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1.1.1.

Gametogénese e Fecundação
▪ Gametogénese → formação de gâmetas (células
haploides) que ocorre nas gónadas.

▪ Espermatogénese
▪ Oogénese
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Canal deferente
8
Vesícula seminal
9
Bexiga
1
Próstata
10
Coluna
2 vertebral
Pénis
11 Intestino
3
Epidídimo
12
Ânus
4
Glande
13
Uretra
5
Prepúcio
14
Testículo
6
Orifício genital
15
Escroto
7
Lóbulo
Rede
testicular
Bexiga Túnica
albugínea
Glândula
de Cowper Escroto
Vesícula
seminal Corpo
Próstata cavernoso

Veia
Epidídimo
Corpo
esponjoso Artéria
Uretra
Orifício
urogenital
escroto
Sistema Reprodutor Masculino
Não pertence ao
Sistema Reprodutor

Corpo cavernoso
1 – pénis
2 – canal deferente
3 – vesícula seminal
4 – próstata
Corpo
esponjoso 5 – glândula de Cowper
6 – epidídimo
prepúcio
7 – testículo
8 - escroto
glande
Sistema reprodutor
masculino

Órgãos Glândulas
Gónadas Vias genitais
externos anexas

Canais Vesículas Glândulas


Testículos Epidídimos Uretra Pénis Escroto Próstata
deferentes seminais de Cowper
SISTEMA
REPRODUTOR ÓRGÃO FUNÇÃO ESSENCIAL
MASCULINO
Escroto Bolsa de pele que aloja os testículos.
ÓRGÃOS EXTERNOS Órgão copulador que assegura a deposição
Pénis de sémen na vagina.
Órgãos responsáveis pela produção de
Gónadas Testículos espermatozóides e de hormonas
masculinas.
Local de acumulação e maturação dos
Epidídimo espermatozóides.
Ductos responsáveis pela condução dos
Canais
Vias espermatozóides até à uretra e pela
deferentes recepção do líquido seminal.
genitais
ÓRGÃOS Canal que permite a saída do sémen (e da
INTERNOS Uretra urina produzida pelo sistema urinário) para
o exterior do corpo.
Segregam o líquido seminal, rico em
Vesículas
frutose, que é adicionado aos
seminais espermatozóides, fornecendo-lhes energia.
Glândulas Segrega o líquido prostático que, por ser
anexas Próstata alcalino, permite o movimento dos
espermatozóides.
Glândulas
Produzem muco alcalino, lubrificante.
de Cowper
Espermatogénese
▪ Processo de formação de espermatozoides maduros, que ocorre
nos testículos, desde a puberdade até à morte ( processo
contínuo) e de um modo acíclico.
São compostos por
túbulos seminíferos,
muito enrolados e
compactados, que
ocupam reduzidas
dimensões.

Estes túbulos alojam as


espermatogónias (em diversos
estádios de diferenciação)
e as células de Sertoli (nutrem,
protegem, fornecem suporte e são
responsáveis pela coordenação da
espermatogénese).
Célula de
Leydig

Nos espaços intersticiais dos túbulos localizam-


se as células de Leydig, responsáveis pela
produção de testosterona.
• Tubos seminíferos → onde ocorre a espermatogénese de
forma centrípeta (da periferia para o lúmen)
→ contêm espermatogónias (células
germinativas diplóides (2n) que originam os espermatozóides)
e células de Sertoli (nutrição, proteção e suporte do processo
de espermatogénese)
Testículos

• Células de Leydig ou intersticiais → produzem testosterona

• Túnica albugínea

Ver figuras
pág. 15/16
Fases da Espermatogénese

1. Fase da Multiplicação → a partir da puberdade


as espermatogónias (2n) sofrem mitoses
sucessivas, aumentando o seu número.
2. Fase do Crescimento → aumento do volume
das espermatogónias devido à síntese e
acumulação de substâncias de reserva →
formação de espermatócitos I (2n).
3. Fase da Maturação → Cada espermatócito I (2n)
sofre meiose:
- Na 1ª divisão formam-se 2 espermatócitos II (n)
- Na 2ª divisão formam-se 4 espermatídeos (n)
4. Fase da Diferenciação (Espermiogénese) →
Transformação dos espermatídeos (n) em
espermatozóides (n)
4. Fase da Diferenciação (Espermiogénese) → Transformação dos espermatídeos
(n) em espermatozóides (n):
• Perda da maior parte do citoplasma
• Reorganização dos organelos (agrupamento das mitocôndrias e
achatamento do núcleo)
• Diferenciação do flagelo a partir do centríolo
• Produção do acrossoma a partir do complexo de Golgi
• Cabeça com núcleo e rodeada pelo acrossoma (contém
enzimas hidrolíticas para penetrar no oócito)
Espermatozóides • Segmento intermédio com mitocôndrias (produção de
energia)
• Flagelo (mobilidade)

Ver figura
Libertados no lúmen do túbulo seminífero pág. 17
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Pavilhão
da trompa5
Ovário
6
Trompa
7
Coluna
1
Útero
8
vertebral
Colo do útero
9
Bexiga
2
Vagina
10
Intestino
3
Orifício urinário
11
Ânus
4
Orifício genital
12
Lábios
13
Trompa
6
Pavilhão
1 da
Trompa

Ovário
2

Bexiga Útero
3
7
Vagina
4

Vulva
5
Pormenor dos cílios
da parede interna das
trompas de Falópio Grandes lábios

Clítoris

Orifício
urinário Pequenos
lábios
Orifício
genital

Ânus
Sistema Reprodutor Feminino

A – ovário
B – trompas de falópio
Mesentério
C – útero
D – vagina
E – vulva
Sistema reprodutor feminino

Gónadas Vias genitais Órgão externo

Trompas de
Ovários Útero Vagina Vulva
falópio
APARELHO
ÓRGÃO FUNÇÃO ESSENCIAL
REPRODUTOR FEMININO
Pregas de pele com a função de proteção dos
Grandes lábios e
restantes órgãos externos.
ÓRGÃOS pequenos lábios
EXTERNOS
(VULVA) Órgão excitável que intervém no ato sexual.
Clítoris

Abertura da vagina, que permite:


Orifício genital
• a saída do fluxo menstrual;
• a saída do feto na altura do parto;
• a entrada do pénis durante o ato sexual.
Órgãos responsáveis pela produção e
Gónadas amadurecimento dos oócitos e pela secreção
Ovários
das hormonas femininas (estrogénio e
progesterona).
Trompas
Recebem o oócito II e é o local onde ocorre a
ÓRGÃOS de Falópio
fecundação.
INTERNOS
Vias
Aloja e permite o desenvolvimento do feto
genitais Útero
durante a gestação.

Órgão que recebe o pénis, que aí deposita os


Vagina
espermatozóides.
Oogénese
▪ Processo de formação de oócitos II, que ocorre nos ovários, desde a
fase embrionária e de um modo cíclico a partir da puberdade.
Células foliculares

Célula germinativa

• Parede protetora
• Zona cortical - zona externa com:
• folículos em diferentes estádios desenvolvimento
Ovários (célula germinativa (2n) rodeada por uma ou mais
camadas de células foliculares que a nutrem e
protegem)
• corpos amarelos
• Zona medular - zona interna com vasos sanguíneos.

Ver figura pág. 20


Fases da Oogénese - a oogénese é acompanhada pela maturação dos folículos
1. Fase da Multiplicação → durante o desenvolvimento embrionário as
oogónias (2n) sofrem mitoses sucessivas, aumentando o seu número.
Folículo primordial

2. Fase do crescimento:
• Ainda durante o desenvolvimento embrionário ocorre o aumento do volume das
oogónias devido à síntese e acumulação de substâncias de reserva → formação
de oócitos I (2n).
• Os oócitos I rodeiam-se de células foliculares, formando folículos primordiais.
• Os oócitos I iniciam a primeira divisão meiótica que se interrompe em prófase I.
3. Fase de repouso:
• Os folículos primordiais com os oócitos I em prófase I ficam inativos desde o
nascimento até à puberdade.
4. Fase de maturação:
• A partir da puberdade,
mensalmente, um folículo
primordial, começa a crescer e
a desenvolver-se.
• O oócito I aumenta de
volume. As células foliculares
proliferam e formam várias
camadas passando a folículo
primário, folículo secundário e
folículo maduro (de Graaf).

• Simultaneamente o oócito I (2n) recomeça a primeira divisão da meiose e


origina duas células desiguais (devido a uma citocinese desigual):
– uma maior – oócito II (n)
– uma menor – 1º glóbulo polar (n) (degenera)
folículo secundário
folículo primário

folículo maduro ou de Graaf


4. Fase de maturação:
• O oócito II (n) inicia a segunda divisão da meiose e pára em metáfase II →
destaca-se da parede do folículo de Graaf para a cavidade folicular rodeado
de uma camada de células foliculares.
Ovulação: (14º dia do ciclo)
• O crescimento do folículo de Graaf provoca a sua ruptura e a ruptura da
parede do ovário e a saída do oócito II (n) em metáfase II para a trompa de
Falópio.
• Se não ocorrer fecundação → oócito II (n) degenera
• Se ocorrer fecundação → oócito II (n) conclui a segunda divisão da meiose
e origina duas células desiguais (devido a uma citocinese desigual):
– uma maior – óvulo (n)
– uma menor – 2º glóbulo polar (n) (degenera)
Folículos primordiais

No Ovário
nascimento,
os núcleos
encontram-se
em prófase

Folículo primário
A partir da puberdade,
Oócito I mensalmente,

Células
foliculares
Folículo secundário Folículo de Graaf

Zona Células
pelúcida foliculares
(granulosa)
Oócito I

Folículo terciário

Zona
pelúcida Cavidade
Oócito I folicular

Células foliculares
(granulosa)
Formação do corpo amarelo:
• As células foliculares do que resta do folículo de Graaf
multiplicam-se e aumentam de tamanho, tornando-se
secretoras. O seu citoplasma é amarelo → corpo amarelo ou
lúteo (que produz progesterona).
Evolução folicular (corte histológico de ovário)
Folículo primordial
Evolução folicular (corte histológico de ovário)
Folículo primário
Evolução folicular (corte histológico de ovário)
Evolução folicular (corte histológico de ovário)
Folículo secundário
Evolução folicular (corte histológico de ovário)
Folículo maduro ou de Graaf
Evolução folicular (corte histológico de ovário)
Evolução folicular (corte histológico de ovário)

A maioria dos folículos ovarianos podem sofrer um processo de


apoptose, denominado atresia folicular. A atresia pode incidir sobre o
folículo em qualquer fase do seu desenvolvimento, e em qualquer
idade.
Comparação entre a Espermatogénese e a Oogénese

ASPECTOS COMUNS

✓ Em ambos os processos os gâmetas derivam de células


germinativas primordiais : Espermatogónias e oogónias

✓Os dois processos de gametogénese iniciam-se nas


gónadas e envolvem várias Mitoses e UMA MEIOSE.

✓Em ambos os processos ocorrem as fases de


Multiplicação, Crescimento e Maturação
Comparação entre a Espermatogénese e a Oogénese
ASPECTOS DIVERGENTES
Oogénese Espermatogénese

Tem início no período embrionário e Tem início na puberdade e ocorre de um


interrompida na profase I, continua na modo contínuo durante toda a vida do
puberdade, é novamente interrompida na homem
metafase II e só termina se ocorrer
fecundação. Processo descontínuo - da
puberdade à menopausa
É um processo contínuo (acíclico)

É um processo cíclico uma vez por ciclo


Durante este processo o crescimento
Durante o processo de oogénese e dos espermatócitos é insignificante
acompanhando o desenvolvimento
folicular o óocito vai crescendo
A fase de diferenciação é complexa e
Não ocorre fase de diferenciação conduz á formação de espermatozóides a
partir de espermatídeos.

Cada espermatogónia dá origem a 4


Neste processo cada oogónia só dá gâmetas (espermatozóides)
origem a uma célula n funcional. Caso
ocorra fecundação completa-se a meiose
Fecundação
Fecundação

▪ Fusão entre os gâmetas masculino (espermatozoide) e


feminino (oócito II), que ocorre no primeiro terço da
trompa de Falópio, originando uma célula única - ovo
ou zigoto - portadora dos caracteres hereditários de
origem materna e paterna.

▪ Na espécie humana implica:


▪ Cópula → para que o esperma seja depositado na
vagina
▪ Ejaculação → libertação de esperma contendo
espermatozoides
Fecundação
➢ Deposição na vagina de 50 a 130 milhões de
espermatozóides, no decurso de uma ejaculação
➢ Contacto do espermatozoide com o muco cervical,
produzido pelas glândulas do colo uterino, em
quantidade e consistência variáveis ao longo do ciclo
ovárico

➢ Progressão dos
espermatozóides
através do colo do
útero e chegada às
Trompas de Falópio.
Após a ovulação, a matriz extracelular que rodeia as
células foliculares do oócito II, difunde uma
substância quimiotáxica específica da espécie, que
direciona para si os espermatozóides.
O oócito II, recém-ovulado, encontra-se em
metafase II, e está rodeado por uma camada
densa glicoproteica – zona pelúcida.
Agarradas ao exterior da zona pelúcida, encontra-
se um conjunto de células foliculares.

Substâncias químicas da zona pelúcida reagem com


enzimas específicas de espécie da membrana do
espermatozoide - reação acrossómica
Reação acrossómica

Consiste na exocitose
da vesícula acrossómica
e libertação de enzimas
sobre a zona pelúcida.

A digestão desta,
permite a aproximação
da membrana do
espermatozoide à
membrana do oócito II e
posterior fusão.
Formação da “membrana” de fertilização

A alteração da zona pelúcida, torna-a resistente a novas


penetrações, evitando a polispermia.
Ligação à zona pelúcida Penetração da zona pelúcida

zona pelúcida

ovócito

Entrada no espaço perivitelino Fusão entre os gâmetas


Entretanto reinicia-se a meiose do
oócito II, que culmina com a
extrusão do 2º glóbulo polar.

O núcleo do espermatozoide
sofre alterações formando-
se o pró-núcleo masculino.
O núcleo do óvulo sofre
alterações formando-se o
pró-núcleo feminino.
1. Deposição do esperma (com espermatozoides) na vagina
2. Subida dos espermatozoides até à trompa de Falópio:
• Muco cervical
• Contrações uterinas
• Substância quimiotáxica que atrai os espermatozoides
3. Oócito II em metáfase II na trompa de Falópio → o
espermatozoide ultrapassa as células foliculares e liberta por
exocitose enzimas acrossómicas que digerem a zona pelúcida –
reação acrossómica.
4. Fusão das membranas do espermatozoide e do oócito II →
ativação do oócito II que reinicia a segunda divisão da meiose,
formando:
- óvulo
- 2º glóbulo polar, que degenera
5) Penetração do núcleo do espermatozoide e do segmento
intermédio no citoplasma do óvulo.
(as mitocôndrias do espermatozoide são destruídas)
6) Para impedir a polispermia (entrada de mais do que um
espermatozoide) há libertação de enzimas contidas nos grânulos
corticais do citoplasma do óvulo para a zona pelúcida, tornando-a
impermeável a outros espermatozóides – formação da membrana
de fertilização
7) O núcleo do espermatozoide aumenta de volume, formando o
pró-núcleo masculino (23 cromossomas)
O núcleo do óvulo aumenta de volume, formando o pró-núcleo
feminino (23 cromossomas)
8) Fusão dos núcleos e mistura dos cromossomas paternos e
maternos – cariogamia → origina ovo ou zigoto (2n ou 46
cromossomas)
Fusão entre os gâmetas

Activação do ovócito
Indução da 2ª divisão meiótica do
Ovócito com libertação do 2º glóbulo
polar
Formação do pronúcleo masculino

Formação do pronúcleo
feminino
Justaposição
dos dois
pronúcleos

Rotura do invólucro nuclear dos dois


pronúcleos
Mistura dos cromossomas
parentais com reposição
da constituição diplóide

1ª divisão embrionária

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