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CURSO

PSICOMOTRICIDADE E
APRENDIZAGEM

Material de Estudo

Professora Responsável:
Psicopedagoga Jéssica Cavalcante

www.institutoneuro.com.br
PSICOMOTRICIDADE E
APRENDIZAGEM

Curso com carga horária de 60 horas.

Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante.

Disponível em www.institutoneuro.com.br
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proibir o compartilhamento e distribuição
desse documento.
Protegido por direitos autorais.
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vinculados no site do Instituto Neuro.

Todo o conteúdo apresentado nesse


documento foi baseado em livros
renomados e artigos científicos. Algumas
citações são feitas ao longo do documento,
outras estão apresentadas na seção de
Referências, no final do mesmo.
“A educação psicomotora é, sobretudo, a educação da criança
através de seu corpo e de seu movimento. A criança é vista na sua
totalidade e nas possibilidades que apresenta em relação ao meio
ambiente.”
Juliane Caron
No final do século XIX, Ernest Dupré, médico
neuropediatra, iniciou seus estudos sobre psicomotricidade,
inicialmente, chamando de debilidade motora, o
comportamento de uma criança que apresenta desequilíbrio
motor, falta de destreza em seus movimentos e incapacidade
de relaxamento voluntário da sua musculatura.
Esse comportamento era, frequentemente, associado aos
déficits intelectuais, inversamente aos casos de debilidade ou
atraso mental, nos quais as perturbações motoras nem
sempre estavam presentes. Sendo assim, passou-se a
observar a criança como um todo, tanto nos aspectos
motores quanto cognitivos (LE BOULCH, 1992).
Psicomotricidade, atualmente, pode ser definida como
o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e
as influências recíprocas e sistêmicas entre o psiquismo e a
motricidade. O psiquismo, nesta perspectiva, é entendido
como o conjunto do funcionamento mental, ou seja, integra
as sensações, as percepções, as emoções, as simbolizações,
as conceitualizações, as idéias, as construções mentais, etc.,
assim como antecede as aquisições evolutivas anteriores.
Já a motricidade, pode ser vista como uma
característica fundamental de todos os animais, por meio da
qual asseguram a sua adaptação ao meio natural e a sua
autonomia em relação ao seu ecossistema específico
(FONSECA, 2008).
O desenvolvimento psicomotor em um indivíduo é um
processo contínuo que ocorre desde o nascimento até a
morte, por meio de mudanças no comportamento sensório-
motor (BUENO, 1998). A quantidade e a qualidade do
estímulo recebido pela criança interferem diretamente na
formação e evolução dos elementos básicos da
psicomotricidade (BRÊTAS et al., 2005; BARROS et al, 2003;
ANDRACA et al, 1998).
Condemarín, Chadwick e Milicic (1989) o definem
como: “a tomada de consciência global do corpo que permite
o uso simultâneo de determinadas partes dele, assim como
conservar sua unidade nas múltiplas ações que pode
executa.” (p. 187).
Na maioria das vezes, quando a motricidade da
criança é pouco explorada durante a infância, pode
gerar alterações em seu desenvolvimento psicomotor
(BRÊTAS et al, 2005; MOREIRA, 2000).
O desenvolvimento da criança consiste na aquisição progressiva de
capacidades motoras e psicocognitivas. Diferente do crescimento que implica em
divisão e hipertrofia celular, desenvolver é ganhar maturação funcional, capacidade
para executar funções diferentes e cada vez mais complexas (MOREIRA, 2000).
Dentro desse contexto, verifica-se a extrema relevância que a
psicomotricidade tem no desenvolvimento das estruturas constituintes do cérebro, e,
consequentemente, no processo de ensino-aprendizagem.
Afinal, é função da psicomotricidade utilizar-se de atividades, jogos e
brincadeiras com o intuito de estimular e desenvolver a criança de modo igual e
simultâneo, não só no aspecto motor, mas cognitivo também.
Fonseca (1995) descreve a relação entre a organização da motricidade e as
funções vitais de aprendizagem e adaptação ao mundo, sendo que a motricidade
integra as vias de contato com o mundo, organizando sensações e percepções que,
associadas, darão origem a aprendizagens cada vez mais aperfeiçoadas
Para Lima (2006), as partes do cérebro que
desenvolvem a escrita não são, exatamente, as mesmas que
desenvolvem a leitura. Existe sim, uma relação entre elas,
porém, não são a mesma coisa. Para que cada uma dessas
regiões se desenvolva, atingindo plenamente seus potenciais,
é necessário que recebam estímulos adequados para
aumentar sua capacidade de plasticidade.
Vilanova (1998) comenta:
“A modulação cerebral pela experiência, um tipo particular do
fenômeno mais amplo da plasticidade cerebral, é responsável por
processos mais básicos como o de adaptação e mais complexos, como o
da aprendizagem....
Assim, para uma criança poder ter todo seu potencial para os
processos de aprendizagem, é necessário e fundamental que ela, já
desde as primeiras semanas, possa ter experiências adequadas
somestésicas, como ser tocada, sensoriais pelos estímulos visuais,
auditivos e olfativos, e motoras, realizando movimentos, manipulando
objetos e, também, interagindo com adultos, para poder ir ajustando o
controle postural e de tônus e, posteriormente, ao desenvolver maior
número de possibilidades sinápticas, possa ter memória e aprendizagem
mais eficiente.” (p. 108).
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é uma consequência
ordenada de mudanças de comportamento na
maneira como você pensa e sente.
A noção de desenvolvimento designa um
processo de mudança progressiva, este é um
processo de variação em direção a cânones
comportamentais ou formas de Comportamento
determinado do mundo
CARACTERÍSTICAS DO
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é uma sucessão ordenada de mudanças (primeiro a
criança aprende a controlar a cabeça, depois o tronco e depois as pernas) e implica
não apenas um aumento quantitativo, mas também qualitativo. O processo de
desenvolvimento é integrativo. Os comportamentos dependem de um ou mais
comportamentos anteriores, então por exemplo para aprender a comer sozinho, é
necessário ter aprendido antes a pegar objetos e ter uma coordenação ocular manual
mínima. É um processo sujeito à influência de diversos fatores (ambientais,
hereditários genéticos).
Os padrões de desenvolvimento são semelhantes em todos os indivíduos, ou
seja, obedecem a certas leis, porém cada criança, cada indivíduo possui características
peculiares e seu próprio ritmo de desenvolvimento. Um maior desenvolvimento,
diversidade de características do indivíduo e estas são cada vez mais complexas (a
criança vai aprender a falar, contar, somar, relacionar-se com os outros), no caso da
linguagem começa a balbuciar, surge a palavra, depois frases simples, até que uma
linguagem estruturada seja alcançada.
FATORES QUE INFLUENCIAM
NO DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento psicológico é o resultado da interação de fatores externos
e internos.
FATORES EXTERNOS:
A alimentação e a nutrição são fatores determinantes tanto para o
desenvolvimento quanto para o crescimento. Variáveis ​ambientais como as condições
de saúde, os hábitos sociais relacionados com os ritmos fisiológicos e os costumes da
sociedade, o clima afetivo em que a criança se desenvolve, os estímulos ou
experiências a que é submetida, são decisivos para o seu desenvolvimento.
FATORES INTERNOS:
A carga hereditária que o sujeito possui é de potencial genético, além de
transmitir as características peculiares de cada indivíduo, fornece as diretrizes gerais
de conduta para todos eles. A maturação do sistema nervoso que possibilitará o
aparecimento de alguns ou outros comportamentos no processo de desenvolvimento.
Pelas várias possibilidades de interação e combinação.
HABILIDADE MOTORA
Por meio da atividade motora, o homem pode atuar
em seu meio para modificá-lo e modificá-lo, enfim, o
movimento adapta o ser humano à realidade. Todos os tipos
de movimento são resultado da contração motora que
produz o deslocamento do corpo, ou dos segmentos que o
compõem e do comportamento de equilíbrio.
O movimento sempre resulta da coordenação do
esquema corporal em relação ao espaço e ao tempo. Tanto o
movimento como o diálogo tônico desempenham um papel
fundamental na vida afetiva e na vida social.
Podemos dividir as habilidades motoras gerais em:
• Os grandes movimentos corporais: nos quais todo o corpo opera.
• Coordenação motora dinâmica: consiste na possibilidade e habilidade de
sincronizar, por meio do movimento, as diferentes partes do corpo
separadas no tempo, espaço e esforço, para atingir velocidade, precisão e
economia de movimento.
• Coordenação motora fina: intimamente relacionada e apoiada pela
coordenação sensório-motora, consiste em movimentos amplos de
diferentes segmentos corporais controlados pela visão; envolve movimentos
da perna, braço, mãos, pés.
• A dissociação dos movimentos: certas ações complexas requerem uma ação
diferente entre os diferentes segmentos corporais; por exemplo, bater
palmas e caminhar, ou seja, mover voluntariamente os segmentos inferiores
e realizar diferentes movimentos com os segmentos superiores.
• Desenvolvimento do equilíbrio: qualquer habilidade motora é desenvolvida
quando há um certo nível de equilíbrio, bem como na manutenção e adoção
de posições e atitudes de convivência social.
PERCEPÇÃO DO MOTOR SENSORIAL

O cérebro, e em particular o córtex cerebral, é o órgão


de adaptação ao meio ambiente; é organizado por meio da
baixa atividade nervosa e durante a ação de analisadores
sensoriais e efeitos motores. Através do sistema nervoso, o
córtex cerebral recebe simultaneamente um imenso número
de mensagens das terminações nervosas periféricas, graças
aos órgãos dos sentidos, que captam os estímulos da
realidade externa; Por meio desse sistema, os seres humanos
podem distinguir objetos e responder à sua presença com
respostas motoras ou outros tipos de comportamento.
O ESQUEMA DO CORPO

Segundo Paul Schilder, ele define o esquema corporal como


"a representação mental tridimensional que um de nós tem de si
mesmo". Essa representação é baseada em múltiplas sensações,
que se integram dinamicamente em uma totalidade do próprio
corpo. Essa totalidade, ou estruturação de acordo com os
movimentos do corpo, é constantemente modificada e, portanto,
essa imagem está em permanente integração e desintegração.
Graças a ela, podemos ter consciência do espaço do self e do
espaço do corpo e do espaço fora dele.
Os fatores ótimos e cinestésicos são essenciais, não só para
a construção do próprio esquema corporal, mas também para a
construção da imagem corporal dos outros.
LATERALIDADE

Em crianças pequenas, não há dominação lateral cerebral e, à medida


que a maturação se desenvolve há um processo de estruturação da
lateralidade corporal e um progresso de aço das habilidades motoras. Produto
do desenvolvimento sensório-motor e de diversos fatores, há um predomínio
de um lado do corpo, essencialmente no que diz respeito às mãos, pés e olhos.
Esse predomínio motor relacionado às partes do corpo é fundamental para a
orientação espacial, ações do cotidiano e, posteriormente, a escrita.
Piaget considera que três etapas são passadas para a aquisição dessas
noções: a primeira se estende desde os cinco, oito ou nove anos, e as noções
de direita e esquerda são consideradas apenas do seu próprio ponto de vista;
A segunda fase abrange aproximadamente de oito a onze anos, e nessas
noções pode ser considerada do ponto de vista de outros. O terceiro nível
começa entre onze e doze anos, nele o conceito de esquerda ou direita é
considerado do ponto de vista das coisas ou objetos.
A NOÇÃO DE ESPAÇO E TEMPO

A maioria dos psicólogos e cientistas que


se dedicam a estudar a compreensão cognitiva
da realidade pela criança afirmam que está
relacionado.
EQUILÍBRIO
A possibilidade de comunicação e interação social se deve
aos movimentos e atitudes do corpo, ambos elementos ligados ao
equilíbrio corporal.
A maior parte do resultado das duas funções do músculo, a
função tônica e a função clônica; as habilidades psicomotoras
permitem que o homem se adapte ao seu ambiente. Movimento é
a síntese de três sistemas, a saber:
O sistema piramidal, efetor do movimento voluntário.
O sistema extrapiramidal, que envolve atividade automatizada.
O sistema cerebelo, regulador do equilíbrio interno
BASES DO DESENVOLVIMENTO
MOTOR
O recém-nascido, com algumas semanas de vida não
controla seu corpo: sua cabeça cai para os lados quando não está
apoiada ou apoiada, ele não consegue ficar sentado, etc. No final
do segundo ano, a criança apresenta um quadro notavelmente
diferente: seus movimentos são voluntários e coordenados, ela
controla a posição de seu corpo e os segmentos corporais mais
importantes (pernas, braços, tronco), ela é capaz de andar e não
corra por aí.
A passagem das limitações das primeiras semanas para as
conquistas que já ocorrem no segundo semestre do segundo ano,
é realizada por um processo de domínio progressivo do controle
corporal, processo que obedece a duas grandes leis fundamentais.
A LEI CEFALO-CAUDAL

O que indica que as partes do corpo mais próximas da


cabeça serão controladas primeiro, o controle estendendo-se
progressivamente para baixo em direção à pelve. Assim, a
criança movimenta a cabeça e o pescoço antes de se sentar
(o controle dos músculos do pescoço é adquirido antes do
controle dos músculos do tronco) e é capaz de usar com
habilidade as extremidades superiores antes de fazer o
mesmo com as inferiores.
A LEI PRÓXIMO DISTAL

Pelo qual as partes mais próximas do eixo do corpo são


controladas antes, que o imaginário divide o corpo de cima para baixo
em duas partes simétricas, do que as outras que estão mais afastadas
do referido eixo. Assim, a articulação do ombro é controlada antes da
articulação do cotovelo, que por sua vez é controlada antes do punho, e
o punho antes dos dedos. (Esta segunda lei nos permite explicar por que
o domínio das habilidades motoras grossas é anterior ao domínio das
habilidades motoras finas)
Como consequência do que consta dessas leis, o movimento
infantil integra e contrai voluntariamente um maior número de grupos
musculares com os quais se torna cada vez mais preciso e permite a
incorporação de repertórios psicomotores altamente especializados e
complexos, que abrem novas perspectivas para a percepção.
O CORPO

O menino ou a menina devem se expressar para viver e ter, graças ao


corpo, um instrumento maravilhoso para alcançá-lo. Seu corpo é um material
privilegiado, aberto à beleza do gesto, da invenção, do ritmo, do equilíbrio ou
da arte. O corpo atua como transmissor de uma determinada mensagem, um
papel de primordial importância. É a matéria que deve ser modelada,
organizada, a partir de um tema.
Existem termos para definir a noção do próprio corpo:
• Imagem corporal; Condicionado pelas próprias características da pessoa é
ter uma concepção objetiva que os outros têm do corpo.
• Esquema corporal; É o tipo de adaptação que se estabelece entre a
estrutura óssea e os graus de tensão muscular de cada um dos segmentos
do corpo.
• Concepção do corpo; É a combinação contínua ou soma dos dois conceitos
anteriores.
O MOVIMENTO

Expressão corporal significativa é alcançada por meio


da dinâmica do movimento. Portanto, será necessário
desenvolver todas as possibilidades de movimento corporal,
uma habilidade física e técnica, esta sem dúvida mais
possibilidades e facilita a tarefa, mas outros fatores como o
espaço e o tempo também intervêm.
É necessário, portanto, descobrir, conhecer técnica e
experiencialmente o próprio corpo e sua disponibilidade
motora, bem como os fatores de movimento espaço-
temporal para poder utilizá-los espontaneamente mais tarde.
EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO (WALLON)

Anabolismo:
O primeiro estágio de desenvolvimento coincide com a vida intrauterina. A partir do
4º mês o feto realiza reflexos posturais, no final do recém-nascido.
Impulsividade:
Coincide com o nascimento são simples descargas musculares
Estágio Emocional:
Entre 2-3 meses e 8-10 meses.
A criança está apegada ao seu ambiente familiar de uma forma íntima que parece se
distinguir dele. As primeiras emoções se manifestam com a função postural.
Estádio do Personalismo:
Entre 3 ou 6 anos.
O movimento servirá de suporte e acompanhará as representações mentais, a
imitação desempenha um papel essencial, não se limita a simples gestos mas será de um papel,
de uma personagem, de um ser preferido. Dominar a imitação significa, de acordo com Wallon,
dominar o próprio corpo.
HABILIDADES MOTORAS GLOBAIS DE CRIANÇAS DE 5 ANOS

As habilidades motoras globais envolvem grandes movimentos


corporais, como caminhar, correr e pular, que melhoram
significativamente durante a infância.
Se compararmos uma criança de 2 anos e meio com outra de 5
anos, veremos que esta última é muito mais habilidosa e ágil que a mais
nova. A maioria das crianças de 5 anos sabe andar de triciclo, balançar,
jogar e chutar uma bola e também andar de bicicleta ou patins de gelo e
rodas, atividades que exigem equilíbrio e coordenação.
Dentro das habilidades motoras básicas, nos concentramos em:
a) Habilidades que envolvem movimentos do corpo; a marcha, a corrida
e o salto.
b) Habilidades que requerem pressão de objetos; receber, lançar e
chutar a bola.
Habilidades motoras básicas que envolvem o movimento do corpo:

Março: É consequência do ortoestatismo ou verticalidade. Graças a essa


habilidade, a criança se move de forma autônoma e livre no espaço.
A partir do terceiro ano de vida, a marcha adquire certo automatismo, o
que implica que a criança deixe de prestar atenção ao terreno,
mantenha a uniformidade na passada e o passo já tenha a mesma altura
e ritmo.
Aos 4 anos, a marcha torna-se mais harmoniosa, há um balanço rítmico
dos braços e maior coordenação dos pés, que agora é a fonte do
impulso.
A partir dos 5 anos, pode-se considerar que a maioria das crianças
realiza uma caminhada madura; as características são:
• Tronco reto, mas não rígido.
• Braços em movimento livre no plano sagital.
• Os braços balançam em oposição às pernas.
• Movimento rítmico em passadas.
• Transferência suave de peso do calcanhar para os dedos do
pé.
• Os pés seguem uma linha na direção da caminhada.
• Os olhos estão fixos no horizonte, não prestando atenção ao
terreno.
AS VARIAÇÕES DE MARCHA SÃO:
- Subir escadas: esta habilidade é alcançada por volta do terceiro
ano de vida e sua evolução segue os seguintes padrões:
1) Suba com a ajuda do adulto
2) Suba com a ajuda do corrimão
3) Suba com a técnica do "passo marcado", ou seja, não há
alternância de pés.
4) Levante os pés alternadamente.
- Descer escadas: é uma habilidade mais complexa e, portanto,
requer ajustes mais complexos; É adquirido um ano depois de subir
escadas.
- Carreira: é uma habilidade fundamental que ajudará a criança a
participar de uma variedade de atividades recreativas e esportivas.
Existem semelhanças entre caminhar e correr, tais como:
A transferência de peso de um pé para o outro e os ajustes
neuromusculares que são feitos diacronicamente falando, vemos
que até os 3 anos todas as crianças apresentam um padrão motor
deficiente. A partir dos 4 anos, apenas uma minoria das crianças
apresenta um bom padrão de arremesso e, aos 6 anos, a maioria o
faz de forma madura.
- Salto: Esta habilidade requer modificações complicadas de
marcha e corrida. O salto requer propulsão do corpo no ar e pousar
no solo absorvendo todo o peso com os dois pés.
- Recepção: é entendida como uma habilidade que tenta
interromper a trajetória de um objeto em movimento (geralmente
uma bola).
Aos 5 anos já são capazes de apanhar uma bola em movimento.
(estágio maduro).
CARACTERÍSTICAS DE CRIANÇAS DE 5 ANOS.

Para Samira (2003), as crianças de 5 anos apresentam as seguintes características:

Possui maior controle e domínio sobre seus movimentos.


É capaz de escalar, correr e dar cambalhotas.
Possui maior equilíbrio.
Salta suavemente e pula.
Fica em um pé e pode ficar vários segundos na ponta dos pés.
Pode realizar testes físicos ou danças.
Manuseia a escova e o pente.
Ele se higieniza e vai sozinho ao banheiro.
Gerencia a articulação do punho.
Mantém a batida da música.
Distingue esquerda e direita em si mesmo.
Ele pode pular de uma mesa para o chão.
CARACTERÍSTICAS DE CRIANÇAS DE 5 ANOS

Para Samira (2003), as crianças de 5 anos apresentam as seguintes características:


• Possui maior controle e domínio sobre seus movimentos.
• É capaz de escalar, correr e dar cambalhotas.
• Possui maior equilíbrio.
• Salta suavemente e pula.
• Fica em um pé e pode ficar vários segundos na ponta dos pés.
• Pode realizar testes físicos ou danças.
• Manuseia a escova e o pente.
• Ele se higieniza e vai sozinho ao banheiro.
• Gerencia a articulação do punho.
• Mantém a batida da música.
• Distingue esquerda e direita em si mesmo.
• Ele pode pular de uma mesa para o chão.
A SITUAÇÃO DE CONDUÇÃO E SUAS VARIÁVEIS

Os componentes do ato motor, o ambiente onde ocorre a ação, os


objetos encontrados no ambiente e os canais de comunicação
estabelecidos no grupo são as variáveis ​de uma situação.
Cada uma dessas variáveis ​é composta por elementos modificáveis ​que
constituem fatores sobre os quais a criança e o professor podem inferir
para transformar a situação inicial. Ao variar esses fatores, poderemos
desenvolver comportamentos motores, diversificá-los e torná-los mais
complexos.
O professor sempre pode transformar ou combinar as variáveis, adotar
a sessão para a criança independentemente das condições materiais da
escola.
OS COMPONENTES DA AÇÃO MOTORA

a) Fatores corporais. Qualquer ato motor pode ser realizado de forma global se
requer a ação de todo o corpo ou de forma dissociada quando se trata
principalmente de uma parte do corpo.
b) Fatores especiais. O ato motor pode ocorrer.
- No lugar ou com deslocamento.
- Em diferentes direções.
- Com diferentes orientações corporais
c) Fatores temporais:
- Qualquer ato motor se desenvolve com certa duração e velocidade.
- Dependendo das situações, expresso;
* O ritmo do grupo.
* O ritmo externo.
APRENDIZAGEM
Aprender é uma mudança permanente no comportamento do
indivíduo em decorrência da prática (atividade) e que possibilita a adaptação a
novas situações. A atividade é o ponto de partida de toda aprendizagem, esta
atividade pode ser externa (observável) por exemplo: correr, pular, escrever,
ler, etc.
Piaget indica que é uma função do desenvolvimento evolutivo, e
certas estruturas devem ser alcançadas, certos esquemas com o consequente
amadurecimento de certas funções para que a criança possa adquirir certos
hábitos, habilidades e conhecimentos nas operações motoras.
Da mesma forma, a aprendizagem é entendida como um processo de
construção do conhecimento. São feitos pelas próprias crianças com interação.
Com a realidade social e material valendo-se das experiências e seus
conhecimentos prévios. A aprendizagem envolve uma influência relativa no
comportamento, que é alcançada por meio da experiência e das
características da aprendizagem. Para que o aprendizado seja pleno, ele deve
atender a certas condições que possibilitem o seu dinamismo.
INTENCIONALMENTE:
A aprendizagem ocorre apenas quando a criança deseja aprender tudo
o que não é baseado na intenção da criança é um trabalho do qual
resultados positivos não podem ser esperados.
INDIVIDUALIDADE:
A qualidade, intensidade e clareza da aprendizagem são uma função
direta da capacidade individual e do interesse da criança.
CRIATIVIDADE:
A aprendizagem não consiste apenas na aquisição de hábitos,
conhecimentos e regras de conduta. Uma aprendizagem plena é tal
quando permite “criar”, uma mudança na forma de agir.
FUNCIONALIDADE:
É outra condição de aprendizagem que tende a atingir algo, um
propósito, um objetivo. Além disso, a aprendizagem é realizada com a
natureza biopsíquica do aluno, ou seja, é função das possibilidades e
capacidades da criança.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM E
SUAS CONSTRIBUIÇÕES PARA
A PSICOMOTRICIDADE
TEORIA DE PIAGET.

Piaget também acreditava que o desenvolvimento cognitivo era


baseado em uma sequência de quatro estágios ou estágios. Cada estágio
está relacionado à idade e caracterizado por diferentes níveis de
pensamento. Essas diferenças de pensamento tornam cada estágio
descontínuo e mais avançado no processo cognitivo que determina a
construção de seu mundo, uma criança usa esquemas, Piaget afirma
que dois processos são responsáveis ​pela criança usar e adaptar seus
esquemas, a assimilação e a acomodação. A assimilação ocorre quando
uma criança incorpora novos conhecimentos aos conhecimentos
existentes. Ou seja, na assimilação, as crianças incorporam informações
do ambiente em um esquema. A acomodação ocorre quando a criança
se ajusta a novas informações.
A) ESTÁGIO DO MOTOR SENSORIAL:
É a primeira das quatro etapas e vai do nascimento aos 2 anos de
idade, nesta a criança constrói sua compreensão do mundo coordenada por
suas experiências sensoriais (como ver e ouvir), com suas ações motoras
(alcançar e tocar).
No estágio inicial, os bebês mostram pouco mais do que padrões
reflexivos para se adaptar ao mundo. No final do estágio, eles já têm padrões
motores sensoriais complexos.
B) ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL:
É a segunda fase piagetiana que vai dos 2 aos sete anos de idade, o
pensamento é mais simbólico do que na fase sensório-motora, sem atingir os
pensamentos operacionais (representações mentais reversíveis) o
pensamento é egocêntrico e intuitivo. O subestágio de função simbólica
ocorre entre aproximadamente 2 anos e 4 anos de idade. Nesse subestágio, a
criança adquire a capacidade de representar mentalmente um objeto que não
está presente. O mundo das crianças ganha novas dimensões, o uso de uma
linguagem cada vez mais ampla, as crianças começam a rabiscar para
representar.
C) ESTÁGIO OPERACIONAL:

Pessoas, carros domésticos e muitos outros aspectos do mundo, seus


desenhos imaginativos e inventivos.
O pensamento intuitivo é o segundo subestágio e vai dos 4 aos 7 anos
de idade. Nesse subestágio, as crianças começam a usar o reforço primitivo e
querem saber a resposta para todos os tipos de perguntas. Piaget chama o
subestágio de "intuitivo", porque a criança parece muito segura de seu
conhecimento e compreensão, embora não tenha consciência do que sabe.
Um exemplo da dificuldade em ordenar objetos por categorias.
Outra característica das crianças pré-operacionais é fazer muitas
perguntas.
A média começa aos três anos, mas aos cinco eles nunca se cansam de
perguntar aos adultos por quê? Essas perguntas são um sinal do interesse da
criança em saber o porquê das coisas.
D) ESTÁGIO OPERACIONAL ESPECÍFICO

É a terceira fase do desenvolvimento cognitivo de Piaget, variando dos


7 aos 11 anos de idade, o pensamento operacional concreto inclui o uso de
operações, o raciocínio lógico, que substitui o raciocínio intuitivo não apenas
em situações concretas. Habilidades de classificação estão presentes, mas
problemas abstratos são difíceis.
Algumas operações concretas identificadas por Piaget concentram-se
no raciocínio das crianças sobre as propriedades dos objetos. No nível
operacional completo, as crianças podem fazer mentalmente o que antes só
podiam fazer fisicamente; elas são capazes de reverter operações concretas.
Uma operação concreta é uma ação mental reversível com objetos
reais e concretos. As operações concretas permitem que a criança coordene
várias características, em vez de focar em uma única propriedade de algum
objeto. Uma operação concreta importante é classificar e dividir as coisas em
diferentes conjuntos e subconjuntos e considerar seus inter-relacionamentos.
E) ESTÁGIO OPERACIONAL FORMAL:

Ocorre por volta dos 12 anos aos 15 anos de idade, sendo a


quarta e última fase cognitiva de Piaget. Nesse estágio, os
indivíduos vão além do raciocínio sobre experiências concretas e
pensam de forma mais abstrata, idealista e lógica.
A qualidade abstrata do pensamento operacional formal é
evidente na resolução de problemas.
Junto com a natureza abstrata do pensamento operacional
formal, as habilidades se desenvolvem para idealizar e imaginar
possibilidades. Nesse estágio, os adolescentes especulam sobre as
qualidades ideais que desejam ter para si ou para os outros.
TEORIAS DE VYGOTSKY

Três ideias são encontradas nas teorias de Vygotsky.


As habilidades cognitivas das crianças podem ser
compreendidas apenas quando a lei do desenvolvimento é
analisada e interpretada.
Habilidades cognitivas são necessidades de palavras,
linguagem e formas de fala, que servem como uma ferramenta
psicológica para facilitar e transformar a atividade mental.
As habilidades cognitivas têm suas origens nas relações
sociais e estão imersas em um ambiente sociocultural.
TEORIA DE AUSUBEL:

Ausubel fez sua primeira tentativa de explicação em uma teoria cognitiva de


aprendizagem verbal significativa. Podemos considerar a teoria psicológica da aprendizagem
em sala de aula. Ausubel construiu um quadro teórico que tenta dar conta dos mecanismos
pelos quais ocorre a aquisição e retenção dos grandes corpos de sentido que são tratados na
escola.
É uma teoria psicológica porque trata dos próprios processos que o indivíduo põe em
jogo para aprender, se não enfatiza o que acontece na sala de aula quando os alunos
aprendem; na natureza desse aprendizado; nas condições necessárias à produção dos seus
resultados e, consequentemente, na sua avaliação.
É uma teoria de aprendizagem porque aborda todos e cada um dos elementos,
fatores, condições e tipos que garantem a aquisição, assimilação e retenção dos conteúdos que
a escola oferece aos alunos, para que por ela se adquira sentido.
Ausubel em (1976), dado o que ele pretende alcançar é que a aprendizagem que
ocorre na escola seja significativa. Da mesma forma, ele entende que a teoria da aprendizagem
é relativa e cientificamente viável e lida com a natureza complexa e significativa da
aprendizagem verbal e simbólica. Da mesma forma, para atingir essa significação, os fatores
que a afetam podem ser manipulados para esse fim.
A partir dessa abordagem, a pesquisa é complexa, é uma investigação que
corresponde à psicologia educacional como ciência aplicada. Seu objetivo é evidenciar os
princípios que regem a natureza e as condições de aprendizagem.
TEORIA DE BRUNNER:

As crianças em seu estágio de desenvolvimento passam por três


modos de representação do mundo: inativo, icônico e simbólico,
embora os modos de representação sejam hierárquicos, todos eles de
alguma forma permanecem operativos ao longo da vida de um
indivíduo.
A - representações inativas:
É o usado por crianças muito pequenas, pois só conseguem
entender as coisas em termos de ações, por exemplo, aprendizagens
que acontecem sem palavras, como andar de bicicleta. Mesmo os
adultos podem reverter a esse tipo de representação ao aprender novas
habilidades, especialmente se forem de natureza motora.
A melhor maneira de ensinar um adulto a esquiar é sem
palavras. Um instrutor experiente daqui diz aos alunos "lentamente
vamos subindo a colina", caso contrário, ele tentará fazer com que os
alunos imitem seus movimentos
B - A representação icônica.
É o usado com crianças um pouco mais velhas. Esses tipos de
representações supõem a possibilidade de pensar sobre os objetos sem
ter que agir sobre eles. Por exemplo, as crianças podem desenhar uma
colher, sem representar a ação de comer, elas desenvolveram uma
representação mental dos objetos dependentes da ação.
C - A representação simbólica
Supõe a possibilidade de traduzir a experiência em termos
linguísticos, permite o uso de palavras a partir dessa perspectiva
Brunner considera três formas de conhecimento, fazer, perceber, e
através dos sentidos ele percebe um recurso simbólico como a
linguagem.
A linguagem, segundo Araujo, é um dos instrumentos mais poderosos
para promover o progresso, pois à medida que se desenvolve, a criança
vai adquirindo maior liberdade.
CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM

A aprendizagem tem as seguintes


características, tais como:
É orientado: Voltado para o desenvolvimento de
competências
É construtivo: A pessoa constrói seus próprios
conhecimentos e habilidades.
É cumulativo: É baseado ou baseado em
conhecimento formal ou informal.
É cooperativo.
TIPOS DE APRENDIZAGEM

PELA FORMA DE AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES:


APRENDIZAGEM POR RECEPÇÃO
Ocorre quando o aluno recebe a informação passivamente: quando o aluno
participa de uma conferência, de uma palestra.
APRENDIZAGEM PELA DESCOBERTA
É a aprendizagem produzida pelos próprios alunos, que descobrem por si
próprios as novas informações.
Ausubel descreve as formas de aprendizagem por descoberta:
Aprendizagem por descoberta autônoma: ocorre quando cada pessoa descobre ou
cria por si novas informações, novos trabalhos.
Aprendizagem por descoberta guiada: é quando o aluno descobre conceitos, regras,
leis, princípios e técnicas já descobertos, com os guias fornecidos por outros agentes,
o professor e seus pares.
PELA FORMA DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES:
APRENDIZAGEM REPETITIVA OU MECÂNICA
Ocorre quando o aluno memoriza uma informação, sem
entender seu real significado do que aprende, ocorre uma
repetição mecânica do que aprendeu.

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Ocorre quando essa vivência parte do conhecimento do
próprio aluno e permite que ele amplie seu universo formado por
vivências anteriores com outras vivências significativas que
envolvem diferentes situações de trabalho, estudo de sua própria
vida.
REQUISITOS PARA ALCANÇAR A APRENDIZAGEM:
De acordo com a teoria de Ausubel, para que uma aprendizagem significativa seja
alcançada, três condições devem ser atendidas:
SIGNIFICADO LÓGICO DO MATERIAL
É que o material apresentado possui uma estrutura interna organizada que é capaz de
dar origem à construção de significados. Os conceitos do professor apresentam uma sequência
lógica e ordenada. Em outras palavras, não importa apenas o conteúdo, mas a forma como ele é
apresentado.
SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DO MATERIAL
Isso se refere à possibilidade de o aluno conectar o conhecimento apresentado com o
conhecimento anterior, já inserido em sua estrutura cognitiva. Os conteúdos são então
compreensíveis para o aluno.
O aluno deve conter ideias até mesmo em sua estrutura cognitiva.
ATITUDE FAVORÁVEL DO ALUNO:
É necessário que o aluno seja capaz de aprender, porém o aprendizado não pode acontecer se o
aluno não quiser aprender. Este é um componente das disposições emocionais e atitudinal, em
que o professor só pode influenciar por meio da motivação
PROCESSOS DE APRENDIZAGEM BÁSICOS

Aprender é um daqueles termos enganosamente simples que, na


verdade, são bastante complexos. A maioria dos psicólogos pensa na
aprendizagem como uma mudança de comportamento que satisfaz três
requisitos (Domjan, 1993).
O indivíduo pensa, percebe ou reage ao meio ambiente de uma nova
maneira. Essa mudança é o resultado das experiências de uma pessoa; ou seja,
é atribuível à repetição, estudo, prática ou observações que a pessoa fez, ao
invés de processos hereditários ou de maturação ou danos fisiológicos
resultantes de uma lesão.
A mudança é relativamente permanente. O fato, pensamentos e
comportamentos que são imediatamente adquiridos e esquecidos não foram
realmente aprendidos por sua parte, as mudanças temporárias devido à
fadiga, doença ou drogas atendem às características das respostas aprendidas.
NEUROBIOLOGIA - MEMÓRIA: PAPEL NA APRENDIZAGEM
MOTOR
Na era da informação, a memória ressurge como uma
forma de reconstruir ou imaginar o mundo, em vez de
registrá-lo ou reproduzi-lo.
Nosso sistema cognitivo é composto por várias
memórias interligadas, embora o interesse dos pesquisadores
estivesse voltado para as estruturas que compõem os
sistemas de armazenamento humanos, ultimamente este
tem se movido para processos envolvidos no
armazenamento, codificação e recuperação de informações
O PAPEL DA ATENÇÃO E DA MEMÓRIA NA APRENDIZAGEM DE
MOTORES

O fundamento da análise de sistemas de memória. Esta


análise se concentrará em dois sistemas de memória
interconectados, que possuem características e funções
diferentes: memória de trabalho ou memória de curto prazo e
memória permanente ou memória de longo prazo.
A esses dois sistemas podemos adicionar um terceiro tipo
de memória, a chamada memória sensorial, ligada à percepção e
reconhecimento de estímulos (Badeley, 1982; Ruiz Vargas, 1994),
responsável pela extração das características dos estímulos
coletados. e para o reconhecimento de padrões. Esta memória
permite manter o estímulo físico além do tempo real que dura sua
presença no ambiente.
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO

Inicialmente, o interesse dos estudos sobre memória de


curto prazo estava nas características estruturais; Os
pesquisadores preocuparam-se com aspectos como a capacidade
de armazenamento dessa memória e os processos de
armazenamento da informação, conceituando-a como uma
estrutura de armazenamento com um determinado número de
comportamentos, aos quais já nos referimos.
Sob uma nova perspectiva, a memória de curto prazo é
reinterpretada, conceituando-a como uma memória de trabalho
que se refere não tanto a uma estrutura de armazenamento, mas
a um processo de controle que opera no sistema de memória,
ativando conteúdos que são necessários em um determinado
momento. resolver uma tarefa.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Os teóricos do processamento de informação referem-se à memória
de longo prazo como uma bagagem cognitiva que possuímos, ou seja, à
estrutura de conhecimento do sujeito
A forma de codificar ou reter informações na memória de longo prazo
é determinada tanto pelo tipo de tarefas quanto pela estratégia de
armazenamento seguida pelo sujeito e não, portanto, pelas características da
estrutura da memória. Granda. J. Immaculado (2002).
APRENDIZADO COOPERATIVO
A aprendizagem cooperativa é o conjunto de formas de organizar os
alunos para que fiquem em grupos heterogêneos na realização de tarefas
acadêmicas. As situações propostas exigem que os alunos busquem alcançar
objetivos comuns, de forma que não possam alcançá-los tentando alcançar
seus próprios objetivos sem que outros alcancem os seus (Johnson, Johnson &
Holubec, 1999). A sua metodologia é muito diversificada, embora, na
bibliografia, tenham recebido mais atenção os métodos promovidos pelos
investigadores que marcaram o seu desenvolvimento, investigação, avaliação
e formação para a sua implementação.
DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZAGEM MOTORA
A tecnologia moderna permite-nos ter imagens cada vez mais precisas do
que acontece no ser humano desde os primeiros dias após a sua concepção e dentro
do útero. Por meio deles, podemos observar que com poucas semanas o zigoto, que
ainda é uma massa informe mas que dará origem a um ser perfeitamente formado, já
apresenta alguma atividade motora reconhecida como motilidade. Essas são as
primeiras manifestações das habilidades motoras humanas que se tornarão aparentes
desde o nascimento por meio dos reflexos neonatais e do conjunto de movimentos
espontâneos que caracterizam o recém-nascido; e que, posteriormente, promovem
respostas motoras progressivamente orientadas para cobrir a necessidade que o
homem tem ao longo da vida de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o
meio que o cerca.
O movimento, seja como comportamento involuntário ou como resposta
intencional, mais ou menos aperfeiçoado conforme o caso, acompanha o ser humano
em todos os momentos. Poderíamos dizer que inaugura e dispensa a vida, pois a
imobilidade é mais um sinal daqueles que acompanham a morte. Parece claro,
portanto, que um comportamento com essas características tem repercussões
importantes no desenvolvimento humano, e isso tem sido considerado por pedagogos
e psicólogos praticamente desde o início deste século, dando origem a inúmeras
teorias explicativas de como ocorre o desenvolvimento no homem. têm destacado o
papel das habilidades motoras neste processo e principalmente em determinados
períodos evolutivos. Huclock B. Elizabeth (2003)
DESENVOLVIMENTO MOTOR E MATURAÇÃO NEURONAL E MUSCULAR

O desenvolvimento depende da maturação neuronal e muscular. Como os


centros nervosos inferiores localizados na medula espinhal são mais desenvolvidos no
nascimento do que os centros nervosos superiores localizados no cérebro, os reflexos
são mais desenvolvidos no nascimento do que as atividades voluntárias. Dentro de um
período de tempo após o nascimento, os reflexos importantes necessários para a
sobrevivência, como sugar, engolir, piscar, mover os joelhos e o reflexo do tendão, são
fortalecidos e melhor condicionados.
Outros menos úteis, como o reflexo de Babinski, a preensão da planta do pé
ou do dedo do pé, o reflexo palmar e a preensão com a mão, o Moro e o Babicin,
gradualmente desbotam e desaparecem antes de completar O primeiro ano de vida.
A atividade em massa gradualmente se desenvolve em padrões simples de
atividades voluntárias que formam a base para as habilidades. O cérebro, ou cérebro
inferior, que controla o equilíbrio, desenvolve-se rapidamente durante os primeiros
anos de vida e atinge um tamanho quase maduro quando a criança chega aos cinco
anos.
IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE MOTORES PARA A APRENDIZAGEM DA
CRIANÇA

Promover o desenvolvimento (físico e psicológico) da criança dentro da sua


própria dinâmica, o que faz com que o professor busque todas as condições
favoráveis ​ao seu crescimento e saúde:
- Iniciação à prática suficiente de atividades físicas,
- Estimulação de funções orgânicas.
- Adaptação das crianças às condições ambientais (clima, meio ambiente, etc.).
- Assuma as diferentes etapas de sua vida psicoafetiva.
- Incentivar o desenvolvimento da personalidade que envolve:
- Confiança da criança em suas possibilidades corporais.
- O uso do corpo como forma de expressão.
- O direito à criatividade (com possibilidade de imitar ou não).
- Adesão à elaboração e respeito à regra para a descoberta do prazer que ela pode
proporcionar.
- A possibilidade de uma atividade propositada e organizada (individual e coletiva).
CONTRIBUIÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DE MOTORES NA
APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

BOA SAÚDE
Uma boa saúde, vital para o desenvolvimento e a felicidade de
uma criança, depende, em parte, de exercícios. Se a coordenação
motora for tão ruim que a criança tenha um desempenho abaixo
das normas de seu grupo de colegas, ela obterá pouca satisfação
com essas atividades e sentirá pouca motivação para participar
delas.

CATARSE EMOCIONAL
Por meio de exercícios vigorosos, as crianças se libertam da
energia acumulada e fazem com que seus corpos excluam as
tensões causadas pela ansiedade e frustrações. Depois, eles
podem relaxar física e psicologicamente.
INDEPENDÊNCIA
Quanto mais as crianças podem fazer por si mesmas, maior sua felicidade e
autoconfiança. A dependência leva a sentimentos de ressentimento e desamparo
pessoal.
AUTO-TREINAMENTO
O controle motor permite que as crianças se envolvam em atividades de que gostam,
mesmo quando outros colegas não estão com elas.
SOCIALIZAÇÃO
O bom desenvolvimento motor contribui para a aceitação da criança e oferece
oportunidades de aprendizagem de habilidades sociais. O desenvolvimento motor
superior permite que a criança tenha a capacidade de desempenhar um papel de
liderança.
AUTO-CONCEITO
O controle motor leva a sentimentos de segurança física, que rapidamente se
traduzem em segurança psicológica. Este último, por sua vez, leva a uma
autoconfiança generalizada, que afeta todos os campos comportamentais
REFLEXÕES
O desenvolvimento psicomotor e a aprendizagem estão relacionados
com as atividades de coordenação realizadas pela criança, uma vez que uma
boa estimulação motora permite uma aprendizagem ótima que consegue
integrar o desenvolvimento da linguagem, afetivo, cognitivo e socioemocional
ambos relacionados entre si a um objetivo.
As bases do desenvolvimento motor são ajustadas através de um
processo de domínio progressivo do controle do corpo, um processo que
obedece a duas grandes leis fundamentais, a lei cefalo-caudal e a lei distal
proximal.
O desenvolvimento psicomotor é muito importante porque é a base
da aprendizagem específica e, por outro lado, tem fundamentalmente um
valor em si mesmo porque colabora no desenvolvimento experimental da
criança, alcançando uma aprendizagem construtiva e significativa para a
criança.
O desenvolvimento motor contribui para estruturas de aprendizagem
e esquemas de maturação onde as funções da criança podem atingir
determinados hábitos, habilidades, conhecimentos em operações matriciais,
relacionados à aprendizagem como processo de construção do conhecimento.
SUGESTÕES
Promover aos pais a canalização da importância das
atividades motoras para a aprendizagem, oportunizando às
crianças a realização de movimentos que lhes permitam conhecer
o seu corpo, consciência do espaço, entre outros para um ótimo
desenvolvimento infantil.
O professor deve garantir que as atividades motoras
cumpram seu objetivo na experiência da criança, fazendo com
que enfatizem e vivenciem cada atividade motora para o alcance
das capacidades e habilidades da criança de 5 anos.
Várias estratégias devem ser usadas para chamar a atenção
das crianças. Como utilizar músicas, teatros, histórias, que
motivem a expressão corporal, assim como o aprendizado e a
socialização das crianças devem enfatizar um trabalho diário para
o seu desenvolvimento.
ATIVIDADES
ANDAR EM CIMA DA CORDA
Circuito de obstáculos: Atividade que envolve a equilibrarão global.
Atividade composta de percursos com diferentes níveis de dificuldades. Andar sobre a
corda, engatinhar no túnel, pular sobre os bambolês, etc.
Passar por todos os obstáculos: cone, corda, escada, pneu, bambolê, etc. A
criança devera engatinhar, saltar, rolar, correr e andar por todos os obstáculos.
Dividir a turma em dois grupos, delimitar um espaço entre eles para que
passem ao mesmo tempo. A princípio em duplas depois o grupo todo. O objetivo é
que na passagem ninguém ultrapasse a linha delimitada nem derrube o colega.
PERCURSO MALUCO
O professor, na sala, organizará as cadeiras traçando um percurso para que o
aluno o atravesse. As crianças deverão ter o cuidado de ao passar por este percurso,
não encostar nenhuma parte do corpo nas cadeiras. Esse percurso deverá ser
ultrapassado pulando de um pé só.
TWISTER
É jogado em um tapete de plástico de grandes dimensões que se espalha
sobre o solo. O tapete é como um jogo de tabuleiro. Ele tem quatro linhas de grandes
círculos coloridos sobre a mesma com uma cor diferente em cada linha: vermelho,
amarelo, azul e verde. Um spinner é anexado a um tabuleiro quadrado e serve como
um molde para o jogo. O spinner é dividido em quatro seções rotuladas: pé direito,
mão esquerda, pé esquerdo e mão direita. Cada uma dessas quatro partes é dividida
em quatro cores (vermelho, amarelo, azul e verde).
Depois de girar, a combinação é chamada (por exemplo: amarelo da mão
direita) e os jogadores devem mover a mão ou o pé correspondente a um ponto da cor
correta. Em um jogo de dois jogadores, duas pessoas não podem ter uma mão ou de
pé sobre o mesmo círculo. As regras são diferentes para mais pessoas. Devido à
escassez de círculos coloridos, os jogadores vão muitas vezes ser obrigados a colocar-
se em posições precárias, eventualmente fazendo alguém a cair. Uma pessoa é
eliminada quando cai ou quando toca o cotovelo ou do joelho no tatame. Não há
limite de quantos podem jogar ao mesmo tempo, mas mais do que quatro é um ajuste
apertado.
ESPECÍFICA:
Trabalhar a equilibração, de maneira estática, utilizando a trave de
ginástica artísticas. Um de cada vez.
Alongamento em uma perna só: trabalha o equilíbrio para achar o jeito
certo que o pé deve ficar para não cair.
Torre de Latinhas: A criança deverá montar uma torre, tomando cuidado
para não derrubar as latinhas. (O aluno deverá organizar muito bem sua
postura e manter-se firme em equilíbrio para que possa realizar o
desafio, apesar da grande exigência de coordenação motora fina)
ESQUEMA E IMAGEM CORPORAL: GLOBAL

MÚSICA “BONECA DE LATA”


As crianças cantarão a música, devendo fazer os gestos da letra da
musica.
BAMBOLÊ
O professor solicita que o aluno faça o movimento com o bambolê no
braço, no pescoço, e assim, em outras partes do corpo para que
compreenda o seu próprio corpo e suas partes.
CONTORNO DO CORPO NO PAPEL CRAFT
Com papel pardo, no chão, coloca-se a criança deitada e pede para que
um amigo contorne seu corpo com um giz de cera e depois quem foi
desenhado irá desenhar quem desenhou. Após o contorno, cada aluno
irá preencher sua sombra com as especificidades corporais.
ESPELHO
O professor poderá confeccionar placas com rostos: felizes, tristes, bravos, sorrindo, boca
aberta, boca fechada, com boca fazendo biquinho entre outras; ou somente ir falando o que
cada criança deverá fazer. As crianças deverão ser convidadas a sentar frente ao espelho e fazer
o que o mediador solicitar. Após terminar esta parte da atividade as crianças deverão registrar
em um painel ou folha de sulfite a imagem que mais gostou de fazer frente ao espelho.
ESPECIFICA:
Reconhecimento das partes do corpo em frente ao espelho
Jogo de cartas: Jogo de cartas com figuras ilustrando imagem do corpo, na qual ao ser
mostrada, o aluno deve apontar em seu corpo o que vê.
Atividade do Espelho: Observar-se na frente do espelho, descrever suas características físicas e
transferir para o papel. Dependendo do resultado reconstruir a imagem corporal.

Faz me rir: em duplas as crianças deverão se encarar sem sorrir, aquele que sorrir primeiro
perde a brincadeira.
Complete o desenho: A criança deverá completar o desenho, com as partes do corpo que estão
faltando.
Quebra-cabeça: A partir de recortes de figuras(pessoas), as crianças deverão montar o desenho
de uma pessoa sem esquecer nenhuma parte do corpo humano.
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL: GLOBAL

COELHO SAI DA TOCA.


PULAR CORDA
Regra: A criança deverá pular a corda, enquanto os dois colegas batem a corda. Não
deixando que a corda encoste em quem esta pulando.
DANÇA DO XEPE-XEPE
As crianças em circulo (trenzinho) iniciam a brincadeira cantando: “Fui a Nova York
visitar a minha mãe, minha mãe me ensinou a dança do xepe-xepe”: uma das crianças
faz o movimento que todas as outras imitarão; chegando no fim do refrão se diz AUÊ e
todos mudam o sentido do fluxo do circulo. Retomando a música, alternando a criança
que comanda os movimentos. Sendo esta que estará posicionada a frente da ultima que
fez o movimento
ATIVIDADES: EDUCAÇÃO E REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA

MÍMICA DE SÍLABAS E NÚMEROS


OBJETIVO:
Desenvolver o equilíbrio corporal e a criatividade;
Trabalhar sílabas e numerais estudados.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
O professor deve dizer a um aluno um numeral ou o nome de um
colega, destacando a sílaba que está sendo estudada. A partir disso, ele
deve fazer a mímica ou demonstrar com o corpo a sílaba ou número
pedido. Quem descobre ganha a vez de jogar.
BINGO
OBJETIVO:
Desenvolver o raciocínio lógico-matemático;
Reconhecer os sons das palavras;
Reconhecer a ortografia de palavras do seu vocabulário;
Reconhecer numerais
Exercitar as quatro operações.

MATERIAL
Recorte de papel cartão em retângulos de 10 x 7 cm;
Desenhe, nos cartões, seis quadrados com pincel atômico;
Nestes quadrados escreva os números ou palavras que serão trabalhados;
Repita estas mesmas palavras ou números, em pequenos papéis quadriculados;
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
Brinca-se como no jogo de bingo tradicional. De preferência o professor não
deve mostrar a ficha ditada (cantada) para que os alunos descubram sozinhos a
palavra ou o número em sua cartela. Se necessário o professor pode auxiliá-los.
As cartelas do bingo devem ser feitas conforme o conteúdo a ser
desenvolvido. Exemplo: bingo de palavras com dígrafos, ou sílabas estudadas, dando
ênfase ao que se quer desenvolver, deixando que o aluno descubra as sílabas das
palavras através dos sons produzidos; bingo de operações, onde o aluno efetua a
operação ditada, buscando em sua cartela o resultado correspondente.
MICO ALFABÉTICO

OBJETIVO:
Trabalhar a relação entre figura e escrita e coordenação motora fina;
Trabalhar a memorização do alfabeto; trabalhar a socialização.

MATERIAL:
Papel-cartão (se quiser já riscado no tamanho das cartas para o aluno
recortar, caso contrário a própria criança irá fazer o risco); lápis de cor e
caneta hidrográficas; tesoura.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:
Em duplas, os alunos devem recortar o papel cartão. Cada aluno deverá fazer
seu jogo. Em cada carta o aluno desenha pares de uma classe que escolher, pode ser
frutas, animais, brinquedos, flores e assim por diante. O critério básico é que todas as
cartas pertençam a uma só classe e que contenham pares semelhantes, mas que uma
das figuras seja singular para representar o mico. Os desenhos deverão ser coloridos,
livremente. Quando todas as cartas estiverem prontas, a professora pede a cada um
que mostre suas cartas, nomeando os desenhos. Dessa forma, a professora pode fazer
com que os alunos identifiquem a inicial de cada figura, que em seguida o aluno
escreve em sua carta.
Ex. Carolina desenhou um flor. Com que letra começa a palavra flor?
Em seguida pode-se formar de 2 a 4 alunos para jogar. Inicia-se o jogo
embaralhando-se as cartas e dividindo-as entre os participantes. Cada jogador deverá,
na sua vez e em ordem determinada, retirar do leque de cartas do jogador
posicionado à sua direita uma das cartas, e assim sucessivamente. Quando alguém
formar um par retira-o do seu leque e o coloca sobre a mesa, virando com as figuras
para cima. Perde o jogo aquele que ficar com o macaco no final. O professor poderá
trabalhar as figuras desenhadas pelos alunos criando histórias.
JOGO DAS ADIVINHAÇÕES
OBJETIVO:
desenvolver a criatividade; desenvolver o espírito
cooperativo; trabalhar a atenção e concentração; fixação dos
conteúdos, desenvolver o gosto pela pesquisa.
MATERIAL:
Papel cartão; Lápis de cor; Caneta hidrográficas; Tesoura;
Régua; Cola.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:
Selecionados os conteúdos, deve-se pedir com antecedência que
os alunos pesquisem e guardem o maior número possível de figuras
relacionadas (ciências, história etc.). A classe pode ser dividida em
equipes para realização das tarefas.
Os alunos deverão trazer o material pesquisado e conteúdo
estudado. São preparados cartões, e a quantidade deverá ser definida
de acordo com o conteúdo estudado. Os cartões depois de cortados
deverão conter no verso, gravuras ou desenhos e empilhadas com as
figuras para baixo. Cada participante deverá retirar uma das figuras e,
sem que os outros vejam, terá de responder sim ou não a perguntas,
dando assim pistas para que adivinhem qual o cartão retirado.
Dessa forma cada vez que um participante acerta, toma posse do
seu cartão. O vencedor será o grupo que tiver o maior número de
cartões que esses terminarem.
JOGO ORTOGRÁFICO

OBJETIVOS:
Fixação de conteúdos; desenvolver espírito de cooperação;
trabalhar regras e limites; trabalhar o “ganhar” e o “perder”;
desenvolvimento do raciocínio; desenvolvimento da
criatividade.
MATERIAL:
Uma folha e meia de papel cartão por grupo de alunos;
Tesoura; Cola; Canetas hidrográficas, Lápis de cor, Um dado.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:
Divide-se a classe em três ou quatro equipes, com a folha inteira de papel-
cartão monta-se o tabuleiro. Esta poderá ser cortada em três ou quatro partes para
facilitar o seu transporte e poder guardar. No tabuleiro será montados uma trilha com
ponto de partida e de chegada. Quanto mais sinuosa a trilha, mais elementos podem
ser colocados, tornando o jogo mais emocionante. O caminho deve ser dividido em
pequenas partes e enumeradas em ordem crescente. Em diversos pontos do percurso
colocam-se obstáculos.
Em um determinado número, por exemplo, 8, pinta-se de uma cor diferente
representando uma ficha. Nesta ficha constará uma tarefa e o aluno terá que
respondê-la, se errar volta casas ou algum castigo determinado pelo grupo, se acertar
avança casas. Ganha o jogo quem chegar ao final primeiro.
Pode-se pedir para que os alunos estudem determinado conteúdo de uma
disciplina e tragam prontas questões para as fichas.
ATIVIDADES: LÚDICAS PSICOMOTORAS

A MÚSICA DOS NOMES


IDADE: A partir de 4 meses.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.
OBJETIVOS: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o
educador. Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das
crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”,
“Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao Itororó”. Reúna a turma em um local
agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a
intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já
andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem
o próprio nome.
HORA DA COLHEITA

IDADE: A partir de 3 anos.


TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO: Sala de atividades.
JOGOS: CONSTRUÇÃO – PIAGET

MATERIAL: Cartolina ou papel cartão, argila, tinta, dado com um lado de cada cor,
miniatura de um passarinho (de plástico ou origami) e vasilhas ou cestinhos coloridos.
OBJETIVOS: Integrar-se ao grupo e colaborar com os colegas.
PREPARAÇÃO: Cole uma gravura ou desenhe uma árvore cheia de galhos do tamanho
de uma cartolina para servir de tabuleiro. Faça frutinhas de argila, deixe secar e pinte-
as com as mesmas cores do dado que será usado no jogo. Em uma das faces dele,
desenhe um passarinho. Confeccione também cestinhas de origami ou arrume
vasilhas com as mesmas cores do dado e providencie um brinquedo em forma de
passarinho. Coloque o tabuleiro sobre uma mesa e espalhe as frutinhas pelos galhos.
O passarinho deve ficar solto. Em volta do tabuleiro, espalhe as cestinhas coloridas.
Jogo para quatro crianças. Uma criança por vez lança o dado, retira da árvore a fruta
da mesma cor indicada pelo dado e coloca-a na cestinha, também da mesma
tonalidade. Se o dado cair com a face que traz o passarinho, é ele quem fica com a
fruta. O objetivo é colher todas antes que o passarinho coma elas
TEATRO DE BONECOS

IDADE: A partir de 1 ano e meio. TEMPO: 30 minutos. ESPAÇO: Sala de


atividades, pátio ou biblioteca. MATERIAL: Fantoches ou dedoches.
OBJETIVO: Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os
personagens. Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos
“conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como: -
Quem trouxe você para a escola hoje? - Você tem amigos? Quem são? -
Você já brincou no parque? - Você já tomou lanche?
MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ

IDADE: A partir de 2 anos.


TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Canetas hidrográficas, papel e envelopes.
OBJETIVOS: Tranquilizar-se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza)
e compartilhar com os pais as atividades escolares.
Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que
faça uma cartinha aos pais. Quando todas terminarem os desenhos, chame uma por
uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar.
Escreva o que a criança disser na mesma folha usada por ela. É importante perguntar
se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque-a em um
envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário, guarde o
desenho com as demais atividades
(AGRESSIVIDADE) LIBERANDO AS ENERGIAS

Mordidas, tapas, puxões de cabelo... Até os 3 anos de


idade, é comum a criança expressar seus desejos e
frustrações com atitudes que não são lá muito delicadas.
Cabe ao adulto mostrar que há outras formas de se relacionar
com o mundo. Oferecer às crianças um ambiente tranquilo e
acolhedor é o primeiro passo para diminuir a agressividade
natural nessa fase: quanto maior o bem-estar, menor a
necessidade de se expressar agressivamente.
CUIDADO COM A BONECA

IDADE: De 1 a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Bonecas, roupinhas de boneca, retalhos de tecido, mamadeiras e chupetas.
OBJETIVOS: Brincar de faz de conta durante o jogo simbólico; tocar o colega; e ter um
bom relacionamento com o grupo.
Esta brincadeira é para meninos e meninas, pois tem o objetivo de desenvolver o
relacionamento interpessoal, promovendo atitudes de cuidado e carinho com o outro
–necessidades que são comuns a todos, independentemente do sexo. Isso vai se dar
no faz de conta, momento que a criança aprende sobre as interações sociais. Por isso,
é importante ter seu espaço garantido e valorizado na rotina. Proponha que cada um
pegue uma boneca e cuide dela como se fosse sua filha. Os pequenos devem dar
banho, trocar fralda e fazer carinho
Referências
ABP - Associação Brasileira de Psicomotricidade. Disponível em:<http://www.psicomotricidade.com.br>.

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NEGRINI, Airton. Educação Psicomotora. São Paulo: Ebrasa, 2003. OLIVEIRA, Gisele de Campos.
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OLIVEIRA, G. C. Avaliação psicomotora à luz da psicologia e da psicopedagogia. Rio de Janeiro: Editora Vozes,
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