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REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

REPRODUÇÃO HUMANA
1.1 Gametogénese e Fecundação
Todos os seres vivos têm um tempo de vida 4.
limitado. No entanto, os seus genes, são os  Compostos por um tubo enrolado, comunicando com o
responsáveis para que uma determinada canal deferente.
 O esperma permanece no epidídimo cerca de 20 dias, ao
espécie perdure gerações, através do seu longo dos quais os
processo reprodutivo. espermatozoides vão amadurecendo e
ganhando mobilidade.

Reprodução assexuada Reprodução sexuada


Único progenitor Dois progenitores
Sem fusão de células Com fusão dos gâmetas
sexuais
Processos mitóticos Processos meióticos 5.
 São constituídos por numerosos tubos seminíferos enrolados e
Rápida produção de Lenta produção de rodeados por um tecido conjuntivo – a túnica albugínea. Esta
descendência descendência túnica dá origem a vários septos, dividindo os testículos em
Curta variabilidade Grande variabilidade vários lóbulos testiculares.
genética genética  É nos tubos seminíferos que ocorrem a produção dos
espermatozoides. Estes, ao convergirem para a zona posterior,
formam a rede testicular que se vai ligar ao epidídimo.
 Nos tubos seminíferos distingue-se as células germinativas
Morfologia e fisiologia do sistema (espermatozoides) das células somáticas (células de Sertoli).
Estas células auxiliam e controlam o processo de maturação dos
reprodutor masculino espermatozoides, segregando substâncias para a sua nutrição e
diferenciação.
 Entre os tubos, existem as células de Leydig – células
1- Vesículas seminais intersticiais – que produzem a testosterona.
2- Próstata
3- Glândulas de Cowper
1 4- Epidídimos
2
5- Testículos
3 6- Canais deferentes
6
7- Pénis
7 4
8- Escroto
5

8 6.
 Partem do testículo, rodeando a bexiga, até se unir a uma
vesícula seminal, formando um canal ejaculatório, onde ambos
1. abrem para a uretra, comunicando com o exterior.
 Produzem um líquido alcalino que  Durante a ejaculação, o esperma passa através dos canais
contém, muco, frutose (principal deferentes graças à contração das suas paredes musculosas.
nutriente que dá energia aos
espermatozoides), enzimas e
hormonas.
 É conduzido até à uretra através
do canal ejaculatório.
7.
 É constituído por três cilindros de tecido erétil - os
corpos cavernosos e o corpo esponjoso – resultantes
da modificação das veias e capilares sanguíneos.
 Durante o ato sexual os corpos cavernosos
2. enchem-se de sangue arterial; esse enchimento
 Maior glândula acessória. provoca o fecho das veias do pénis, causando a sua
 Segrega para a uretra ião citrato e ereção. O corpo esponjoso impede a compressão da
enzimas anticoagulantes. uretra durante a ereção, de modo a permitir,
 Controla a alternância da posteriormente, a passagem do sémen.
passagem entre a urina e o esperma.  Na extremidade do pénis encontra-se a glande, rica
em terminações nervosas, onde se expande a uretra.

3. 8.
 Situam-se debaixo da próstata.
 É um órgão reprodutor externo que permite manter os testículos fora da cavidade
 Antes da ejaculação, segregam
abdominal. Este facto é importante, uma vez que a produção de espermatozoides não ocorre à
para a uretra um muco alcalino, de
temperatura corporal. No escroto, a temperatura é cerca de 2ºC mais baixa que a temperatura
modo a neutralizar a acidez
do corpo, sendo, por isso, ideal para a espermatogénese.
proveniente da urina.
1.
Espermatogénese
Processo de formação de
espermatozoides maduros.

FfOcorre nos tubos seminíferos dos testículos;


inicia-se na puberdade e prolonga-se por toda
a vida.
Tem
Tem 4 fases: Multiplicação, Crescimento,
4 fases
Maturação e Diferenciação.
Fase da multiplicação: Entre as células de Sertoli
existem as espermatogónias que estão localizadas
na periferia dos tubos. Desde a puberdade, estas,
proliferam continuamente e dividem-se por mitoses
sucessivas.
Fase do crescimento: As espermatogónias iniciam
um processo de intensa biossíntese, aumentando de
tamanho e acumulando substâncias de reserva,
originando os espermatócitos I (células diploides).
Fase da maturação: Os espermatócitos I sofrem a
primeira divisão meiótica, passando a dois
espermatócitos II. Estes dois espermatócitos II
sofrem a segunda divisão da meiose e originam
quatro espermatídeos.
Fase diferenciação: Os espermatídeos sofrem a
espermiogénese, processo de diferenciação, onde
sofrem perda de citoplasma, reorganização de
organelos e desenvolvem uma cabeça, um segmento
intermédio e uma cauda, constituindo assim o
espermatozoide.

g Depois de formados, os espermatozoides são células


altamente diferenciadas, perfeitamente adaptadas à
sua função – mover-se até a um gâmeta feminino e
fecundá-lo.

Constituição do
espermatozoide

c Cabeça  Ocupada por um núcleo haploide


onde estão os cromossomas.
 Possui uma extremidade chamada
acromossoma que resulta da fusão de
vesículas do complexo de Golgi e contém
enzimas hidrolíticas - essenciais para a
penetração do óvulo.

j Segmento intermédio  Contém


mitocôndrias, que fornecem energia sob a
forma de ATP, para a movimentação do flagelo.

jCCauda/Flagelo  Produz o movimento


necessário à deslocação do espermatozoide.

Morfologia e fisiologia do sistema


reprodutor feminino
 Ligados ao úte
conjuntivo (mesen
 O seu tamanho
sendo que, atinge
2 3

2. Cada ovário encontra-se


4  Canais, cuja extremidade mais próxima do
ovário possui uma abertura em forma de funil
envolvido por um tecido
1- Ovário franjado – o pavilhão da trompa - e a outra epitelial, que envolve o
2- Trompas de Falópio ou oviductos extremidade termina no útero. parênquima ovárico que é
Existem cílios vibráteis no interior do
3- Útero pavilhão da trompa que provocam um dividido entre duas
4- Vagina movimento de líquido da cavidade abdominal camadas:
para a trompa, facilitando assim a recolha do  Córtex/zona cortical –
gâmeta feminino e a sua condução ao longo
da trompa em direção ao útero. camada externa de
tecido conjuntivo.
3.  Medula/zona medular
 Órgão musculoso e elástico, cuja 4. – composta por tecido
camada interior (endométrio) é altamente  Canal musculoso, altamente elástico. muscular liso e tecido
vascularizada.  Termina na vulva, serve como
 A parte superior, mais dilatada, depósito de sémen e também constitui o
conjuntivo, muito
constitui o corpo uterino. A parte interior, canal por onde ocorre o parto. enervada e irrigada de
mais estreita, forma o colo uterino/cérvix e
contacta a vagina.
vasos sanguíneos.

No córtex é possível
observar os folículos
Clitóris ováricos. Estes, por sua
 É erétil e altamente
enervado, semelhante à glande vez, são formados por
no homem tendo por isso um células germinativas
papel fundamental na
estimulação sexual da mulher.
(oogónias) que, ao
amadurecerem, tornam-se
gâmetas.

Lábios
. Grandes lábios  Par de pregas maiores que se prolongam do monte de
Vénus até ao períneo com a função de proteger os restantes órgãos sexuais.

. Pequenos lábios  Par de pregas mais pequenas onde delimitam uma


região chamada vestíbulo. É nesta mesma região que se situam as aberturas
vaginal e uretral, bem como as glândulas de Bartholin, que têm a função de
segregar um muco na região do vestíbulo.

Evolução dos folículos ová

Fenómenos que ocorrem simultaneamente e têm iníc


Fenómenos que ocorrem simultaneamente e

multiplicação/pro
Os folículos podem ser classificados em: Durante o desenvolvimento

liferativa
primordiais, primários, secundários e de Graaf embrionário, as oogónias
A oogénese é acompanhada da

Fase de
(maduros). Cada folículo demora cerca de 4 (célulasmaturação
germinativas)
dos folículos ováricos, num
meses até atingir a fase madura. multiplicam-se
processopor
que mitoses
compreende quatro
sucessivas.
fases: multiplicação, crescimento,
repouso e maturação.
O líquido produzido pelas células foliculares Ainda no desenvolvimento
faz aumentar a pressão dentro do folículo embrionário as oogónias
lúteo/amarelo

Fase de crescimento
que se expande e rompe, libertando o oócito aumentam de tamanho e
II – a ovulação. acumulam substâncias de
Constituído
Após por auma
a ovulação célula
parede dogerminativa
ovário cicatriza reserva originando os oócitos I.
primordial

(oócito),
e as célulasrodeada
da zonapor células efoliculares
granulosa a teca
Folículo

Estes rodeiam se nas células


achatadas.
interna tornam-se secretoras e proliferam. foliculares, originando os folículos
O Acontece
citoplasma a destas
atresia células
folicularéna altura do
amarelo, primordiais. Os oócitos I iniciam a
Corpo

nascimento.
devido à presença do seu pigmento. meiose, porém esta é
Forma-se então o corpo amarelo/lúteo que, interrompida na prófase I.
A partir da puberdade, uma vez por mês,
se não houver gravidez, degenera-se após
um folículo primordial começa a crescer
alguns dias. Os folículos primordiais, contendo
primário

dentro de um dos ovários.


Folículo

os oócitos I interrompidos na

repouso
Fase de
O oócito I aumenta de volume, verificando-
prófase I, permanecem inativos
se uma proliferação das células foliculares,
desde o nascimento até à
de modo a formarem uma camada
puberdade.
contínua de células.
A continuação do aumento do oócito I e da Atingida a puberdade alguns
proliferação das células foliculares origina folículos primordiais começam a
uma camada espessa – camada desenvolver-se, tal como os
granulosa. oócitos I. A sua maturação torna-
secundário

Fase da maturação
Entre o oócito I e a camada granulosa se evidente quando o folículo
Folículo

forma-se uma camada acelular, constituída atinge a fase madura.


por substâncias orgânicas (proteínas e Nesta altura, o oócito I, em
glícidos) – zona pelúcida. prófase I recomeça a meiose
Surge ainda uma cápsula com duas originando duas células haploides
camadas – teca – a interior tem função desiguais: uma maior (oócito II) e
secretora. uma de menor tamanho (1º
Surgem vesículas cheias de líquido entre glóbulo polar). Esta desigualdade
as células da zona granulosa, que se deve-se a uma citocinese
maduro/Graaf

fundem e formam a cavidade desigual, ou seja, que se divide


Folículo

folicular/antro. Esta cavidade fica rodeada por gemiparidade.


por uma camada granulosa, tal como o
oócito II, na extremidade oposta, pronto a
ser libertado.

Resposta sexual e fecundação

A fecundação na espécie humana é interna,


ocorre nas trompas de Falópio.

Quando ocorre a ovulação - libertação do oócito II em metáfase II – este desloca-se para as trompas de
Fecundação
Falópio. Se não ocorrer fecundação, o oócito II é eliminado, mas caso um espermatozoide o penetre,
este irá concluir a segunda divisão meiótica, originando
1- Oduas células desiguais:
espermatozoide atingeum óvulopelúcida,
a zona maduro, que
e um
2º glóbulo polar, que acaba por degenerar. tem uma proteína (ZP3 - recetora de
espermatozoides).
2- Verifica-se a reação acrossómica quando são
libertadas, por exocitose, enzimas acrossómicas
que degradam a zona pelúcida. A cabeça do
espermatozoide atinge a membrana do oócito II e
ambas as membranas se fundem causando a
despolarização da membrana do oócito II.
Controlo hormonal no homem
3- A penetração do espermatozoide no oócito II
leva-o a completar a segunda fase meiótica, l As hormonas sexuais masculinas são
formando o óvulo (o 2º glóbulo polar degenera- designadas de androgénios, dos quais a
se). testosterona é a mais importante. São
produzidos nas células de Leydig
4- Os grânulos corticais (presentes no oócito II) (testículos).
sao
São as hormonas hipofisárias, que regulam o
libertam em vesículas exocíticas para a região funcionamento testicular, quer a nível da
adjacente à zona pelúcida, formando uma espermatogénese quer da produção de
camada impermeável, impedindo a passagem testosterona.
de mais espermatozoides.
As principais hormonas hipofisárias são
5- O núcleo do óvulo e do espermatozoide o folículo-estimulina (FSH) e o lúteo-
aumentam de volume, originando o pró-núcleo estimulina (LH).
feminino e o pró-núcleo masculino AsNa
principais
puberdade o hipotálamo produz
respetivamente. Os dois pró-núcleos (haploides) hormonas designadas hormonas de
fundem-se entre si, permitindo a junção dos seus libertação (RH ou GnRH) que estimulam o
cromossomas – cariogamia. Posto isto a lobo anterior a produzir FSH e LH.
fecundação fica completa uma vez que dois
gâmetas haploides se unem, dando origem a um LH induz as células de Leydig a
zigoto diploide. produzirem testosterona

1.2 Controlo Hormonal FSH e a testosterona atuam sobre as


células de Sertoli nos tubos
seminíferos, estimulando a
A reprodução está
A reprodução estádiretamente
diretamente dependente espermatogénese
da ação do sistema nervoso.
As As
hormonas envolvidas A testosterona é importante para:
hormonas envolvidas na reprodução
- Estimular a espermatogénese
podem ser segregadas nas gónadas, mas
- Realizar a manutenção dos caracteres
também a nível encefálico (na hipófise e no
sexuais secundários
hipotálamo).
-Controlo hormonal; feedback negativo

1. No hipotálamo é libertado GnRH para a


hipófise

2. Um aumento na concentração de GnRH


leva à segregação das hormonas LH e FSH
K A hipófise é uma célula endócrina situada
na base do encéfalo. É constituída por dois
lobos: o posterior e o anterior.
3. LH estimula as células de Leydig a
As gonadotropinas são hormonas
produzir testosterona.
produzidas pela hipófise (hormonas
hipofisárias) que regulam os ciclos
sexuais. Chegam até as gónadas (células-
alvo) pois passam pela corrente 4. FSH liga-se às células de Sertoli e
sanguínea. estimula a espermatogénese
Kkkkkdf
O hipotálamo está intimamente
relacionado com a hipófise. Produz
hormonas hipotalâmicas que estimulam
a hipófise.
Retroalimentação Negativa: Quando
j As hormonas de natureza esteroide existe uma elevada concentração de
secretadas pelas gónadas podem ser testosterona no sangue, o hipotálamo
agrupadas em três grandes grupos: reduz a produção de GnRH. Por sua vez a
androgénios (Testosterona), estrogénios diminuição de GnRH inibe a hipófise, que
(Estradiol) e progestinas (Progesterona).
Se não houver fecundação o corpo lúteo
atrofia, deixando de segregar estrogénio e
progesterona.
A Paralelamente
diminuição da sua concentração
ao ciclo no sangue
ovárico, ocorre um
provoca a destruição da maior parte da
ciclo uterino, onde se dão as alterações a
camada funcional do endométrio, provocando
Controlo hormonal na mulher nível do endométrio.
hemorragias Estas alterações
devido à rotura dos vasos.
Osubdividem-se em três
sangue juntamente comfases: menstrual,
o resto de mucosa
proliferativa e secretora.
forma um fluxo que é dominado menstruação.
Ciclo sexual

Desde a puberdade até à


menopausa.
O funcionamento integrado do ciclo
ovárico e uterino determinam o ciclo
sexual na mulher. Fase
Ao contrário do que acontece nos proliferativa
Antes da ovulação ocorre uma proliferação
homens, é um ciclo alternado. das células do endométrio (camada interior
do útero).
Fase
Esta mucosa vai-se regenerando e Fase
mestrual ao longo da fase.
vascularizando secretora
É simultânea à fase folicular.
No final desta fase ocorre a ovulação.

Ciclo ovárico
Ciclo
Uterin
o
É caracterizado pela evolução de
folículos.
É constituído por duas fases
separadas pela ovulação: a fase
folicular e a fase luteínica.

Fase Menstrual
Fase folicular
Caracteriza-se pelo crescimento
de alguns folículos primordiais
dos quais apenas um avança
para a maturação.
Fase luteínica Atingindo essa maturação forma-
Caracterizada pela se o oócito II e os restantes
formação do corpo folículos degeneram-se.
lúteo, que regride caso A fase folicular termina com a
não haja fecundação ovulação.

Fase Proliferativa
Fase pré-ovulatória
Hipotálamo
As células dos
segrega GnRH
folículos produzem
induzindo a
recetores de FSH,
hipófise segregar
mas não LH
LH e FSH
Fase secretora

O pequeno FSH estimula essas


aumento de células a
estrogénio inibe a produzirem
produção de GnRH estrogénio

Se as células
Níveis de foliculares
aumentarem, a
estrogénios quantidade de
reduduzidos estrogénio também
aumenta

Estimula a produção Elevada


de GnRH do concentrção de
hipotálamo, levando à estrogénio no
secreção de hormonas sangue tem um
hipofisárias efeito contrário

Fase ovulatória

Foliculos com
recetores LH -
feedback positivo

Após a ovulação, o endométrio atinge o seu


máximo de espessura e fica mais Aumento da

Regulação
vascularizado hormonal
desenvolvendo glândulas
produção de LH

secretoras com um muco rico em


glicogénio, capaz de nutrir um possível Secreção de
estrogénio pelo
embrião. folículo em
crescimento
É simultânea à fase luteínica.
Razão pela qual os ciclos ovárico e uterino
estão sincronizados. Maturação do
folículo -
Esta regulação é feita à custa de feedbacks Ovulação

positivos e negativos, nos quais estão


envolvidas as hormonas hipotalâmicas,
hipofisárias e ováricas.

1.3 Desenvolvimento embrionário e gestação

A fecundação de um oócito II por um


Kkk
espermatozoide, marca o início da
embriogénese. Segmentação
Durante o desenvolvimento embrionário
consideram-se três fases: segmentação,
gastrulação e organogénese.
Organogénese
Ocorre durante as 2 primeiras semanas

O embrião sofre uma sequência de divisões


celulares, atingindo a fase de mórula (4
dias)

Atingida a mórula, a segmentação ECTODERME MESODERME ENDODERME


prossegue até atingir finalmente a blástula, Sistema Derme; Sistema
formando o blastocisto (5/6 dias) nervoso; Esqueleto respiratório;
Órgãos (ossos e Revestimento
sensoriais; cartilagem); do tubo digestivo;
Botão Epiderme e Músculos; Fígado e
embrionári pelos; Sistema Pâncreas;
o Epitélio de reprodutor, Revestimento
Trofoblasto Massa de revestimento da excretor e da vagina e da
células que boca e ânus. circulatório. bexiga.
origina o
Delimita uma corpo fetal
cavidade interna
(blastocélio) e
ocorrem fenómenos de diferenciação celular
participa na até se formar o indivíduo
formação da
placenta
Ectoderme – órgãos periféricos
Cavidade achatada Mesoderme – órgãos intermédios
Blastocélio Endoderme – órgãos internos

Nidação

Gastrulação m Quando o blastocisto entra em contacto


com o endométrio, dá-se o início da
implantação do embrião na mucosa
uterina, processo esse designado de
nidação.

Implantação
do blastocisto
no endométrio
O embrião segue sofrendo divisões
celulares até atingir determinadas
posições – morfogénese

Posto isto, começa então a formar-se os anexos em


No final da morfogénese alcança-se o o alantoide e a placenta.
estado de gástrula, onde existem três
camadas de células embrionárias:
Durante a nidação, as células do trofoblasto
proliferam e segregam enzimas que catalisam
a digestão de células do endométrio,
permitindo ao embrião penetrar de forma
progressiva na parede uterina.

O cordão umbilical não é considerado um verdadeiro anexo embrionário, considera-se um prolongamento


da placenta. É formado a partir do âmnio, estabelecendo a união entre a placenta e o novo ser.

Anexo Córion Âmnio Vesícula Vitelina Alantoide Placenta


Embrionário
Membrana com Membrana que Saco Divertículo Disco constituído
muitas envolve o embrião membranoso sem da vesícula pelo córion do
Estrutura vilosidades substâncias de vitelina embrião e pelo
reserva endométrio
- Forma uma - Mantém o embrião - Ricamente - Contribui - Troca
extensa no líquido vascularizada; para a nutrientes e
superfície de amniótico, - Parte desta formação produtos de
trocas; protegendo-o da estrutura fica dos vasos excreção entre o
- Reveste o desidratação, de incorporada no sanguíneos embrião e a
embrião e todos choques mecânicos cordão umbilical do cordão mãe;
os outros e auxilia na sendo o primeiro umbilical. - Produz
Função
anexos; manutenção de local de produção hormonas.
- Tem origem no uma temperatura de glóbulos
trofoblasto e constante; sanguíneos;
intervém na - Intervém na - Forma parte do
formação da formação do cordão tubo digestivo.
placenta. umbilical.

Regulação hormonal na gestação


Trofoblasto sintetiza
xxcApós a implantação do blastocisto, hCG (substituta do LH)
o trofoblasto passa a sintetizar uma
hormona semelhante à LH – o hCG.
Esta hormona substitui o LH e
mantém o corpo lúteo a produzir
estrogénio e progesterona, hCG mantém o corpo
impedindo uma fase menstrual, lúteo ativo produzindo
mantendo assim o embrião ligado
hormonas ováricas
ao endométrio.
Por volta da 10º semana
a concentração de hCG
diminui e o corpo lúteo
começa a degenerar-se

Curiosidade: O hCG é detetado


através da urina, pois existe em
grande quantidade, por isso é que
os testes de gravidez se realizam
através da urina. Formada a placenta, é ela
quem assume a função
de hCG e de LH
Os níveis elevados de progesterona provocam
mudanças significativas no corpo da mulher...
 Aumento dos seios
 Obstrução do cérvix
Progesterona  Crescimento da
placenta e do rolhão
mucoso
 Aumento do útero

Após a formação dos anexos embrionários, mais


especificamente da placenta, a produção de hCG
diminui e o corpo lúteo deterioriza-se. Quem assume
a sua função é a placenta, é ela que passa a segregar
progesterona, de modo a manter a gravidez.

A Progesterona
inibe as contrações
uterinas pelo que a
sua produção tem
de cessar uns dias
antes do parto

Regulação hormonal no parto

A complexa interação de hormonas – estrogénio, oxitocinas e prostaglandinas –


induz o parto.

Sinais químicos inibem a produção de progesterona, pois esta hormona impede


as contrações uterinas.

Nas últimas semanas de gestação, a concentração de estrogénio atinge o seu


máximo, formando recetores para a hormona oxitocina no útero.

Produzida pelo hipotálamo


e libertada pela hipófise
posterior materna
estimula fortes contrações
a nível do miométrio
 Promove a dilatação do colo do útero.
 Está ligada à oxitocina.
Fases do parto
D No final da gravidez, aproximando-se do parto, a grávida
terá de passar por 3 fases que compreende o nascimento
do bebé

Fase 1- Dilatação do colo do útero

 Caracteriza-se pela abertura e dilatação


do cérvix;
 Saída do líquido amniótico;
 Surgimento das primeiras contrações
rítmicas uterinas, que vão aumentando
a frequência e a intensidade;
 Os ossos da caixa craniana, deslocam-
se para permitir que a cabeça do feto
passe pelo canal da vagina.

Fase 2- Expulsão do feto

 As fortes contrações uterinas forçam o


feto para fora do útero, através da
vagina;
 Existe a substituição de líquido
amniótico nos pulmões por oxigénio;
 Corta-se o cordão umbilical.

Fase 3- Expulsão da placenta

 Ocorre após o nascimento do bebé e


consiste na expulsão da placenta e dos
restantes anexos embrionários;
 Caso a placenta não seja devidamente
retirada a mulher deverá ser submetida
a uma raspagem, com intervenção
cirúrgica.

O que é a Epidural?
 A anestesia epidural bloqueia os impulsos
nervosos da espinal medula inferior resultando
numa diminuição da sensação na parte inferior do Amamentação
corpo.
que os músculos dos lóbulos se contraiam e
empurrem o leite através dos ductos
Seios (lactíferos e mamários).
 São formados por um mamilo e por uma
aréola.  A oxitocina e a prolactina são as hormonas
 A ponta do mamilo contém diversos orifícios associadas à produção e ejeção de leite,
que permitem a passagem do leite durante a com picos de produção associados aos
amamentação. episódios de amamentação.
 A aréola é uma área pigmentada ao redor do
mamilo que é coberta por glândulas que são
responsáveis pela lubrificação do mamilo e da Este
Este processo é denominado reflexo
aréola. de ejeção ou “descida do leite”.
Durante
 Essencialmente são formados por tecido Durante 1 a 4 dias é produzido o
adiposo, porém também contêm glândulas colostro. O colostro é fundamental
mamárias que produzem leite – lóbulos. Cada para a saúde do bebé. Contém
lóbulo é constituído por alvéolos e são menos glícidos e lípidos e mais
conectados ao mamilo por uma rede de tubos proteínas que o leite regular e é rico
denominados ductos lactíferos. As junções dos em anticorpos, ajudando o bebé a
ductos lactíferos formam os ductos mamários. criar defesas.
 Produzem leite a partir de água e nutrientes
removidos da corrente sanguínea.

Como se forma o leite materno?

 As elevadas concentrações de estrogénio e


progesterona estimulam o desenvolvimento
dos ductos e alvéolos, mas inibem a
produção de leite.

 Após o nascimento verifica-se uma


diminuição abrupta da concentração de
progesterona devido à remoção da placenta.

 Esta diminuição liberta a hipófise anterior do


feedback negativo, levando à secreção de
prolactina.

 A prolactina, produzida pela hipófise anterior


estimula as glândulas mamárias a produzir
leite e este permanece armazenado nos
lóbulos mamários até ao momento em que a
hormona oxitocina dá um sinal que faz com

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