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Exercício, Mobilidade e Equilíbrio

Conteudista: Prof. Me. João Pedro da Silva Junior


Revisão Textual: Prof.ª M.ª Mayara Espindola Lemos

Objetivos da Unidade:

Compreender o idoso e o aspecto dos exercícios nas variáveis de equilíbrio e nas variáveis de deambulação;

Conhecer e prescrever orientado por evidências científicas e elaborar programas de exercícios de combate a quedas; 

Elaborar programas de exercícios de combate à perda da mobilidade. 

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
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ʪ Material Teórico

Envelhecimento Ativo
É o Processo de otimização das oportunidades de Saúde, Participação e Segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que
as pessoas ficam mais velhas. Bases Legais: 

Política Envelhecimento Ativo da OMS e Enfoque Amigo do idoso, 2002;

Estatuto do Idoso – Lei 10741/2003;

Portaria da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – MS 2528/2006;

Lei Política Estadual do Idoso – 12.548/2007;

São Paulo Amigo do Idoso – Programa Inter Secretarial do Governo São Paulo, 2012. 

O envelhecimento se trata de uma combinação complexa que envolve muitas variáveis como genética, estilo de vida, doenças crônicas que vão
interagindo entre si e acabam por influenciar o modo em que alcançamos determinada idade. O envelhecimento biológico pode ser caracterizado
pela dificuldade da manutenção da homeostase pelo indivíduo em situações de estresse fisiológico. O processo ou conjunto de processos que
ocorrem em organismos vivos e que com o passar do tempo levam a alterações da adaptabilidade, à deficiência funcional e à morte, um processo
contínuo durante o qual ocorrem declínios progressivos de todos os sistemas e órgãos corporais incluindo os responsáveis pelo controle
postural e de equilíbrio.
Figura 1
Fonte: Freepik

O medo de se tornar dependente é um dos maiores temores das pessoas idosas. Esse medo e os altos custos sociais da dependência levaram
pesquisadores a distinguir entre expectativa de vida e expectativa de vida ativa, um indicador importante da qualidade de vida nesse grupo. As
dificuldades com o controle da postura ortostática e com as consequentes quedas constituem um importante problema que se agrava durante o
envelhecimento. O interesse com os déficits de equilíbrio vem aumentando em consequência dos altos custos em saúde que esses acidentes
geram.

O equilíbrio pode ser definido como a habilidade do sistema nervoso central em gerar respostas coordenadas buscando a base de suporte para
evitar a queda (HORAK et al., 1977).  O equilíbrio corporal é fator primordial para a orientação do indivíduo no espaço circundante, um processo
automático e inconsciente que possibilita ao indivíduo se mover no meio ambiente e resistir à desestabilização da gravidade. Nele, o sistema
nervoso central precisa de acurada percepção do desenho interno da posição dos segmentos corporais, uns em relação aos outros e destes em
relação ao espaço. Em idosos, a diminuição do equilíbrio está associada à redução da capacidade funcional e ao risco aumentado de quedas.
Dentre esses sistemas, o sistema nervoso é o mais importante na manutenção do equilíbrio e do centro de gravidade sobre a base de sustentação
em situações estáticas e dinâmicas, que são influenciadas por ações do sistema visual, vestibular e somatossensorial (BAYARRE VEA et al., 1999).

Com o avançar da idade, é possível verificar a dificuldade de locomoção, proveniente da interação entre as demandas ou restrições ambientais
que sofrem influência dos mecanismos reguladores, como o funcionamento dos sistemas neurológico, musculoesquelético e cardiovascular
(VAN DEN BOGERT et al., 2002). Esta variável é uma das funções que pode sofrer deteriorização progressiva por diversos fatores oriundos do
envelhecimento (GUIMARÃES E FARINATTI, 2005). As alterações no equilíbrio podem levar o idoso à queda, que se caracteriza como importante
fator de incapacidade funcional. 
A queda, conceitualmente, é definida pelas mudanças de posição inesperadas, não intencionais, que fazem com que o indivíduo permaneça em
um nível inferior. Ainda, trata-se de um marcador de: fragilidade, morte, declínio funcional e institucionalização (PERRACINI, 2009).

Quando a pessoa apresenta mudanças relacionadas ao envelhecimento, as quedas são um problema de saúde importante para idosos, sendo
vários fatores causais de quedas nessa população. Dois são os fatores cruciais: a diminuição da função e do equilíbrio (THRANE; JOAKIMSEN;
THORNQUIST, 2007), que levam assim a perda da independência funcional e diminuição na qualidade de vida em populações internacionais
estudadas (VAN IERSEL et al., 2008); sendo um indicador de saúde associado com mortalidade e morbidade de idosos frágeis (GUIMARÃES,
2004; TEIXEIRA, 2007).

A alta frequência de quedas é um dos problemas mais comuns que afetam a população idosa. Um terço das pessoas com 65 anos ou mais cai ao
menos uma vez ao ano, e a metade desses casos é recorrente. Essa proporção aumenta em pessoas com mais de 70 anos, algumas vezes
resultando em fraturas e eventos fatais. A queda é a principal causa de internação hospitalar na população com 60 anos ou mais e responsável por
56,1% do total de internações em ambos os sexos.
Figura 2  
Fonte: Freepik

As quedas e os ferimentos subsequentes são importantes problemas de saúde pública que muitas vezes requerem atenção médica. As quedas
respondem por 20% a 30% dos ferimentos leves, e são causa subjacente de 10% a 15% de todas as consultas aos serviços de emergência
(MASUD; MORIS, 2001). Mais de 50% das hospitalizações relacionadas a ferimentos ocorridas entre as pessoas com mais de 65 anos de idade
(MATSUDO et al., 200). As principais causas subjacentes de todas as admissões ao hospital relacionadas a quedas são: fratura do quadril, lesões
traumáticas do cérebro e ferimentos dos membros superiores.

A manutenção do equilíbrio do corpo humano no espaço é uma tarefa complexa resultado da integração das informações aferentes dos órgãos
que constituem o sistema de equilíbrio sob coordenação do cerebelo. Esse sistema de equilíbrio compreende o sistema vestibular, o visual e o
somato-sensorial. Não existe nenhum sistema sensorial específico para a posição do centro de massa, dessa forma são os três mecanismos de
entradas sensoriais que fornecem as informações necessárias. Tais sistemas sofrem modificações com o processo de envelhecimento podendo
produzir diminuição das respostas dos centros controladores da postura. Da mesma maneira, os músculos efetores podem não ter a capacidade
de responder eficientemente às alterações do equilíbrio corpóreo. O tempo de reação e o tempo de movimento são variáveis importantes para
reajustar o equilíbrio corporal. Ambos declinam com o avançar da idade, em especial após a terceira década de vida, aumentando
significativamente o risco de ocorrência de quedas.

Apesar da aparente simplicidade da tarefa, o controle da postura é um grande desafio para o corpo humano, ele deve ser capaz de regular o
equilíbrio em situações instáveis (equilíbrio estático) e ao mesmo tempo ser suficientemente versátil para permitir a rápida iniciação do
movimento, sem perder a estabilidade (equilíbrio dinâmico).

Vários aspectos contribuem para a perda, total ou parcial, do equilíbrio e controle corporal tais como: 

Alterações no sistema vestibular;

Diminuição das reações neuromotoras de equilíbrio e de contração muscular;

Diminuição da força muscular;

Diminuição da coordenação motora;

Alterações visuoespaciais;

Alteração da propriocepção com a diminuição da sensibilidade tátil pela atrofia dos receptores;

Perdas das fibras proprioceptivas;

Diminuição dos reflexos tendíneos;

Alterações auditivas;

Alterações cognitivas;

Depressão e medicação, entre outros fatores.


Fatores de Risco para Quedas

Idade Avançada;

Perda da Força Muscular;

no padrão da marcha (OMS, 2011).

Quando as informações originadas nesses órgãos são conflitantes, aparece a tontura, ou seja, a sensação de alteração do equilíbrio corporal. A
tontura é queixa comum entre os idosos e pode ser definida como sensação de desequilíbrio, movimento, rotação, oscilação ou inclinação.
Também são sintomas que cursam com desequilíbrio, a vertigem (sensação na qual o indivíduo sente o ambiente rodando em relação a ele ou ele
em relação ao ambiente), a hipotensão ortostática ou tontura postural (sensação de vazio na cabeça ou sensação de quase desmaio) entre outras.

A queda é um fenômeno complexo de origem multifatorial, porém, é importante ressaltar que a atividade física é importante para o equilíbrio, e
exercícios específicos podem ser eficientes para melhorar o equilíbrio estático e funcional, mobilidade e diminuir a frequência de quedas em
idosos. Uma revisão sistemática que é um tipo de estudo que revisa diversos trabalhos científicos publicados, mostrou associação direta entre a
força muscular, a estabilidade postural e o equilíbrio com a capacidade do idoso em ficar e manter-se em pé, independentemente das demandas e
restrições ambientais (HORAK et al., 1977; NOVAES et al., 2011). 

Na prática são simples o conceito e a identificação e classificação fragilidade do idoso, muito explica a falta de equilíbrio e maior propensão a
quedas. Visto que o conceito de fragilidade “Síndrome biológica com declínios associados a idade na massa magra, forca, equilíbrio, desempenho
na caminhada e no nível de atividade física”.  É consenso que o idoso frágil é classificado quando existe a presença de 3 ou mais, das
características abaixo: 

Perda Involuntária de Peso;

Fadiga;

Diminuição Velocidade de Caminhada;

Diminuição da Atividade Física;

Perda de Força Muscular.


Figura 3
Fonte: Freepik

A marcha é uma atividade automática, complexa e inconsciente que precisa da integridade musculoesquelética e do controle neurológico, pois é
um importante aspecto na funcionalidade do indivíduo (CESARI et al., 2005; TEIXEIRA, 2007; PROVINCE, 1995). As mudanças da marcha e da
locomoção ocorrem com o envelhecimento, tornando-se problemas comuns no desempenho funcional de idosos (BUFORD et al., 2012). Nesse
sentido, a velocidade de andar está associada com o estado geral da saúde, com a capacidade funcional, com a aptidão física, com a função
cardiovascular e com a realização das Atividades da Vida Diária (AVD) (NOVAES et al., 2011).  

As características mais comuns da marcha que apresentam alterações com o envelhecimento são: 
A diminuição no comprimento da passada, na velocidade normal de andar, nas rotações pélvica e escapular (MACIEL et al.,
2005);

Aumento da largura do passo (LEE et al., 2017);

Força muscular, estabilidade postural e equilíbrio (relacionados à capacidade do idoso em ficar e se manter-se em pé,
independentemente das demandas e restrições ambientais).

Sendo assim a idade, o sexo, a velocidade de andar e o comprimento da passada são determinantes para os níveis de dependência dos idosos,
podendo levar a institucionalização (WOO et al., 1999).

Tabela 1 – Fatores de Risco de Quedas

Sistemas Marcha Envelhecimento

Controle neurológico Automática Distúrbios do equilíbrio e de mobilidade

Integridade - Quando associados podem levar ao declínio


Inconsciente
musculoesquelético da marcha

Postura Complexa Redução da Capacidade Funcional

Limitações realizarem as AVD, causando


Equilíbrio
maior vulnerabilidade

Fatores de risco de quedas: Estado psicocognitivo, Disfunção no equilibrio corporal, marcha e


mobilidade. Déficit Visuais, vestibulares e auditivos. Presença de comorbidades. Historia previa de
quedas e Distúrbio neuromuscular (DEL DUCA et al., 2012; PERRACINI et al., 2009).

A redução de 0,1 metros por segundo (m/s) na velocidade de andar aumenta o risco de quedas em 7,0 %. A velocidade de andar tem sido a variável
mais afetada em pessoas acima dos 70 anos de idade (BELTRAN et al., 2017). Apesar dos aspectos negativos que o envelhecimento traz para a
independência e a realização das atividades da vida diária, o treinamento da marcha realizado por um ano pode diminuir o risco de morte em até
17%. 

Os exercícios para a melhora ou para a manutenção do equilíbrio são categorizados como determinantes comportamentais para redução de
quedas em idosos. A participação regular em atividade física moderada é essencial para a boa saúde e para preservar a independência dos idosos,
contribuindo para reduzir o risco de quedas e de lesões relacionadas. 

Previne diversas doenças e o declínio da capacidade funcional. As práticas de atividade física moderada e do exercício também reduzem o risco de
quedas e de lesões por elas ocasionadas nos idosos, controlando o peso e contribuindo para manter ossos, músculos e articulações saudáveis. O
exercício pode melhorar o equilíbrio, a mobilidade e o tempo de reação. Pode aumentar a densidade mineral óssea nas mulheres após a
menopausa e nas pessoas com mais de 70 anos (REBELATTO; CASTRO, 2007). 
A promoção de atividade física apropriada ou exercícios destinados a melhorar a força, o equilíbrio e a flexibilidade é a estratégia mais viável e de
melhor relação custo-benefício para evitar quedas dos idosos na comunidade. Atividades como caminhadas são a maneira mais fácil e acessível
de fazer exercícios que melhorem a força, o equilíbrio e a flexibilidade, levando a uma redução do risco de quedas.

Os exercícios físicos e a atividade física devem estar acoplados à rotina do idoso, uma vez que, embora não estejam relacionados fortemente com
o equilíbrio, eles podem preservar a massa muscular dos membros inferiores por exemplo, que são importantes no controle do equilíbrio
(CAROMANO et al., 2006). E indivíduos praticantes de atividades físicas apresentam escores melhores na Escala de Equilíbrio de Berg, que
mensura o equilíbrio, quando comparados a indivíduos sedentários (AGUIAR et al., 2006). 

Os efeitos benefícios da prática regular da atividade física durante o processo de envelhecimento (BELTRAN et al.,2017). A atividade física
apresenta ainda efeitos benéficos sobre quedas, visto que reduz o risco de quedas e de lesões resultantes destas, aumenta a força muscular dos
membros inferiores e da coluna vertebral, melhora o tempo de reação, a sinergia motora das reações posturais, a velocidade de andar, a
mobilidade e a flexibilidade (BELTRAN et al., 2017). 

Podemos prescrever exercícios para o equilíbrio baseados nas reflexões dos princípios de treinamento dispostos abaixo. 

Treinamento Marcha (Funções de Andar e Mobilidade):

Controle simples do andar (andar reto diferentes larguras);

Controle preciso do andar (andar reto pé-calcanhar mãos no quadril (largura);

Velocidade máxima andar ( diferentes larguras);

Agilidade corporal.

Treinamento Equilíbrio:

Treinamento da marcha para melhorar a locomoção e diminuir os riscos de quedas;

Exercícios de fortalecimento nos membros inferior;

Exercícios sentado e em pé para melhorar o equilíbrio;

Duração: 10 a 30 segundos;

2 a 3 repetições;

Seleção Exercícios respeitando a complexidade:

Base larga centro gravidade baixo;

Base estreita centro de gravidade baixo;

Base larga centro de gravidade alta;

Base estreita centro de gravidade alta.

Treinamento Agilidade:

Repetições dos exercícios (Maior número possível);

Duração: 10 a 15 minutos;

Velocidade máxima;
Mudanças de direção;

Alteração centro de gravidade.

Treinamento Flexibilidade:

Intensidade baixa;

Baseada na amplitude do movimento;

Duração: 10 a 30 seg/2 a 3 repetições;

Frequência: > 3x/sem;

Atenção: Expirar durante o movimento, uso de materiais para auxílio e observar


organização do corpo (MATSUDO et al., 2010).

Quando vamos estruturar e elaborar um Programa de Exercícios & Quedas, devemos lembrar dos seguintes parâmetros e variáveis para basear
toda a prescrição: 

Fortalecer músculos pernas-costas; 

Melhora reflexos e mobilidade;

Incremento flexibilidade;

Manter peso corporal;

Melhora sinergia motora reações posturais.

A novidade nesse contexto é, sem dúvida, o impacto da realidade virtual para a promoção da qualidade de vida ao indivíduo lesionado, porque o
deixa mais motivado e concentrado nas atividades, uma vez que os jogos proporcionam aos pacientes maior independência e autonomia sobre
seu corpo, possibilitando realizar movimentos livres em tempo real, bem como favorecem a aquisição de suas habilidades motoras, resistência
muscular, equilíbrio e condicionamento físico aeróbico (LEÃO et al., 2017). 

Além disso, por serem interativos, os participantes precisam recrutar o controle postural – planejar e traçar estratégias para a execução dos
jogos, assim, estimulam os sistemas cognitivo e sensoriomotor e são importantes aliados para garantir a participação e a aderência dos idosos.
Proporcionam bem-estar físico e psicológico por meio dos exercícios de equilíbrio, locomoção e postura, contribuindo para a melhora da
qualidade de vida, da funcionalidade e da autonomia, além de proporcionar momentos de lazer e descontração durante o programa de exercícios
neurofuncionais e a prática de lúdicas virtuais (MAGNA, 2020). 

Cada vez mais eficaz em pacientes que apresentam equilíbrio corporal prejudicado e déficits neuromotores, oferecendo maior potencial
motivacional, inovador e divertido, destacamos as principais doenças que afetam o equilíbrio, seguido do protocolo de exercícios e os principais
resultados. 

Tabela 2 – Doenças que afetam o equilíbrio e o impacto da atividade física 


Doença de Parkinson  Foram treinados o desempenho da Os pacientes diminuíram o tempo
coordenação motora fina para de execução dos movimentos e
(GIL-GÓMEZ et al., 2011) 
alcançar objetos fixos e móveis em obtiveram maior assertividade ao
ambiente virtual. alcançar objetos reais, ou seja,
houve a transferência do
aprendizado para o ambiente real.

Utilizou-se um software de
Realidade Virtual imersiva,
Doença de Parkinson  denominado “e-Street”, que simula Estimulou o sistema sensorial por
ambientes urbanos onde o usuário meio da percepção visual, do
(VIEIRA et al., 2014) 
precisa realizar marcha equilíbrio e da noção espacial.
estacionária para se deslocar pelo
ambiente simulado.

Houve melhora no equilíbrio


Foram incluídas tarefas virtuais
corporal, os pacientes relataram
por meio de softwares que
Fragilidade  ser uma prática agradável e
simulavam ambientes
incentivaram o uso de outros
(ROJAS et al., 2010)  tridimensionais, valendo-se de
softwares. E o trabalho de cognição
estímulos visuais no sentido de
foi evidenciado pelo processo de
distrair o aluno.
aprendizagem.

Observou-se melhora do
O paciente com lesão cerebral corre
equilíbrio. Pacientes reduziram o
grande risco para quedas, no
Lesão Cerebral (ataxia tempo de execução dos
entanto, com os jogos do console
movimentos e obtiveram maior
cerebelar) Nintendo Wii, consegue realizar
assertividade ao alcançar objetos
(YOUNG et al., 2011)  movimentos que estimulam o
reais, ou seja, houve a
equilíbrio laterolateral e
transferência do aprendizado para
anteroposterior.
o ambiente real.

Resultados significativos na melhora das capacidades física e cognitiva, como o equilíbrio estático
dinâmico, marcha, aumento da força muscular, da capacidade funcional, atenção e memória.

A Inclusão de realidade virtual em programas de atividades física promoveu bem-estar físico e psicológico por meio dos exercícios de equilíbrio,
locomoção e postura, contribuindo para a melhora da qualidade de vida, da funcionalidade e da autonomia, além de proporcionar momentos de
lazer e descontração. 

A introdução de novas tecnologias teve como objetivo expandir e potencializar os programas de atividades físicas convencionais e não
simplesmente substituí-las. Esse avanço trouxe ferramentas tecnológicas para melhor aderência, motivação e sucesso nas práticas de atividades
físicas para recuperação do equilíbrio no idoso.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Livros  

Avaliação do Idoso. Física & Funcional. 


MATSUDO, S M M. Avaliação do Idoso. Física & Funcional. 3 ed. Santo Andre: Gráfica Mali; 2010. 

Envelhecimento, exercício e saúde: guia de prescrição e orientação


MATSUDO, S M M. Envelhecimento, exercício e saúde: guia de prescrição e orientação. Londrina: Midiograf,
2013. 

  Leitura  

Manual de Prevenção de Quedas

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ACESSE

Manual de Prevenção De Quedas Da Pessoa Idosa

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ACESSE
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ʪ Referências

AGUIAR, J. B. et al. Investigação dos efeitos da hidroginástica sobre a qualidade de vida, a força de membros inferiores e a flexibilidade de idosas:
um estudo no Serviço Social do Comércio - Fortaleza. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v. 23, n. 4, p. 335-344, 2009. 

BELTRAN, D. C. G. et al. Relação do padrão de marcha associado com a aptidão física e a capacidade funcional de residentes de instituições de
longa permanência. Estud. interdiscipl. envelhec., Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 43-55, 2017. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/view/59904/48724>. Acesso em: 12/10/2021.

BUFORD, T. W. et al. Age-related di erences in lower extremity tissue compartments and associations with physical function in older adults. Exp.
Gerontol., New York, v. 47, n. 1, p. 38-44, 2012.

CAROMANO, F. A.; IDE, M. R.; KERBAUY, R. R. Manutenção na Prática de Exercícios por Idosos. Rev. Dep. Psicol. UFF, Niterói, RJ, v. 18, n. 2, p. 177-
192, 2006. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rdpsi/a/XcshzF9TYL3BspFhV3yfXfk/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 18/10/2021.

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DEL DUCA, G. F. et al. Indicadores da institucionalização de idosos: estudo de casos e controles. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 46, n. 1, p. 147-
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<https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8872/6405>. Acesso em: 12/10/2021.

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VAN DEN BOGERT, A. J.; PAVOL, M. J.; GRABINER, M. D. Response time is more important than walking speed for the ability of older adults to avoid a
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VAN IERSEL, M. et al. Gait velocity and the Timed-Up-and-Go test were sensitive to changes in mobility in frail elderly patients. J Clin. Epidemiol.,
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VEA, H. B. et al. Prevalencia de discapacidad física en ancianos del Municipio Playa. Rev. Cubana Salud Pública, Ciudad de La Habana, v. 25, n. 1, p.
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VIEIRA, G. de P. et al. Virtual reality in physical rehabilitation of patients with Parkinson‟s disease. Journal of Human Growth and Development., São
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WOO, J. et al. Walking Speed and Stride Length Predicts 36 Months Dependency, Mortality, and Institutionalization in Chinese Aged 70 And Older. J Am
Geriatr. Soc., Malden, MA, v. 47, n. 10, p. 1257-1260, 1999.

YOUNG, W. et al. Assessing and training standing balance in older adults: a novel approach using the “Nintendo Wii” Balance Board. Gait Posture,
Oxford, v. 33, n. 2, p. 303-305, 2011. 

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