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Centro Universitário Unifacvest

Acadêmica: Talia Meyer

Controle Motor
Disciplina Neurologia
Curso de Fisioterapia
Fase 6°

Lages
2021
Introdução
Quando falamos em controle motor, paramos para entender como ele funciona, como nosso
corpo é capaz de realizar tantas coisas de uma forma tão impressionante, se pararmos para pesar
como isso acontece de olhar para algo, planejar o movimento e executar o movimento e
verificar se o realizamos de forma correta para realizar esses movimentos exige um
funcionamento complexo coordenado pelo nosso sistema nervoso.
Desenvolvimento
O controle motor pode ser dividido principalmente em três grupos distintos :o movimento
reflexo, voluntário e o movimento rítmico.
O movimento reflexo é o movimento mais básico pois ele acontece em nível medular, um
exemplo é o reflexo calcâneo, atingindo de maneira correta no tendão que quando você bate de
maneira certa no tendão irá de imediato ocorre uma contração do tríceps sural com extensão do
pé sobre a perna, o sinal é enviado para a medula e ele não vai para centros superiores, melhor
dizendo, ali na medula própria ele produz a sinapses e voltando para o quadríceps realizando a
contratação.
Podemos citar também os reflexos posturais, deixa manter a nossa posição corporal sendo em
repouso ou em movimento, reflexos posturais estão integrados no tronco encefálico e requer de
informações sensoriais que tem início na visão, vestíbulo nos músculos, tendões e articulações.
Com essas informações sensoriais elas nos dizem qual a posição do nosso corpo e isso se
chama propriocepção.
O movimento voluntário é o tipo mais difícil podendo ser iniciado por vontade própria e
precisa de inclusão no córtex cerebral. É possível ser aprendido e aperfeiçoado com a prática e
inclusive se tornar se tornar um movimento involuntário, usando o exemplo de uma pessoa
destra ela treinando um movimento com seu membro que sente dificuldade para realizar
atividade, quanto mais ela praticar essa atividade com o decorrer do tempo essa pessoa terá uma
grande facilidade de realizar a mesma atividade que realizava todos os dias sem ter de pensar
antes de realizar a atividade, isso devido a memória muscular.
Já quando falamos em movimentos rítmicos é um conjunto de movimentos reflexos e dos
movimentos voluntários, e um exemplo disso seria pular ou correr.
Tais movimentos são estabelecidos e finalizados no córtex cerebral, porem quando criados em
uma rede de interneurônios do sistema nervoso central conhecidos como geradores centrais de
padrão responsabilizam-se pelo controle e preserva o ritmo da atividade.
Temos também três níveis de controle motor sendo uma delas a medula espinal que integra os
reflexos finais e possui os geradores centrais de padrão.
O tronco encefálico que leva os reflexos posturais ligado com o cerebelo.
Córtex cerebral que agrupado com os núcleos da base que comandam nossos movimentos
voluntários.
O tálamo está no centro ele altera e transfere sinais que são resultantes da medula espinal dos
núcleos da base, do cerebelo e do córtex cerebral.
O controle motor pode ser dividido em três grupos, podendo ser a tomada de decisão, início do
movimento e realização do movimento. Sendo assim é necessária uma ordem entre o córtex
cerebral, o cerebelo e os núcleos da base, o movimento voluntário pode-se iniciar a partindo de
uma ideia e não obrigatoriamente de um estímulo físico.
Para dar início ao movimento possui uma entrada sensorial, a informação vem do córtex motor
e do córtex sensorial, partir disto a entrada sensorial. Possuímos uma organização e tomada de
decisão, coordenação e ajuste temporal. Essas informações irão para o tronco encefálico depois
para medula espinal e por fim para cerebelo auxiliando nas formas posturais.
Falando um pouco sobre os núcleos da base tem como função auxiliar as áreas do córtex motor
e visando o movimento, também supre informações para o tronco encefálico, sobre a postura, a
marcha e o equilíbrio, o despacho de realizar o movimento vai ser determinado em potenciais de
ação que percorrem o trato corticoespinhal, controlando os movimentos voluntários. Tais
interneurônios nascem do córtex motor e seguem para medula espinal em que fazem sinapses
como os neurônios motores. A maior parte das vias descendentes cruza para o lado oposto do
corpo em uma região do bulbo. Já os neurônios dos núcleos da base assim como o movimento
do corpo, tais neurônios abrangem múltiplas sinapses no sistema nervoso central.
As vias piramidais e extra piramidais interagem e não são diferentes na sua função e a partindo
da contração muscular e do movimento nós obtemos os receptores sensoriais que alimentam a
medula espinal, o cerebelo e córtex sensorial, informando como o nosso movimento está sendo
realizado. Ao iniciarmos um movimento, necessitamos de ajustes posturais antecipatórios que
vão ajustar a posição do meu corpo e realizar transferência de peso antes do movimento que está
para acontecer, quando efetivamente iniciar o um movimento os potenciais de ação são
direcionados para os neurônios motores e determinados músculos que de certa forma serão
ativados e outros serão inibidos, e no decorrer deste movimento a determinada postura vai se
estabelecendo e ao logo do movimento os receptores sensoriais irão informar a medula espinal,
tronco encefálico e cerebelo, da maneira que o movimento está sendo realizado, sendo assim o
movimento é assimilado, compreendido e realizado de forma autônoma.
Referencias

BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: Desvendando o sistema


nervoso. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

TORTORA Gerejd J, DERRICKSON Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 12° ed. Rio de
Janeiro: Gen, 2009.

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