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Para Macedo, Gazzola e Naja (2008), fragilidade é considerada, na prática com os idosos, naqueles que
apresentam características do envelhecimento e também comorbidades, como a diminuição da massa e
força muscular, alteração na marcha e do equilíbrio, falta de apetite e perda de peso.
De acordo com Jacob e Kikuchi (2011), pode-se definir fragilidade como uma síndrome
multidimensional, considerando as alterações funcionais como fator causador.
Ainda de acordo com esses autores, a fragilidade é uma condição instável e assim é considerada por
outros pesquisadores como um estado clínico de vulnerabilidade aos fatores que influenciam o declínio
das alterações fisiológicas.
A fragilidade no idoso é considerada quando o mesmo reduz a sua habilidade de realizar as suas
atividades de vida diária (AVD), como: tomar banho, vestir-se, escovar os dentes, controlar
as suas eliminações etc.
A definição exata dos critérios da síndrome de fragilidade
ainda é controversa
25 anos
63 anos
Ciclo da fragilidade
Objetivo: Reduzir a
fragilidade e
aumentar a
independência
Qual a
importância
de se evitar
quedas?
Ciclo da fragilidade: quedas
Outro efeito indesejado das quedas é o medo de cair novamente. Por vezes, o medo e a insegurança
levam a restrição das atividades diárias, isolamento social, inatividade física e, consequentemente,
maior risco de nova queda. Resulta um efeito dominó, que compromete a qualidade de vida.
Por outro lado, entre os homens idosos com 80 anos ou mais, a desnutrição é a sexta
causa mais frequente de internação hospitalar, com uma taxa de 5,3%. (IBGE,2009)
BOCCHI et al, 2012; BUTROUS & HUMMEL, 2016; SEKARAN et al. 2017
Rastreamento do estado funcional
Essa condição pode predispor enfermidades, sendo necessária maior adequação na ingestão
de todos os nutrientes.
Para realizar uma avaliação do risco nutricional, tem sido utilizado a Mini Avaliação
Nutricional (MNA). Um método simples e rápido para identificação de pacientes idosos que
apresentem risco nutricionais ou já estão desnutridos. (CEDRON et al., 2016)
Rastreamento do estado funcional
Avaliando a capacidade funcional
A definição de CF (capacidade funcional) é a manutenção das habilidades físicas e
mentais que promova e mantenha a independência dos idosos. (FREITAS et al., 2006)
Alguns instrumentos são utilizados para avaliar a CF, como o Índice de Independência nas Atividades de
Vida Diária (AVD), desenvolvido por Sidney Katz e publicado pela primeira vez em 1963. Também é
chamado de ÍNDICE DE KATZ.
Esse instrumento serve para medir os níveis das atividades que uma pessoa é
capaz de desempenhar.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL
Índice de Katz
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL
Outro instrumento usado com o mesmo objetivo de avaliar o nível de independência do idoso é o
ÍNDICE DE BARTHEL. Consta de um formulário que tem pontuação e sua escala varia de 0 a 100, onde
o 0 é considerado totalmente dependente e o 100 independente. ( ARAUJO et al., 2007)
As atividades instrumentais diárias são as que os idosos têm capacidade de realizar, como atender ao
telefone, locomoção fora de casa, compras, preparo de refeições, realização de trabalho doméstico,
administração de medicações e uso de dinheiro.
Índice de Pfeffer
Índice de Lawton
CASO CLÍNICO: FRAGILIDADE
Paciente J.B.S.P, 66 anos, sexo feminino, viúva, católica, aposentada, ensino fundamental
completo. Durante visita domiciliar, apresentou queixa de cansaço excessivo e falta de apetite.
HDA: Paciente relata estar sentindo cansaço, falta de apetite e alega ter perdido peso em curto
espaço de tempo, também refere falta de energia para realizar as atividades do dia a dia. HPP: A
idosa possui osteoporose. HF: Alega que seus pais possuíam CA, e faleceram por este motivo. HPS:
Paciente repousa 6 horas no período noturno, porém alega acordar cansada, faz pouca ingestão
hídrica durante o dia, alimenta-se 3 vezes ao dia, evacuação 1 vez a cada 2 dias, não faz uso de
álcool. HSE: moradia própria de alvenaria, fossa séptica, possui 3 cachorros como animais
domésticos, tem 2 filhos que residem com ela, mantém bom convívio com familiares e amigos.
Paciente apresentou-se ao exame físico lúcida e orientada em tempo e espaço. Ativa e
colaborativa, deambulando com dificuldade com redução da marcha, apresenta circunferência de
panturrilha de 29 cm. Apresenta ausência de déficits cognitivos. Normocorada, eupneica,
acianótica e anictérica. Sinais vitais: PA 100x80 mmHg; peso 50 kg; altura 1,65m; IMC 18,4 kg/m2,
classificada como abaixo do peso. Ausência de lesões na pele, mucosa ocular normocorada, sem
edemas, abdome plano, função intestinal e urinária normais.
Paciente realiza seu autocuidado como: cuidar de si mesmo: alimentação, higiene pessoal, banho,
vestir-se; boa compreensão e expressão de ideias, boa cognição social (interação social).