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MONITORIA SOI II

APG 06

- Vias eferentes diretas e indiretas;


- Anatomia do cerebelo;
- Histologia do cerebelo;
- Fisiologia do cerebelo;
- Núcleos da base.
VIAS EFERENTES
VIAS EFERENTES
- As vias motoras descendentes são divididas entre trato piramidal e trato extrapiramidal;
- Tratos piramidais (diretos):
- Corticoespinhal e corticobulbar;
- Passam pelas pirâmides bulbares e descem até os motoneurônios inferiores na medula espinal;
- Movimentos discretos e detalhados, em especial dos segmentos distais das extremidades (mãos e dedos).
- Tratos extrapiramidais:
- Trato rubroespinhal: surge no núcleo rubro do mesencéfalo (ativa flexores e inibe extensores);
- Trato reticuloespinal pontino: surge na ponte (ativação geral);
- Trato reticuloespinal bulbar: surge na formação reticular do bulbo (inibição geral);
- Trato vestibuloespinal: surge no núcleo vestibular (ativa extensores e inibe flexores);
- Trato tectoespinal: surge no colículo superior (controle dos músculos do pescoço).
TRATO CORTICOESPINAL
- É a via de saída mais importante do córtex motor;

- Fibras saem do córtex  Cápsula interna (entre núcleo caudado e putamen)


 Pirâmides bulbares  Cruzamento  Tratos corticoespinhais laterais da
medula  Substância cinzenta da medula
 Neurônios motores anteriores.

- Algumas fibras não cruzam no bulbo, apenas na medula  Trato


corticoespinhal ventral (anterior);

- Células de Betz:
- São células piramidais gigantes;
- Fibras encontradas apenas no córtex motor primário;
- Alta velocidade de condução.
OUTROS TRATOS
TRATO CORTICORRUBRAL:
- O núcleo rubro do mesencéfalo recebe grande número de fibras diretas do córtex motor primário;
- Formam o trato rubroespinal, que cruza e segue ao lado do corticoespinal;
- Serve como rota acessória para transmitir sinais do córtex motor para a medula espinal;
- O trato rubroespinhal junto ao corticoespinhal formam o sistema motor lateral da medula;
OUTROS TRATOS
TRATO RETICULOESPINAL PONTINO:
- Termina nos neurônios motores anteriores mediais;
- Excitação dos músculos axiais do corpo (sustentação contra a
gravidade);

TRATO RETICULOESPINAL BULBAR:


- Transmitem sinais inibitórios para os mesmos neurônios motores
anteriores antigravitários;
- Contrabalanceia os sinais excitatórios do sistema reticular pontinho;
- Impede que os músculos corporais fiquem anormalmente tensos;

TRATOS VESTIBULOESPINAIS LATERAL E MEDIAL:


- Tambem controlam os músculos antigravitários, excitando-os;
- O papel específico dos núcleos vestibulares, contudo, é o de controlar
seletivamente os sinais excitatórios para os diferentes músculos
antigravitários, de modo a manter o equilíbrio em resposta a sinais do
sistema vestibular.
ANATOMIA DO CEREBELO
- Lóbulo floculonodular:
- Mais antiga parte do cerebelo;
- Funciona junto ao sistema vestibular (equilíbrio do corpo).
- Verme: onde fica localizada a maior parte das funções de controle
cerebelar, para movimentos musculares do corpo axial, pescoço,
ombros e quadris.
- Zona intermediária: controle das contrações nas partes distais das
extremidades superiores e inferiores;
- Zona lateral: planejamento global de movimentos motores
sequenciais (coordenação).
- Recebem aferências exclusivas do córtex.
ANATOMIA DO CEREBELO
ANATOMIA DO CEREBELO
ANATOMIA DO CEREBELO
AFERÊNCIAS DO CÓRTEX CEREBELAR
- Os dois sistemas abaixo levam impulsos excitatórios para o
córtex cerebelar;
- As informações emergem dos núcleos cerebelares por meio das
células de Purkinje.

Sistema de fibras trepadoras:


- originam-se no bulbo e projetam-se para as células de
Purkinje;
- Um só potencial de ação de fibra trepadora pode provocar
múltiplos pulsos de excitação, denominados picos complexos,
nos dendritos da célula de Purkinje;

Sistema de fibras musgosas:


- Maioria das vias aferentes (vestibulocerebelares,
espinocerebelares e pontocerebelares);
- As fibras musgosas se projetam para as células
granulares, que são neurônios excitatórios localizados em
grupos de sinapses denominados glomérulos.
- Os axônios dessas células granulares, então, ascendem até a
camada molecular, onde se bifurcam e originam as fibras
paralelas.
- As fibras paralelas das células granulares fazem contato
com os dendritos de muitas células de Purkinje.
HISTOLOGIA DO CÓRTEX CEREBELAR
CAMADA GRANULAR:
- Mais interna;
- Contém células granulares, células de Golgi e glomérulos;
- Nos glomérulos, os axônios das fibras musgosas dos tratos
espinocerebelares e pontocerebelares fazem sinapse com os
dendritos das células granulares e de Golgi do tipo II.

CAMADA DE CÉLULAS DE PURKINJE:


- Média;
- Sua estimulação é sempre inibitória.

CAMADA MOLECULAR:
- Mais externa;
- Esses axônios formam fibras paralelas, que fazem sinapse
com os dendritos das células de Purkinje, das células em
cesto, das células estreladas externas e das células de Golgi
do tipo II.

- Abaixo dessas camadas corticais estão os núcleos cerebelares


profundos, que enviam os sinais de saída para outras partes
do SN.
HISTOLOGIA DO CÓRTEX CEREBELAR
FISIOLOGIA CEREBELAR
- O cerebelo regula a movimentação e postura e certos tipos de aprendizado motor;
- Auxilia no controle da sinergia (alcance, fora e direção dos movimentos)  Coordenação;
- O cerebelo é, especialmente, vital durante atividades musculares rápidas, como correr, digitar, tocar piano e até conversar.

- Vestibulocerebelo: controla o equilíbrio e os movimentos oculares (pequenos lobos floculonodulares)


- Espinocerebelo: controla a sinergia dos movimentos (verme e zonas intermediárias)
- Pontocerebelo: controla o planejamento e a iniciação do movimento (zonas laterais)
TRATOS ESPINOCEREBELARES
TRATO ESPINOCEREBELAR DORSAL:
- Chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior;
- Termina no verme e zona intermediária do mesmo lado;
- Todos esses sinais notificam o cerebelo sobre as
condições momentâneas:
- (1) da contração muscular;
- (2) do grau de tensão sobre os tendões musculares;
- (3) das posições e velocidades de movimento das
diferentes partes do corpo; e
- (4) das forças que agem sobre a superfície do corpo.

TRATO ESPINOCEREBELAR VENTRAL:


- Entra pelo pedúnculo cerebelar superior;
- Termina em ambos os lados;
- São excitados, principalmente, por sinais motores que chegam
aos cornos anteriores da medula espinal vindos
- (1) do encéfalo pelos tratos corticoespinal e
rubroespinal; e
- (2) dos geradores de padrão motor interno, na própria
medula.
EFERÊNCIA DO CÓRTEX CEREBELAR
- A única eferência do córtex cerebelar é pelos axônios das células de Purkinje;
- A saída das células de Purkinje é sempre inibitória, já que o neurotransmissor, liberado por essas sinapses, é o) ácido γ-aminobutírico (GABA);
- Essa saída inibitória do córtex cerebelar regula a frequência, o alcance, a força e a direção do movimento (sinergia).

- Os sinais de saída do cerebelo partem dos núcleos profundos (denteado, interpósito e fastígio);
DISTÚRBIOS CEREBELARES
- As lesões cerebelares provocam a anomalia do movimento denominada ataxia;
- Ausência de coordenação, decorrente de erros na frequência, no alcance, na força e na direção do movimento;
- Início tardio do movimento ou a má execução da sequência de um movimento, fazendo com que esse pareça incoordenado;
- O membro pode ultrapassar seu alvo ou parar antes de alcançá-lo.;
- Disdiadococinesia: incapaz de realizar movimentos rápidos e alternados;
- https://www.youtube.com/watch?v=IlJakJYUV0g

- Tremores de intenção;
- https://www.youtube.com/watch?v=hmdYxjHbwog

- Fenômeno de rebote (inabilidade de parar um movimento).

- Nistagmo: https://www.youtube.com/watch?v=reXe83HlfzE
NÚCLEOS DA BASE
- São núcleos profundos do telencéfalo: núcleo caudado, putamen e globo pálido;
- Núcleos associados: núcleos ventrais anteriores e laterais do tálamo, núcleo subtalâmico do diencéfalo e a substância negra do
mesencéfalo;
- A principal função dos núcleos da base é influenciar o córtex motor, por meio de vias que passam pelo tálamo;
- O papel dos núcleos da base é auxiliar no planejamento e na execução dos movimentos uniformes;
- Os núcleos da base também contribuem para as funções afetivas e cognitivas.
- Quase todas as fibras nervosas motoras e sensoriais que ligam o córtex cerebral e a medula espinal atravessam o espaço situado entre as principais
massas dos gânglios da base, o núcleo caudado e o putâmen. Esse espaço é chamado cápsula interna.
NÚCLEOS DA BASE
NÚCLEOS DA BASE
- Suas aferências e eferências são complexas;
- Inicialmente, quase todas as áreas do córtex cerebral se projetam para o estriado (caudado
e putamen);
- Córtex  Estriado  Tálamo  De volta ao córtex por duas vias (direta /
indireta).

VIA INDIRETA:
- Estriado inibe o globo pálido externo, o que inibe o subtalâmico;
- Inibido, o subtalâmico excita o globo pálido interno e substância negra, que,
ativados, inibem o tálamo;
- Nessa via, o neurotransmissor inibitório é o GABA, e o neurotransmissor
excitatório é o glutamato.
- A eferência geral da via indireta é inibitória.

VIA DIRETA:
- Estriado inibe o globo pálido interno, que inibe o tálamo;
- A eferência geral da via direta é excitatória.

- Distúrbios em uma dessas vias prejudicam o balanceamento do controle motor,


aumentando ou diminuindo a atividade motora;
- Além destas, existe uma conexão entre o estriado e a substância negra mediada pela
dopamina (inibitória na via indireta e excitatória na via direta);
DOENÇAS DOS NÚCLEOS DA BASE

DOENÇA DE PARKINSON:
- As células da parte compacta da substância negra degeneram;
- Redução a inibição por meio da via indireta e diminuição da excitação pela via direta;
- Tremor de repouso, lentidão ou retardo de movimentos e marcha cambaleante;
- O tratamento da doença de Parkinson inclui a reposição de dopamina.

DOENÇA DE HUNTINGTON:
- Hereditária;
- Destruição de neurônios colinérgicos estriados e corticais;
- Inibição de neurônios GABAérgicos;
- Movimentos coreicos (contorcidos) e a demência.
REFERÊNCIAS

MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007. SILVERTHORN,

Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: ArtMed, c2016. COSTANZO, Linda S..

Fisiologia. 6. ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 315 . p. ISBN: 978-85-277-2665-8. GUYTON, A.C. e Hall

J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.

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