Você está na página 1de 57

REPRODUÇÃO HUMANA

REPRODUÇÃO HUMANA

Reprodução Função que permite aos


seres vivos dar origem a
outros seres vivos da mesma
espécie

A Reprodução é
responsável pela
conservação das
espécies .
REPRODUÇÃO HUMANA

No ser humano a
Reprodução Sexuada é o
processo biológico que
permite à espécie humana
a sua continuidade.
REPRODUÇÃO HUMANA

Oócito II
REPRODUÇÃO HUMANA
A partir do ovo, por sucessivas
divisões mitóticas, constitui-se um
embrião que se desenvolve no
útero materno.

Ainda nesta fase, os indivíduos


desenvolvem caracteres sexuais,
previamente definidos no seu
genoma.

No entanto os órgãos sexuais não


são ainda totalmente funcionais.
REPRODUÇÃO HUMANA

Após o nascimento, o indivíduo passa por uma fase de


desenvolvimento , em que os órgãos sexuais se encontram
em “pausa”.

Quando um bebé nasce, só


sabemos se é rapaz ou
rapariga através dos seus
órgãos sexuais externos.

Rapariga Vulva
CARACTERES SEXUAIS PRIMÁRIOS
Rapaz
Pénis
REPRODUÇÃO HUMANA
Na Adolescência o corpo transforma-se, passando de criança a
adulto – PUBERDADE .

Nesta fase, os órgãos


reprodutores, presentes
desde o nascimento,
começam a funcionar. Assim,
nas raparigas produz-se a
primeira Menstruação, e, nos
rapazes, a possibilidade de
Ejacular.
Ocorrem também mudanças acentuadas no aspecto físico,
desenvolvendo-se os CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS
REPRODUÇÃO HUMANA
CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS
REPRODUÇÃO HUMANA
REPRODUÇÃO HUMANA
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
FUNÇÕES BÁSICAS

❑Produzir espermatozoides;

❑Produzir hormonas;

❑Depositar gâmetas no
sistema reprodutor feminino.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

Pénis
Órgãos externos
Escroto

SISTEMA Gónadas
REPRODUTOR
(testículos)
MASCULINO

Órgãos internos Glândulas anexas

Vias genitais
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

CANAL
DEFERENTE
VESÍCULA
PÉNIS
SEMINAL
URETRA
BEXIGA
EPIDIDÍMO
PRÓSTATA
TESTÍCULO
GLÂNDULA
ESCROTO
DE COWPER
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

CANAL
DEFERENTE
VESÍCULA
PÉNIS SEMINAL
URETRA
BEXIGA
EPIDIDÍMO
PRÓSTATA
TESTÍCULO
GLÂNDULA
ESCROTO DE COWPER
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
ARTÉRIA
CORPOS CAVERNOSOS

URETRA CORPO ESPONJOSO

CORPOS
CAVERNOSOS

GLANDE
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Os vasos sanguíneos
Desencadeia uma
ESTIMULAÇÃO que transportam o
resposta do Sistema
SEXUAL sangue para o
Nervoso
interior do pénis
dilatam-se

O corpo cavernoso (
Ereção do Pénis tecido eréctil) enche Aumenta o fluxo
e expande-se sanguíneo
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Tipo Designação Funções

Gónadas ou Testículos Produção de espermatozóides e


Glândulas de hormonas ( Testosterona ).
sexuais

Armazenamento e maturação
Epidídimos
dos espermatozóides.

Vias Genitais Canais Condução dos espermatozóides


Deferentes e receção do líquido seminal .

Condução da urina e do esperma


Uretra para o exterior aquando da
ejeculação
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Tipo Designação Funções
Secreções alcalinas facilitadoras
Próstata do movimento dos
espermatozoides.
Secreções energéticas para
Glândulas Vesículas
nutrição dos espermatozoides e
Anexas Seminais
facilitadora do movimento.
Glândulas Secreção alcalina que
de neutraliza a acidez da uretra e
Cowper lubrifica a extremidade do pénis .
Órgão sexual ( órgão de
Órgãos copulação ), estando coberto por
Genitais Pénis uma membrana - prepúcio ;
Externos Expulsão de urina ou de
esperma.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
ESTRUTURA TESTICULAR

❑Órgãos ovóides;
❑Situam-se na bolsa escrotal localizada no exterior do
abdómen;
❑A temperatura ideal para o seu funcionamento é de 35ºC;
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Epididímo

Túnica albugínea
Rede
Testicular Septos Testiculares
Lóbulo Testicular

Túbulos Seminíferos
Canal
deferente
❑ Septos Testiculares dividem o interior do testículo em cerca de 200 a
300 compartimentos – Lóbulos Testiculares ;
❑ Dentro de cada Lóbulo Testicular existem um a quatro túbulos muito
enrolados – Túbulos Seminíferos ;
❑ Os Túbulos Seminíferos convergem para a zona posterior do testículo,
formando a Rede Testicular , zona de ligação ao Epidídimo;
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
CORTE TRANSVERSAL DE UM TESTÍCULO
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
No parede dos Túbulos Seminíferos, existem
as seguintes células :
❖ Células de Sertoli – células
volumosas que se estendem desde a
periferia do tubo até ao lúmen e cuja
membrana citoplasmática rodeia as
células Germinativas
Funções

❑ Manter a coesão do Túbulo Seminífero


❑ Produção de líquidos importantes na
condução dos espermatozóides
❑ Coordenar a maturação das células
germinativas
❑ Produção da hormona Inibina, que regula
a produção de FSH, hormona hipofisária
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

❖ Células Germinativas – células


que se encontram em diferentes
fases da espermatogénese, que
progride no sentido centrípto.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO Lúmen do
Espermatócito Espermatídio túbulo
primário seminífero
Espermatócito
Espermatozoides
Espermagónia secundário
imaturos

Mitose Meiose I Meiose II

Célula de Sertoli
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
No tecido localizado entre
os túbulos seminíferos
existem células intersticiais
de grande tamanho

Células de Leydig

Responsáveis pela
produção e libertação de
um grupo de hormonas,
entre as quais , a
Testosterona, responsável
pelo aparecimento e
manutenção dos carateres
Células de Leydig secundários masculinos
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
TÚBULO
SEMINÍFERO

CÉLULAS
GERMINATIVAS
CAPILAR
SANGUÍNEO
CÉLULAS DE
SERTOLI

LÚMEN

CÉLULAS DE
LEYDIG
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
ESPERMATOGÉNESE

❑ Processo de diferenciação das espermatogónias


(2n) em espermatozóides (n)

❑ Ocorre nos Túbulos Seminíferos

❑ Tem início na puberdade e é contínua ao longo da


vida
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
O processo inicia-se nas espermatogónias, que são
células localizadas na periferia dos túbulos seminíferos.
Espermatogónia

Espermatócito
primário
Célula
de Sertoli Espermatócito
secundário
Epidídimo
Túbulo seminífero

Espermatídio

Lúmen
Espermatozoide
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Células germinativas
embrionárias ❖Fase de Multiplicação
➢ Formação de novas
Divisões
mitóticas
espermatogónias (2n) por
mitoses sucessivas. Por cada
Célula estaminal 2n
espermatogónia formam-se
Divisões duas.
mitóticas
➢ Dessas duas, apenas uma
Espermatogónia 2n segue o processo da
espermatogénese, a outra volta
a dividir-se por mitose.

➢ Assim existe uma provisão contínua de espermatogónias, permitindo


isso que o processo se prolongue ao longo de toda a vida do
homem.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Células germinativas
embrionárias ❖Fase de Crescimento

Divisões
mitóticas ➢ Ocorre o aumento do
Célula estaminal 2n volume celular, dando origem
Divisões a espermatócitos I
mitóticas (diploides, com 46
cromossomas), que contêm
Espermatogónia 2n
elevadas quantidades de
Divisões
mitóticas
substâncias de reserva.

Espermatócito 2n
primário
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
❖Fase de Maturação
Espermatócito
primário
2n
➢ Cada espermatócito I é diplóide,
pelo que vai sofrer a primeira
Meiose I divisão meiótica, originando duas
Espermatócito n n
secundário células haplóides ( n=23), os
Meiose II Espermatócitos II

Espermatídio n n n n

➢ A nível cromossómico, o Espermatócito II apresenta


cromossomas com dois cromatídeos, pelo que vão ainda passar
pela segunda fase da divisão meiótica originando quatro células
haplóides, os Espermatídeos, cada um com um cromatídeo
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Espermatócito
primário
2n ❖Fase de Diferenciação

Meiose I
➢ Conversão dos Espermatídeos
Espermatócito n n
em Espermatozóides
secundário

Meiose II
➢ Os espermatídeos deslocam-se
para o lúmen dos túbulos
Espermatídio n n n n seminíferos e sofrem um
processo de diferenciação
denominado espermiogénese
(mudam de forma). O conteúdo
n n n n
genético e o número de células
mantêm-se inalterados.

Ver Animação “ Espermatogénese”-Aula


Digital
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
ESPERMIOGÉNESE

Os Espermatídeos, esféricos, transformam-se


nos espermatozóides, flagelados, com
achatamento do núcleo, diferenciação do
flagelo, eliminação do citoplasma e rearranjo
de organitos. Os espermatozóides são libertados
no lúmen do túbulo seminífero.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

Apresenta o Núcleo genético e o Acrossoma, capuz formado


por vesículas do complexo de Golgi, contendo enzimas
CABEÇA
digestivas que permitirão perfurar a camada protetora do oócito
II, aquando da fecundação

Concentração de mitocôndrias, fornecedoras de energia


PEÇA
INTERMÉDIA (ATP) para os batimentos do flagelo.

Os centríolos, dispostos no pólo oposto ao acrossoma, originam


CAUDA os microtúbulos que constituem o flagelo Formada pelo
flagelo, cujos batimentos impulsionam o espermatozóide
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
ESPERMATOZÓIDE
ESPERMATÍDEO
LÚMEN
ESPERMATÓCITO II
CÉLULA DE
ESPERMATÓCITO I SERTOLI
CÉLULA DE LEYDIG
ESPERMATOGÓNIA

CAPILAR

Parede do Túbulo Seminífero


APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

ESPERMATOGÓNIA

ESPERMATÓCITO I

ESPERMATÓCITO II

ESPERMATÍDEO

ESPERMATOZÓIDE
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Na fase final da Diferenciação ,
os espermatozóides são
libertados para o lúmen dos
Túbulos Seminíferos.

Os fluidos produzidos pelas células de


Sertoli auxiliam a condução dos
espermatozóides dos túbulos
seminíferos até aos Epidídimos
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Nos epidídimos ocorre a síntese de
nutrientes, hormonas e enzimas que
auxiliam a Maturação dos
espermatozóides

Os espermatozóides que chegam


aos epidídimos apresentam reduzida
mobilidade, sendo incapazes de
participar na fecundação. Aqui
adquirem mobilidade, tornam-se
mais resistentes a variações de
temperatura e de pH e adquirem
uma região de reconhecimento e
de ligação ao oócito II.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Em caso de estímulo sexual as
contrações do epidídimo conduzem os
espermatozóides aos Canais Deferentes
.

Das Vesículas Seminais provém o Liquído


Seminal, de consistência espessa ( com muco,
proteínas, frutose, prostaglandinas,etc.),
constituindo 60% do volume de esperma.
Da Próstata provém o Liquído Prostático, pouco
espesso, de aspeto leitoso ( com ácido cítrico, cálcio,
enzimas, prostaglandinas,etc). Com um pH de 6.5, é
mais básico do que as secreções vaginais, inibidoras
da progressão dos espermatozóides.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
As secreções das Glândulas de
Cowper ou Bulbo-uretrais
constituem um pequeno volume de
solução alcalina e mucóide, que
neutraliza a acidez da uretra e
lubrifica a extremidade do pénis..

O estímulo sexual provoca uma


resposta do sistema nervoso que
resulta na ereção do Pénis,
possível pela dilatação dos vasos
sanguíneos, enchimento e
expansão dos seus tecidos (
corpos cavernosos ).
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Em cada ejaculação são libertados
entre 0,1 a 10 ml de esperma.

Composição Quantidade Função

Aproximadamente 200 a 500 milhões de espermatozóides


Espermatozóides são lançados em cada ejaculação. Células responsáveis
2- 5 %
pela fecundação do oócito.

Liquido Rico em aminoácidos ,enzimas , flavinas e frutose (2 a 5


65- 75 % mg/ml), representa a fonte de energia aos espermatozóides.
Seminal

Liquido Rico em enzimas proteolíticas, entre outras substâncias que


25- 30 % dão propriedades alcalinas a este liquido, que combatem a
prostático
acidez do canal vaginal
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Todos os sistemas têm de ser REGULAÇÃO HORMONAL
controlados.
No caso do sistema reprodutor a
regulação ocorre devido à interação do
complexo hipotálamo-hipófise e das
gonadas.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
A atividade Testicular é controlada
pelo complexo hipotálamo-
hipófise, através das
gonadoestimulinas FSH e LH (
hormonas hipofisárias ), cuja
produção e libertação é estimulada
pela neuro-hormona GnRH ,
produzida no Hipotálamo.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
A Hormona LH ( hormona lúteo-estimulina ou
luteinizante ) , atua sobre as células de Leydig
induzindo a produção de testosterona

A Hormona FSH ( hormona folículo-estimulina ) atua sobre as


células de Sertoli, induzindo o transporte de testosterona para as
células germinativas e, consequentemente, a espermatogénese
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
A prática clínica permitiu registar os seguintes dados :
• A remoção dos testículos antes da puberdade impede o
desenvolvimento dos carateres sexuais secundários ( aumento
dos órgãos genitais, aparecimento de pelos na região púbica,
axilas, face, etc.)
• A inoculação de testosterona em indivíduos a quem haviam sido
removidos os testículos permite o desenvolvimento de caracteres
sexuais secundários.
• Indivíduos que sofreram lesões hipotalâmicas anteriores à
puberdade ( que impedem a produção de GnRH necessária para
a libertação de LH e FSH ) apresentam atrofia testicular e
ausência de carateres sexuais secundários.
• A remoção dos testículos num indivíduo adulto conduz a um
aumento da concentração de LH e FSH na corrente sanguínea.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
1 1 O complexo hipotálamo-hipófise controla o
Hipotálamo
funcionamento das gónadas.
GnRH
No início da puberdade, o hipotálamo passa a
Hipófise 2
produzir a hormona libertadora de
anterior
gonadotrofinas (GnRH), responsável por
2 estimular a hipófise a produzir duas hormonas:
FSH LH LH e FSH.
3 4 3 FSH – a hormona foliculoestimulante, ou
foliculoestimulina, juntamente com a
testosterona, estimula a atividade das células
Células de de Sertoli.
Leydig
4 LH – a hormona luteinizante estimula as
células de Leydig a sintetizarem
Testosterona testosterona, que é responsável pelo
Caracteres sexuais primários e desenvolvimento e pela manutenção dos
secundários caracteres sexuais secundários e pela
Células de Sertoli estimulação da espermatogénese.
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
1 Hipotálamo

GnRH
Hipófise
5 O complexo hipotálamo-hipófise anterior
também é controlado pelos testículos, 2
por um mecanismo de FSH LH
retroalimentação hormonal.
3 4

Células de
Leydig
5
Testosterona
Caracteres sexuais
primários e secundários
Células de Sertoli
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
A taxa de testosterona
mantém-se globalmente
constante, graças a um
mecanismo de retroação (
feedback, retrocontrolo ou
retroalimentação ) negativa,
sobre o complexo
hipotálamo-hipófise. A
testosterona controla a sua
própria produção.

Neste mecanismo de controlo o efeito atua sobre a causa que o gerou. É


positivo quando o efeito reforça a causa que o gerou, é negativo quando
o efeito inibe a causa que o gerou
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Retroalimentação hormonal negativa:
Quando a concentração de testosterona atinge valores elevados

A síntese das hormonas GnRH, LH e FSH é inibida

A GnRH deixa de estimular a atividade da hipófise

Redução significativa na produção de LH e FSH

Diminuição da estimulação dos testículos

Redução dos níveis de


testosterona
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO
Quando a concentração de testosterona baixa.

Aumenta a produção de GnRH, LH e FSH

O teor de GnRH, LH e FSH retomam os valores normais

Estimulação da atividade dos testículos

Restabelecimento dos níveis de


testosterona
APARELHO REPRODUTOR
MASCULINO

Ver Animação “
Controlo Hormonal
Masculino”-Aula
Digital

Você também pode gostar