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- Fertilidade: capacidade do animal produzir descendentes normais (alta fertilidade – 1 touro para 20 a 50 vacas)
- Subfertilidade: incapacidade de produzir descendentes dentro da média esperada para a espécie
- Infertilidade : incapacidade de produzir descendentes ou com redução severa na capacidade
ANATOMIA FUNCIONAL
Composto pela bolsa escrotal, que aloja os testículos e epidídimos, funículo espermático
(plexo pampiniforme) músculo cremaster, pênis e uretra pélvica. O sistema reprodutor
também possui glândulas acessórias, que são as glândulas bulbouretrais, vesículas seminais e
ampola dos ductos deferentes e próstata.
- Composto por estruturas específicas que fazem o controle da termorregulação para
produção de espermatozóides
EXAME ANDROLÓGICO
Envolve uma análise completa do reprodutor, indicando se o animal está apto para a reprodução. É de extrema
importância realizar o exame andrológico antes e depois da estação de monta, para avaliar a performance
reprodutiva do animal. Envolve diversos exames (exame físico geral, teste de libido, capacidade de monta, exame
específico, biometria testicular, espermiograma)
ESPERMIOGRAMA
O espermiograma consiste na avaliação dos caracteres microscópicos do sêmen, completando assim o exame
andrológico, onde se avalia os caracteres físicos. Para sua eficácia, depende de um manuseio correto do sêmen
(proximidade do lugar da coleta ao laboratório, proteção da amostra, cuidados na avaliação, pré-aquecimento)
Temperatura e incidência de luz influenciam na visualização.
- Indicação: armazenamento de sêmen (IA), diagnosticar fertilidade e fornecer informação em casos de infertilidade
AVALIAÇÃO DO SÊMEN
Caracteres Físicos:
- Volume, cor (marmórea à amarelo), aspecto(cremoso, leitoso, opaco, aquoso), odor (“cândido) e pH (6,4 a 7,8)
Caracteres Microscópicos:
- Concentração: fator importante (contagem de espermatozoides presentes no
ejaculado)
necessita dos espermatozoides mortos, por isso, é o último caractere a ser
examinado
homogeneizar a amostra com solução salina (diluição de 1:200 ou 1:100)
Passo 1: preencher a câmara de Neubauer nos dois lados
Passo 2: escolher o quadrado central para fazer a contagem
Passo 3: no quadrado escolhido, escolher 5 quadrados para fazer a contagem
de espermatozoides (sequência deve ser lógica)
Passo 4: em todos os quadrados escolhidos, considerar um “L” para
considerar os espermatozoides com a cabeça na linha
Passo 5: contagem deve ser feita em zigue-zangue
nº de espermatozóides
KN OBBED CAB EÇA PIRIFORME CAB EÇA ESTREITA CAB EÇA PEQUENA
N A BASE N ORMAL
TESTÍCULOS
CRIPTORQUIDISMO
- Falha na migração normal de um ou ambos testículos, ficando retidos no canal inguinal ou no abdômen
- Ligado a consaguinidade (altera o gubernáculo testis, que traciona o testículo a bolsa escrotal)
- Função endócrina permanece normal, porém a espermatogênese é alterada (mudança de temperatura)
- Predispõe a neoplasias (formação de células mutantes pela temperatura indevida)
Sintomas:
bilateral causa azoospermia (não produz espermatozoides) e unilateral (subfertilidade)
Diagnóstico:
palpação retal (testículo na cavidade abdominal ou pélvica)
aplicar HCG ou GnRH e dosar testosterona após 30, 60 e 120 minutos em casos bilaterais (caso o nível de
testosterona aumente, significa que o testículo está na cavidade abdominal)
Tratamento e prognóstico: cirúrgico (favorável) ou descarte (animais de pouco valor)
Profilaxia: evitar consaguinidade e retirar da reprodução (unilateral – por ser subfértil, pode passar aos filhos)
HIPOPLASIA TESTICULAR
- Perda da função do parênquima testicular, levando a diminuição do volume e concentração do sêmen. Predispõe a
novas patologias. É de caráter hereditário, principalmente nos zebuínos e bubalinos. Pode ser uni ou bilateral,
acometendo parcial ou totalmente os testículos.
Diagnóstico
histórico (animal que cobre mas não emprenha, ou emprenha pouco) e exames clínicos repetidos
Tratamento: retirar da reprodução
DEGENERAÇÃO TESTICULAR
- Ocorre quando o animal tem dificuldade de controlar pequenas inflamações, afetando a qualidade seminal
Etiologia:
estresse ambiental (calor), intoxicação, traumas, processos infecciosos, doenças crônicas e caquetizantes,
distúrbios nutricionais, neoplasias e idade
Sintomas:
flacidez testicular (agudo) ou consistência firme (crônica), com características seminais diminuídas
aumento de patologias do sêmen
Diagnóstico:
histórico (animais férteis que passam por queda), coletas de sêmen periódicas (distinguir de hipoplasia)
prognóstico: bom em jovens, ruim em animais velhos e casos crônicos
Tratamento: eliminar a causa primária
Profilaxia: manejo adequado do touro (sombreamento e água fresca), escolha de animais mais resistentes
ORQUITE
- Inflamação dos testículos (curso agudo ou crônico, traumático ou infeccioso)
Sintomas:
dor, febre, inapetência, alteração na qualidade do sêmen (aguda), fibrose (crônicas)
Tratamento: antibiótico e AINEs, eliminar causa primária, ducha fria e gelo (aguda), diagnosticar doenças
infectocontagiosas (crônica)
EPIDIDIMOS
DISFUNÇÕES EPIDIDIMÁRIAS (cabeça, corpo e cauda)
- Promovem distúrbios no plasma seminal e nos espermatozoides
Diagnóstico:
teste de exaustão: realizar várias coletas e avaliar a qualidade das células
PREPÚCIO E PÊNIS
FIMOSE
- Obstrução completa ou parcial do óstio parcial com acúmulo de urina, por causa hereditária ou adquirida por
traumas ou lesões constantes
Tratamento: pode ser cirúrgico ou não, descarte (em casos hereditários), tratar ferida e lesões (curativo)
PARAFIMOSE
- Estrangulamento da glande peniana após exposição, por estenose do prepúcio
Tratamento: ducha fria para vasoconstrição (imediata), AINEs, para diminuição peniana e permitir a passagem do
pênis pelo óstio prepucial (quando se passa muito tempo, é necessário amputar)
ACROBUSTITE
- Inflamação do prepúcio (mais comum em prepúcios umbigugodos ou pendulosos, pelas microlesões do capim)
- Lesões podem desencadear fimose, parafimose, abscesso locais e miíases
Tratamento: curativo local (betametasona, gelo, pomada cicatrizante, repelente, antibiótico, antisséptico, punção
de abscessos), cirúrgico (retirar a parte lesionada e construir outro óstio em “v”), manter longe de fêmeas após
cirurgia (evitar deiscência dos pontos durante a cobertura)
PERSISTÊNCIA DO FRENULUM
- Pequena membrana no pênis que se rompe nos jovens, porém persiste em alguns casos (dificulta expor pênis)
Tratamento: retirar da reprodução (hereditários), e retirada da membrana
FIBROPAPILOMA PENIANO
Neoplasia pediculada comum em jovens, com massas simples ou múltiplas no pênis, podendo ser transmitida por
fômites ou em casos de coberturas
Tratamento: cirúrgico e auto-vacina (lavar o fibropapiloma com NaCl, incisar pele do animal, inserir a neoplasia
no subcutâneo da axila e suturar, promovendo reação inflamatória, que gera anticorpos), e hemoterapia