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UNIGRANRIO

TRABALHO

Assunto: Dissertar sobre a atuação da adrenalina, noradrenalina e acetilcolina nas


sinapses neuronais.

Orientador: Newton Almeida Lima Junior

Acadêmicos: Klaus Matheus, Larissa Santos, Letícia Oliveira, Lívia Lemos e Nathália
Lima

RJ,2021
Sinapses
As sinapses neuronais são consideradas como a comunicação entre os neurônios ou como
a comunicação entre os neurônios e os seus órgãos alvo. Como por exemplo, músculos,
gânglios, entre outros. Podendo ocorrer na Axo Dendrítica, Axo Axônica, Axo Somática
e Dendro Dendrítica. Existem dois tipos de sinapses no sistema nervoso, que são as
sinapses elétricas e as sinapses químicas.
As sinapses elétricas ocorrem por impulsos elétricos, através de “junções comunicantes”
ou “GAP Junctions” que fica entre os neurônios e que vão permitir o livre fluxo de íons
para os dois lados da membrana dos neurônios. Ou seja, ela flui nos dois sentidos. Sua
energia elétrica é bem mais rápida que a energia química. Os estímulos podem ocorrer
tanto do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, quanto do neurônio pós-sináptico
para o pré-sináptico. Ou seja, sendo bidirecional.

Nas sinapses químicas as ligações ocorrem através de mediadores químicos, conhecidos


como neurotransmissores. Ao contrário das sinapses elétricas, as sinapses químicas não
tem o contato direto entre os dois neurônios (pré-sináptico e pós-sináptico), sendo ela em
sentido unidirecional. Quando a energia elétrica chega no botão terminal será
transformada em neurotransmissor. Com isso, o neurotransmissor fica guardado dentro
da vesícula sináptica e então, a vesícula sináptica conduz os neurotransmissores. Quando
a vesícula se fundi na membrana pré-sináptica, ela se abre, libera os neurotransmissores
na fenda sináptica e eles se ligam nos receptores do neurônio pós-sináptico.
Neurotransmissores
As substâncias neurotransmissoras são substâncias químicas que servem para comunicar
o neurônio pré-sináptico do neurônio pós-sináptico. Como por exemplo;

 Noradrenalina
 Adrenalina
 Acetilcolina
 outros.

Noradrenalina: Também conhecida como Norepinefrina é um neurotransmissor do


sistema nervoso simpático, produzida na medula da glândula suprarrenal e liberada na
corrente sanguínea. Ela prepara o corpo para momentos de ação. É conhecida com
substância para concentração e alerta. Sendo indicada para controlar a pressão sanguínea
em certos estados hipotensivos agudos, níveis de glicose, outros. Podendo ser usado como
auxiliar no tratamento da parada cardíaca.

Adrenalina: Também conhecida como Epinefrina é um hormônio liberado pelas


glândulas suprarrenais que prepara o organismo para um esforço físico ou mental
produzido em situações de alto estresse e excitatória. É o que nos ajuda quando estamos
com medo e nos prepara para enfrentar o problema. Estimulando o aumento da frequência
cardíaca, contraindo os vasos sanguíneos e aumentando o fluxo sanguíneo para os
músculos e o oxigênio para os pulmões. É uma sobrevivência de luta ou fuga, aumentando
a força física e o estado de alerta para defesa.
Acetilcolina (Ach): É o principal neurotransmissor produzido pelo sistema nervoso
central e periférico, uma molécula simples de caráter excitatório que pode agir tanto em
sinapses neuronais quanto em placas motoras, que enviam sinais para os músculos. A
acetilcolina possui várias funções, uma delas é a vasodilatação, ou seja, dilatação das
veias fazendo com que o sangue corra mais depressa nos vasos sanguíneos. Esse
hormônio está envolvido no pensamento, aprendizado e memória.

Efeitos desses hormônios no dia a dia


A noradrenalina está relacionada com a depressão, pelo qual pode gerar cansaço,
redução da autoestima, sentimentos de culpa, isolamento, pouco apetite, humor
deprimido, falta de concentração e atenção, pessimismo, dificuldade para dormir, entre
outros sintomas. Isso pode acontecer por conta da redução da noradrenalina na fenda
sináptica, fazendo com que ocorra a depressão. Ou seja, pessoas com depressão
possivelmente possuem poucos neurotransmissores de noradrenalina ou outras
monoaminas na fenda sináptica. Vale lembrar que esse hormônio também apresenta
relação em pacientes com o desenvolvimento de mania, onde há o aumento de
noradrenalina.

A adrenalina está muito relacionada com os esportes radicais, podendo gerar sensação
de euforia para enfrentar o medo, desafios e aventuras. Como por exemplo o salto de
paraquedas, onde o nosso organismo detecta o risco e com isso envia sinais para que a
adrenalina seja liberada e os mecanismos de proteção ativados. Esse hormônio também é
produzido em situações de medo, momentos emocionantes, entre outros. A adrenalina
gera vários efeitos, dentre eles temos o aumento dos batimentos cardíacos, pressão
arterial, aceleração do fluxo de sangue para os músculos, ativação do cérebro para alerta,
dilatação da pupila, entre outros sintomas. Sendo utilizada em casos em que o paciente
apresenta choque circulatório, broncoespasmos e outros.
A acetilcolina é um neurotransmissor que está relacionado também com a memória. Ele
pode atuar em várias parte do corpo como um mensageiro entre as células nervosas. Seus
efeitos estão relacionados no sistema cardiovascular, excretor, respiratório, muscular e no
cérebro. Observando esse hormônio na atuação do cérebro, sabemos que o mesmo pode
causar Doença de Alzheimer. Isso ocorre por conta dos níveis baixos de acetilcolina no
cérebro. As enzimas designadas colinesterases destroem a acetilcolina. Se sua ação for
inibida, mais acetilcolina estará disponível para a comunicação entre os neurônios.
Contudo, a ingestão de alimentos ricos em acetilcolina pode prevenir o Alzheimer ou
outras doenças degenerativas.

Síntese dos neurotransmissores


Noradrenalina: O sódio arrasta a tirosina, ela entra no neurônio pré-sináptico por um
transportador de L-aminoácidos aromáticos, sofre ação da enzima (Tirosina Hidroxilase),
sendo transformada em Di hidroxifenilanina-DOPA. Logo em seguida, a dopa sofre ação
de uma enzima chamada Descarboxilase e a mesma se transforma em dopamina, isso
ocorre no citoplasma. Quando a dopamina é sintetizada ela entra na vesícula sináptica
pelo transportador vesicular de monoaminas (TVMA). Na membrana da vesícula a
dopamina encontra uma enzima chamada (Dopamina beta-hidroxilase). Essa enzima
hidroxila a dopamina do carbono beta, transformando a dopamina em noradrenalina. Fica
na vesícula até ser sintetizada. Depois de ser sintetizada ela é liberada na fenda sináptica
podendo se ligar ao receptor pós-sináptico (alfa1, beta1 e beta2), pré-sináptico (alfa2,
autorreceptor) ou podem ser recaptadas pelo VTMA ou oxidadas pela
monoaminahoxidase (MAO).
Adrenalina: A síntese da adrenalina na medula adrenal tem uma outra reação. Na qual a
noradrenalina sofre a ação de uma enzima chamada Feniletanolamina N-Metiltransferase,
onde essa enzima coloca um metil na noradrenalina e tranforma a noradrenalina em
adrenalina.
Acetilcolina: O acetil-CoA pode ser direcionado para vários lugares, e um deles é para
sintetizar acetilcolina no axônio terminal. Para que a acetilcolina tenha seu efeito
hormonal ela precisa está na fenda sináptica. É na fenda que ela é liberada. A acetilcolina
é hidrossolúvel, ou seja, não atravessa a membrana. Ela precisa ser incorporada dentro da
vesícula, onde a vesícula se fundi na membrana do axônio terminal para liberar
acetilcolina na fenda sináptica e depois a acetilcolina desempenha sua resposta ligando-
se no receptor de acetilcolina.

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