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EM BUSCA DA INCLUSÃO
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Brasília/DF
2021
Direção Editorial Ana Cordeiro Assistência Editorial Fredy Moraes
Acabamento e Impressão Gráfica Design Visão
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) C794m
SA243m
Cordeiro, Ana; Saraiva, Deise.
Autismo: diálogos, conquistas, desafios, perspectivas e olhares em busca da inclusão / Ana Cordeiro;
Deise Saraiva [et al.]. 1ª ed. São Bernardo do Campo: APMC, 2021.
128 páginas; 14,8 x 21,0 cm.
ISBN 978-65-89272-11-3
1. Educação I. Título
“As crianças especiais, assim como as aves, são diferentes em seus voos.
Todas, no entanto, são iguais em seu direito de voar.”
Capítulo 03
Autismo e Tecnologias: Uma abordagem teórico-prática... 36 Capítulo 04
Autismo: pressupostos para o currículo escolar.................. 41 Capítulo 05
Capítulo 07
Atenção atípica nas relações sociais ................................... 64 Capítulo 08
O Olhar do Psicopedagogo Institucional para o Autista ..... 70 Capítulo 09
A música e o autismo: quebrando preconceitos.................. 76
Capítulo 10
Práticas Pedagógicas e Transtorno do Espectro Autista ..... 82 Capítulo 11
(1908) Foi criado o termo autismo, pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler para
descrever a fuga da realidade para um mundo interior, observado em
pacientes esquizofrênicos.
(Anos 50 e 60) Durante os anos 50, houve muita confusão sobre a natureza
do autismo, e a crença mais comum era de que o distúrbio seria causado por
pais emocionalmente distantes (hipótese da “mãe geladeira”, criada por Leo
Kanner). No entanto, nos anos 60, crescem as evidências sugerindo que o
autismo era um transtorno cerebral presente desde a infância e encontrado
em todos os países e grupos socioeconômicos e étnico-raciais. Leo Kanner
tentou se retratar e, mais tarde a teoria mostrou-se totalmente infundada.
Para fins deste estudo, o autismo será compreendido como aquela condição
descrita nos manuais DSM e CID-10, distinto da caracterização da
psicose/esquizofrenia infantil. Isso por acreditar que, como Rutter (1983)
aponta em seus estudos, são quadros clínicos distintos.
Uma parceria cooperativa e de apoio entre administradores escolares, professores e pais deveria ser
desenvolvida e pais deveriam ser considerados enquanto parceiros ativos nos processos de tomada de
decisão. Pais deveriam ser encorajados a participar em atividades educacionais em casa e na escola
(onde eles poderiam observar técnicas efetivas e aprender como organizar atividades
extracurriculares), bem como na supervisão e apoio à aprendizagem de suas crianças. (BRASIL,
1994).
No Brasil, o marco nesse processo é a Constituição Federal (BRASIL,
1988), que até então não obtinha nenhuma política pública que contemplasse
o acesso universal ao ensino. Neste contexto, a família também é parte no
processo de uma educação para todos, na Constituição é contemplada em seu
Art. 205.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Embora descritos separadamente, esses cinco tipos não são puros, mas
envolvem aspectos comuns a todos os tipos e, a maioria das maneiras até
então encontradas, se encaixa em um dos cinco tipos (EPSTEIN;
DAUBER,1991).
Por fim, o terceiro modelo sobre envolvimento parental na escola deriva dos
estudos de Bhering (1999; 2003). A autora destaca palavras-chaves para o
envolvimento entre pais e escola, como comunicação, envolvimento e ajuda.
Com isso, se criou um modelo de transportes, no qual ilustra-se,
metaforicamente, através de ilhas e navios a dinâmica de trocas e
negociações entre pais e escola. Neste sistema, a comunicação é vista como
um instrumento que viabiliza a relação família-escola, atuando como um
facilitador e promotor dessa relação. Esse modelo ilustra a operacionalização
da relação, enquanto as esferas fornecem o modelo teórico no qual se baseia
a relação escolapais (BHERING; SIRAJ-BLATCHFORD, 1999; BHERING;
DE NEZ, 2002).
Ainda sobre os pais de pessoas com autismo, faz-se necessário destacar uma
característica peculiar: a do estresse parental (SCHMIDT; BOSA, 2003;
2004; 2007; SCHMIDT, 2004; BOSA, 2006; FÁVERO, 2005). Devido às
demandas próprias do autismo, o estresse familiar pode aumentar e interferir
negativamente nas relações entre família e escola, consequentemente, na
escolarização deste sujeito.
Considerações finais
O envolvimento dos pais e professores/escola como parceiros frente à
educação das crianças é fundamental para garantir a adaptação e
aprendizagem dos estudantes. O que separa as funções de cada um desses
sistemas – parental e escolar– são questões acerca do que compete e do que é
semelhante a cada um deles.
Nível 2
Exige apoio substancial Nível 1
Exige apoio
6 12 meses meses
Pouco Explora contato pouco visual objetos
Pouca
atenção compartilhada
Fala
poucas
palavras ou
palavras inco
muns
Ausência de
imitação
Não
estranha pessoas
Introdução
alimentar difícil
Incômodo com certos
sons e texturas
Maior
interesse por
objetos
Atende
pouco a coman
dos
simples
Pouco apontar Ecolalia e estereotipia
Usa
poucos gestos Pouco interesse no diálogo
Pouca
brinca
deira
simbólica Pouca
imitação Busca pouco outras crianças
Poucas
expres
sões
faciais
Dificul
dades em comer
sozinho
Dificuldades no desfralde
Tabela 3: Sinais precoces de Transtorno do Espectro Autista.
Fonoaudiologia
Terapia
Ocupacional
Fisioterapia
Psicopedagogia
Odontologia
Nutricionista
Assistente social
produtos, recursos,
Portanto, o uso da tecnologia assistiva é necessário para facilitar e gerar
autonomia às pessoas que têm alguma deficiência. Assim, entende-se que
uma tecnologia é definitivamente assistiva“quando percebemos que
retirando o apoio dado pelo recurso, o aluno fica com dificuldades de
realizar a tarefa e fica excluído da participação” (BERSCH, 2017, p. 12).
Autismo e Tecnologias
Dentro do espectro autista é consenso que algumas características estão
presentes na maioria – senão todos– os indivíduos com o transtorno: a
dificuldade na comunicação e interação interpessoal, a presença de padrões
repetitivos de comportamento e de interesses e/ou em atividades específicas
(APA, 2014, apud SILVEIRA et al., 2020). Neste contexto, o uso da
tecnologia tende a facilitar interação e a comunicação interpessoal da pessoa
com TEA, bem como, pode ser parte latente de seus interesses e de
atividades facilitadoras da aprendizagem dos(as) estudantes.
Considerações finais
Sendo assim, uma das formas de conhecer o que se faz e o como se faz em
educação, especialmente na sala de aula, ocorre ao se perceber as bases que
fundamentam a prática curricular no cotidiano escolar, identificando as
influências que são recebidas para que as aulas tenham a formatação peculiar
que possuem.
Para Sacristán (2000), há seis níveis em que o currículo pode ser explicitado:
currículo prescrito (descrito em documentos e registros), currículo
apresentado (refere-se à interpretação inicial do prescrito), currículo
modelado (representa a forma como os professores traduzem o prescrito),
currículo ação (aquele que se efetiva na prática), currículo realizado
(envolve aspectos relativos ao aprendizado do estudante) e o currículo
avaliado (envolve o processo de ordenação, materialização do currículo).
Por esta razão, pouco a pouco, a visão sobre as práticas curriculares vai
sendo mudada e, conforme afirmam Moreira e Silva (1995, p.7), “o currículo
há muito tempo deixou de ser meramente área técnica, voltada para questões
relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já se pode falar agora em uma
tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas e
epistemológicas”. Em outras palavras,
o currículo é uma práxis antes que um objeto estático emanado de um modelo coerente de pensar a
educação ou as aprendizagens necessárias das crianças e dos jovens, que tampouco se esgota na parte
explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. É uma prática expressão, da função
socializadora e cultural que determinada instituição tem, que reagrupa em torno dele uma série de
subsistemas ou práticas diversas, entre as quais se encontra a prática pedagógica desenvolvida em
instituições escolares que comumente chamamos de ensino. O currículo é uma prática na qual se
estabelece diálogo, por assim dizer, entre agentes sociais, elementos técnicos, alunos que reagem
frente a ele, professores que o modelam (SACRISTÁN, 2000, p.15-16).
Com base nesta busca por conhecer quem é este educando, será necessário
que o educador se volte para sua formação, conhecimentos acumulados por
ele e pela humanidade, tanto em relação ao trabalho docente propriamente
dito como em relação às características do Transtorno do Espectro Autista,
aos métodos e às possibilidades de intervenção. Nestas formações, o
educador pode identificar caminhos para as estratégias que irá utilizar no seu
fazer pedagógico. Ressalta-se, portanto, a importância da escola, em
promover momentos de formação, que este educador esteja ativo e
vivenciando processos formativos continuamente, não se limitando à
formação inicial. A teoria agrega à prática e a prática agrega à teoria,
consolidando-se a práxis pedagógica que tanto se almeja! Atrelado à
formação, está o trabalho coletivo com seus pares, partindo do entendimento
de que este educando é parte de um conjunto: a escola!
Para propor um programa, é preciso que este se baseie nos pontos fortes e
nos desafios individuais propostos à criança, ao passo que atenda às suas
necessidades! Para isto é preciso educadores “parceiros” das famílias em um
trabalho conjunto e articulado em prol do educando.
É preciso também que este educador tenha uma formação sólida com um
arcabouço teórico-prático que o direcione a diferentes formas de
ressignificar sua prática para acessar mecanismos que conduzam o autista à
aprendizagem e, desta forma se efetive a práxis pedagógica (SILVA, 2018).
Afinal, é na escola que o contato social se intensifica, nela há a oportunidade
de se aprender a lidar com as diversidades e singularidades, sem perder de
vista as reais potencialidades e limites de cada educando autista.
Três meses mais tarde fomos pegos de surpresa com outro diagnóstico
difícil: uma gravidez classificada como “Mola12”. Algo como um câncer que
deteriora o feto impedindo seu desenvolvimento. Seria preciso um
procedimento cirúrgico para retirada de material, biópsia para confirmação
da suspeita e algum tempo de tratamento para impedir que acontecesse
novamente.
12 Doença trofoblástica gestacional: tumor benígno que se desenvolve no útero como resultado de
uma gestação não viável, podendo ou não haver a
Não tenho palavras para descrever o sentimento que tive ao me deparar na
maternidade, rodeada de mulheres à espera de seus bebês e eu, ali, deitada,
esperando para fazer uma curetagem... Me sentia nua por dentro, oca, seca.
Chorava silenciosamente e pedia a Deus que ficasse comigo, me consolasse
e apascentasse o meu coração. Fechei os olhos e o médico que assumia o
plantão daquela noite, em meio a tantas mulheres, decidiu começar por mim.
Me reconheceu, era o mesmo médico que me atendera quando perdemos
nosso primeiro filho, me tratou com muito carinho e explicou
detalhadamente todo o procedimento. Encaminhou toda a investigação até a
confirmação da suspeita e tratamento.
Fui invadida por uma sensação gostosa de acalanto e cuidado. Não me sentia
mais sozinha. Deus estava comigo. Assim, quase um ano depois do ocorrido
e após um longo tratamento, em dezembro de 2005, novamente
engravidamos. Desta vez, acompanhamos tudo desde o início e, meio que
anestesiados pelos acontecimentos anteriores, ficamos em suspense, mas
com grande esperança no coração.
João Augusto nasceu com 720g e 33 cm. Cabia na palma da mão do pai.
Teve sete intercorrências ao nascer, mas apesar de todas as palavras do
médico que nos preparavam para mais uma perda, desta vez eu sentia em
meu coração que tudo seria diferente... Algo me impelia a pensar em vida,
uma esperança com gosto de certeza de que tudo daria certo. E deu...
Essa foi a pior experiência que tivemos. Quando João entrava naquela cabine
de som normalmente usada nas sessões de fonoaudiologia, ele simplesmente
surtava e nós ficávamos arrasados. Era como se ele estivesse sendo
torturado, e não conseguíamos entender o porquê de tal comportamento.
Nesse meio tempo, o Senhor nos agraciou com outra gravidez. Meu marido
ficou como bobo, pois, em 19 de agosto de 2008, nasceram nossas gêmeas:
Helena e Elisa. João Augusto, já quase completando três anos, chegou a falar
o nome delas uma vez, mas pouco a pouco, apesar das sessões de
fonoaudiologia, foi parando de falar totalmente.
Na escola pública, aos quatro anos, ele passou pela avaliação da equipe. Fui
chamada para uma conversa. A psicóloga que me recebeu foi direta e
objetiva. Não me preparou para a notícia. Disse que após algumas horas
observando o nosso filho não tinha dúvidas do diagnóstico: Autismo.
Me assustei, não achava que ela tinha propriedade para me falar aquilo, mas
ela continuava firme. Saí dali e fui citada no relatório final da escola como
uma mãe que não aceita o diagnóstico. Na verdade, eu nem sabia direito o
que era Autismo.
Mas aquela conversa colocou uma pulga atrás da minha orelha e quando
comecei a estudar sobre o assunto percebi que meu filho realmente tinha
todas as características relacionadas a esta síndrome. Entendíamos agora o
porquê dos comportamentos inexplicáveis.
A confirmação do diagnóstico veio aos cinco anos, numa consulta com a
Psiquiatra Rosa Horita, no COMPP13, em Brasília/DF. De certa forma, me
senti aliviada por finalmente saber o que meu filho tinha. Poderia agora
estudar e ajudar de forma mais efetiva. Mas também passamos pelo famoso
luto, choros e mais choros e a sensação de que nosso filho dependeria
sempre de nós. Mas Deus, que continuava conosco, colocou em nosso
caminho algumas pessoas que nos ajudaram a perceber que o Autismo pode
ser uma limitação, mas não um impedimento para o crescimento. Luzinete,
da ABRACI-DF14, foi a primeira pessoa que me mostrou uma direção. A
psicóloga Emanuelle Vieira, especialista em Autismo, me deu a mão e me
pôs a caminho.
13 COMPP: Centro de Orientação Médico - Psicopedagógica
Hoje, além do João Augusto e das Gêmeas Helena e Elisa, temos mais dois
filhos: Susana, que nasceu em 2011 e Miguel, em 2014. Com o tempo e
experiência, percebemos que nossas filhas Elisa e Susana também
apresentavam sintomas da Síndrome. De forma que agora temos três filhos
diagnosticados com Autismo em níveis diferentes.
Nosso desafio hoje é seguir vivendo um dia de cada vez, sem grandes
projetos ou ilusões, aproveitando o máximo que podemos daquilo que o
Senhor permite no desenvolvimento dos nossos filhos, mas acima de tudo
amando-os e respeitando-os como são sempre agradecidos e abertos à vida
que Ele nos quiser dar...
14 ABRACI-DF: Associação Brasileira de Autismo Comportamento e Intervenção do DF
Capítulo 06 Projetos pedagógicos
para estudante com autismo: um
caminho de possibilidades
Por Janete Braúna
Dessa maneira, por mais desafiadoras que sejam as temáticas dos projetos na
Proposta Pedagógica da escola, permitir a participação de todos os
estudantes é promover a inclusão. Basta que haja adequação e
intencionalidade na construção e aplicação destes em sala de aula e em todo
contexto escolar, lançando mão de abordagens próximas à realidade do
aprendiz autista, que se consolida no significado prático em um contexto
social, com objetivos claros e possíveis de serem alcançados.
16 Transtorno do Espectro Autista
Assim, este projeto foi desenvolvido por uma semana, cinco dias
consecutivos, em que os estudantes com autismo participaram ativamente de
todo processo. Perceberam a proximidade do que realizavam na escola e do
que fazia parte do seu contexto familiar (a comida, os instrumentos, entre
outros), embora os estudantes de classe especial que estavam em fase de
adaptação escolar, tenham tido mais dificuldade, pois ainda se apropriavam
da rotina da sala de aula.
A avaliação dos docentes foi muito positiva, uma vez que perceberam a
inclusão dos estudantes no projeto vivenciado por toda a escola,
identificando a eficácia na interdisciplinaridade e na funcionalidade em
todos os momentos do projeto.
Com base nessas questões, faremos uma breve exposição acerca da gênese e
do desenvolvimento da atenção e, em seguida, uma reflexão sobre alguns
aspectos que envolvem a interação de pessoas com autismo e sua atenção.
Buscaremos refletir sobre a atenção em momentos de interação social em
que a criança não olha para o interlocutor e, às vezes, até dá as costas para
ele, fazendo parecer que “não o escuta”, “não interage”, “vive em seu
próprio mundo”, “parece que se basta”. Nesse sentido, apresentaremos uma
síntese dos resultados de uma pesquisa bibliográfica publicada por nós
(PAOLI e SAMPAIO, 2020) sobre o tema para que possamos ampliar nossa
compreensão acerca de determinadas particularidades da criança com TEA,
visando à contribuição de reflexões que incidam sobre processos
interventivos dirigidos a essas pessoas, tanto em meio às suas relações
sociais cotidianas, quanto aos espaços formais, no âmbito da educação e da
clínica.
por duas
estágios processo
Mateus, uma criança de 12 anos, possui uma boa compreensão dos signos
culturais, mas apresenta dificuldades em linguagem expressiva,
comunicando apenas o essencial. Ele não desenvolve diálogos longos e, na
falta de um confronto argumentativo mais elaborado com o outro, reduz-se
as possibilidades de ampliação de seu repertório sígnico do mundo e uma
maior complexificação do seu desenvolvimento. Um dia, Mateus chegou à
sala e encontrou um adulto conhecido que o cumprimentou com uma
pergunta: “Como foi o seu dia?”. O homem tentou estabelecer uma
conversa, porém Mateus passou sem olhá-lo e ficou de costas, sem
responder. Outro adulto que estava presente não identificou expressões
explícitas de compartilhamento de atenção por parte do Mateus. O adulto
encerrou o diálogo e o surpreendeu dizendo: “Tudo bem, Mateus, sei que
você está me ouvindo...” e, complementou: “Eu sei que você não está me
ignorando”. O observador silencioso percebeu que Mateus, ainda de costas
para o outro comunicador, minimizou mais seus movimentos corporais,
paralisou-se por um momento, deu um sorrisinho de canto de boca e saiu da
sala para ir em busca do seu brinquedo.
A forma como Mateus modificou seu corpo “voltando as costas para seu
interlocutor e diminuindo a velocidade dos movimentos até uma
paralização”, para nós, é um indício de comportamento que, provavelmente,
remete-se a uma forma de orientar a si próprio, de controle da sua conduta,
uma forma de atenção atípica, cujo comportamento é orientado pela própria
criança. Ele fez uma escolha entre continuar correndo e parar para “dar
ouvidos” a quem lhe provocara. Esse “dar ouvidos”, em nossa compreensão,
manifestou-se como uma forma de se comunicar com o outro, apoiando-se
na percepção auditiva e orientando seu corpo para uma forma peculiar de
atenção, como se enxergasse com os ouvidos. Depois de processar a
informação à sua maneira, respondeu-o com um sorriso de canto de boca.
Mesmo que não estivesse olhando diretamente para seu interlocutor, Mateus,
exteriorizou indícios, em sua conduta, que fez que seu interlocutor
compreendesse que havia uma certa receptividade (compartilhamento).
Logo, estabeleceu-se modos singulares de comunicação entre pessoas com
distintas possibilidades de linguagem (oralidade, gestualidade, olhares etc.).
Nesse processo comunicativo, houve uma história de encontros e
desencontros que chegaram à compreensão das particularidades envolvidas.
Há movimentos, gestos e trocas de olhares que foram se constituindo em
significações dentro de um processo histórico de construção de vínculos que
possibilitaram a interação de reciprocidade comunicativa.
Para dar início a este capítulo, é preciso entender o que é o autismo e o papel
do psicopedagogo. O autismo foi descoberto em 1943 pelo Dr. Leo Kanner
(VOLKMAR; WIESNER, 2019) e é caracterizado pela dificuldade de
comunicação e interação social, que traz comportamentos repetitivos e/ou
restritivos, embora estas sejam as principais características,o “espectro” traz
diversas particularidades com níveis do leve ao mais severo.
Outra questão que deverá ser levada em consideração e que é direito legal
estabelecido é que em caso de necessidade, o estudante com TEA incluído
em classes comuns, tem direito a um acompanhante especializado de acordo
com a Lei nº 12.764/ 2012, Artigo 3º, parágrafo único. Sendo assim, é
imprescindível que a equipe pedagógica avalie essa necessidade e
providencie este profissional a fim de facilitar o processo de aprendizagem
deste estudante.
Nas escolas de Educação Infantil estão cada vez mais presentes as crianças
autistas, que possuem um jeitinho todo especial e que vão conquistando seu
espaço e mostrando que suas limitações e diferenças podem e são
oportunidades de troca de saberes com os professores e demais crianças.
É importante ressaltar que grande parte das crianças com TEA apresentam
algum grau de dificuldade intelectual e muitas vezes chegam às escolas sem
ter o diagnóstico fechado. São estudantes que desafiam o meio educativo por
serem vistos como excêntricas e peculiares pelos colegas de turma e,
principalmente, pelos professores e equipe escolar.
Autistas são pessoas extremamente sensíveis e por isso, o contato social lhes
parece algo ameaçador. Por esse motivo, muitos se isolam em “seu
mundinho” e demonstram preferir ficar sozinhos, isolados e sem interagir
com outras pessoas, sobretudo com outras crianças quase sempre tão
barulhentas, falantes, agitadas e intensas! Para os professores, o desafio é
conciliar e respeitar esse momento do autista e, com paciência, torná-lo parte
integrante do processo escolar.
Últimas considerações
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WHITMAN, T. L. O desenvolvimento do autismo. São Paulo: M.Books, 2015.
Ana Paula Cordeiro Gomes da Silva é Psicanalista; Neuropsicopedagoga;
Escritora, com mais de 60 livros publicados; Editora chefe, proprietária e
fundadora, da Editora APMC; Produtora Cultural, idealizadora de vários
projetos; Contadora de Histórias; Educadora na rede pública de ensino do
município de São Paulo.
E-mail: ana@closs.net.br
Débora Avelina Felipe , brasiliense, estudou pedagogia e é pósgraduada em
Educação. É orientadora educacional e professora na Secretaria de Estado de
Educação do Distrito Federal. Psicanalista Clínica por formação, escreve
artigos nas temáticas da tecnologia, avaliação da aprendizagem,
Automutilação e Educação a Distância. Participa de grupos de pesquisa em
Orientação Educacional e Avaliação.
E-mail: debora.avelina115@gmail.com
Deise Avelina Felipe Saraiva é educadora há mais de 25 anos com
experiência na Educação Básica e no Ensino Superior. Nos últimos anos tem
atuado como professora formadora em cursos voltados para Educação
Especial – Autismo. É Doutoranda em Educação na Universidade de
Brasília, Mestre em Educação, especialista em Formação de Professores e
Educação Especial, Pedagoga por formação. Escritora e contadora de
histórias.
E-mail: escritora.deisesaraiva@gmail.com
Youtube: Deise Saraiva
Instagram: @deise6153
Ellen de Souza Siqueira é graduada em Medicina pela UnB. Residência
Médica em Pediatria no HMIB. Residência Médica em Neurologia Infantil
pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestrado Profissional
pela UNIFESP. Autora do livro Perguntas e Respostas em Neurologia
Pediátrica, publicado pela Editora Manole, 2015. Atualmente, trabalha no
Hospital de Apoio de Brasília, integrando a Equipe Interdisciplinar de
Reabilitação Infantil.
E-mail: ellensiqueira_17@yahoo.com.br
Graça Amorim é professora da SEEDF há 30 anos, formada em Letras e
Especialista Sensu. Casada, mãe Atualmente ministra Especial/Autismo para
docentes do DF no Centro de Vivências Lúdicas Oficina Pedagógica de
Brazlândia.
em Educação Especial/Autismo Lato de cinco filhos, três neuroatípicos.
cursos de formação em Educação
Janete Félix Braúna é educadora da SEE/DF há 24 anos, graduada em
Ciência-Matemática e pós-graduada em Matemática e Estatística pela
Universidade Federal de Lavras (UFLA). Possui várias formações voltadas
para Educação Especial. Casada e mãe das gêmeas: Heloísa e Beatriz, ambas
com deficiência física (Artrogripose atendimento a pedagógica a docentes.
Múltipla causada por uma síndrome rara Congênita). Com experiência no
E-mail : janetefelix10@gmail.com
Joanna de Paoli é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação
e Ciências (PPGEduC-UnB) e membro do Círculo Vigotskiano - Grupo de
Estudos em Teoria Histórico-Cultural (UnB). Psicomotricista que atua em
intervenções com crianças e jovens com autismo. Professora da Secretaria de
Estado de Educação do Distrito Federal.
E-mail: joanna.paoli@edu.se.df.gov.br
Juarez Oliveira Sampaio é doutorando do Programa de Pósgraduação da
Faculdade de Educação Física (FEF-UnB) e membro do Laboratório de
Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer
(AVANTE-UnB). Coordenador do Projeto Brincando e Aprendendo (UnB)
intervenção em grupos heterogêneos com crianças com autismo. Professor
da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
E-mail: juarez.sampaio@edu.se.df.gov.br
Luana de Oliveira Torres é Psicopedagoga. Atualmente trabalha como
Psicopedagoga Institucional em uma Escola Privada em Brasília – DF. É
graduada em Pedagogia - Educação Infantil e Anos Iniciais. Pós-graduada
em Psicopedagogia, Orientação Educacional e Gestão Escolar, com diversos
cursos na área de inclusão.
E-mail: llluanaoliveira@gmail.com
Instagram: @psicopedagogaluanatorres
Lucas Vieira Baeta Neves é professor da Secretaria de Estado de Educação
do Distrito Federal e formador na Subsecretaria de Formação Continuada
dos Profissionais da Educação – EAPE/SEEDF na Área de Ludicidade e
Criatividade. Mestre em História Social. Pós-graduando em Musicoterapia e
em Psicopedagogia com Ênfase em Educação Especial. Estudioso de
Luthieria Experimental.
E-mail: lucasbaeta@gmail.com
Mara Rubia Rodrigues Martins é doutoranda em Ciência da Informação
na Universidade Fernando Pessoa em Porto/ Portugal, mestre em Psicologia,
especialista docente em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Experiência
na área de educação, com ênfase em ensino e aprendizagem e Transtorno do
Espectro Autista, professora aposentada da Secretaria de Educação do DF.
Professora formadora de profissionais na área de Educação Inclusiva e
Educação Especial, TEA. Psicopedagoga Clínica.
Instagram: mararubiarn
Renata da Silva Cordeiro Mendonça é Pedagoga, especialista em
Psicopedagogia. Atuante há mais de 20 anos em salas de aulas de escolas da
rede privada do DF no segmento da Educação Infantil e Fundamental I.
Criadora do Projeto Ser + Criança, leva seu amor e vivência pedagógica aos
atendimentos particulares, às redes sociais e ministra cursos e palestras para
professores das infâncias.
E-mail: sermaiscrianca2020@gmail.com
Instagram: @ser.maiscrianca
YouTube: Professora Renata Mendonça
Sandra Elisete de Sousa Cardoso é Orientadora Educacional. Utiliza o
Instagram para postar dicas, ideias, sugestões para melhorar a motivação
pessoal, profissional, autoestima, a saúde mental, física, emocional e
ministra palestras para professores, pais, alunos Pedagogia, Orientação
Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas. e profissionais da
educação. Graduada em
Unyleya.
E-mail: suyennemenezes@yahoo.com.br
Virgínia Silva é professora, com mais de 20 anos de experiência na
Educação Pública. Professora na Escola de Formação de Professores da
Secretaria de Educação do DF– EAPE. Graduada em Pedagogia pela
Universidade de Brasília - UnB, Especialização em Administração Escolar e
Educação Especial e Mestre em Educação (UnB). Pesquisadora na área da
Aprendizagem, Subjetividade e Educação Especial.
E-mail: silva.virginia.prof.4@gmail.com
Instagram: @virginia75gigi
Facebook: @Virginia Gigi Silva
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