HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA

SISTEMA REPRODUTOR HUMANO

Sistema
reprodutor
masculino
Profª Alana Fernanda I Farmacêutica
 Tópicos da aula

Sistema
reprodutor
masculino
Noções do Aparelho Reprodutor Masculino
Gametogênese Masculina ou Espermatogênese
Os hormônios do sistema reprodutor masculino

Profª Alana Fernanda

Noções do Aparelho Reprodutor
Masculino

Componentes e suas funções

Noções do Aparelho Reprodutor Componentes e suas funções
O sistema reprodutor masculino é composto por:

Gônadas
Masculino

Epidídimos
Ductos deferentes
Vesículas seminais
Próstata
Glândulas bulbouretrais
Escroto
Pênis

os quais podem ser classificados em órgãos essenciais ou

acessórios e, ainda, por órgãos externos e internos.
 Noções do Aparelho Reprodutor
ÓRGÃOS
ESSENCIAIS

Masculino
OU ACESSÓRIOS

Gônadas ou Testículos
 OU SECUNDÁRIOS
ÓRGÃOS
ACESSÓRIOS

Noções do Aparelho Reprodutor

Masculino
ÓRGÃOS EXTERNOS

ÓRGÃOS INTERNOS
Gônadas
Epidídimo
Escroto Ducto deferente
Pênis Ducto ejaculatório
Vesículas seminais
Próstata
Glândulas bulbouretrais
 Perspectiva transversal dos orgãos:

Noções do Aparelho Reprodutor

Masculino
 Perspectiva frontal dos orgãos:

Noções do Aparelho Reprodutor

Masculino
 Glândulas internas masculinas

TESTÍCULO
Presente em par (testículo direito e esquerdo),
com cerca de 5cm de comprimento.

Gônadas masculinas Cada testículo está envolto por

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

espessa camada de tecido conjuntivo

denso denominado de túnica
Subdivide em túnica vaginal, túnica albugínea
e túnica vascular.

Células de Sertoli
Função de nutrir e manter os espermatozoides
até o momento da ejaculação

Células intersticiais de Leydig

Responsáveis pela produção de andrógenos,
hormônios masculinos, características
secundárias ao homem
 Localizado na porção superior dos testículos

EPIDÍDIMO Envolvidos pela túnica albugínea e pela túnica vaginal,

ambas presentes no testículo. Medem cerca de 7cm de
comprimento em sua forma enovelada, atingindo até
5m de duto se fosse esticado
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Pode ser dividido em três regiões: cabeça,

corpo e cauda
A cabeça e o corpo possuem como principal função a
maturação dos espermatozoides, processo que ocorre
ao longo de 4 a 12 dias, enquanto a cauda é
responsável pelo armazenamento até o momento da
ejaculação dos gametas.

O epitélio do epidídimo é pseudoestratificado

colunar com estereocílio
Ação de absorver o fluído oriundo dos testículos
 Apresenta, em sua composição, células com
complexo de Golgi hipertrófico
Evidenciando intensa atividade de síntese de

EPIDÍDIMO
glicoproteínas que serão inseridas nas superfícies dos
espermatozoides, componentes químicos importantes
para garantir a cada espermatozoide a motilidade
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

necessária para fecundar o oócito.

Na composição pseudoestratificada do epitélio

é comum encontrar linfócitos
Aptos atuarem como barreira imunológica a esse órgão.

O transporte dos espermatozoides

É dependente das contrações de miofibroblastos dispostos em
torno do duto localizado na porção subjacente ao epitélio cuja
musculatura lisa favorece o peristaltismo espontâneo, enquanto, a
contração do músculo da cauda do epidídimo é desencadeada pelo
estímulo sexual, provocando a ejaculação. Desta forma, os
espermatozoides são liberados para o exterior, passando
rapidamente pelos canais deferentes e pela uretra.
 Subjacentes à porção caudal do epidídimo
Maior calibre e menor enovelamento do tecido, tendo
em torno de 35 cm de comprimento.

DUCTOS
DEFERENTES
São revestidos pelo Epitélio
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

pseudoestratificado colunar com estereocílios,

o tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas
e espessa musculatura lisa
Cujo conjunto histológico será responsável por
transportar os espermatozoides durante a ejaculação

É nesta porção terminal dos canais deferentes

que há formação das ampolas
Posteriormente as ampolas, se encontram as vesículas
seminais as quais, na base da próstata, fundem-se ao
ducto excretor formando assim o ducto ejaculatório
 São compostas por duas bolsas membranosas
lobuladas
7,5 cm de comprimento, localizadas entre o fundo da

VESÍCULAS
bexiga e o reto

SEMINAIS
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Possuem como função a elaboração do líquido

constituinte do sêmen
Cujo conjunto histológico será responsável por
transportar os espermatozoides durante a ejaculação

O ducto ejaculatório
Está situado atrás da bexiga e, como descrito
anteriormente, é formado pela fusão das vesículas
seminais aos ductos deferentes. É denominado como
região de transporte dos espermatozoides dos ductos
para a base da próstata
 Localizada na cavidade pélvica circundando a

PRÓSTATA
porção superior da uretra
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Constituída por porção glandular e outra

muscular
Responsável por secretar fluído leitoso, sutilmente
ácido, contendo nutrientes e enzima as quais
contribuem para a viabilidade e mobilidade dos
espermatozoides
 Situam-se na parte posterior do bulbo do
pênis
Possuem diâmetro de 1 cm

GLÂNDULAS Sua função é liberar, antes do orgasmo, fluido

BULBOURETRAIS ligeiramente mucoso capaz de lubrificar a

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

uretra
Glândulas de Cowper A uretra
Podendo ser dividida em uretra prostática, uretra
membranosa e uretra peniana. Tem como função o
controle da passagem de urina e do sêmen.

O escroto se localiza na porção posterior ao

pênis.
No tecido subcutâneo do escroto há fibras musculares
lisas denominadas como camada dartos cuja função é
manter a temperatura dos testículos e epidídimo
compatível com a viabilidade necessária à sobrevivência
e à produção dos espermatozoide
 Órgão masculino externo responsável pela
cópula.

PÊNIS
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Constituído por dois corpos cavernosos e por

um corpo esponjoso que em sua porção
terminal distal expande-se para formar a
glande do pênis e por onde a uretra passa.

Ereção masculina
Cada qual dos corpos penianos é formado por espaços
preenchidos por sangue, cujo preenchimento dos
espaços por maior ou menor volume sanguíneo é
responsável pela ereção masculina.
 O pênis é revestido por epitélio estratificado
pavimentoso pouco queratinizado

PÊNIS Constituído por dois corpos cavernosos e por

um corpo esponjoso que em sua porção
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

terminal distal expande-se para formar a

glande do pênis e por onde a uretra passa.

A glande é revestida por epitélio estratificado

pavimentoso, não queratinizado

O tecido conjuntivo da pele, com

características frouxas e ricas em fibras
elásticas
Sistema Reprodutor Masculino

Gametogênese Masculina ou
Espermatogênese
 A gametogênese masculina define-se como período de
Gametogênese Masculina ou produção de gametas masculinos, os espermatozoides, ao
Espermatogênese longo da vida reprodutiva do homem.

Este processo de produção de gametas ocorre em quatro

fases:

Fase de proliferação ou multiplicação

Fase de crescimento

Fase de maturação

Espermiogênese
Gametogênese Masculina ou
A gametogênese se inicia dentro do útero, fase de proliferação
ou multiplicação celular, em que as células germinativas das
Espermatogênese
gônadas embrionárias são submetidas a uma série de divisões
mitóticas de modo que se aumentem em número.

Ao nascimento, os testículos possuem apenas células

germinativas imaturas, ou seja, não prosseguirão à etapa de
mitose. Após o nascimento, as gônadas se tornam quiescentes
até a puberdade, período em que se inicia o amadurecimento
daquelas.
Gametogênese Masculina ou Na puberdade, a espermatogênese ocorre nos túbulos
seminíferos testiculares como resposta em consequência ao
estímulo realizado pelos hormônios gonadotróficos da glândula
hipófise anterior.
Espermatogênese

Desta forma, a mitose das células germinativas é retomada e,

suas células resultantes podem permanecer em processo
mitótico mantendo a linhagem de células germinativas, as
espermatogonias, ou, iniciarem o processo de divisão meiótico
se tornando então espermatócitos primários.
 Para a formação dos espermatócitos primários, as
espermatogonias aumentam seu volume citoplasmático e
Gametogênese Masculina ou
migram entre as células de Sertoli em direção ao lúmen central
dos tubos seminíferos, fase de crescimento.
Espermatogênese

Sendo assim, dá-se início ao processo mitótico, cuja descrição

será realizada em duas etapas:

Primeira divisão meiótica Segunda divisão meiótica

Gametogênese Masculina ou
Todo processo de divisão celular meiótico, fase de maturação,
se inicia com a etapa de interfase, período no qual ocorre
Espermatogênese

intensa atividade metabólica (Fase G0) em que a célula

concentra sua atividade à manutenção vital.

Seguindo para a etapa em que ocorre síntese de proteínas

(Fase G1), síntese de DNA (Fase S) e a duplicação dos
centríolos (Fase G2), o que acarreta para célula o aumento do
volume, do tamanho e do número de organelas promovendo
condições para a realização das etapas de divisão celular.
Gametogênese Masculina ou

A primeira divisão meiótica, também denominada reducional,

Espermatogênese
promoverá a formação de células com a metade do número de
cromossomos da célula-mãe, ou seja, no final dessa etapa as
células são consideradas haploides.
Gametogênese Masculina ou A primeira etapa, prófase I, ocorre com a condensação dos
cromossomos duplicados na fase de interfase, o
emparelhamento dos mesmos aos seus pares homólogos
Espermatogênese
seguido de um possível processo de crossing-over entre as
cromátides homólogas, sutil separação dos cromossomos
homólogos promovendo a terminalização dos quiasmas e, por
fim, o envoltório nuclear é desfeito.
 A primeira etapa, prófase I, ocorre com a condensação dos
Gametogênese Masculina ou
cromossomos duplicados na fase de interfase, o
emparelhamento dos mesmos aos seus pares homólogos
Espermatogênese

seguido de um possível processo de crossing-over entre as

cromátides homólogas, sutil separação dos cromossomos
homólogos promovendo a terminalização dos quiasmas e, por
fim, o envoltório nuclear é desfeito.

A prófase I é considerada a fase mais longa do período de

divisão meiótica.
Gametogênese Masculina ou
Espermatogênese

Seguindo para a metáfase I, com o envoltório nuclear já

desfeito, há a formação do fuso acromático no qual os
cromossomos irão se ligar, se dispondo no meio da célula.
Gametogênese Masculina ou
Espermatogênese

Durante a anáfase I ocorre a separação dos cromossomos

homólogos por meio do deslocamento dos mesmos para as
extremidades do citoplasma.
Gametogênese Masculina ou
Por fim, na telófase, os cromossomos são separados nos polos
das células, são sutilmente descondensados e ocorre a
Espermatogênese

citocinese.

Desta forma, cada gameta primário ou espermatócito primário

se divide em dois gametas secundários, os espermatócitos
secundários.

Cada espermatócito secundário recebe 46 cromossomos do

corpo, os quais permanecem como cromátides-irmãs
emparelhadas.
Gametogênese Masculina ou
A segunda divisão meiótica, também denominada equacional,
se inicia com a prófase II, com os processos de condensação
Espermatogênese
dos cromossomos, o desaparecimento dos nucléolos, a
migração dos centríolos para polos opostos da célula e a
desintegração da carioteca.
Gametogênese Masculina ou

Durante a metáfase II, os cromossomos se organizam no polo

Espermatogênese
equatorial da célula, seguindo, com a separação das
cromátides irmãs, a denominada anáfase II.
Gametogênese Masculina ou
Por fim, na telófase II, as cromátides se condensam, os
nucléolos reaparecem e a carioteca se reintegra, resultando
Espermatogênese

então em quatro células filhas.

Gametogênese Masculina ou
A conclusão da meiose II se dá com as cromátides-irmãs se
separando resultando em 4 espermátides haploides contendo
Espermatogênese
23 cromossomos simples, as quais ao amadurecerem formarão
os ESPERMATOZÓIDES.
Gametogênese Masculina ou
Espermatogênese

Após o término da meiose II, as espermátides ali formadas

ainda não apresentam as características estruturais típicas dos
espermatozoides. Para que isto ocorra, inicia-se a última fase
obrigatória da gametogênese masculina: A espermiogênese.
 A espermiogênese, última fase para a formação dos espermatozoides,
Gametogênese Masculina ou
remete ao processo de amadurecimento das espermátides haploides que
irão perder volume citoplasmático, as vesículas do complexo de Golgi se
Espermatogênese
fundem para formar o acrossomo, responsável por conter enzimas aptas a
perfurarem as membranas do óvulo para a ocorrência da fecundação;

Os centríolos migram para a porção posterior ao núcleo da espermátides

de modo a formar o flagelo, responsável por realizar a movimentação dos
espermatozoides;

E as mitocôndrias irão se posicionar na porção intermediária do

espermatozoide de forma a realizar a respiração celular e produzir ATP
para manter a energia da célula.

Desta forma, os espermatozoides estarão maduros.

Gametogênese Masculina ou
Espermatogênese
Sistema Reprodutor Masculino

Os hormônios do sistema
reprodutor masculino
Os hormônios do sistema reprodutor As principais fontes de hormônios masculinos são a adrenal
e o testículo.

O início da produção dos hormônios gonadotróficos ocorre

na puberdade quando os testículos da criança, ainda
masculino

inativos, começam a ser estimulados pelos hormônios

oriundos do sistema nervoso central (SNC), o hipotálamo e a
hipófise.
Os hormônios do sistema reprodutor
masculino
Os hormônios do sistema reprodutor
O FSH, por sua vez, estimula o crescimento testicular
durante a puberdade e aumenta a produção de uma proteína
ligadora de androgênios (ABP) pelas células de Sertoli, a qual
é responsável por manter o nível de testosterona local
masculino

elevado favorecendo assim o processo de espermatogênese

e, ainda, favorece a produção de estradiol por meio da
enzima aromatase presente nas células de Sertoli.
Os hormônios do sistema reprodutor

O LH promove a secreção de testosterona ao estimular as

células de Leydig. A produção de testosterona é dependente
da mobilização do colesterol que sob ação de enzimas
masculino

redutoras irão transformá-lo em testosterona

Os hormônios do sistema reprodutor
O processo inibitório da secreção do FSH ocorre apenas com
altas concentrações de testosterona ou pela produção de
inibina B pelas células de Sertoli, ação esta que irá realizar a
masculino

retroalimentação negativa da secreção hormonal pela

hipófise
Os hormônios do sistema reprodutor Um homem adulto produz em média de 5 a 9mg/dia de
testosterona, a qual circula no sangue associada à proteína
ligadora de hormônios sexuais (SHBG) e à albumina.
masculino

Apenas 2% da testosterona estão presentes em sua forma

livre no organismo sendo captadas por suas células alvo e,
ainda, apenas 1% é transformado em estradiol pela enzima
aromatase presente tanto nas células de Leydig quanto nas
células de Sertoli.

Contudo, o principal derivado da testosterona é o

diidrotestosterona (DHT) o qual é resultado da conversão da
testosterona pela enzima 5 α-redutase.
Os hormônios do sistema reprodutor Os efeitos fisiológicos dos hormônios masculinos são:

TESTOSTERONA:
• Diferenciação sexual;
• Promover e manter a espermatogênese;
masculino

• Inibir o desenvolvimento de glândulas mamárias;

• Efeito anabólico sobre os músculos;
• Efeito anabólico sobre a medula óssea atuando sobre a eritropoese;
• Agravamento da voz, crescimento da laringe e alongamento das cordas
vocais;
• Atuação sobre a libido;
• Regulação de hormônios gonadotróficos e GnRH;
• Indução enzimática e regulação da síntese proteica hepática.
Os hormônios do sistema reprodutor Os efeitos fisiológicos dos hormônios masculinos são:

DHT:
• Diferenciação sexual: masculinização da genitália externa;
masculino

• Maturação sexual na puberdade;

• Desenvolvimento embrionário da próstata e crescimento e atividade
no adulto;
• Atividade das glândulas sebáceas;
• Desenvolvimento de pelos corporais;
• Indução enzimática e regulação da síntese proteica hepática.
• Efeitos sobre a libido.
Os hormônios do sistema reprodutor Os efeitos fisiológicos dos hormônios masculinos são:

ESTRADIOL:
• Desenvolvimento embrionário da próstata e crescimento e atividade
masculino

no adulto;
• Regulação da secreção de gonadotrofinas e GnRH;
• Efeitos sobre a libido.
Dúvidas?