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UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELETROMECÂNCIA

TEMA: ONDULADORES DE TENSÃO

GRUPO II
ANO: 2°

LUANDA, 2023
UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS
CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELETROMECÂNCIA

TEMA: ONDULADORES DE TENSÃO

GRUPO II

Trabalho apresentado à disciplina de eletrônica


de potência como avaliação, valendo 25% da
segunda prova parcelar.

LUANDA - 2023
INTEGRANTES

1- ALBINO MANUEL PEDRO – 20210042


2- ANGELINA ANTÓNICA – 20210001
3- BORGES BASTOS MATOCO – 20210855
4- DANIEL BUANGA MABIALA – 20210888
5- DOMINGOS FRANCISCO GONÇALVES NETO – 20212096
6- EVANILSON ANTÓNIO DIAS – 20210516
7- ELÍDIO HASSENY DANIEL – 20201434
8- JUVENALDO DANIEL M. COMBO – 20210648
9- JUANY MARTINHO CANGOMBE – 20211587
10- MANUEL ALEXANDRE BUITI – 20210608
11- MIGUEL JOSÉ ALBERTO – 20210874
12- SIMONE DOMINGOS CAXITA – 20210272
13- SALAKIAKU JÚLIO FERNANDO PANZO – 20210096
14- TIMÓTEO MILENGO FRANCO – 20210851
15- ZINADINE ALEXANDRE ABREU – 20210278
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a todos aqueles que buscam ampliar seus conhecimentos
sobre onduladores de tensão, na esperança de que esta pesquisa possa contribuir para o
avanço e desenvolvimento dessa área tão importante.
Que este trabalho seja apenas o começo de uma jornada de descobertas e aprendizados
contínuos, e que possamos inspirar e influenciar futuros estudantes e pesquisadores.

I
AGRADECIMENTO
Agradecemos aos pesquisadores e especialistas que contribuíram para a construção do
conhecimento na área de onduladores de tensão. Suas descobertas e estudos prévios foram
fundamentais para o embasamento teórico deste trabalho.
À nossa instituição de ensino, que proporcionou o ambiente propício para o
aprendizado e a pesquisa, e por disponibilizar os recursos necessários para a realização deste
trabalho.

II
EPÍGRAFE

"Não existe desenvolvimento sustentável sem energia elétrica de qualidade, e


os onduladores de tensão são a chave para garantir essa qualidade,
transformando oscilações em estabilidade."
- Autor Desconhecido

III
RESUMO
Em resumo, os onduladores de tensão são dispositivos eletrônicos complexos que
desempenham um papel crucial na conversão de energia elétrica de corrente contínua para
corrente alternada. Suas diferentes topologias e características permitem adaptá-los a uma
variedade de aplicações e cargas. O conhecimento e a pesquisa contínuos nessa área são
essenciais para o avanço e desenvolvimento dessa tecnologia, visando sempre a eficiência
energética e a qualidade da energia fornecida.
Que este trabalho possa contribuir para a ampliação dos conhecimentos sobre
onduladores de tensão e inspire futuros estudos e pesquisas nessa área tão importante para o
avanço tecnológico e o desenvolvimento sustentável.

Palavras-chave: Onduladores De Tensão, Modulação De Largura De Impulso


(PWM), Conversor De Energia Elétrica…

IV
ABSTRACT
In summary, voltage dimmers are complex electronic devices that play a crucial role
in converting electrical energy from direct current to alternating current. Their different
topologies and characteristics allow adapting them to a variety of applications and loads.
Continuous knowledge and research in this area are essential for the advancement and
development of this technology, always aiming at energy efficiency and the quality of the
energy supplied.
May this work contribute to the expansion of knowledge about voltage ripples and
inspire future studies and research in this area, which is so important for technological
advancement and sustainable development.

Keywords: Voltage Ripples, Pulse Width Modulation (PWM), Electric Energy


Converter…

V
ÍNDICE

DEDICATÓRIA .......................................................................................................................... I
AGRADECIMENTO ................................................................................................................. II
EPÍGRAFE ............................................................................................................................... III
RESUMO ..................................................................................................................................IV
ABSTRACT ...............................................................................................................................V
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1
PROBLEMA .......................................................................................................................... 2
JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 3
OBJECTIVOS........................................................................................................................ 4
METODOLOGIA .................................................................................................................. 5
ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................... 6
1. TOPOLOGIA ..................................................................................................................... 7
1.1 ONDULADOR CC-CA EM MEIA-PONTE ................................................................... 7
1.2. ONDULADOR CC-CA EM PONTE COMPLETA ...................................................... 8
1.2.1. FUNCIONAMENTO COM CARGA R-L ........................................................... 10
1.3. ONDULADOR CC-CA COMUTADO ........................................................................ 12
1.4. ONDULADOR CC-CA COM FILTRO LC ................................................................ 14
2. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO .............................................................................. 15
3. FUNCIONAMENTO COM CARGAS R-L-E ................................................................ 15
4. CONTROLE DA CORRENTE EM CARGAS R-L-E .................................................... 17
5. Cálculo do ganho do amplificador de instrumentação (G): ............................................. 18
5. COMANDO DE ONDULADORES POR MODULAÇÃO DE LARGURA DE IMPULSO
(PWM) ..................................................................................................................................... 18
5. APLICAÇŌES ..................................................................................................................... 19
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 21
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 22

VI
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a demanda por energia elétrica tem crescido exponencialmente,
impulsionada pelo avanço tecnológico e o aumento do consumo em diferentes setores. Para
atender a essa demanda e garantir um fornecimento confiável e estável de energia elétrica, os
onduladores de tensão desempenham um papel fundamental. Esses dispositivos são
responsáveis pela conversão da tensão elétrica em diferentes níveis, permitindo a adequação
da energia aos requisitos das cargas conectadas.
O presente trabalho tem como objetivo aprofundar o estudo dos onduladores de
tensão, explorando os tipos disponíveis, seu funcionamento em diferentes tipos de cargas, os
critérios de classificação, o controle de corrente em diferentes cenários e o comando por
modulação de largura de impulso (PWM).
Uma das principais questões a serem abordadas é a classificação dos onduladores de
tensão, que pode ser realizada de acordo com diferentes critérios, como a forma de onda de
saída, o número de fases e a aplicação específica. Compreender as diferentes classificações
permite identificar a melhor opção para cada cenário e compreender as características de
funcionamento de cada tipo de ondulador.
O controle de corrente é um elemento fundamental na operação dos onduladores de
tensão, permitindo a regulação e a adequação da energia fornecida às cargas. Serão analisadas
as estratégias de controle de corrente utilizadas em diferentes tipos de cargas, considerando as
características específicas de cada aplicação.
Um dos métodos de comando mais utilizados em onduladores de tensão é a
modulação de largura de impulso (PWM), que permite controlar a magnitude e a forma de
onda da tensão de saída. Serão estudadas as técnicas de modulação PWM empregadas nos
onduladores, suas vantagens e limitações, bem como sua aplicação em sistemas reais.
Portanto, este trabalho tem como objetivo aprofundar o estudo dos onduladores de
tensão, abordando os diferentes tópicos mencionados, a fim de ampliar o conhecimento sobre
esses dispositivos e suas aplicações.

1
PROBLEMA
A problemática deste trabalho consiste em investigar os desafios e soluções
relacionados à estabilidade e qualidade da tensão elétrica em sistemas de energia.
Considerando a crescente demanda por energia elétrica confiável e eficiente, surge a
necessidade de explorar a aplicação dos onduladores de tensão como dispositivos-chave para
a conversão e regulação adequada da tensão, visando melhorar a qualidade do fornecimento
de energia.

2
JUSTIFICATIVA
A justificativa para a realização deste trabalho reside na importância dos onduladores
de tensão como componentes essenciais para garantir a estabilidade e qualidade da energia
elétrica nos sistemas de energia modernos. A busca por um fornecimento confiável, eficiente
e seguro de eletricidade tem se tornado cada vez mais crucial diante do crescente consumo e
das exigências dos equipamentos elétricos e eletrônicos.

3
OBJECTIVOS

Objetivo Geral:
Realizar um estudo aprofundado sobre onduladores de tensão, abordando suas
características, funcionamento e aplicações, visando ampliar o conhecimento sobre esses
dispositivos essenciais para a estabilidade e qualidade da energia elétrica.
Objetivos Específicos:
a) Investigar e analisar as diferentes topologias de onduladores de tensão, incluindo
onduladores CC-CA em ponte completa, onduladores CC-CA em meia-ponte etc,
com o objetivo de compreender suas características, modos de operação e
aplicações práticas.
b) Explorar e descrever o funcionamento dos onduladores de tensão, destacando os
componentes-chave e os princípios de conversão de energia envolvidos, bem
como as técnicas de controle utilizadas para garantir a estabilidade da tensão de
saída.
c) Consolidar o conhecimento adquirido e apresentar as conclusões e recomendações
resultantes do estudo dos onduladores de tensão, fornecendo uma visão abrangente
sobre a importância desses dispositivos no contexto atual da energia elétrica.

4
METODOLOGIA
Iniciar o trabalho realizando uma revisão bibliográfica detalhada, buscando fontes
confiáveis, como artigos científicos, livros e documentos técnicos, que abordem os conceitos
fundamentais dos onduladores de tensão, suas topologias, funcionamento e aplicações. Essa
revisão servirá como base teórica para o desenvolvimento do trabalho.
Realizar a coleta de dados relevantes para a pesquisa, como informações sobre as
principais tecnologias de onduladores de tensão, exemplos práticos de aplicações e estudos de
casos. Esses dados podem ser obtidos por meio de pesquisas em bases de dados científicos.
Analisar e interpretar os dados coletados, comparando e relacionando as informações
encontradas na revisão bibliográfica com os exemplos práticos e estudos de caso.

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ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente trabalho está organizado da seguinte maneira:
Capítulo 1 – Apresenta o seu contexto, assim como o problema a ser resolvido, a justificativa
para a execução e os objetivos a serem alcançados com seu desenvolvimento
Capítulo 2 – Neste capítulo pretendo apresentar a fundamentação teórica necessária para
concretização do trabalho, contendo informações como os tipos de onduladores de tensão, seu
funcionamento com diferentes tipos de cargas, o critério de classificação, o controle de
corrente em diferentes tipos de cargas, comando de onduladores por modulação de largura de
impulso (PWM) e sua aplicação.
Capítulo 3 – Considerações finais: Neste capítulo é apresentado a parte final do referido
trabalho.

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1. TOPOLOGIA

Existem diversas topologias de onduladores de tensão, cada uma com suas


características e aplicabilidades específicas. A seguir, serão apresentados alguns dos tipos
mais comuns de onduladores e suas principais características.

1.1 ONDULADOR CC-CA EM MEIA-PONTE

O ondulador CC-CA em meia-ponte é uma topologia mais simples e mais


comumente utilizada em inversores de baixa potência. Ele consiste em duas chaves
(tipicamente transistores MOSFETs ou IGBTs) que são alternadamente acionadas para gerar
uma forma de onda senoidal de saída. Quando a chave superior é acionada, a tensão na carga
é positiva; quando a chave inferior é acionada, a tensão na carga é negativa. Diferentemente
do ondulador em ponte completa, a forma de onda gerada por esse tipo de ondulador é alterna
a zero, o que limita sua aplicação em cargas indutivas. Um exemplo de aplicação desse tipo
de ondulador é em sistemas de ar condicionado veicular. O esquema deste conversor,
conhecido por ondulador de tensão monofásico de meia-ponte, está representado na fig. 2.1.

Fig. 2.1- Esquema do ondulador de tensão monofásico de ponto médio, com alusão aos
semicondutores mais usados para a sua implementação prática.

Quanto ao funcionamento deste ondulador de tensaõ consiste em abrir um dos


interruptores, fechando o outro, alternadamente. Na sua versão mais rudimentar, descrita
graficamente na fig. 2.2, o comando deste conversor permite elaborar uma tensaõ convertida
uo com forma quadrada. Desprezam-se as q.d.t. nos dispositivos em condução.

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Fig. 2.2- Descrição do funcionamento do ondulador de tensão monofásico de ponto médio com
comando rudimentar: a: esquema da montagem admitindo que a corrente imposta provém de uma fonte de
alternada sinusoidal; b: caso dos dipositivos Q1 e Q2 serem manobrados em fase com as passagens da sinusoide
de corrente por zero (mostrando ainda detalhe da sequência de comutação); b: caso de Q1 e Q2 serem
manobrados desfasadamente das passagens da corrente por zero.

Tal como nas montagens de chopper, com o ondulador de tensaõ também tem de ser
respeitada a regra de nunca fechar os dois interrutores Q1 e Q2 em simultâneo, por risco de
curto-circuito. Na prática, o interruptor que estivera fechado será́ aberto com uma ligeira ante
- cedência relativamente ao fecho do dispositivo que antes estivera aberto (cf. fig. 2.2b).

1.2. ONDULADOR CC-CA EM PONTE COMPLETA

O ondulador CC-CA em ponte completa é uma topologia bastante popular devido a


sua alta eficiência e possibilidade de operação em baixa frequência. Ele consiste em quatro
chaves (tipicamente transistores MOSFETs ou IGBTs) que são alternadamente acionadas para
gerar uma forma de onda senoidal de saída. Quando as chaves superiores são acionadas, a
tensão na carga é positiva; quando as chaves inferiores são acionadas, a tensão na carga é
negativa. A frequência de operação é determinada pela taxa de comutação das chaves, que

8
pode chegar a alguns kHz ou até mesmo MHz. Um exemplo de aplicação desse tipo de
ondulador é em sistemas de geração de energia solar.

Os onduladores de onda completa, também conhecidos como onduladores de ponte


completa, são uma das topologias mais comuns de onduladores de tensão. Eles permitem que
a tensão de saída seja sempre positiva em relação ao terra, o que é importante para muitas
aplicações.

O princípio de funcionamento de um ondulador de ponte completa é baseado no


chaveamento de quatro dispositivos semicondutores, geralmente diodos e transistores. Esses
dispositivos são organizados em uma ponte, que alterna a polaridade da tensão de saída em
relação ao terra.

A fórmula básica para a tensão de saída de um ondulador de ponte completa é:

𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝑉𝑝 − 2𝑉𝑑

Onde Vp é a tensão de pico da fonte de entrada e Vd é a tensão direta do díodo. Essa


fórmula é válida para um ondulador operando em carga resistiva e sem perdas.

Para um ondulador de ponte completa operando em carga indutiva, é necessário


considerar a queda de tensão na carga e na bobina. Nesse caso, a fórmula da tensão de saída é
dada por:

𝑑𝑖
𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝑉𝑝 − 2𝑉𝑑 − (2𝐿 × )
𝑑𝑡

Onde L é a indutância da carga, di/dt é a taxa de variação da corrente na carga e Vd é


a tensão direta do díodo.

Além disso, em onduladores de ponte completa controlados por modulação de


largura de pulso (PWM), a largura dos pulsos de chaveamento é ajustada para controlar a
tensão de saída. A relação entre a largura do pulso de saída e a tensão de saída é dada pela
fórmula:

𝑉𝑜𝑢𝑡 𝐷
=
𝑉𝑝 (1 − 𝐷)

Onde D é a razão entre a largura do pulso de saída e o período total do sinal PWM.

Os onduladores de onda completa são ideais para aplicações que exigem uma tensão
de saída constante e positiva em relação à terra, como em motores elétricos, fontes de
alimentação, sistemas de iluminação, entre outros.

Na topologia de ponte completa, quatro diodos são usados para permitir que a
corrente flua em ambos os sentidos através da carga, o que elimina a necessidade de um
transformador centralizado e possibilita a utilização de cargas maiores. Além disso, os diodos

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ajudam a proteger o circuito contra sobretensão e apresentam baixa resistência em condução,
o que significa que a perda de energia é minimizada.

Os onduladores de ponte completa podem ser controlados por modulação de largura


de pulso (PWM), que é uma técnica de controle amplamente utilizada em eletrônica de
potência. A modulação de largura de pulso permite ajustar a largura dos pulsos de
chaveamento para controlar a tensão de saída, permitindo que a tensão de saída seja ajustada
de forma precisa e eficiente. Isso é importante, pois permite que a tensão de saída seja
mantida em um valor constante, mesmo com variações na carga ou na fonte de entrada.

No entanto, é importante lembrar que os onduladores de ponte completa podem


apresentar algumas desvantagens, como a necessidade de quatro dispositivos semicondutores
para operação, o que pode aumentar o custo e a complexidade do circuito. Além disso, eles
podem gerar interferência eletromagnética devido ao chaveamento rápido dos transistores, o
que pode afetar outros dispositivos eletrônicos próximos.

Espero que estas informações adicionais sejam úteis para você entender melhor os
onduladores de onda completa. Se você tiver alguma dúvida, por favor, não hesite em
perguntar.

1.2.1. FUNCIONAMENTO COM CARGA R-L

Na prática as correntes AC naõ saõ impostas por fontes sinusoidais, mas antes por
cargas indutivas. Considere-se seguidamente (cf. fig. 9.4) o funcionamento do mesmo
ondulador com carga R-L. Enquanto Q1 estiver fechado (Q2 aberto) a corrente de carga passa
apenas através do par Q1D1 e a tensaõ convertida tem o valor uo=U proveniente da fonte
contiń ua superior; nessa situaçaõ D2 permanece polarizado inversamente com uma tensaõ
2U.

Enquanto Q2 estiver fechado (Q1 aberto) a corrente de carga passa apenas através
do par Q2D2 e a tensaõ convertida tem o valor uo=-U proveniente da fonte contiń ua inferior.
Em cada par QiDi, em que Qi é realizado por um semicondutor comutável e Di por um dió do,
a corrente atravessa apenas um dos dispositivos conforme o seu sentido. A fig. 9.4b apresenta
os percursos da corrente em cada situaçaõ possiv́ el.

Facilmente se depreende que a corrente é constituid́ a por troços exponenciais com


constante de tempo τ=L/R. Com efeito, no intervalo 0 <t <T/2 o circuito rege-se por

𝑑𝑖0
𝑢0 = 𝑈 = 𝐿 + 𝑅𝑖0 (1)
𝑑𝑡

Donde se obtém, conforme é sabido,

𝑈 𝑅
𝑖0 = + 𝐾1 𝑒 − 𝐿 𝑡
𝑅

com
𝑈
𝐾1 = 𝑖𝑜 (0) − 𝑅 . (2)

10
Em 𝑇/2 < 𝑡 < 𝑇 passa a vigorar a equação

𝑑𝑖0
𝑢0 = −𝑈 = 𝐿 + 𝑅𝑖0 (3)
𝑑𝑡

e, por conseguinte, nesse intervalo tem-se


𝑅 𝑇
𝑈
𝑖0 = − 𝑅 + 𝐾1 𝑒 − 𝐿 (𝑡−2 ) (4)

com
𝑈
𝐾2 = 𝑖𝑜 (𝑇/2) + 𝑅 . (5)

Sabe-se que 𝑖0 (𝑡 = 𝑇 / 2) tem o mesmo valor dado por (2) e por (4). Por outro lado,
em regime permanente, também se verifica 𝑖0 (0) = 𝑖0 (𝑇). Deste modo chega-se às
igualdades`

𝑈 𝑅𝑇 𝑈
+ 𝐾1 𝑒 − 𝐿2 = − + 𝐾2
{𝑅 𝑅
𝑈 𝑈 𝑅𝑇
+ 𝐾1 = − + 𝐾2 𝑒 − 𝐿2
𝑅 𝑅

A solução do sistema de equações acima conduz aos valores das constantes em falta
nas equações (2) e (4) para regime permanente:
𝑈 2
𝐾1 = − 𝑅 𝑅𝑇 , 𝐾2 = −𝐾1

1+𝑒 𝐿2

A análise harmônica da forma de equações de tensão convertida (em onda quadrada)


conduz apenas a harmônicas ímpares *
4𝑈 2𝜋
𝑢0 = ∑∞
𝑘=1,3,5,… 𝑘𝜋 sin(𝑘𝜔𝑡), com 𝜔 = (6)
𝑇

Neste tipo de conversão pretende-se, muitas vezes, obter apenas a harmônica


fundamental, sendo tudo o resto indesejável (distorção). A amplitude dessa componente
sinusoidal de frequência 𝑓 = 1/𝑇 exprime-se por

4𝑈
𝑈𝑜1 = ≈ 1,27𝑈 (7)
𝜋

e a amplitude de cada harmônica obtém-se dividindo 𝑈1 pela ordem da harmônica:

𝑈01
𝑈𝑜𝑘 = (8)
𝑘

O aspecto de amplitude é, pois, decrescente, conforme se recorda na fig. 5. A


corrente 𝑖0 também pode ser expressa por
4𝑈
𝑖 0 = ∑∞
𝑘=1,3,5,… 𝑘𝜋𝑍 sin(𝑘𝜔𝑡 − 𝜑𝑘 ),
𝑘

11
𝑘𝜔𝐿
𝑍𝑘 = √𝑅 2 + (𝑘𝜔𝐿)2 , 𝜑𝑘 = tan−1 (9)
𝑅

Fig. 9.5 – Espectro harmónico de amplitudes da forma quadrada de tensaõ .

O valor eficaz da tensaõ uo é, simplesmente,

𝑈0 = 𝑈. (10)

Quanto ao valor eficaz da corrente, pode ser calculado de forma aproximada


tomando os primeiros termos da série:

1 4𝑈 2
𝐼0 = √∑∞
𝑘=1,3,5,… 2 (𝑘𝜋𝑍 ) (11)
𝑘

1.3. ONDULADOR CC-CA COMUTADO

O ondulador CC-CA comutado é uma topologia que combina as vantagens dos


onduladores em ponte completa e em meia-ponte. Ele consiste em dois onduladores em meia-
ponte, cada um alimentando metade da carga. A chave de cada meia-ponte é alternadamente
acionada para gerar a forma de onda senoidal de saída. A frequência de operação é
determinada pela taxa de comutação das chaves, que pode chegar a alguns kHz ou até mesmo
MHz. Um exemplo de aplicação desse tipo de ondulador é em equipamentos de
processamento de dados.

O ondulador CC-CA comutado é um circuito eletrônico que converte uma


tensão contínua (CC) em uma tensão alternada (CA), utilizando técnicas de
comutação. Existem diferentes topologias de onduladores CC-CA comutados, como
o ondulador de meia ponte, o ondulador de ponte completa e o ondulador trifásico,
por exemplo.

As principais equações para o cálculo de um ondulador CC-CA comutado


são as seguintes:

1. Ondulador de meia ponte:

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- Tensão de saída média:
𝑉𝑖𝑛 −𝜋
𝑉𝑜𝑢𝑡 = ( ) × (1 − 𝑒 (2𝐷) )
𝜋

onde Vin é a tensão de entrada, D é o ciclo de trabalho (razão entre o tempo em que a chave
está ligada e o período total) e π é a constante matemática pi.

- Frequência de saída:

1
𝑓=
(2𝜋𝑅𝐶)

onde R é a resistência do circuito e C é a capacitância.

2. Ondulador de ponte completa:

- Tensão de saída média:

𝑉𝑖𝑛 −𝜋
𝑉𝑜𝑢𝑡 = ( ) × (1 − 𝑒 ( 𝐷 ) )
𝜋

onde Vin é a tensão de entrada e D é o ciclo de trabalho (razão entre o tempo em que a chave
está ligada e o período total).

- Frequência de saída:

1
𝑓=
(2𝜋√𝐿𝐶)

onde L é a indutância do circuito e C é a capacitância.


3. Ondulador trifásico:

- Tensão de saída média: Vout = (3Vin/π) x (1 - e^(-π/3D)), onde Vin é a tensão de


entrada e D é o ciclo de trabalho (razão entre o tempo em que a chave está ligada e o período
total).

- Frequência de saída: f = 1/(2π√(3)LC), onde L é a indutância do circuito e C é a


capacitância.

É importante lembrar que essas equações são simplificações e que na prática existem
outros fatores que podem influenciar o comportamento do circuito, como as resistências e
capacitâncias parasitas, a queda de tensão nas chaves e a presença de ruídos e interferências.
Além disso, é preciso escolher os componentes corretos e dimensionar o circuito de forma
adequada para garantir seu funcionamento seguro e eficiente.

13
1.4. ONDULADOR CC-CA COM FILTRO LC

O ondulador CC-CA com filtro LC é uma topologia que utiliza um filtro passa-baixa
para suavizar a forma de onda gerada pelo ondulador em ponte completa. O filtro consiste em
um indutor em série com a carga e um capacitor em paralelo com a carga. Esse tipo de
ondulador é capaz de gerar formas de onda senoidais de alta qualidade, mas apresenta uma
eficiência menor que as topologias anteriores devido às perdas no filtro. Um exemplo de
aplicação desse tipo de ondulador é em sistemas de áudio de alta fidelidade.

Um inversor CC-CA com filtro LC é um circuito eletrônico que converte


uma tensão contínua (CC) em uma tensão alternada (CA) utilizando um filtro LC
para suavizar a forma de onda da saída. O filtro LC é composto por um indutor (L) e
um capacitor (C) conectados em série ou em paralelo.

A frequência de operação do inversor é determinada pela frequência de


chaveamento dos transistores de potência. A tensão de saída do inversor é
determinada pela tensão de entrada, pela frequência de chaveamento e pela
amplitude de modulação da largura de pulso (PWM).

As fórmulas básicas para o cálculo de um inversor CC-CA com filtro LC


são:

1. Frequência de ressonância do filtro LC:

f0 = 1 / (2 * pi * sqrt(L * C))

Onde f0 é a frequência de ressonância, L é a indutância do indutor e C é a


capacitância do capacitor.

2. Fator de qualidade do filtro LC:

Q = R / (sqrt(L / C))

Onde Q é o fator de qualidade, R é a resistência do circuito, L é a indutância


do indutor e C é a capacitância do capacitor.

3. Tensão de pico da saída do inversor:

Vp = (Vin / sqrt(2)) * (D / (1 - D)) * sqrt(3)

Onde Vin é a tensão de entrada do inversor, D é o ciclo de trabalho (duty


cycle) da saída do PWM e sqrt(3) é um fator de correção para a forma de onda
senoidal da saída.

Essas fórmulas são apenas uma base teórica para o projeto de um inversor
CC-CA com filtro LC, e muitos outros fatores devem ser considerados para garantir
o desempenho adequado do circuito, como a escolha dos componentes, a topologia
do circuito e a capacidade de carga.

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2. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

Os onduladores de tensão podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. A


seguir, serão apresentados alguns dos critérios mais comuns para classificar esses
dispositivos:

1. Topologia do circuito: Os onduladores de tensão podem ser classificados de acordo


com a topologia do circuito utilizado para converter a tensão contínua em tensão alternada.
Alguns exemplos incluem o ondulador CC-CA em ponte completa, o ondulador CC-CA em
meia-ponte, o ondulador CC-CA comutado, entre outros.

2. Modulação da largura do pulso (PWM): Os onduladores de tensão também podem ser


classificados de acordo com o método de modulação da largura de pulso utilizado para
controlar a saída de tensão em um circuito. Esse método consiste em variar a largura dos
pulsos de tensão para criar uma forma de onda de saída desejada. Alguns exemplos incluem o
ondulador PWM, o ondulador SVPWM, o ondulador SPWM, entre outros.

3. Tensão de saída: Os onduladores de tensão podem ser classificados de acordo com a


tensão de saída que produzem. Alguns exemplos incluem o ondulador monofásico, o
ondulador trifásico, o ondulador de alta tensão, entre outros.

4. Potência de saída: Os onduladores de tensão também podem ser classificados de


acordo com a potência de saída que são capazes de fornecer. Alguns exemplos incluem o
ondulador de baixa potência, o ondulador de média potência e o ondulador de alta potência.

5. Aplicação: Finalmente, os onduladores de tensão podem ser classificados de acordo


com a aplicação para a qual são utilizados. Alguns exemplos incluem o ondulador utilizado
em sistemas de energia solar, o ondulador utilizado em sistemas de fornecimento de energia
para veículos elétricos, o ondulador utilizado em sistemas de controle de motores, entre
outros.

Essas são apenas algumas das maneiras pelas quais os onduladores de tensão podem ser
classificados. A escolha da classificação mais apropriada dependerá do contexto específico
em que o dispositivo é utilizado.

3. FUNCIONAMENTO COM CARGAS R-L-E

Os onduladores de tensão são dispositivos eletrônicos que permitem converter uma


fonte de tensão contínua em uma tensão alternada com uma determinada frequência e
amplitude controladas. Essa conversão é útil em diversas aplicações, como em sistemas de
alimentação de motores elétricos, iluminação, fontes de alimentação de eletrônicos, entre
outras.

Quando se trata de cargas R-L-E, ou seja, cargas que possuem resistência, indutância
e capacitância, é necessário considerar o comportamento desses elementos para projetar o
ondulador de tensão adequado.

15
A resistência da carga influencia na dissipação de potência e, portanto, na
eficiência do ondulador. A indutância da carga pode causar picos de tensão e
corrente, que devem ser controlados para evitar danos ao circuito. Já a capacitância
da carga pode influenciar na forma de onda da tensão e na escolha da frequência
adequada para a operação do ondulador.

Por isso, é importante considerar a impedância total da carga (R-L-E) e a


frequência de operação desejada para projetar o ondulador de tensão adequado.
Existem diferentes tipos de onduladores, como os onduladores em ponte,
onduladores monofásicos e trifásicos, e cada um deles possui características
específicas que devem ser levadas em consideração na escolha do dispositivo mais
adequado para a aplicação desejada.
Para projetar um ondulador de tensão para cargas R-L-E, são necessárias
algumas fórmulas para calcular os valores dos componentes do circuito. Seguem
algumas delas:

1. Cálculo da frequência de operação (f):

1
𝑓=
2𝜋√(𝐿 × 𝐶)

Onde L é a indutância da carga e C é a capacitância da carga.

2. Cálculo da impedância da carga (Z):

𝜔𝐿 − 1 2
𝑍 = √(𝑅 2 + ( ) )
𝜔𝐶

Onde R é a resistência da carga, L é a indutância da carga, C é a capacitância da


carga e ω é a frequência angular (2πf).

3. Cálculo da tensão de pico do ondulador (VP):

𝑉𝐷𝐶
𝑉𝑃 =
√2

Onde VDC é a tensão contínua de entrada do ondulador.

4. Cálculo da corrente de pico do ondulador (IP):

𝑉𝑃
𝐼𝑃 =
𝑍

Onde VP é a tensão de pico do ondulador e Z é a impedância da carga.

5. Cálculo da potência dissipada na carga (P):

16
𝑃 = 𝑅 × 𝐼2

Onde R é a resistência da carga e I é a corrente que circula pela carga.

4. CONTROLE DA CORRENTE EM CARGAS R-L-E

Os onduladores de tensão podem ser utilizados para controlar a corrente em cargas


R-L-E, principalmente em aplicações que exigem precisão no controle da corrente, como em
motores elétricos e sistemas de iluminação.

Existem diversas técnicas de controle de corrente que podem ser utilizadas em


conjunto com um ondulador de tensão, como por exemplo, o controle por PWM (Pulse Width
Modulation) e o controle por corrente média.

No controle por PWM, a corrente na carga é controlada variando-se a largura dos


pulsos de um sinal de tensão quadrado aplicado na carga. A largura dos pulsos é controlada
por um sinal de controle, que pode ser gerado por um microcontrolador ou por um circuito de
controle dedicado.

No controle por corrente média, a corrente na carga é controlada variando-se a


média da tensão aplicada na carga. Isso pode ser feito utilizando-se um circuito integrador,
que integra a tensão aplicada na carga ao longo do tempo e produz um sinal de controle
proporcional à corrente média na carga.
Ambas as técnicas de controle de corrente podem ser combinadas com a técnica de
modulação de largura de pulso (PWM) para gerar uma forma de onda de tensão modulada
com a amplitude e frequência desejadas para a aplicação.

É importante ressaltar que o controle de corrente em um ondulador de tensão requer


um circuito de detecção de corrente, que pode ser implementado utilizando-se um resistor de
precisão na série com a carga e um amplificador de instrumentação. O sinal de corrente
detectado é então utilizado para gerar o sinal de controle para o circuito de ondulação de
tensão.

Existem algumas fórmulas que podem ser usadas para calcular os valores dos
componentes do circuito de controle de corrente em um ondulador de tensão. Segue abaixo
algumas delas:

1. Cálculo da corrente média desejada (𝑰𝒅𝒆𝒔 ):

Esta é a corrente média que se deseja que a carga consuma. Pode ser calculada a
partir das especificações do sistema ou medindo-se a corrente real em um sistema existente.

2. Cálculo da corrente de pico (𝑰𝒑 ):

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𝐼𝑑𝑒𝑠
𝐼𝑝 =
(𝐷 × 𝐾)

Onde D é o ciclo de trabalho do sinal PWM (ou seja, a razão entre o tempo que o
sinal está em nível alto e o período total do sinal) e K é o fator de forma da forma de onda de
corrente desejada.

3. Cálculo do valor do resistor de detecção de corrente (𝑹𝒔𝒆𝒏𝒔𝒆 ):

𝑉𝑠𝑒𝑛𝑠𝑒
𝑅𝑠𝑒𝑛𝑠𝑒 =
𝐼𝑝

Onde 𝑉𝑠𝑒𝑛𝑠𝑒 é a tensão de saída do circuito de detecção de corrente.

4. Cálculo do valor do capacitor integrador (𝑪𝒊𝒏𝒕 ):

𝐼𝑑𝑒𝑠
𝐶𝑖𝑛𝑡 =
(2 × 𝜋 × 𝐹 × 𝑉𝑠𝑒𝑛𝑠𝑒 )

Onde F é a frequência de operação do circuito de controle de corrente e 𝑉𝑠𝑒𝑛𝑠𝑒 é a


tensão de saída do circuito de detecção de corrente.

5. Cálculo do ganho do amplificador de instrumentação (G):

𝑅𝑓
𝐺=
𝑅𝑖𝑛

Ondeé a 𝑅𝑓 resistência do resistor de realimentação do amplificador de


instrumentação e é a 𝑅𝑖𝑛 resistência do resistor de entrada do amplificador.

Essas fórmulas são apenas um guia geral para o cálculo dos componentes do circuito
de controle de corrente em um ondulador de tensão. A escolha dos valores exatos dos
componentes deve levar em consideração as características específicas do sistema e as
restrições de projeto. Além disso, essas fórmulas não levam em conta outros fatores
importantes, como a dissipação de calor nos componentes, a resposta transitória do circuito e
as limitações de desempenho do próprio ondulador de tensão. Portanto, é sempre
recomendado que o projeto seja avaliado cuidadosamente antes de sua implementação.

5. COMANDO DE ONDULADORES POR MODULAÇÃO DE LARGURA DE


IMPULSO (PWM)
O comando de onduladores por modulação de largura de impulso (PWM) é uma
técnica utilizada para controlar a potência em circuitos de corrente alternada (AC). O objetivo
do PWM é variar a largura dos pulsos de tensão aplicados a um dispositivo de potência
(como um inversor) de forma a controlar a quantidade de energia que é transferida para a
carga.

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O sinal de PWM é gerado por meio de um circuito controlador que compara um
sinal de referência com um sinal de realimentação. A diferença entre estes sinais é utilizada
para controlar a largura dos pulsos de tensão que são enviados para a carga.

O controle de PWM é amplamente utilizado em sistemas de controle de velocidade


de motores elétricos, inversores de frequência, fontes de alimentação chaveadas, entre outros.
É uma técnica eficiente e precisa para o controle de potência em sistemas elétricos e
eletrônicos.

Existem algumas fórmulas envolvidas no cálculo do sinal de PWM. A fórmula


básica para calcular o ciclo de trabalho (duty cycle) do sinal de PWM é:

𝑇𝑜𝑛
𝐷=( ) × 100%
𝑇

onde D é o ciclo de trabalho em porcentagem, Ton é o tempo em que o sinal está em


nível alto, T é o período do sinal PWM (ou seja, o tempo total de um ciclo completo).

O período T é dado por:

1
𝑇=
𝑓

onde f é a frequência do sinal PWM.

O ciclo de trabalho D é usado para controlar a quantidade de energia transferida para


a carga. Por exemplo, se o ciclo de trabalho for de 50%, isso significa que o sinal de PWM
estará em nível alto durante metade do tempo e em nível baixo na outra metade do tempo,
resultando em uma transferência de energia média de 50%.

Além disso, existem outras fórmulas que podem ser usadas para calcular a potência
média e eficaz em um sistema controlado por PWM, dependendo da aplicação específica.

5. APLICAÇŌES
Os onduladores de tensão (ou inversores) são amplamente utilizados em diversas aplicações,
principalmente em sistemas de energia renovável, sistemas de controle de motores elétricos e
sistemas de alimentação ininterrupta (UPS). Aqui estão algumas das principais aplicações dos
onduladores de tensão:

1. Sistemas de energia renovável: os inversores são usados em sistemas de energia solar,


eólica e hidrelétrica para converter a energia elétrica gerada pelas fontes renováveis em uma
forma de energia que pode ser utilizada pela rede elétrica. Os inversores garantem que a
energia gerada seja entregue com qualidade, frequência e tensão controladas.

2. Controle de motores elétricos: os inversores são amplamente utilizados para controlar a


velocidade e o torque dos motores elétricos. Eles permitem o controle preciso da frequência e
tensão aplicadas ao motor, o que resulta em uma operação mais eficiente e economia de
energia.

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3. Sistemas de alimentação ininterrupta (UPS): os inversores são utilizados em sistemas de
UPS para fornecer energia elétrica de emergência aos equipamentos críticos em caso de falha
na rede elétrica. Os inversores convertem a energia armazenada nas baterias de backup em
uma forma de energia que pode ser usada pelos equipamentos.

4. Eletrônica de potência: os inversores são usados em eletrônica de potência para converter


fontes de energia de corrente contínua (DC) em corrente alternada (AC), ou vice-versa. Isso é
útil em sistemas de alimentação de dispositivos eletrônicos, como computadores, televisores
e sistemas de áudio.

5. Transporte elétrico: os inversores são amplamente utilizados em veículos elétricos para


controlar a velocidade e o torque do motor elétrico. Eles permitem um controle preciso da
energia fornecida ao motor, o que resulta em uma operação mais eficiente e em uma maior
autonomia do veículo.

6. Sistemas de refrigeração: os inversores são utilizados em sistemas de refrigeração para


controlar a velocidade do compressor do sistema. Isso permite que o sistema de refrigeração
opere de forma mais eficiente e economize energia.

7. Sistemas de iluminação: os inversores são usados em sistemas de iluminação LED para


controlar a intensidade da luz. Isso permite que a iluminação seja ajustada de acordo com as
necessidades do ambiente, resultando em uma maior economia de energia.

8. Sistemas de soldagem: os inversores são utilizados em sistemas de soldagem para fornecer


energia elétrica controlada para o processo de soldagem. Eles permitem que a corrente de
soldagem seja ajustada com precisão, resultando em uma soldagem mais uniforme e de
melhor qualidade.

9. Sistemas de ar condicionado: os inversores são usados em sistemas de ar condicionado


para controlar a velocidade do compressor do sistema. Isso permite que o sistema de ar
condicionado opere de forma mais eficiente e economize energia.

10. Sistemas de bombeamento: os inversores são utilizados em sistemas de bombeamento


para controlar a velocidade da bomba. Isso permite que o sistema opere de forma mais
eficiente e economize energia.

11. Sistemas de telecomunicações: os inversores são usados em sistemas de telecomunicações


para fornecer energia elétrica de corrente alternada para os equipamentos. Eles permitem que
a energia seja fornecida com qualidade e frequência controladas, garantindo o correto
funcionamento dos equipamentos.

12. Sistemas de elevação: os inversores são utilizados em sistemas de elevação para controlar
a velocidade e o torque do motor elétrico. Eles permitem que a elevação seja realizada de
forma mais eficiente e com maior precisão.

Essas são apenas algumas das muitas aplicações dos inversores de tensão.
Eles são amplamente utilizados em diversas áreas da indústria e da tecnologia, e sua
versatilidade e eficiência fazem deles uma solução muito útil em muitas aplicações
diferentes.

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CONCLUSÃO
Ao longo deste trabalho, foi possível realizar um estudo abrangente sobre os
onduladores de tensão, abordando temas como os tipos de onduladores, seu funcionamento
em diferentes tipos de cargas, o critério de classificação, o controle de corrente em diversos
cenários e o comando por modulação de largura de impulso (PWM), além de explorar suas
aplicações práticas.
Primeiramente, foi evidenciado que existem diversos tipos de onduladores de tensão,
cada um com características específicas e aplicabilidades distintas. A compreensão dessas
diferenças é essencial para selecionar a topologia adequada em cada situação, considerando
fatores como a forma de onda de saída, o número de fases e a aplicação específica.
Por fim, as aplicações práticas dos onduladores de tensão em diversos setores
demonstraram sua importância na estabilidade e qualidade do fornecimento de energia
elétrica. Desde a utilização em sistemas de geração de energia renovável até a alimentação de
equipamentos industriais críticos, os onduladores de tensão desempenham um papel
fundamental na otimização dos sistemas elétricos e na garantia da confiabilidade operacional.
Espera-se que este trabalho contribua para a disseminação de conhecimentos sobre
onduladores de tensão, incentivando a pesquisa e o desenvolvimento contínuo nessa área. A
compreensão aprofundada desses dispositivos possibilita a busca por soluções mais
eficientes, confiáveis e sustentáveis, resultando em melhorias significativas

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PALMA, João C. P. Fundamentos de Eletrônica de Potência: Onduladores de
Tensão. In: PALMA, João C. P. Fundamentos de Eletrônica de Potência: Onduladores de
Tensão. Lisboa: Instituto Politécnico de Lisboa, 2009. cap. 9, p. 281-326. Disponível em:
file:///C:/Users/hp/Downloads/JoaoPalma_FundElectrPotencia.pdf. Acesso em: 20 maio
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E-LEE (Portugal) (ed.). Os onduladores (ou inversores): Os onduladores de tensão. In:
E-LEE (Portugal) (ed.). Os onduladores (ou inversores): Os onduladores de tensão.
Portugal, 16 maio 2012. Disponível em: http://e-
lee.ist.utl.pt/realisations/ElectroniquePuissance/Onduleurs/Onduleurs.htm. Acesso em: 26
maio 2023.
INGLÊS, Sérgio Miguel. Onduladores de Tensão: Comando de ondulador de tensão
trifásico por PWM. In: INGLÊS, Sérgio Miguel. Onduladores de Tensão: Comando de
ondulador de tensão trifásico por PWM. Orientador: Nuno Paulo Real da Veiga. 2023.
Dissertação (Grau de Mestre em Engenharia Electrotécnica Ramo de Automação e
Electrónica Industrial) - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Lisboa, 2013.
OLIVEIRA, José Carlos Barros. Onduladores de Tensão: Modulação de Largura de
Impulos no Controlo de Inversores de Tensão Trifásicos. Porto, Portugal: [s. n.], 2009. 151 p.
Disponível em: file:///C:/Users/hp/Downloads/Texto%20integral.pdf. Acesso em: 26 maio
2023.

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