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ATIVIDADE DE REVISÃO

1. Descreva a organização da medula espinhal, explicando a interação entre neurônios


sensoriais e motores em um reflexo.
 A medula espinhal é uma estrutura cilíndrica localizada dentro da coluna vertebral.
 É composta por substância cinzenta e substância branca.
 A substância cinzenta contém corpos celulares de neurônios e é responsável pelo
processamento de informações sensoriais e controle motor.
 A substância branca circunda a substância cinzenta e é composta por axônios mielinizados
organizados em tratos ascendentes e descendentes.
 A interação entre neurônios sensoriais e motores em um reflexo ocorre principalmente na
substância cinzenta.
 Um estímulo sensorial é detectado por receptores proprioceptores nos músculos e tendões.
 Os impulsos sensoriais são transmitidos por neurônios sensoriais ou fibras aferentes.
 Os neurônios sensoriais sinaptam com neurônios motores na substância cinzenta da medula
espinhal, formando um arco reflexo.
 Os neurônios motores ou fibras eferentes deixam a medula espinhal e se conectam aos
músculos efetores.
 A ativação dos neurônios motores causa a contração muscular e gera uma resposta reflexa
involuntária.
 A interação entre neurônios sensoriais e motores em um reflexo ocorre na medula espinhal,
sem envolvimento consciente do cérebro.
 A organização da medula espinhal permite o processamento eficiente de informações
sensoriais e a geração de respostas motoras adequadas.

2. Explique o papel do fuso muscular no reflexo de estiramento


 O fuso muscular é um receptor sensorial especializado localizado nos músculos.
 Ele é composto por fibras musculares intrafusais.
 O fuso muscular detecta mudanças no comprimento e na taxa de variação do comprimento
muscular.
 O fuso muscular possui receptores sensoriais chamados órgãos tendinosos de Golgi e fusos
neuromusculares.
 O estiramento rápido de um músculo leva ao aumento do comprimento das fibras intrafusais
do fuso muscular.
 O estiramento muscular ativa as fibras sensoriais (fibras Ia) do fuso neuromuscular.
 Os sinais aferentes das fibras Ia são enviados para a medula espinhal.
 Os sinais aferentes do fuso neuromuscular sinaptam com neurônios motores do mesmo
músculo.
 Os neurônios motores (fibras eferentes) estimulam as fibras musculares extrafusais para
gerar uma contração muscular.
 O reflexo de estiramento é uma resposta automática que visa restaurar o comprimento
muscular inicial e manter a estabilidade e o equilíbrio corporal.
3. Explique a ação dos núcleos reticulares e bulbares na sustentação do corpo contra a
gravidade.
 Os núcleos reticulares estão localizados na formação reticular, uma rede de células nervosas
no tronco cerebral.
 Esses núcleos têm a função de regular o tônus muscular e manter a postura corporal.
 Os núcleos reticulares podem desempenhar um papel na sustentação do corpo contra a
gravidade, influenciando a atividade dos músculos extensores e flexores.
 Eles podem enviar sinais excitatórios ou inibitórios para os neurônios motores que inervam
esses músculos.
 Os núcleos bulbares, localizados no bulbo, também podem estar envolvidos na sustentação
do corpo contra a gravidade.
 Os núcleos bulbares desempenham um papel no controle motor e na regulação das funções
autônomas.
 Eles podem modular a atividade muscular para auxiliar na postura e sustentação contra a
gravidade.
 A sustentação do corpo contra a gravidade envolve a integração de diferentes sistemas do
corpo, como o sistema nervoso, o sistema musculoesquelético e os órgãos sensoriais.

4. Explique o controle cortical da função motora.


 O controle cortical da função motora envolve a influência do córtex cerebral no planejamento,
execução e coordenação dos movimentos voluntários.
 A região primária do córtex motor está localizada no lobo frontal do cérebro, conhecida como
córtex motor primário ou córtex motor pré-central.
 O córtex motor recebe informações de outras regiões do cérebro, como o córtex pré-frontal
envolvido no planejamento e tomada de decisões, e o córtex somatossensorial responsável
por receber informações sensoriais do corpo.
 A atividade do córtex motor é organizada de acordo com a representação somatotópica,
onde diferentes partes do corpo são representadas em áreas específicas do córtex motor.
 O córtex motor envia comandos motores para os músculos por meio de vias descendentes,
como o trato corticoespinal.
 Essas vias descendentes transmitem os sinais motores do córtex para os neurônios motores
na medula espinhal, que inervam os músculos esqueléticos.
 O córtex motor também desempenha um papel na coordenação de movimentos complexos,
como a execução de tarefas motoras finas e a integração de diferentes grupos musculares
para realizar movimentos suaves e precisos.
 O controle cortical da função motora é essencial para o desempenho de movimentos
voluntários e a realização de tarefas motoras precisas e coordenadas. O córtex motor integra
informações sensoriais e envia comandos motores para os músculos, permitindo que o corpo
execute uma ampla variedade de movimentos e interaja com o ambiente de maneira eficaz.

5. Diferencie a função das vias descendentes do trato corticoespinhal ventral e lateral.


Trato Corticoespinal Ventral:

 Origina-se nas células piramidais do córtex motor primário (área 4) e do córtex pré-motor.
 Controla movimentos distais e axiais do corpo, como os movimentos das mãos, dedos e
movimentos do tronco.
 Inerva principalmente os neurônios motores alfa, que inervam diretamente os músculos
esqueléticos.
 Cruza a linha média da medula espinhal no nível do tronco encefálico, formando as
pirâmides bulbares.
 Após a cruzamento, os axônios descem pela coluna ventral da medula espinhal.

Trato Corticoespinal Lateral:

 Origina-se nas células piramidais do córtex motor primário (área 4) e do córtex pré-motor.
 Controla movimentos finos e precisos dos músculos distais do corpo, como os movimentos
das mãos e dedos.
 Envolvido no controle de movimentos voluntários complexos, como fala e manipulação de
objetos.
 Cruza a linha média da medula espinhal em um ponto mais caudal do que o trato
corticoespinal ventral.
 Após a cruzamento, os axônios descem pela coluna lateral da medula espinhal.

Diferenças:

 O trato corticoespinal ventral controla movimentos distais e axiais, enquanto o trato


corticoespinal lateral controla movimentos finos e precisos dos músculos distais.
 O trato corticoespinal ventral inerva principalmente neurônios motores alfa, enquanto o trato
corticoespinal lateral também está envolvido no controle de movimentos voluntários
complexos.
 Os dois tratos cruzam a linha média da medula espinhal em diferentes pontos: o trato
corticoespinal ventral cruza no nível do tronco encefálico, formando as pirâmides bulbares, e
o trato corticoespinal lateral cruza em um ponto mais caudal.
 Os axônios dos dois tratos descem por diferentes colunas da medula espinhal: o trato
corticoespinal ventral desce pela coluna ventral, enquanto o trato corticoespinal lateral desce
pela coluna lateral.

6. João sofre um acidente automobilístico que atinge o seu cerebelo. Como sequela, nota-se
que João perdeu capacidade de equilíbrio e controle dos movimentos oculares. Explique
qual área do cerebelo foi afetada.
7. Explique e diferencie a ação das fibras musgosas e trepadeiras no funcionamento cerebelar
no controle do movimento.
Fibras Musgosas:

 Origem: Têm origem em diferentes regiões do sistema nervoso central, como núcleos pontinos,
colículos superiores e medula espinhal.
 Função: Fornecem informações sensoriais brutas ao cerebelo, transmitindo sinais relacionados
a movimentos voluntários, propriocepção e equilíbrio.
 Sinapses: Fazem sinapses com células granulares no córtex cerebelar.
 Papel: Permitem ao cerebelo avaliar a discrepância entre a intenção motora e a execução real
do movimento.
Fibras Trepadeiras:

 Origem: Têm origem nos núcleos olivares inferiores, localizados no bulbo.


 Função: Transmitem informações corretivas e de ajuste fino ao cerebelo.
 Sinapses: Fazem sinapses diretas com as células de Purkinje no córtex cerebelar.
 Papel: Estão envolvidas no monitoramento e na detecção de erros nos movimentos, permitindo
ao cerebelo fazer ajustes precisos para melhorar a qualidade do movimento.

Diferenças:

 Origem: As fibras musgosas originam-se em várias regiões do sistema nervoso central,


enquanto as fibras trepadeiras têm origem nos núcleos olivares inferiores no bulbo.
 Função: As fibras musgosas fornecem informações sensoriais brutas, enquanto as fibras
trepadeiras transmitem informações corretivas e de ajuste fino.
 Sinapses: As fibras musgosas fazem sinapses com células granulares, que transmitem
informações para as células de Purkinje no córtex cerebelar, enquanto as fibras trepadeiras
fazem sinapses diretas com as células de Purkinje.
 Papel: As fibras musgosas permitem ao cerebelo avaliar a discrepância entre a intenção motora
e a execução real do movimento, enquanto as fibras trepadeiras estão envolvidas no
monitoramento e ajuste fino dos movimentos.

8. Explique como os núcleos da base controlam a atividade talâmica.


 Os núcleos da base, incluindo o estriado (composto pelo núcleo caudado e putâmen), o globo
pálido, a substância negra e o núcleo subtalâmico, têm uma organização complexa e
interconexões intricadas.
 O córtex cerebral envia sinais excitatórios para o estriado, que atua como uma interface entre o
córtex e os outros núcleos da base.
 O estriado recebe informações do córtex cerebral e de outras estruturas relacionadas ao
movimento, como o cerebelo, e integra esses sinais para iniciar ou inibir ações motoras
específicas.
 O estriado também envia sinais inibitórios para os núcleos do globo pálido interno e da
substância negra pars reticulata.
 Os núcleos do globo pálido interno e da substância negra pars reticulata são os principais
componentes inibitórios dos núcleos da base e inibem a atividade dos núcleos talâmicos.
 A inibição dos núcleos talâmicos pelo globo pálido interno e pela substância negra pars
reticulata resulta na supressão da saída do tálamo para o córtex.
 A redução na atividade talâmica influenciada pelos núcleos da base modula o fluxo de
informações sensoriais e motoras que chegam ao córtex cerebral, afetando a geração e o
controle dos movimentos.
 Além disso, os núcleos da base também se conectam ao tálamo por meio do núcleo
subtalâmico, que exerce influência excitatória nos núcleos talâmicos.
 A ativação do núcleo subtalâmico pode aumentar a atividade talâmica e facilitar a transmissão
de informações para o córtex.
 Os circuitos de laços fechados envolvendo os núcleos da base, o córtex cerebral e o tálamo
permitem a regulação fina e precisa dos movimentos voluntários.
Em resumo, os núcleos da base controlam a atividade talâmica por meio de circuitos de laços fechados
que envolvem o estriado, o globo pálido, a substância negra e o núcleo subtalâmico. Esses circuitos
modulam a atividade talâmica, afetando a geração e o controle dos movimentos voluntários.

9. Diferencie a titina da nebulina, citando as ações de cada uma.

Titina:

 É a maior proteína conhecida no corpo humano e está presente nas fibras musculares estriadas.
 Função estrutural: A titina atua como uma "régua molecular", estendendo-se desde a linha Z até
a banda M no sarcômero (a unidade contrátil do músculo).
 Estabilização do sarcômero: A titina desempenha um papel fundamental na manutenção do
comprimento adequado do sarcômero e no posicionamento das estruturas contráteis dentro da
fibra muscular.
 Elasticidade: Devido à sua estrutura elástica, a titina permite que o músculo estique e se retraia,
fornecendo resistência passiva ao estiramento e contribuindo para a recuperação elástica do
músculo.
 Regulação da força muscular: A titina está envolvida na regulação da força muscular passiva,
influenciando a resistência oferecida pelo músculo ao alongamento.

Nebulina:

 É uma proteína estrutural encontrada nas fibras musculares estriadas.


 Função estrutural: A nebulina é responsável por organizar e alinhar as moléculas de actina nas
regiões centrais do sarcômero.
 Regulação do comprimento da filamento fino: A nebulina regula o comprimento do filamento fino
(constituído por moléculas de actina) dentro do sarcômero, determinando a extensão máxima
que a molécula de miosina pode se sobrepor a ela.
 Estabilização do sarcômero: A nebulina ajuda a estabilizar a estrutura do sarcômero,
contribuindo para a organização precisa das proteínas contráteis.

10. Descreva todo o processo da contração muscular, desde o repouso até o desaclopamento da
actina e miosina.
1. Repouso:
 Antes da contração muscular, os músculos estão relaxados e em repouso.
 O sarcômero, a unidade contrátil do músculo, está em seu comprimento máximo.
2. Estímulo para Contração:
 Um estímulo nervoso é transmitido do sistema nervoso central para o músculo através de uma
junção neuromuscular (placa motora).
 A acetilcolina é liberada na fenda sináptica, ativando os receptores de acetilcolina na membrana
muscular.
 Isso gera um impulso elétrico (potencial de ação) que se propaga pela membrana do músculo e
penetra nos túbulos transversos.
3. Liberação de Íons Cálcio:
 O potencial de ação nos túbulos transversos provoca a liberação de íons cálcio (Ca2+) dos
cisternas do retículo sarcoplasmático, uma estrutura de armazenamento de cálcio dentro da
célula muscular.
 O cálcio liga-se à troponina, uma proteína encontrada nos filamentos finos (actina) do
sarcômero.
4. Acoplamento Excitação-Contração:
 A ligação do cálcio à troponina causa uma mudança conformacional na troponina, permitindo
que a tropomiosina se mova e exponha os sítios de ligação da actina.
5. Formação do Complexo Actina-Miosina:
 As cabeças das moléculas de miosina se ligam aos sítios de ligação expostos na actina,
formando o complexo de actina-miosina.
6. Ciclo de Ponte Cruzada:
 A hidrólise de ATP na cabeça da miosina permite a liberação de energia necessária para o
movimento da cabeça de miosina.
 A cabeça da miosina se inclina, puxando o filamento de actina em direção ao centro do
sarcômero (encurtamento).
 Esse movimento é conhecido como "curso do poder" da miosina.
 A energia liberada é armazenada na forma de um novo complexo ATP-miosina.
7. Contração Muscular:
 Os ciclos de ponte cruzada se repetem, puxando a actina em direção ao centro do sarcômero.
 Essa ação resulta no encurtamento dos sarcômeros e, por sua vez, no encurtamento do
músculo como um todo.
 Durante a contração, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de miosina,
permitindo a redução do comprimento do sarcômero.
8. Desacoplamento da Actina e Miosina:
 Quando o estímulo nervoso cessa, a liberação de cálcio é interrompida.
 O cálcio é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático.
 A troponina retorna à sua conformação original, bloqueando os sítios de ligação na actina.
 A cabeça da miosina libera o ADP e um novo ATP se liga à cabeça da miosina.
 A separação da actina e miosina ocorre, e os filamentos deslizam de volta à posição de repouso.
9. Relaxamento Muscular:
 Com a interrupção do estímulo nervoso e a retirada do cálcio, a musculatura relaxa e retorna ao
seu estado de repouso inicial.
 Os filamentos de actina e miosina se separam completamente, retornando ao comprimento
máximo do sarcômero.

11. Explique o papel do sistema nervoso autônomo e o diferencie do sistema nervoso motor.
Papel do Sistema Nervoso Autônomo (SNA):

 O sistema nervoso autônomo é responsável por regular e controlar as funções involuntárias do


corpo, como a frequência cardíaca, pressão arterial, respiração, digestão e outras atividades
viscerais.
 Ele atua de forma automática e inconsciente, ajustando a atividade dos órgãos internos para
manter o equilíbrio homeostático.
 O SNA tem duas divisões principais: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso
parassimpático.
 O sistema nervoso simpático é ativado em situações de estresse, emergência ou excitação,
preparando o corpo para a ação ("luta ou fuga").
 O sistema nervoso parassimpático é ativado em situações de relaxamento, descanso e digestão,
promovendo a conservação de energia e a recuperação.

Diferenças entre o Sistema Nervoso Autônomo e o Sistema Nervoso Motor:


Sistema Nervoso Autônomo (SNA):

 Controla as funções involuntárias do corpo.


 Atua automaticamente e inconscientemente.
 Regula as atividades viscerais e mantém o equilíbrio homeostático.
 Dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.
 Ativado em resposta a estímulos emocionais, estresse e necessidades metabólicas.

Sistema Nervoso Motor:

 Controla as funções motoras voluntárias do corpo.


 Atua de forma consciente e voluntária.
 Responsável pela execução de movimentos voluntários e habilidades motoras.
 Composto pelo córtex motor, tratos corticoespinais e neurônios motores.
 Ativado pela intenção e vontade do indivíduo de realizar ações específicas.

12. Durante uma atividade física, como mecanismo de tentar controlar nossa temperatura
interna, nosso corpo aumenta a produção de suor. Explique o papel do sistema nervoso
autônomo neste processo.
 Durante a atividade física, o corpo gera calor como resultado do metabolismo energético e da
contração muscular.
 O aumento da temperatura corporal é detectado pelos termorreceptores localizados na pele e
em órgãos internos.
 Esses termorreceptores enviam sinais para o hipotálamo, uma região do cérebro responsável
pelo controle da temperatura corporal.
 O hipotálamo atua como um centro de controle e desencadeia uma resposta para dissipar o
excesso de calor e resfriar o corpo.
 O sistema nervoso autônomo, especificamente o sistema nervoso simpático, é ativado para
iniciar a resposta de produção de suor.
 Os neurônios simpáticos do sistema nervoso autônomo transmitem sinais para as glândulas
sudoríparas, localizadas na pele.
 Esses sinais estimulam as glândulas sudoríparas a secretar o suor, que é composto
principalmente por água e eletrólitos.
 À medida que o suor evapora da superfície da pele, ele absorve calor do corpo, causando
resfriamento e ajudando a regular a temperatura interna.
 Além da produção de suor, o sistema nervoso autônomo também pode atuar na dilatação dos
vasos sanguíneos na pele, permitindo um aumento do fluxo sanguíneo para a superfície da pele,
o que também contribui para o resfriamento do corpo.
 Após a redução da temperatura corporal para um nível adequado, o hipotálamo interrompe os
sinais para a produção de suor e o sistema nervoso autônomo retorna ao seu estado de
repouso.

13. Explique a fototransdução nos bastonetes.


 A luz é absorvida pelos bastonetes na retina.
 O pigmento rodopsina nos bastonetes passa por isomerização, convertendo o 11-cis-retinal em
tudo-trans-retinal.
 A isomerização ativa a proteína G chamada transducina.
 A transducina se liga à fosfodiesterase, uma enzima que quebra o GMPc.
 A diminuição do GMPc fecha os canais de sódio cíclicos na membrana do bastonete.
 O fechamento dos canais de sódio cíclicos hiperpolariza o bastonete.
 A hiperpolarização do bastonete diminui a liberação de glutamato nas sinapses com os
neurônios bipolares.
 A diminuição na liberação de glutamato modula a atividade dos neurônios bipolares e afeta a
transmissão de sinais visuais para os neurônios da camada ganglionar da retina.
 Os sinais são transmitidos para o cérebro através do nervo óptico, onde são interpretados como
informações visuais.
 O tudo-trans-retinal é convertido de volta para 11-cis-retinal para regenerar a rodopsina.
 A regeneração da rodopsina requer enzimas específicas e moléculas de vitamina A.

Em resumo, a fototransdução nos bastonetes envolve a absorção de luz, isomerização do retinal,


ativação de proteínas G, quebra do GMPc, hiperpolarização do bastonete, modulação da liberação de
glutamato e transmissão de sinais visuais para o cérebro. Esse processo permite a conversão da
energia luminosa em sinais elétricos e desempenha um papel essencial na visão escotópica.

14. Explique fisiologicamente a diferença entre presbiopia e catarata.


Presbiopia:

 Causada pela perda de flexibilidade do cristalino relacionada à idade.


 Dificuldade em focalizar objetos próximos devido à falta de acomodação.
 Tratada com óculos de leitura, lentes de contato multifocais ou cirurgia corretiva.

Catarata:

 Causada pelo turvamento do cristalino devido ao envelhecimento ou outras condições.


 Visão embaçada, cores desbotadas e sensibilidade à luz são sintomas comuns.
 Tratada com cirurgia de remoção do cristalino afetado e implante de lente intraocular.

Em resumo, a presbiopia resulta na dificuldade de focar objetos próximos devido à perda de


flexibilidade do cristalino relacionada à idade, enquanto a catarata é caracterizada pelo turvamento do
cristalino, causando visão embaçada, sendo tratada com cirurgia para remover o cristalino afetado e
substituí-lo por uma lente artificial.

15. Descreva o processo de transmissão acústica entre o ouvido externo e médio.


 As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular e direcionadas para o canal auditivo
externo.
 O tímpano vibra em resposta às ondas sonoras que atingem o canal auditivo externo.
 Os ossículos (martelo, bigorna e estribo) no ouvido médio amplificam e transmitem as vibrações
do tímpano.
 As vibrações do estribo são transmitidas para a janela oval, uma membrana que separa o ouvido
médio do ouvido interno.
 As vibrações na janela oval geram ondas de pressão no fluido da cóclea no ouvido interno.
 As ondas de pressão estimulam as células ciliadas auditivas na cóclea, permitindo a percepção
do som.
Em resumo, o processo de transmissão acústica envolve a captação das ondas sonoras pelo pavilhão
auricular, passagem pelo canal auditivo externo e vibração do tímpano. As vibrações são então
transmitidas pelos ossículos para a janela oval, criando ondas de pressão no fluido da cóclea que
estimulam as células ciliadas auditivas para a audição.

16. Descreva como ocorre a ativação das células ciliadas da membrana basilar da cóclea.
 Transmissão de Ondas Sonoras: As ondas sonoras que chegam à cóclea são convertidas em
vibrações mecânicas que percorrem o fluido da cóclea.
 Movimento da Membrana Basilar: As vibrações mecânicas fazem com que a membrana basilar,
uma estrutura flexível na cóclea, vibre em diferentes pontos ao longo do seu comprimento.
 Deslocamento do Líquido da Cóclea: A vibração da membrana basilar causa um deslocamento
do líquido da cóclea, incluindo o líquido perilinfático e endolinfático.
 Movimento do Órgão Corti: O movimento do líquido da cóclea faz com que o órgão Corti, que
contém as células ciliadas, se mova para cima e para baixo.
 Dobra das Estereocílios: As células ciliadas estão cobertas por estereocílios, pequenas
estruturas semelhantes a pelos que se projetam para fora das células.
 Deslocamento dos Estereocílios: O movimento do órgão Corti causa um deslocamento lateral
dos estereocílios, resultando em tensão mecânica nos feixes de estereocílios.
 Abertura dos Canais Iônicos: O deslocamento dos estereocílios causa a abertura de canais
iônicos, chamados canais iônicos dependentes de tensão, presentes nas pontas dos
estereocílios.
 Entrada de Íons: A abertura dos canais iônicos permite a entrada de íons, como potássio, nos
estereocílios.
 Despolarização e Liberação de Neurotransmissores: A entrada de íons causa uma mudança de
potencial elétrico dentro das células ciliadas, resultando em despolarização.
o A despolarização das células ciliadas leva à liberação de neurotransmissores, como
glutamato, nas sinapses com as fibras nervosas do nervo coclear (nervo auditivo).
 Transmissão de Sinais Nervosos: A liberação de neurotransmissores nas sinapses estimula as
fibras nervosas do nervo coclear, que convertem o sinal em impulsos elétricos que são
transmitidos para o cérebro através do nervo auditivo.
 Processamento Auditivo: Os impulsos elétricos transmitidos pelo nervo auditivo são
interpretados pelo cérebro como sons, permitindo a percepção e o processamento da
informação auditiva.

Em resumo, a ativação das células ciliadas da membrana basilar da cóclea ocorre quando as ondas
sonoras são convertidas em vibrações mecânicas que desencadeiam o movimento do órgão Corti e o
deslocamento dos estereocílios. Esse deslocamento leva à abertura dos canais iônicos, entrada de
íons, despolarização das células ciliadas e liberação de neurotransmissores. Os impulsos elétricos
gerados são transmitidos para o cérebro através do nervo auditivo, onde são processados e
interpretados como sons.

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