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Apg 6
29/02/2024
As vias motoras descendentes são divididas entre trato piramidal e trato extrapiramidal;
Tratos piramidais (diretos):
- Corticoespinhal e corticobulbar;
- Passam pelas pirâmides bulbares e descem até os motoneurônios inferiores na medula espinal;
- Movimentos discretos e detalhados, em especial dos segmentos distais das extremidades (mãos e dedos).
Tratos extrapiramidais:
- Trato rubroespinhal: surge no núcleo rubro do mesencéfalo (ativa flexores e inibe extensores);
- Trato reticuloespinal pontino: surge na ponte (ativação geral);
- Trato reticuloespinal bulbar: surge na formação reticular do bulbo (inibição geral);
- Trato vestibuloespinal: surge no núcleo vestibular (ativa extensores e inibe flexores);
- Trato tectoespinal: surge no colículo superior (controle dos músculos do pescoço).
TRATO CORTICOESPINAL
É a via de saída mais importante do córtex motor;
- Fibras saem do córtex → Cápsula interna (entre núcleo caudado putamen) → Pirâmides bulbares → Cruzamento →
Tratos corticoespinhais laterais da medula → Substância cinzenta da medula
→ Neurônios motores anteriores.
- Algumas fibras não cruzam no bulbo, apenas na medula → Trato corticoespinhal ventral (anterior);
Células de Betz:
- São células piramidais gigantes;
- Fibras encontradas apenas no córtex motor primário;
- Alta velocidade de condução.
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OUTROS TRATOS
TRATO CORTICORRUBRAL:
O núcleo rubro do mesencéfalo recebe grande número de fibras diretas do córtex motor primário;
Formam o trato rubroespinal, que cruza e segue ao lado do corticoespinal;
Serve como rota acessória para transmitir sinais do córtex motor para a medula espinal;
O trato rubroespinhal junto ao corticoespinhal formam o sistema motor lateral da medula;
Anita Almeida Damke 2º PERÍODO DE MEDICNA
Todos os núcleos vestibulares funcionam em associação com os núcleos reticulares pontinos para controlar os
músculos antigravitacionais. Os núcleos vestibulares transmitem fortes sinais excitatórios para os músculos
antigravitacionais por meio dos tratos vestibuloespinhais lateral e medial nas colunas anteriores da medula espinha.
O papel específico dos núcleos vestibulares, entretanto, é controlar seletivamente os sinais excitatórios para os diferentes
músculos antigravitacionais, a fim de manter o equilíbrio em resposta aos sinais do aparelho vestibular.
CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO
↠ O movimento pode ser classificado, em termos gerais, em três categorias: reflexo, voluntário e rítmico
REFLEXO
↠ Os movimentos reflexos são os menos complexos e são integrados principalmente na medula espinal. No entanto,
assim como outros reflexos espinais, os movimentos reflexos podem ser modulados por informações provenientes de
centros encefálicos superiores. Além disso, a aferência sensorial que inicia movimentos reflexos, como a aferência dos
fusos musculares e dos órgãos tendinosos de Golgi, é enviada para o encéfalo e participa na coordenação dos movimentos
voluntários e dos reflexos posturais
↠ Os reflexos posturais nos ajudam a manter a posição do corpo enquanto estamos de pé ou nos movendo. Esses reflexos
são integrados no tronco encefálico. Eles requerem aferência sensorial contínua dos sistemas sensoriais visual e vestibular
(orelha interna) e dos próprios músculos. Os receptores musculares, tendinosos e articulares fornecem informações sobre
a propriocepção, as posições das várias partes do corpo e a relação entre elas.
VOLUNTÁRIO
↠ Os movimentos voluntários são o tipo mais complexo de movimento. Eles exigem integração no córtex cerebral e
podem ser iniciados pela vontade, sem estímulo externo.
↠ Um movimento voluntário aprendido melhora com a prática e, algumas vezes, torna-se automático, como os reflexos
“Memória muscular” é o nome que dançarinos e atletas dão à capacidade do encéfalo inconsciente de reproduzir posições
e movimentos voluntários aprendidos
RÍTIMICOS
↠ Os movimentos rítmicos, como caminhar ou correr, são uma combinação de movimentos reflexos e movimentos
voluntários. Esses movimentos são iniciados e terminados por sinalização oriunda do córtex cerebral, porém, uma vez
ativados, redes de interneurônios do SNC, os geradores centrais de padrão (CPGs, do inglês, central pattern generation),
mantêm a atividade repetitiva
O SNC INTEGRA O MOVIMENTO
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↠ Três níveis do sistema nervoso controlam o movimento: a medula espinal, que integra reflexos espinais e possui os
geradores centrais de padrão; o tronco encefálico e o cerebelo, que controlam os reflexos posturais e os movimentos das
mãos e dos olhos; e o córtex cerebral e os núcleos da base, responsáveis pelos movimentos voluntários
↠ O tálamo retransmite e modifica os sinais que chegam da medula espinal, dos núcleos da base e do cerebelo com
destino ao córtex cerebral
↠ Os movimentos voluntários necessitam da coordenação entre o córtex cerebral, o cerebelo e os núcleos da base. O
controle do movimento voluntário pode ser dividido em três etapas: tomada de decisão e planejamento, iniciação do
movimento e execução do movimento (SILVERTHORN, 7ª ed.). ↠ O córtex cerebral tem um papel-chave nas duas
primeiras etapas. Os comportamentos, como movimentos, necessitam do conhecimento da posição do corpo no espaço
(onde estou?), da decisão sobre qual movimento será executado (o que farei?), de um plano para executar o movimento
(como faço isso?) e da capacidade de manter o plano na memória por tempo suficiente para executá-lo (e agora, o que eu
estava fazendo exatamente?). Assim como nos movimentos reflexos, a retroalimentação sensorial é utilizada para refinar
o processo continuamente.
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ANATOMIA DO CEREBELO
O cerebelo desempenha um papel importante na sincronização das atividades motoras e na progressão rápida e suave de
um movimento muscular para o seguinte. Também ajuda a regular a intensidade da contração do músculo quando a carga
muscular se altera e controla a inter-relação instantânea necessária entre os grupos musculares agonistas e antagonistas
Lóbulo floculonodular:
- Verme: onde fica localizada a maior parte das funções de controle cerebelar, para movimentos musculares do corpo
axial, pescoço, ombros e quadris.
- Zona intermediária: controle das contrações nas partes distais das extremidades superiores e inferiores;
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As grandes porções laterais dos hemisférios cerebelares não têm representações topográficas do corpo. Essas áreas do
cerebelo recebem sinais aferentes quase exclusivamente do córtex cerebral, sobretudo das áreas pré-motoras do córtex
frontal, da área somatossensorial e de outras áreas de associação sensorial do córtex parietal
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Áreas anatômicas e funcionais do cerebelo Anatomicamente, o cerebelo é dividido em três lobos por duas fissuras
profundas, (1) o lobo anterior; (2) o lobo posterior; e (3) o lobo floculonodular. Este último é a porção mais antiga do
cerebelo, a qual se desenvolveu junto com o aparelho vestibular e com ele atua no controle do equilíbrio corpora.
O cerebelo também recebe sinais sensoriais importantes diretamente das partes periféricas do corpo, em especial, por
meio de quatro tratos de cada lado, dois dos quais localizados dorsalmente na medula e dois na parte ventral. Desses, os
dois mais importantes são o trato espinocerebelar dorsal e o trato espinocerebelar ventral. O trato dorsal entra no
cerebelo através do pedúnculo cerebelar inferior e termina no vermis e nas zonas intermediárias do cerebelo no mesmo
lado de sua origem. O trato ventral entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior, mas encerra-se em ambos os
lados do cerebelo. Os sinais transmitidos nos tratos espinocerebelares dorsais vêm principalmente dos fusos musculares
e, em menor extensão, de outros receptores somáticos por todo o corpo. Os tratos espinocerebelares ventrais recebem
muito menos informações dos receptores periféricos. Em vez disso, eles são excitados principalmente por sinais motores
que chegam nos cornos anteriores da medula espinhal provenientes (1) do cérebro através dos tratos corticoespinhal e
rubroespinhal, bem como (2) dos geradores de padrão motor interno na própria medula.
Localizados profundamente na massa cerebelar, em cada lado, estão três núcleos cerebelares profundos – o denteado, o
interpósito e o fastigial. Todos os núcleos cerebelares profundos recebem sinais de duas fontes: (1) o córtex cerebelar; e
(2) os tratos aferentes sensoriais profundos para o cerebelo.
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1. O vestibulocerebelo. Esse nível consiste principalmente nos pequenos lobos cerebelares floculonodulares que se
encontram sob o cerebelo posterior e porções adjacentes do vermis. Ele fornece circuitos neurais para a maioria dos
movimentos associados ao equilíbrio do corpo.
2. O espinocerebelo. Esse nível consiste na maior parte do vermis do cerebelo anterior e posterior mais as zonas
intermediárias adjacentes em ambos os lados do vermis. Ele fornece os circuitos para a coordenação, principalmente, dos
movimentos das porções distais dos membros, em especial, mãos e dedos.
3. O cerebrocerebelo. Esse nível é formado pelas grandes zonas laterais dos hemisférios cerebelares, situadas lateralmente
às zonas intermediárias. Ele recebe virtualmente toda a sua aferência do córtex motor cerebral e dos córtices pré-motor
adjacente e somatossensorial do cérebro. Ele transmite sua informação eferente na direção ascendente de volta para o
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cérebro, funcionando de maneira retroativa com o sistema sensorimotor corticocerebral para planejar movimentos
voluntários sequenciais do corpo e dos membros. Esses movimentos são planejados até décimos de segundo antes dos
movimentos reais. Tal processo é denominado desenvolvimento de “imagens motoras” dos movimentos a serem
realizados
- Os axônios dessas células granulares, então, ascendem até a camada molecular, onde se bifurcam e originam as
fibras paralelas.
- As fibras paralelas das células granulares fazem contato com os dendritos de muitas células de Purkinje.
CAMADA GRANULAR:
- Mais interna;
- Contém células granulares, células de Golgi e glomérulos;
- Nos glomérulos, os axônios das fibras musgosas dos tratos espinocerebelares e pontocerebelares fazem sinapse com os
dendritos das células granulares e de Golgi do tipo II.
CAMADA DE CÉLULAS DE PURKINJE:
- Média;
- Sua estimulação é sempre inibitória.
CAMADA MOLECULAR:
- Mais externa;
- Esses axônios formam fibras paralelas, que fazem sinapse com os dendritos das células de Purkinje, das células em cesto,
das células estreladas externas e das
células de Golgi do tipo II.
- Abaixo dessas camadas corticais estão os núcleos cerebelares profundos, que enviam os sinais de saída para outras
partes do SN.
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FISIOLOGIA CEREBELAR
TRATOS ESPINOCEREBELARES
TRATO ESPINOCEREBELAR DORSAL:
- Chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior;
- Termina no verme e zona intermediária do mesmo lado;
- Todos esses sinais notificam o cerebelo sobre as condições momentâneas:
(1) da contração muscular;
(2) do grau de tensão sobre os tendões musculares;
(3) das posições e velocidades de movimento das diferentes partes do corpo; e
(4) das forças que agem sobre a superfície do corpo.
TRATO ESPINOCEREBELAR VENTRAL:
- Entra pelo pedúnculo cerebelar superior;
- Termina em ambos os lados;
- São excitados, principalmente, por sinais motores que chegam aos cornos anteriores da medula espinal vindos
- (1) do encéfalo pelos tratos corticoespinal e rubroespinal; e
- (2) dos geradores de padrão motor interno, na própria medula.
DISTÚRBIOS CEREBELARES
NÚCLEOS DA BASE
- São núcleos profundos do telencéfalo: núcleo caudado, putamen e globo pálido;
- Núcleos associados: núcleos ventrais anteriores e laterais do tálamo, núcleo subtalâmico do diencéfalo e a substância
negra do mesencéfalo;
- A principal função dos núcleos da base é influenciar o córtex motor, por meio de vias que passam pelo tálamo;
- O papel dos núcleos da base é auxiliar no planejamento e na execução dos movimentos uniformes;
- Os núcleos da base também contribuem para as funções afetivas e cognitivas.
- Quase todas as fibras nervosas motoras e sensoriais que ligam o córtex cerebral e a medula espinal atravessam o espaço
situado entre as principais massas dos gânglios da base, o núcleo caudado e o putâmen. Esse espaço é chamado cápsula
interna.
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↠ Consideram-se como núcleos da base os aglomerados de neurônios existentes na porção basal do cérebro. Sendo assim.
do ponto de vista anatômico, os núcleos da base são: o núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido, em conjunto
chamados de núcleo lentiforme, o claustrom, o corpo amigdaloide, o núcleo accumbens e o núcleo basal de Meynert
↠ O núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido integram o chamado corpo estriado dorsal e os núcleos basal de Meynert
e accumbens integram o corpo estriado ventral
↠ Os núcleos da base exercem um papel importante no controle da postura e dos movimentos voluntários. À diferença de
muitas outras partes do sistema nervoso implicadas no controle motor, os núcleos da base não possuem conexões
aferentes ou eferentes diretas com a medula espinhal.
NÚCLEO CAUDADO
↠ É uma massa alongada e bastante volumosa, de substância cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os
ventrículos laterais. Sua extremidade anterior, muito dilatada. constitui a cabeça do núcleo caudado, que se eleva do
assoalho do corno anterior do ventrículo
↠ Segue-se o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral, a cauda do núcleo
caudado, que é longa, delgada e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do
ventrículo lateral
↠ A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do putâmen. Os dois núcleos são, em conjunto, chamados de
estriado, e têm funções relacionadas sobretudo com a motricidade
NÚCLEO LENTIFORME
↠ Tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Não aparece na superficíe ventricular, situando-se
profundamente no interior do hemisfério. Mediaimente relaciona-se com a cápsula interna que o separa do núcleo
caudado e do tálamo; lateralmente, relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo
claustrum
↠ O núcleo lentiforme é dividido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca O putâmen situa-
se lateralmente e é maior que o globo pálido, o qual se dispõe mediaimente. Nas secções não coradas de cérebro, o globo
pálido tem coloração mais clara que o putâmen (daí o nome), em virtude da presença de fibras mielínicas que o
atravessam
CORPO ESTRIADO
Situa-se lateralmente ao tálamo e é quase totalmente dividido por uma faixa de fibras nervosas, a cápsula interna, nos
núcleos caudado e lentiforme. O termo estriado é usado aqui em virtude do aspecto estriado produzido pelos cordões de
substância cinzenta que atravessam a cápsula interna e conectam o núcleo caudado ao putame do núcleo lentiforme .O
corpo estriado, também chamado corpo estriado dorsal, é constituído pelo núcleo caudado, putâmen e globo pálido. A
esse esquema tradicional do corpo estriado, veio juntar-se, mais recentemente, o conceito de corpo estriado ventral que
apresenta características histológicas e hodológicas bastante semelhantes a seus correspondentes dorsais. Entretanto,
uma diferença é que as estruturas do corpo estriado ventral pertencem ao sistema límbico, e participam da regulação do
comportamento emocional. O estriado ventral tem como principal componente o núcleo accumbens
CLAUSTRUM
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↠ É uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se daquele
por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustrum e o núcleo lentiforme existe outra lâmina branca, a
cápsula externa
↠ O claustrum tem conexões recíprocas com praticamente todas as áreas corticais, mas sua função é ainda enigmática
existindo várias hipóteses sobre seu funcionamento
NÚCLEO ACCUMBENS
↠ Massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado, integrando
conjunto que alguns autores chamam de corpo estriado ventral. E uma importante área de prazer do cérebro
↠ Recebe aferências dopaminérgicas principalmente da área tegmentar ventral do mesencéfalo, e projeta eferências para
a parte orbitofrontal da área pré-frontal. O núcleo accumbens é o mais importante componente do sistema mesolímbico,
que é o sistema de recompensa ou do prazer do cérebro
↠ O grupo corticomedial recebe conexões olfatórias e parece estar envolvido com os comportamentos sexuais. O grupo
basolateral recebe a maioria das conexões aferentes da amígdala e o central dá origem às conexões eferentes
↠ A amígdala é a estrutura subcortical com maior número de projeções do sistema nervoso, com cerca de 14 conexões
aferentes e 20 eferentes
↠ Possui conexões aferentes com todas as áreas de associação secundárias do córtex, trazendo informações sensoriais já
processadas, além das informações das áreas supramodais. Recebe, também, aferências de alguns núcleos hipotalâmicos,
do núcleo dorsomedial do tálamo, dos núcleos septais e do núcleo do trato solitário
↠ As conexões eferentes se distribuem em duas vias. A via amigdalofuga dorsal que, através da estria terminal, projeta-se
para os núcleos septais, núcleo accumbens, vários núcleos hipotalâmicos e núcleos da habênula. E a via amigdalofuga
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ventral que projeta-se para as mesmas áreas corticais, talâmicas e hipotalâmicas de origem das fibras aferentes, além do
núcleo basal de Meynert
↠ Do ponto de vista neuroquímico, a amígdala tem grande diversidade de neurotransmissores, tendo sido demonstrada
nela a presença de acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P e encefalinas
↠ A grande complexidade estrutural e neuroquímica da amígdala está de acordo com a complexidade de suas funções. É a
principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional ,
FUNÇÕES DA AMÍGDALA
↠ A estimulação dos núcleos do grupo basolateral da amígdala causa reações de medo e fuga. A estimulação dos núcleos
do grupo corticomedial causa reação defensiva e agressiva
↠ O comportamento de ataque agressivo pode ser desencadeado com estimulação da amígdala, mas também do
hipotálamo
↠ A amígdala contém a maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC. Sua estimulação reproduz
uma variedade de comportamentos sexuais e sua lesão provoca hipersexualidade
↠ Entretanto, a principal e mais conhecida função da amígdala é o processamento do medo. Pacientes com lesões
bilaterais da amígdala não sentem medo, mesmo em situações de perigo óbvio, como a presença de uma cobra venenosa
NÚCLEO BASAL DE MEYNERT
↠ O principal componente do prosencéfalo basal é o núcleo basal de Meynert, que provê grande parte das projeções colinérgicas
para o encéfalo sendo um dos componentes do sistema ativador ascendente
CONEXÕES E CIRCUITOS
↠ Ao contrário dos outros componentes do sistema motor, o corpo estriado não tem conexões aferentes ou eferentes diretas com
a medula suas funções são exercidas por circuitos nos quais áreas corticais de funções diferentes projetam-se para áreas específicas
do corpo estriado que, por sua vez, liga-se ao tálamo e, através deste, às áreas corticais de origem. Fecham-se, assim, os circuitos
em alça corticoestriado-talamocorticais, dos quais já foram identificados cinco tipos, a saber:
• Circuito motor: começa nas áreas motora e somestésica do córtex e participa da regulação da motricidade voluntária.
↠ Origina-se nas áreas motoras do córtex e na área somestésica e projeta-se para o putâmen de maneira somatotópica, ou seja,
para cada região do córtex há uma região correspondente no putâmen. A partir do putâmen, o circuito motor pode seguir por duas
vias, direta e indireta 10
↠ Na via direta, a conexão do putâmen se faz diretamente com o pálido medial e deste para os núcleos ventral anterior (VA) e
ventral lateral (VL) do tálamo de onde se projetam para as mesmas áreas motoras de origem
↠ Já na via indireta a conexão é com o pálido lateral que, por sua vez, projeta-se para o núcleo subtalâmico e deste para o pálido
medial. Do pálido medial, seguido do tálamo e córtex como na via direta
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↠ Ligado ao circuito motor há um circuito subsidiário, no qual o putâmen mantém conexões recíprocas com a substância
negra. Este circuito é importante porque as fibras nigroestriatais são dopaminérgicas e exercem ação modulatória sobre o
circuito motor. Esta ação é excitatória na via direta e inibitória na via indireta. O fato do mesmo neurotransmissor,
dopamina, ter ações diferentes explicase pelo fato de que no putâmen existem dois tipos de receptores de dopamina, Dl
excitador e D2 inibidor (MACHADO, 3ª ed.). ↠ Vejamos como o circuito funciona. Nas duas vias o pálido medial mantém
uma inibição permanente dos dois núcleos talâmicos resultando em inibição das áreas motoras do córtex. Na via direta o
putâmen inibe o pálido medial, cessa a inibição deste sobre o tálamo resultando ativação do córtex e facilitação dos
movimentos. Na via indireta ocorre o oposto. A projeção excitatória do núcleo subtalâmico sobre o pálido medial aumenta
a inibição deste sobre os núcleos talâmicos resultando em inibição do córtex e dos movimentos
↠ A ação excitatória das fibras dopaminérgicas nigroestriatais sobre o putâmen também inibe o pálido medial, com efeito
semelhante ao de via direta, ou seja, há ativação dos núcleos talâmicos, resultando ativação do córtex motor, com
facilitação dos movimentos
. • Circuito oculomotor: começa e termina no campo ocular motor e está relacionado aos movimentos oculares;
• Circuito pré-frontal dorsolateral: começa na parte dorsolateral da área pré-frontal. Projeta-se para o núcleo caudado, daí
para o globo pálido, núcleo dorsomedial do tálamo e volta ao córtex pré-frontal. Suas funções são aquelas atribuídas a esta
porção da área pré-frontal;
• Circuito pré-frontal orbitofrontal: começa e termina na parte orbitofrontal da área pré-frontal e tem o mesmo trajeto do
circuito pré-frontal dorsolateral. Tem as mesmas funções da área pré-frontal orbitofrontal, ou seja, manutenção da
atenção e supressão de comportamentos socialmente indesejáveis
• Circuito límbico: origina-se nas áreas neocorticais do sistema límbico, em especial a parte anterior do giro do cíngulo,
projeta-se para o estriado ventral em especial o núcleo accumbens, daí para o núcleo anterior do tálamo. Este circuito está
relacionado com processamento das emoções
EXTRA - PATOLOGIA
A destruição aleatória de porções dos núcleos da base não parece afetar os animais experimentais.
Entretanto, a pesquisa sobre a doença de Parkinson (Parkinsonismo) em seres humanos tem sido mais
frutífera. Estudando pacientes com doença de Parkinson, os cientistas têm aprendido que os núcleos da
base possuem um papel tanto na função cognitiva e na memória quanto na coordenação do movimento A
doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo caracterizado por movimentos anormais,
dificuldades na fala e alterações cognitivas. Esses sinais e sintomas estão associados com perda de
neurônios dos núcleos da base que liberam o neurotransmissor dopamina. Um sinal anormal que a
maioria dos pacientes com Parkinson apresenta é tremores nas mãos, nos braços e nas pernas,
sobretudo em repous.
O ouvido interno é dividido em labirinto anterior e posterior. O labirinto posterior é composto por dois sistemas de cavidades
ósseas: os canais semicirculares e o vestíbulo. Localiza-se no osso temporal e contém em seu interior o labirinto membranoso. O
aparelho vestibular funciona continuamente, inclusive durante o sono, de forma inconsciente. A assimetria da resposta
labiríntica, seja pela estimulação excessiva ou pela hipoestimulação, leva a vertigem, nistagmo e reflexo vagal que são
sensações conscientes.
Funções do labirinto Vestibular:
1) Transformar as forças provocadas pela aceleração da cabeça e da gravidade em um sinal biológico.
2) Informar os centros nervosos sobre a velocidade da cabeça e sua posição no espaço.
3) Iniciar alguns reflexos necessários para a estabilização do olhar, da cabeça e do corpo. Todas essas funções são
importantes para o equilíbrio (capacidade de manter a postura apesar de circunstâncias adversas). Além do aparelho
vestibular periférico, o equilíbrio é também determinado pelos olhos, com sua percepção das relações espaciais, pelos
interoceptores (músculos, tendões, articulações, vísceras,...) e pelos esteroceptores da pele.
FISIOPATOLOGIA
O ouvido é dividido em 3 partes (Figura 1): orelha externa (aurícula, canal auditivo externo e membrana timpânica),
orelha média (cavidade de ligação) e orelha interna (cóclea e sistema vestibular). A cóclea é o órgão em forma de caracol
que transduz ondas de pressão sonoras em impulsos para o 8º nervo.
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O sistema vestibular, por sua vez, tem 5 órgãos terminais (3 canais semicirculares, 1 utrículo e 1 sáculo). Os canais
semicirculares (Figura 2) percebem aceleração angular em seu respectivo plano. O utrículo e o sáculo percebem a
aceleração linear e a posição da cabeça. Os nervos vestibulares se unem ao nervo coclear, consistindo em aferentes
auditivos, para formar o nervo vestibulococlear, ou 8º nervo craniano. A partir disso, o nervo faz projeção aos núcleos
coclear e vestibular e finalmente ao córtex auditivo e ao vestibular.
Perda auditiva, zumbidos ou vertigem podem ocorrer em consequência de lesões a estruturas ao longo dessas
vias. O sistema vestibular é responsável pela manutenção do equilíbrio e propriocepção. Ele abrange o
componente periférico (aparelho vestibular da orelha interna); o 8º nervo craniano (vestibulococlear), responsável pela
condução de sinais entre o aparelho vestibular e o componente central (núcleos vestibulares no tronco cerebral e no
cerebelo).
Percepção de estabilidade, movimento e orientação da gravidade se originam no aparelho vestibular, que
consiste em 3 canais semicirculares e 2 órgãos otolíticos (sáculo e utrículo). O movimento rotatório causa
fluxo de endolinfa no canal semicircular orientado no plano do movimento. As informações de posição e movimento
são transmitidas através do nervo vestibular para os núcleos vestibulares. A partir destes saem comunicações para núcleos
óculo-motores (III, IV e VI); vestíbulo-cerebelo (flóculo e nódulo); tratos vestíbulo-espinais lateral e medial; tálamo e
córtex.
Em condições normais, estímulos contínuos e iguais são disparados de ambos os labirintos vestibulares, mudando sua
intensidade dependendo dos movimentos corporais. No caso do estímulo ocular, o reflexo vestibulocular (VOR) permite
que o olho se mantenha fixo no alvo mesmo sob movimento. Alteração em qualquer um dos componentes dessas via leva a
um desbalanço nesse sistema, preponderando os estímulos de um lado sobre o outro, ocasionando a sensação de
movimento característica da vertigem
recebida influencia na resposta motora. A disposição dos canais do aparelho vestibular permite que eles recebam
informações dos três planos dos movimentos da cabeça no espaço. Quando a cabeça movimenta-se, o líquido e os otólitos
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presentes, respectivamente, nos canais circulares e órgãos otolíticos também movimentam-se, pressionando e
As células sensoriais, então estimuladas, enviam mensagens ao sistema nervoso sobre as mudanças de posição do
corpo e, diante disso, o sistema nervoso envia uma resposta para que os músculos ajustem a postura do corpo,
As labirintopatias são doenças que afetam o labirinto e podem causar tonturas, enjoos, dor de cabeça, entre outros
sintomas. A labirintopatia mais conhecida é a labirintite. As causas dessas doenças são diversas, por isso, aparecendo
alguns desses sintomas, um médico deverá ser consultado para realizar o diagnóstico e encaminhar para o tratamento
necessário.
O sistema vestibular em ações conjuntas com os olhos, percepção tátil e músculos e articulações informam ao cérebro
sobre a posicionamento e deslocamento do corpo. O sistema vestibular atua para informar o cérebro sobre mudanças de
aceleração, velocidade, gravidade e posição da cabeça, sendo desencadeados alguns reflexos, quando necessários, para a
estabilização do olhar, da cabeça e do corpo. As informações recebidas e trabalhadas de forma inconsciente pelo sistema
nervoso central nos permitem identificar em quais posições nós estamos em relação ao nosso ambiente, por exemplo se o
corpo está em pé, inclinado, deitado, de lado, com braços erguidos, com pernas esticadas, etc.
Quando as informações geradas pelos órgãos e sentidos são enviadas ao cérebro e não estão coerentes pode ocorrer a
sensação de desequilíbrio e vertigem ou tontura. Um exemplo prático ocorre quando estamos parados em um carro em
movimento e vimos as paisagens passarem rapidamente pela janela, as informações conflitantes enviadas ao cérebro
podem levar à tontura, neste caso chamada de cinetose.
Entre as doenças do ouvido que geram vertigem à mais comum é a VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna).
Pequenas partículas de cálcio (otólitos) se deslocam pelo sistema vestibular causando a falsa sensação de que a pessoa que
sofre de VPPB está em movimento ou o ambiente está se deslocando. Além da vertigem, a VPPB pode causar movimentos
rápidos e involuntários dos olhos (nistagmo), náuseas, instabilidade e perda de equilíbrio, gerando o risco de queda. A
Labirintite ou Neurite Vestibular é a inflamação do labirinto ou do ramo vestibular do nervo auditivo e não é tão frequente
quanto à VPPB. Outra doença que pode causar tontura é a Doença de Ménière, leia mais sobre esse transtorno que
ocorre no ouvido interno aqui.
A vertigem ou tontura pode ser sintoma de diversas doenças, não só as relacionadas ao ouvido. Doenças cardíacas,
alterações metabólicas e hormonais, entre outras podem gerar tontura. Por isso um médico sempre deve ser consultado
para o tratamento adequado.
VERTIGEM E NISTAGMO
A vertigem e o nistagmo são os sintomas vestibulares mais comuns e estão pre- sentes na maior parte das vestibulopatias.
A vertigem é a sensação de rotação, seja do ambiente ou do próprio corpo, decorrente de um desequilíbrio ou assimetria
do tônus entre os vestíbulos direito e esquerdo. Algumas características auxiliam na distinção entre vertigem central e
vertigem periférica.
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O nistagmo, por sua vez, é o movimento involuntário e repetitivo do globo ocular, sendo a manifestação clínica da
assimetria de tônus entre a musculatura ocular extrínseca, que é mantida pelo sistema vestibular. O nistagmo pode ser
horizontal, vertical ou rotatório, mas pode apresentar dois componentes, sendo, por exemplo, horizonto-rotatório.
fixação ocular. Além disso, ele tem uma fase lenta (de
náuseas.
• Semiespontânea, observando o paciente enquanto ele olha 30o para direita, para esquerda, para cima e para baixo
É essencial que pacientes com vertigem ou nistagmo tenham seu equilíbrio avaliado. O equilíbrio estático pode ser
avaliado por meio do teste de Romberg, em que o paciente é colocado em posição ortostática, com pés juntos e braços
pendentes ( e se observa se ele apresenta tendência de cair para um lado ou para o outro;
Quando o paciente tem uma lesão periférica (do labirinto) ele tende a cair para o lado do labirinto comprometido. No caso
de lesões centrais, a tendência é que a queda ocorra para frente ou para trás.
Já o equilíbrio dinâmico é avaliado por meio da observação da marcha do paciente em linha reta. A marcha atáxica ou
espástica indica alguma lesão central, enquanto desvios da linha reta indicam alguma lesão vestibular. Entretanto, só são
Vestibulopatias
Se o quadro já é crônico e compensado, faz-se necessária a sensibilização através do teste de Fukuda, em que se solicita ao
paciente para andar em linha reta com os olhos fechados. Neste teste, um desvio maior que 45o ou um deslocamento
maior que um metro da linha reta almejada denota o comprometimento do labirintode mesmo lado. ou qualquer
oscilação. Este teste pode também ser sensibilizado ao solicitar que o paciente ponha um pé a frente do outro.