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Bandeira/ Ramos

Capítulo III-

Bom dia! Hoje eu Gabi

E eu, Gabi

Vamos apresentar o Capítulo 3 – Função e Forma da segunda parte “A técnica” do livro A


Dança, de Klauss Vianna.

Klauss começa o capítulo afirmando que nós sentamos e andamos como pensamos. É
possível através do movimento que um indivíduo executa determinar sua forma de vida
social e econômica.

Caminhando, de pé ou sentado, dormindo ou acordado, o nosso corpo transmite um


significado.

No intelectual, a vida é transmitida no rosto. No bailarino o significado está nas pernas.

Nossa memória das pessoas é formada por corpos em movimento e não por rostos
estáticos.

Ela gosta de relembrar o corpo inteiro: Eu, por exemplo, lembro da minha vó costurando.

G- Já eu lembro do andar suave, devagar e frágil do meu avô. Enquanto os detalhes do


rosto são mais difíceis de lembrar. São as pequenas ações do cotidiano que ficam
marcadas em nossa memória.

Klaus observou que Geralmente nosso comportamento é regido pelas emoções e que
inevitavelmente a vivência de cada um vai transparecer nos seus movimentos e sua
postura.

Para cada pensamento que surge a partir de uma sensação, um músculo se move e através
desses músculos o corpo inteiro registra a emoção: Culpa, fantasia, êxtase e atração que
aparecem em alguns movimentos dos braços e das mãos.

A relação de cada parte do corpo com o todo é influenciada e controlada por um


equipamento mental e emocional, pelo temperamento, experiências e preconceitos
pessoais.

Esse equipamento inclui o trabalho conjunto da ação neuromuscular sobre os ossos.

Os ossos desempenham um papel importantíssimo de controle e na posição de cada


indivíduo no mundo, e determina nosso grau de segurança.

O corpo humano é sempre compelido a buscar equilíbrio, seja mecânica, fisiológica ou


psicologicamente.

A unidade neuromuscular é a força motora.


Fisiologicamente, vários estímulos preparam os músculos para suas respostas. Para cada
estímulo há uma resposta motora.

O número de partes envolvidas nessa resposta está condicionado pelas reações e


comportamentos sociais do indivíduo, assim como por seu estado físico.

O indivíduo é uma totalidade e não pode ser dividido em fatores intelectuais, sociais e
motores. Eles estão todos interligados.

O corpo inteiro, animado como é pela memória muscular, torna-se um instrumento sensitivo
que responde com sabedoria, excedendo ao raciocínio do indivíduo ou ao controle
consciente.

Nossas memórias condicionam a neuromusculatura do esqueleto e as vísceras, que agem


com reciprocidade.

A função precede a estrutura, o pensamento precede a ideia, o verbo precede o


substantivo, o fazer precede a coisa feita.

Tudo se move, e no padrão do movimento a vida passa a ter objetivo.

É possível chegar a um equilíbrio mais perfeito do esqueleto humano através do


conhecimento proporcionada pela ciência. Paralelo a isso está o conhecimento do
inconsciente.

Klaus acredita: que O inconsciente é o tesouro e o cerne da criatividade


Nos usamos 85% da energia total do cerebro no processo vegetativo e so 15% para o
trabalho que nos fazemos de forma consciente.

Se esse processo vegetativo tiver qualquer prejuízo vai novas energias, que vao vir dos
15% antes destinados ao processo consciente.

Disposições defeituosas podem ser corrigidas e até mesmo que antes era bem disposto
pode se tornar um mau hábito pode tornar defeituoso.
Um exemplo disso foi discutido na aula sobre pés. Após a dinâmica de massagem nos pés
aprendemos que dessa forma poderíamos dar flexibilidade e força pro pé, tornando ele mais
disponível, além de ensinar direções fundamentais para pisada e sustentação.

Todas as partes que compõem o nosso corpo tem múltiplas funções. Os ossos por exemplo
fornecem proteção de órgão vitais e cavidades, e tambem sustentação para o nosso corpo.
Através de uma força de alavanca organizada, que como já foi dito, se inicia pelos
neurônios, os ossos começam a realizar os movimentos como uma resposta à unidade
neuromuscular.

Os ossos são fortes e rígidos e ao mesmo tempo possuem elasticidade. Podemos compará-
lo com o aço escolhido pelos engenheiros para construções. Além disso possuem a
qualidade de recuperação, propriedade de todo o protoplasma vivo.

Além disso, quando pensamos em vitalidade, pensamos nas batidas do coração e


circulação sanguínea, mas não podemos esquecer que o processo se inicia pelos ossos, já
que fabricam as células sanguíneas.

Como exemplo de estudioso da anatomia humana, Klaus cita Vesalius, falecido em 1616, foi
um dos primeiros estudiosos a dissecar o corpo humano. A partir dos seus conhecimentos
fez um desenho icônico que serviu de base para muitos estudiosos da época, de um
esqueleto sentado, como cotovelo apoiado em uma mesa e a mão na cabeça.

Uma observação importante que ele traz e que se relaciona com tudo o que foi dito, e que
durante a gestação o corpo do bebê se forma antes que ele comece a falar, pensar e dar
evidência da inteligência humana. À medida que o bebe nasce e cresce, começa um
processo em que ocorre uma série de aprendizados e com isso o seu comportamento e a
sua movimentação também mudam. Afirmando a máxima de Klaus: “sentamos e andamos
como pensamos”.

A criança também começa um processo de voltar a sua atenção para o mundo externo e
não mais para seu próprio interior. Geralmente nós temos certa repulsa ao falar em tudo
que está por baixo da nossa pele, de músculos, ossos... essa atenção ao interior só volta
quando estamos doentes ou feridos.

A resposta para isso se relaciona muito com a questão de que nós podemos controlar
conscientemente o esqueleto, mas não podemos controlar de forma consciente a unidade
neuromuscular. Dessa forma o corpo reflete aquilo que pensamos e também o que
acontece no mundo exterior.

Assim, quando o humano resolve dançar, o que acontece é uma cadeia de reflexos que
entra em processo de sincronização. No entanto, esses reflexos acontecem inicialmente de
forma consciente quando o bailarino posiciona o seu corpo, ajusta as costas e projeta os
olhos. E assim as respostas internas são acrescentadas a esse movimento, como o
aumento da velocidade da respiração.

Outro fato interessante, que remete novamente a frase inicial “andamos como pensamos”, é
que o otimismo interfere diretamente na dança. Se o corpo está devidamente condicionado
e livre de dúvidas e medos, a dança é melhor executada e gratificante.

Por isso ratifico o que já vimos nos capítulos anteriores, da importância de o aluno estar
disposto a aprender. Deixar seus medos e apreensões de lado e saber absorver de forma
positiva todas as informações dadas pelo professor.

Tudo é sobre o equilíbrio. Quando o ser humano assumiu uma posição vertical, ficou mais
seguro e livre, e, também, passou a ter mais controle da sua vida. Voltando ao exemplo da
aula em que massageamos os pés: a partir do momento em que aumentamos a superfície e
pontos de contato do pé e o sentimento de segurança e presença aumentou. O que é de
grande importância para todo o interprete.

Portanto, sentamos e andamos como pensamos!

E com isso finalizamos aqui a nossa apresentação.

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