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Plantas que atuam no

Sistema Nervoso Central


Ansiedade

• “A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos


e fisiológicos, que faz parte do espectro normal das experiências
humanas, sendo propulsora do desempenho.”
• “Ela passa a ser patológica quando é desproporcional à situação que
a desencadeia, ou quando não existe um objeto específico ao qual se
direcione.”
• O Brasil também é campeão mundial no índice de ansiedade:
9,3% da população manifesta o quadro. Essa disfunção engloba
várias outras, como ataques de pânico, transtorno obsessivo-
compulsivo, fobias e estresse pós-traumático.
Componentes psicológicos da ansiedade
• 1. “experiência subjetiva de medo ou outra emoção relacionada,
como terror, horror, alarme, pânico”

• 2. “a emoção é desagradável, podendo ser uma sensação de


morte ou colapso iminente”

• 3. É direcionada em relação ao futuro: sensação de um perigo


iminente.

• 4. Há um desconforto corporal subjetivo durante o estado de


ansiedade: sensação de aperto no peito, na garganta,
dificuldade para respirar.
Componentes fisiológicos da ansiedade

• Manifestações corporais involuntárias:

• secura da boca
• sudorese
• Piloereção
• tremor
• vômitos,
• palpitação,
• dores abdominais
• Plantas que possuem ação
ansiolítica:

vMaracujá

vValeriana

vkava-kava
Maracujá (Passiflora incarnata L.)
• Família
• Passifloraceae Juss. ex Roussel.
• Nomenclatura popular
• Maracujá, flor da paixão, maracujá doce.
• Parte utilizada/órgão vegetal
• Folhas.
• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
• Ansiolítico e sedativo leve.
• CONTRAINDICAÇÕES
• Seu uso é contraindicado durante a
gravidez. Não utilizar em casos de
tratamento com sedativos e depressores
do sistema nervoso.
• PRESCRIÇÃO
• Fitoterápico isento de prescrição medica.
• O maracujá é uma trepadeira
constituída de partes aéreas
foliformes, flores e frutos jovens,
nativa da região da América do
Norte.
• Diversas espécies são conhecidas
em todo o Brasil, sendo Passiflora
edulis S. e Passiflora alata C. as
mais cultivadas.
• Nas farmacopeias da Europa
encontra-se descrita a Passiflora
incarnata L.
• Os constituintes principais da
passiflora são:
• fitosteróis, heterosídeos
cianogênicos, alcaloides
indólicos (menos de 0,03%),
flavonoides (di-C-heterosídeos de
flavonas até 2,5%, vitexina e
apigenina) e cumarinas.
• os efeitos
farmacológicos de
Passiflora incarnata
são mediados via
modulação do
sistema GABA,
incluindo afinidades
aos receptores
GABAa e GABAb, e
sobre a recaptação
de GABA.
• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA (DOSE E INTERVALO)
• Oral. Para adolescentes e adultos:
• à infusão da droga vegetal - 1-2 g em 150 mL de água fervente,
tomar 1-4 vezes por dia (10 a 15 minutos após o preparo).
• à Droga vegetal encapsulada – 0,5-2 g, 1-4 vezes por dia.
• à Extrato fluido (1:1 em álcool eJlico 25%) - 0,5 a 1,0 mL, 3 vezes ao
dia.
• à Tintura (1:8 em álcool 45%) - 0,5 a 2,0 mL, 3 vezes ao dia.
• A posologia recomendada para adultos é de 3-5 vezes ao dia, e para
adolescentes de 3 vezes ao dia.

• TEMPO DE UTILIZAÇÃO
• Caso os sintomas persistam acima de duas semanas durante o uso do
medicamento, um médico deverá ser procurado.
• FORMAS FARMACÊUTICAS
• Planta fresca (in natura), droga vegetal (encapsulada), extrato fluido e
8ntura.
Valeriana (Valeriana officinalis L.)
• Família
• Caprifoliaceae.
• Nomenclatura popular
• Valeriana.
• Parte u2lizada/órgão vegetal
• Raízes.
• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
• Usado como seda6vo
moderado, hipnó6co e no
tratamento de distúrbios do
sono associados à ansiedade.
• planta intensamente u,lizada para
distúrbios do sono e agitação nervosa
na Alemanha.
• Existem 250 espécies de Valeriana
distribuídas no mundo inteiro, além
das espécies medicinais oficiais, como
Valeriana edulis, V. japonica, V. indica.
• A parte da droga u,lizada são as raízes
da Valeriana europeia (V. officinalis),
usada como uma droga oficial.
• A droga apresenta um odor
desagradável (ácido isovalérico) e
cânfora que aparece após o corte e
secagem da raiz.
• A planta seca é usada para o preparo
de chás. Os produtos farmacêu,cos
são produzidos principalmente de
extratos aquosos ou hidroalcoólicos
(etanol 70%, proporção planta: extrato
de 4-7:1).
Valeriana
• FORMAS FARMACÊUTICAS
• Cápsulas ou comprimidos contendo a droga vegetal (raízes secas) ou
extratos (hidroetanólico 40-70% (v/v); extratos aquosos) e tintura.

• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA (DOSE E INTERVALO)


• Oral. Pode ser utilizado para maiores de 12 anos, adultos e idosos.
• Se for prescrito o extrato hidroetanólico acima descrito: o equivalente a duas
a três gramas.
• Droga vegetal: de 0,3 a 1 g da droga vegetal para usar o pó em cápsula.
• Como droga vegetal para preparação do decocto: 1 a 3 g.
• Extrato aquoso: 1 a 3 g.

• Tinturas (1:5, etanol 70%) 1 a 3 mL. Alcoolatura: de 2 a 5 mL.


Extrato seco: de 45 a 125 mg de dose diária.
• Posologia - como sedativo leve: 1 a 3 vezes ao dia. Para distúrbios do sono:
dose única antes de dormir mais uma dose no início da noite caso seja
necessário. Dose máxima diária: 4 vezes ao dia.
Valeriana
• Mecanismo de ação:
• Ação depressora central, sedativa, ansiolítica, espasmolítica e relaxante
muscular.

• Os ácidos valerênicos in vitro diminuíram a degradação do ácido gama


aminobutírico (GABA).
• Aumento do GABA na fenda sináptica via inibição da recaptação e
aumento da secreção do neurotransmissor, podendo ser esse um dos
efeitos que causam a atividade sedativa.
• Pode contribuir para essa atividade é a presença de altos níveis de
glutamina no extrato, que tem a capacidade de cruzar a barreira
hematoencefálica, sendo captada pelo terminal nervoso e convertida
em GABA.

• Efeitos adversos: incluem tontura, desconforto gastrointestinal, alergias de


contato, cefaleia e midríase. Com o uso em longo prazo, os seguintes
sintomas podem ocorrer: cefaleia, cansaço, insônia, midríase e desordens
cardíacas.
• O uso de altas doses de V. officinalis por muitos anos aumentou a
possibilidade de ocorrência de síndrome de abstinência com a retirada
abrupta do fitoterápico.
• CONTRAINDICAÇÕES
• Contraindicado para menores de 12
anos, grávidas, lactantes e pacientes
com histórico de hipersensibilidade e
alergia a qualquer um dos
componentes do fitoterápico.

• PRECAUÇÕES DE USO
• Esse fitoterápico pode causar
sonolência, não sendo, portanto,
recomendável a sua administração
antes de dirigir, operar máquinas ou
realizar qual- quer atividade de risco
que necessite atenção.
• FORMAS FARMACÊUTICAS
• Cápsulas ou comprimidos contendo a droga vegetal (raízes secas) ou
extratos (hidroetanólico 40-70% (v/v); extratos aquosos) e Cntura.
Armazenar em frascos hermeCcamente fechados, ao abrigo da luz e
em local sob controle de temperatura.

• TEMPO DE UTILIZAÇÃO
• Para alcançar um efeito óCmo de tratamento, o uso conCnuado é
recomendado durante 2-4 semanas.

• PRESCRIÇÃO
• Fitoterápico, somente sob prescrição médica.
• PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS
• Monoterpenos, sesquiterpenos, epóxi-iridóides e valepotriatos.
Kava – Kava (Piper methys-cum G. Forst)
• Família
• Piperaceae.
• Nomenclatura popular
• Kava-kava.
• Parte u2lizada/ órgão vegetal
• Rizoma.
• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
• Indicado para o tratamento sintomá8co de estágios leves a
moderados de ansiedade e insônia, em curto prazo (1-8 semanas de
tratamento).
• FORMAS FARMACÊUTICAS
• Cápsulas ou comprimidos contendo a droga vegetal e extratos secos
para uso oral.

• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA


• (DOSE E INTERVALO)
• Oral. Dose diária: droga vegetal ou extratos, equivalente a 60–210 mg
de kavapironas ou 100 mg do extrato padronizado (70% de
kavapironas), três vezes ao dia; na concentração de 30%, a dose é de
200 mg três vezes ao dia.

• PRESCRIÇÃO
• Fitoterápico, somente sob prescrição médica.
• PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS
• Lactonas: kavalactonas, também conhecidas como kavapironas.
• CONTRAINDICAÇÕES
• Durante a gravidez e lactação, e em pacientes com depressão
endógena ou afecções hepá<cas. Vários casos de toxicidade hepá<ca
foram relatados na Europa após uso de produtos à base de plantas
contendo extratos de P. methys*cum.
• É contraindicado para pacientes com afecções hepá<cas (hepa<te,
cirrose, icterícia e outros) e/ou que u<lizam medicamentos que
possam causar hepatotoxicidade, tais como acetaminofeno,
isoniazida, metotrexato.
• Esse fitoterápico é contra indicado para menores de 12 anos, e para
lactantes.

• PRECAUÇÕES DE USO
• P. methys*cum não deve ser administrado por mais de 3 meses sem
orientação médica. Mesmo quando administrado no intervalo de
dosagem recomendada, reflexos motores e a capacidade de dirigir ou
operar máquinas pesadas podem ser prejudicados.
Depressão
• “Depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que
produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza
profunda, sem fim, associada a sen<mentos de dor, amargura,
desencanto, desesperança, baixa autoes<ma e culpa, assim como a
distúrbios do sono e do ape<te.”
• Nos últimos dez anos, o número de pessoas
com depressão aumentou 18,4% — hoje, isso corresponde a 322
milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra
(Organização Mundial da Saúde (OMS))

• brasileiros estão levando esses índices para o alto. No país,


5,8% dos habitantes sofrem com a desordem, a maior taxa do
continente latino-americano. A faixa etária mais afetada varia
entre 55 e 74 anos.

• “Apesar de a depressão atingir sujeitos de todas as idades, o


risco se torna maior na presença de pobreza, desemprego,
morte de um ente querido, ruptura de relacionamento, doenças
e uso de álcool e de drogas”.
• Depois da ansiedade, a
depressão é a perturbação
psiquiátrica mais frequente.

• Apresenta alta e crescente


prevalência na população geral.

• É duas a três vezes mais


frequente em mulheres do que
em homens.
Sintomas da Depressão

vansiedade,
visolamento social,
vdesânimo,
vbaixa auto-estima,
vdificuldade de concentração,
vsentimentos de culpa,
vdesesperança,
valterações no sono,
vperda do desejo sexual,
vpensamentos de suicídio,
vauto-agressão
Tratamento fitoterápico da
Depressão
•Plantas que possuem ação
antidepressiva:

•Hipérico

•Estimulante do SNC (guaraná, ginseng).


Hipérico (Hypericum perforatum)
• Família
• Hypericaceae.

• Nomenclatura popular
• Erva-de-são-joão, hipérico.

• Parte u2lizada/órgão vegetal


• Planta inteira com parte aérea
florida.

• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
• Indicado para o tratamento dos
estados depressivos leves a
moderados.
• CONTRAINDICAÇÕES
• Pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer
um dos componentes do fitoterápico não devem fazer uso. Não usar
em episódios de depressão grave. Esse fitoterápico é contraindicado
para crianças abaixo de seis anos.

• Não existem dados disponíveis sobre o uso de H. perforatum na


gravidez e na lactação, porém há relatos que o extrato pode inibir a
secreção de prolacDna, portanto, não se recomenda seu uso em
mulheres grávidas e lactantes
• EFEITOS ADVERSOS
• O uso de fitoterápicos à base de extratos de H. perforatum pode
causar reações fotossensibilizantes.

• Em casos raros, podem aparecer irritações gastrointestinais,


reações alérgicas, fadiga e agitação.

• Os extratos de H. perforatum são geralmente bem tolerados com


incidência de reações adversas em torno de 0,2% dos casos
avaliados em estudos clínicos.

• As reações adversas gastrointestinais podem ser minimizadas


ao administrar o fitoterápico após as refeicões.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• É bem tolerado em uso clínico, mas há evidências de interações
significa:vas com alguns fármacos: ciclosporina, an:coagulantes
cumarínicos, an:concepcionais orais, teofilina, digoxina, indinavir e
possivelmente outros inibidores da protease e transcriptase reversa,
prejudicando os efeitos desses. Isso ocorre devido à indução pelo H.
perforatum da via metabólica envolvendo o citocromo P-450.

• A associação de H. perforatum com inibidores da MAO são


contraindicados, assim como os inibidores sele:vos da recaptação da
serotonina, como a fluoxe:na. A combinação de H. perforatum com
outros fármacos an:depressivos convencionais, tais como os
an:depressivos tricíclicos ou fluoxe:na
• FORMAS FARMACÊUTICAS
Cápsulas e comprimidos contendo
extrato seco e 3ntura.

• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E
POSOLOGIA (DOSE E INTERVALO)
• Oral. Uso adulto: 0,8 a 1,2 mL da
3ntura 3 vezes ao dia. Extrato seco
(300 mg, 3 vezes ao dia).

• Tratamento: Tal como acontece


com outras drogas
an3depressivas, a observação dos
efeitos terapêu3cos de H.
perforatum podem requerer 2-4
semanas de tratamento
• PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS
• Antraquinonas e flavonoides.

• efeito an2depressivo do H. perforatum não pode ser explicado por


inibição da MAO
• Outros possíveis mecanismos incluem a ação do extrato em modular a
produção de citocinas, a expressão de receptores serotoninérgicos e o eixo
hipotálamo-pituitário-adrenal
Guaraná (Paullinia cupana Kunth)
• Família
• Sapindaceae.
• Nomenclatura popular
• Guaraná.
• Parte utilizada/órgão vegetal
• Sementes.
• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
• Astenia e como psicoestimulante.
• CONTRAINDICAÇÕES
• Contraindicado para pacientes com distúrbios cardiovasculares,
hipertensão arterial, arritmia cardíaca, gastrite, úlcera péptica, úlcera
duodenal, cólon irritável, afecções renais, hipertireoidismo, cirrose
hepática e predisposição à espasmos musculares.
• É contraindicado para crianças e pacientes com histórico de
hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes do
fitoterápico.
• PRECAUÇÕES DE USO
• Seu uso é desaconselhado a pacientes que apresentem desordens
psíquicas como pânico, agitação, ansiedade e insônia. Em pacientes com
epilepsia ou disritmia cerebral. Não deve ser utilizado em pacientes com
distúrbios da coagulação ou sob tratamento com anticoagulantes.
• Não associar a bebidas que contenham metilxantinas (café, chá,
achocolatados, refrigerantes a base de extrato de cola e de guaraná e
mate), para não potencializar os efeitos desse fitoterápico.
• EFEITOS ADVERSOS
• As me&lxan&nas, cons&tuintes principais de extratos de P. cupana,
pela es&mulação direta do músculo cardíaco, podem causar aumento
da frequência cardíaca e arritmias.
• Além disso, podem produzir irritação gástrica e aumento da diurese.
• Os efeitos adversos desse fitoterápico, devidos à cafeína, são
geralmente leves e transitórios, embora frequentes è exacerbar
estados ansiosos e contribuir para distúrbios do sono.
• Pode causar dependência.
• Uso excessivo desse fitoterápico também pode levar a hipocalcemia
(diminuição de cálcio) e hipocalemia (diminuição de potássio), devido
à sua ação diuré&ca.
• INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• Esse fitoterápico potencializa a ação de analgésicos e, quando
administrado com an:coagulantes, inibe a agregação de plaquetas
aumentando o risco de sangramento. Esse fitoterápico pode levar à
hipocalcemia e, consequentemente, à toxicidade da digoxina. O
e:nilestradiol pode potencializar o efeito da cafeína, enquanto que a
cime:dina potencializa seu efeito e também sua toxicidade.
• FORMAS FARMACÊUTICAS
• Cápsulas ou comprimidos contendo extrato seco (250 mg de extrato
padronizado em cafeína).

• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA (DOSE E INTERVALO)


• Oral. Ingerir 2 cápsulas pela manhã e 1 a 2 cápsulas após o almoço. Sua
administração à noite pode causar insônia. A administração desse
fitoterápico deve ser realizada de forma descontinuada.

• TEMPO DE UTILIZAÇÃO
• O tratamento não deve ultrapassar um mês, sendo necessário um período
de duas semanas de interrupção do tratamento antes de seu reinício.

• PRESCRIÇÃO
• Fitoterápico, isento de prescrição médica.
• SUPERDOSAGEM
• Doses excessivas desse fitoterápico podem causar vômitos, cólicas
abdominais, convulsões e arritmias, havendo necessidade de
cuidados intensivos. Deve-se proceder à lavagem gástrica ou emese.
Pode-se administrar carvão aAvado ou sorbitol para retardar a
absorção do fitoterápico. Em caso de administração acima do
recomendado, suspender o uso e manter o paciente sob observação.
• PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS
• Metilxantinas e taninos condensados.
• Farmacológicos
• Várias ações farmacológicas oriundas das me5lxan5nas (cafeína,
teobromina e teofilina) sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) e
cardiovascular foram observadas.
• O mecanismo de ação inclui a inibição da enzima fosfodiesterase
(com aumento das concentrações de AMPc intracelular) e o
antagonismo de adenosina, o que resulta na es5mulação do SNC.
• Produz es5mulação cardíaca (efeito inotrópico e cronotrópico
posi5vo), além de promover vasodilatação periférica e
vasoconstrição craniana.
• Es5mula a musculatura esquelé5ca e o centro da respiração.
• Além disso, aumenta a secreção ácido-gástrica e age como diuré5co
em curto prazo.
Vertigem

• “A ver'gem consiste numa falsa sensação de movimento ou de


rotação ou na impressão de que os objetos se movem ou giram, e
esta situação acompanha-se, habitualmente, de náuseas e de perda
do equilíbrio.”
Ver$gem
ž Sensação de estar girando em torno do ambiente ou vice-
versa. Mais raramente, há a sensação de movimento em báscula
no plano horizontal, de movimento ascendente e descendente
ou ilusão de rotação horária ou anti-horária no plano frontal.

ž Na maioria das vezes, decorre de lesão ou disfunção


unilateral do aparelho vestibular ou da porção vestibular do
VIII nervo craniano

žA vertigem é um sintoma comum em pacientes de todas as


idades

ž Tratamento fitoterápico: Ginkgo biloba


Ginkgo biloba
Ginkgo biloba L.
Ginkgo biloba
• Família
• Ginkgoaceae.

• Nomenclatura popular
• Ginkgo.

• Parte u0lizada/ órgão vegetal Folhas.


• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
• Ver0gem e zumbidos (!nitus) resultantes de distúrbios circulatórios, distúrbios circulatórios
periféricos, como cãimbras.

• CONTRAINDICAÇÕES
• Contraindicado para menores de 12 anos, grávidas e a lactantes e pacientes com histórico
de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes do fitoterápico. Pacientes
com coagulopa0as ou em uso de an0coagulantes e an0agregantes plaquetários devem ser
cuidadosamente monitorados.

• Efeitos colaterais: distúrbios gastrointes0nais, cefaléia.


• EFEITOS ADVERSOS
• Podem ocorrer distúrbios gastrointes1nais, cefaleia e reações
alérgicas cutâneas (hiperemia, edema e prurido).
• Também foram relatados enjoos, palpitações, hemorragias e
hipotensão.
• Casos de hemorragia subaracnoidea, hematoma subdural,
hemorragia intracerebral, hematoma subfrênico, hemorragia vítrea e
sangramento pós-operatório foram relatados em pacientes que
faziam uso de G. biloba isoladamente.
• FORMAS FARMACÊUTICAS
• Capsula e comprimido reves0do contendo o extrato padronizado (extrato
seco das folhas secas) contendo 22–27% de flavonoides glicosilados e 5–7%
de lactonas terpênicas (cons0tuídas por aproximadamente 2,8–3,4% de
gingkolídeos A, B, e C, além de 2,6–3,2% de bilobalídeo). O teor de ácido
ginkgólico é inferior a 5 mg/kg. Soluções para uso oral preparados com o
extrato padronizado.

• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA


• (DOSE E INTERVALO)
• Oral. Extrato seco: 120–240 mg diariamente, divididos em 2 ou 3 doses (40
mg de extrato equivale a 1,4-2,7g de folhas).
• Extrato fluido (1:1): 0,5 mL, 3 vezes ao dia

• PRESCRIÇÃO
• Fitoterápico somente sob prescrição médica.
• PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS
• Flavonoides (derivados da querce1na, kaempferol e isorramne1na) e
terpenolactonas (ginkgolídeos e bilobalídeos)
Ginkgo biloba-mecanismo
• O extrato padronizado de Ginkgo biloba (100 μg/ mL) potencializou o
efeito contrá<l da norepinefrina. Possivelmente, a ação contrá<l
induzida por G. biloba se refere a liberação de catecolaminas de
reservas dos tecidos endógenos, que estaria envolvida com os efeitos
terapêu<cos observados em humanos (por exemplo: melhora da
insuficiência vascular periférica e cerebral).
• Resultados sugerem que G. biloba possui ação musculotrópica similar
à papaverina, sendo que essa a<vidade foi descrita para os
flavonoides querce<na, kaempferol e isorramne<na, isolados de
folhas dessa espécie.
• Estudos in vitro demonstraram que extratos de G. biloba possuem
a<vidade sequestradora de radicais livres e reduzem a
lipoperoxidação oxida<va em microssomas de ratos e de Qgado
humano.
•Próxima aula...
Outras plantas que atuam no Sistema
Nervoso Central
Plantas analgésicas
Papaver somniferum
Cannabis sa'vum
Erythroxylum coca

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