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Compreender o sistema motor.


O sistema motor somático é constituído pelos músculos estriados esqueléticos e todos os
neurônios que os comandam, permitindo comportamentos variados e complexos através da ação
coordenada de mais de 700 músculos. Várias vias projetam-se direta ou indiretamente dos
centros motores superiores para o tronco encefálico e para a medula. Um dos aspectos
importantes da função motora é a facilidade com que executamos os atos motores sem pensar
sobre qual músculo contrair. Apenas geramos a intenção e o resto acontece automaticamente. Só
nos damos conta da complexidade do sistema quando sofremos lesão dos centros motores ou
privação de informação sensorial. Através de mecanismos de retroalimentação, usamos
informações dos receptores da pele, articulações e fusos neuromusculares para corrigir um
movimento em andamento, de modo a ajustar e manter a força de contração. A ação do sistema
nervoso é antecipatória e usa a experiência aprendida, assim como a informação sensorial, para
prever e ajustar o movimento. Por exemplo, quando uma bola é lançada e o goleiro deve pegá-
la, ele usa a visão para prever sua velocidade e a distância para colocar-se na posição exata para
agarrá-la. Após a bola tocar suas mãos, usa a retroalimentação para ajustes motores para evitar
sua queda, manter seu equilíbrio e a postura e a força necessárias para não soltar a bola. Quando
se quer mover o corpo ou parte do corpo, o cérebro forma a representação do movimento,
planejando a ação em toda sua extensão antes de executá-la. Esta representação é chamada de
programa motor, que especifica os aspectos espaciais do movimento, ângulos de articulação,
força etc.
Vias motoras diretas. Os axônios dos neurônios motores superiores se estendem do encéfalo aos
neurônios motores inferiores por meio de dois tipos de vias – direta e indireta. As vias motoras
diretas fornecem estímulos aos neurônios motores inferiores por meio de axônios que se
estendem diretamente a partir do córtex motor primário. As vias motoras indiretas fornecem
estímulos aos neurônios motores inferiores a partir dos centros motores no tronco encefálico.
Ambas as vias diretas e indiretas governam a geração de impulsos nervosos nos neurônios
motores inferiores, os neurônios que estimulam a contração dos músculos esqueléticos.
O trato corticoespinhal conecta o córtex cerebral aos neurônios motores da medula. As fibras
originam-se em diferentes áreas corticais (. Um terço de suas fibras originam-se na área 4, área
motora primária, um terço na área 6, áreas pré motora e motora suplementar, e um terço no
córtex somatossensorial, que contribui para a regulação do fluxo de informação sensorial na
coluna posterior) e têm trajetos distintos: Uma parte das fibras continua ventralmente,
constituindo o trato corticoespinhal anterior, enquanto outra parte cruza na decussação das
pirâmides para formar o trato corticoespinhal lateral.
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As vias motoras indiretas ou vias extrapiramidais incluem todos os tratos motores somáticos
diferentes dos tratos corticospinal e corticonuclear. Axônios dos neurônios motores superiores
que originam as vias motoras indiretas descem provenientes de vários núcleos do tronco
encefálico em cinco tratos principais da medula espinal e terminam nos neurônios do circuito
local ou nos neurônios motores inferiores. Esses tratos são o rubrospinal, o tetospinal, o
vestibulospinal, o reticulospinal lateral e o reticulospinal medial.
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Estudar a anatomia e fisiologia dos núcleos da base e cerebelo.

CEREBELO
A função do cerebelo é basicamente coordenação motora, se uma retirar o cerebelo ela
consegue contrair todos os músculos do corpo, porém seus movimentos vão ficar totalmente
dessincronizados, ou seja, terá ausência de coordenação motora.

O cerebelo se localiza posteriormente ao bulbo e à ponte e inferiormente à parte posterior do


telencéfalo (cérebro).

Os lobos anterior e posterior


controlam aspectos
subconscientes dos movimentos
da musculatura esquelética. O
lobo floculonodular da parte
inferior contribui com o
equilíbrio.

Lóbulo floculonodular: Mais antiga parte do cerebelo;


funciona junto ao sistema vestibular (equilíbrio do
corpo).

Verme: onde fica localizada a maior parte das funções


de controle cerebelar, para movimentos musculares do
corpo axial, pescoço, ombros e quadris.

- Zona intermediária: controle das contrações nas partes


distais das extremidades superiores e inferiores;

- Zona lateral: planejamento global de movimentos


motores sequenciais (coordenação). Recebem
aferências exclusivas do córtex.
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Fisiologia do cerebelo
O cerebelo desempenha um papel importante na sincronização das atividades motoras e na
progressão rápida e suave de um movimento muscular para o seguinte. Também ajuda a regular
a intensidade da contração do músculo quando a carga muscular se altera e controla a inter-
relação instantânea necessária entre os grupos musculares agonistas e antagonistas.
O cerebelo também auxilia o córtex cerebral a planejar o próximo movimento sequencial com
uma fração de segundo de antecedência, enquanto o movimento atual ainda está sendo
executado, ajudando, assim, a pessoa a progredir suavemente de um movimento para o outro.
Além disso, aprende com seus erros. Se um movimento não ocorre exatamente como
pretendido, o circuito cerebelar é capaz de fazer um movimento mais forte ou mais fraco na
próxima vez. Para fazer esse ajuste, ocorrem alterações na excitabilidade dos neurônios
cerebelares apropriados, possibilitando, assim, que as contrações musculares subsequentes
correspondam melhor aos movimentos pretendidos.
Dois sistemas vão levar os impulsos excitatórios para o córtex cerebelar: o sistema de fibras
trepadeiras e o sistema de fibras musgosas. As informações emergem dos núcleos cerebelares
por meio das células de Purkinje.
Se os impulsos chegarem do bulbo (trato olivocerebelar e reticulocerebelar) é pelo sistema de
fibras trepadoras, essas fibras se conectam diretamente com as células de purkinje. Agora se os
impulsos chegarem de qualquer região que não seja do bulbo(tratos espinocerebelar e
cerebropontino), elas chegam pelo sistema de fibras musgosas, vão passar informações para as
células granulares que vão formar a fibras paralelas, e das fibras paralelas esses impulsos
chegam nas fibras de purkinje.
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CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL:
-Vestibulocerebelo: controla o equilíbrio e os movimentos oculares (pequenos lobos
floculonodulares)
-Espinocerebelo: controla a sinergia dos movimentos (verme e zonas intermediárias)
-Cerebrocerebelo: controla o planejamento e a iniciação do movimento (zonas laterais)
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NÚCLEOS DA BASE

Entender o funcionamento do equilíbrio.


O equilíbrio é fundamental para que possamos realizar as tarefas do nosso dia a dia. O labirinto
localizado na orelha interna ele é responsável por grande parte do nosso equilíbrio, eles vão
mandar informações de movimentação da nossa cabeça (tanto aceleração linear como angular).

O nosso equilíbrio geral acontece a partir de um tripé (ou 3 pilares): Sistema vestibular,
visual e o proprioceptivo, ou seja, três informações q o nosso corpo manda, o cerebelo
integra essas informações e então o nosso corpo sabe (entende) se precisa se ajustar sim
ou não.
Por exemplo se um desses sistemas deixa de funcionar bem ou então manda informações
erradas, podemos desequilibrar, ficar tonto e até enjoar ou então se os 3 estão mandando
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informações corretas, mas interagem de formas erradas, como o cerebelo não funcionar
corretamente, também irá causar tontura. Então o nosso desequilíbrio pode estar relacionado
com o problema em cada um desses pilares ou pode ser um problema da integração desses
pilares.

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