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Introdução à anestesiologia

TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA


Introdução à Anestesiologia Veterinária Prof Me Dr Tiago Ladeiro de Almeida
Introdução à anestesiologia
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Introdução à anestesiologia
Introdução à anestesiologia

Introdução à Anestesiologia

• Para que se efetuem anestesias de modo seguro e eficiente, sem risco


para o paciente, são necessários domínio e conhecimento de:
• Farmacodinâmica;
• Farmacocinética;
• Aparelhos anestésicos;
• Técnicas anestésicas.
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Termos e definições

Droga
Toda matéria-prima de origem animal, vegetal ou material que contém
um ou mais fármacos

Fármaco
Substância de estrutura definida que, quando em contato ou introduzida
em um sistema biológico, modifica uma ou mais de suas funções
Introdução à anestesiologia

Termos e definições

Anestesiologia
Estudo relacionado à anestesia

Anestesia
Termo genérico, uma vez que todo fármaco capaz de suprimir
temporariamente a dor, tanto para fins exploratórios quanto para fins
cirúrgicos, com ou sem narcose pode ser considerado anestésico
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Fluxograma da anestesia
Avaliação do paciente

Medicação pré-anestésica

Preparo do animal

Indução da anestesia

Manutenção da anestesia

Procedimento Alta do paciente

Recuperação da anestesia
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Termos e definições

Anestesia geral
Todo ato anestésico, reversível, que cumpre os seguintes requisitos
básicos:
• Perda da consciência ou sono artificial (exemplo: narcose);
• Supressão temporária da percepção dolorosa (exemplo: analgesia);
• Proteção neurovegetativa;
• Relaxamento muscular ligado à ausência de reação de defesa contra
uma agressão (exemplo: anestesia cirúrgica).
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Termos e definições

Anestesia local
Todo ato que visa ao bloqueio reversível dos impulsos nervosos aferentes

Analgesia
Insensibilidade à dor, porém sem perda da consciência

Anestesia dissociativa
Todo ato anestésico capaz de, seletivamente, dissociar o córtex cerebral,
causando analgesia e “desligamento” do paciente, sem perda dos
reflexos protetores
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Medicação Pré-Anestésica (MPA) Divisões da anestesiologia


• Fármacos anticolinérgicos;
• Fármacos tranquilizantes;
• Fármacos ansiolíticos; Anestesia Geral
• Fármacos hipnoanalgésicos; • Barbitúrica;
• Fármacos hipnóticos. • Não barbitúrica;
• Volátil:
Anestesia Local • Halogenada;
• Não halogenada.
• Anestesia local tópica;
• Anestesia local infiltrativa:
• Intradérmica; Neuroleptoanalgesia (NLA) e anestesia dissociativa
• Superficial ou subcutânea;
• Profunda;
• Anestesia local segmentar: Miorelaxantes
• Perineural;
• Espinal:
• Peridural;
• Subaracnóidea;
• Anestesia local intravenosa;
• Anestesia local intra-articular.
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Anestesia: o que avaliar?

CONDUTAS ANESTÉSICAS
ESTADO DO PACIENTE
ESPÉCIE ANIMAL
DURAÇÃO DA INTERVENÇÃO

LOCALIZAÇÃO E EXTENSÃO DA INTERVENÇÃO

ESCOLHA DO AGENTE ANESTÉSICO

CUSTO OPERACIONAL
Introdução à anestesiologia

Medicação Pré-Anestésica (MPA)


Introdução
• Anestesia: atos pré-anestésico, transanestésico e pós-anestésico;
• Qualquer fármaco empregado no ato pré-anestésico é chamado de medicação pré-anestésica (MPA);
• Fármacos administrados nesse período: devem deprimir o sistema nervoso central (SNC), preparando o
paciente para a anestesia;
• Podem ser usados também apenas para sedação, facilitando o manejo do animal;
• Terminologias empregadas em ato pré-anestésico:
• Tranquilização: estado de calma, sem que o paciente perca a consciência. Ainda há percepção do
ambiente e manutenção da resposta para os estímulos externos;
• Sedação: estado de depressão do córtex cerebral, acompanhada de sonolência e relativa indiferença ao
ambiente. Há manutenção das funções neurovegetativas;
• Neuroleptoanalgesia: estado de indiferença ao meio obtido por meio da associação de um neuroléptico
(tranquilizante ou sedativo) e um analgésico opioide.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Finalidades

Vantagens da MPA:
• Facilitação do manejo do paciente;
• Promoção de analgesia e miorrelaxamento;
• Sinergismo por potencialização de fármacos indutores anestésicos;
• Indução suave à anestesia geral;
• Redução da resposta autonômica reflexa.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Principais efeitos desejados da MPA: sedação e analgesia:


• Benzodiazepínicos;
• Fenotiazinicos;
• Butirofenonas;
• Opioides;
• Alfa-2-adrenérgicos;
• Anticolinérgicos.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Anticolinérgicos
• Bloqueio competitivo dos receptores muscarínicos do sistema parassimpático;
• Doses adequadas não alteram o SNC;
• Empregados em situações pontuais em que realmente haja necessidade de bloqueio parassimpático;
• Principal representante: atropina;
• Muito utilizada para reverter a bradicardia ou em procedimentos de reanimação, bloqueando o
sistema parassimpático;
• TOTALMENTE CONTRAINDICADA EM GRANDES ANIMAIS:
• timpanismo em ruminantes;
• hipomotilidade prolongada em equinos, culminando em cólica.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Benzodiazepínicos
• Ansiolíticos (tranquilizantes);
• Ativação dos receptores gabaérgicos, em locais específicos para os benzodiazepínicos;
• Aumento da ação do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), promovendo inibição do
sistema reticular e consequente depressão do SNC e efeito anticonvulsivante;
• Sedação mínima em mamíferos fora homem e primatas;
• Principais representantes: Midazolam e Diazepam;
• Promovem mínimas alterações cardiovasculares e respiratórias.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Fenotiazínicos
• Acepromazina, clorpromazina e levomepromazina;
• Tranquilização por bloqueio das vias dopaminérgicas, catecolaminérgicas e histaminérgicas;
• Exposição peniana persistente em equinos: pode perdurar até 10h;
• Equinos machos e não castrados: usar agonistas alfa-2 adrenérgicos.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Butirofenonas
• Neurolépticos (antipsicóticos) com efeito depressor menos marcante que os fenotiazínicos;
• Usados na diminuição de estresse de animais em situações de confinamento e de translocação de
animais selvagens ou domésticos;
• Exemplos: azaperona, droperidol e haloperidol;
• Azaperona: tranquilização e relaxamento muscular sem efeito analgésico (efeito por redução da
neurotransmissão de dopamina)
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Opioides
• Amplamente utilizados em MPA;
• Possui ação analgésica, diferentemente dos demais citados;
• Neuroleptoanalgesia: opioide + neuroléptico: suprime dor e irritabilidade, levando a sono;
• Substâncias sintéticas derivadas da morfina;
• Além da analgesia, promovem efeitos cardiovasculares, pulmonares, digestórios, entre outros;
• Dependendo da afinidade com os receptores os opioides podem ser: agonistas totais, agonistas
parciais, agonistas-antagonistas e antagonistas.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos


Opioides agonistas totais
• Elevada afinidade e atividade intrínseca para um ou mais receptores opioides;
• Quanto maior a dose, maior o efeito;
• Morfina, metadona, meperidina, fentanila, alfentanila, sufentanila e remifentanila;
Opioides agonistas parciais
• Apresentam efeito teto (limite no efeito mesmo aumentando a dose);
• Apresentam maior segurança;
• Não devem ser usados para dores excruciantes;
• Buprenorfina e tramadol;

Opioides agonistas-antagonistas
• Atividade intrínseca a um tipo de receptor e pouca ou nenhuma atividade, podendo inclusive reverter algum efeito promovido
por um opioide agonista total;
• Butorfanol e nalbufina;

Opioides antagonistas totais


• Elevada afinidade aos receptores, mas nenhuma atividade intrínseca, ou seja, ocupam o receptor, mas não desencadeiam ação;
• Naloxona.
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Medicação Pré-Anestésica (MPA): Principais grupos farmacológicos

Morfina: “padrão ouro” na analgesia (duração de 2-4h);

Fentanila: 100 vezes mais potente que a morfina, mas com efeito pouco duradouro (30 minutos);

Meperidina: 10% da potência da morfina, dura 2h em cães;

Metadona: analgesia similar à morfina (duração de 2-6h);

Buprenorfina: agonista parcial, analgesia menor que da morfina (efeitos até 12h);

Tramadol: opioide agonista de ação parcial, 10% da analgesia da morfina (efeitos em torno de 8h);

Butorfanol: 5 a 10 vezes mais potente que a morfina (duração 2-4h)

Naloxona: efeito antagonista total em todos os receptores opioides (duração de 2h)


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ANESTESIA
DISSOCIATIVA
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Anestesia dissociativa

• 1962: síntese da cetamina:


• Indução da sensação de desconexão, dissociação do ambiente;
• Anestesia dissociativa: induzem anestesia por interrupção seletiva dos
estímulos aferentes sensoriais no tálamo e que estimulam
concomitantemente as regiões límbicas responsáveis pela
estimulação psicomotora;
• Cetamina S+ e tiletamina.
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Mecanismos de ação da cetamina

• Antagonista não competitivo do receptor n-metil-D-aspartato (NDMA), agindo:


• Bloqueando o canal aberto, causando redução do tempo médio durante o qual o
canal permanece aberto;
• Ligando-se ao receptor fechado, por um mecanismo alostérico (mudança na
forma proteica), diminuindo a frequência de abertura do canal;
• Outros efeitos:
• Antagonismo aos receptores AMPA (alfa-​amino-3-hidroxi-metil-5-4-
isoxazolpropiónico) e cainato por meio do sistema glutamato/NO/GMPc;
• Atividade gabaérgica indireta;
• Bloqueio da recaptação das catecolaminas.
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Cetamina: efeitos no SNC

• Dissociação funcional entre os sistemas talamocortical e límbico e aumenta o fluxo


sanguíneo cerebral e a pressão intracraniana;
• Evitar em pacientes com disfunções cerebrais;
• Atividade convulsivante: evitar em epilépticos;
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Cetamina: efeitos cardiovasculares


• Estimula o sistema cardiovascular tanto por ação estimulação SNC como por
estimulação do sistema nervoso simpático periférico;
• Efeito simpatomimético central é direto em razão do bloqueio da recaptação das
catecolaminas;
Cetamina: efeitos respiratórios
• Induz depressão respiratória mínima, porém, doses altas podem ocasionar respiração
apnêustica (respiração profunda com pausa inspiratória prolongada) e, em casos
extremos, apneia e parada respiratória;
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Cetamina: efeitos adversos


• Posturas bizarras e contrações musculares espásticas quando administrado só;
• Administração de agonistas alfa-2 adrenérgico, fenotiazínicos ou de
benzodiazepínicos diminui a incidência e/ou gravidade dessas reações adversas;
• Relatos de aumento de pressão intraocular.
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Tiletamina-zolazepam
• Anestésico dissociativo + benzodiazepínico;
• Associação para reduzir efeitos adversos da tiletamina;
• Zolazepam: hipnose, relaxamento muscular, ação anticonvulsionante, depressor
cardiovascular;
• Empregado na contenção química em diversas espécies, principalmente em animais
selvagens
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ANESTESIA
GERAL
BARBITÚRICA E
NÃ0
BARBITÚRICA
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Anestesia barbitúrica

• Definição: Aplicação de fármaco por via oral ou parenteral capaz de produzir um


estado anestésico seguro e reversível;
• Barbitúricos: fármacos do grupo de substâncias depressoras do sistema nervoso
central (diminuem a atividade no cérebro), usados como anticonvulsivos, sedativos e
hipnóticos;
• Vantagens:
• Obtenção de bons planos anestésicos (Variação da dose = plano);
• Praticidade de aplicação;
• Preço Razoável;
• Tratamento de intoxicações estricninas (Pentobarbital);
• Não inflamáveis ou explosivos;
• Dispensam aparelhagem específica;
• A potencialização varia de 40 a 60% (clopromazina e levomepromazina).
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Anestesia barbitúrica

• Desvantagens:
• Inviabilidade de pacientes cardiopatas, hepatopatas, nefropatas ou em choque;
• Desaconselhado para idosos;
• Metabolização lenta;
• Riscos de delírio ou excitação;
• Repercussão tardia (Efeito cumulativo de doses complementares);
• Lesões extravasculares (pH);
• Não proporcionam bom relaxamento muscular (ortopédicas);
• Depressão cardiorrespiratória acentuada;
• Contraindicado em cesarianas (pentobarbital = mortalidade de 100% dos fetos).
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Anestesia barbitúrica: propriedades farmacológicas

• Atravessam a barreira hematoencefálica e placentária (Altas concentrações no


líquido cefalorraquidiano e feto);
• Pacientes que recebem o fármaco de forma rápida se recuperam de forma rápida
(Dose maciça);
• Doses complementares geram “efeito cumulativo”, prático para o profissional porém
alto risco ao paciente (hipotermia, bradicardia, excitação);
• Pode causar apneia transitória em doses maciças, sendo revertido com estimulações
dolorosas;
• Deprimem a motilidade intestinal, imprescindível observação durante o período de
recuperação (Equinos).
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Anestesia barbitúrica: classificação dos fármacos

• Duração Ultracurta: 15 a 30 minutos (Tiamilal, tiopental);


• Duração curta ou moderada: 60 a 120 minutos (Pentobarbital);
• Duração Longa: Acima de 2 horas (Amobarbital).
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Propofol

• Emulsão fluida de óleo em água, de coloração


branca (normalmente), apresentada em vidros de
20ml;
• Período hábil anestésico de 10 a 15 minutos;
• Discreta hipotensão e taquicardia, com recuperação
isenta de excitação ou efeitos colaterais, não
observando efeito cumulativo;
• Em equinos a dose é de 2mg/kg com MPA de 0,015
mg/kg de detomidina;
• Recuperação total de 26 a 29 minutos.
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SEDAÇÃO
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Sedação

• estado de depressão do córtex cerebral, acompanhada de sonolência e relativa


indiferença ao ambiente;
• há manutenção das funções neurovegetativas;
• Tranquilizações ou Sedações:
• Contenção para manejo;
• Viagens longas;
• Exames clínicos e radiográficos;
• Manipulações ortopédicas;
• Coadjuvante da anestesia local;
• Indução anestésica;
• Ação antissialogoga (diminuição de salivação).
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Sedativos

• São considerados sedativos os fármacos pertencentes ao grupo dos agonistas α2 –


adrenérgicos:
• Xilazina;
• Romifidina;
• Detomidina;
• Medetomidina;
• Dexmedetomidina;
• Causam depressão dose-dependente do SNC e periférico;
• Diminuem a liberação de noradrenalina central e periférica;
• Diminuição da ação simpática no organismo, com menor liberação de hormônios
de estresse;
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Sedativos: ação

• Efeitos no SNC:
• Sedação;
• Hipnose (sono artificial induzido por fármaco);
• Relaxamento muscular;
• Ataxia;
• Analgesia, principalmente visceral;
• Efeitos Cardiocirculatórios:
• Diminuição da frequência cardíaca;
• Bloqueio atrioventricular;
• Redução de débito cardíaco;
• Aumento seguido de queda de pressão arterial;
• Efeitos respiratórios:
• Depressão respiratória dose-dependente;
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INDUÇÃO
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INDUÇÃO

Procedimento para alcançar plano anestésico com


perda de reflexos laringotraqueais, podendo
intubar o paciente, normalmente por
administração de fármacos intravenosos.
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INDUÇÃO

• Fármacos comumente empregados na indução:


• Tiopental: barbitúrico de alta lipossolubilidade, sem analgesia;
• Cetamina: anestésico dissociativo, com analgesia;
• Propofol: ação rápida, analgesia fraca, depressão respiratória e do SNC;
• Etomidato: analgesia fraca e causa movimentos involuntários;
• Fármaco deve ser ministrado até plano anestésico desejável, com cuidado para não
haver sobredose administrada;
• Quando em plano, imediatamente garantir via aérea e administração de anestésico
inalatório ou outro método de manutenção anestésica.
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ANESTESIA
INALATÓRIA
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Anestesia inalatória
• Obtida por meio de absorção de um princípio ativo pela via respiratória, passando
para a corrente circulatória e atingindo o sistema nervoso central (SNC);
• Promove a anestesia geral (inconsciência ou hipnose, analgesia, relaxamento
muscular e proteção neurovegetativa);
• Vantagens:
• controle da profundidade anestésica que permite o aprofundamento ou
superficialização do plano anestésico, de acordo com a necessidade da situação
clínica;
• baixas taxas de metabolização e de eliminação da maioria dos agentes inalatórios
que, em parte, podem ser eliminados pela própria via respiratória;
• Desvantagens:
• aquisição de equipamentos específicos;
• alterações fisiológicas, especialmente cardiovasculares, que advêm do uso de
alguns anestésicos inalatórios.
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Anestesia inalatória: os anestésicos


• Com exceção do óxido nitroso, todos os anestésicos inalatórios são compostos
orgânicos;
• Estes recebem processo de adição de fluoreto, cloreto ou bromo;
• Halotano foi o primeiro desenvolvido e usado como base para desenvolvimento de
outros;
• Potência dos anestésicos inalatórios: quantidade de anestésico necessária para o
estabelecimento de determinado efeito, como, por exemplo, a anestesia geral:
• CAM: CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA;
• Definida em I atmosfera levando a imobilidade de 50% dos animais submetidos à
estímulos dolorosos;
• Diversos fatores fisiológicos e patológicos influenciam na CAM;
• Trabalhamos em medicina veterinária hoje rotineiramente com isoflurano, sendo que
experimentalmente emprega-se sevoflurano e desflurano;
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CIRCUITO ANESTÉSICO FECHADO – TIPO CIRCULAR


Válvula
Fluxômetro Inspiratória
Traqueias
Válvula
Redutora Vaporizador
Válvula
Expiratória

Canister (Cal
Paciente
sodada)

Válvula de
Alívio

Balão
Reservatório
Cilindro de O2
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MANUTENÇÃO ANESTÉSICA

• Se não for usada nenhuma anestesia inalatória, porém forem administrados apenas
fármacos por via intravenosa, a anestesia é denominada anestesia intravenosa total
(AIVT), ou total intravenous anesthesia (TIVA);
• O objetivo da AIVP consiste em proporcionar analgesia e reduzir a necessidade de
anestésicos inalatórios;
• Espera-se que, com a anestesia balanceada, a função cardiopulmonar e a
antinocicepção intraoperatória sejam melhores, e a dor no pós-operatório, reduzida;
• Estudos demonstram que a AIVP é, na maioria das circunstâncias, melhor do que o
uso de anestesia inalatória apenas;
• Uma exceção envolve cirurgias nas quais o campo cirúrgico pode ser anestesiado
localmente (locorregional);
• Em situação em que se usa anestesia inalatória, deve-se lembrar que o CAVALO NÃO
RESPIRA SOZINHO, PRECISANDO SER USADO RESPIRADOR AUTOMÁTICO.
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ANESTESIA
LOCAL E
REGIONAL
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Anestesia locorregional

Anestesia tópica ou superficial


• lidocaína a 2,5% e prilocaína a 2,5% formuladas como creme;
• A eficácia como anestésicos locais é alcançada após aproximadamente 60 min e dura até 2 h;
Anestesia por infiltração
• injeção de solução de anestésico local em torno do campo cirúrgico planejado, não especificamente com o alvo perto de
qualquer nervo ou estruturas do sistema nervoso em particular;
• Muitos chamam de anestesia local;
Anestesia por bloqueio regional ou nervoso (de plexo)
• injeção de uma solução de anestésico local em um nervo periférico para bloqueio temporário da condução e, portanto, da
atividade sensorial aferente e/ou motora eferente na região anatômica inervada pelo(s) nervo(s) em questão;
• comumente para analgesia intra e pós-operatória em muitas partes do corpo, incluindo a cabeça, os membros e o tronco;
Anestesia neuroaxial
• Administração por via epidural ou espinal pode ser efetiva para alívio da dor;
• Anestesia epidural refere-se à administração de fármacos (geralmente soluções de anestésico local) no espaço epidural
(extradural), enquanto a administração de um fármaco no espaço subaracnoide é conhecida como anestesia espinal,
subaracnoide ou intratecal;
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Anestesia locorregional

Anestesia intra-articular
• anestésicos locais, opioides, esteroides e outros adjuvantes são comumente administrados em conjunto, como um meio de
proporcionar analgesia intra-articular;
• Recentemente, a atenção voltou-se para os possíveis efeitos tóxicos dos anestésicos locais sobre os condrócitos.

Anestesia regional intravenosa


• Também conhecida como ‘bloqueio de Bier’, a anestesia regional intravenosa (ARIV) envolve a administração de um anestésico
local em uma veia periférica, de onde se distribui para os tecidos servidos pela drenagem venosa local, e proporciona anestesia
cirúrgica por até 90 min;
• Antes da administração do fármaco, o membro é elevado e envolvido em uma atadura bem ajustada para exsanguinação da
extremidade distal;
• Aplica-se, então, um torniquete proximal ao local da injeção e injeta-se o anestésico local em uma veia;
• Os tecidos distais ao torniquete serão dessensibilizados.
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Dúvidas?

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