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Índice

1. Introdução................................................................................................................................. 3
1.1. Objectivo geral ......................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivos específicos ............................................................................................... 3

2. Sentido Cinestésico .................................................................................................................. 4


2.1. Sentido Vestibular .................................................................................................................... 4
3. Os Outros Sentidos da Percepção............................................................................................. 6
3.1. O olfacto ................................................................................................................................... 6
3.2. O paladar .................................................................................................................................. 7
3.3. O tacto ...................................................................................................................................... 7
3.4. O sentido de posição ................................................................................................................ 8
4. Sensações da Pele ..................................................................................................................... 8
4.1. Dor............................................................................................................................................ 9
4.2. Percepção ............................................................................................................................... 10
4.3. Organização perceptiva .......................................................................................................... 11
4.4. Constância perceptiva ............................................................................................................ 12
4.5. Percepção do movimento ....................................................................................................... 12
4.6. Ilusões visuais ........................................................................................................................ 13
4.7. Características do observador................................................................................................. 14
5. Conclusão ............................................................................................................................... 15
6. Referências bibliograficas ...................................................................................................... 16
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1. Introdução

O Presente trabalho da cadeira de Psicologia Geral, tem como tema as sensações e a percepções
onde foi de ver que a percepção é o desenvolvimento dos sentidos da criança, através de
estímulos visuais, gustativos, olfactivos e tácteis, trabalhando a atenção ligada a esses sentidos.
Este trabalho trata prioritariamente das questões referentes às percepções visuais, estimuladas por
figuras de duplo sentido e/ou ilusórias, e está fundamentada em teorias.

O processamento do estímulo, sua decodificação, análise nos mecanismos de interpretação, com a


comparação com os dados já existentes, facilitando a tomada de decisão, elaboração de resposta,
organizada no mecanismo de resposta e posterior encaminhamento aos feitores apropriados, dá-se
o nome de percepção (MAGILL, 2000). E a cinestesia é a sensação e consciência que o indivíduo
tem dos movimentos do seu corpo, conforme o posicionamento de articulações e tensões geradas
pelos músculos. A propriocepção é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo,
sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em
relação ás demais sem utilizar a visão. Esse tipo percepção permite a manutenção do equilíbrio e
a realização de diversas actividades práticas (SCHMIDT; WRISBERG, 2001).Para alem destes
pontos o trabalho ira debruçar em torno da dor, o tacto, o olfacto entre outros órgãos de sentidos
envolvidos na percepção.

1.1. Objectivo geral

Compreender o papel dos órgãos sensoriais especificamente na percepção.

1.1.1. Objectivos específicos

 Definir as sensações e percepções;


 Identificar os tipos sentidos da percepção;
 Descrever as características das sensações e percepções.
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2. Sentido Cinestésico

A cinestesia é a percepção do equilíbrio e da posição das várias partes do corpo. O conceito tem
origem nos termos gregos koiné (“comum”) e áisthesis (“sensação”), pelo que, etimologicamente,
faz referência à sensação ou percepção do movimento.

O sentido cinestésico é basicamente o sentido do movimento. É tudo uma questão de como


podemos sentir se nosso corpo está se movendo. É uma consciência de nosso próprio corpo em
termos de coisas como onde nossos membros estão descansando atualmente. Também é
conhecido como memória muscular. Por exemplo, você pode levantar a perna sem olhar para ela
e pode continuar digitando mesmo fechando os olhos. A propriocepção é semelhante, mas os
cientistas acham que isso pode estar relacionado à nossa consciência ou sentido dos movimentos,
e não aos próprios movimentos. Tudo isso é baseado em feedback interno em nosso corpo. Em
outras palavras, é bem diferente de algo como a visão, que depende de sinais externos do mundo.

Todo o sistema nervoso , que é um conjunto de células nervosas que transmitem sinais do cérebro
e da medula espinhal para o resto do corpo, é responsável pelo sentido cinestésico. Em nossos
músculos, articulações e tendões, temos neurônios que respondem a coisas como toque e pressão.
Esses neurônios trabalham com outras partes do nosso corpo para monitorar o movimento do
nosso corpo.

O sentido cinestésico é o que nos permite saber coisas como quando chegamos a uma porta para a
qual estamos caminhando ou quão pesado é um objecto quando o levantamos. O sentido
cinestésico é muito importante para actividades como exportes. Imagine que você está correndo
por um campo de futebol com a bola na sua frente. Você não gostaria de ficar olhando
exclusivamente para a bola, certo? Você também precisa olhar para o gol e para os outros
jogadores ao seu redor. O sentido cinestésico é o que torna isso possível.

2.1. Sentido Vestibular

Os sentidos vestibulares nos dão pistas sobre nossa orientação ou posição no espaço (Leigh,
1994), dizendo nos qual direcção esta para cima ou para baixo.
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O sentido vestibular é o nosso sentido de equilíbrio. Enquanto o sentido cinestésico lida com
nossos movimentos reais, como levantar uma perna ou um braço, o sentido vestibular tem mais a
ver com nosso movimento em relação ao mundo externo. Aqui está um exemplo para ilustrar a
diferença. Você pode fechar os olhos e ainda conseguir realizar os movimentos cinestésicos,
como levar a mão ao rosto. Mas você não pode girar em círculos com os olhos fechados sem
perder o equilíbrio. É por isso que os bailarinos devem manter os olhos abertos e fixos em um
objecto estável para completar este movimento.

Portanto, o sentido vestibular diz respeito às coisas do nosso mundo externo; precisamos dele
para manter nosso equilíbrio, ou o equilíbrio de nosso corpo . Para manter o equilíbrio,
precisamos de informações de alguns lugares diferentes, mas o principal componente é o ouvido
interno. Nosso sistema vestibular está localizado em nosso ouvido interno, que é preenchido com
minúsculas células ciliadas que comunicam informações sobre nosso equilíbrio.

Nossa percepção do movimento de nosso corpo surge nos chamados canais semicirculares do
ouvido interno. Dentro desses canais, existe um fluido que acciona aquelas pequenas células
ciliadas para enviar informações sobre como nosso corpo está girando em relação à gravidade.
Você já esteve em um barco rochoso e ficou enjoado? Isso acontece porque nosso ouvido interno
detecta movimento (o balanço do barco) e as células ciliadas ficam superestimadas. Esse
desequilíbrio nos faz sentir mal.

Os sacos vestibulares são órgãos localizados em nosso ouvido interno, que nos dizem onde está
nossa cabeça em relação ao nosso corpo. Então, estamos olhando para cima, para baixo ou de um
lado para o outro? Esses sacos vestibulares estão entre os canais semicirculares e a cóclea , ou a
parte da orelha amplamente responsável pela audição. Os sacos vestibulares conectam o canal
semicircular e a cóclea e são importantes para o equilíbrio.

Sem nosso sistema vestibular, ficaríamos tontos e sem equilíbrio o tempo todo e teríamos
problemas para fazer coisas como controlar a postura da cabeça.
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3. Os Outros Sentidos da Percepção

 Tacto
 Paladar
 Olfacto
 O Sentido de Posição.
3.1. O olfacto

Embora este sentido seja mais fraco nos humanos que na maioria dos animais, o nosso olfacto é
cerca de dez mil vezes mais aguçado que o nosso paladar (Moncrieff, 1951). Como nossos outros
sentidos o olfacto passa por adaptação, assim os odores que no inicio parecem fortes
gradativamente se tornam menos notáveis.

Nosso olfacto para odores comuns é activado por uma proteína complexa produzida numa
glândula nasal. A proteína se liga a moléculas presentes no ar, que então activam os receptores
localizados na parte superior de cada cavidade nasal. Muitos animais, inclusive os humanos, tem
um segundo sistema sensorial destinado ao olfacto que em alguns animais usam para comunicar
sinais sexuais, agressivos ou territoriais. Receptores localizados na parede superior da cavidade
nasal detectam substâncias químicas chamados ferormonios, que podem ter efeitos bem
específicos e poderosos no comportamento. Os humanos também tem receptores para
ferormonios (Takami, et al. 1993).

A teoria da evolucao tambem explica porquê nosso olfacto é fraco se comparado ao de outros
animais (Ackerman, 1995).

Os dados imediatos do sentido olfactivo são os odores. Há uma grande qualidade de odores muito
ricos em qualidades sensíveis. Uns agradáveis (flores, frutos), outros desagradáveis (suor) e
outros ainda repugnantes (carnes podres, excrementos humanos, ovos podres, etc). A
sensibilidade olfactiva é varia muito de espécie para espécie e é relativamente pouco
desenvolvida no homem e extremamente desenvolvida nos animais chamados osmóticos, na vida
dos quais tem um papel primordial. É pelo olfacto que os animais geralmente distinguem
substâncias próprias para a sua alimentação das substâncias nocivas. É pelo olfacto que os
animais caçadores e predadores descobrem e perseguem as suas presas.
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3.2. O paladar

Como o tacto, o sentido do paladar envolve quatro sensações básicas, nomeadamente doce,
azedo, salgado e amargo. O gosto é uma sensação química. Os estímulos gustativos são
substâncias chamadas sápidas que se diluem na saliva, (acção química). O dispositivo receptor é
constituído por células reunidas em papilas e que com ramificações do nervo gustativo se
encontram dispostas na superfície da língua.

Para que as células sejam excitadas é necessária a diluição, por isso, a introdução na boca de
qualquer substância sapida determina logo um acréscimo de secreção salivar (reflexo salivar). Os
elementos do sentido gustativo são os sabores e que se dividem em quatro grupos – doce,
amargo, acido e salgado. Esta distinção de sabores tem uma base fisiológica, porque cada sabor
fundamental corresponde a grupos de células de estabilidade química diferentes. As sensações
gustativas combinam-se com as outras que as enriquecem ou modifica (térmicas ou olfativas). As
sensações gustativas térmicas, como por exemplo café, cerveja, sopa e água sabem de modo
diferente conforme se são tomadas quentes ou frias. As sensações olfativas, ao exemplo da
comida, da bebida entre outras sabem melhor quando cheiram bem.

3.3. O tacto

O estímulo táctil é qualquer corpo sólido, liquido ou gasoso com a condição de que comprima a
pele deformando-a mais ou menos ligeiramente. A sua acção é mecânica.

Os dispositivos receptores tácteis distribuem-se pelas diferentes regiões da pele. É de realçar a


existência de dois tipos de receptores:

a) Superficiais - sensíveis a deformações ligeiras, fornecem sensações de contacto.

b) Profundas- só sensíveis a compressões demoradas, fornecem sensações de pressão. Portanto,


os dados imediatos de tacto são as sensações de pressão e de contacto.
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3.4. O sentido de posição

O funcionamento eficaz do corpo exige um sentido sinestésico, que comunica ao cérebro a


posição e o movimento de partes do corpo, assim como um sentido de equilíbrio, que monitora a
posição e o movimento de todo o corpo.

Chama-se sentido de equilíbrio a capacidade que o ser vivo tem de assumir quer no estado de
repouso quer em movimento, a posição somática correspondente às exigências de momento. E o
sentido de orientação é a capacidade que tem o ser vivo de se situar no espaço e de se dirigir para
o lugar não directamente percebido. Os estímulos de orientação e de equilíbrio são de natureza
mecânica respectivamente a força de gravidade e as forças centrípetas produzidas pelos
movimentos do nosso corpo. O dispositivo receptor dos sentidos de equilíbrio e de orientação no
homem é o ouvido interno a que se encontram dispositivos sobre os quais atuam os estímulos,
isto é, os otólitos e a endolinfa. Os otólitos são corpúsculos calcários (pedrinhas) situados em
pequenas cavidades do ouvido interno. São sensíveis a acção da gravidade, isto é, pesam sob
acção de gravidade. Os otólitos fazem a pressão sobre as células revestidas de cílios tácteis e que
por sua vez comunicam com os nervosos sensitivos através dos quais a excitação é transmitida ao
cérebro.

4. Sensações da Pele

Na verdade, nossa pele é nosso maior órgão sensorial. Além de nos proteger do ambiente, conter
os fluídos do corpo e regular nossa temperatura interna, a pele é um órgão sensorial que possuí
enormes receptores nervosos distribuídos em diversas concentrações ao longo de sua superfície.
As fibras nervosas de todos esses receptores seguem em direcção ao cérebro em dois caminhos.
Algumas informações passam pela medula e pelo tálamo, e daí vão para o córtex sensorial do
lobo pariental so cérebro presumivelmente local em que se origina nossa sensação de tato. Outras
informações passam pelo tálamo e depois seguem para a formação reticular e é responsável tanto
por estimular quanto por acalmar o sistema nervoso.

Vários receptores da pele dão origem a sensações de pressão, temperatura e dor. A relação entre
esses receptores e nossa experiência sensorial e sútil.
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Os pesquisadores acreditam que o nosso cérebro recorre à informações complexas sobre os


padrões de actividades, recebidas de diversos receptores diferentes, afim de detectar e discriminar
as sensações da pele (Craig e Rollman, 1999).

O cérebro deve combinar as informações inerentes a variações de fibras para determinar a


temperatura da pele. Caso os dois grupos sejam activados ao mesmo tempo o cérebro geralmente
interpreta esse padrão combinado d disparos como «quente»(Craig e Bushnell, 1994).

A pele é extremamente sensível: a remoção de apenas 0,0001016 cm de pele é capaz de gerar


uma sensação de pressao (Weinstein, 1968).

4.1. Dor

A palavra dor deriva do latim da palavra “poena” e é definida como uma “sensação a qual a
pessoa experiencia desconforto, angústia, ou sofrimento devido a estímulos de nervos sensitivos.”

A dor serve de sinal de alerta para nos avisar que algo errado esta acontecendo.

A dor pode ser definida como “Efeito de um mal que o corpo experimenta.” Sendo assim, esta
definição pretende identificar três elementos presentes: uma sensação corporal, um mal-estar
emocional e uma actividade de evitamento. É uma sensação na medida em que a dor é
desencadeada por um sistema sensorial especializado de descodificação que informa o indivíduo
sobre o seu ambiente e sobre o estado do seu organismo.

A dor é uma emoção penosa e desagradável, que a partir do momento em que surge suscita como
primeira reacção a sua recusa. A componente comportamental da dor engloba um conjunto de
manifestações verbais e não verbais da pessoa, tais como queixas, gemidos, mímicas, posturas
anti-álgicas. A percepção da dor actual é influenciada pelo passado doloroso do sujeito, pelas
dores dos outros que ficaram na sua memória. 6 Segundo a Internacional Association for the
Study of Pain (1994), A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a
uma lesão tecidular potencial ou real, ou cuja descrição pode corresponder à existência de tal
lesão. Esta definição significa que a dor pode estar associada a uma lesão tecidual, ou a variáveis
cognitivas ou emocionais onde a dor é independente de dano tecidual. A dor é um fenómeno
somatopsíquico modulado pelo humor e pelo moral do doente e pelo significado que a dor
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assume para o doente. Cicely Saunders alerta para a definição de dor total ou de sofrimento total
que engloba aspectos físicos, psicológicos, sociais e espirituais.

Alguns psicólogos acham que a teoria do controle do portão de entrada simplifica demais a
complexa experiência à qual chamamos «dor». A teoria Biopsicossocial, sustenta que a dor é um
processo dinâmico que envolve três mecanismos inter – relacionados. Os mecanismos biológicos
envolvem o grau em que o tecido é ferido e o modo como os nossos caminhos da dor se
adaptaram. Os mecanismos psicológicos envolvem nossos pensamentos, crenças e emoções em
relação a dor.

Por exemplo os pacientes hospitalizados que ouviram dizer que o certo procedimento médico não
era doloroso, de facto mencionaram ter sentido menos dor em relação a pessoas que nao
posssuiam tal informação (Dimatteo e Friedman, 1982).

Por fim os mecanismos sociais, como o grau de apoio familiar ou expectativas culturais, podem
influenciar a dor que sentimos. Exemplo quando as pessoas acreditam que sua dor é
administravel é que podem suporta – lá frequentemente sentem menos dor, talvez porque sua
crença positiva faça com que os centros superiores do cérebro reduzam ou bloqueiem os sinais
solorosos (Wall e Melazack, 1996).

4.2. Percepção

A percepção é um processo contínuo de organização de novas informações associada às


informações armazenadas pelo cérebro, significando conhecer e interpretar informações
(GALLAHUE; OZMUN, 2005).

O ato de decifrar padrões que façam sentido em meios a essa mixórdia se informações sensoriais
é chamado de percepção.

A sensação e percepção encontram-se com conceituações distintas propostas pelos autores


abordados. Para Gallahue e Ozmun (2005), sensação são os estímulos recebidos por várias
modalidades sensoriais, por exemplo, a visão, audição, tato, ou a propriocepção. Já o termo
percepção significa conhecer ou interpretar informações, é um processo contínuo de organização
de novas informações associada às informações armazenadas pelo cérebro (GALLAHUE;
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OZMUN, 2005). Essas percepções podem se dar na esfera visual, tátil, auditiva e proprioceptiva
quando se trata de habilidades motoras.

 A Teoria

A Teoria da Gestalt, de maneira simplificada, afirma que “quando os elementos sensoriais são
combinados, forma-se algum novo padrão ou configuração” . Por exemplo, “juntemos algumas
notas musicais e algo novo – uma melodia ou tom – surge da combinação.” (Schultz, 1992, p.
295). Tudo é diferente na união das partes.

 Teoria Piagetiana do Desenvolvimento Perceptivo

Jean Piaget elaborou, também, a teoria do desenvolvimento da percepção, ele trabalhou quase
que inteiramente os aspectos quantitativos dessa teoria, sendo que estes podem ser testados no
estudo de ilusões geométricas. Segundo Piaget, “...a percepção do bebê é determinada
primordialmente por processos sensoriais periférico, enquanto que na criança mais velha e no
adulto os processos nervosos centrais desempenham o papel principal.” (Elkind, 1972, p. 131).

Para Piaget, a percepção não é uma atividade única, fazendo parte, sim, de processos diversos
como a exploração, reorganização, esquematização, transporte e antecipação. Além do que,
apesar de todas essas atividades estarem possivelmente presentes desde o nascimento, elas não
acontecem, pelo que parece, no mesmo ritmo.

4.3. Organização perceptiva

A percepção como um processo mental obedece a certos critérios estabelecidos pela própria
mente e a ter em conta no agente perceptivo. Para clarificar este fenômeno, Myers (1999)
estabelece um princípio que favorece a transformação de informações sensoriais em percepções
significativas que a seguir se apresenta:

Para transformar a informação sensorial em percepções


significativas, devemos organizá-la: devemos perceber objectos
como distintos de seu ambiente, vê-los como tendo uma forma
definida e constante e discernir sua distância e movimento. As
regras do cérebro para formular percepções explicam algumas
ilusões desconcertantes, (MYERS, 1999, p.130).
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No começo do século XX, um grupo de psicólogos alemães que baptizaram asim mesmos de
psicólogos gestaltistas decidiu descobrir os princípios básicos da percepção. A palavra alemã
gestalt não possue tradução precisa em português, mas equivale a «totalidade», «forma`» e
«padrao». Os gestaltistas acreditavam que o cérebro gera uma experiência perceptiva coerente
que é,mais do que simplesmente a soma das informações sensoriais disponíveis, e que isso
acontece de maneira previsível.

Os primeiros psicólogos da gestalt de acordo com Myers (1999, p.136), se impressionaram com a
maneira aparentemente inata pela qual organizamos dados sensoriais fragmentados em
percepções completas. A mente estrutura as informações recebidas de várias maneiras
demonstráveis: percepção de forma, de profundidade e de movimento.

4.4. Constância perceptiva

São fenómenos pelas quais as propriedades físicas dos objectos são percebidas imutáveis,
independentes das variações das condições de estimulação. Ou seja, as constâncias perceptivas
fornecem estabilidade às qualidades percebidas dos objectos e ambiente em que vivemos.

Uma vez que constituímos uma percepção estável de um objecto, somos capazes de reconhece lo
em quase qualquer posição, distância e sob qualquer tipo de iluminação. Por exemplo uma casa
branca parece uma casa branca de dia, à noite e a partir de qualquer ângulo. A informação
sensorial pode mudar conforme se alteram a iluminação e a perspectiva mas o objecto é visto
como constante. A memória e a experiência desempenham um papel importante na constância
perceptiva.

A constância perceptiva pode ser vista de varias formas segundo a análise dos objectos a saber:
constância de tamanho, constância de forma, constância de cor, constância de luminosidade,
constância de brilho, constância de odor, constância de intensidade percebida de sons.

4.5. Percepção do movimento

O cérebro calcula o movimento à medida que os objectos se deslocam através da retina ou em sua
direcção. Uma rápida sucessão de imagens, como num filme ou no cartaz luminoso, podem
também criar uma ilusão de movimento. Os psicólogos fazem distinção entre movimentos
aparente e real.
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Movimento real se refere a um deslocamento físico de um objecto de uma posicao para a outra.
Para a percepção do movimento real depende apenas parcialmente do movimento das imagens ao
longo da retina do olho.

Movimento aparente é uma ilusão que ocorre quando percebemos movimentos em objectos que
na verdade, estão parados. Há um tipo de movimento aparente conhecido como ilusão auto-
cinética. O outro tipo de ilusão, é de movimento estroboscópico que é criado por uma rápida série
de imagens paradas e consequente cria um fenómeno designado «fenómeno phi».

4.6. Ilusões visuais

Segundo Cardoso, Frois & Fachada (1993, p. 288), a ilusão é uma deformação da
percepção. Diz-se, portanto que há ilusão sempre que há um desacordo entre o percepto e o
objecto, isto é, entre os dados da percepção e a realidade física. A ilusão resulta da aplicação de
processos perceptivos a certas configurações de estímulos. Convém distinguir a ilusão de dois
fenómenos com que, por vezes é confundida: a miragem e a alucinação.

A miragem é mais um fenómeno físico que psicológico. Portanto explica-se pela modificação da
direcção dos raios solares resultantes de certas condições atmosféricas. Ao passo que a
alucinação tem uma causa psicológica, mas difere da ilusão pelo facto de supor uma percepção
sem objecto, mais do que uma deformação da percepção. A ilusão pelo contrário implica a
percepção de um objecto, mas uma percepção falseada deste objecto cuja causa se situa no
processo perceptivo. De acordo com Cardoso, Frois & Fachada (1993 p.290), existem hoje várias
teorias psicológicas que além de tentarem explicar as ilusões, procuram nelas razões para reforçar
as suas concepções acerca dos processos perceptivos normais. Essas teorias estão de acordo
nestes pontos:

As ilusões implicam os processos perceptivos normais; estudar as ilusões é extraordinariamente


útil para a compreensão da percepção normal.

Tal é o caso de Piaget, que elaborou sua teoria geral dos mecanismos perceptivos com base
essencialmente no estudo experimental das ilusões perceptivas.

Tipos de ilusões - Distorções • Ambigüidade • Paradoxos • Fictícios


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Causas de ilusões - Físicas • Fisiológicas • Cognitivas • Organizacionais

4.7. Características do observador

Falar das características do observador é procurar entender vários aspectos que envolvem a
percepção ao entender a motivação, valores, expectativas, estilo cognitivo, experiência e cultura
e personalidade.

 Motivação pessoas necessitadas estão mais aptas a perceber algo que elas acham que
satisfará suas necessidades. Exemplo quando as pessoas passam algum tempo sem comer
percebem imagens vagas como comida (McClelland e Atkinson, 1948: Sanford, 1937).
 Valores ensinam nos que um experimento pode revelar o quão forte a percepção pode ser
afetada pelos valores da pessoa. (Lambert, Solomon e Watson, 1949).
 Expetativas - as ideias precomcebidas sobre o que deveríamos perceber também sao
capazes de influenciar a percepção, fazendo com que apaguemos, introduzamos,
transponhamos, ou seja, modifiquemos o que vemos (Lachman, 1996. Lachman (1984)
demonstrou isso pedindo que as pessoas copiassem um grupo de estímulos parecidos com
seguintes: paris na a primavera, mas todo mundo apos serem projectadas as palavras todo
mundo tendia dizer ver as palavras paris na primavera o que significa «crer para ver»
 Estilo congnitivo é uma maneira pessoal de le dar com o ambiente de acordo com o
desenvolvimento e amadurecimento de um estilo cognitivo. Isso tambem afecta o modo
como vemos o mundo. Alguns psicólogos diferenciam entre duas abordagens gerais que
as pessoas empregam em sua visão de mundo: a dependência do campo e a independência
do campo (Witkin et al;1962).
 Experiência cultural - o meio cultural tambem influência as percepções das +pessoas. A
linguagem que elas falam afecta a maneira como percebem o que esta ao seu redor.
 Personalidade - diversos pesquisadores demonstraram que nossas personalidades
individuais influenciam nossa percepção (Greenwald, 1992). Neste ponto foi possivel usar
se palavras para poder descobrir que não só a personalidade, mas também a presença de
um distúrbio de personalidade, pode influenciar a percepção.
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5. Conclusão

Em suma tudo resume-se a percepção e sensação pois esses órgão de sentido estão interligados a
percepção trabalhando de forma contínua para o processo do comportamento humano ligado a
mente O indivíduo nasce apropriado de sensações, tais sensações vão sendo aprimorados ao
longo da vida de cada indivíduo passando a ser percepção. A percepção é considerada uma forma
de reconhecimento, de aproximação e interação com o meio ambiente.

É desta que o trabalho inerente conclui que os órgãos de sentido são importantes para o
desenvolvimento das percepções, pois sem eles o indivíduo não teria a capacidade de analisar e
explicar esses fenómenos. O funcionamento eficaz do corpo exige um sentido sinestésico, que
comunica ao cérebro a posição e o movimento de partes do corpo, assim como um sentido de
equilíbrio, que monitora a posição e o movimento de todo o corpo.
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6. Referências bibliograficas

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor em Bebês


Crianças, Adolescente e Adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2005. GIL, A. C. Como
Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

CAPARÓS, António. História da Psicologia. Lisboa: Plátano editora, 1999

MYERS, David. Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário, 1999

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