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Faculdade de Medicina de Taubaté

Ana Julia Gatti

O sistema motor requer unidades de trabalho que A informação sensorial é integrada em todos os níveis
operam em harmonia para a expressão do do sistema nervoso e gera respostas motoras
comportamento. Essas unidades podem ser do tipo: apropriadas com início na medula (por reflexos
medulares relativamente simples), estendem-se para o
➔ Unidade de planejamento, comando e tronco cerebral (respostas mais complexas) e, por fim,
idealização do movimento- córtex motor; estendem-se para o telencéfalo, onde as habilidades
➔ Unidade de programação e de controle: musculares mais complexas são controladas.
determinam como o movimento vai acontecer e
também detectam os erros entre o movimento Os circuitos neuronais especiais da medula geram
programado e o que está sendo executado- ações que até mesmo os sistemas de controle motor
cerebelo e núcleos da base; mais complexos, como o encontrado no encéfalo, não
➔ Unidade de ordenação: enviam aos músculos são capazes. O movimento alternado das pernas que
os comandos finais- motoneurônios da medula permite o caminhar, por exemplo, é controlado por
e do tronco encefálico; circuitos presentes na medula. Nesse exemplo, o
➔ Unidade de execução: realização do encéfalo apenas envia sinais de comando para a
movimento/ contração muscular- músculos. medula espinhal iniciar o processo de andar.

Essa contração muscular vai gerar uma informação O encéfalo também é


somestésica, uma sensação que será percebida pelos capaz de gerar
proprioceptores musculares → ascende aos níveis programas que
superiores do SN → controle do movimento. controlam as atividades
sequenciais da medula,
Para que o sistema nervoso se localize, para que ele por exemplo, para
possa interpretar a realidade que nos cerca, ele precisa promover movimentos
estar constantemente recebendo aferências (córtex de rotação quando são
visual, sistema vestibular e receptores musculares). requeridos, mudando
Há três tipos principais de movimento: os movimentos de
caminhada para corrida
• Movimentos reflexos: padronizados, quando necessário,
involuntários, dependem de estímulos monitorando e
sensoriais periféricos. controlando continuamente o equilíbrio. Tudo isso é
gerado por sinais de “controle” enviados pelo encéfalo.
São padrões de contração e de relaxamento. Como Portanto, temos a medula como um centro integrativo.
exemplo, temos o reflexo de retirada. O indivíduo não
precisa aprendê-los para realiza-los, são inatos. Os os circuitos medulares são a base de quase todo
movimentos reflexos evitam ou minimizam possíveis o controle direto dos músculos.
lesões do corpo.
Organização medular
• Movimentos rítmicos: padrões repetitivos de
movimentos espontâneos ou desencadeados A substância cinzenta da medula espinhal é a área
também por estímulos periféricos. integrativa para os reflexos espinhais.

Ex: ato de mastigar, de coçar e de se locomover (o Os sinais sensoriais entram na medula pelas raízes
indivíduo é capaz de definir quando começa e quando sensoriais, conhecidas como raízes dorsais ou
termina). posteriores. Após entrar na medula, cada sinal
sensorial trafega por duas vias separadas: um ramo do
• Movimentos voluntários ou elaborados: nervo sensorial termina quase imediatamente na
movimentos mais complexos. Esses substância cinzenta da medula e provoca reflexos
movimentos devem ser aprendidos e depois espinais segmentares locais, entre outros efeitos; outro
aperfeiçoados, tal como escrever. Ter a ramo transmite sinais para níveis superiores do sistema
capacidade “de” não significa conseguir aquilo nervoso, para as zonas superiores da medula, para o
logo de cara. tronco encefálico e até para o córtex.
Além desses, também temos o movimento de ‘postura O nervo espinhal é um nervo misto, sendo a raiz dorsal
e equilíbrio’, que são movimentos organizados no aferente e a raiz ventral eferente. A parte sensitiva da
tronco cerebral. Se você se mantém em uma mesma medula, a parte posterior, tem o glânglio sensitivo
postura é porque esse estímulo está sendo dado (núcleo de neurônio pseudounipolar).
continuamente.
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Cada segmento da medula espinhal (no nível de cada mesmo de sinais do encéfalo, terminam diretamente
nervo espinhal) possui milhões de neurônios na sobre os neurônios motores anteriores (reflexos
substância cinzenta, que podem ser neurônios do tipo monosinápticos- direto entre neurônio aferente e
motores anteriores ou então interneurônios. eferente), quase todos são transmitidos primeiro para
os interneurônios, onde são adequadamente
Fibras motoras de resposta: processados (polisinápticos- mais de uma sinapse).
➔ Neurônios motores anteriores: localizados Os neurônios intermediários podem modular a
nos cornos anteriores da substância cinzenta informação (pode inibir, divergir o sistema, pode
medular, dão origem às fibras nervosas que reverberar o estímulo...).
partem da medula a partir da raiz ventral/
anterior e inervam diretamente as fibras Na figura, temos a
musculares esqueléticas. Os neurônios representação do trato
motores podem ser alfa ou gama. corticoespinhal,
proveniente do encéfalo,
-Neurônios motores alfa: motoneruônios maiores, terminando quase que
originam as fibras nervosas motoras grandes do tipo A exclusivamente sobre os
alfa, que se ramificam várias vezes ao chegar nos interneurônios, onde os
músculos e inervam as grandes fibras musculares sinais são combinados
esqueléticas. com sinais de outros
A combinação do motoneurônio alfa com as fibras tratos espinhais para,
musculares que são inervadas por ele compõem uma por fim, convergir sobre os neurônios motores
unidade motora. Quanto menor o motoneurônio, menos anteriores, a fim de controlar a contração muscular.
fibras ele inerva, consequentemente, menor a força de
contração e menor o limiar de disparo do potencial de
ação.

-Neurônios motores gama: também estão localizados O controle adequado da função muscular depende,
nos cornos anteriores da medula espinhal, ao lado das além da excitação dos músculos (fibras extrafusais,
fibras motoras alfa. Esses neurônios transmitem geradoras de força) pelos neurônios motores anteriores
impulsos por fibras muito pequenas que inervam fibras da medula, do retorno contínuo da informação
musculares esqueléticas bem pequenas também, sensorial de cada músculo para a medula, indicando
chamadas de fibras intra-fusais. Essas fibras o estado funcional do músculo e cada instante (o
especiais constituem o centro do fuso muscular, que comprimento, se está relaxado ou contraído- tensão).
auxilia no “tônus muscular básico”.
Para fornecer essas respostas, temos as fibras da via
aferente- as fibras intrafusais, que são especializadas-,
sendo que os músculos e os tendões tem dois tipos de
receptores sensoriais especiais: os fusos musculares
(informam o comprimento do músculo e a
velocidade de variação desse comprimento) e os
órgãos tendinosos de Golgi (localizados nos
tendões, transmitem informação a respeito do
tensionamento do tendão ou a velocidade de alteração
da tensão muscular).

Esses receptores operam de forma quase completa em


nível subconsciente (propriocepção inconsciente).

➔ Interneurônios- estão dispersos por toda a


área cinzenta medular (nos cornos anteriores,
nos dorsais e na zona intermédia). São mais
numerosos e são muito excitáveis. Fazem
muita interconexão entre si e também fazem
sinapse direta com os neurônios motores
anteriores (função integrativa da medula).

Somente poucos sinais sensoriais aferentes,


provenientes dos nervos espinhais (periferia) ou até
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Função receptora do fuso muscular A respeito da velocidade de variação de comprimento,


temos:
O fuso muscular é constituído por fibras intrafusais
fibras especializadas que são pontiagudas em suas Resposta estática dos receptores do fuso- quando a
extremidades e ligadas lateralmente às fibras região receptora do fuso muscular é estirada
musculares esqueléticas extrafusais. O fuso muscular lentamente, o número de impulsos transmitidos pelos
tem uma inervação motora e uma inervação receptores aumenta quase em proporção direta em
relação ao grau de estiramento, e as terminações
sensitiva.
nervosas continuam a transmitir esses impulsos por
Cada fibra muscular intrafusal é uma fibra muscular vários minutos. É a resposta para manutenção do tônus
esquelética diferenciada muito pequena. Porém, a muscular.
região central/ mediana de cada uma dessas fibras
não se contrai (não apresentam os elementos Resposta dinâmica dos receptores do fuso
contrácteis actina e miosina) quando as extremidades (interessante para a velocidade de variação de
comprimento) - quando o comprimento do fuso
se contraem (inervação motora). Em vez disso, elas
agem como receptores sensoriais, como dito aumenta rapidamente, os receptores primários
(subdivisão) são fortemente estimulados. O receptor
anteriormente.
primário responde de forma extremamente rápida (são
As porções terminais que se contraem são excitadas mais sensíveis à variação de comprimento em relação
pelas pequenas fibras nervosas motoras gama, que se as fibras aferentes secundárias). Tão logo o
originam dos neurônios motores anteriores, localizados comprimento para de aumentar, essa frequência de
no corno anterior da medula espinhal. As fibras descarga de impulsos extra diminui e retorna para o
nervosas motoras gamas são também chamadas de nível muito menor da resposta estática que ainda está
fibras eferentes gama. presente no sinal.

Quando o fuso encurta, por sua vez, ocorrem sinais


sensoriais opostos.

Assim, as terminações nervosas primárias enviam


sinais, bastante intensos, positivos ou negativos, para
a medula espinhal, de modo a informa-la de qualquer
alteração no comprimento do fuso muscular.

➔ Nas condições normais, quando ocorre algum


grau de excitação gama, os fusos musculares
emitem impulsos nervosos sensoriais
➔ As fibras sensoriais são estimuladas pelo continuamente. O estiramento dos fusos
estiramento da região central do fuso, que aumenta a frequência de disparos, enquanto o
pode se dar de duas maneiras: pelo aumento encurtamento do fuso reduz essa frequência.
do comprimento do músculo (neurônio motor No alongamento muscular, o neurônio sensitivo envia
alfa) e pela contração das regiões terminais impulsos à medula espinhal, fazendo sinapse com um
das fibras intrafusais do fuso (neurônio motor motoneurônio que, por sua vez, envia impulsos para as
gama; ainda que não haja alteração no fibras musculares estiradas, encurtando o mesmo
tamanho do músculo). músculo. Esta ação reflexa evita a ruptura da fibra
Existem, ainda, dois tipos de disposição para as fibras muscular, gerando uma resposta protetora.
intrafusais no fuso muscular:

• Fibras musculares com saco nuclear (muitos


núcleos da fibra estão reunidos numa dada
porção);
• Fibras com cadeia nuclear (núcleos alinhados
em cadeia pela área receptora).
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Órgão tendinoso de Golgi • Equalização da força contrátil (a depender do


estímulo recebido, as fibras podem se
São receptores sensoriais comportar de formas distintas, mas o OTG
encapsulados e delgados mantém todas as fibras que estão recebendo o
localizados na junção estímulo na mesma força, impedindo que as
miotendínea (entre o fibras que recebem muito estímulo se rompam-
músculo e o tendão) e se função inibitória → quem está contraindo
prendem às extremidades demais não contrai e quem está contraindo
de grupos das fibras menos se mantém).
extrafusais. Detectam o
grau de tensão muscular
refletida no tendão (nível
de força muscular).

No interior da cápsula do OTG existem feixes Como já foi dito, os sinais sensoriais entram na medula
colágenos que se dividem em fascículos finos e formam pelas raízes dorsais, onde fazem sinapse com
uma estrutura trançada. O OTG está conectado em neurônios motores anteriores ou com interneurônios.
série com as fibras musculares paralelas ao tendão e é Os neurônios motores anteriores deixam a medula via
inervado por axônio aferente IB. raízes ventrais e inervam diretamente as fibras
musculares esqueléticas. Os interneurônios, por sua
O estiramento do OTG causa o estiramento dos feixes
vez, ficam confinados ao SNC e fazem conexões tanto
de colágeno, o que resulta na compressão dos
com neurônios sensoriais quanto com neurônios
terminais sensoriais, ativando esses. As fibras
motores (normalmente os sinais são transmitidos para
disparam sempre que há tensão no músculo
esses primeiro, a fim de serem processados).
(contração), sempre que o tendão está sendo
estendido, esticado → reflexo totalmente de inibição O reflexo é uma resposta involuntária do SN a um
(diminuir essa tensão excessiva) → sinapse inibitória → determinado estímulo.
inibição do motoneurônio inferior → o próprio músculo
para de contrair. O reflexo tem como base o arco reflexo, que é
constituído pelo receptor, neurônio aferente ou
O OTG também possui uma resposta dinâmica e uma sensitivo, sinapse, neurônio efetor ou motor e pelo
resposta estática. A dinâmica surge quando a tensão efetor.
muscular aumenta subitamente e o OTG tem que
responder de forma intensa. A resposta estática, por
sua vez, ocorre em uma fração de segundo após a
resposta do OTG, sendo que esse volta a um nível
inferior de descarga no estado estável, que é
diretamente proporcional à tensão muscular.

Os reflexos são divididos em reflexos fásicos e reflexos


tônicos:

• Reflexos fásicos- originam o movimento do


corpo ou de uma das suas partes.
Outras funções do OTG são: Correspondem aos movimentos de defesa, por
exemplo.
• Feedback contínuo para áreas superiores • Reflexos tônicos- mantém a postura e o
(noção de espaço do próprio corpo); equilíbrio. É o caso do reflexo miotático, em que
• Proteção contra tensões extremas (promove o há uma contração de um músculo, em resposta
relaxamento rápido e total do músculo ao estiramento das suas fibras. Se a força for
envolvido- reação de proteção, como na falha excessiva, o músculo relaxa bruscamente,
em um exercício físico); havendo então o reflexo miotático inverso.
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Existem reflexos monossinápticos, em que o neurônio adaptado ao seu novo comprimento. Isso se dá quando
aferente se conecta diretamente ao eferente e existem realizamos um movimento errado, por exemplo, com
reflexos polissinápticos em que os neurônios aferente e risco de lesão. Esse reflexo serve para inibir a
eferente estão ligados por um interneurônio. continuação do movimento → proteção.

Reflexo de estiramento muscular O reflexo de estiramento estático, por sua vez, é mais
fraco e continua por um período prolongado. Esse
Miotático, monossináptico. Sempre que um músculo é reflexo é provocado por sinais contínuos dos receptores
rapidamente estendido, a excitação dos fusos estáticos (terminações primárias e secundárias). Esse
causa a contração reflexa das fibras musculares reflexo mantém o grau de contração muscular
esqueléticas grandes, as extrafusais, do próprio razoavelmente constante, exceto quando o sistema
músculo estirado e, também, dos músculos sinérgicos nervoso da pessoa determina que seja diferente.
estreitamente relacionados.
Reflexo patelar: percussão do tendão patelar que
Fibra nervosa proprioceptiva que se origina no fuso estira o quadríceps e ativa o reflexo de estiramento
muscular nota a variação de comprimento desse → dinâmico.
entrada da fibra pela raiz dorsal da medula → uma
ramificação da fibra segue para o corno anterior da A batida no tendão puxa o músculo → estiramento do
quadríceps, inclusive da porção central, que abriga o
substância cinzenta → neurônios motores anteriores →
envio de fibras nervosas para o mesmo músculo (de fuso muscular → o fuso muscular leva uma aferência
até a raiz dorsal da medula → sinapse com neurônios
onde as fibras do fuso muscular se originaram) e para
os músculos auxiliares. medulares → reflexo, propriamente dito, de contração
do músculo em resposta a essa distensão (para que
isso ocorra, os músculos antagonistas devem estar
relaxados- o interneurônio se encarrega de não deixar
que o sinal se propague até esses, o sinal de contração
chega apenas ao músculo estirado) → “chute”
involuntário.

Assim, o sinal reflexo retorna ao músculo com o menor


atraso possível, após a excitação do fuso.

Atividade motora voluntária → coativação alfa x gama-


os neurônios musculares motores anteriores são
ativados ao mesmo tempo, de forma síncrona. Isso
permite que haja um movimento coordenado. Essa
coativação é necessária para que o fuso muscular
esteja continuamente em estado de sensibilidade
tônica durante a contração muscular, ou seja, para que
o fuso muscular acompanhe a contração, a redução do Cabe lembrar que para cada movimento existe uma
músculo, para que ele perceba essa variação e informe musculatura que efetua o movimento (contrai) e outra
o SN- propriocepção. Portanto, temos que essa que relaxa!!
coativação permite que o fuso atue como receptor,
justamente por acompanhar simultaneamente as -Via excitatória: a fibra Ia chega na medula e faz
variações de comprimento do músculo. sinapse direta com o neurônio motor;

A coativação alfa x gama também mantém adequada a -Via inibitória: a fibra Ia realiza também uma sinapse
função de amortecimento, tem a capacidade de impedir com um interneurônio e este, inibitório, faz sinapse com
oscilações dos movimentos do corpo. um neurônio motor que segue até o músculo
antagonista (não deve se contrair, deve se manter
O reflexo de estiramento pode também ser dinâmico ou relaxado).
estático. Quando dinâmico, é provocado por sinais
dinâmicos potentes (transmitidos pelas terminações Aplicações clínicas do fuso muscular:
sensoriais primárias do fuso), causados pelo
-Tônus: manutenção e verificação desse → quanto de
estiramento ou encurtamento rápido do músculo.
excitação basal está sendo enviado do encéfalo para a
Assim, um forte sinal é transmitido para a medula, que
produz uma contração reflexa e forte. O reflexo termina medula.
em questões de segundo após o músculo ter se
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-Clônus: abalos musculares oscilatórios, ocorre


quando o reflexo de estiramento está muito
sensibilizado. Seria a verificação da resposta dinâmica
(teste do tornozelo: forçar o tornozelo para trás e soltar
do nada- o pé da pessoa deve bombear até voltar a
posição normal- muito excitado).

➔ Reflexo de estiramento inverso

É um reflexo importante para modular a força muscular.


Esse reflexo envolve o OTG.

Seguindo o exemplo dado, temos: órgão tendinoso


estimulado → Ib vai até a medula → sinapse com um
interneurônio → interneurônio faz sinapse inibitória com
o músculo extensor e excitatória com o músculo flexor.

➔ Reflexo flexor ou de retirada

Reflexo caracterizado pela retirada de um membro do


corpo frente a estímulos como dor, picada e calor.
Isso ocorre graças à integração, na medula, da ativação
dos neurônios sensitivos com os neurônios motores e,
consequente excitação dos músculos flexores e
recíproco relaxamento ou inibição dos músculos
extensores.

A flexão de um membro acompanhada da reação


contralateral do membro oposto é denominada reflexo
extensor cruzado (acontece pouco tempo depois do
reflexo flexor), no entanto, para que esse reflexo seja
observado o estímulo tem que ser suficientemente forte
para atingir os interneurônios, como limiar de ativação
mais alto, que fazem parte do circuito neuronal do
reflexo extensor cruzado.

A necessidade do envolvimento dos músculos


contralaterais nesse tipo de reflexo tem a função de
dar suporte postural durante a retirada do membro
afetado ao estímulo da dor.

Exemplo: se um indivíduo pisar num prego no chão e


tirar o pé, por reflexo flexor, ele precisa se apoiar no
outro pé para não desequilibrar e cair. Para se manter
equilibrado, o membro contralateral precisa ser
extendido.

➔ O reflexo se opõe às alterações rápidas do


comprimento do músculo.

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