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Sistema Motor Medular

1) Quais são os tipos de músculos que temos em nosso corpo? Defina


seus tipos de: (i) controle, (ii) velocidade de contração; (iii) localização e
(iv) principais funções.

Existem três tipos principais de músculos em nosso corpo: músculo


esquelético, músculo cardíaco e músculo liso. Aqui estão suas definições
em termos de controle, velocidade de contração, localização e funções
principais:

Músculo Esquelético:

Controle: Este tipo de músculo é voluntário, o que significa que está sob
controle consciente do sistema nervoso somático. Podemos controlar
esses músculos para realizar movimentos intencionais.

Velocidade de contração: Os músculos esqueléticos podem variar em sua


velocidade de contração, mas geralmente têm uma contração mais rápida
em comparação com outros tipos de músculos.

Localização: Os músculos esqueléticos estão ligados aos ossos por


tendões e estão presentes em todo o corpo, permitindo movimentos e
ações específicas das articulações.

Funções principais: O músculo esquelético é responsável pelos


movimentos do corpo, como andar, correr, levantar objetos e realizar
atividades físicas. Também ajuda na postura corporal e na estabilização
das articulações.

Músculo Cardíaco:

Controle: O músculo cardíaco é involuntário, o que significa que está sob


controle do sistema nervoso autônomo. O sistema elétrico intrínseco do
coração regula seu ritmo de contração.

Velocidade de contração: O músculo cardíaco tem uma velocidade de


contração moderada em comparação com outros tipos de músculos.
Localização: O músculo cardíaco está presente apenas no coração,
formando a camada principal das paredes cardíacas.

Funções principais: O músculo cardíaco é responsável por bombear o


sangue para todo o corpo, garantindo a circulação sanguínea adequada e
o suprimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos.

Músculo Liso:

Controle: O músculo liso é em grande parte involuntário, embora possa


ser influenciado pelo sistema nervoso autônomo. Ele é controlado por
interruptores internos e externos, como hormônios e estímulos
sensoriais.

Velocidade de Contração: O músculo liso tem uma velocidade de


contração lenta em comparação com os músculos esqueléticos.

Localização: O músculo liso está presente nas paredes dos órgãos


internos, como os vasos sanguíneos, o trato gastrointestinal, os pulmões
e o útero.

Funções principais: O músculo liso desempenha um papel vital na


regulação das funções internas do corpo, como a contração dos órgãos, a
movimentação do alimento ao longo do trato digestivo, o controle do
fluxo sanguíneo e a dilatação ou constrição das vias respiratórias.

Esses três tipos de músculos têm características distintas e funções


essenciais em nosso organismo.

2) Cite 4 funções do sistema muscular esquelético;

Estabilidade corporal;

Produção de movimentos;

Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);

Preenchimento do corpo (sustentação);

Auxílio nos fluxos sanguíneos.


3) Onde estão localizados os neurônios motores alfa que inervam os
músculos de nosso corpo?

Os neurônios motores alfa estão localizados na medula espinhal,


especificamente no corno ventral da medula espinhal. Os neurônios
motores alfa são responsáveis por enviar os sinais nervosos que ativam os
músculos esqueléticos do nosso corpo. Cada neurônio motor alfa inerva
um grupo específico de fibras musculares, permitindo um controle preciso
dos movimentos.

4) O que é uma unidade motora?

Uma unidade motora é uma estrutura funcional composta por um


neurônio motor e todas as fibras musculares que ele inerva. Ela é a
unidade básica de controle da contração muscular no sistema nervoso.
Cada músculo do corpo é composto por várias unidades motoras. Cada
unidade motora consiste em um neurônio motor localizado na medula
espinhal ou no tronco cerebral, que envia sinais elétricos para as fibras
musculares. As fibras musculares inervadas pelo mesmo neurônio motor
são chamadas de fibra muscular "alvo" dessa unidade motora.

5) O que são as intumescências da medula espinhal? Onde estão


localizadas?

Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem


conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e
lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores
Intumescências da Medula Espinhal respectivamente.

A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de


neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas
áreas.

A intumescência cervical da medula espinhal contém os neurônios


motores que inervam os músculos do braço. A intumescência lombar
contém os neurônios que inervam os músculos da perna.
5) Qual a relação entre a taxa de disparos dos neurônios motores alfa
com a força de contração das fibras que inervam?

A taxa de disparos dos neurônios alfa está diretamente relacionada com a


força de contração das fibras musculares que eles inervam. Neurônios
motores alfa são responsáveis ​por enviar sinais elétricos do sistema
nervoso central para os músculos esqueléticos, estimulando sua
contração. Cada neurônio motor alfa está conectado a várias fibras
musculares, formando a chamada unidade motora.

Quando um neurônio motor alfa é ativado, ele gera potenciais de ação


(disparos) que se propagam ao longo do seu axônio e chegam até as
fibras musculares inervadas. A taxa de disparos dos neurônios motores
alfa determina a frequência com que esses sinais elétricos são enviados
para as fibras musculares. Portanto, a relação entre a taxa de disparos dos
neurônios alfa e a força de contração das fibras musculares é direta:
quanto maior a taxa de disparos, maior será a força de contração. Essa
relação é conhecida como princípio do recrutamento de unidades
motoras, onde unidades motoras de diferentes neurônios motores alfa são
ativadas de acordo com a necessidade de força muscular exigida pela
tarefa a ser realizada.

6) Qual a função do neurônio sensorial Ia (primária aferente) do fuso


muscular?

A função principal do neurônio sensorial Ia é transmitir informações sobre


o comprimento e taxa de mudança do comprimento muscular para o
sistema nervoso central. Essas informações são essenciais para o controle
motor adequado, permitindo que o cérebro monitore e ajuste a posição e
a tensão muscular de forma precisa. Esses sinais sensoriais fornecidos pelo
neurônio sensorial Ia do fuso muscular são usados ​para manter o
equilíbrio postural, regular a coordenação muscular e ajustar a atividade
motora em resposta aos estímulos externos. Eles desempenham um papel
importante na detecção de alterações no comprimento muscular,
auxiliando na manutenção da estabilidade e no controle fino dos
movimentos corporais.
7) Qual a função do neurônio sensorial Ib do órgão tendinoso de Golgi?

A principal função do neurônio sensorial Ib é fornecer informações ao


sistema nervoso central sobre a força exercida nos tendões durante a
contração muscular. Essas informações são importantes para regular a
força de contração dos músculos, evitando excessos ou lesões. O sistema
nervoso central utiliza essas informações para modular a atividade dos
músculos, ajustando a força de contração e evitando que a tensão nos
tendões atinja níveis perigosos.

8) Explique o reflexo de estiramento, o reflexo tendinoso e o reflexo de


retirada.

📺Reflexo de estiramento: (Esseé o Reflexo do Martelinho no Joelho)


Como o próprio nome sugere, acontece no nível muscular, mais
precisamente no centro dos músculos (fuso muscular), sendo
extremamente sensível ao alongamento das fibras.

📺Reflexo Tendinoso: (Esse é o Reflexo que Serve como Mecanismo de


Segurança Quando tem muita tensão no músculo) Reflexo que também
acontece em nível muscular, contudo, depende diretamente do Órgão
Tendinoso de Golgi (região entre o músculo e o tendão), sendo ele
bastante exigido ao tensionar um dado músculo.

📺Reflexo de Retirada: Reflexo que acontece em um nível cutâneo e que


é conduzido até a medula espinal. Como exemplo, podemos citar a
resposta sensorial automática que obteremos ao aproximar nossa mão do
fogo.

9) Por que reflexos são testados clinicamente?

Os reflexos são utilizados com a finalidade de diagnosticar os distúrbios do


sistema nervoso e localizar qual tecido foi lesado, Os componentes básicos
são receptores sensitivos, neurônio sensitivo centro de integração ,
neurônio motor, e efetor.
10) Como é possível os reflexos serem independentes da atividade
cerebral?

Os reflexos são respostas automáticas e involuntárias do sistema nervoso a


certos estímulos. Eles são mediados principalmente pela medula espinhal,
uma parte do sistema nervoso central localizada na coluna vertebral. A
medula espinhal possui circuitos neurais especializados que são capazes
de receber e transmitir sinais sensoriais rapidamente, sem a necessidade
de envolvimento consciente ou complexo cerebral de processamento.
Quando um estímulo sensorial é detectado, como o toque de um objeto
quente, os receptores sensoriais na pele enviam sinais elétricos para a
medula espinhal através de fibras nervosas específicas. A medula espinhal,
por sua vez, envia sinais de volta para os músculos relevantes através de
outras fibras nervosas, desencadeando uma resposta reflexa, que
geralmente envolve uma contração muscular ou uma retirada da parte do
corpo exposta ao estímulo.

Esses circuitos neurais responsáveis ​pelos reflexos na medula espinhal


são chamados de arcos reflexos. Eles permitem que a resposta seja
facilitada rapidamente, sem ter que depender do processamento cerebral
consciente, o que aumenta a eficiência e a velocidade da resposta de
proteção do corpo.

Embora os reflexos sejam iniciados na medula espinhal, é importante


notar que eles podem ser modulados e influenciados pelo cérebro em
certas circunstâncias. O cérebro pode inibir ou facilitar os reflexos,
dependendo do contexto e das demandas do organismo.

Em resumo, os reflexos são respostas automáticas e independentes da


atividade cerebral direta, pois são mediados principalmente pela medula
espinhal. No entanto, o cérebro pode influenciar esses reflexos para se
adaptar a diferentes situações.
Sistema Motor Encefálico
1) Quais são os 4 tractos ventromediais e os 2 tractos laterais motores da
medula espinhal?

As vias ventromediais consistem nos tractos reticulospinal bulbar e


pontino, vestibulospinal e tectospinal e controlam os músculos posturais
e da locomoção e estão sob o controle do tronco encefálico.

Os tractos descendentes da medula espinhal das vias laterais consistem


nos tractos corticospinal e rubrospinal e controlam os movimentos
voluntários da musculatura distal e estão sob controle cortical direto.

2) Cite pelo menos 1 função de cada um deles.

Tracto reticulospinal pontino: aumenta os reflexos antigravitacionais da


medula. A atividade nessa via facilita os extensores dos membros
inferiores e, com isso, ajuda a manter a postura ereta, resistindo aos
efeitos da gravidade.

Tracto reticulospinal bulbar tem, contudo, o efeito oposto: ele libera os


músculos antigravitacionais do controle reflexo.

Tracto tectospinal origina-se no colículo superior do mesencéfalo, o qual


recebe aferências diretas da retina.

Tractos vestibulospinal mantêm o equilíbrio da cabeça sobre os ombros,


Ele nos ajuda a manter uma postura correta e equilibrada ao ativar os
neurônios motores extensores das pernas.

3) Como está organizado o córtex motor primário?

O córtex motor primário, também conhecido como área motora primária


ou córtex motor pré-central, é uma região do cérebro envolvida no
planejamento, controle e execução dos movimentos voluntários. Ele está
localizado na região frontal do cérebro, na parte posterior do lobo frontal.

O córtex motor primário é organizado de maneira hierárquica e


somatotópica, o que significa que diferentes partes do córtex motor
controlam diferentes partes do corpo e que essa organização reflete a
topografia corporal. Essa organização é conhecida como o homúnculo
motor. O homúnculo motor é uma representação distorcida do corpo
humano no córtex motor, onde as áreas responsáveis ​por controlar partes
do corpo com maior destreza motora (como as mãos e face) são maiores
em comparação com as áreas que controlam partes do corpo com menor
estreza (como as pernas).

No córtex motor primário, as áreas que controlam diferentes partes do


corpo estão dispostas em uma ordem específica de cima para baixo,
começando com o controle dos músculos da face, seguido pelos músculos
do pescoço, ombros, braços, mãos, tronco, pernas e pés .

Além disso, o córtex motor primário está interconectado com outras áreas
do cérebro, incluindo o córtex pré-motor (envolvido no planejamento
motor), o córtex pré-frontal (envolvido no controle cognitivo) e áreas
subcorticais, como o núcleo basal dos gânglios da base e o cerebelo, que
desempenham papéis importantes na coordenação e refinamento dos
movimentos.

Em resumo, o córtex motor primário é organizado de acordo com uma


representação somatotópica hierárquica no homúnculo motor, com
diferentes áreas responsáveis ​pelo controle de diferentes partes do corpo,
refletindo a topografia corporal.

4) Indique pelo menos uma função da área pré-motora.

APM conecta-se principalmente com neurônios reticulospinais que


inervam unidades motoras proximais. Assim, a área 6 encontra-se na
fronteira onde os sinais que codificam quais ações são convertidos em
sinais. Importante papel no planejamento do movimento, em especial nas
sequências de movimentos complexos da musculatura distal que
especificam como as ações serão realizadas. Seu papel é no planejamento
do movimento.
5) Quais são os núcleos da base do telencéfalo? Eles possuem alguma
função motora?

[Vídeo Sobre Núcleos da Base]

Funções: Os núcleos da base são estruturas importantes para o controle


dos movimentos. Ex: Movimentos automáticos ( andar), sequenciamento
do movimento motor, funções límbicas ( ligadas com afeto, emoções,
atenção, recompensa). Os núcleos da base também são responsáveis pela
liberação de dopamina. Por esse motivo os núcleos da base não são
puramente motores.

6) Que doenças neurodegenerativas envolvem esses núcleos? Cite alguns


de seus sintomas motores.

A doença de Parkinson exemplifica a primeira condição. Esse distúrbio,


caracterizado por hipocinesia, afeta 1% da população acima dos 60 anos.
Seus sintomas incluem lentidão de movimentos (bradicinesia), dificuldade
para iniciar movimentos intencionais (acinesia), aumento do tônus
muscular (rigidez) e tremores das mãos e da mandíbula, mais
proeminentes em repouso, quando o paciente não tem a intenção de se
mover. Muitos pacientes também sofrem déficits cognitivos à medida que
a doença progride. A base orgânica da doença de Parkinson é uma
degeneração de determinados neurônios da substância nigra e seus
axônios projetados ao estriado, cujo neurotransmissor é a dopamina (DA).

A doença de Huntington é uma síndrome hereditária, progressiva,


inevitavelmente fatal, caracterizada por hipercinesia e discinesias
(movimentos anormais), demência (habilidades cognitivas prejudicadas) e
transtorno de personalidade. Alterações no humor, na personalidade e na
memória. O sinal mais característico da doença é a coreia – movimentos
espontâneos, incontroláveis e sem propósito com gesticulações rápidas, de
fluxo irregular e ondulatório, de várias partes do corpo. A patologia
encefálica mais óbvia é uma grave perda de neurônios no núcleo caudado,
o putâmen e no globo pálido, com perda adicional de células no córtex
cerebral e em outras regiões.

7) Indique pelo menos uma função motora do cerebelo.

[Vídeo Sobre Cerebelo]

O cerebelo desempenha um papel crucial na coordenação motora e no


controle do movimento. Aqui estão três funções motoras específicas
atribuídas ao cérebro:

*Coordenação e precisão do movimento: O cerebelo é responsável por


ajustar e refinar os movimentos voluntários, garantindo que sejam
precisos, suaves e coordenados. Ele recebe informações sobre a intenção
de movimento dos centros motores superiores e ajusta a atividade dos
músculos, corrigindo erros e otimizando a trajetória dos movimentos.

*Equilíbrio e postura: O cerebelo desempenha um papel importante na


manutenção do equilíbrio e na postura corporal adequada. Ele recebe
informações sensoriais dos órgãos vestibulares no ouvido interno, que
detectam a posição e os movimentos da cabeça. Com base nessas
informações, o cerebelo coordena a contração dos músculos posturais
para garantir a estabilidade e o equilíbrio durante o movimento.

*Aprendizado motor: O cerebelo está envolvido no processo de


aprendizado e aperfeiçoamento de habilidades motoras. Ele desempenha
um papel fundamental na formação de memórias motoras, permitindo
que aprendamos novos movimentos e os realizemos de maneira mais
eficiente ao longo do tempo. O cerebelo recebe feedback sensorial sobre a
execução dos movimentos e usa essas informações para fazer ajustes e
melhorias progressivas nas habilidades motoras.

Controle Químico do Comportamento


1) Cite a importância do hipotálamo no controle neuroendócrino.

[Vídeo Sobre Hipotálamo e Sistema Endócrino]

O hipotálamo é uma região crucial do cérebro que desempenha um papel


fundamental no controle neuroendócrino do organismo. Ele está
localizado na base do cérebro, acima da glândula pituitária (hipófise), e é
responsável por integrar o sistema nervoso e o sistema endócrino.

O hipotálamo desempenha um papel central na regulação de várias


funções corporais, como a temperatura corporal, a fome e a sede, o ritmo
circadiano, o comportamento sexual e as respostas ao estresse. Ele
também é responsável por controlar a liberação de hormônios pela
glândula pituitária, que por sua vez regula a atividade das outras glândulas
endócrinas do corpo.

O hipotálamo se comunica com a glândula pituitária através de um


complexo sistema de conexões neuronais e vasculares. Ele secreta
hormônios chamados de liberadores ou inibidores, que controlam a
liberação de hormônios hipofisários. Esses hormônios hipofisários, por sua
vez, estimulam ou inibem a secreção de hormônios pelas glândulas
periféricas, como a tireoide, as glândulas adrenais e os ovários/testículos.

Além disso, o hipotálamo é responsável pela regulação do eixo


hipotálamo-hipófise-adrenal, que desempenha um papel crucial na
resposta ao estresse. Ele libera o hormônio liberador de corticotropina
(CRH), que estimula a liberação de hormônios adrenocorticotróficos
(ACTH) pela glândula pituitária. O ACTH, por sua vez, estimula a liberação
de cortisol pelas glândulas adrenais.

Em resumo, o hipotálamo é uma região do cérebro essencial para o


controle neuroendócrino. Ele regula a liberação de hormônios pela
glândula pituitária e desempenha um papel central na regulação de várias
funções corporais e na resposta ao estresse. Sua integração entre o
sistema nervoso e o sistema endócrino é crucial para manter a
homeostase e o equilíbrio hormonal do organismo.

2) Cite as divisões do sistema nervoso visceral.

[Vídeo sobre sistema autônomo]

O SNV é uma extensa rede de neurônios interconectados e amplamente


distribuídos nas cavidades do organismo, composto por três divisões,
simpática, parassimpática e entérica.

3) Quais os principais efeitos do SNV simpático sobre os diferentes


sistemas do corpo?

O sistema nervoso autônomo é formado por duas divisões, conhecidas


como sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático.
Geralmente, essas duas divisões trabalham de maneira antagônica nos
órgãos, ainda que de uma maneira bem integrada. É esse equilíbrio das
ações do sistema nervoso simpático e do sistema nervoso parassimpático
que mantém um ambiente interno estável no corpo.

Apesar de ser importante no repouso, o principal papel do sistema


nervoso simpático é nos preparar para emergências, ou, em outras
palavras, para respostas de “luta ou fuga”. Se você já ficou com medo ou
ansioso, ou se sentiu ameaçado ou atacado, você experimentou a ativação
do seu sistema nervoso simpático. Para lhe preparar para uma emergência
em uma necessidade de “luta ou fuga”, o sistema nervoso simpático ativa
numerosas e complexas vias e componentes, que vão causar diversos
efeitos no corpo. Assim, ele é capaz de acelerar a respiração, aumentar a
frequência cardíaca e a pressão sanguínea, dilatar as pupilas, redirecionar
o fluxo sanguíneo da pele e do trato digestivo para o cérebro, coração e
músculos, onde ele é mais necessário, aumentar a sudorese e causar
arrepios ao elevar os pelos da sua pele. Você sente tudo isso durante uma
resposta de luta ou fuga.
4) Quais os principais efeitos do SNV Parassimpático sobre os diferentes
sistemas do corpo?

O sistema nervoso parassimpático (SNPS) é uma divisão do sistema


nervoso autônomo que controla a atividade da musculatura lisa e cardíaca
e das glândulas. Juntamente com o sistema simpático, forma o sistema
nervoso autônomo (SNA). A divisão parassimpática consiste em nervos
que se originam do cérebro e dos segmentos sacrais da medula espinal, e
por esta razão, também é chamada de divisão craniossacral do SNA.

Em termos gerais, os sistemas parassimpático e simpático consistem em


fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares. As fibras pré-ganglionares são
os axônios dos neurônios cujos corpos celulares estão localizados no
cérebro e na região sacral da medula espinal. Essas fibras fazem sinapse
com gânglios parassimpáticos em todo o corpo, que emitem fibras
parassimpáticas pós-ganglionares. As fibras parassimpáticas atingem seus
órgãos-alvo seguindo o trajeto de alguns nervos do corpo. As fibras da
medula espinal sacral viajam com os ramos do plexo sacral, enquanto as
do cérebro unem-se aos nervos cranianos (oculomotor, facial,
glossofaríngeo e vago).

As funções do sistema nervoso parassimpático são comumente descritas


como responsáveis pelos processos de "descanso ou digestão", porque
esse sistema está envolvido na diminuição da frequência cardíaca, no
relaxamento dos esfíncteres dos tratos gastrointestinal e urinário, e no
aumento da atividade glandular e intestinal. O resultado final é o
armazenamento de energia e a regulação das funções do corpo, como a
digestão e a micção. É o contrário do sistema nervoso simpático (SNS),
cuja função é descrita como a resposta de "luta ou fuga", que ocorre em
situações estressantes e tem funções opostas. O SNPS utiliza a acetilcolina,
que atua nos receptores muscarínicos e nicotínicos, como principal
neurotransmissor.
5) Quais são os principais sistemas modulatórios de projeções difusas?
Indique função e alguma droga envolvida com seu funcionamento.

[Vídeo Sobre Sistemas Modulatórios]

Sistema Noradrenérgico(O Locus Ceruleus Noradrenérgico) :

Além de ser um neurotransmissor no SNV periférico, a NA também é


utilizada por neurônios do pequeno locus ceruleus (do latim para “lugar
azul”, devido ao aspecto que a pigmentação de suas células lhe confere),
localizado na ponte. Cada locus ceruleus humano apresenta cerca de 12
mil neurônios. Temos dois deles, um de cada lado.

Função: As células do locus ceruleus parecem estar envolvidas na


regulação da atenção, do alerta e dos ciclos sono-vigília, assim como do
aprendizado e da memória, da ansiedade e da dor, do humor e do
metabolismo cerebral.

Drogas associadas: Agonistas de receptores adrenérgicos, como a


norepinefrina sintética ou o metilfenidato (Ritalina). Por exemplo, a
atropina, um antagonista muscarínico, produz sinais de ativação simpática,
como a dilatação das pupilas. Essa resposta ocorre porque, quando as
ações do parassimpático estão bloqueadas, o balanço da atividade do SNV
se desloca em direção aos efeitos do simpático. Por outro lado, fármacos
que promovem as ações muscarínicas da ACh ou inibem as ações da NA
são parassimpaticomiméticos; eles determinam um efeito que mimetiza a
ativação da divisão parassimpática do SNV. Por exemplo, o propranolol, um
antagonista do receptor β da NA, reduz a frequência cardíaca e diminui a
pressão arterial. Por essa razão, o propranolol é, algumas vezes, utilizado
para prevenir as consequências fisiológicas do medo de apresentar-se em
público.

Sistema Serotoninérgico:(Os Núcleos Serotoninérgicos da Rafe.)

Função: Regulação do humor, sono, apetite e ansiedade.Assim como os


neurônios do locus ceruleus, as células dos núcleos da rafe disparam mais
rapidamente durante a vigília, quando o animal está ativo e alerta. Os
neurônios da rafe são os menos ativos durante o sono. O locus ceruleus e
os núcleos da rafe são parte de um conceito venerável, do chamado
sistema ativador reticular ascendente (SARA), que implica o “centro”
reticular do tronco encefálico em processos que alertam e despertam o
prosencéfalo. Essa ideia simples tem sido refinada e redefinida de
incontáveis maneiras desde que foi introduzida, nos anos 1950, mas seu
sentido básico permanece. Os neurônios da rafe parecem estar
intimamente envolvidos no controle dos ciclos de sono-vigília, assim como
em diferentes estágios do sono.

Drogas associadas: Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS),


como a fluoxetina (Prozac) ou a sertralina (Zoloft).
Sistema Dopaminérgico (Áreas Dopaminérgicas: a Substância Nigra e a
Área Tegmentar Ventral. )

Função: Regulação do sistema de recompensa, motivação, humor e


controle motor. Um dos sistemas modulatórios origina-se da substância
nigra, no mesencéfalo. Lembre-se, do Capítulo 14, que essas células
projetam axônios ao estriado (i.e., o núcleo caudado e o putamen), onde,
de algum modo, facilitam o início de movimentos voluntários. A
degeneração de células contendo dopamina na substância nigra é tudo o
que é necessário para produzir os distúrbios motores progressivos e
assustadores da chamada doença de Parkinson.

Outro sistema modulatório dopaminérgico no mesencéfalo é o


mesocorticolímbico. Diversas funções têm sido atribuídas a essa
complicada projeção. Por exemplo, várias evidências indicam que essa
região está envolvida no sistema de “recompensa”, que de algum modo
atribui valor para certos comportamentos (reforça esses comportamentos)
que são adaptativos.

Drogas associadas: Agonistas de receptores de dopamina, como a L-dopa


(usada no tratamento da doença de Parkinson) ou a cocaína (droga
estimulante).
Sistema Colinérgico (Os Complexos Colinérgicos do Prosencéfalo Basal e
do Tronco Ence- fálico. )

Função: Regulação da atenção, memória e aprendizado. Também existem


interneurônios colinérgicos no encéfalo – por exemplo, no estriado e no
córtex. Além deles, há dois importantes sistemas colinérgicos
modulatórios de projeção difusa do encéfalo, um dos quais é chamado de
complexo do prosencéfalo basal. É um “complexo” porque os neurônios
colinérgicos estão dispersos entre diversos núcleos relacionados entre si e
localizados no centro do telencéfalo, medial e ventralmente aos núcleos da
base. Os mais bem conhecidos entre eles são os núcleos mediais do septo,
que fornecem inervação colinérgica ao hipocampo, e o núcleo basal de
Meynert, que fornece a maior parte da inervação colinérgica do
neocórtex.

A função das células no complexo prosencefálico basal ainda é bastante


desconhecida. Entretanto, o interesse nessa região tem sido impulsionado
pela descoberta de que essas células estão entre as primeiras células a
morrer durante a evolução da doença de Alzheimer, que é caracterizada
por uma perda progressiva e profunda das funções cognitivas. (Nessa
doença, no entanto, ocorre morte neuronal em muitas regiões, e nenhum
elo mais específico entre a doença e os neurônios colinérgicos foi
estabelecido até o momento.) Assim como os sis- temas noradrenérgico e
serotoninérgico, o sistema colinérgico tem sido implicado na regulação
geral da excitabilidade cerebral durante o alerta e os ciclos sono-vigília. O
complexo do prosencéfalo basal também pode ter um papel especial no
aprendizado e na formação da memória.
O segundo sistema colinérgico de projeção difusa é chamado de complexo
pontomesencefalotegmentar. Ele inclui células da ponte e do tegmento
mesencefálico que utilizam ACh. Esse sistema atua principalmente no
tálamo dorsal, onde, juntamente com os sistemas noradrenérgico e
serotoninérgico, regula a excitabilidade de núcleos retransmissores (ou
relés) sensoriais. Essas células também projetam vias ascendentes ao
telencéfalo, fornecendo um elo colinérgico entre o tronco encefálico e os
complexos prosencefálicos basais.

Drogas associadas: Inibidores da enzima colinesterase, como o donepezil


(Aricept) usado no tratamento da doença de Alzheimer.

Como se dá a liberação de ADRENALINA?

A adrenalina (ou epinefrina) é o composto liberado no sangue pela medula


supra renal, quando ativada pela inervação pré-ganglionar simpática. A
adrenalina é, na verdade, produzida a partir da noradrenalina (ou
norepinefrina), e seus efeitos nos tecidos-alvo são quase idênticos àqueles
causados pela ativação simpática. Assim, a medula suprarrenal na verdade
não é senão um gânglio simpático modificado. Você pode imaginar que, à
medida que a adrenalina é liberada, um conjunto coordenado de efeitos
simpáticos é engrenado em todo o organismo.

Ritmos e Ciclos do Encéfalo


1 - O que é EEG?

EEG é a sigla para eletroencefalograma. É um exame médico que registra a


atividade elétrica do cérebro. O eletroencefalograma é amplamente
utilizado para avaliar a função cerebral, diagnosticar distúrbios
neurológicos e monitorar o estado do cérebro durante procedimentos
médicos.

Durante um eletroencefalograma, eletrodos são colocados no couro


cabeludo do paciente, geralmente com uma pasta condutora, para captar
os sinais elétricos gerados pelas células nervosas (neurônios) do cérebro.
Esses sinais elétricos são amplificados e registrados em forma de gráfico,
chamado de traçado eletroencefalográfico.
O traçado eletroencefalográfico mostra as ondas cerebrais que refletem a
atividade elétrica em diferentes regiões do cérebro. Essas ondas são
classificadas em diferentes tipos, como ondas alfa, beta, theta e delta,
cada uma com características específicas associadas a diferentes estados
de consciência, atividade mental e padrões de sono.

O eletroencefalograma é um exame não invasivo, indolor e seguro. Ele é


amplamente utilizado em neurologia para auxiliar no diagnóstico de
condições neurológicas, como epilepsia, distúrbios do sono, lesões
cerebrais, tumores cerebrais, encefalopatias e avaliação de coma. Também
é usado em pesquisa para estudar a atividade cerebral em diferentes
contextos e condições.

2 - O EEG mensura a atividade de um único neurônio? Justifique.

Não, o EEG (eletroencefalograma) não mensura a atividade de um único


neurônio. O eletroencefalograma registra a atividade elétrica do cérebro
através de eletrodos posicionados no couro cabeludo, captando os sinais
gerados pelas células nervosas em conjunto.

A atividade elétrica medida pelo EEG é uma soma das correntes elétricas
produzidas por um grande número de neurônios que estão sincronizados e
disparando em padrões semelhantes. Essas correntes elétricas geradas
pelos neurônios se propagam através dos tecidos cerebrais e são captadas
pelos eletrodos do EEG.

Devido à natureza não invasiva e à localização externa dos eletrodos, o


EEG não possui resolução espacial suficiente para distinguir a atividade
elétrica de neurônios individuais ou grupos de neurônios específicos. Em
vez disso, o EEG fornece uma representação ampla da atividade elétrica
global do cérebro em determinados padrões de ondas cerebrais.

Para estudar a atividade de neurônios individuais, técnicas mais invasivas,


como eletrodos intracranianos ou registros de unidades individuais, são
necessárias. Essas técnicas fornecem uma resolução espacial e temporal
muito maior, permitindo a análise da atividade de neurônios específicos.
No entanto, essas técnicas são utilizadas em contextos de pesquisa ou
diagnóstico específicos e não são comumente aplicadas em exames
clínicos rotineiros como o EEG.

3 - Quais as diferenças entre os ritmos delta, teta, alfa, beta e gama?

Os ritmos delta, teta, alfa, beta e gama são diferentes tipos de ondas
cerebrais que podem ser observadas em um eletroencefalograma (EEG).
Cada um desses ritmos tem características distintas e está associado a
diferentes estados de consciência, atividades mentais e processos
cognitivos. Aqui estão as principais características de cada um:

Delta: As ondas delta são as de menor frequência e amplitude no EEG. Elas


têm uma faixa de frequência de cerca de 0,5 a 4 Hz. As ondas delta são
mais comuns durante o sono profundo e são associadas a processos
regenerativos, reparadores e de recuperação do corpo. Também podem
ser encontradas em alguns distúrbios neurológicos, como lesões cerebrais
e distúrbios do sono.

Teta: As ondas teta têm uma frequência um pouco mais alta do que as
ondas delta, variando de cerca de 4 a 8 Hz. Elas são observadas durante o
sono leve, meditação profunda, estados de relaxamento e também podem
ocorrer durante certas fases do sono REM (movimento rápido dos olhos).
As ondas teta também estão associadas a processos de aprendizado,
memória e criatividade.

Alfa: As ondas alfa têm uma frequência de cerca de 8 a 13 Hz. Elas são
observadas quando uma pessoa está relaxada, com os olhos fechados e
em um estado de repouso tranquilo. As ondas alfa são geralmente
consideradas um indicador de um estado de atenção relaxada e podem
desaparecer ou ser suprimidas quando os olhos estão abertos ou durante
atividades mais exigentes mentalmente.

Beta: As ondas beta têm uma frequência mais alta, variando de cerca de
13 a 30 Hz. Elas estão associadas a estados de alerta, atividade mental
ativa, concentração, pensamento racional e atividade cognitiva geral. As
ondas beta são frequentemente observadas quando uma pessoa está
acordada e envolvida em atividades como trabalhar, estudar, resolver
problemas ou se envolver em conversas estimulantes.
Gama: As ondas gama são as de frequência mais alta, geralmente acima
de 30 Hz. Elas estão relacionadas a processos de alto nível cognitivo, como
a integração de informações de diferentes regiões cerebrais, percepção,
consciência e estado de fluxo mental. As ondas gama têm sido associadas
à atenção focalizada, ao aprendizado rápido, à memória de trabalho e à
experiência de estados de consciência elevados.

É importante ressaltar que essas faixas de frequência são apenas


referências gerais, e a atividade cerebral pode variar consideravelmente de
pessoa para pessoa. Além disso, diferentes ritmos podem estar presentes
simultaneamente em diferentes regiões do cérebro, refletindo a
complexidade e a variedade de processos cognitivos e estados de
consciência.

4 - Quais são os três estados funcionais do encéfalo. Explique


sucintamente cada um deles.

Os três estados funcionais do encéfalo são o estado de vigília, o sono e o


estado de coma. Aqui está uma explicação sucinta de cada um deles:

Estado de vigília: O estado de vigília é o estado em que estamos


acordados e conscientes do ambiente ao nosso redor. Durante esse
estado, o cérebro está ativamente envolvido em processos cognitivos,
atividades mentais e interações sociais. É caracterizado por um padrão de
ondas cerebrais predominantemente beta e alfa, dependendo do nível de
alerta e relaxamento. Durante o estado de vigília, estamos alertas, capazes
de responder a estímulos e engajados em atividades diárias.

Sono: O sono é um estado fisiológico de repouso caracterizado por uma


diminuição da consciência e da capacidade de resposta ao ambiente.
Durante o sono, ocorrem diferentes estágios e fases que se repetem
ciclicamente ao longo da noite. Essas fases incluem o sono de ondas lentas
(estágios N1, N2, N3) e o sono REM (movimento rápido dos olhos). O sono
desempenha um papel crucial na restauração física e mental, consolidação
da memória, regulação do humor, fortalecimento do sistema imunológico
e outros processos fisiológicos importantes.
Estado de coma: O estado de coma é um estado de inconsciência
profunda e prolongada, no qual uma pessoa não responde a estímulos
externos e não exibe atividade cerebral coerente. É um estado de
comprometimento grave da função cerebral, muitas vezes resultado de
lesões traumáticas no cérebro, acidentes vasculares cerebrais,
encefalopatias ou outros distúrbios neurológicos graves. No estado de
coma, a atividade cerebral é severamente reduzida ou ausente, e os
indivíduos não mostram sinais de consciência ou interação com o
ambiente.

É importante destacar que esses são apenas três estados funcionais


básicos do encéfalo, e existem outros estados e variações, como o estado
de sono REM, sonhos vívidos, estados alterados de consciência induzidos
por meditação ou uso de substâncias, entre outros. O cérebro é um órgão
complexo, e a compreensão dos diferentes estados funcionais é uma área
ativa de pesquisa na neurociência.

5 - O que é o sono profundo? É a mesma coisa que o sono REM?


Justifique.

O sono profundo, também conhecido como sono de ondas lentas ou sono


N3, é uma fase do sono caracterizada por um padrão de ondas cerebrais
de baixa frequência e alta amplitude, chamadas de ondas delta. É
considerado o estágio mais profundo do sono não REM. Durante o sono
profundo, o corpo passa por processos de reparação, regeneração e
consolidação de memórias.

Por outro lado, o sono REM (movimento rápido dos olhos) é uma fase
distinta do sono, durante a qual ocorrem sonhos vívidos e os olhos se
movem rapidamente de um lado para o outro. O sono REM é caracterizado
por um padrão de ondas cerebrais semelhante ao estado de vigília, com
atividade cerebral rápida e irregular.

Embora o sono profundo e o sono REM sejam fases diferentes do sono,


eles são intercalados ao longo de um ciclo de sono completo. Durante a
primeira metade da noite, predominam os estágios de sono profundo,
enquanto durante a segunda metade ocorre um aumento na duração do
sono REM. Essa sequência de ciclos de sono, com alternância entre o sono
profundo e o sono REM, repete-se várias vezes durante uma noite de sono
saudável.

Cada fase do sono tem funções distintas. O sono profundo é responsável


pela recuperação física, regulação hormonal, consolidação de memórias
declarativas e fortalecimento do sistema imunológico. O sono REM está
associado à consolidação de memórias emocionais, processamento
emocional, criatividade e aprendizado procedural.

Portanto, embora o sono profundo e o sono REM sejam fases distintas do


sono, eles são igualmente importantes para a saúde e o funcionamento
adequado do cérebro. Ambos desempenham papéis essenciais em
diferentes aspectos da função cerebral e do bem-estar geral.

6 - O que é o ciclo circadiano e qual estrutura do hipotálamo é


responsável por sua manutenção?

O ciclo circadiano refere-se a um ciclo aproximadamente de 24 horas que


regula diversos processos biológicos, incluindo o sono, a vigília, a
regulação hormonal, a temperatura corporal e outras funções fisiológicas.
Esse ciclo é influenciado principalmente por sinais ambientais, como a luz
e a escuridão, e é controlado por uma estrutura do cérebro chamada
núcleo supraquiasmático (NSQ).

O núcleo supraquiasmático (NSQ) é uma pequena região localizada no


hipotálamo, no cérebro. Ele desempenha um papel fundamental na
manutenção do ritmo circadiano. O NSQ recebe informações visuais
diretas dos olhos, permitindo que ele monitore os níveis de luz no
ambiente. Essas informações são utilizadas para sincronizar o relógio
interno do corpo com o ciclo de 24 horas do dia.

Quando o NSQ detecta a presença de luz, ele suprime a produção de


melatonina, um hormônio que ajuda a regular o sono, e promove a vigília.
À medida que a luz diminui, o NSQ desencadeia a produção de
melatonina, sinalizando o corpo para se preparar para o sono.

Além de regular o sono e a vigília, o ciclo circadiano controlado pelo NSQ


influencia muitos outros aspectos da fisiologia, como a secreção de
hormônios, a temperatura corporal, o metabolismo, a digestão e a função
cognitiva. O desequilíbrio do ciclo circadiano, como em casos de jet lag ou
trabalho noturno, pode resultar em distúrbios do sono, problemas de
saúde e desregulação de várias funções corporais.

Em resumo, o ciclo circadiano é um mecanismo interno que regula


ritmicamente uma variedade de processos biológicos ao longo de um
período de cerca de 24 horas. O núcleo supraquiasmático (NSQ), uma
estrutura localizada no hipotálamo, é responsável por manter e sincronizar
esse ritmo circadiano com os sinais ambientais, principalmente a luz.

7 - Cite 4 variáveis fisiológicas que obedecem ao ciclo circadiano.

Existem várias variáveis fisiológicas que obedecem ao ciclo circadiano.


Aqui estão quatro exemplos:

Ritmo de sono e vigília: O ciclo circadiano regula o ritmo sono-vigília,


determinando os períodos em que estamos naturalmente propensos a
dormir e acordar. Normalmente, sentimos sonolência à noite e estamos
mais alertas durante o dia, devido à influência do ciclo circadiano.

Temperatura corporal: A temperatura corporal segue um padrão


circadiano, com uma queda gradual durante a noite e um aumento
durante o dia. No início da noite, a temperatura corporal começa a
diminuir, atingindo o ponto mais baixo no início da manhã, e depois
aumenta novamente ao longo do dia.

Secreção hormonal: A liberação de hormônios também é influenciada pelo


ciclo circadiano. Por exemplo, o hormônio do estresse, o cortisol,
apresenta um pico logo após acordarmos e diminui gradualmente ao longo
do dia. A melatonina, hormônio envolvido na regulação do sono, é
produzida em maior quantidade durante a noite e reduzida durante o dia.

Pressão arterial: A pressão arterial segue um padrão circadiano,


geralmente sendo mais baixa durante a noite e aumentando gradualmente
durante o dia. Isso está relacionado à atividade física e aos níveis de
estresse, que também variam ao longo do dia de acordo com o ciclo
circadiano.
Essas são apenas algumas das variáveis fisiológicas que obedecem ao ciclo
circadiano. O ciclo circadiano desempenha um papel essencial na
regulação de várias funções corporais, influenciando a saúde, o bem-estar
e o desempenho em diversas atividades diárias.

8 - O que é a higiene do sono?

A higiene do sono refere-se a uma série de práticas e comportamentos


que promovem um sono saudável e de qualidade. É um conjunto de
hábitos que ajudam a criar um ambiente propício para o sono,
estabelecem uma rotina adequada antes de dormir e promovem uma boa
higiene pessoal e mental relacionada ao sono. A higiene do sono é
importante para garantir um descanso adequado, melhorar a qualidade do
sono e promover uma boa saúde geral.

Aqui estão algumas práticas comuns de higiene do sono:

Manter um horário regular de sono: Estabelecer uma rotina de sono


consistente, indo para a cama e acordando aproximadamente no mesmo
horário todos os dias, inclusive nos fins de semana, ajuda a regular o ritmo
circadiano e promove um sono mais consistente.

Criar um ambiente propício para o sono: O quarto deve ser silencioso,


escuro, fresco e confortável. Utilizar cortinas ou máscaras de dormir para
bloquear a luz, reduzir o ruído ambiente e ajustar a temperatura para um
nível confortável podem contribuir para um sono melhor.

Evitar estimulantes antes de dormir: Cafeína, nicotina e álcool podem


interferir na qualidade do sono. É recomendado evitar o consumo dessas
substâncias várias horas antes de dormir.

Estabelecer uma rotina relaxante antes de dormir: Criar uma rotina antes
de dormir, como tomar um banho quente, ler um livro, ouvir música
relaxante ou praticar técnicas de relaxamento, ajuda o corpo a se preparar
para o sono.

Evitar atividades estimulantes antes de dormir: Evitar o uso de


dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets, antes de dormir,
pois a luz azul emitida por esses dispositivos pode interferir na produção
de melatonina e afetar o sono.

Fazer exercícios regularmente: A prática regular de exercícios físicos


durante o dia pode ajudar a melhorar a qualidade do sono. No entanto, é
recomendado evitar exercícios intensos perto da hora de dormir, pois
podem causar agitação.

Essas são apenas algumas práticas comuns de higiene do sono. A adoção


de uma boa higiene do sono pode ajudar a melhorar a qualidade do sono,
reduzir problemas de insônia e promover uma sensação geral de
bem-estar e vitalidade.

OBS: TEM QUE DAR UMA ESTUDADA NAS EMOÇÕES

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