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A histologia é a ciência que estuda os tecidos biológicos, desde a sua formação (origem),
estrutura (tipos diferenciados de células) e funcionamento. A palavra vem do grego
“hydton”, que significa tecido e “logos”, que significa estudos. Para que professores de
Educação Física e técnicos, clínicos possuam um plano adequado para um programa que
vise aumentar o desempenho, força muscular, flexibilidade, endurance, devem possuir
um bom conhecimento do sistema muscular e seu funcionamento geral. Devem conhecer
a estrutura, tanto microscópica quanto macroscópica, para que assim compreendam a
função.
As células musculares, o tecido nervoso, o sangue e vários tipos de tecidos conjuntivos
constituem o músculo esquelético. é formado por milhares de fibras contrateis
individuais mantidas por uma bainha de tecidos conjuntivos. Alguns tecidos são formados
por células que possuem a mesma estrutura; outros são formados por células que têm
diferentes formas e funções, mas que juntas colaboram na realização de uma função
geral maior. Os músculos são envolvidos por uma membrana de tecido conjuntivo
denominado epimísio. No seu interior, existem feixes – ou fascículos – musculares,
envolvidos por outra camada de tecido conjuntivo, o perimísio. Em cada feixe, há fibras
musculares envolvidas, individualmente, pelo endomísio. Fibras que são formadas por
miofibrilas, envoltas pelo sarcolema, sua membrana celular. Cada músculo é separado
dos demais por uma fáscia, que o envolve e é denominada epimísio. O músculo é formado
por um conjunto de fibras musculares. Cada fibra possui o comprimento do músculo que
ela constitui. Estas estão agrupadas em forma de feixe, denominado fascículo, que é
revestido pelo perimísio. Cada fibra muscular individual, que forma o fascículo, por sua
vez, é revestida pelo endomísio. Todas essas fáscias que organizam o músculo em feixes,
fibras e o separa dos demais são tecidos conjuntivos.
Publicado em Neuromuscular
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Tags: actina e miosina, célula muscular, histofisiologia
neuromuscular, miofibrila, neuromuscular, sarcolema, tecido conjuntivo
Controle Motor
24 SET
Movimento Automático
À medida que o treinamento motor transcorre, forma-se um padrão de movimento. Num
dado momento do desenvolvimento, cuja determinação precisa é bastante difícil, o
exercício funcional continuado faz com que a via seja simplificada, e o centro de
comando de controle motor migra do córtex sensório-motor para o tronco cerebral. O
córtex sensório-motor continua sendo fundamental para dar início ao movimento que,
afinal, é voluntário; assim que ele é iniciado, no entanto, a regência do movimento passa
para a responsabilidade do tronco cerebral, de forma que se realizam ações como dirigir,
mastigar, escrever, falar, entre outras, sem a necessidade consciente de manutenção do
gesto. Em outras palavras, o movimento passa a ser automatizado, que é um estágio
intermediário entre os movimentos voluntários e involuntários. Da mesma forma que o
gesto motor é estruturado e automatizado, as características individuais, bem como erros
eventuais, também o são, e o padrão motor memorizado é definido ao nível
neuromuscular a ponto de ser extremamente difícil a sua alteração ou correção. Este
padrão motor definido, ou seja, toda a sequência de ativação neuromuscular tantas vezes
repetida a ponto de se tornar próxima ao definitivo, é chamada engrama.
Muito embora seja bastante difícil modificar padrões motores estabelecidos, ainda há a
possibilidade de correções em graus variados. Com isto, atividades como a marcha, a
escrita e a fala, entre outras, são de fato peculiares a cada indivíduo. Situações
patológicas como o AVC podem fazer com que o indivíduo perca o padrão motor
adquirido, em função da lesão de determinada região do córtex motor. Os tecidos
periféricos nessa situação em relação à área atingida podem assumir o controle dos
movimentos anteriormente organizados pela área agora necrosada, possibilitando ao
indivíduo afetado o reaprendizado dos gestos inicialmente estruturados. Diante deste
quadro, onde o indivíduo reaprende a execução de gestos motores, há a substituição do
padrão anteriormente armazenado.
Caso pretenda-se modificar um engrama em condições fisiológicas, o tempo gasto nesta
alteração tende a ser infinitamente maior do que o tempo empregado na aprendizagem,
quando o engrama foi assumido. Assim, do ponto-de-vista prático, o período investido em
fundamentação técnica é imprescindível para a estruturação do padrão correto. Se as
correções forem adiadas por muito tempo, o engrama pode vir a formar-se, englobando o
erro não corrigido a tempo. O trabalho de correção posterior, por sua vez, é muito mais
difícil e penoso do que a correção imediata, em tempo hábil. Na dinâmica da formação
do engrama, indivíduos com maior experiência motora ou repertório, apresentam uma
capacidade de improvisação infinitamente superior a indivíduos restritos às ações
cotidianas. Este fato decorre da capacidade de transferência da vivência motora entre
várias situações. Por exemplo: um atleta do handebol pode ter, em princípio, muito mais
facilidade em adaptar-se aos gestos do vôlei. Existem inúmeras situações que requerem
engramas acessórios; tais ações não são aprendidas através de exercícios pura e
simplesmente técnicos, necessitando de estímulos de outra natureza, normalmente
associados à bagagem de movimentos que o indivíduo traz desde o início da sua
formação.