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ABORDAGEM PSICOFARMACOLÓGICA NO

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


(TEA)
RUTE ROMANO DE SANTANA VASCONCELOS
FARMACÊUTICA (CRF/PE: 10610)
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

• Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por


desenvolvimento atípico;

O autismo NÃO É UMA DOENÇA, mas afeta a maneira como o indivíduo


processa e responde o mundo ao redor;

No espectro do autismo há uma variedade de habilidades e desafios;

Cada indivíduo autista é único e tem suas próprias necessidades e


habilidades.
ÍNDICE DE
INDIVÍDUOS
AUTISTAS NO BRASIL
E NO MUNDO

• Estima-se que esse número


possa chegar a 2 milhões
de autistas no Brasil;
• No mundo, segundo a ONU,
acredita-se haver mais de
70 milhões de pessoas com
autismo.
Mês de Conscientização
do Autismo

• O abril azul foi estabelecido pela


Organização das Nações Unidas,
ONU em 2008, como uma forma
de conscientizar e dar visibilidade
ao TEA;
• Segundo a Organização Mundial
de Saúde – OMS, uma em cada
160 crianças no mundo tem TEA;
É possível observar precocemente alguns
comportamentos atípicos nas crianças;

O diagnóstico clínico é baseado na


observação direta do comportamento do
DIAGNÓSTICO paciente e de entrevistas com os pais;

DO TEA Durante a investigação, exames clínicos e


de imagem podem ser solicitados a fim de
excluir outras hipóteses diagnósticas;

A causa do TEA ainda não está


estabelecida.
TRATAMENTO

Os tratamentos iniciais para Os tratamentos com


crianças autistas são na medicamentos não possuem
maioria compostos de uma padronização que
tratamentos psicossociais e tratem os sintomas nucleares
intervenções educacionais; do autismo.
TRATAMENTO
• Apesar de haver diversos fármacos
utilizados no tratamento do TEA a
maioria dos prescritos são de forma
off label;
Fonte: DE BARROS NETO; BRUNONI; CYSNEIROS, 2019.
TRATAMENTO

• No Brasil somente a risperidona e a


periciazina são aprovadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
para o controle dos sintomas associados
ao TEA
RISPERIDONA
• É o medicamento mais popularmente prescrito
para crianças com TEA, principalmente no
tratamento de agressividade, hiperatividade,
irritabilidade e comportamentos autolesivos;

• Ela faz parte do grupo de antipsicóticos (atípicos


ou de segunda geração), que agem como
antagonista dos receptores da dopamina e
serotonina (regulação do humor e do
comportamento);
1. ONDE GUARDAR O MEDICAMENTO
• Guarde o frasco protegido do calor, luz e umidade,
evite lugares onde exista variação de temperatura
(cozinha e banheiro).
• Conserve os comprimidos na embalagem original;
• Mantenha o medicamento fora do alcance de crianças.
ATENÇÃO
FARMACÊUTICA: 2. NA HORA DE TOMAR O MEDICAMENTO
RISPERIDONA • Para risperidona: tome o comprimido com um copo de
água, antes, durante ou após as refeições.
• Siga os horários estabelecidos pelo seu médico.
• Em caso de esquecimento de uma dose, tome logo
que possível. Se faltar pouco tempo para a próxima
tomada, aguarde e tome somente a quantidade do
próximo horário. Não tome a dose dobrada.
3. REAÇÕES DESAGRADÁVEIS QUE PODEM SURGIR
• Apesar dos benefícios que o medicamento pode trazer, é
possível que apareçam algumas reações desagradáveis,
• RISPERIDONA: febre, rigidez muscular, batimentos rápidos
ou irregulares do coração, inquietação, fraqueza dos
músculos, dificuldade de pôr-se em pé, movimentos
involuntários da língua e maxilar, tontura, sonolência,
ATENÇÃO ansiedade, problemas para dormir, visão turva, boca seca,
nariz entupido, prisão de ventre, problemas para urinar, perda
FARMACÊUTICA: de desejo sexual ou impotência, ganho de peso.
RISPERIDONA • Informe seu médico sobre o aparecimento destes ou de
outros efeitos desagradáveis.

4. USO DE OUTROS MEDICAMENTOS


• Não faça uso de outros medicamentos sem o conhecimento
de seu médico ou orientação de um profissional de saúde.
• Comunique o médico se estiver em tratamento com outros
medicamentos.
Interações medicamentosas: Risperidona

• Deve-se ter cuidado quando a risperidona é administrada em associação


com medicamentos com ação central;
• A risperidona pode antagonizar o efeito da levodopa e de outros com
mesma ação;
• Os fenotiazínicos, antidepressivos tricíclicos e alguns betabloqueadores
podem aumentar as concentrações plasmáticas da Risperidona, mas não
da fração antipsicótica;
• A carbamazepina diminui os níveis plasmáticos da fração antipsicótica
ativa da risperidona;
• Medicamentos antidepressivos podem realçar o efeito hipotensor da
risperidona.
PERICIAZINA
• É um medicamento antipsicótico neuroléptico,
possuem propriedades antidopaminérgicas;
• É indicado no tratamento de distúrbios do caráter e
do comportamento, é particularmente eficaz no
tratamento dos distúrbios encontrados no TEA:
• Desordem com sintomas que afetam a
comunicação, interação social, comportamentais,
instabilidades psiquicas, entre outros.
ATENÇÃO FARMACÊUTICA:
PERICIAZINA
1. ONDE GUARDAR O MEDICAMENTO
• Guarde o frasco protegido do calor, luz e umidade, evite lugares onde exista variação
de temperatura (cozinha e banheiro).
• Conserve os comprimidos na embalagem original;
• Mantenha o medicamento fora do alcance de crianças.

2. NA HORA DE TOMAR O MEDICAMENTO


• ​Administração VO, pode ser diluída em água;
• Administrar preferencialmente durante as refeições. As doses devem ser fracionadas
em 2-3 vezes, sendo conveniente reservar a maior parte para a noite;
• Seguir os horários estabelecidos pelo prescritor.
ATENÇÃO FARMACÊUTICA:
PERICIAZINA
3. REAÇÕES DESAGRADÁVEIS QUE PODEM SURGIR
• Aumento de açúcar no sangue ou intolerância à glicose foram relatados em
pacientes tratados com NEULEPTIL.
• O consumo de álcool, assim como a administração de medicamentos contendo
álcool em sua formulação, são fortemente desaconselhadas durante o
tratamento.
• Sedação; sonolência; tontura; insônia; secura da boca, constipação, risco de
retenção urinária.
Interações medicamentosas: Periciazina
• Agonistas dopaminérgicos (amantadina, apomorfina, bromocriptina) com a
exceção para paciente parkinsoniano;
• Anti-hipertensivos: aumento do efeito anti-hipertensor;
• Antidepressivos, anti-histamínicos H1 sedativos, antiparkinsonianos
anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos: potencializam os efeitos
indesejáveis atropínicos, como retenção urinária, constipação e secura da
boca.
• Outros depressores do sistema nervoso central: A alteração da vigilância
pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de
máquinas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, G. O. N.; DE CARVALHO ABREU, C. R. Os benefícios do uso de psicofármacos no
tratamento de indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA): revisão bibliográfica. Revista
JRG de Estudos Acadêmicos, v. 4, n. 8, p. 240-251, 2021.

DA SILVA, A. R. C.E.; DE ARAÚJO BATISTA, D. C. DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS


ASSOCIADOS AO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)-TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO E O MANEJO CLÍNICO DE REAÇÕES ADVERSAS. Revista Multidisciplinar
do Sertão, v. 4, n. 3, p. 276-285, 2022.

DE BARROS NETO, S. G.; BRUNONI, D.; CYSNEIROS, R. M. Abordagem psicofarmacológica no


transtorno do espectro autista: uma revisão narrativa. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios
do Desenvolvimento, v. 19, n. 2, 2019.

NEVES, K. R. T. et al. Segurança da risperidona em crianças e adolescentes com transtorno do


espectro autista. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 33, n. 2, p. 138-148, 2021.
OBRIGADA!

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