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➔ CLASSE CESTODA
Taenia (Solitárias)
- Classe: cestoda
- Hemafrodita
- Precisa de 2 hospedeiros para completar o ciclo de vida: HOMEM e Suíno (T.solium)/
Bovino (T. saginata)
- Área endêmica: América central, latina, áfrica e ásia
- Morfologia: formato de fita, achatada, corpo segmentado (escólex-cabeça, colo-
intensa multiplicação celular, estróbio- formado por vários proglótides (áneis onde
tem a fecundação)
- Proglotes grávidas com ovos separadas (T. solium - elimina na defecação) (T.
saginata- elimina durante os intervalos da defecação)
- Proglote grávida: T.solium -menor numeração, terminações dentríticas/ T. saginata-
mais numerosas, terminações dicotómicas
- Morfologia dos ovos de Taenia: medem 30 um, casca espessa de quitina
(embrióforo), embrião/ oncosfera/hexacanto dentro do embrióforo
- Bovinos e Suínos: ingerem ovos da T. saginata/ T. solium, ovos passa pelo trato
gastrointestinal, a casca do ovo é amolecida devido ao ph ácido e libera o embrião,
passa no intestino, alcança a circulação sanguínea e forma larvas/ cisticercos na
musculatura do animal
- Cisticercos/ forma larvar: vesícula cheia de líquido e se calcifica depois de 2 anos
- Quando o homem ingere a carne desse animal com cisticercos ele terá Teníase
- Ciclo biológico: Tênia adulta no intestino delgado no homem, eliminação de proglotes
nas fezes ou não, o ovo no exterior pode ser ingerido por porco ou boi, dentro tem o
embrião hexacanto, passa no intestino depois para a circulação sanguínea, atinge a
musculatura do animal, o homem ingere o animal contendo cisticercos.
- Mas o homem também pode ser hospedeiro intermediário acidentalmente o homem
pode ingerir ovos da tênia, ação do suco gástrico libera o embrião, passa pelo
intestino e alcança o sangue e forma as larvas nos tecidos humanos
- Duas entidades mórbidas: Teníase - verme adulto (Taenia solium e T. saginata)
Cisticercose ( cisticercos celulose e cisticercos bovis)
● Teníase: homem ingere carne crua ou mal cozida com cisticercos e essa larva
depois de meses forma o verme adulto no intestino delgada
- Ocasiona inflamação e destruição do epitélio, alergias e fenômenos tóxicos,
competição nutricional
- Sintomas inespecíficos: vômito, tontura, náuseas, diarréia, perda de peso,
dores abdominais, apetite excessivo
Diagnóstico da teníase
Laboratorial: pesquisa de proglotes eliminadas nas fezes, método de tamização
Tratamento cirúrgico:
Cisticercos gigante ou cisticercos na forma intraventricular
último recurso
Verme adulto: habitat- vasos do sistema porta hepático de homem infectado- casal, fêmea
alojada no canal ginecóforo do macho
- Transmissão da esquistossomose:
O homem em contato com água que possui cercárias, pode se infectar quando as cercárias
penetram na pele ou mucosa
Doença ESQUISTOSSOMOSE
Ovos: durante a passagem pela parede do intestino causam uma reação inflamatória,
desconforto abdominal, diarréia podendo ter sangue. Ovos que não são eliminados nas
fezes ficam retidos no intestino, circulação do sistema que pode ir no tecido hepático. Ovos
secretam antígenos que causam reação inflamatória em volta do ovo = granuloma
(ovo+reação granulomatosa), depois formar fibras - fibrose periportal (envolta dos vasos)-
culmina com a hipertensão portal, e em volta e depois tende a calcificar.
Esquistossomose aguda:
- fase pré-postural(10-42 dias após a infecção): grande parte assintomática, dermatite
cercariana, mal-estar, com ou sem febre, tosse, dores musculares, desconforto
abdominal e hepatite aguda
- fase aguda pós-postural (42-120 dias após a infecção): grande parte assintomático,
diarreia, dor abdominal e fase toxêmica (forma grave-calafrios, febre, diarreia intensa
com muco e sangue, cansaço, sudorese, vômito)
Esquistossomose crônica:
Diagnóstico:
Antecedentes epidemiológicos, avaliação clínica e diagnóstico laboratorial (exame de fezes:
método de kato-katz - método quantitativo, necessário a repetição de exames; Método de
HPJ não é mais indicado; ELISA. exame de imagem, molecular)
Tratamento:
Praziquantel
Profilaxia:
Saneamento básico, não entrar em água desconhecidas, tratamento de pessoas infectadas,
diagnóstico precoce educação em saúde.
➔ Classe: Nematoda
-Fatores necessários para o ovo fértil eliminado junto com as fezes tornar
embrionado tendo a larva no interior e passa ser infectante:
- Temperatura entre 25-30°C
- Umidade mínima de 70%
- Oxigênio
● É um geohelminto pois precisa passar pelo solo para se tornar infectante
-Transmissão:
-Ao ingerir alimentos (hortaliças,frutas) ou água infectados com ovo embrionado
-Não ocorre auto-infecção pois o ovo precisa passar no solo para se tornar infectante
-Ciclo de vida
Pessoa ingere água ou alimento contaminados com ovo embrionado
Ovo passa pelo estômago, no intestino o ovo eclode e libera a larva L3
Larva passa pelo sistema porta-hepático, passa pelo fígado, depois para o coração e depois
no pulmão
No pulmão a larva L3 se transforma em larva L4, rompe os vasos sanguíneas e nos alveolos
e lá se transforma na larva L5
Larva L5 atinge a faringe, a larva pode se expelida por meio da tosse ou deglutida, se
deglutida se transforma em verme adulto, ocorre a cópula e depois de 60 dias o indivíduo
está eliminando os ovos junto com as fezes
Ovo no solo passa a ser infectante (Ocorre a transformação da larva L1, depois se
transforma em L2, e depois L3 - forma infectante)
Migração de larvas pelo pulmão: pode desencadear uma resposta inflamatória intensa com
infiltrado eosinofílico (Síndrome de Loeffler)
Presença de verme adulto no intestino delgado: Ação tóxica, espoliadora (alimenta de
nutrientes do hospedeiro) e mecânica (obstrução intestinal)
Diagnóstico:
Exame parasitológico de fezes/ Método de HPJ (mais indicado, identifica os ovos)
Exame macroscópico (vermes adultos)
Exame de imagem: endoscopia, ultrassonografia e radiografia
Tratamento:
Albendazol
Mebendazol
Levamisol
Pamoato de pirantel
Profilaxia:
Educação sanitária, saneamento básico, destino adequado das fezes, tratamento da água,
cuidados higiênicos, lavar e desinfetar verduras cruas, combate aos insetos domésticos e
tratamento de pessoas infectadas
Trichiuris trichiura
-Filo: Aschelminthes
-Classe: Nematoda
-Doença: tricuríase
-Prevalência: condições sanitárias precárias e clima favorável
-Morfologia do verme adulto: Formato de chicote,região posterior mais alargada (aparelho
reprodutor e intestino), macho possui porção final curvada ventralmente e fêmea retilínea,
fêmea maior que o macho, porção anterior afilada possui o esôfago
-Habitat: intestino grosso
Infecções moderadas (carga parasitária moderada): ceco, cólon ascendente
Infecções intensas (alta carga parasitária): ceco, cólon ascendente, cólon distal, reto e
porção distal do íleo
-Morfologia dos ovos (elimina nas fezes mas não é embrionado, precisa passar no solo
para ser infectante - 20 dias): formato de barril, nas extremidades possuem poros
constituídos por mucopolissacarídeos e são transparentes por onde saem as larvas, 3
membranas na casca
-Ciclo biológico: No solo os ovos (células germinativas) sofrem embriogênese e formam a
larva L1 (ovo embrionado e infectante). A pessoa ingere o ovo embrionado através de
alimentos e água contaminados. No intestino delgado a larva L1 eclode, larva L1 alcança o
intestino grosso e se transforma em L2, depois L3, L4, L5 e depois em verme e verme
adulto. Macho e fêmea no ceco realizam a cópula, fêmea elimina os ovos juntamente com
as fezes
- O trichuris se alimentam do muco, resto de células enterócitos, sangue
- Patogenia: depende da carga parasitária
Inflamação da mucosa, edema e hemorragias com alterações histológicas
-Manifestações clínicas: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia com fezes
sanguinolentas (disenteria), desidratação, perda de peso, prolapso retal (carga parasitária
intensa, processo inflamatório, edema da mucosa, ocorre processo de defecação mesmo na
ausência de fezes, esforço continuado de defecação mais as possíveis alterações nas
terminações nervosas locais mais o aumento do peristaltismo)
-Manifestações clínicas em crianças com alta carga parasitária: anemia hipocrômica, retardo
de crescimento, alterações cognitivas e baqueteamento de dedos
- Diagnóstico: laboratorial - método de HPJ (identifica os ovos, mais indicado)
-Tratamento: Mebendazol, Albendazol ou Albendazol associado a ivermectina (mais eficaz)
-Profilaxia: saneamento básico, higienização de alimentos, água filtrada, educação em
saúde, e tratar os infectados
*Geohelmintoses: parasitoses causadas por helmintos que precisam passar pelo solo,
para realizar a embriogenia e tornar infectivo. EX: Ascaris lumbricoide, Trichuris trichiura,
ancilostomídeos e Strongyloides stercoralis.
Ancilostomose
-”Amarelão”, anemia tropical
-Hábitat: duodeno intestino delgado
- Boca curva
- Espécies (hospedeiro: humano): Ancylostoma duodenale, Necator americanus (mais
predominante no mundo) e Ancylostoma ceylanicum
- DTN- Doença Tropical Negligenciada
- Ancylostoma caninum e A. braziliensis: espécies em que o hospedeiro é o cão e gato.
Quando entramos em contato com esses parasitos, a larva penetra na pele, mas não
consegue continuar o ciclo e causa o bicho geográfico.
- Morfologia: 9-18 mm, dimorfismo sexual, lâminas quitinosas cortantes (N. americanus) e
dentes quitinosos margem da boca (A. duodenale), na porção final do macho tem a bolsa
copuladora onde sai a espícula-órgão reprodutor do macho
-Ovos que são eliminados saem nas fezes,e alcançam o solo, lá no solo sai a larva
rabditóide e se diferencia em larva filarióide (embainhada), a qual tem que encontrar
rapidamente com o hospedeiro para continuar o ciclo.
- Ciclo biológico: Homem infectado, verme adulto no duodeno machos e fêmeas,
acasalamento de macho e fêmea, ovos saem nas fezes (oviposição), em locais sem
saneamento básico os ovos chegam no solo e se transforma em larva rabditóide e depois se
transforma em larva filarióide infectante(geotropismo negativo- ao invé de ir para o centro da
terra ficam na superfície, termotropismo-atraídas por locais quentes, pé,hidrotropismo-
precisam ficar em locais úmidos, tigmotropismo-preferência por objeto sólido. Quando o
indivíduo anda descalço na terra há possibilidade de infecção. A larva penetra a pele cai na
corrente sanguínea e atinge a pequena circulação, coração e pulmão. No pulmão se
amadurecem e depois que amadurecem sobem a árvore brônquica e depois alcançam o
intestino delgado, onde se transformam em vermes adultos e reinicia o ciclo.
-Período pré-patente: desde a infecção até o aparecimento de ovos nas fezes- A.
duodenale:4-6 semanas; N. americanus: 7-8 semanas
-Transmissão: via transcutânea (larva penetra na pele): ciclo pulmonar; via oral larva
filarióide, chega no intestino e amadurece na mucosa
-Patogenia:
Período de invasão (fase larvária): penetração das larvas na pele- dermatite, prurido,
vermelhidão, migração pelos pulmões- bronquite, tosse, catarro, escarro hemático
( síndrome de loeffler)
Período do parasitismo intestinal: hematofagia dos vermes (adere à mucosa e aspira
sangue), lesões na mucosa- úlceras intestinais, hemorragias e infecções secundárias
*Parasitismo intenso (40 vermes) e carência de ferro (estado nutricional carente)- anemia
ancilostomótica (indivíduos subnutridos e crianças com alta carga parasitária pode levar a
morte ou pode agravar o estado de nutrição) e demais sinais clínicos
-Anticorpos não conferem sólida imunidade - reinfecção
-Diagnóstico: clínico
laboratorial-HPJ (Não é mais apropriado pois os ovos são leves), Flutuação, MIFc, OPG
(método quantitativo-grau de infecção)
-Profilaxia: tratamento: albendazol e mebendazol; educação da população(não andar
descalço), saneamento básico, controle anti-larvário
-Diagnóstico
laboratorial: Exame parasitológico das fezes: método de baerman-moraes e método
de rugai (termohidrotropismo positivo das larvas), pesquisa de larvas em secreção e
outros líquido orgânicos, biópsia intestinal
-Tratamento: mebendazol(não atua sobre as fêmeas), albendazol, ivermectina
(indicado)
-Profilaxia:
Tratamento dos parasitados, saneamento básico, educação da população(não andar
descalço), cuidados com os grupos de riscos (imunocomprometidos), controle anti-
larvário