Júlia Teixeira Naves – 7° período
Júlia Teixeira Naves - 2022
De 2019 a 2020 a venda do sêmen aumentou 47%. O
cruzamento industrial Angus X Nelore foi muito aceito
no mercado internacional.
Agronegócio tem cerca de 20 a 25% de participação
no PIB do Brasil.
Mercado de inseminação artificial em suínos
Suíno não congela bem sêmen como o touro (baixa
sobrevivência de sptz). Trabalha com resfriamento de
sêmen.
Diagnóstico de fertilidade:
• Exame clínico: semiologia do sistema
reprodutor e anatomia macroscópica e
patológica;
• Diagnóstico: técnicas laboratoriais, anatomia
microscópica e histopatológica;
• Sanidade: medicina veterinária preventiva,
patologia clínica e colheita de material;
• Exame de sêmen: patologia celular e
bioquímica seminal;
• Manipulação e processamento de material de
multiplicação genética: zootecnia,
melhoramento e análise de pedigree,
genética e citogenética, biossegurança.
O diagnóstico de fertilidade inicia com o exame clínico
e termina com o exame de sêmen.
Evolução das técnicas de semiologia do
sistema genital:
Palpação per rectum e avaliação do tônus testicular
• Desenvolvimento de sensibilidade tátil e
técnicas de exame de glândulas acessórias e
testículos
Diagnóstico por imagem:
• Ultrassom;
• Doppler colorido
Avaliação da termorregulação:
Equídeos
Não congela bem sêmen (fertilidade diminui). Usa
transporte de sêmen resfriado.
Avicultura:
Usado principalmente para perus: macho maior que a
fêmea, cópula demora muito, fêmea pode morrer
depois.
Em mamíferos os testículos localizam-se em um
compartimento extra-abdominal, a bolsa escrotal, e
existe um gradiente de 3 a 6° inferior a temperatura
corporal. Isso é essencial para o desenvolvimento da
gametogênese;
Pode medir pela ultrassonografia (espessura de pele
e gordura, tamanho de vasos) e termogramas
(infravermelho).
• Na ultrassonografia, quanto menor diâmetro
de pele e gordura e quanto maior o diâmetro
de vasos, melhor.
Pode ser avaliada pela distensão escrotal (musculo
cremáster afasta ou aproxima bolsa testicular do
abdômen para controlar temperatura).
Quando a temperatura testicular está alta, diminui a
concentração e a motilidade do sêmen e aumenta a
patologia.
Avaliação hemodinâmica do testículo pelo
Doppler:
Artéria abdominal se ramifica em artéria testicular.
Acompanha o epidídimo.
Componentes epididimários:
Depois que sptz são formados vão para o epidídimo,
que tem cabeça, corpo e cauda. É onde ocorre a
maturação espermática. No início do processo não
tem motilidade, mas quando chegam na cauda já tem.

Ducto deferente: é onde ocorre o processo de
ejaculação. Sptz armazenados na cauda do epidídimo
são conduzidos até uretra pelo ducto deferente. Esse
ducto tem uma parede muscular espessa que se
contrai e auxilia na expulsão dos sptz. Contração
pode ser estimulada pela ocitocina para facilitar o
trânsito espermático;
Glândulas acessórias
Bovinos: bulbouretral, próstata, glândula vesicular e
ampola do ducto deferente. No touro não tem acesso
a gl. Bulbouretral manualmente (coberta pelo músculo
bulboesponjoso), apenas no ultrassom.
O cão só tem próstata;
O suíno tem bulbouretral muito desenvolvida;
Na castração essas glândulas regridem e ficam
difíceis de serem identificadas tanto na palpação
quanto na ultrassonografia;
Pênis:
Garanhão: tem pênis do tipo vascular: dilata em
diâmetro e comprimento. A glande dilata muito.
Processo uretral do garanhão é muito proeminente e
bastante irrigado. Assim, se tiver atrito com cerdas da
cauda da égua no momento da cópula, pode lacerar e
ter sangramento, o que vai afetar a qualidade dos
espermatozoides, já que o sangue (e urina) são
deletérios para a qualidade espermática. Na vagina
artificial: deve tirar a água antes de remover o pênis,
pois a glande dilata muito;
Touro: pênis do tipo fibroelástico. Desfaz o S peniano,
mas não aumenta de tamanho. Rufião: uma das
técnicas usada é a sutura do S peniano para não
expor pênis;
Cão: presença de osso peniano, que é quem garante
a rigidez do pênis. A cópula é pré erétil, se animal
entrar em ereção antes da cópula, não consegue
completar cópula. Bulbo da glande se dilata de 2 a 3
vezes durante a cópula, garantindo a união na fêmea
até terminar a ejaculação;
Varrão: pênis espiralado. Divertículo peniano:
problema, acumula bactérias, urina e pode
contaminar o pênis (é importante fazer a higiene
antes da coleta);
• A pipeta de inseminação também é
espiralada;
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Fisiologia da ereção:
Sistema Nanc: terminações nervosas não
adrenérgicas e não colinérgicas. Seus mediadores
não são acetilcolina nem adrenalina. As terminações
nervosas desse sistema liberam oxido nítrico no
endotélio vascular. O oxido nítrico é convertido pela
guanilato ciclase de GTP a gmp cíclico. Esse gmp
cíclico, pela fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), é
convertido em GTP novamente.
O gmp cíclico, diminui a concentração de cálcio, que
promove relaxamento do músculo liso e proporciona a
ereção;
A falta da enzima PDE5, não permite que o gmp
cíclico seja convertido em GTP, fazendo com que a
ereção se mantenha pelo acúmulo do gmp cíclico
(mecanismo do viagra);
Teste de libido: avalia a sincronia de eventos que
ocorre quando macho se aproxima da fêmea em cio,
que leva ao aparecimento de todas as etapas de
cortejo sexual e resulta em ereção;
COLETA DE SÊMEN:
Touros de centrais estão condicionados a saltar em
manequins que não estão no cio. São condicionados
para coletarem na vagina;
No cão: faz coleta por manipulação peniana. Quando
animal tenta virar, em 180° em direção oposta a
fêmea, faz a eversão do pênis manualmente para
mimetizar cópula natural;
Cavalo: coleta condicionada em manequins (no Brasil
geralmente usa éguas contidas) com urina de égua
no cio;
Suíno: coleta é por manipulação do pênis. Sêmen tem
grande quantidade de gel, que tem que ser filtrado
para aproveitar o sêmen de forma viável;

PROCESSAMENTO DO EJACULADO:
Pode ser laboratorial, com máquinas mais
sofisticadas, avaliação microbiológica...
É avaliado por microscopia;
Congelado por nitrogênio líquido para aproveitamento
em inseminação artificial;
No exame andrológico não congela, faz uma
avaliação preliminar de aspectos físicos e de
concentração e capacidade espermática.
Posteriormente, faz julgamento da aptidão reprodutiva
do animal;
Patologia e cinética celular:
Sistema nervoso central: interrelação de ambiente e
organismo, desencadeando fenômenos que
corroboram para a reprodução;
Estímulos entero e exteroceptivos;
• Exteroceptivos: luminosidade;
• Enteroceptivo: estresse (cortisol) – pode levar
a anestro;
Hipotálamo é um núcleo que inicia as respostas
fisiológicas necessárias para a produção de
espermatozoides, comportamento sexual e fator de
liberação de gonadotrofinas (GnRH);
GnRH na hipófise anterior (adenohipófise) induz
liberação de FSH e LH. Na hipófise posterior
(neurohipófise) induz liberação de ocitocina e
vasopressina;
OBS: pode usar ocitocina para induzir ejaculação
(contração do ducto deferente). Alguns estudos
mostram uma relação entre ocitocina e socialização
(ocitocina aumenta);
Conexões hipotalâmico-hipofisárias:
• Adenohipófise: sistema porta-hipotalâmico
hipofisário (conexão vascular). Estruturas
neurais nos núcleos hipotalâmicos liberam
seus produtos na iminência média e esses
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Avaliação física: percentual de células móveis,
contagem de células na câmara de Neubauer e
avaliação da patologia espermática;
Resumindo: o que envolve a anatomia
funcional?
• Avaliar doador: genética, pedigree...
• Exame do doador e controle de sanidade;
• Processamento do sêmen e controle de
qualidade;
• Comercialização e distribuição do material
genético;
produtos são levados a adenohipófise por
mecanismos vasculares;
• Neurohipófise: projeções de neurônios
magnocelulares, que tem grande corpo
celular, muito desenvolvidos (conexão
neural). Produzem ocitocina e vasopressina,
que são conduzidas pelo axônio até a
hipófise posterior;
Regulação da função testicular:
Regulada principalmente pelo SNC;
Touro é pouco sensível a luminosidade. Garanhão
tem certa variação na produção espermática ao longo
do ano, mas não é uma variação que o impede de
reproduzir (motilidade e concentração no inverno
caem – menor luminosidade);
Hipotálamo produz GnRH (de forma pulsátil) que atua
sobre neuro e adenohipófise que irão secretar seus
hormônios (glicoproteicos):
• FSH: célula de Sertoli, célula de sustentação.
Responsável pela nutrição e desenvolvimento
dos espermatozoides. A célula de Sertoli é
intratubular (dentro do túbulo seminífero);
• LH: célula de Leydig – produz testosterona. É
uma célula intersticial;
• Inibina
ENDOCRINOLOGIA BÁSICA:

Hormônios proteicos: LH e FSH. O GnRH é um
peptídeo, derivado do amido:
• Hormônio proteico não atravessa membrana
(hidrofílico), então precisa de um receptor: irá
se ligar a um receptor de membrana e ativar
proteína G (primeiro mensageiro), que possui
3 subunidades. Proteína G se dissocia e uma
porção da sua subunidade vai trocar o GDP
pelo GTP. Essa subunidade ativada irá se
ligar a um sítio específico da Adenil ciclase
(segundo mensageiro) e transformar ATP em
cAMP. O cAMP irá se difundir pelo citoplasma
e ativar uma proteína cinase A, que adiciona
grupos fosfato a proteínas específicas. No
hepatócito, proteína cinase A fosforila e ativa
outra enzima chamada fosforilase, que
converte glicogênio a glicose-6-P, que depois
é convertida em glicose = energia para o
fígado;
Hormônio esteroide: testosterona:
• Esteroide é lipofílico (passa pelas
membranas). Na corrente sanguínea está
unido a albumina. Quando chega no tecido
alvo, ele se dissocia do carreador, passa a
membrana e se liga a um outro receptor no
citoplasma, sendo levado para o núcleo em
forma de complexo ativado. Outros esteroides
podem ir diretamente ao núcleo, onde estão
seus receptores. O complexo hormônio-
receptor no núcleo se liga a regiões
específicas do DNA (elementos responsíveis
ao hormônio) e promove uma transcrição
específica: produção de um RNA mensageiro
que irá codificar síntese de determinada
proteína;
• Todos os hormônios esteroides são derivados
do colesterol, com uma grande similaridade
entre eles;
Processo pelo qual se forma a testosterona:
estereoidogênese:
Todos os hormônios esteroides são derivados do
colesterol (que tem 4 aneis);
Progestágenos são relacionados a progesterona. São
esteroides que tem 21 carbonos.
Córtex da adrenal: cortisol. Medular: aldosterona.
Também tem 21 carbonos;
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Andrógenos tem 19 carbonos. Estrógenos tem 18
carbonos;
Testosterona tem 19 carbonos e é convertido a
estradiol por enzima chamada aromatase. Quando
essa enzima atua sobre a testosterona, torna o
primeiro anel um núcleo benzênico (aromático).
Assim, estradiol terá 18 carbonos;
Exemplo: deficiência de 21-hidroxilase:
Colesterol é convertido em pregnelonona, que é
convertida a progesterona. Pela ação da 21
hidroxilase, a progesterona é convertida em
dihidroxicorticosterona, posteriormente em
corticosterona e aldosterona (medular da adrenal).
Quando está ausente, não tem essa conversão.
Assim, toma uma via hormonal diferente, secundária.
Nessa via, leva a formação de androsterona e
dihidrotestosterona. A dihidrotestosterona é precursos
metabólico da testosterona extremamente ativo.
Assim, leva a masculinização (hirsutismo), além de
baixa de sódio e aumento de potássio;
A estereoidogênese (síntese de hormônios
esteroides) tem duas vias: via delta 4 (não passa pela
progesterona) e via delta 5 (passa pela
progesterona):
• Garanhão: usa com mais eficiência delta 5;
• Touro e humanos: usa com mais eficiência
delta 4;
Produção da testosterona:
Hipotálamo libera GnRH em pulsos de 60 a 90
minutos para estimular a secreção pulsátil de LH e
FSH na corrente sanguínea. O LH se liga nos seus
receptores nas células de Leydig, o que desencadeia
uma série de reações em cascata que incluem a
conversão de colesterol em pregnelonona por via do

LDL, seguido por uma séria de reações que
convertem a pregnelonona em testosterona.
A testosterona secretada pelos testículos se difunde
pela circulação periférica para atingir os tecidos alvo:
• Fígado, músculo e tecido adiposo:
testosterona se liga diretamente ao receptor
de andrógeno (AR) para exercer seus efeitos
biológicos;
• Pele, cabelo, próstata e tecido gonadal, a
testosterona tem que ser convertida em
dihidrotestosterona pela enzima 5-a-redutase
para se ligar ao receptor de andrógenos (AR);
• Nos ossos e cérebro: a testosterona é
convertida pelo processo de aromatização em
estradiol, que se liga ao receptor de
estrógeno (E2R) para realizar seus efeitos;
Ações secundárias da testosterona:
Testosterona tem efeito reprodutivo e não reprodutivo
(atua em músculo, fígado, tecido adiposo). Quando é
convertida em estrógeno pela aromatase, ela irá atuar
no cérebro, formação óssea...
A insuficiência na produção de testosterona pelos
testículos é chamada de hipogonadismo.
• Hipogonadismo primário: deficiência na
produção testicular;
• Secundário: defeito no eixo hipotalâmico-
hipofisário;
• Ambas as formas podem ocorrer
concomitantemente;
Se a quantidade de testosterona que chega aos
diversos tecidos for insuficiente, podem ocorrer várias
manifestações clínicas:
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• Fígado, músculo e tecido adiposo: no fígado,
após se ligar ao receptor de andrógeno,
testosterona aumenta síntese proteica. No
músculo, produz incremento da massa
muscular. Por esse efeito anabólico, o
indivíduo com baixa testosterona pode
apresentar fraqueza muscular e letargia.
Em outros tecidos, a testosterona precisa ser
convertida em outros metabólitos ativos para produzir
seus efeitos biológicos:
• Cérebro e ossos: convertida por
aromatização em estradiol, que se liga ao
receptor de estrógeno. Leva ao
desenvolvimento ósseo. Em baixas
concentrações, pode levar a osteoporose;
• No homem: testosterona é responsável por
estabilidade do humor, auento da libido e
pode ter efeito positivo na cognição.
Indivíduos com baixa testosterona podem
apresentar alterações no humor, falta de
motivação e libido reduzido;
• Pele, cabelo, próstata e tecido gonadal:
testosterona convertida em
dihidrotestosterona pela 5-a-redutase para se
ligar ao receptor de andrógeno. Promove
desenvolvimento de pelos em face, axila e
região pubiana em adultos. Em falta, pode ter
queda de cabelo. Nos órgãos sexuais,
contribui para desenvolvimento do pênis,
espermatogênese e função prostática. Baixas
concentrações: menor aporte sanguíneo para
pênis e disfunção erétil;
Outros efeitos da testosterona:
• Estímulo da hematopoiese;
• Regulação da função imune;
Interações das células testiculares:
A célula de Sertoli produz estradiol, ativina, inibina e
outras proteínas que modulam a atividade da célula
de Leydig;
Os produtos da célula de Sertoli modulam a função
das células germinativas;
A testosterona das células de Leydig modula a função
das células peritubulares e das células de Sertoli;
Os produtos das células peritubulares influenciam a
atividade das células de Sertoli;

EVENTOS ANATÔMICOS NA
DIFERENCIAÇÃO SEXUAL:
Fertilização (no momento da fecundação,
espermatozoide que vai fecundar óvulo pode ser X ou
Y) > sexo gonadal (primeiro evento anatômico na
diferenciação do sexo. Derivado da produção
hormonal da glândula em desenvolvimento. Células
de Leydig produz testosterona e células de Sertoli
produzem hormônio anti mulleriano. Testosterona
convertida em dihidrotestosterona pela alfa-6-
redutase) > sexo fenotípico (virilização da genitália
externa masculina – DHT é responsável por isso. Se
faltar DHT = sexo ambíguo) > imprint do sexo cerebral
(atividade da enzima aromatase que faz estradiol
levar a masculinização do cérebro e inibir fenômenos
cíclicos da reprodução como nas fêmeas);
Sexo feminino: passivo. Não depende de indução
hormonal;
Sexo masculino: depende de indução hormonal;
DISTÚRBIOS DA DETERMINAÇÃO
GONADAL:
Hermafroditismo verdadeiro:
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A inibina tem dois mecanismos de feedback negativo:
• Alça curta: chega na hipófise anterior e inibir
a produção de LH e FSH;
• Alça longa: vai diretamente no hipotálamo e
inibe a produção de GnRH;
A testosterona tem mecanismo de feedback negativo:
• Hipófise anterior: inibe FSH e LH;
• Hipotálamo: eleva a inibição de GnRH
OBS: DHT é 20x mais potente que testosterona.
Quem faz a conversão é a 5-alfa-redutase. Se essa
conversão não ocorre, não tem DHT = lábios vulvares
que vão dar origem a bolsa escrotal não se fundem =
não tem genitália externa bem formada, mas sim
ambígua
Possui genitália interna (gônadas) de ambos os sexos
– ovário e testículo
Pseudo-hermafrodita:
Tem genitália externa ambígua e gônoda é de um dos
sexos
• Pseudo-hermafrodita masculino: genitália
interna masculina;
• Pseudo-hermafrodita feminino: genitália
interna feminina;
Disgenesia testicular:
Má formação;
Síndrome da regressão testicular:
Precoce:
• Testículos rudimentares;
Tardia:
• Agenesia de células de Leydig e
anorquidismo (ausência de formação dos
testículos);
DISTÚRBIOS DA FUNÇÃO TESTICULAR:
Distúrbios relacionados com o sexo gonadal;

Existem erros de diferenciação sexual que envolvem
a base endócrina: falta de enzimas que convertem os
esteroides e formam hormônios;
Deficiência ou anormalidade de LH ou de seu
receptor:
O primeiro passo para conversão de colesterol em
pregnenolona é a ligação do LH aos receptores na
célula de Leydig. Se não tem LH, receptor de LH
(podem estar ausentes ou inativos), ou se tiver má
formação estrutural do LH (é uma proteína), em que
os sítios de ligação com os receptores podem estar
afetados (má conformação), não vai ter a
estereoidogênese;
Síndrome da persistência dos ductos de
Miller:
Precursora da célula de Sertoli produz hormônio
antimulleriano (AMH), que faz regredir o
ducto/genitália interna do macho. Se tiver defeito na
produção desse hormônio, o ducto permanece e
animal fica com características femininas;
Defeitos na síntese de testosterona:
Essencial para estruturação, desenvolvimento e
manutenção do sistema genital masculino;
Enzima 3beta-hidroxiesteroide-desidrogenase:
converte compostos da via delta5 nos seus isômeros
da via delta4. Se ela não agir, pode ter impedimento
na formação de testosterona;
Várias enzimas, se estiverem ausentes, podem levar
a erros anatômicos e morfológicos que causam
aberrações do desenvolvimento sexual e
aparecimento de genitália ambígua;
Distúrbios dos tecidos-alvo dependentes de
andrógenos:
Testosterona pode ser convertida a estradiol pela
aromatase (ossos e encéfalo). 18 carbonos com
primeiro anel armático;
5-a-redutase converte testosterona em DHT, que é
20x mais potente que testosterona. É ela que garante
o sexo fenotípico (virilização do macho, genitália
externa). Se essa enzima não estiver presente, não
forma DHT = leva a distúrbios do desenvolvimento
sexual;
Síndrome de insensibilidade androgênica:
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• Forma completa (CAIS): não tem
sensibilidade alguma;
• Forma parcial (PAIS);
• Nessas situações, receptores de andrógeno
não se formam;
BASES ANATÔMICAS DA DIFERENCIAÇÃO
SEXUAL:
Inicialmente gônadas são bipotenciais. Se não tem
indução hormonal, vão se diferenciar em ovários;
Ductos de Wollf: estruturas relacionadas ao
mesonefro (onde desenvolve rim, ureter...). estruturas
mesonéfricas começam a ser estimuladas pela
testosterona e vão se desenvolver, formando ducto
deferente, epidídimo, glândula acessória;
Ducto de Miller: formam oviduto, genitália tubular
feminina. Células de Sertoli produz hormônio
antimulleriano, então no macho esse ducto regride;
BASES DO DESENVOLVIMENTO
GONADAL:
Ovários: cortexina (proteína) coordena o
desenvolvimento da cortical do ovário;
Testículo: o que desenvolve é a parte medular, que é
influenciada pela proteína medularina, que faz com
que haja desenvolvimento de cordões sexuais
primários, formando parênquima testicular, que deve
ser uniforme;
ESTABELECIMENTO DA
ESPERMATOGÊNESE:
Células germinativas primordiais tem origem nos
anexos embrionários, como saco vitelínico, e realizam
a migração durante o período de desenvolvimento
fetal, colonizando gônada e iniciando divisões;

ESTUDO DE CASO: O INTERSEXO BOVINO
Limitação de fertilidade;
Baixa incidência de intersexualidade na espécie
bovina;
Não tem informação de incidência em grupos raciais;
Síndrome de klinefelter em bovinos:
Desenvolvimento testicular pequeno: disgenesia
gonadal;
Glândulas sexuais acessórias são andrógeno
dependentes (dihidrotestosterona). Glândulas se
desenvolveram na organogênese, mas precisam do
estímulo da testosterona para serem funcionais.
Quando castra animal e perde estímulo da
testosterona, as glândulas regridem;
Para hiperplasias prostáticas: usa inibidores da
dihidrotestosterona ou inibidores de 5 alfa redutase
(não tem formação de dihidrotestosterona, então tem
mesmo efeito). Não é muito comum na veterinária,
geralmente faz castração;
Glândulas acessórias produzem plasma seminal;
O plasma seminal é o veículo de transporte e
manutenção dos espermatozoides desde o processo
de ejaculação até sua deposição no trato genital
feminino;
Cão: apenas próstata. O ejaculado no cão tem 3
frações;
• Fração pré espermática: não tem
espermatozoides. Função: passar pela uretra,
lubrificar e fazer tamponamento;
Touro: próstata serve como referência na palpação,
geralmente não tem problema clínico. Fluido
prostático no sêmen tem função de tamponamento da
uretra e da vagina (ambiente ácido);
Glândulas vesiculares no garanhão: produzem frutose
e ácido cítrico = substrato para motilidade
espermática;
Após depositado na vagina da fêmea, plasma seminal
muda consistência (gelatinoso) e coloniza locais
como criptas da cérvix. Aos poucos se refluidifica e
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Histologia com massa desorganizada, sem formação
ou com baixa formação de túbulos seminíferos;
Genótipo: bovino tem 60 cromossomos, mas nesse
caso tem 61 (XXY);
Ocorre em humanos e também em outras espécies;
Síndrome de turner em bovinos:
É um intersexo;
Genótipo: 59 (X0);
libera espermatozoides (quando ´´escondidos´´ nas
criptas). No momento em que espermatozoide é
liberado, é mais lento, após mudar a consistência, é
mais rápido e chega a tuba uterina mais facilmente;
O transporte lento é até a cérvix. A partir da cérvix até
tuba uterina, já tem mudança de consistência e
transporte é mais acelerado;
Funções do plasma seminal:
• Tamponamento do sêmen (manutenção do
pH): são sensíveis a variações bruscas do pH
(ácido);
• Manutenção dos processos metabólicos
espermáticos;
• Mudanças de estados físicos do ejaculado
(alterações reológicas);
• Interações dos espermatozoides com o trato
genital feminino;
• Marcadores moleculares de fertilidade;
• Viabilidade e habilidade de
fertilizaçãoespermáticas;
Metabolismo da frutose:
O principal carboidrato responsável pelo batimento e
movimentação do espermatozoide, é a frutose
(frutólise). O metabolismo da frutose é uma das
principais vias de obtenção de energia para
combustão e viabilidade espermáticas. Substratos
formados pela frutólise participam da glicose e vão
colaborar para a síntese do ácido cítrico. Pode-se
dosar a frutose no plasma seminal para diagnóstico
funcional das glândulas vesiculares;
A cada volta do ciclo de Krebs tem geração de duas
moléculas de CO2, uma molécula de ATP, três

moléculas de NADH e uma de FADH. Como cada
molécula de glicose origina duas moléculas de Acetil
Co-A, permite que o ciclo de Krebs seja acionado
duas vezes. Assim, no total, o ciclo de Krebs produz:
• 4 moléculas de CO2;
• 2 moléculas de ATP;
• 6 moléculas de NADH;
• 2 moléculas de FADH;
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de próstata é muito baixa, usa ela como base para
localização.
• Glândulas vesiculares: no garanhão é mole.
No touro é lobulada e fibrosa (mais fácil
identificar);
• Ampola do ducto deferente: nos ruminantes
tem uma parte glandular, então é considerada
glândula acessória;

OBS: no touro e garanhão, quem produz frutólise

necessária é a glândula vesicular. Essas duas
espécies tem tendência a desenvolver vesiculite.
Se tem problema em glândula vesicular, via de
frutólise está comprometida. Consequência:
• Astenozoospermia: diminuição no vigor e
motilidade. Pode resolver com inseminação
artificial, FIV ou injeção intracitoplasmática de
espermatozoide;
No endométrio:
• Termoquinas e citocinas ´´guiam´´ sptz para
tuba uterina;
• Sêmen faz modelação de inflamação;
• Resposta th2: estimula rede de ocitocinas
que colabora para manutenção da gestação
(tolerância do feto). Resposta th1 pode
causar aborto em mulher e camundongo;
No ovário:
• Ativação do desenvolvimento folicular (pode
fazer aspiração na vaca até 60 ou 90 dias de
gestação);

ANATOMIA COMPARADA:
Cão: só tem próstata. Tem uma dilatação na ampola,
mas não é considerada glandular. Assim, todo o fluido
do plasma seminal é derivado dessa glândula. Pode
fazer palpação digital ou ultrassonografia;
Varrão: tem todas as glândulas (vesicular, próstata,
bulbouretral). A bulbouretral é enorme (quando castra
fica minúscula). Geralmente não faz palpação. Opta
pela ultrassonografia guiada por sonda específica;
Garanhão e touro: tem todos as glândulas. A VESICULITE SEMINAL: TOURO
diferença entre os dois é que no touro não palpa Geralmente acomete o rebanho, principalmente
bulbouretral (coberta pelo musculo bulboesponjoso), animais jovens (vesiculite juvenil). Animais montam
só consegue ver com US. A incidência de patologia uns nos outros e contaminam pênis com material do
períneo (E. coli) = surtos de vesiculite;

Glândulas assimétricas geralmente indicam processo
inflamatório. Na inflamação aguda pode não estar,
mas percebe que quando toca a glândula, animal
sente dor. Além disso, glândula vai estar quente;
Lobulação das glândulas: em processo inflamatório
aguda tem edemaciação e perda dos contornos
lobulados;
Morfologia:
No touro, as glândulas vesiculares são tubulares e
lobuladas. Os grandes lóbulos são separados por
septos musculares e cada lóbulo consiste de
estruturas ramificadas que se abrem em ductos
excretórios mais estreitos, que dão origem ao ducto
excretor principal, na parte caudal da glândula;
Patogenia:
Infecção ascendente, pela via uretral;
Infecção descendente, via testículos, epidídimos,
próstata ou ampolas dos ductos deferentes;
Infecção via hematógena a partir de outros locais de
inflamação;
Anomalias congênitas que afetam a função normal do
colículo seminal resultando em refluxo da urina para
dentro das glândulas vesiculares;
VESICULITE SEMINAL NO GARANHÃO:
Morfologia:
Tem ducto epididimário e ducto deferente (camada
muscular vigorosa;
• Cada segmento do epidídimo tem
características específicas;
FISIOLOGIA DO EPIDÍDIMO:
Quando sptz é produzido, não tem motilidade. A partir
da sua passagem pelo epidídimo ocorre maturação
espermática = aquisição de motilidade. Quando
chega a cauda do epidídimo já é móvel. Na transição
Júlia Teixeira Naves - 2022
Tem formato piriforme e apresentam tamanho
variado. Comunicam com a uretra pélvica pelo
colículo seminal;
O tamanho e a quantidade de conteúdo na interior
das glândulas acessórias são afetados pelo estímulo
sexual do garanhão;
Patogenia:
Desconhecida;
Contaminação:
• Via ascendente pela uretra;
• Dia descendente pelo trato urinário;
• Via hematógena e linfática;
• Invasão direta do tecido periglandular;
AFECÇÕES DE PRÓSTATA NO CÃO E NO
GATO:
Hiperplasia de estroma da próstata canina (de
natureza não infecciosa: fezes em forma de fita,
sangue no sêmen. É muito comum;
Infiltrado linfocitário e prostatite bacteriana: muito
difícil tratar, baixa permeabilidade a ATB. Geralmente
é caro, demorado e recidioso;
Adenocarcinoma prostático;
Cisto prostático;
Cisto paraprostático;
Abscesso prostático em cão;
da cabeça para o corpo já começa seus primeiros
movimentos flagelados;
• Enzimas da cabeça ajudam reestruturação de
membrana;
• Reorganização do aparelho de Golgi;
• No corpo: ribossomo começa a ficar ativo e
produzir proteínas específicas;
• Cauda: estrutura formada e motilidade. A
motilidade ainda não está totalmente
desenvolvida nem a sua capacidade de
fecundação;
Sptz fica no epidídimo por 12 a 14 dias em média. O
ambiente é rico em testosterona.

Cabeça:
• Não é móvel;
• Não é fértil;
• Gota citoplasmática proximal: no
espematozoide;
• Trânsito: 2 dias;
Corpo:
• Alguma expressão de motilidade;
• Fertilidade restrita;
• Passagem da gota proximal por um segmento
distal da cauda;
• Pode se ligar a oocitos;
• Trânsito: 2 dias;
Cauda:
• Gota, quando existe, está em uma posição
distal;
• Tem potencial fértil;
• Pode se ligar a oocitos;
• Armazenação: 14 dias;
Podemos avaliar a maturação espermática pelo
desenvolvimento de movimento flagelar e
hiperativação do espermatozoide após o processo de
capacitação no trato genital feminino (tuba uterina);
OBS: maturação é no EPIDÍDIMO. Capacitação é na
TUBA (potencial de fertilização pleno e
hiperativação). Pode induzir em laboratório essa
capacitação com progesterona ou heparina;
Também podemos avaliar a maturação espermática,
de forma indireta e preliminar, pela capacidade do
espermatozoide de se ligar ao oocito;
ANOMALIAS CONGÊNITAS:
Aplasias/agenesia do epidídimo:
• Total;
• Segmentar;
EPIDIDIMITE:
Infiltrados linfocitários;
Granuloma espermático;
Normalmente formam áreas ou processos obstrutivos,
que levam a azoospermia (ausência de sptz no
ejaculado);
CISTO:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Comum;
VARIAÇÃO DA MORFOLOGIA TESTICULAR
E DA BOLSA ESCROTAL:
Testículo pendular;
Assimetria;
Rotação da bolsa escrotal;
Pele clara: mais sensível. Bolsas com mais
pigmentação são mais desejadas;
Anomalias congênitas do testículo:
Malformação vascular do cordão espermático:
involução testicular;
Monorquidismo e anorquidismo: um testículo é
formado/nenhum testículo é formado;
Criptorquidismo: relacionado a descência testicular
(migração do testículo). É formado, mas não chega a
bolsa escrotal. Em animais jovens pode esperar para
ver se desce sozinho. Caso contrário, deve castrar;
Poliorquidismo: observado com maior incidência em
suínos;
Testículos ectópicos: pode estar subcutâneo.
• Abordagem cirúrgica: alta incidência de
Sertolioma (principalmente em cães).
Testículos tendem a aumentar muito de
volume. Como é interno, é comum ocorrer
torção testicular dentro do abdômen e animal
entrar em choque;
Espermatogônias: primeiras células da linhagem
germinativa;
• Espermatogônia A;
• Espermatogônia intermediária;
• Espermatogônia B;
 Júlia Teixeira Naves - 2022
Espermatócitos primários; Difusa;
Espermatócitos secundários; Epitélios seminíferos ficam mais baixos: baixa
concentração de célula e elevada patologia
Espermátides arredondadas;
espermática;
Espermátides alongadas;
Ultrassom:
Se fizer estimativa do número de espermatogônias,
• No testículo normal, é isoecogênico com o
tem estimativa do número de espermatozoides que
mediastino no meio (hiperecogênico);
ela irá gerar;
• Áreas hiperecogênicas: degeneração
• O número total (estimado) de células testicular;
derivadas de uma célula progenitora (x) pode
ser calculado pela fórmula x=2 elevado a n, Causas:
onde n é o número de divisões celulares que Calor: mais comum no Brasil;
ocorre durante o processo da
espermatogênese. No caso mostrado, no Frio;
camundongo, teríamos 12 divisões celulares. Radiação;
Então: 2 elevado a 12 = 4096
espermatozoides; Ultrassom: em camundongos (laboratório);
Deficiências nutricionais;
Idade: em animais europeus tem indício de
degeneração aos 3 anos de idade;
Lesões traumáticas: edema, inflamação
(predisponente a degeneração);
Logo após organogênese do testículo: cordão
espermático sólido constituído de células de Sertoli e Orquite e periorquite;
células de Leydig; Infecções bacterianas;
Quando animal se aproxima da puberdade: variedade Infecções virais;
de tipos celulares, núcleos e formação do lúmen do
túbulo; Orquite granulomatosa de etiologia indeterminada;

Na puberdade: lúmen desenvolvido, formação de Graus de degeneração:

espermatozoides;
Leve: desde que seja removido o fator de estresse,
animal pode voltar a produzir sêmen normalmente;
Moderado: prognostico reservado;

DEGENERAÇÃO TESTICULAR: Grave: testículo reduzido de tamanho, consistência

firme pela proliferação de tecido conjuntivo. Animal
Alteração degenerativa do testículo de etiologia não tem recuperação;
variada (ex: temperatura);
Em animais com degeneração: testículos ficam mais
É um processo limitante da fertilidade, mas é flácidos. Quando está evoluído, os testículos ficam
adquirido; reduzidos de tamanho (involução) e consistência
Unilateral: diagnostico mais fácil. O degenerado fica firme (proliferação de fibroblastos);
mais flácido que o outro; O processo degenerativo pode afetar o tecido
Bilateral; intersticial, afetando a produção de testosterona;

Focal: se é um foco grande é fácil de comparar; HIPOPLASIA TESTICULAR:


É causada por um gene autossômico recessivo de
penetrância incompleta no rebanho. Ou seja, se
expressa quando está em homozigose. O
heterozigoto não expressa, mas transmite;
Concentração baixa de células, motilidade baixa e
patologia elevada;
Pode ser:
• Unilateral;
• Bilateral;
• Parcial;
• Total;
Pode ser considerada um caso de disgenesia
gonadal;
Na ovelha: translocação Robertsoniana. Principal
consequência é morte embrionária, mas quando
animal se desenvolve, pode ter disgenesia gonadal
ou hipoplasia testicular
Hipoplasia total:
Túbulos seminíferos apresentam apenas células de
sustentação;
Animal estéril: menos mal, pois não transmite
hipoplasia;
Hipoplasia parcial:
Alguns túbulos não apresentam células germinativas,
e os outros apresentam vários graus de
espermatogênese;
Pior: é subfértil, sendo capaz de gerar descendentes
e transmitir condição;
Alterações histológicas:
Deficiência de células da linhagem germinativa,
eventualmente com apenas células de sustentação;
NEOPLASIAS TESTICULARES:
Pleiomorfismo das células espermáticas: tem direções
e formas entre as diferentes espécies;
• Tem que levar isso em conta para calibrar
aparelhos de análise de sêmen;
MORFOLOGIA COMPARADA:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Ocorre no touro, garanhão e suínos, mas a maior
frequência é em animais de companhia;
Tumor de células intersticiais:
Células de Leydig;
Cão:
• Aumento na produção de andrógenos;
• Produção de estrógenos: quem faz produção
de andrógeno é a célula de Leydig, mas a
célula de Sertoli tem propriedade
aromatizante. Como produção de andrógenos
está aumentada, a relação
testosterona/estrógeno também é
balanceada;
Touro:
• Concentração do sêmen baixa e incidência
variada de patologia espermática;
• Prevalência muito baixa (0,4%);
Seminoma (tumor de células germinativas):
Célula mais frequentemente afetada é a
espermatogônia;
Mais frequente no cão;
Aumento da gônada afetada: pode fazer punção e
determinar célula presente;
Tumor de células de Sertoli (sertolioma):
Mais frequente no cão;
Alta relação com criptorquidismo e testículo ectópico.
Aos 45 dias testículo já deve estar na bolsa escrotal.
Espera no máximo 180 dias. Depois desse prazo, se
testículo não descer, faz cirurgia;
Feminilização do animal (alta produção de
estrógeno);
Alopecia no abdômen;
Espermatozoide bovino:
Coloração de Willians: distinção entre acrossômio e
região pós acrossomal;
Coloração vermelho congo;

Espermatozoide equino:
Preparação úmida: solução de formol salina;
Espermatozoides de cordeiro:
Coloração com fluorocromos (FITC): marcação do
acrossoma (verde) e contra-coloração om iodeto de
propídeo (PI) para marcação de núcleo;
Espermatozoide de camundongo:
Cabeça em forma de foice, peça intermediária mais
escura e cauda comprida;
Padrão de motilidade ondulatório: isso pode não
ocorrer = imóvel, retrógrados, circular...
Aves e ruminantes: concentração de células do
ejaculado muito elevado e alta intensidade de
movimento = turbilhonamento;
Dividido em cabeça e cauda (peça intermediária e
peça final);
Júlia Teixeira Naves - 2022
Bainha de mitocôndria: sede dos processos
metabólicos (frutose, batimento flagelado);
Fluorocromos: medem atividade metabólica da peça
intermediária. Se estiver bom é mais alaranjado, se
estiver ruim é mais esverdeado;
Avaliar integridade de acrossoma;
Centríolo: une fossa de implantação à cabeça;
Membranas e topologia da cabeça do
espermatozoide:
4 segmentos:
• Apical ou crista do espermatozoide;
• Segmento principal.;
• Segmento equatorial: primeira reação de
adesão do sptz ao ovócito;
• Acrossoma e região pré acrossomal;
Na microscopia eletrônica consegue visualizar
acrossoma com detalhes e também membranas;
É comum ter patologias de acrossoma quando faz
congelamento;
Fossa de implantação: onde insere cauda na cabeça;
Bainha de mitocôndrias: ficam dispostas uma ao lado
da outra;

Estruturas da cauda do espermatozoide:
Observar as diferenças micro-estruturais entre os
diversos segmentos;
Peça intermediária: é onde tem bainha de
mitocôndria. Colunas de fibras densas. Mitocôndrias
se apoiam sobre as colunas de fibras densas de
forma espiralada;
• 9 pares de microtúbulos radiais que rodeiam
o par central. É característico de estruturas
flageladas;
• Tem 9 estruturas de fibras densas associados
aos pares de microtúbulos radiais;
• Pares estão soltos e se unem no momento da
motilidade por braços de dimeínas: alta
atividade ATPásica. Quando célula vai bater,
microtúbulos se unem;
Peça principal: colunas de fibras densas vão
diminuindo gradativamente;
Peça final: não tem estrutura nenhuma a não ser
microtúbulos;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Teoria do deslizamento:
No momento da motilidade, o par de braças de
dimeína unem os pares de microtúbulos radiais. Cada
par de microtúbulos está associado a uma coluna de
fibra densa. Essas colunas deslizam (uma pra cima e
outra para baixo) e fazem movimento. Tem certa
restrição ao deslizamento pelo braço de dimeína =
cauda dobra e faz movimento esperado (retilíneo,
progressivo uniforme);
Sequência de eventos na espermatogênese e
respectivas divisões celulares;
60 dias entre um exame andrológico ruim e um outro
para confirmação: se animal estiver sob condição de
estresse no primeiro exame, ele leva 60 dias para
recuperar a espermatogênese desde que fator
estressante seja removido;
Espermatocitogênese: etapa que envolve divisão
celular. Dura 45 dias no touro e garanhão;
A partir da segunda meiose, que é reducional (ficam
haploides), elas não se dividem mais, apenas se
diferenciam; (espermátide arredondada/alongada);
 Júlia Teixeira Naves - 2022
A medida que células vão se dividindo, vão sendo
empurradas em direção ao lúmen do túbulo
seminífero;
Espermiogênese: etapa de metamorfismo
espermático. Dura de 3 a 4 dias no touro;
Espermiação: lançamento dos sptz no lúmen do
túbulo seminífero. São imóveis. São lançados ainda
com a gota proximal;

Ciclo do epitélio seminífero:

Conceito cronológico envolvendo a evolução de
associações celulares típicas durante a
espermatogênese;
Essas associações de células permitem definir o
estágio. São fixos para cada espécie;
No touro são 12 tipos de associações celulares:
• Variam de acordo com o local do túbulo
seminífero;
• São dados em algarismos romanos;
• A organização desses estágios, sucessão e
organização espacial da espermatogênese ao
longo do túbulo é chamada onda
espermatogênica;
• Característica dessa onda: organização é
sequencial. 1, 2, 3.... e não 1, 4, 10...
• Apenas no estágio 4, 5 e 6 vai ter produção
de espermatozoide;
• Os segmentos evoluem. Por exemplo: o 1
passa para 2, que passa para 3, 4... = dura
13,5 dias. É chamado de ciclo do epitélio
seminífero = é um conceito temporal em que
os diversos estágios ou associações
celulares típicos se sucedem e demoram para
sair do primeiro estágio e retornar a ele;

Espermatogênese:
45 dias de espermatocitogênese;
3 – 4 dias de espemiogênese;
48 dias totais;
Trânsito epididimário:
• Cabeça: 2;
• Corpo: 2;
• Cauda: 10;
• Total: 14

SEGUNDA PROVA
Célula haploide, sem citoplasma, DNA compactado;
Métodos:
Eletroejaculação: eletrodo no reto, estimula com
voltagem muito baixa. Serve para ruminantes. Cavalo
não responde. Sêmen é mais diluído (estimula muito
as glândulas vesiculares = dilui muito). Não é o
método de eleição. Usa em touros mais debilitados
(senis). Na espécie humana e em cães: estimula
ejaculação e micção (contamina);
• Quando vagina artificial não é viável para
determinado cavalo, não é preconizado usar
eletroejaculação para coleta de sêmen (não
responde bem). Pode usar indução
farmacológica (xilazina + imipramina).
• Quando precisa fazer em canídeos e
humanos: usa cateter urinário para esvaziar
bexiga e depois usa a eletroestimulação;
Vagina artificial: ejaculado mais próximo do natural. É
o método de eleição;
Indução farmacológica: dexmedetomidina (felídeo e
canídeo silvestre). São drogas caras e de prazo de
validade curta (7 dias após aberto);
Massagem das ampolas dos ductos deferentes: pode
fazer massagem antes de tentar eletro para evitar o
estresse. Consegue um volume e uma concentração
de células muito baixos, mas é suficiente para fazer
exame andrológico;
Garanhão: usa dois ejaculados (com diferença de 60
minutos). A amostra do segundo ejaculado representa
melhor o que o garanhão produz. As características
do primeiro ejaculado superestimam o sêmen do
cavalo (o segundo vem com metade da concentração
do primeiro);
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Volume;
Turbilhonamento: 1 gota do sêmen no menor
aumento do microscópio e sem lamínula. Classifica
de 0 a 5. O turbilhonamento ocorre, pois, a
concentração dos sptz é muito alta. Ocorre em
ruminantes e aves, outras espécies não;
• Cordeiro: 3 bilhões por ml;
Gel (nas espécies que produzem): garanhão e suíno.
Usa filtro para separar gel do sêmen;
Motilidade: para avaliar tem que fazer diluição. Em
sêmen congelado a motilidade é menor. Motilidade
retilínea progressiva uniforme. É classificada em
percentual;
• Movimento retrógrado: cauda enrolada;
• Eosina negrosina: cora os sptz mortos;
• Supravital: mesmo efeito, mas é mais cara;
Vigor: avalia intensidade de movimento. Escala de 0 a
5;
Concentração;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ASPECTOS
CINÉTICOS DO SÊMEN:
Turbilhonamento ou motilidade em massa
(microscópio sem lamínula). Em sêmen de equino
não faz:
• Escala de 0-5;
• Avalia sem diluir;
Motilidade individual:
• Percentual de células móveis;
• Conta 10 campos e faz média;
• Motilidade progressiva retilínea e uniforme.
Se a célula tiver um movimento diferente
desse, considera como imóvel;
• Feito na lâmina com lamínula. Aumento de
200 e 400x;
Vigor (intensidade ou velocidade do movimento):
• Escala de 0-5;

• Quando trabalha com computador, ele já da a
velocidade em micrômetros por segundo;
PADRÕES DE MOTILIDADE:
Touros em monta natural:
• Motilidade progressiva: 70%;
• Vigor/intensidade de movimento: 3;
• Turbilhonamento: 3. Trabalhando com
eletroejaculação, estimula muito as glândulas
vesiculares e sêmen sai muito diluído;
Doadores de centrais (sêmen congelado):
• Volume da dose: maior que 0,25ml;
• Motilidade progressiva: 30% (muitos sptz
morrem quando congelados). 30% é o
mínimo;
• Vigor: 3;
• Não apresenta turbilhonamento: muito diluído
e com motilidade baixa;
OBS: para entrar em congelamento, o sêmen deve ter
no mínimo 60% de motilidade. A motilidade é muito
prejudicada pela criopreservação;
PATOLOGIA:
Características morfológicas:
Esfregaço:
• Fixado com chama;
• Microscopia convencional;
• Aumento de 1000 a 2000 vezes;
• Avalia defeitos de forma;
Preparação úmida:
• Joga amostra em formol salina: permite que
observe defeitos estruturais;
• Microscopia de contraste de fase ou
interferência;
• Avalia defeitos de estrutura: acrossoma
lesado, defeito na bainha de mitocôndrias, de
cauda...;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ASPECTOS
MORDOLÓGICOS DO SÊMEN:
Classificação de Blom:
Propõe classificação de defeitos maior e menor, pelo
grau de impedimento que patologia observada causa
no sptz;
Júlia Teixeira Naves - 2022
• Defeitos maiores;
• Defeitos menores;
• Defeitos totais;
Defeitos maiores de forma:
• Subdesenvolvimento, cabeça isolada
patológica, estreito na base, piriforme,
pequeno anormal, contorno anormal, formas
teratológicas;
Defeitos maiores de estrutura:
• Gota citoplasmática proximal, peça
intermediária em sacarrolha, pseudogota,
cauda fortemente dobrada ou enrolada má
formação de acrossoma;
Defeitos menores de forma:
• Cabeça delgada, pequeno normal, gigantes,
curtos, largos, cauda enrolada;
Defeitos menores de estrutura:
• Acrossoma desprendido, gota citoplasmática
distal, cauda dobrada, cauda enrolada,
cabeça isolada normal;
Totais: soma dos dois defeitos;
Classificação em percentual de células
normais e patológicas:
Quer 70% de células normais no touro e garanhão;
Espermatozoides delgados e piriformes;
• Distúrbios no núcleo
• Piriforme no touro é considerado patologia;
• No cão: forma normal é piriforme;
Vacúolos nucleares:
• Rarefação de DNA formam vacúolos na
região equatorial do espermatozoide:
acredita-se que seja problema hereditário;
Patologias de cabeça: geralmente problemas de
arranjo do núcleo;
Implantação e teratológicos:
 Júlia Teixeira Naves - 2022
• Implantação abaxial na fossa (cauda
lateralizado): movimento errado. Ocorre com
muita frequência no cavalo;
• Teratológico: mais de uma fossa de
implantação (bicaudal, tricaudal).
Característico de degeneração testicular;
Defeitos de acrossoma;
Condensação anormal de DNA: afeta morfologia da
cabeça; Individual: apenas um defeito;

Macro e microcefálicos Total: soma de todos os defeitos maiores no animal;

Dag deffect: cauda não se forma ou fica muito Defeitos menores: limites
enrolada;
• Origem hereditária;
• Defeito de peça intermediária;
Aplasia segmentar da bainha de mitocôndrias;
Gota distal: defeito menor;
Gota proximal: defeito maior;
Deflexão da peça intermediária: entorta. Pressupõe
um defeito na bainha de mitocôndrias; Total de defeitos: limites
Cauda dobrada: defeito menor;
Cauda enrolada: defeito menor;
Pseudogotas: desprendimento da bainha de
mitocôndria, que dá aspecto de gota;
Deflexão distal da peça intermediária. É defeito maior.
É diferente de defeito de cauda;

Outros elementos:
Medusa: célula característica de lesão degenerativa
testicular grave;
Células primordiais e gigantes (sincícios): lesão
degenerativa grave do testículo;
Sêmen concentração com 10 milhões de viáveis
(sêmen nacional): no Brasil, sêmen comercializado
deve ter pelo menos 10 milhões de células viáveis em
cada dose inseminante;

Leucócitos; Sêmen 6 milhões (importado): para ser

Hemácias;
Células epiteliais: fazer limpeza de prepúcio antes da
coleta para evitar células epiteliais e sujidades.
Espermatozoides podem se aderir a esses elementos
achando que são ovócitos;
comercializado deve ter no mínimo 6 milhões de
espermatozoides viáveis em cada dose inseminante;
Acrossoma: limites no sêmen congelado
O acrossoma é muito sensível ao congelamento,
então deve avaliar;

CLASSIFICAÇÃO: Avalia com microscopia de contraste de fase e

microscopia interferencial (permite maior acuidade na
Defeitos maiores: limites análise);

Testes complementares no sêmen congelado:
Teste de termo-resistência:
• Ttr: pega amostra descongelada, coloca em
estufa a 38° por 5 horas: depois disso tem
que ter 15% motilidade (o sêmen congelado
tem que ter 30% de motilidade e 3 de vigor.
Após o teste de termo-resistência, tem que
ter 15% de motilidade e 3 de vigor);
Defeitos maiores:
• Sêmen com 6 milhões: máximo 10%;
• Sêmen com 10 milhões: máximo 20%;
Fatores relacionados ao plasma seminal.
Produzido por:
• Vesículas seminais;
• Glândulas anexas;
Baixa motilidade (limitação da combustão
espermática);
Sequela de processos infecciosos das glândulas
anexas;
Cauda do epidídimo:
Inflamação da cauda do epidídimo (miíase);
Prejudica a estocagem de gametas;
Alta incidência de espermatozoides com caudas
dobradas ou enroladas;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Gota citoplasmática distal;
Acrossoma, cabeça e PI podem alterar;
Pode envolves testículos e glândulas anexas
Cabeça do epidídimo:
Responsável pela maturação espermática;
Alta incidência de gota proximal e PI;
Desintegração espermática;
Decapitação de espermatozoides: em repouso sexual
é comum de dar esse defeito = cuidado;
Testículos:
Onde ocorre a espermiogênese;
Quando tem problema = alta patologia, defeitos de
acrossoma, cabeça, PI e cauda;
Nível de DNA alta;
Degeneração, maturidade sexual retardada,
hipoplasia, imaturidade sexual, espermiogênese
imperfeita;
Coloca características físicas, morfológicas;
Patologias presentes:
• Defeitos maiores;
• Defeitos menores;
Fatores determinantes da baixa fertilidade;
Diagnóstico do animal: apto ou inapto para
reprodução;
OBS: NUNCA eliminar um animal da reprodução em
apenas um exame andrológico, a não ser por um
problema hereditário, congênito. Repetir com 60 dias
(ciclo do epitélio seminífero);

Produção de sêmen é confinada a centrais de
processamento e coleta de sêmen (CCPS);
• Tem que obedecer às normas para vender
sêmen: fiscalização rígida no aspecto
sanitário, qualidade do sêmen;
• São fiscalizadas de 90 em 90 dias pelo
ministério;
• Alto protocolo de biossegurança;
ABCZ: associação brasileira de criadores de zebu –
regula o registro genealógico e produção de sêmen
no Brasil. Só aceita paternidade de touros se sêmen
for coletado e produzido em centrais fiscalizadas pelo
MAPA;
• Pode congelar sêmen de outros touros, só
não vai receber o registro genealógico do
animal;
INTRODUÇÃO ANÁLISE DE SÊMEN
Primeira coisa a se fazer é o exame clínico completo,
com ultrassom, palpação do testículo, perimetria...
Técnicas de coleta:
Vagina artificial: animal deve ser condicionado.
Quando animal monta, o prático faz o desvio do pênis
para o animal ficar mais excitado = ejaculado mais
concentrado e com maior rendimento. 60 dias
aproximadamente para animal ficar condicionado a
saltar vacas fora do cio;
Eletroestimulação: deve condicionar o animal (20 a 30
dias para ter ejaculado próximo ao da vagina
artificial);
• Canídeos selvagem: sedação, sondagem
para esvaziamento da bexiga;
Estimulação de ampolas;
Manipulação peniana: cão;
Indução farmacológica;
Volume e manipulação de sêmen:
Volume é variável de acordo com espécie;
Ovinos: volume muito pequeno;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Deve aquecer todo equipamento que for entrar em
contato com o sêmen. Espermatozoides podem sofrer
com choque térmico e morrer;
Volume e separação de gel:
Cavalo e suíno têm gel – usa filtro para separar gel da
fração líquida do sêmen;
Motilidade:
Lâmina com lamínula. Sêmen diluído;
Percentual de células móveis;
Movimento retilíneo progressivo uniforme;
Concentração:
Hemocitômetro (câmara de Neubauer):
• Simples, conveniente, barato e preciso. É
uma lâmina com câmara de contagem e com
um volume conhecido de líquido;
• Possui duas câmaras de contagem, cada
uma dividida em nova quadrados de 1 mm
cada;
• Lamínula é especial;
• Pode ser feito no campo. Após coletar sêmen
que será destinado ao congelamento, faz
diluição, deixa em banho maria e analisa as
características do sêmen para calcular as
doses, já que o ejaculado deve ser envasado
ali mesmo;
• ERRO: um espermatozoide mal contado
representa 10 milhões de células no
ejaculado in natura (1 dose). Fontes de erro:
Suspensão de células desuniformes (má
homogeneização);
Preenchimento errôneo das câmaras;
Falha no critério de contagem (linhas);
Erros estatísticos;
Fotômetro/espectofotômetro:
• Computadorizado;
Tem que analisar patologia com microscopia de
contraste ou interferência de fase para verificar
defeitos estruturais;
• Na microscopia tradicional verifica apenas
defeitos de forma;

Simplifica a troca de material genético de lugares
diferentes;
Reprodução de animais com deficiências físicas e
comportamentais;
Rápido crescimento da população;
Evita a transmissão de doenças;
Formação de bancos de gametas e embriões para
cada espécie de interesse;
DESAFIOS:
Irritabilidade da maioria das espécies;
Técnicas de coleta espécie-específica;
Bem estar e segurança do animal;
Tranquilidade do trabalho da equipe;
Qualidade e quantidade do sêmen: baixa quantidade
e qualidade ruim (alta patologia);
Protocolos de contenção farmacológica dos animais –
ideal?
MÉTODOS DE COLETA:
Manipulação digital: funciona no cão. Em canídeos,
animal deve ser condicionado (pode demorar meses);
Preparação para exame andrológico:
• Anamnese reprodutiva: reproduz
normalmente? Já reproduziu? Está ou não na
puberdade?
• Dados médicos completos: medicações
prévias? Piretroides, fosforados diminuem
muito a gametogênese
• Cadela em estro: mesma raça e tamanho.
Difícil conseguir;
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Eletroejaculação: não tem bons resultados em
canídeos. Diminui a quantidade ejaculada, além de
relaxar os esfíncteres, inclusive o esfíncter vesical
(retroejaculação ou urospermia);
• Faz a exposição peniana para facilitar coleta;
• Tem que utilizar estímulos leves, repetidos,
mas pausados;
Sondagem ou cateterização uretral com indução
farmacológica: medetomidina e cetamina;
Coleta da cauda do epidídimo e ducto deferente post-
mortem;
Poucos estudos;
Algumas morfologias ainda não são conhecidas;
Volume muito pequeno: pode ser pouco material para
fazer análise;
Sazonalidade da produção espermática;
Colorações de espermatozoides: não se conhece as
colorações específicas para as diferentes espécies;
Uso de espécies domésticas como modelo;
Vários métodos: diluentes e crioprotetores têm sido
testados, ainda sem muito sucesso;
AVALIAÇÃO DO TRATO REPRODUTIVO DO
CÃO:
Indicações:
• Falhas na concepção;
• Exposição a doenças venéreas;
• Comercialização;
• Comportamento sexual – alterações?
Relacionado principalmente a neoplasias –

Sertolioma. Células de Sertoli também tem
capacidade de converter testosterona em
estrógeno = altera comportamento;
• Cão jovem – é sexualmente maduro?
OBS: na cadela, aproveita a partir do terceiro cio.
Quando animal entra na puberdade, cios são
irregulares e anovulatórios;
CONSIDERAÇÕES CLÍNICO-ANATÔMICAS:
Cordão espermático e canal inguinal:
Descenso testicular tardio e hérnia inguinal – muito
comum em cães;
No cão, o descenso termina aos 45 dias
normalmente;
Se não descer até 45 dias (média, tem que analisar a
raça), pode usar gonadotrofina coriônica humana, até
180 dias. Usa 100 UI semanalmente, em 4 semanas,
dividindo dose em 25 UI por semana. Tem 50% de
chance de sucesso;
Se não descer com hcg é recomendado cirurgia;
Próstata:
Como examinar?
Quais sinais clínicos a serem explorados?
Colheita e exame do líquido prostático;
Testículos:
Horizontais ao escroto;
Maior propensão à torção testicular, assim como
equinos. Pode causar morte por choque
hipovolêmico;
Epidídimos:
Cauda;
Cabeça;
As vezes totalmente palpável;
As vezes não consegue acompanhar todo o trajeto do
corpo na palpação;
Prepúcio:
Mucosa interna do prepúcio tem muitos folículos
linfáticos:
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• Frequentemente folículos estão edemaciados
ou hemorrágicos;
Aumento desses folículos: resposta a irritações e
infecções locais;
Encurtamento congênito da porção cutânea do
prepúcio: glande exposta, irritada, propensão a
trauma. Não tem tratamento, mas pode fazer
sintomático para diminuir inflamação;
Pênis e cópula:
Diferença com outras espécies:
• Cópula é pré-erétil. Bulbo dilata muito de
tamanho;
• Cópula demorada: pode durar mais de 40min;
• Turn: rotação de 180° na posição do macho
durante o coito. Promove pressão na vagina
evitando refluxo do sêmen;
Osso peniano:
• Situado a partir do bulbo até quase a parte
cranial da glande;
• Permite cópula sem ereção;
Pênis:
Problemas anatômicos:
• Osso peniano pequeno terminando muito
distante da parte cranial da glande;
• Incapacidade para cópula;
• Osso peniano com desvio;
• Problemas com osso: raio-x;
Bulbo da glande:
• Aumenta de 2 a 3 vezes de diâmetro após a
cópula;
• Ingurgitamento precoce impede a intromissão
do bulbo e “coital lock”. Depois que houve
ereção não consegue separar casal;
Step-over e turn:
• Ocorre durante o coito;
• Na coleta artificial tem que fazer a virada;
EXAME SEMIOLÓGICO:
Exame clínico geral;
Exame reprodutivo;
Pele do escroto;

Tamanho e consistência dos testículos;
Cordão espermático e anel inguinal;
Palpação da próstata (digital per rectum);
• É bilobulada. Em casos de tumor, perde
lobulação;
Coleta de sêmen;
ANÁLISE CLÍNICA DOS PROBLEMAS DE
INFERTILIDADE:
Anamnese;
Idade:
• Associações não registram animais filhos de
pai com mais de 12 anos de idade –
American Kennel Club;
Raça: interfere com libido. Beagle tem baixa libido;
Infertilidade no pedigree;
Acasalamentos e inseminações prévias;
Histórico de doenças extra-reprodutivas: diabetes
(pode levar a disfunção erétil), hipogonadismo
decorrente de hipotireoidismo;
AVALIAÇÃO LABORATORIAL:
Volume: variável. Depende se colhe ou não a fração
prostática. Em raças grandes, fração pode chegar até
50 a 60 ml;
• Tem fração pré espermática (antes da ereção
– serve para lubrificação de uretra e controle
de pH. Vai de 200 a 500 microlitros),
espermática (contém 80-90% dos sptz.
Volume de 2 a 4 ml) e final (fração prostática.
Varia de 20 a 60ml);
• Faz cultura e exame da última fração;
Sêmen do cão tem formato piriforme;
Concentração: média de 150 a 200 milhões por mL,
muito menor que a do touro;
Dose inseminante:
• Sêmen resfriado: 400 milhões de viáveis;
• Sêmen in natura: 200 a 400 milhões de
células viáveis;
Vigor do sêmen não congelado deve ser 3;
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Motilidade deve ser de 70%;
Patologia máxima deve ser 30%;
EXAMES COMPLEMENTARES:
Sorologia para Brucella canis: importante
principalmente com animais importados (Argentina);
Hemograma (se necessário);
Exame de urina: avaliar a possibilidade de
retroejaculação. Espermatozoides vão para a bexiga
por refluxo, então no sêmen tem baixa contagem de
sptz ou azoospermia;
Biopsia testicular (se necessário);
Citologia aspirativa por agulha fina;
Os exames realizados permitem diagnóstico da causa
de fertilidade? Não?
• Investigar manejo no acasalamento;
• Investigar habilidade para a cópula;
• Realizar culturas do trato reprodutivo:
Micoplasma e Staphylococcus aureus;
Definição da causa de infertilidade:
O macho é azoospérmico ou tem número total de
células espermáticas inferior a 50x10^6 ml de sêmen
após pelo menos uma semana de repouso sexual?
Se sim, faz biópsia testicular;
• É um procedimento ruim para o testículo,
provoca ferida cirúrgica que causa
degeneração = demora a ter
espermatogênese normal. Sendo assim,
evita;
COLHEITA DE SÊMEN:
Fases da coleta:
• Movimentos de lordose;
• Rotação e eversão do pênis;
Ejaculação:
• Fração pré espermática;
• Fração espermática;
• Fração prostática;
ESPERMATOGÊNESE:
Tem produção de espermatozoides (verifica por
biopsia, PAAF...)? – SIM – provavelmente bloqueio de

ductos ou do epidídimo – NÃO – definir até qual
linhagem celular ela se desenvolve: espermatócitos I,
espermátides alongadas, etc;
CLASSIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS DE
INFERTILIDADE NO CÃO:
Congênita:
Aplasia segmentar do epidídimo ou ducto deferente;
Hipoplasia testicular;
Criptorquidismo bilateral;
Sertoli-Cell-Only Syndrome (animal tem apenas
células de Sertoli, nenhum tipo de linhagem celular
espermática);
Erros no metabolismo de andrógenos: deficiência de
5-a-redutase;
Aberrações cromossômicas:
• Síndrome de Klinefelter – 79XXY, leva a
disgenesia gonadal;
• Síndrome de Kartagener: inversão na posição
de órgãos, além de todas as células ciliadas
defeituosas. Espermatozoides são imóveis;
• Inabilidade para a cópula;
• Ejaculação devido a fatores físicos ou
psicogênicos, além de ereção precoce;
Brasil: quarto maior produto/exportador de carne
suína no mundo;
IA é amplamente difundida: intensificação do sistema.
• 1 dose do ejaculado pode preparar de 10 a
20 doses inseminantes;
Monta natural relação macho:fêmea é 1:20. Na IA,
pode chegar a 1:300;
Macho é responsável em termos de número de
descendentes e casos de infertilidade ou
subfertilidade;
• Fêmea suína recebe 3 doses inseminantes,
não necessariamente todas do mesmo
macho (inseminação heteroespérmica). Isso
pode intensificar a permanência de machos
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Adquirida:
Degeneração testicular:
• Trauma e inflamação de testículo e escroto;
• Infecção e inflamação de testículos ou
genitália tubular;
• Neoplasias;
• Granulomas espermáticos;
Reações tóxicas: fosforados e piretroides
interrompem gametogênese;
Efeitos antiandrogênicos devido a tratamento
hormonal;
Infecções sistêmicas ou doença metabólica
(hipotireoidismo que leva a hipogonadismo.
Diabetes);
Dor causada por reflexos ejaculatórios;
Hérnia inguinal;
Subfertilidade:
Problemas relacionados a subfertilidade no cão:
• Baixa concentração espermática;
• Alta patologia;
• Prostatite crônica;
subférteis no rebanho. Por isso o exame
andrológico é importante;
• Na rotina geralmente só avalia se sêmen tem
motilidade e se é viável. Não avalia
patologias. Isso pode manter machos
subférteis no rebanho;
Na rotina, avaliação do macho é feita durante coleta:
somente alterações muito evidentes serão relatadas.
Não é rotina fazer o andrológico completo;
Taxa de reposição preconizada é de 45 a 50%
anualmente. Em central de reprodução, taxa de
reposição pode chegar a 80% em um ano. Fatores
que levam a alta taxa de reposição:
• Melhoramento genético é rápido;
• Alteração em locomotor;
• Qualidade espermática;

• Libido;
• Idade avançada;
Em central de melhoramento, não mantém macho por
mais que 3 anos (entra em reprodução aos 8 meses).
Em granja costuma manter no plantel enquanto
estiver bom;
No desmame animal já começa a ser avaliado para
ser reprodutor. Um dos principais pontos avaliados é
o locomotor;
Função:
• Produção de sêmen;
• Reconhecer cio;
• Induzir puberdade: a partir de 150 dias expõe
para macho (diária, durante 15 dias, macho
dentro da baia) e aos 180 dias já deve
manifestar primeiro cio;
Fornece 50% do material genético;
Importante participação no tamanho e qualidade de
leitegada. Relação de 0,67 entre qualidade de sêmen
e tamanho da leitegada;
Fornecimento de sêmen (MN ou IA);
Reconhecimento de fêmeas em cio;
Estimulação do cio em leitoas (rufiões): não precisa
ser geneticamente superior;
ANATOMIA:
Pênis fibroelástico (como o de bovinos);
Glândulas acessórias:
• Glândula vesicular: maioria do plasma
seminal;
• Próstata;
• Bulbouretral: fração gelatinosa;
Testículo é abaixo do ânus, mas não é pendular.
Posição vertical. Cabeça do epidídimo fica na região
ventral;
Pênis em formato de saca-rolhas;
Divertículo prepucial: saco de fundo cego (acumula
sujeira. Deve limpar antes da coleta);
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PUBERDADE:
Entre 6 a 8 meses de idade;
Aparecimento dos primeiros sptz no ejaculado:
considera apto para reprodução, mas só insere na
reprodução quando parâmetros espermáticos
estiverem dentro dos padrões de qualidade;
• Geralmente até décima coleta já está nos
padrões;
É influenciada por:
• Idade;
• Taxa de ganho de peso;
• Peso;
• Clima/ambiência;
• Nutrição;
• Genética: raças pequenas são mais precoces
que as maiores.
Treinamento do macho:
Inicia aos 6 meses;
Período diário de 10 minutos;
Colocar urina de fêmea em cio ou mesmo secreções
de machos no manequim (leva para reprodutor para
sala, coleta e sala ficará com cheiro, secreções);
Se o salto acontecer, facilitar a exposição do pênis;
Realizar duas ou três coletas em dias sucessivos
(pula 2 ou 3 e coleta) e avaliar o sêmen;
Se após 10 dias ainda não saltar, utilizar fêmea em
estro;
90 a 95% dos machos demonstram sucesso no
treinamento;
MANEJO DE MACHOS EM UMA GRANJA:
Importante em pré gestação (detecção e indução do
cio) e cobertura;
Exames andrológicos periódicos;
Plano de nutrição adequado;
Deve ser alojado individualmente, de preferência no
mesmo prédio das porcas em pré-gestação
(geralmente não acontece);

Vacinados para: parvovirose, leptospirose, rinite
atrófica e colibacilose. Pensa no perfil sanitário da
granja;
USO DOA CACHAÇOS NA REPRODUÇÃO:
Para otimização do uso do cachaço:
Realizar exame andrológico;
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Descida: relaxamento e retração do pênis;
Inseminação artificial:
Relação varrão:matriz = até 1:300;
Depende da qualidade do macho (número de doses
produzidas) e da média de doses utilizadas por
cobertura;

Avaliar a capacidade produtiva, considerando: Número de machos rufiões:

• Saúde geral, hereditária (hérnia e • Relação rufião:marrã = 1:40;
criptorquidismo) e genital; • Idade mínima de 10 meses;
• Impotência coeundi e generandi;

Impotência coeundi:
Incapacidade de o reprodutor realizar a cobrição. Avaliar saúde geral focada nas características
Pode ser genital ou não. Não é infertilidade, é um produtivas:
animal que não está apto para reproduzir. Pode ou
não ser revertida; • Escore corporal;
• Função física;
Principais causas:
• Aparelho músculo-esquelético;
• Problemas locomotores;
Na prática, feito pouco frequentemente;
• Libido deficiente ou excessiva;
• Alterações físicas de sistema genital (fimose, Observa animal na monta e avalia ejaculado quanto a
alteração de prepúcio, pênis...); motilidade e vigor;
São menos graves do ponto de vista clínica: alguns Sempre fazer andrológico na aquisição de novos
podem ser revertidos; animais, no início da vida reprodutiva e a cada 60
dias (espermatogênese no suíno dura 49 dias);
Impotência generandi:
Exame andrológico completo:
Incapacidade de produzir espermatozoides viáveis:
falhas de espermatogênese; • Anamnese;
• Exame clínico geral;
Difíceis de detectar (animal continua cobrindo) e não • Exame de órgãos genitais;
tem como reverter;
• Comportamento sexual;
Principais causas: • Avaliação do ejaculado;
• 1 avaliação não pode classificar animal como
• Hereditária;
ruim;
• Inflamações (orquite, epididimite) ou
infecções; ANAMNESE:
• Degeneração do parênquima testicular;
Histórico do animal:
• Criptorquidismo;
• Questionamento direcionado aos
Processo de monta: profissionais ligados diretamente ao manejo;
Relação varrão:matriz = 1:20 • Idade;
• Linhagem genética;
Prelúdio: cortejo à fêmea: dura mais ou menos 10
• Frequência de coleta e comportamento
minutos;
durante a coleta;
Monta: salto seguido de exposição peniana e • Tratamentos realizados – afecções
ejaculação: 3 a 20 minutos; anteriores;

• Exames clínicos anteriores;
• Condições de alojamento;
• Programas de vacinação;
• Medicação preventiva utilizada;
Base de dados:
• Normalmente as granjas tem base de dados;
• Informação de exame andrológico, produção
espermática e motivos de descarte;
• Eficiência reprodutiva do rebanho;
EXAME CLÍNICO GERAL:
Visualização do animal: escore, lesões externas que
possam comprometer monta;
Exame de locomotores:
• Avaliação de membros e cascos;
• Em (aprumo) e em movimento (claudicação),
além de avaliar durante monta;
AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS GENITAIS:
Identificar alterações responsáveis pela diminuição da
produção e/ou qualidade do ejaculado ou ainda, pela
infertilidade do reprodutor;
Avalia escroto, testículo, epidídimo, glândulas anexas
(ultrassom), prepúcio e pênis;
Escroto:
Inspeção visual: lesões, cicatriz;
Temperatura, sensibilidade, espessura, flexibilidade;
Ventral ao ânus e não penduloso, com aspecto liso
(em relação a cicatrizes);
Testículos:
Posição, simetria (é comum ter certa assimetria, tem
que avaliar outros aspectos em conjunto),
consistência, mobilidade, sensibilidade, temperatura e
volume (biometria);
Simetria pode ser indicativa de alterações
inflamatórias ou degenerativas;
Consistência: palpação manual ou tonometria.
• Manual é feita 95% das vezes. É um método
barato. Classifica de 1 a 5: 1 muito flácido e 5
muito rígido (3 é ideal). Tem certa
subjetividade;
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• Tonometria: boa para identificar alterações
muito singelas; Baixa tensão = baixa
qualidade espermática;
Mobilidade no escroto;
Volume: medição de altura e largura com paquímetro;
Epidídimo:
Tamanho, simetria, consistência, localização,
mobilidade. Importante diferenciar cauda de cabeça;
Cabeça é firme, não apresenta mobilidade, já a cauda
é mais larga e pode ser movimentada;
Glândulas acessórias:
Simetria, consistência e tamanho;
Necessário uso de técnicas pouco práticas na
suinocultura, como palpação retal e ultrassonografia
transretal;
• Ultrassonografia transretal: pouca frequência;
Pênis e prepúcio:
Avaliar pele e óstio prepucial;
Após exposição, avaliar formato, tamanho e mucosa
peniana;
AVALIAÇÃO DE COMPORTAMENTO
SEXUAL:
Feita durante a monta, na sala de coleta;
Tempos:
Da entrada até primeira monta: prelúdio. No máximo
10 minutos.
• Correlação entre o comportamento sexual e
volume ejaculado;
• Número de saltos;
• Diferença de linhagem macho (mais precoce
e mais libido) e linhagem fêmea
Da entrada a exposição;
Da entrada a ejaculação;
Instalações:
Deve ser próxima ao laboratório;
Possibilitar fuga do coletador;
Manequim regulável de acordo com altura do animal;

Não conter objetos que possam distrair macho;
Piso seco e tapetes antiderrapantes;
AVALIAÇÃO DO EJACULADO:
Produção e qualidade das células espermáticas;
Motilidade: rotina da granja;
Concentração: rotina da granja;
Patologia espermática: realizada de forma periódica,
pelo menos uma vez por mês;
Primeira fração: fase das uretrais (glândulas
acessórias):
• Descartada: reduzir contaminação;
• Primeiros 10 a 15 ml liberados;
• Coloração translúcida;
• Função: limpar a uretra;
Segunda fração: fase rica:
• Leitosa;
• Contém maior concentração de
espermatozoides do ejaculado (70%);
Terceira: fração pobre:
• 30% dos sptzs;
• Aspecto soroso;
• Proveniente das vesículas seminais;
Quarta fração: gelatinosa:
• Produzida pelas bulbouretrais;
• Eliminada lentamente nos 2/3 finais;
• Funciona como tampão cervical (evitar
refluxo);
Avaliação macroscópica:
Durante avaliação, manter o ejaculado a uma
temperatura constante entre 32 e 35°C, sobre mesa
térmica, em banho-maria ou no próprio copo de
coleta;
Volume (100 a 300ml);
Cor: branco a acinzentado. Verifica presença de
sangue ou urina;
Odor: característico a ausente. Caso tenha urina ou
secreções prepuciais, serão facilmente percebidos;
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Aspecto: soroso, soro-leitoso, leitoso;
Avaliação microscópica:
Motilidade: % de células móveis. Inferior a 70% não é
usado, não devem ser diluídos;
Concentração espermática:
• Hemocitômetro e espectofotômetro;
• Câmara de Neubauer;
• Deve ser diluído em concentração salina ou
água para facilitar contagem;
• 200 a 300 milhões de sptz por ml;
Cálculo de concentração = N x 5 x 200 x 10 x 1000:
• N: média dos espermatozoides contados nos
dois lados da câmara;
• 5: número de quadrados contados em cada
25;
• 200: fator de diluição (variável);
• 10: fator de profundidade da câmara;
• 1000: para a transformação para mL;
Morfologia/patologia espermática: % de sptz com
alterações morfológicas. Limites:
• Alterações de cabeça: 5%;
• Alterações de acrossoma: 5%;
• Gota citoplasmática proximal: 10%;
• Defeitos de cauda: 10%;
• No total: 20% de patologia;
Aglutinação: contaminação do ejaculado (sujidades
ou bactérias);
Um único exame andrológico não é suficiente para
determinar a capacidade reprodutiva e fecundante;
Periodicidade;
Aproveitar os momentos de realização de manejo e
da coleta do ejaculado para fazer alguns exames é
uma forma de otimizar a avaliação clínica dos
animais;

Colocar vacas em reprodução quando tiver
abundância de pastagem;
Estação de monta: do final de dezembro até março
(90 dias). Nascimentos começam em meados de
outubro e terminam em dezembro;
Doadores de sêmen em centrais de inseminação
artificial;
Análise e congelamento de sêmen;
Controle de produção e comercialização de sêmen:
• Material sofre fiscalização e há
regulamentação para qualidade;
Intervalo de gerações em bovinos é muito grande, o
que tem que fazer para acelerar processo de seleção
é diminuir esse intervalo;
EXAME ANDROLÓGICO:
Objetivos:
Seleção de reprodutores: é exigido para que animais
possam ser comercializados em leilões;
Subsídios para programas de estação de monta:
touros com boas características andrológicas podem
ser utilizados para uma maior quantidade de fêmeas;
Comercialização de animais;
Classificar reprodutores: classificação andrológicas
por pontos (CAP);
Etapas:
Identificação do animal;
Exame clínico;
Histórico e anamnese;
Ascendência e descendência;
Exame clínico geral;
Aprumos: locomotor. Problemas locomotores são os
principais problemas que inviabilizam o uso de touros
na reprodução;
Exame clínico especial;
Sistema genital;
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EXAME CLÍNICO DO SISTEMA GENITAL:
Bolsa escrotal perpendicular ao abdômen: verificar,
aderência, consistência, tônus testicular, mobilidade,
simetria e forma, sensibilidade, cordão espermático;
Epidídimo: fácil de identificar cabeça, corpo e cauda.
Examina e faz biometria da cauda;
Patologias de prepúcio:
Prepúcio penduloso: balanopostite (inflamação da
glande), acrobustite (inflamação do prepúcio). Na
maioria das vezes correção é cirúrgica.
• Comum em Gir;
• Prepúcio fica arrastando na pastagem e por
Gir ser mais curto e prepúcio desse animal
ser mais penduloso, irá favorecer as
inflamações;
Patologias de pênis:
Pênis em saca-rolha (espiralada). Quando ocorre em
touros tira da reprodução. É hereditário;
Touro tem propensão alta a fibropapiloma no pênis.
Observa durante a ereção (eletroestimulação) ou
seda animal com xilazina, que causa exposição do
pênis e é fácil de observar.
• Coleta material, manda para patologia e após
o diagnóstico, a correção é cirúrgica
(preferencialmente com eletrocautério);
Persistência de frênulo. Retira com cirurgia simples.
Pode ocorrer com mais frequência em animais mais
jovens;
Hematoma peniano ou ruptura de pênis. Depende da
gravidade para saber se volta ou não para a
reprodução;
BIOMETRIA TESTICULAR:
Mensuração dos testículos:
• Comprimento: dimensão próximo-distal;
• Largura: dimensão médio-lateral;
• Espessura: dimensão crânio-caudal;
Entre um testículo e outro pode ter diferença de, no
máximo 0,5cm;

Circunferência escrotal:
Circunferência escrotal tem alta herdabilidade: entre
0,4 e 0,7 (média);
Perímetro escrotal tem alta correlação com
concentração espermática. É um fator determinante
da fertilidade de gerações futuras. Touros com
circunferência pequena tem alta propensão a serem
excluídos do rebanho;
Circunferência escrotal é essencial para a avaliação
andrológica do touro. É indicativo de:
• Puberdade;
• Produção total de sêmen;
• Qualidade de sêmen;
• Patologia dos testículos;
• Subfertilidade ou infertilidade do touro;
Touros com testículos simétricos e maiores: alta
fertilidade;
Correlação peso corporal:circunferência escrotal
• Bos taurus: melhor correlação é entre 1 no de
idade;
• Bos indicus: 2 anos;
Touros com testículos maiores tem tendência a ter
filhas com melhor eficiência reprodutiva e idade a
primeira cobrição;
Relação idade/circunferência (Bos taurus). Para Bos
indicus (Nelore) dobra valor da idade:
Para diferenciar entre bom e fraco, faz avaliação do
sêmen.
Para um touro adulto, 45 é uma excelente
circunferência;
COMPORTAMENTO SEXUAL:
Touro europeu tem libido maior que o touro indiano;
0- Touro não mostra interesse sexual;
1- Interesse sexual mostrado uma vez;
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2- Interesse sexual mostrado mais de uma vez;
3- Perseguição da fêmea com interesse sexual;
4- Tentativa de monta ou monta, sem cópula;
5- Duas montas ou tentativas, sem cópula;
6- Mais de duas montas ou tentativas, sem cópula;
7- Uma monta completa, sem interesse após;
8- Uma monta completa, com interesse após;
9- Duas montas completas, sem interesse após;
10- Duas montas completas, seguidas de interesse
sexual;
Classificação:
Faz testes de libido pois touro com alta libido irá
cobrir um grande número de fêmeas no início da
estação de monta;
FATORES QUE AFETAM A FERTILIDADE:
Incapacidade para a cópula sem causas clínicas
associadas;
Problemas lombares;
Problemas de cascos e aprumos;
Problemas do pênis e prepúcio;
Distúrbios da função testicular;
Hipoplasia testicular;
• Clássica;
• Espermiogênese imperfeita;
Degeneração testicular;
Orquite;
Imaturidade sexual;
Maturidade sexual retardada;
Distúrbios no comportamento sexual:
• Redução primária da libido;

• Inibição do SNC do comportamento de
cópula;
• Desenvolvimento lento do comportamento de
cópula;
• Redução secundária da atividade sexual;
IMPORTÂNCIA:
Touro com alta libido cobre muitas vacas no início da
estação de monta, concentrando os partos para o
início das águas;
COMO REALIZAR:
Em taurinos:
MANEJO TRADICIONAL DA REPRODUÇÃO:
Sêmen do garanhão é muito diluído, não dá
turbilhonamento;
120 milhões de sptz por ml e 80 ml de sêmen =
concentração de 9 bi e 600 mi de células no
ejaculado (10bi);
Dose mínima inseminante com sêmen fresco: 500
milhões de sptz viáveis;
Sendo assim, em um ejaculado com todas as células
viáveis, consegue inseminar 20 éguas;
Cio da égua dura em média 7 dias. Qual o manejo
feito quando usa monta natural?
• Égua começa a manifestar cio, começa a
rufiar a égua;
• No terceiro dia, coloca garanhão pela
primeira vez;
• No quinto, coloca pela segunda vez;
• No sétimo, coloca pela terceira vez;
OBS: na monta natural, gasta 30 bilhões de sptz. Se
fosse inseminação, daria para inseminar 60 éguas;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Prendem fêmeas que não estão no cio. 1 fêmea a
mais em relação ao número de machos testados;
Analisa comportamento dos animais por 10 minutos;
Em zebus:
Teste ainda está em desenvolvimento;
Vacas devem estar no cio;
Teste é feito no curral, com 2 fêmeas no cio natural
ou induzido (prostaglandina). Solta touro com as
fêmeas por 20 minutos;
Anota atitudes/comportamentos do touro. Atribui nota
de 0 a 10;
Comportamento sexual x fertilidade: entre os
criadores, há grande associação entre a libido e a
fertilidade, o que nem sempre é verdade (ex:
criptorquida);
Muito difícil avaliar a puberdade em potros;
Planejamento racional da utilização do garanhão;
Pequenos problemas de fertilidade podem ser
superados com as técnicas de manejo adequadas
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE
FERTILIDADE:
Comercialização;
Número de montas que serão realizadas durante a
estação reprodutiva;
Suspeita de subfertilidade;
Necessidade de aumentar o número de fêmeas que
serão cobertas na estação reprodutiva;
Determinar a qualidade do sêmen ou avaliar condição
dos testículos desde o último exame andrológico;
Avaliar doenças da reprodução;
Determinar quantas éguas irá poder trabalhar com o
potro durante a estação reprodutiva;
PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO
POTENCIAL DE FERTILIDADE:

Avalia pelo menos 2 ejaculados, com intervalo de
uma hora entre as colheitas: segundo ejaculado tem,
em média, metade da concentração do primeiro;
Dois ejaculados colhidos com intervalo de uma hora
no primeiro dia e depois colhe um único ejaculado
durante 7 dias: procedimento mais preciso, permite
maior acurácia do potencial reprodutivo e estimativa
do número de fêmeas que serão cobertas ou
inseminadas artificialmente;
• Com 7 dias, estima-se que já foi renovada
todos os espermatozoides e o epidídimo
possui espermatozoides novos provenientes
do testículo;
• É muito laborioso, nem sempre é viável fazer;
• Esvaziar animal: coletar animal até que toda
a reserva extra-gonadal tenha se esgotado e
epidídimo tenha sido repovoado por
espermatozoides do testículo;
• Volume e concentração caem e motilidade
aumenta;
OBS: cavalos geralmente tem concentração baixa,
motilidade baixa de sptz;
ANATOMIA:
Cavalo tem todas as glândulas e são todas palpáveis;
Testículo horizontal em relação ao abdômen;
Alta predisposição de torção;
PATOLOGIAS DO PÊNIS DO GARANHÃO:
Pênis/glande se fere com facilidade (cavernoso). São
lesões que cicatrizam com dificuldade;
É comum dar tecido de granulação;
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DO
POTENCIAL DE FERTILIDADE:
Largura: mede no maior eixo com instrumento
semelhante ao paquímetro. Faz mensalmente;
Biometria e consistência testicular;
Comportamento sexual: tempo de reação (do contato
visual com a égua até a ereção);
Número de montas por ejaculação;
Cultura de uretra, prepúcio e sêmen. Faz anualmente
• Coleta de sêmen, swab de estruturas;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Volume do gel, volume sem gel e volume total do
ejaculado;
Porcentagem de sptz com motilidade retilínea: ideal
ter 70% móvel;
Concentração de sptz: fração sem gel e total no
ejaculado;
Morfologia espermática;
pH do sêmen;
Volume do sêmen:
Glândulas vesiculares: fração gel;
Ejaculação: 6 a 9 jatos de sêmen:
• 75% de sptz nos 3 primeiros jatos;
• Nos jatos finais: fração gel. Tem função
mecânica tamponante;
Gel pode conter sptz, mas fração livre contém a
maioria;
Volume x concentração de sptz/ml = concentração
total do ejaculado;
Fatores que afetam o volume do sêmen:
• Época do ano;
• Primeiro ou segundo ejaculado;
• Fertilidade x volume: o importante é a
concentração e viabilidade dos sptz;
• Volume x concentração: se excitar garanhão
aumenta volume de sêmen;
• Grandes quantidades de sêmen na égua;
• Como manejar o volume do ejaculado?
Motilidade:
Tendência a aglutinação: avalia sêmen diluído.
Sêmen in natura tem difícil avaliação;
Diluição 1:20;
Extensor do sêmen pode ser preparado
antecipadamente, resfriado, congelado e aquecido a
37,5°C na hora do uso;

Motilidade deve ser retilínea, progressiva e uniforme,
e cabeça deve fazer giro completo em 360° a cada
movimento de chicotada da cauda;
A porcentagem da sptz movendo progressivamente e
com bom vigor, tem alta relação com fertilidade;
Concentração:
Câmara de Neubawer;
Espectofotômetro;
Diluição de 0,2ml de sêmen em 7,8 ml de solução
com 10% de formalina e 0,9% de solução de cloreto
de sódio (1:40);
Depende de:
• Ejaculado (primeiro ou segundo);
• Época do ano;
ANÁLISE DO SÊMEN:
Morfologia:
2 lâminas, 200 células por lâmina: avalia forma;
Preparação úmida: avalia estrutura;
pH no segundo ejaculado é maior que no primeiro:
tem menor concentração e menor fluido de origem
epididimária (tem mais fluido de próstata e glândula
vesicular);
• Fluidos da próstata, gl. Vesiculares e
bulbouretrais são alcalinas (ph 8) e
constituem 95% do ejaculado;
• Largura escrotal e consistência testicular =
medir ao menos uma vez por mês;
Sptz é elíptico e tem 1/3 da área do sptz do touro;
Concentração X motilidade:
Qual a dose mínima inseminante?
• 100 milhões: se inseminar com doses
inferiores a 100 milhões, fertilidade da égua
cai muito;
• 500 milhões de sptz viáveis: dose mínima
ideal. Se aumentar acima de 500m, não tem
reflexo na fertilidade e joga sptz fora;
Observar motilidade progressiva em aumento de
200x;
Avaliar sobrevivência de sptz in vivo e in vitro;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Culturas do trato reprodutivo:
Procedimento:
• Lavar pênis do garanhão com água morna;
• Enxaguar com água a 40°C;
• Três swabs:
Após primeiro ejaculado: swab da uretra e do
prepúcio pata cultura bacteriológica, além de
swab do sêmen;
Verifica:
• Klebsiella pneumoniae, pseudomonas
aeruginosa, Streptococcus B hemolítico.
Nenhum desses 3 podem estar presentes. Se
as 3 forem positivas, animal é
verdadeiramente infectado = problema
(garanhão inapto para reprodução). Se os
microrganismos são obtidos de swabs
aleatórios (ex: 2 swabs negativos e 1 positivo)
deve realizar novas culturas;
Prepúcio tem maior chance de estar contaminado,
sêmen em segundo lugar e uretra em terceiro;
Animal infectado: tratamento geralmente sem
sucesso;
Não usar para monta = contamina éguas;
Associação permite IA? Sim, se tiver certificado;
Adicionar antibióticos ao extensor (1000 UI de
polimixina B por ml);
ULTRASSOM APLICADO AO EXAME
ANDROLÓGICO:
Examina veia central: ponto hipoecoico;
Plexo pampiniforme;
Doppler:
Artéria marginal e artéria do cordão espermático;
Preparação da égua:
• Animal dócil;
• Em cio, preferencialmente;
• Contenção adequada;
• Bandagem na cauda;
• Cachimbo;

Comportamento sexual do garanhão:
Observar diferenças do garanhão quanto a:
• Idade;
Avaliação básica: espermiograma (microscopia
óptica) – vigor, motilidade, concentração, patologia;
Apesar da morfologia espermática ser importante, é
um fator fraco de predição de fertilidade;
Fertilidade vai além de motilidade, morfologia.
A predição da fertilidade é pelo índice de concepção
do touro, mas as avaliações microscópicas auxiliam a
predizer a fertilidade;
Nenhum teste laboratorial isolado pode estimar o
potencial de fertilidade do sêmen. A associação de
técnicas para tentar predizer a capacidade fertilizante
do sêmen tende a melhorar a predição de fertilidade;
FECUNDAÇÃO:
Precisa de um genoma haploide, organelas intactas e
componentes de membrana celular intactos;
TESTES DA FUNÇÃO ESPERMÁTICA:
Avalia por meio das sondas fluorescentes:
• Integridade da membrana plasmática;
• Integridade da membrana acrossomal;
• Integridade da membrana mitocondrial;
O emprego de sondas fluorescentes foi utilizado na
avaliação da integridade do espermatozoide, podendo
fornecer informações do estado funcional da célula
espermática;
Fala da morfologia e da funcionalidade;
São substâncias fluorescentes que se ligam a pontos
específicos das células permitindo o diagnóstico;
Júlia Teixeira Naves - 2022
• Experiência sexual;
• Índole;
• Sazonalidade (dentro ou fora da estação de
monta;
Membrana plasmática, acrossoma e potencial
mitocondrial;
MEMBRANA PLASMÁTICA:
Em uma membrana lesada o corante entra;
São corantes com afinidade pelo DNA espermático
(cabeça composta por DNA). Quando corante se liga,
cora a cabeça inteira;
Principais corantes (alguns atravessam a membrana
íntegra e outras lesadas):
Iodedo de propídio (PI): só entra se tiver lesado e
cora espermatozoide de vermelho quando se liga ao
DNA;
Hoesch 258: funciona igual o iodedo de propídio.
Entra se estiver lesado e cora espermatozoide em
azul quando se liga ao DNA;
Hoesch 342: entra em célula integra e lesada, ou
seja, cora tanto normais quanto lesadas. Cora em
azul. Usa para contar número de células totais da
amostra. Pode usar esse corante em conjunto com o
iodedo de propídio para facilitar a contagem. Nesse
caso, os normais corariam em azul e os lesados em
vermelho;
Sybr-14: entra em células viva e mortas. Emite
fluorescência verde. Serve como contra-corante,
assim como Hoesch 342;
MEMBRANA ACROSSOMAL:
Tem que romper, mas na hora correta (reação
acrossômica). Se entrar em reação acrossômica
antes, ele não consegue fecundar;
Usa glicoproteínas que são aglutininas que tem
capacidade de se ligar a enzimas acrossomais. Usa
em conjunto com uma sonda fluorescente para
evidenciar. Se liga as enzimas quando acrossoma
está lesado. Todo sptz corado indica que membrana
está lesada

PSA e PNA com fluorescência (FIT-C): ambas coram
em verde. PNA cora mais na ponta;
Coloração PNA+PI = avalia membrana acrossomal e
membrana plasmática;
MEMBRANA MITOCONDRIAL:
Não avalia se a membrana mitocondrial está integra
ou não. Avalia o potencial mitocondrial;
Sondas se ligam a substratos associados a cadeia
respiratória. Ou seja, só se liga a membrana que está
trabalhando e produzindo ATP;
Mitocôndrias estão na peça intermediária = há certa
subjetividade;
Há variação na intensidade da coloração;
Rodamina 123: verde;
Mito tracker: verde;
CMXRos: vermelha;
JC-1 (baixo potencial): mitocôndria com baixo
potencial se cora de verde;
Júlia Teixeira Naves - 2022
JC-1 (alto potencial): mitocôndria com alto potencial
se cora de vermelho;
OBS: por retirar a subjetividade, a sonda JC-1 é a
mais utilizada;
Sempre quer um sêmen com alto potencial
mitocondrial, mas não quer um sêmen com altíssimo
potencial;
ASSOCIAÇÃO DE SONDAS
FLUORESCENTES:
Usar sondas que avaliam simultaneamente
membranas plasmáticas, acrossomal e mitocondrial;
Problema: pode ter reação entre sondas e
inviabilização da análise?
• PI (membrana), PSA (acrossoma), R123
(mitocôndria);
• PI (membrana), PSA (acrossoma), MITO
(mitocôndria);
• PI (membrana), H342 (membrana) PSA
(acrossoma), CMXRos (mitocôndria);
• PI (membrana), H342 (membrana), PSA
(acrossoma), JC-1 (mitocôndria);

OBS: PI e PSA funcionam muito bem, já são usados
juntos;
CUIDADO: quando fluorescência entra em contato
com luz solar estraga.
O uso de sondas não prediz fertilidade, mas auxilia e
pode melhorar essa predição.
Determinar sexo da prole: melhora a incidência do
sexo na produção de acordo com objetivo da
produção;
Sêmen convencional: 50% macho 50% fêmea;
Sêmen sexado: 90% de probabilidade de nascimento
de animais do sexo pretendido;
Vantagens:
• Melhora eficiência produtiva: mais fêmeas em
leite, mais machos em carne. Animais de
reposição de acordo com necessidade;
• Proporção ideal de machos e fêmeas de
acordo com o desejado;
• Mantem no plantel as características
produtivas influenciadas pelo sexo;
Métodos naturais:
Júlia Teixeira Naves - 2022
USO DAS SONDAS:
Deve ser feito no escuro – quando sonda entra em
contato com luz, perde fluorescência;
Precisa de microscópio de fluorescência;
Conta 200 células e identifica quais tem lesões de
membrana;
Para fazer avaliação de grande escala, usa citômetro
de fluxo. Faz a leitura da fluorescência com mais
precisão e sem limitação de contagem. Identifica com
precisão a intensidade de fluorescência;
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Limitações no uso das sondas fluorescentes: alto
custo;
Associação de sondas diminui acurácia? Algumas
sim;
Falhas na técnica: tipo de diluidor usado;
• Diluidor a base de ovo não funciona bem com
Hoest;
Ponto de corte;
Uso de sondas fluorescentes pode melhorar a
avaliação do sêmen;
Fases da lua;
Tempo de fertilização em relação a ovulação;
• Cromossomo y é mais leve, mais rápido e
menos resistente (dura em média 24h no
trato da fêmea);
• Feminino: mais pesado, mais lento, mas dura
48h no trato reprodutor da fêmea;
• Ou seja, se cobrir muito próximo a ovulação,
maior chance de macho. Se cobrir mais longe
(2 dias antes da ovulação), mais chance de
fêmea;
pH da secreção vaginal: y é mais resistente a
ambientes alcalinos. X é mais resistente a ambientes
ácidos. Bicarbonato de sódio ou ducha de vinagre?

Fetal;
Embrionária;
Espermática;
FETAL:
Não consegue manipular prole nesse caso;
Serve para planejar a produção (saber quantidade de
machos e fêmeas);
Avaliação da posição do tubérculo vaginal –
ultrassom aos 50 – 60 dias;
• Região do umbigo: pênis;
• Região da cauda: vagina;
EMBRIONÁRIA:
Teste de imuno-histoquímica (proteínas expressas
por embriões masculinos ou femininos);
• Detecção proteica ou gênica (PCR);
Custo mais elevado;
Biopsia pode lesar embrião de maneira permanente;
ESPERMÁTICA:
Em mamíferos o sexo é determinado pelo
espermatozoide, então separa os X dos Y;
A base é que os cromossomos X e Y são
morfologicamente diferentes;
Diferenças no conteúdo nuclear:
Cromossomo X tem 3% a mais de DNA que o Y;
Interfere em velocidade: Y é menor e mais rápido
(teste swinup);
Eletroforese: cromossomo X é mais carregado
negativamente, desloca para eletrodo positivo. Y é
mais carregado positivo;
Centrifugação: X é mais pesado;
Citometria de fluxo: cromossomo X tem mais DNA.
Mais utilizada e avalia conteúdo de DNA. Afere a
intensidade de fluorescência da célula. Se cora DNA,
fluorescência do X vai ser maior que o Y;
CITOMETRIA DE FLUXO:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Separa as duas populações com acuidade de mais de
90%;
Baseada na fluorescência emitida pela célula;
Cora DNA celular (Hoest 342 – cora em azul) >
citômetro (diferencia intensidade de fluorescência) >
define fêmeas e machos. Carga elétrica é depositada
no sptz (X recebe carga negativa e Y recebe carga
positiva) > passa por campo elétrico > separa as
populações (X vai para polo positivo e Y vai para
negativo);
O que o citômetro não identificou como X e Y, vai
para o ´´lixo´´;
O sptz tem que passar pela sonda um atrás do outro,
em fileira;
NÃO HÁ efeitos genotóxicos associados ao corante
(H342). Ou seja, prole não vai ser alterada e não vai
ter alterações nos parâmetros gestacionais;
O espermatozoide não vai ter a mesma qualidade:
exposição ao corante, diluição e rediluição, laser,
campo elétrico = lesão espermática. Altera
membranas, aumenta produção de radicais livres,
pode comprometer a qualidade de cromatina.
Compromete taxa de concepção;
Afeta a taxa de concepção, mas a taxa de
transferência de embriões não é afetada;
Sptz fica viável por menos tempo no trato reprodutor
feminino. Sendo assim, se inseminar mais próximo a
ovulação tem maior taxa de concepção, mas ainda
assim é mais baixa que o sêmen convencional;
No sêmen convencional usa dose inseminante de 10
a 20 milhões por palheta. No sêmen sexado, usa
dose de 2 milhões por palhetas;
 Júlia Teixeira Naves - 2022
OBS: YoPro – detecta perda precoce de integridade
de membrana plasmática;

Limitações da citometria:
Baixo rendimento da técnica;
Processo lento;
Taxa de concepção menor quando comparado ao
sêmen convencional;
• Não é afetada apenas pela menor dose
inseminante, mas sim pela qualidade do
sêmen após a sexagem, que é reduzida;
• Minimiza inseminando mais próximo a
ovulação;
• Se deposita sêmen sexado no corno uterino
(quase na união úteo-tubárica) minimiza a
queda na taxa de concepção, mas é difícil de
ser feito;

Determinar sexo da prole trás importantes benefícios

para a produção;
Deve-se realizar ajustes no momento da IA para
minimizar efeito deletério da técnica sobre a
qualidade espermática;
Vaca X novilha;
Redução na taxa de concepção é uma realidade;

Reprodução assistida:
Grandes avanços: IA, TE, FIV, clonagem;
No Brasil, cerca de 20% das fêmeas são
inseminadas, e a IA movimenta cerca de 13 a 14
milhões de doses ao ano;
Analisar fertilidade do espermatozoide é complicado.
O melhor teste de fidelidade do ejaculado/sêmen é a
utilização in vivo.
Técnicas in vitro normalmente são falhas. Até hoje
não tem uma tecnologia que afirma se animal é ou
não fértil. Tem que fazer vários testes;
Meta: predizer o potencial fecundante do sêmen a
partir de parâmetros correlacionados com a
fertilidade;
Parâmetros utilizados:
DNA: estresse oxidativo é o principal fator que lesa o
DNA;
Membrana plasmática e acrossomal;
Cinética: fertilidade tem alta correlação com
motilidade (progressiva, retilínea, uniforme);
OBS: O espermatozoide é uma célula complexa e
multifuncional que necessita conservar sua
integridade morfofuncional para manter-se viável;
CINÉTICA ESPERMÁTICA:
Padrão mais frequentemente relacionado com
fertilidade;
Sptz deve estar móvel para migrar e interagir no trato
reprodutivo (capacitação) e alcançar o ovócito para
fecundação;
Cinética apresenta 2 componentes:
• Motilidade: % de células que se movem
progressivamente;
• Vigor: velocidade/intensidade do movimento,
expresso em escala de 0-5;
Avaliação da motilidade:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Microscopia de luz:
• Mais comumente utilizado na rotina;
• Menos oneroso;
• Subjetivo: sujeito à habilidade do avaliador
(variação de 30-60%);
Análise computadorizada de sêmen (CASA):
• Metodologia automatizada que avalia
milhares de espermatozoides individualmente
(dimensões da cabeça), fornecendo
informações quantitativas e qualitativas sobre
a motilidade, padrões de trajeto e de
movimentação;
• Atualmente é o método mais aceito para
avaliação da cinética espermática;
• Valores objetivos e com elevado padrão de
repetibilidade;
• Faz relatório da trajetória dos
espermatozoides;
O LASER (BIOSPECKLE):
É um tipo de radiação eletromagnética que possui:
comprimento de onda bem definido, alta
direcionalidade e coerência espacial e temporal;
Quando o material iluminado apresenta atividade
biológica esse fenômeno de interferência é dinâmico
e é denominado Biospeckle (imagem semelhante a
TV fora do ar);
BSL: sêmen ovino, equino, canino e bovino;
Começou estudo com sêmen de carneiro (alta
concentração e vigor). Queria saber se a técnica tinha
sensibilidade para avaliação;
Estudos realizados têm demonstrado resultados
animadores quanto à aplicação da metodologia para
avaliação de cinética espermática;
Aplicação da técnica:
Ambiente silencioso e escuro;
Amostra é iluminada por 40 segundos: sucessivas
imagens são captadas;

Imagens são processadas de modo que a intensidade
da movimentação corresponde a determinado tom de
cinza;
Realiza-se um estudo da variação temporal de
intensidade de cada pixel;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Matriz STS: sequencia de 512 imagens consecutivas
(512 linhas x 512 colunas);
A partir da matriz de ocorrência, obtém o momento de
inércia;

Momento de inércia (MI):

MI é uma forma de quantificação do BSL obtido a
partir da matriz espaço por tempo (STS);
O STS é uma sequência de 512 imagens
consecutivas

Processo de análise de imagem:

Suponha que de uma amostra foram obtidas seis
imagens sucessivas, sendo retirada de cada uma
delas uma mesma coluna e postas uma ao lado das
outras, conforme mostrado na figura:

CONCLUSÃO:
BSL é um método preciso e objetivo de avaliação de
cinética espermática capaz de eliminar a
subjetividade intrínseca às avaliações de rotina;

CRIOPRESERVAÇÃO CELULAR: Membrana: bicamada de fosfolipídios + proteínas;

Preservação de hemácias para transfusão; Proteínas:

Preservação de tecido ósseo para reposição; • Periféricas;

• Integrais: formam canais hidrofílicos;
Sêmen e embriões;
Lipídos:
Melhoramento genético e preservação de espécies
em extinção; • Fosfolipídios;
• Colesterol;
FATOR LIMITANTE: poucas técnicas permitem 100%
• Arranjo bilaminar:
de sobrevivência dessas células após congelamento
Hidrofílico: exterior;
e descongelamento. Perde 50, 60, 70% dos
Hidrofóbico: interior;
espermatozoides.
Congelamento: leva a -196°C; FLUIDEZ DAS MEMBRANAS:

ESTRUTURA DAS MEMBRANAS:


Membranas podem ser fluidas ou rígidas. Quando
mais rígida, maior probabilidade de a célula morrer no
congelamento;
O que determina rigidez da membrana:
Cadeias muito grandes de hidrocarbonetos: interação
mais firme = membrana fica rígida;
Natureza do fosfolipídio;
• Cadeias hidrocarbonadas retas: ácidos
graxos saturados, favorecem estado rígido;
• Cadeias dobradas: mais insaturações.
Favorecem a fluidez;
O que afeta:
Temperatura;
• A medida que a temperatura abaixa, cadeias
ficam mais alongadas e rígidas;
Relação colesterol:fosfolipídios. Quando maior a
relação, mas complicado;
• Colesterol é prejudicial ao congelamento:
auxilia na manutenção dos fosfolipídios em
arranjo laminar;
• Quanto maior colesterol, maior resistência
das membranas às mudanças de temperatura
(menor fluidez)
Zona de temperatura crítica: -15 a -60°C. Alta
letalidade para células (congelamento e
descongelamento);
Até -5°: super resfriamento. Não congela;
-05 a -15: gelo no meio extracelular, mas intracelular
continua fluido;
• Aumento do gradiente osmótico entre meio
intra e extra celular;
• Espermatozoide desidrata e água se congela
externamente. É o ideal. Se a água congelar
intracelular, forma microcristais, que se
juntam formando macro. No momento do
descongelamento, os cristais se rompem e
célula morre;
CRIOPROTETORES:
Júlia Teixeira Naves - 2022
O crioprotetor é uma substância utilizada para
proteger o tecido biológico de danos de congelamento
(devido a formação de gelo). Funcionam aumentando
a concentração de solutos nas células. No entanto, a
fim de serem biologicamente viáveis, eles devem
facilmente penetrar nas células e não ser tóxicos a
elas;
Agentes crioprotetores intracelulares:
• Etilenoglicol;
• DMSO (dimetilsulfóxido);
• Propanodiol;
• Glicerol: mais utilizado;
Crioprotetor entra e água sai;
TAXAS DE RESFRIAMENTO:
Lenta: velocidade de passagem de água do meio intra
para o extracelular é suficiente para concentrar os
solutos no meio intracelular. Espermatozoide
desidrata, mas não congela internamente;
Muito rápida: formação de gelo intracelular;
Descongelamento: deve ser lenta (recristalização),
muito rápida;
BOMBA DE SÓDIO POTÁSSIO:
Abaixamento da temperatura influencia bomba de
sódio e potássio, que precisa de energia para
funcionar;
Perde eficiência;
Composição das membranas de
espermatozoide:
As membranas da cabeça, peça intermediária e
cauda são diferentes;
Se lesa a cauda, mas outras membranas estão
normais = menor motilidade, mas sem perder a
viabilidade;
Se lesa a cabeça, mas outras estão normais = boa
motilidade, mas danos de acrossoma. Grande
prejuízo;
Horizontal e vertical (botijão);
GARANHÃO (particularidades):

Transporte de sêmen resfriado – pode ser viável até
48h;
Sêmen congela pior, é mais problemático que o touro.
Fertilidade fica muito mais baixa;
Plasma seminal do equino é tóxico para os
espermatozoides durante o congelamento = deve
centrifugar as células para separar plasma dos
espermatozoides;
Coleta:
Vagina artificial;
Indução farmacológica;
Eletroejaculação: não responde bem;
Avaliação do sêmen:
Varia em volume e concentração de acordo com
época do ano;
Contagem do número de espermatozoides para ver
quantidade de doses;
Centrifugação: aspira o plasma (máximo que
conseguir) e fica com o pellet. Pellet é ressuspendido
com diluente;
Faz o congelamento:
• Nitrogênio líquido em caixa de isopor.
Palhetas devem ficar suspensas no vapor de
nitrogênio por 15 minutos. Depois coloca
palhetas no nitrogênio líquido. Depois passa
palhetas para o botijão;
PREPARAÇÃO:
Faz preparo do diluidor:
• Aumenta volume do ejaculado. Enquanto
cavalo tem 80ml, touro tem 7 a 8ml de
ejaculado;
• Maior número de fêmeas inseminadas;
Criar ambiente favorável para conservar, no
espermatozoide:
• Vida;
• Atividade cinética;
• Capacidade fertilizante do espermatozoide;
Características dos diluidores:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Gema de ovo: maior sobrevida dos espermatozoides.
Preservação mais prolongada;
Citrato de gema: substitui solução fosfato por citrato;
Glicerina: ação crioprotetora para os
espermatozoides;
Antibióticos: apesar de utilizar técnicas mais
assépticas possíveis, não consegue controlar a
contaminação. Não pode ser citotóxico e deve conter
os microrganismos mais comuns;
• 1000 UI de penicilina/ml;
• 500 a 1000mg de dihidroestreptomicina/ml;
Diluidor de Nagase:
Limitação: no início, sem prática, é mais difícil analisar
os espermatozoides com esse diluente;
COLHEITA DE SÊMEN:
Métodos:
• Vagina artificial;
• Eletroejaculação: animais mais velhos;
Ejaculado:
• Completo (sem interrupções);
• Puro: não pode ter sangue, urina, sujidades;
• Sem contaminações: usa técnicas assépticas
e antibióticos;
Condicionamento do animal:
• Libido (vagina artificial exige condicionamento
para animal saltar em manequins mesmo fora
do cio);
• Local adequado;
AVALIAÇÃO PRÉ CONGELAMENTO:
Volume;
Motilidade:
• Turbilhão;
 Júlia Teixeira Naves - 2022
• Vigor; Mergulhar em nitrogênio líquido;
Concentração: Temperatura: -196°C;

• Câmara de Newbawer: 1:200 (diluição) X 1:5 Preservação ad eternum;

(contar 5 quadrados na diagonal) X 1:10.000
(volume da câmara) = 1:10.000.000 mL. 1
ARMAZENAMENTO:
espermatozoide contado equivale a 10 Containers;
milhões no sêmen in natura;
Controlar nível de nitrogênio;
Porcentagem de vivos:
Controle de estoque;
• Membrana do espermatozoide morto é
permeável à eosina (eosina-nigrosina); Descongela sêmen e faz controle de qualidade:
• Motilidade (30%), vigor (3), concentração,
DILUIÇÃO:
morfologia, testes metabólicos, etc;
A dose inseminante é de 10 milhões de • Análise computadorizada;
espermatozoides viáveis na palheta;
Distribuição;
REFRIGERAÇÃO E EQUILÍBRIO:
Refrigeração:
Após colher sêmen do touro, faz diluição de 3:1 e
coloca no banho maria (32-37°C) enquanto faz
análises;
Vai para a câmara fria e começa a refrigerar. Leva
sêmen até 5°C. Esse tempo de refrigeração deve
durar de 1 hora e meia até 2 horas;
Depois que chegou a 5°C começa a etapa de
equilíbrio;

Equilíbrio:
Tempo necessário para glicerina ser metabolizada
pelos espermatozoides;
Dura de 5 a 10 horas. Se touro não é problemático,
usa 4 horas;
Depois faz envasamento do sêmen;

CONGELAÇÃO:
Após envasamento, congelação em duas etapas:

Etapa 1:
Vapor de nitrogênio líquido;
Tempo: 10 a 15 minutos;
3 a 5 cm acima do nível do nitrogênio;
Temperatura: -79°C;

Etapa 2:
Júlia Teixeira Naves - 2022