Gabarito P2 Matutino
Questão 1: A produção de gametas é
realizada em padrões helicoidais, o que
assegura a diminuição pela competição
hormonal.
Questão 02: Hidrocele
Questão 03: d,a
Questão 04: Criptorquidismo
Questão 5: Na balanopostite o animal tem
inflamação da glande do pênis e do
prepúcio.
Questão 6: Na hipoplasia testicular grave o
testículo mostra-se diminuído de volume e
flácido à palpação.
Questão 7: seminona
Questão 8: estresse térmico
Questão 9: Hipoplasia testicular
Questão 10): Gubernáculo
Estrógeno- LH- FSH - Progesterona -
Prostaglandina
GABARITO P2 SEMESTRE PASSADO -
DISCURSIVA:
Questão 1: A campilobacteriose é uma
enfermidade infecciosa transmissível
causada pela bactéria Campylobacter fetus
que pode causar diminuição nas taxas de
concepção, repetição de estros,
endometrites, abortos, subfertilidade, morte
embrionária, além de aumento entre
intervalos de partos. Avalie as sentenças
abaixo sobre esta afecção em bovinos e
assinale a alternativa correta: I) O
Campylobacter fetus possui duas
subespécies, sendo a subs. fetus
causadora de aborto esporádico em
bovinos e a subs. veneralis causadora da
campilobacteriose genital bovina (CGB) II)
Touros portadores assintomáticos são
considerados os principais responsáveis
pela difusão da doença no rebanho III) A
forma de contaminação ocorre
exclusivamente através da monta natural
IV) A melhor forma iniciar o diagnóstico
desta afecção é realizar o exame
laboratorial definitivo em todas as vacas
utilizadas para a reprodução a) Apenas II e
III estão corretas b) Apenas I e II estão
corretas. c) Apenas I, II e III estão corretas.
d) Todas as sentenças estão corretas. e)
Apenas III e IV estão corretas.
Questão 02: A hipoplasia testicular é uma
alteração de caráter hereditário que pode
acometer todas as espécies domésticas.
Avalie as sentenças abaixo sobre esta
afecção e assinale a alternativa
INCORRETA: a) Acomete com maior
frequência o lado esquerdo, podendo ser
bilateral. b) Na hipoplasia testicular
moderada somente alguns túbulos
seminíferos são hipoplásicos e sua maioria
mostra espermatogênese ativa. c) Na
hipoplasia testicular intermediária bilateral
a concentração de espermatozoides no
ejaculado é em média 75.000 por mm3 . d)
Na hipoplasia testicular modera e bilateral
a concentração média de espermatozoides
no ejaculado do touro é de 200.000 por
mm3 e) Na hipoplasia testicular grave o
testículo mostra-se diminuído de
volume e flácido à palpação.
Questão 03: Qual a importância do cão no
ciclo da neosporose dentro de um rebanho
bovino? O cão é o hospedeiro definitivo
e que o agente pode afetar uma
variedade de hospedeiros
intermediários. Ao se alimentar da
carcaça do hospedeiro intermediário, o
hospedeiro definitivo desenvolve uma
infecção intestinal. O parasito, sob
reprodução sexuada, reproduz-se no
intestino e, posteriormente, seus ovos
(oocistos, medindo 10-12 mm de
diâmetro) são levados ao ambiente
pelas fezes
Questão 04: Diferencie: Fimose:
diminuição do diâmetro do óstio prepucial.
O pênis fica retido na cavidade prepucial.
Parafimose: diminuição do diâmetro do
óstio prepucial. Incapacidade de retração
do pênis para a cavidade prepucial ou
impossibilidade de retenção do pênis no
interior do prepúcio. Acrobustite: processo
inflamatório da extremidade do prepúcio,
geralmente associado às feridas, úlceras,
edema, necrose, fibrose e às vezes,
estreitamento do óstio prepucial.
Balanopostite: processo inflamatório da
glande do pênis e do prepúcio.
Questão 05: Diferencie: Leydigocitoma:
Ocorre envolvimento das células
intersticiais ou de Leydig. Frequente em
touros e cães idosos. Não é reprodutor da propriedade em que você
hormonalmente ativo, parece ser precedido
pela hiperplasia de células intersticiais.
Normalmente não leva ao aumento do
órgão. Seminoma: Ocorre envolvimento
das células seminais. É comum em
testículos criptórquicos. Comum em cães
idosos. Caráter invasivo, pode atingir
grandes dimensões. Coloração
esbranquiçada, consistência mole e
conteúdo líquido em seu interior.
Questão 06. Você está numa fazenda
selecionando algumas novilhas para serem
as futuras matrizes reprodutoras da
propriedade. As fêmeas estão contidas no
brete aguardando sua avaliação. Quais
critérios você deve utilizar para realizar os
exames e seleção dos animais? Explique.
Antes da realização do exame
ginecológico é necessário consultar os
dados de registro e histórico de
vacinação, vermifugação e nutrição das
fêmeas. A avaliação ginecológica deve
contar com a inspeção clínica, avaliando
desde o tamanho de vulva, simetria e
boa coaptação de lábios vulvares,
presença de cicatrizes em vulva ou
glândula mamária, escore corporal,
condição física, presença de
sangramento ou corrimentos na vulva,
processos infecciosos, entre outros,
que possam interferir na ciclicidade e
futura gestação do animal. A presença
de odores anormais e alterações de
comportamento podem também ser
detectadas durante o processo de
inspeção. Em seguida pode ser
realizada a vaginoscopia e avaliação da
mucosa vaginal e entrada da cérvix,
onde se busca eventuais secreções ou
alterações de coloração de mucosa. A
palpação retal pode ser realizada com o
intuito de avaliar o posicionamento
correto das estruturas anatômicas como
cérvix, útero e ovários. Na palpação
retal também podemos avaliar o estágio
do ciclo estral do animal, fazendo a
confirmação com o exame
ultrassonográfico. Fêmeas que tenham
a estrutura anatômica do sistema
reprodutivo feminino adequada, que
estejam ciclando, que estejam no peso
ideal e que tenham sido bem avaliadas
na técnica EPMURAS são boas
candidatas a serem matrizes da
propriedade.
Questão 07: Você foi chamado para
atender um cavalo de 4 anos, vendido com
histórico de castração há 2 anos. A
principal queixa é claudicação de
membro pélvico. Durante o exame
clínico você observa uma secreção
purulenta drenando na virilha do animal.
Qual deve ser a sua principal suspeita?
Explique. A principal suspeita deve ser
funiculite, com possível infecção do
cordão espermático no momento ou
após o procedimento da castração.
Questão 08: A imagem acima representa o
aparelho reprodutor masculino de um
touro. Identifique as estruturas anatômicas
nas letras a, b, c, e. Use as linhas abaixo
para escrever sua resposta. A - Vesícula
seminal B – próstata C – Glândula bulbo
uretral D – Glande do pênis
Questão 9: Você foi realizar o exame
andrológico de um carneiro para ser o
trabalha. Quais são os principais critérios
que você deve avaliar? Como escolher o
melhor animal? Explique. Os dados de
identificação devem incluir a raça, a
tatuagem, o nome do animal e do brinco
se houver. No caso de animais
registrados o número de registro facilita
a identificação do animal e de seu
proprietário. As datas de nascimento e
do exame são fundamentais para a
definição da idade, momento e intervalo
entre avaliações. Na sequência devem
ser anotadas as informações referentes
ao proprietário, ou seja, nome,
identificação do estabelecimento de
criação, município de localização e
telefone e/ou endereço eletrônico para
contato. No exame clínico devem ser
avaliados os dentes e a boca, além do
comportamento e libido do animal frente
a uma fêmea em cio. A inspeção dos
aprumos e articulações dos carneiros é
de fundamental importância para
animais que serão muito exigidos na
monta natural, sendo desejável que
qualquer tipo de variação fique anotada
na ficha individual de cada carneiro O
estado de nutrição dos animais é um
dado relevante quando se pretende
estimar a potencialidade reprodutiva de
um carneiro. O prepúcio deve ser
inspecionado em detalhe. Para uma
melhor avaliação da integridade do
pênis e as condições do apêndice
vermiforme é necessário que o pênis
seja exteriorizado. O pênis do carneiro
pode ser facilmente exteriorizado,
sentando o animal e pressionando o “S”
peniano para promover seu
desdobramento. Após a inspeção do
órgão, levantar novamente o carneiro
para iniciar o exame clínico específico
dos genitais que deve ser procedido
com o animal em estação, uma vez que
podem ocorrer hérnias inguinais ou
escrotais nos ovinos e que dificilmente
serão diagnosticadas em animais em
decúbito. Na sequência devem ser
inspecionados e palpados os cordões
espermáticos e o escroto. A palpação
nos cordões espermáticos deve
investigar a presença de nódulos ou
aumentos de volume, que podem ser
indicativos de processos inflamatórios
locais. O exame dos testículos e
epidídimos é efetivado por palpação. O
tamanho dos testículos é o principal
componente na predição da fertilidade,
em decorrência de sua utilidade no
diagnóstico de alterações no
desenvolvimento testicular e de
alterações funcionais. O tamanho dos
testículos pode ser estimado pelo
diâmetro de ambos os testículos, pelo
seu perímetro dentro do saco escrotal,
pela medição de comprimento e largura
de cada um e ainda pelo volume medido
através da quantidade de água
deslocada. O exame dos epidídimos
deve ser efetuado em todas as suas
porções (cabeça, corpo e cauda),
garantindo sua presença, ausência de
aumentos de volume e de sensibilidade.
Após a avaliação, o melhor animal deve
ser escolhido de acordo com a
necessidade do cliente.
Questão 10: Neste mesmo dia, seu cliente
ligou e disse que você deveria escolher um
carneiro com “cara de macho”. O que você
explica para o seu cliente? A avaliação da
face do animal faz parte do exame
andrológico? Por que? Explique.O cliente
não está errado em fazer esta observação.
Certamente a avaliação das características
da face do animal podem fazer parte do
exame andrológico e podem estar
relacionadas com os níveis hormonais do
animal. A face do animal também deve ser
observada e pontuada de acordo com a
idade e a característica da raça pretendida
pelo cliente
Basicamente em todos os embriões
inicialmente se formam gônadas
indiferenciadas: potencial de se
desenvolver em ovários ou testículos.
São formadas a partir de um grupo de
grandes células granuladas do saco
vitelínico que invadem a crista germinativa.
Durante a fertilização, quando um
espermatozóide X ou Y penetra no óvulo,
formando um zigoto de constituição XX ou
XY.
Os testículos produzem ao mesmo tempo,
uma glicoproteína chamada Hormônio
Inibidor dos Dutos de Müller, que impede a
formação dos órgãos genitais
característicos da fêmea como os ovidutos,
o útero, a cérvix e a porção cranial da
vagina.
Existem 5 estágios de diferenciação
sexual:
1. Determinação cromossômica do sexo
(XX ou XY)
2. Formação da gônada bissexual
3. Diferenciação gonada
l4. Diferenciação da genitália interna
5. Diferenciação da genitália externa
Produção de gametas
Gameta feminino: óvulo
Gameta masculino: espermatozóide
FREEMARTINISMO: É a condição de
intersexualidade mais comum em Medicina
Veterinária Gestação gemelares Um feto
do sexo masculino e outro feminino Fusão
da circulação corioalantóidea (anastomose
dos vasos corioalantóides e intercâmbio
das células e hormônios entre os fetos,
antes que a diferenciação gonadal do sexo
feminino se complete)
A fêmea sofre alterações da organogênese
e do sistema genitalPara que ocorra o
freemartismo em bovinos, são
indispensáveis algumas condições:
Liberação de dois oócitos, sendo um deles
fecundado por espermatozóide X e o outro
fecundado por espermatozóide Y, gerando
gêmeos dizigóticosImplantação de
heterosexos (XX e XY) no útero
Fusão placentária durante a gestação
precoce, levando a anastomose de vasos
sanguíneos cório-alantóideos, entre os
embriões culminando com a modificação
na organogênese feminina
As fêmeas freemartin podem apresentar
clitóris hipertrofiado, presença de pêlos
longos na vulva, vagina mais curta, em
fundo cego, sendo em algumas regiões do
Brasil chamada de vaca "maninha",
apresentando características de machos
(pescoço e espáduas musculosos),
ausência de cérvix, ovários poucos
desenvolvidos ou ausentes, pouco
desenvolvimento do sistema mamário,
vestígios de gônadas masculinas e
hipoplasia dos ductos de Muller, sendo
considerada infértil (em mais de 90% das
ocorrências).
Maioria das fêmeas será estéril
O diagnóstico precoce de fêmeas estéreis
torna-se extremamente importante para os
pecuaristas, pois com isso poderá
economizar em alimento, mão de obra e
maximização do espaço físico da
propriedade.
Anatomia do trato reprodutivo feminino
Os órgãos genitais da fêmea incluem os
órgãos genitais internos (ovários, ovidutos,
útero, cérvix, vestíbulo e vagina) e os
órgãos genitais externos (lábios vulvares e
clitóris)
Principais patologias reprodutivas das
fêmeas
• Retenção de placenta
• Metrite
• Endometrite clínica e subclínica
• Piometra
Folículo primordiais: presentes ao
nascimento.
Não secretam ou respondem à ação
hormonal. Ovócito primário envolvido por
uma única camada de células foliculares
pavimentosas.
Folículo primários: recrutados para entrar
em crescimento a partir da puberdade.
Folículo secundário: circundado por
epitélio estratificado. FSH estimula seu
crescimento.
Folículos Terciários (de Graaf ou
Maduros) : As células secretam fluido no
interior do folículo, esse fluido folicular vai
se acumulando e separando as células
formando pequenas cavidades (antros)
preenchidas com esse fluido.
A camada da Teca será dividida em teca
externa (fibrosa) e teca interna (com
células secretoras de esteroides).
Oviduto / Funções
▪Os ovidutos (tubas uterinas) são
estruturas tubulares
▪ Extremidades: infundíbulo e istmo
▪ Infundíbulo abre próximo ao ovário
▪ Istmo abre próximo ao útero.
▪A parte intermediária e mais dilatada é
denominada ampola.
▪ Fímbrias: projeções digitiformes da
mucosa tubárica que auxiliam no processo
de captura do gameta ovulado.
Placentação – A implantação em bovinos
ocorre entre 11 e 40 dias e antes deste
período o embrião fica livre no corno
uterino, tendo maior risco na sua
eliminação.
O útero bovino é caracterizado como
bicórneo ( dois cornos e um corpo uterino),
com pequenas protuberâncias no
endométrio
• Produção de ovócito. Ovários • Produção
de estrógeno e progesterona
• Transporte de gametas (ovócito e spz)
• Local da fertilização
Tubas Uterinas
• Previne a contaminação microbiana do
útero
• Reservatório de sêmen na MN
• Transporte de spz
Cérvix
• Órgão da cópula
• Local de deposição de sêmen durante a
MN
• Canal do parto
Vagina
• Abertura externa do trato reprodutivo
Vulva • Proteção
Padrão ciclo estral
❖ Ovulação a cada 21 dias
❖ Sinais de cio
O ciclo estral pode ser dividido em duas
fases, a fase folicular e a luteínica.
A fase folicular inicia-se com a regressão
do CL e estende-se até a ovulação,
representando apenas 20% do período do
ciclo estral; A fase luteínica compreende o
período de atividade do CL, inicia-se com a
ovulação e finaliza com a regressão do CL
Puerpério é definido como o período que
se estende desde a parição até o retorno à
condição normal não-prenhe.
Modificações anatômicas e fisiológicas
uterinas e ovarianas visando o retorno da
capacidade reprodutiva.
Fatores de risco: Infecção; Uterina;
Retenção de placenta; Parto gemelar;
Distocia; Aborto
Ele tem uma função importante na
menstruação, protege o organismo de
agressões externas e também é um
ator-chave no processo de fertilidade
No início da primavera se inicia a estação
de monta em equinos.
ESTAÇÃO REPRODUTIVA
▪ Cio a cada 21 dias (18 a 24 dias)
▪ GnRh FSH e LH
▪ Estro dura cerca de 5 dias (3 a 9 dias)
▪ Ovulação nas últimas 24 a 48h
As éguas apresentam um período de
atividade reprodutiva durante o verão e, no
inverno, mínimo crescimento folicular e
ausência de ovulação (anestro)
O emprego de agentes indutores da
ovulação contribui na melhoria da eficiência
reprodutiva, uma vez que viabiliza a
redução do período de estro e sincroniza o
momento da inseminação
A predição do momento da ovulação reduz
o número de inseminações ou cobertura
por estro
Reduz os gastos com o transporte de
sêmen refrigerado e otimiza as doses de
sêmen congelado e o garanhão.
Após a indução da ovulação, a maioria das
éguas irão ovular no período
correspondente a 36 e 48 horas da
indução.
VANTAGENS DA INDUÇÃO DA
OVULAÇÃO
1. Diminuição da mão de obra
especializada
2. Sincronização entre doadora e receptora
em programas de TE
3. Cruzamentos programados, bom para o
transporte de fêmeas
4. Diminuição da probabilidade de
contaminação uterina
5. Tempo de ovulação próximo à
inseminação
Principais patologias reprodutivas das
fêmeas
➢Alterações de desenvolvimento:
❑ Freemartinismo
❑ Dupla cérvix
❑ Agenesia cervical
❑ Hipoplasia ovariana
➢ Alterações regressivas:
❑Cistos foliculares
❑Cistos luteinizados
❑Hidrossalpinge
❑Mucometra
➢Alterações inflamatórias:
❑Retenção de placenta
❑ Metrite
❑ Endometrite clínica e subclínica
❑ Piometra
A retenção de placenta consiste na não
expulsão total ou parcial das membranas
fetais, devido a falha nas separações das
vilosidades da placenta fetal (cotilédones)
com as criptas maternas (carúnculas). É
considerada importante fator de risco para
a metrite.
❑A retenção além de 12 horas após o
término do parto em bovinos é considerada
patológica.
Para que ocorra a expulsão das
membranas fetais é preciso que ocorra o
processo de descolamento normal.
O motivo de algumas vacas e éguas não
expelirem a placenta após a parição, ainda
não está totalmente esclarecido.
Em raças leiteiras a RP é mais comum do
que em raças de corte, tendo uma
prevalência que pode ser até 12% após o
parto normal ou eutócico.
Na tentativa de remoção manual da
placenta, podem ocorrer traumatismos
uterinos prejudicando a vida reprodutiva
futura do animal e até mesmo levar a um
quadro de peritonite.
Metrite clínica:
▪processo inflamatório que envolve as
diferentes camadas do útero (mucosa,
muscular e serosa).
▪Apresentação: nos primeiros 21 dias
pós-parto
▪ atraso na involução uterina e secreção
purulenta, e não há sinais de doença
sistêmica
Metrite puerperal:
▪comum em vacas com retenção
placentária
▪observada nas três primeiras semanas
pós-parto
▪presença de secreções abundantes na luz
uterina que são vermelhas ou marrons,
aquosas, fétidas
▪sinaissistêmicos
▪ inflamação do revestimento uterino
▪retardo na involução uterina
▪eliminação de exsudato purulento ou
mucopurulento
Endometrite subclínica:
▪ não apresenta sinais externos
▪diagnóstico na citologia
▪metrite e retenção de placenta
A vaginoscopia é uma das técnicas mais
importantes para o diagnóstico de
endometrites, porém é pouco utilizada na
prática
Vantagens:
❖Baixo custo
❖Rapidez
❖Facilidade do exame
❖Volume, aspecto e odor da secreção
cérvicovaginal
Secreção cervicovaginal com aspecto
purulento, geralmente, está relacionada
com a presença de Arcanobacterium
pyogenes, Fusobacterium necrophorum e
Proteus sp. no conteúdo uterino.
Secreções com odor fétido estão
associadas à presença de A. pyogenes, E.
coli e Manheimia haemolytica.
❑As principais bactérias encontradas na
secreção de animais com puerpério normal
são: Escherichia coli, Streptococcusspp. e
Staphylococcus coagulase negativa
❑Streptococcus equi spp. Zooepidemicus,
Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa
e Klebsiella pneumoniae
❑Candida spp e Aspergillus
Análises laboratoriais: a partir da coleta de
conteúdo uterino ou biópsias endometriais.
❖A cultura bacteriana ($ e demorado)
❖Histopatologia (verificar se há aumento,
focal ou difuso, no número de células de
defesa.)
❖Citologia
Detectar causas de subfertilidade em
rebanhos com problemas de repetição de
estro sem causa aparente, frequentes nos
casos de endometrite subclínica.
A citologia: utilizado para diagnosticar
quadros de endometrite subclínica
Escovas genitais adaptadas : cytobrush
❖O parto é considerado um período de
alto risco devido às chances de danos
físicos, falha na liberação da placenta e
contaminação bacteriana - impacto na
saúde e produtividade animal.
❖O monitoramento do estado de saúde da
fêmea, perda de condição corporal, além
do tratamento de distúrbios infecciosos e
metabólicos no início da lactação podem
auxiliar no controle dos distúrbios de
fertilidade no período do pós-parto.
O exame ginecológico é fundamental para
o controle reprodutivo do rebanho.
Registrar os resultados das avaliações é
importante para manter um histórico dos
animais, e saber interpretar estes
resultados auxilia na tomada de decisões.
Etapas Gerais do Exame Ginecológico
1- Resenha
2- Anamnese
3- Exame clínico geral
4- Exame clínico específico (ginecológico)
• Inspeção
• Palpação (abdominal e retal)
• Exame das glândulas mamárias
5- Exames auxiliares
- Vaginoscopia
- Ultrassonografia
- Citologia vaginal ou cervical
- Biopsia endometrial
- Cultura de secreções vaginais ou uterinas
- Exames das placenta
- Dosagens hormonais
A cervix e suas particularidades
• Novilhas não gestantes
- 2-3 cm diam. e 5-6 cm comp.
-Localização Intrapélvica
• Vacas Multíparas não gestantes
- 5-6 cm diam. e até 10 cm comp.
- Localizada ~ borda cranial da pelve
• Vacas gestantes
-Bastante aumentada durante a gestação
(o tamanho total aumenta com gestações
sucessivas)
-Com o desenvolvimento da gestação é
tracionada para além do bordo pélvico
-A medida que a gestação progride, a
distensão do útero gravido reduz a
mobilidade ( o que também ocorre em
algumas condições patológicas como
aderência, piometra e tumores)
Cornos Uterinos: O tamanho vai depender
do animal estar gestante ou não, do
estágio da gestação, do pós –parto ou se
está sofrendo alguma condição patológica.
• Os cornos quando não gestantes são
aproximadamente iguais em tamanho
• Na gestação, pós-parto ou condições
patológicas há assimetria.
• Os cornos uterinos sofrem ainda
alterações cíclicas que podem ser
identificadas na palpação
Cornos Uterinos
Durante o diestro são flácidos e à medida
que o CL regride e há crescimento folicular,
o tônus uterino aumenta de modo que os
cornos tornam-se túrgidos e espiralados
quando próximos ao estro.
Estruturas palpáveis presentes nos ovários
Folículos Dominantes
Corpos Lúteos
Cistos foliculares
Cistos luteinizados
São estruturas flutuantes devido a
presença de líquido em seu interior.
• Atingem diâmetro máximo de 2,5 cm nas
raças européias e 1,5 cm nas zebuínas.
Corpo
Lúteo
(CL)
São estruturas macias que se formam após
a ovulação e são associados com diestro,
gestação ou ocasionalmente podem ser
persistentes.
Geralmente eles se projetam na superfície
ovariana e levam a um aumento fisiológico
do ovário à medida que crescem, indicando
que a vaca está ciclando.
Exames auxiliares
• Avaliação laboratorial da placenta-
abortos.
• Histopatologia – biopsia uterina-manejo
reprodutivo- descarte.
• Ultrassonografia – acompanhamento
folicular, alterações uterinas, diagnóstico
gestação e sexagem embrião.
Exame ginecológico em pequenos
ruminantes
1- Resenha e anamnese
* Importante conhecimentos anatômicos e
fisiológicos :
Ciclo estral
(Puberdade – 6-8 meses)
- 2 dias de proestro
- 3-5 dias de metaestro
- 7-10 dias de diestro
- Cio ovelha = 30 hrs e cabra = 36 hrs
- Anestro estacional- fotoperiodo negativo
Tempo de gestação :
• Ovelha= 145-150 dias
• Cabra = 147 – 155 dias
ÉGUAS
Ciclo estral – 21 dias
Puberdade – 3 anos.
Exame ginecológico em égua
Sinais de cio : edema vulva, cérvix
relaxada com pouco muco transparente as
vezes com estrias de sangue, mucosa rosa
brilhante.
Diestro - muco branco e grudento, útero
tenso.
Anestro – mucosa pálida e seca, atrofia
endometrial.
Exame ginecológico em égua
4 – Exame vaginal- cérvix
5- Exame das glândulas mamárias
6- Exames auxiliares
• Vaginoscopia – espéculo tubular tipo
Polanski
Biopsia endometrial – importante para
éguas estéreis.
• Citologia endometrial- Swab
• Cultura de secreções
• Ultrassonografia – Acompanhamento do
ciclo estral e diagnóstico gestação
Para um exame clínico ginecológico
completo e confiável são necessários além
de conhecimentos da semiologia,
conhecimentos da fisiologia e anatomia
reprodutiva da espécie.
Os exames auxiliares devem sempre ser
escolhidos de acordo com custo benefício.
Infecções que ocasionam mortalidade
embrionária e fetal são responsáveis por
mais de 50% dos problemas reprodutivos
em bovinos de todo o mundo. Várias
classes de micro-organismos,
destacando-se entre elas bactérias, vírus e
protozoários podem infectar o trato
reprodutivo trazendo consequências
deletérias à fêmea bovina e, principalmente
ao concepto (embrião ou feto). A
rinotraqueíte infecciosa bovina, a diarreia
viral bovina e a leptospirose são as três
principais doenças infecciosas que
comprometem a reprodução em bovinos de
corte e leite de todas as regiões
geográficas brasileiras.
Os testículos ou gônadas masculinas
situam-se no abdome durante a fase
embrionária e, durante a vida extrauterina,
alojam-se na bolsa escrotal.
Função exócrina ou citogenética
Exercida pelos túbulos seminíferos
Produção dos gametas masculinos, os
espermatozoides
Função endócrina: Produção de hormônios
sexuais
Testosterona produzida pelas células
intersticiais ou de Leydig.
Hidrocele: acúmulo de líquido na túnica
vaginal
• Hematocele : traumatismo testicular ou
secundária a um hemoperitônio.
Hidrocele e hematocele: podem levar a
degeneração testicular (compressão)
Dermatite escrotal: Achado frequente e
normalmente inespecí́fico.
Pode aumentar a temperatura local –
degeneração testicular
Alterações testiculares
Testículos: simétricos, móveis, sem sinais
de dor a palpação, consistência
fibro-elástica.
Qualquer assimetria, alteração da
conformação ou consistência testicular
pode indicar processo patológico.
A palpação cuidadosa desse órgão auxilia
na detecção de possíveis alterações
Alterações adquiridas: processo
degenerativo testicular, alterações
inflamatórias e neoplasias.
Alterações genéticas e/ou congênitas:
monorquidismo, anorquidismo,
criptorquidismo e hipoplasia testicular
Causas principais:
• Temperaturas elevadas
Dermatite escrotal, excesso de gordura
escrotal, edema, hidrocele.
Bos taurus são mais sensíveis aos efeitos
do estresse térmico do que Bos indicus
Touros expostos a insulto térmico
começaram a apresentar modificações em
seus quadros seminais após 11 a 14 dias,
com diminuição da concentração
espermática, da motilidade progressiva, do
vigor espermático e da porcentagem de
espermatozoides normais, sendo estes
efeitos dependentes do tempo e da
severidade da agressão térmica ao epitélio
seminífero, podendo isso ser reversível ou
não.
Alterações inflamatórias
A cepa de Brucella abortus B19 é capaz de
provocar orquite, e, por isso, não
érecomendada a vacinação de machos
bovinos com essa amostra.
Agentes virais como o herpesvírus equino
1, também podem infectar o tecido
testicular.
Patologias dos testículos- Alterações
inflamatórias
➢Orquite/epididimite:
❑Sinais clínicos: aumento de volume e
temperatura no testículo, com sensibilidade
dolorosa à palpação.
❑Geralmente afeta a cauda do epidídimo
❑Diagnóstico: histórico + sinais clínicos+
exames complementares
Neoplasias testiculares
Entre os animais domésticos, as
neoplasias testiculares são mais comuns
em cães velhos, seguidos dos touros
idosos, sendo menos frequentes nas
demais espécies.
Os tumores testiculares são derivados de
elementos testiculares especializados:
(a) células intersticiais ou de Leydig ou
leydigocitoma
(b) células de Sertoli ou sertolioma
(c) células seminais ou seminoma.
Neoplasias testiculares
❖ Na maioria dos casos de tumores
testiculares, a espermatogênese é
comprometida somente no testículo que
apresenta neoplasia, sendo que o testículo
contralateral mantém a atividade
gametogênica.
❖ A diferenciação macroscópica das
neoplasias testiculares pode ser difícil.
CRIPTORQUIDISMO
Ocorre pela interrupção no trajeto normal
de migração da cavidade abdominal para a
bolsa escrotal;
Três mecanismos podem ser responsáveis
pela descida anormal dos testículos:
1. Ausência do desenvolvimento do
gubernáculo;
2. Desenvolvimento anormal do
gubernáculo;
3. Crescimento excessivo e ausência ou
retardo na regressão do gubernáculo.
Unilateral é mais frequente do que o
bilateral;
Possui caráter hereditário – unilateral
permite transmissão para descendentes;
O testículo pode estar retido na cavidade
abdominal, no anel inguinal ou no canal
inguinal. É afuncional sob o ponto de vista
espermatogênico.
O testículo retido é bastante susceptível a
neoplasias.Testículo se encontra na
cavidade abdominal juntamente com o
epidídimo: criptorquida abdominal total ou
completo
Testículo se encontra na cavidade
abdominal e o epidídimo no canal inguinal,
o cavalo é classificado como criptorquida
abdominal parcial ou incompleto
Testículo se encontra no canal inguinal ou
no subcutâneo, externamente ao canal
inguinal superficial, consagra-se
criptorquidismo inguinal
Animais com criptorquidismo bilateral são
inférteis,mas demonstram comportamento
de garanhão e libido normais (testosterona
normal- cels de Leydig)
HIPOPLASIA TESTICULAR
o Ocorre em todas as espécies
domésticas, especialmente em touros,
cavalos e varrões.
o Acomete com maior frequência o lado
esquerdo, podendo ser bilateral.
o HIPOPLASIA TESTICULAR
O diagnóstico da forma moderada é difícil,
pois os testículos são clínica e
microscopicamente normais e a fertilidade
não é alterada.
✓Recomenda-se que os animais com
suspeita clínica de hipoplasia testicular
sejam eliminados sumariamente da
reprodução, dada a gravidade dos
problemas genéticos descritos como
causadores dessa alteração.
Epidídimo
Alterações de desenvolvimento
Aplasia e hipoplasia
Aplasia segmentar
Observada com maior frequência em
bovinos, também ocorre em carneiro, bode,
porco e cão. A ausência de um segmento
do epidídimo (normalmente no corpo e
cauda) causa espermiostase,
espermatocele e formação de granulomas
espermáticos.
Epididimo
Espermatocele é a dilatação cística do
conduto epididimário com acúmulo de
espermatozóides.
Como consequência: atrofia do epitélio,
ruptura da membrana basal e
extravasamento de espermatozóides para
o interstício, gerando um granuloma.
Assemelha-se a um abscesso.
São causados por aplasia congênita ou
infecções e traumatismos.
Cordão Espermático
Aplasia segmentar do ducto deferente
Varicocele
Ocorre isoladamente ou associada a outras
alterações de segmentos derivados dos
ductos mesonéfricos.
Dilatação das veias do plexo pampiniforme
e veias cremastéricas. Ocorre
frequentemente em ovinos, ocasionalmente
em equinos e raramente em bovinos.
Acompanha a formação de trombos e pode
predispor à degeneração testicular.
Funiculite
Inflamação do cordão espermático.
Geralmente é sequela de castração;
Patologias das glândulas acessórias
➢Vesiculite
✓Vesiculite seminal: brucelose,
tuberculose, bactérias e trauma
✓Aumento de volume e sensibilidade
✓Peritonite
✓Diagnóstico: palpação e andrológico
✓Tratamento: antibiótico e AINES
Patologias Pênis e prepúcio- Alterações
inflamatórias
❖ Impotência Coeundi
• Perda da libido
• Perda da habilidade de realizar cópula
Causas:
• Afecções do prepúcio
• Prolapso, parafimose,abscedação, fibrose
e avulsão prepucial
Patologias Pênis e prepúcio
➢Fimose : diminuição do diâmetro do
óstio prepucial
➢Fimose ou estenose prepucial: pênis fica
retido na cavidade prepucial
➢Traumatismo, neoplasias ou celulite
prepucial
➢Adquirida: lacerações
➢Gotejamento de urina, incapacidade de
copular
➢Acúmulo de urina no prepúcio, irritação -
balonopostite
É uma alteração de caráter hereditário.
Neoplasias
Células de Leydig: leydigocitoma
Células de Sertoli: Sertolioma
Seminoma (células germinativas)
Fibropapiloma
Carcinoma