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JULIANA DESPLANCHES

RENATA PEREIRA DE OLIVEIRA

PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS COM INTERVENÇÕES


FISIOTERAPEUTICAS

Guarulhos
2022
JULIANA DESPLANCHES
RENATA PEREIRA DE OLIVEIRA

PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS COM INTERVENÇÕES


FISIOTERAPEUTICAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado a


Universidade Univéritas - UNG, como parte
dos requisitos para obtenção do grau de
Bacharel em Fisioterapia

Orientador(a): Profº Drº Rodrigo de Paula


Pereira

Guarulhos
2022
RESUMO

Introdução: O envelhecimento é um acontecimento inevitável e natural, ocorrendo desde o


nascimento. A evidência desse processo ocorre ao longo dos anos, ocorrendo vulnerável todos
os sistemas corporais (esquelético, muscular e neurológico). A queda é comprovada como
mortalidade e comorbidade em idosos acima de 60 anos de idade. O risco de quedas em idosos
acarretam dependência social e econômica, em suas atividades de vida diária, como: caminhar,
subir escadas, vestir-se. Objetivos: Prevenir quedas em idosos, aplicando intervenções
fisioterapêuticas. Metodologia: Revisão de literatura com pesquisas nas bases de dados
eletrônicas, Cochrane Library, PEdro, PubMed® e Scielo resultando em 300 artigos.
Resultados: Devido aos critérios de elegibilidade e exclusão da pesquisa, resultaram 10 artigos
específicos ao estudo. Conclusão: Conforme a literatura, a prevenção com as intervenções
fisioterapeuticas, sugerem para uma melhor qualidade de vida física e mental no idoso,
diminuindo o risco de quedas
Palavras-Chaves: Envelhecimento, Idosos, Intervenção, Fisioterapia, Prevenção, Quedas
ABSTRACT

Introduction: Aging is an inevitable and natural event, occurring from birth. Evidence of this
process occurs over the years, occurring vulnerable all body systems (skeletal, muscular and
neurological). The fall is proven as mortality and comorbidity in the elderly over 65 years of
age. The risk of falls in the elderly leads to social and economic dependence in their activities
of daily living, such as walking, climbing stairs, getting dressed. Objectives: Prevent falls in
the elderly, applying physical therapy interventions. Methodology: Literature review with
searches in electronic databases, Cochrane Library, PEdro, PubMed® and Scielo resulting in
300 articles. Results: Due to the eligibility and exclusion criteria of the research, 10 articles
were specific to the study. Conclusion: According to the literature, prevention with physical
therapy interventions suggest a better physical and mental quality of life in the elderly, reducing
the risk of falls
Keywords: Elderly, Intervention, Physiotherapy, Prevention.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................6

2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 9

3. OBJETIVOS................................................................................................................10

4. METODOLOGIA.......................................................................................................11

5. RESULTADOS...........................................................................................................12
6. DISCUSSÃO ..............................................................................................................15
7. CONCLUSÃO..............................................................................................................18
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................19
1. INTRODUÇÃO

Envelhecer é visto como um processo natural que ocorre desde que nascemos ficando mais
evidente com a chegada da terceira idade. Percebe - se que a qualidade do envelhecimento está
relacionada diretamente com a qualidade de vida a qual o organismo foi submetido (Rocha,
2018)
Há cerca de quatro décadas tem sido observado o aumento da população idosa, particularmente
nos países em desenvolvimento. O Brasil é um exemplo típico dessa afirmativa, onde o
envelhecimento populacional tem revelado crescimento exponencial e cuja projeção para o ano
de 2025 mostra que o número de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos será de 32
milhões (Guerra et al., 2010)
No final da década de 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a utilizar o conceito
de “envelhecimento ativo” buscando incluir, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que
afetam o envelhecimento. Pode ser compreendido como o processo de otimização das
oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de
vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. (Caderneta de Atenção Básica)
O aumento da população com sessenta anos ou mais vem crescendo constantemente nas últimas
décadas. Esse envelhecimento, processo natural do organismo, modifica sua fisiologia devido
à perda da homeostase, afetando assim o sistema imunológico. Uma vez envelhecido, sua
eficácia em proteger o organismo contra agentes exógenos e endógenos fica comprometido
(Macena et al.,2018)
Com base no conhecimento atual, é bem aceito que alterações estocásticas no nível celular, por
exemplo, danos no DNA, acúmulo de radicais livres e mutações, induzem mecanismos
compensatórios para reduzir o impacto de danos multiplicados na aptidão, saúde e expectativa
de vida de um indivíduo. Portanto, a vida útil é limitada pela capacidade de neutralizar danos e

disfunções condensados (Schmeer et al.,2018)


Assim, o envelhecimento se originará daquela parte do deletério que não pode ser neutralizada
pelos mecanismos compensatórios ativados individualmente – processo que se inicia com o
início da vida. Os mecanismos de compensação funcionarão de maneira diferente em cada
indivíduo devido a genética variável, antecedentes epigenéticos, fatores ambientais e outros

estressores e fatores de suscetibilidade (Schmeer et al.,2018)


Os idosos com sarcopenia são mais propensos a ter maior incidência de quedas e hospitalizações
pela diminuição na massa muscular e força. Os fatores de risco para quedas podem ser
intrínsecos: os que fazem parte das caraterísticas físicas da pessoa e que podem o não ser
modificados, também são parte desses fatores as alterações fisiológicas, doenças agudas ou
crônicas e ingesta de fármacos. Os extrínsecos ou ambientais são todas condições da vivenda,
locais públicos ou transporte. (Varela.,2018).
A definição de quedas pela OMS é tida como “uma pessoa que vai inadvertidamente ao chão
ou em um nível mais baixo”. Cerca de 28% a 35% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade
sofrem uma queda por ano, podendo ocorrer lesões em pelo menos 1 a cada 5 idosos (Who.
2019)
A Fisioterapia tem um papel de suma importância para trabalhar prevenção de quedas em
idosos, de forma a promover saúde para esta população que só tende a aumentar, buscando
descrever os aspectos gerais sobre o envelhecimento humano, destacar as possíveis alterações
musculoesqueléticas, especialmente as que se relacionam com o equilíbrio e apresentar os
principais fatores relacionados às quedas entre estes indivíduos (Rodrigues e Homem, 2019)
Programas eficazes geralmente se concentram nos componentes de força, flexibilidade,
equilíbrio e tempo de reação, sugerem que o exercício pode aumentar a confiança no
equilíbrio e a participação nos papéis da vida. Além disso, maior socialização, apoio e senso de
realização pessoal podem ser alcançados por meio de exercícios em formato de grupo. A
socialização e a autoeficácia são os principais motivadores para que os idosos iniciem e
mantenham programas de exercícios (Martin et al., 2013)
As mobilizações passivas, os alongamentos, exercícios isométricos, isotônicos e outros
métodos de exercícios terapêuticos são usados pelo fisioterapeuta. O profissional conduz um
bom protocolo de exercícios associado com uma boa educação em saúde envolvendo aspectos
importantes, tais como: postura, manutenção de exercícios, favorecendo uma maior
independência e dando uma melhor qualidade de vida para os idosos (Junior et al.,2019)
Alongamento: Com o passar do tempo, temos uma tendência a diminuirmos o número de
atividades realizadas no dia a dia, gerando restrições musculares e articulares,
consequentemente, diminuindo a amplitude de movimento. Por esse motivo, os alongamentos
são bem vindos, pois favorecem ao aumento das amplitudes músculo articulares, gerando um
relaxamento muscular, trazendo benefícios durante a marcha e promovendo a diminuição do
número de quedas em idosos (BRANDALIZE et al., 2011).
Exercícios de fortalecimento: Durante o processo de envelhecimento, os idosos sofrem com a
diminuição das fibras musculares, que por sua vez, refletem na diminuição da massa muscular,
gerando uma perda de força muscular, ocasionando, na grande maioria dos casos, uma alteração
postural, deslocando o centro de gravidade dos idosos e aumentando a probabilidade de quedas
nesse período. Os exercícios de fortalecimento voltados, principalmente, para a musculatura
antigravitacional, são um dos componentes principais na manutenção do equilíbrio, pois
proporcionam uma homeostase postural, realinhando o centro de gravidade dos idosos e
trazendo uma sensação de segurança para a execução de algumas atividades e exercícios de
maior complexidade (HABER et al., 2008).
Exercício de Equilíbrio: A necessidade de se trabalhar com os idosos exercícios terapêuticos
que visavam uma manutenção do equilíbrio, sabendo que, durante o processo de
envelhecimento, há uma diminuição da percepção de tempo e espaço, diminuição dos reflexos
e aumento do número de “tropeços”, “esbarrões” e, consequentemente, o número de quedas.
Os idosos institucionalizados, ou seja, àqueles que passam muito tempo em casa, em lares de
idosos e casas de caridade, tem uma tendência a diminuir os reflexos e a noção de espaço,
quando comparados aos idosos não institucionalizados, já que esses são àqueles que saem mais
de casa, exercendo maior número de atividades externas, propiciando uma atenuação dessas
perdas (LOPES; PASSERINI; TRAVENSOLO, 2010).
A incapacidade de realizar algumas atividades diárias durante o envelhecimento tem relação
com o número de quedas, que está correlacionada à diminuição do equilíbrio dos idosos,
podendo facilmente ser compreendido a importância do treino de equilíbrio nesta fase da vida
(REBELATTO; CASTRO; CHAN, 2007).
Treinamento sensório-motor: Adequação a manutenção do equilíbrio é necessário apresentar
integridade dos sistemas sensorial e nervoso, assim como condições normais do sistema
musculoesquelético. Com o envelhecimento, o indivíduo torna-se suscetível a distúrbios do
equilíbrio, apresentando quedas como sinal característico dessas alterações sistêmicas
(HELRIGLE et al., 2013)
Devido ao processo de senescência, que provoca a perda proprioceptiva e a diminuição da
capacidade de detecção do movimento articular, as quedas tornam-se frequentes, sendo de
grande importância a realização de um treinamento proprioceptivo para o aumento desses
estímulos. O treinamento sensório-motor é caracterizado por exercícios que promovem no
indivíduo perturbações posturais com o intuito de melhorar o equilíbrio e otimizar a interação
neuromuscular. Os exercícios podem ser feitos através de treino de força, agilidade, equilíbrio,
marcha e até treinos que simulem atividades funcionais. Os circuitos são exemplos de
treinamento sensório-motor que utilizam obstáculos como cones, degraus, rampas e balanços
estimulando a propriocepção (REZENDE et al., 2012)
2. JUSTIFICATIVA

Como analisado na revisão da literatura, a qualidade do envelhecimento está relacionada


diretamente com a qualidade de vida a qual o organismo foi submetido. O aumento da
população com sessenta anos ou mais vem crescendo constantemente nas últimas décadas. Esse
envelhecimento, processo natural do organismo, modifica sua fisiologia devido à perda da
homeostase, afetando assim o sistema imunológico. Uma vez envelhecido, sua eficácia em
proteger o organismo contra agentes exógenos e endógenos fica comprometido.
O fisioterapeuta conduz um bom protocolo de exercícios associado com uma boa educação em
saúde envolvendo aspectos importantes, tais como: postura, manutenção de exercícios,
favorecendo uma maior independência e dando uma melhor qualidade de vida para os idosos
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Prevenir quedas em idosos, aplicando intervenções fisioterapêuticas.

3.2 Objetivo Específico


Diminuir os riscos de quedas em idosos, melhorar o desempenho físico e habilidades
cognitivas, independência funcional e de atividades de vida diária.
4. METODOLOGIA

Revisão de literatura, elaborado por meio de uma pesquisa em banco dados eletrônicas LILACS
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Cochrane Library, PEdro,
PubMed® e Scielo resultando em 300 artigos no período de 28/03/2022 a 03/10/2022, reunindo
as palavras chaves Envelhecimento, Idosos, Intervenção, Fisioterapia, Prevenção, Quedas em,
português e Inglês Os critérios de inclusão foram artigos publicados no período de 2012 à 2022,
e critérios de exclusão foram indivíduos entre 18 à 59 anos, com patologias prévia e ou
comorbidades.
5. FLUXOGRAMA

Figura 1 - Diagrama de fluxo do processo de inclusão e exclusão dos estudos


Identificação

Registros identificados por meio Registros adicionais


de pesquisa no banco de dados identificados por outras fontes

Registros após duplicação removida


(n = 300)
Triagem

Exclusão de artigos:
Registros selecionados indivíduos entre 18 à 59 anos
(n = 206) (n = 94)

Análise de exclusão de texto


Elegibilidade

Artigos de texto completo


completo avaliados para (n = 10)
elegibilidade (n=112) Artigos referentes a cartas de
opinião, cartas ao editor e
estudos de coorte.
Indivíduos com patologia
prévia, estudos que
Estudos incluídos na
ultrapassem o limite da data de
síntese qualitativa (n=0) pesquisa.
Incluído

Estudos incluídos na
síntese quantitativa
(metanálise)
(n =0)
AUTORES/ANO OBJETIVOS MÉTODOS RESULTADOS CONCLUSÃO
Sofiatti, S. et al /2021 destacar a importância revisão bibliográfica A conceituação de Concluímos que
da fisioterapia na narrativa, na qual os quedas pode ser programas de prática
prevenção e no artigos foram acessados entendida como uma de exercícios físicos,
tratamento das quedas por meio das bases de insuficiência súbita do treinos de equilíbrio e
em pacientes idosos, dados publicadas entre controle postural uma propriocepção,
visando a sua melhoria 2010 e 2020. Foram falta de capacidade para cinesioterapia,
de qualidade de vida e selecionados 42 artigos corrigir o deslocamento exercícios terapêuticos
maior capacidade e 4 literaturas clássicas do corpo, durante seu na água e são
funcional. movimento no espaço abordagens eficazes
para prevenir e para
tratar alterações
advindas de quedas em
idosos.

Pereira et al, 2015 21 idosos com idade e aquecimento com O treinamento foi Os benefícios do
entre 65 e 80 anos, duração de 10 minutos; realizado com treinamento funcional
sendo que 16 eram do na segunda fase foi frequência de três vezes do estudo, constatou
sexo feminino e 5 do realizado exercícios de na semana, em dias melhora da força
sexo masculino equilíbrio por 20 minutos; alternados e com muscular, da
a terceira fase foi duração de uma hora, percepção corporal, do
composta por por dois meses, o que equilíbrio e
fortalecimento muscular totalizou em 24 sessões independência nas
tanto de membros atividades de vida diária
inferiores quanto de
membros superiores com
duração de 20 minutos

Schiwe et al., 2016 5 idosas com idade entre Treinamento funcional 5 idosas realizaram Melhora significativa do
67 e 83 anos, que treinamento funcional, equilíbrio e prevenção
apresentava algum risco duas vezes na semana do risco de queda em
de queda. no Clube da 3ª idade idosas através do
Renascer Juntos de treinamento funcional
Santa Rosa - RS,
durante 8 semanas

Moliga, 2019 56 idosos de ambos os O protocolo deste estudo A intervenção O presente estudo
sexos, sendo que 10 fundamentou-se no fisioterapêutica consistiu certificou que o
eram do sexo masculino protocolo de reabilitação em grupos rotativos, programa de exercícios
e 46 do sexo feminino, física na síndrome da com no máximo 10 propostos houve
estes eram fragilidade do idoso, em participantes por grupo e melhora significativa da
frequentadores de um um estudo realizado no um supervisor por grupo capacidade funcional,
ambulatório de geriatria, hospital Albert Einstein. de treinamento, com do equilíbrio, e
de uma Unidade Básica Os componentes da frequência de duas minimizou os fatores de
de Saúde (Centro de intervenção foram sessões por semana, risco de quedas.
Saúde Escola). A idade aquecimento (10 com uma hora de
dos pacientes foi de 75 minutos), fortalecimento duração cada,
anos em média, com (20 minutos), treino de totalizando 32 sessões.
desvio padrão de ±8,6. equilíbrio (20 minutos) e
desaquecimento/alonga
mento (10 minutos).
Falsarella et al. / 2019 realizar o levantamento exercícios em solo e abordagem adequada a pratica regular de
dos recursos hidroterapia engloba exercícis de exercíios físico promove
fisioterapeuticos utilizaps aquecimento melhoras significativas
para prevenção de alongamento, nos aspectos equilibrio,
quedas entre idoso fortalecimentomuscular, flexibilidade,
equilibrio e relaxamento, funcionalidade e
podendo ser realizados aumento de rsistencia
tanto no solo quanto na muscular, reduzindo o
água risco de quedas.

Mesquita et al., 260 2015 idosas dividas Foi realizado exercícios u treinamento 3 vezes Melhora significativa do
aleatoriamente em três através da técnica de por semana, com equilíbrio estático e
grupos (grupo de facilitação neuromuscular duração 50 min cada dinâmico de idosas do
facilitação neuromuscular proprioceptiva, dividida sessões, durante 4 grupo de facilitação
proprioceptiva, grupo de em três princípios semanas. neuromuscular
pilates e grupo controle específicos, a iniciação proprioceptiva
rítmica, alongamento
sustentação e
relaxamento, e reversão
de antagonistas

Avelar et al. (2010) Melhora do equilíbrio Exercícios foram intervenções: 2 vezes foi possível concluir que
estático e dinâmico em realizados na água e no por semana, duração de a prática regular de
idosos solo similarmente, 40 minutos, 4x20, exercícicos físicos
divididos em fases totalizando 6 semanas. promove melhoras
Grupo controle não teve significativas nos
tratamento específico aspectos equilíbrio,
flexibilidade, reduzindo
o risco de quedas

Lustosa et al. (2011) levantamento dos Treinamento de Os exercícios podem Melhora na potência,
recursos fortalecimento, contribuir para manter funcionalidade e
fisioterapêuticos alongamento, qualidade de vida e execução da tarefa,
utilizados para a flexibilidade, resistência melhorar alguns maior capacidade de
prevenção de quedas e equilíbrio. Atividades aspectos psicológicos gerar força muscular
entre idosos lúdicas com uso de entre as mulheres
músicas. idosas.

Pereira et al./2016 analisar a eficácia de um estudo quantitativo, do Ao termino de 10 treinamento


treino proprioceptivo na tipo analítico com corte atendimentos os proprioceptivo, a partir
prevenção da queda em transversal. indivíduos foram dos resultados
idosos sedentários reavaliados encontrados, foi eficaz
demonstrando melhoras na melhora do
significativas protocolo equilíbrio, podendo
apresentaram a média e desta forma, diminuir a
desvio padrão de propensão de idosos
11,01s/1,56 sedentários a queda.

Gomes e Campos, 2016 treinamento de saúde e exercícios utilizado são realizado no período de ganho médio da
geral. classificados como 9 meses, sendo uma pontuação dos escores
sensório-motores ou vez por semana, com da Escala de Equilíbrio
proprioceptivos, que duração de 50 minutos de Berg de 13, 2 em
desenvolvem a cada sessão, relação a primeira
coordenação motora e o totalizando 36 sessões. avaliação.
equilíbrio.
6. DISCUSSÃO

Compreende-se por envelhecimento as alterações fisiológicas que acontecem ao longo do


tempo. A genética explica esclarecendo, que o envelhecimento ocorre através da divisão das
células (mitose), e que durante esse processo de divisão, as sequências de DNA se encurtam
gerando a perda progressiva da capacidade de renovação.
O envelhecimento populacional é um dos acontecimentos que tem ocorrido em escala global.
É consequência do declínio da taxa de fecundidade e não precisamente da redução da taxa de
mortalidade. Entretanto diversos são os fatores que contribuem para esse envelhecimento
populacional, dentre eles destaca-se a expectativa média de vida brasileira, que aumentou
significativamente nos últimos anos.
A definição de quedas pela OMS é tida como “uma pessoa que vai inadvertidamente ao chão
ou em um nível mais baixo”. Cerca de 28% a 35% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade
sofrem uma queda por ano, podendo ocorrer lesões em pelo menos 1 a cada 5 idosos.
Senescência e senilidade são processos saudáveis e não saudáveis do envelhecimento,
respectivamente, cada uma com o seu efeito.
A queda tem por definição o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à
posição inicial, sem correção em tempo hábil, tendo como causa circunstâncias multifatoriais
extrínsecas ou intrínsecas que comprometem a estabilidade. Pode resultar em
comprometimentos físicos, funcionais e psicossociais, além da redução da qualidade de vida e
da capacidade para realizar tarefas do dia a dia, seja por medo de expor-se ao risco ou por
atitudes protetoras da sociedade, familiares ou cuidadores, porém para atenuar essa perda,
ocorrem propostas de exercícios que reduzem essas alterações.
Os estudos dos métodos de intervenções, ocorrem de diversas formas para reduzir os riscos de
quedas em idosos, por perda de massa e força muscular. Diante deste cenário compreende-se a
necessidade de intervenção por meio de ações preventivas que estimule o auto cuidado da
população, incentivando a prática de exercícios físicos e a interação social entre pacientes e o
profissional da saúde.
O avanço na medicina preventiva propiciou uma melhora na qualidade de vida e,
consequentemente, uma maior expectativa existencial. De acordo com estudos apontados pela
OMS a quantidade de pessoas na terceira idade está ascendendo consideravelmente nos países
em desenvolvimento.
A identificação dos fatores de risco causadores das quedas é uma importante estratégia para
estabelecer programas de prevenção das mesmas. Um ambiente pode ser considerado ideal para
o idoso quando oferece segurança, facilita o desenvolvimento da sua funcionalidade,
proporciona a estimulação cognitiva, facilita a mobilidade e a interação social, favorece a
adaptação às mudanças sendo aconchegante e familiar para o idoso
É comprovado que a prática de atividade física melhora a saúde do idoso de forma global,
auxilia na prevenção de quedas, oferece maior segurança na realização das atividades de vida
diária, favorece o contato social, reduz o risco de doenças crônicas, atua, assim, sobre a saúde
física e mental e na performance funcional ao proporcionar independência, autonomia e
qualidade de vida.
A força muscular é necessária para a performance ajustada das atividades de vida diária. A
diminuição da potência muscular influencia a reação postural a perturbações externas,
resultando em diminuição do equilíbrio e, consequentemente, em queda. Doenças sistêmicas,
como por exemplo, a Diabetes Mellitus, em idosos estão intimamente associadas ao
desequilíbrio e quedas, pois provocam a diminuição da função sensoriomotora.
Para que se possa manter o equilíbrio necessitamos de uma boa resposta, tanto motora quanto
cognitiva, incluindo força, flexibilidade, aspectos somatossensoriais, vestibulares e visuais. No
entanto vale ressaltar que o sedentarismo, intensifica as alterações fisiológicas do processo de
envelhecimento.
Desta forma, é visto que estimular e incentivar a pratica de exercícios nesta população, seja
para manter ou obter melhora nas condições físicas e psicológicas, resulta em diversos
benefícios aos mesmos.
O fisioterapeuta exerce um importante papel na prevenção de quedas em idosos por meio da
orientação para a realização das atividades físicas. Porém, o campo de atuação deste
profissional vem crescendo gradativamente, possui enfoque na prevenção de doenças e na
promoção de saúde, em nível individual e coletivo, além da reabilitação. Para além, considera-
se ser importante a participação da Fisioterapia para desenvolver hábitos saudáveis de vida
capazes de, entre outros objetivos, reduzir os riscos de quedas em idosos.
Atividades que possam estimular os idosos a ter hábitos saudáveis de vida, como uma
alimentação adequada, a prática de atividades físicas, orientações quanto ao domicílio e
intervenha na organização do ambiente com a finalidade de reduzir riscos de quedas. A prática
de exercícios físicos com o auxílio do fisioterapeuta promove diversas melhorias na composição
corporal, reduz as dores articulares, ajuda no aumento da densidade mineral óssea, aumenta a
capacidade aeróbica, melhora de força e flexibilidade, além de trazer benefícios psicossociais,
alívio da depressão, aumento da autoconfiança e da autoestima
A prática regular de exercícios físicos promove melhoras significativas nos aspectos equilíbrio,
flexibilidade, funcionalidade e aumento da resistência muscular, reduzindo o risco de quedas e
consequentemente quebrando o ciclo vicioso de quedas.
O treinamento proprioceptivo leva a uma diminuição dos graus de oscilação. Os mesmos
ressaltam que a propriocepção é fator importante na manutenção do equilíbrio postural e que o
treinamento proprioceptivo aumenta esses estímulos.
Percebeu-se que o idoso está cada vez mais ativo e participativo na sociedade atual. Identifica-
se, hoje, uma resposta positiva em relação ao envelhecimento. A aceitação da idade por meio
da conscientização sobre o processo de envelhecer, principalmente em relação às alterações
físicas, faz com que os idosos não se abstenham de suas atividades diárias, tampouco do
convívio social, tornando-os, assim, mais felizes nessa fase da vida.
7. CONCLUSÃO

Conforme a literatura, a prevenção com as intervenções fisioterapêuticas, sugerem para uma


melhor qualidade de vida física e mental no idoso, diminuindo o risco de quedas,
desempenhando programas eficazes geralmente nos componentes de força, flexibilidade,
equilíbrio e tempo de reação. O fisioterapeuta sugere exercício para aumentar a confiança no
equilíbrio e a participação nos papéis da vida. Além disso, maior socialização, apoio e senso de
realização pessoal.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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