

 ESTÁGIO I: início do procedimento até a perda da


consciência. P e R irregulares.
 ESTÁGIO II: perda da consciência, padrão
respiratório regular, desaparecimento do reflexo
palpebral.
 ESTÁGIO III: anestesia propriamente dita, R regular,
P ritmo normal e pele rosada.
 ESTÁGIO IV: cessação da respiração até a
insuficiência circulatória. P filiforme e fraco, cianose,
faz-se a respiração artificial,
Elementos básicos da anestesia geral:

 Sono.
 Amnésia.
 Analgesia.
 Relaxamento muscular.
 Resposta motora diminuída a estímulo.
Anestesia geral inalatória por líquidos
voláteis:

 Halotano. ação rápida, baixo relaxamento muscular,


causa tremores na regressão, potente de odor
agradável.
 Tricloetileno.ação rápida, causa náuseas.
 Metoxiflurano.recuperação rápida, causa arritmias.
 Enflurano. rápida recuperação, relaxamento muscular
satisfatório, pode ocorrer depressão respiratória e
arritmias cardíacas.
Anestesia geral por gases:

 Óxido nitroso. administrado com oxigênio, a


indução e recuperação são rápidas e
geralmente sem problemas, mas pode
produzir hipotensão, tem odor adocicado,
não irritante, é fraco o que pode ser
compensado por medicação pré-anestésica
adequada, não é relaxante muscular.
 Ciclopropano. Sem odor, fraco, relaxa
musculatura.
Anestesia geral endovenosa.
 Tiopental. usado no início da cirurgia para indução, pode ocorrer
espasmo de laringe, causa hipotensão.
 Etomidato. indução e recuperação rápida, pode causar depressão
respiratória de pequena intensidade.
 Cetamina. usado para procedimentos rápido, causa analgesia, perda
parcial de consciência, não provoca sono, causa agitação motora na
regressão.
 Diazepínicos. efeito colateral mais significativo está relacionado com a
depressão respiratória.
 Propofol. é um hipnótico de curta duração, sendo indicado para
indução e manutenção da anestesia geral, pode causar tremores e
calafrios.
 Methoexital. é um barbitúrico de ação ultra curta usado em
procedimentos de curta duração.
REGRESSÃO DA ANESTESIA

 É um processo dinâmico que se inicia na


sala de operação. Especialmente após
cessar a administração de drogas
anestésicas deve ocorrer progressivo retorno
da consciência, paralelo à eliminação ou
biotransformação dos agentes anestésicos.
FASES DA REGRESSÃO:

 IMEDIATA: volta a consciência, reflexos das


VAS presentes e movimentação. 8 a 10
pontos no Índice de Aldrete e Kroulik.
 INTERMEDIÁRIA: identificação de sinais
luminosos ou auditivos.
 TARDIA: desempenho do paciente entre 24
a 48 horas após a realização da anestesia.
ANESTESIA LOCAL.
ANESTESIA BLOQUEIOS
REGIONAIS:

 RAQUIDIANA
 PERIDURAL
Anestesia epidural ou peridural

 Obtém-se pela injeção de um anestésico


local no canal medular no espaço ao redor
da dura-máter.
ANESTESIA RAQUIDIANA

 É obtida pela punção lombar e, no mesmo


ato, injeta-se a solução de anestésico no
líquido cefalorraquidiano, no espaço
subracnóide.
ANESTESIA RAQUI
ANESTESIA RAQUIDIANA E
PERIDURAL:

 RAQUIDIANA – usado a bupivacaína,


lidocaína, procaína. Associa-se a epinefrina
para aumentar a duração do bloqueio.
 PERIDURAL – usado lidocaína, bupivacaína,
cloroprocaína. Associa-se a adrenalina para
aumentar o tempo de ação.
ANESTESIA RAQUIDIANA E
PERIDURAL:

 As anestesias tem em comum:


 -praticamente os mesmos fármacos;
 -o posicionamento;
 -e o local da punção.

 As anestesias se diferem:
 -doses dos fármacos (raque tem uma
dosagem menor).
SRPA

 Considerando a complexidade da
assistência prestados no POI, a SRPA deve
contar com suporte de equipamento e
pessoal especializado.
 A Portaria 400/77 de 15/12/77, determina a
obrigatoriedade da existência de SRPA para
atender no mínimo 02 pacientes
simultaneamente e em condições
satisfatórias.
ÍNDICE DE ALDRETE E KROULIK
Atividade Move 4 membros 2
Move 2 membros 1
Move 0 membros 0
Respiração Profunda, tosse 2
Limitada, dispnéia 1
0
Consciência Completamente acordado 2
Despertado ao chamado 1
Não responde ao chamado 0
Circulação (PA) 20% do nível pré-anestésico 2
20 a 49% do nível pré-anestésico 1
50% do nível pré-anestésico 0
Saturação de oxigênio Mantém saturação de 92% s/oxigênio 2
Mantém saturação menor que 90% c/ 1
oxigênio
Mantém saturação menor que 80% c/ 0
oxigênio
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:

Práticas Recomendadas
SOBECC
6ª edição, 2014

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