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DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO

TRABALHO DE CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE E AUDITORIA

Monitoria e Avaliação do Orçamento do Estado

Nome dos Estudantes:

Hilario Chifutela;

Joice Branco;

Leina Damião;

Melquim Paulo

Nome do docente:

Jaime Gany & Hermínio Ferro.

Tete 2023
DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO

Nome dos Estudantes:

Hilario Chifutela;

Joice Branco;

Leina Damião;

Melquim Paulo

Monitoria e Avaliação do Orçamento do Estado

Trabalho apresentado ao Instituto Superior


Politécnico de Tete, como instrumento de
avaliação na cadeira de Contabilidade Publica,
na supervisão dos docentes: Jaime Gany &
Hermínio Ferro.

Tete 2023

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LISTA DE ABREVIATURAS

AR Assembleia da República

BdPAAO Balanço do PAAO

BdPES Balanço do PES

CFMP Cenário Fiscal de Médio Prazo

OE Orçamento do Estado

PAAO Plano Anual de Actividades e Orçamento

PES Plano Económico Social

PG Programa do Governo

PQG Programa Quinquenal do Governo

SISTAFE Sistema de Administração Financeira do Estado

PESOE Plano Económico e Social e Orçamento do Estado

PO-OGDP Plano e Orçamento dos Órgãos de Governação Decentralizada


Provincial

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 5
Objectivos do trabalho ...................................................................................................... 6
MONITORIA E AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO............................... 7
Monitoria .......................................................................................................................... 7
Orçamento......................................................................................................................... 7
Orçamento do Estado........................................................................................................ 7
Funções do Orçamento ..................................................................................................... 8
Tipos de Orçamentos ........................................................................................................ 8
Processo Orçamental ........................................................................................................ 9
Execução Orçamental ....................................................................................................... 9
Quadro de planificação e orçamentação em Moçambique ............................................... 9
Gerência do processo de planificação e orçamentação em Moçambique....................... 10
Processo de Planificação e Orçamentação...................................................................... 11
Elaboração orçamental em Moçambique........................................................................ 11
Instrumentos que orientam o processo de planificacao e orcamentacao em Moçambique
........................................................................................................................................ 11
BREVE DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS ........................................................... 12
ESTRATÉGIA NACIONAL ...................................................................................... 12
ESTRATÉGIAS SECTORIAIS ................................................................................. 12
ESTRATÉGIAS TERRITORIAIS ............................................................................. 12
PROGRAMA E PLANOS QUINQUENAIS ............................................................. 13
PLANO ECONÓMICO E SOCIAL E ORÇAMENTO DE ESTADO .......................... 16
PLANO E ORÇAMENTO DOS ÓRGÃOS DE GOVERNAÇÃO
DESCENTRALIZADA PROVINCIAL......................................................................... 16
PLANO E ORÇAMENTO AUTÁRQUICO .................................................................. 16
Conclusão ....................................................................................................................... 17
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 18

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Introdução

Este presente trabalho esta sendo desenvolvido a luz da cadeira de contabilidade publica
e tem como tema Monitoria e Avaliação do Orçamento do Estado.

Orçamento é uma previsão em regras do exercício económico das despesas a serem realizados
pelo Estado e dos processos de as cobrir, incluindo a autorização concedida à Administração
Financeira para cobrar recursos financeiros e realizar despesas limitando os poderes financeiros
da Administração em cada exercício económico.

Nos termos do artigo 19 da lei no 14/ 2020 de 23 de Dezembro, que aprova o sistema de
administração financeira do Estado (SISTAFE), o Orçamento do Estado define os principais
objectivos económicos e sociais e de política financeira do Estado, identifica a previsão das
receitas a arrecadar, as acções e os recursos necessários para a implementação do Programa e
Plano, num horizonte temporal de um ano.

O processo orçamental tem sido, ao longo das últimas cinco décadas e um pouco por todo o
mundo, alvo de uma constante evolução. Esta evolução é o resultado, entre outros factores, das
mudanças operadas nos sistemas políticos, nas teorias económicas, nas abordagens de gestão
orçamental, nos princípios contabilísticos e na conduta da administração pública.

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Objectivos do trabalho

Geral:
Descrever os processos de monitoria e avaliação do orçamento do Estado;
Específicos:
Apresentar o ciclo de planificação e orçamentação;
Identificar a gerência do processo de planificação e orçamentação em
Moçambique;
Apresentar o Ciclo de Planificação para a elaboração do Plano Económico e
Social e Orçamento do Estado;
Esmiuçar sobre os Instrumentos que orientam o processo de planificação e
orçamentação em Moçambique

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MONITORIA E AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO

Monitoria

A monitoria é um instrumento de gestão usado para ajudar as organizações a


executarem melhor as suas tarefas focalizando os recurso e as energias para garantir, no
máximo, o alcance dos objectivos da organização. É um instrumento usado para
verificar e ajustar a direcção da organização em resposta as dinâmicas dos ambientes
interno e externo da organização.

Orçamento

Um orçamento deve ser entendido como um plano onde serão inscritas as receitas e
despesas previstas para um determinado período. É entendida como uma ferramenta que
deverá ser acompanhada de forma subsequente controlando as despesas e optimizando
as receitas.

A orçamentação é um instrumento de planificação que permite identificar os programas


de trabalho do Governo (projectos e actividades) a serem realizados e ainda estabelecer
os objectivos, as metas, os custos e os resultados com a maior transparência possível.

A orçamentação permite ao Governo, entre outras, o controlo das despesas, organização


dos recursos por categorias de despesas, receitas e poupanças, saber o estado das
finanças com algum rigor, funcionando como instrumento de monitoria e controlo dos
gastos de recursos.

Orçamento do Estado

É o instrumento base do Governo a respeito da implementação do PES, apresentando as


receitas e despesas previstas para o ano em questão. Desde 2007, a elaboração do OE
tem sido orientado pelo CFMP. Em 2010, pela primeira vez, o orçamento foi elaborado
para cada programa com a finalidade de reduzir o fosso entre a planificação e o
processo de orçamentação, para tornar a alocação de recursos mais dinâmica e focalizar
na ligação entre os recursos e os resultados.

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Funções do Orçamento

Segundo Franco (1997), o orçamento público apresenta as seguintes funções:

Função económica: essa função facilita a gestão dos dinheiros públicos, tornando-a mais
racional e eficiente, e evita o improviso, que é sempre uma causa de desperdício; constitui um
elemento fundamental na definição e execução da política económica e social do Governo, e
permite aos agentes económicos e à sociedade em geral conhecer as principais linhas desta
política.

Função política: essa função garante que a tributação dos rendimentos dos cidadãos e a
utilização dos dinheiros públicos estão dependentes da aprovação pelos representantes do povo
na Assembleia da República; assegura o equilíbrio e a separação dos poderes, visto que o
Parlamento autoriza a arrecadação de receitas e a utilização das mesmas, o Governo executa o
orçamento, e o Parlamento e outro órgão jurisdicional fiscaliza a sua execução.

Função jurídica: a autorização política que é concedida ao Estado para realizar despesas e
cobrar receitas limita os poderes financeiros da Administração Pública.

Tipos de Orçamentos

Segundo WATY (2011), o Orçamento sofreu uma série de mudança e adaptações ao longo do
tempo, de acordo com as necessidades de cada país, dentre os quais são destacados.

Orçamento tradicional - surgiu na Inglaterra, em 1217 como uma simples previsão da receita e
fixação da despesa e reflectia apenas os meios desvinculado de planeamento, com decisões
baseadas nas necessidades, sem acompanhamento avaliando-se na base da honestidade, dos
governantes.

Orçamento moderno - surge no século XX, transformando-se em mecanismo de administração


que visa auxiliar o planeamento execução e controle das acções do sector público,
transformando em Orçamento de desempenho, um Orçamento programa e um Orçamento de
base zero. Dentro dela podemos encontrar os seguintes tipos: Orçamento de itens por linha,
incremental, por funções, por programas e desempenho, por planeamento e programação, com
base na administração por objectivos, planeamento e Orçamento base zero e participativo.

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Processo Orçamental

O processo orçamental tem sido, ao longo das últimas cinco décadas e um pouco por todo o
mundo, alvo de uma constante evolução. Esta evolução é o resultado, entre outros factores, das
mudanças operadas nos sistemas políticos, nas teorias económicas, nas abordagens de gestão
orçamental, nos princípios contabilísticos e na conduta da administração pública.

Ele compreende um conjunto complexo de fases, que não têm necessariamente um carácter
sequencial. O processo orçamental deve ainda ser visto como um processo contínuo, não se
limitando a cada ano económico. Por outras palavras, não é um processo que se esgota no próprio
ano económico, mas que tem continuidade ao longo do tempo.

Execução Orçamental

Noção

Segundo WATY (2011), a execução orçamental (EO) é um conjunto de actos e operações que visa
a cobrar receitas e a pagar despesas durante um exercício económico.

Para dar início à execução do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado e do Plano e
Orçamento dos órgãos de governação descentralizada, o Governo aprova as normas que se
mostrem necessárias.

Quadro de planificação e orçamentação em Moçambique

Em Moçambique o quadro de planificação e orçamentação tem dois níveis de


governação, nomeadamente:

Governo central, que é constituído pelos órgãos centrais e locais do Estado


(Províncias, Distritos e Localidades); e o

Governo local constituído pelas autarquias locais.

O governo central está desconcentrado até ao nível de Localidade e todos os níveis


funcionam de forma hierárquica e segue instrumentos e mecanismos sincronizados.
Mesmo as autarquias locais, que têm uma grande autonomia administrativa, financeira e
patrimonial, estão sujeitas à tutela administrativa central do Estado.

Esta organização constitucional tem uma grande influência directa sobre os processos
de tomada de decisão na planificação e orçamentação.

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Gerência do processo de planificação e orçamentação em Moçambique

De um modo geral, o processo de planificação e orçamentação em Moçambique é


gerido pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF), que é responsável, de um
lado, por liderar e coordenar o processo de planificação e dirigir o desenvolvimento
económico e social integrado e equilibrado no país e, por outro lado, é responsável pela
gestão das finanças públicas que compreende, entre outros processos, a elaboração e
execução do orçamento. A tabela 1 abaixo, apresenta o Calendário do Ciclo de
Planificação e Orçamentação da República de Moçambique.

Ordem Data Procedimento

1 Final de Fevereiro Elaboração do CFMP

2 Ate 31 de Abril Conselho de Ministros aprova o CFMP

3 Ate 31 de maio O MEF comunica os Limites Indicativos e envia as Orientações


para a elaboração do PES e OE para o ano N+1

4 De 1 de Junho a Sectores, Províncias e Autarquias elaboram as Propostas do PES e


31 de Julho OE do ano N+1

5 Ate 31 de Julho Sectores, Governos Provinciais e Autarquias submetem as


Propostas de PES e OE ao MEF para efeitos de globalização

6 Ate 31 de agosto MEF elabora a Proposta do PES e OE nacional referente ao ano


N+1

7 Ate 31 de MEF submete a proposta do PES e OE ao Conselho de Ministros


Setembro para apreciação

8 Ate 30 de Governo submete a Proposta do PES e OE a AR para apreciação


Setembro

9 Ate 15 de AR aprova a Proposta do PES e OE


Dezembro

10 01 de Janeiro Início da Execução do PES e OE

Tabela 1: Ciclo de Planificação para a elaboração do Plano Económico e Social e


Orçamento do Estado

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Processo de Planificação e Orçamentação

O Governo de Moçambique, no seu processo de planificação e orçamentação, rege-se


por normas e instrumentos legais aprovados pela Assembleia República (tem carácter
legal) como aprovados pelo Governo (tem carácter administrativo e executivo).

Estes instrumentos podem ser Leis, Planos, Estratégias, Políticas, Procedimentos entre
outros, que servem para orientar o processo de planificação.

NOTA: A informação que consta a partir deste ponto ate o fim do trabalho foi extraída
do (GOMEIPOMA) - Guião de Orientações Metodológicas para Elaboração dos
Instrumentos de Planificação, Orçamentação, Monitoria e Avaliação.

Elaboração orçamental em Moçambique (artigo 10 e seguintes da lei 14/2020 de 23


de Dezembro).

O Subsistema de Planificação e Orçamentação, abreviadamente designado por SPO,


compreende normas, procedimentos, órgãos e instituições do Estado e entidades
descentralizadas, que intervêm nos processos de planificação e orçamentação.

Instrumentos que orientam o processo de planificacao e orcamentacao em


Moçambique

Os principais instrumentos que orientam o processo de planificação e orçamentação do


país são:

Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2015-2035


Plano Quinquenal do Governo (PQG)
A Lei 9/2002/ de 12 de Fevereiro, Lei do SISTAFE
Planos Estratégicos Sectoriais e Territoriais, que no caso vertente da APIEX são
o Plano Integrado de Investimentos e o Plano Estratégico de Promoção de
Investimento Privado;
Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP)
Metodologia para a Elaboração das Propostas do Plano Económico e Social,
Orçamento do Estado e Balanço do Plano Económico e Social (Guião Único)
aprovado pelo MEF em Maio de 2017).

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BREVE DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS

ESTRATÉGIA NACIONAL
A Estratégia Nacional reflecte a visão de desenvolvimento do País, quantificando-a e
qualificando-a mediante a definição de objectivos, indicadores e metas indicativas, com
horizonte temporal mínimo de 20 anos.

A Estratégia Nacional é elaborada de forma participativa e inclusiva, com base em


diagnósticos, consultas, estudos, inquéritos específicos e outros instrumentos de
referência, nacionais, internacionais e é estruturada por pilares e programas.

Níveis de Aprovação

A proposta da Estratégia Nacional é elaborada pelo Governo e submetida à Assembleia


da República para aprovação.

ESTRATÉGIAS SECTORIAIS
A Estratégia Sectorial define os objectivos, as acções, os produtos e os resultados para o
desenvolvimento do sector, com vista ao alcance dos Pilares e Programas definidos na
Estratégia Nacional, salvaguardando a missão e a visão do sector, com horizonte
temporal de 10 anos.

A Estratégia Sectorial é elaborada de forma participativa e inclusiva, com base em


consultas, estudos, inquéritos específicos, estruturada em Programas e deve apresentar
uma estimativa de custos.

Níveis de Aprovação

A Estratégia Sectorial é elaborada pelo sector e aprovada pelo Governo.

ESTRATÉGIAS TERRITORIAIS
As Estratégias Territoriais definem os objectivos, as acções, os produtos e os resultados
para o desenvolvimento dos territórios, com vista ao alcance do estabelecido na
Estratégia Nacional, salvaguardando a missão e visão do território, com horizonte
temporal de 10 anos.

A Estratégia Territorial é elaborada de forma participativa e inclusiva, com base em


consultas, estudos, inquéritos específicos, integra os Programas e deve apresentar uma
estimativa de custos.

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Níveis de Aprovação

A Estratégia Territorial é elaborada pelo Órgão que representa o Estado no território,


com a participação das entidades descentralizadas e aprovada pelo Governo Central.

PROGRAMA E PLANOS QUINQUENAIS


O Programa Quinquenal do Governo define as prioridades para o alcance dos objectivos
da Estratégia Nacional e tem horizonte temporal de 5 anos.

Por sua vez, os Planos Quinquenais dos OGDP´s definem as prioridades de


desenvolvimento do território como contribuição para o alcance dos objectivos da
Estratégia Nacional e tem igualmente um horizonte temporal de 5 anos.

O Plano Quinquenal do Município (PQM) constitui o documento principal de referência


estratégica para a elaboração de planos operacionais orientadores para a realização e
materialização dos objectivos neles traçados, tem a duração de cinco anos e define os
Objectivos Específicos e as acções que o executivo municipal se compromete a atingir
dentro da Legislatura.

O Guião de Orientações Metodológicas para a Elaboração dos Instrumentos de


Planificação e Orçamentação, Monitoria e Avaliação, foi produzido no contexto da
reforma do Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), à luz da Lei
n.º 14/2020, de 23 de Dezembro, que estabelece os princípios e normas de organização
e funcionamento do SISTAFE.

A Lei apresenta, dentre outras reformas, a criação do Subsistema de Planificação e


Orçamentação (SPO) e do Subsistema de Monitoria e Avaliação (SMA), definindo de
forma sistematizada o ciclo de planificação e orçamentação, execução, monitoria e
avaliação, os seus instrumentos, bem como a responsabilidade pela sua elaboração e
aprovação.

São Unidades de Supervisão dos subsistemas do SISTAFE para os processos de


planificação, orcamentaçãoe Monitoria e avaliação as seguintes:

Unidade de Supervisão do SPO: MEF/DNPO


Unidade de Supervisão do SCP: MEF/DNCP
Unidade de Supervisão do SMA: MEF/DNMA

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O SPO visa harmonizar e integrar os processos de planificação e orçamentação num
único instrumento denominado Plano Económico e Social e Orçamento do Estado
(PESOE) que resulta de dois instrumentos, o Plano Económico e Social (PES) e o
Orçamento do Estado (OE).

Por outro lado, o SMA compreende as boas práticas, normas, procedimentos, órgãos e
instituições do Estado e Entidades Descentralizadas que intervêm para assegurar a
relevância, convergência, eficácia, eficiência, sustentabilidade e impacto das políticas
implementadas.

O guião de orientações metodológicas para elaboração de instrumentos de planificação,


orçamentação, monitoria e avaliação circunscreve-se às orientações metodológicas para
a elaboração dos seguintes instrumentos:

Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP);


Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE);
Plano e Orçamento dos Órgãos de Governação Descentralizada Provincial (PO-
OGDP’s);
Plano e Orçamento Autárquico (POA);
Balanço de Execução do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado
(BdPESOE);
Balanço de Execução do Plano e Orçamento (BdPO); e
Balanço de Execução do Plano e Orçamento Autárquico (BdPOA).

Em Moçambique, os processos de Planificação e Orçamentação, Monitoria e


Avaliação, têm como referência vários compromissos e agendas regionais e
internacionais, dos quais se destacam:

Agenda 2063 – A África Que Queremos;

Nova Parceria para o Desenvolvimento de África – NEPAD;

Mecanismo Africano de Revisão de Pares – MARP, e;

Agenda 2030 - Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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De referir que, os documentos acima mencionados estão reflectidos nos instrumentos
nacionais, que doravante se apresentam tendo em conta os seus horizontes temporais:

Longo Prazo:

Agenda 2025;
Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2015-2035 (em revisão), e;
Planos Estratégicos Sectoriais, Provinciais, Distritais e Municipais.

Médio Prazo

Programa Quinquenal do Governo 2020-2024;


Planos Quinquenais dos OGDP’s 2020-2024;
Planos Quinquenais Municipais; e
Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) 2023-2025.

Curto Prazo

Plano Económico e Social e Orçamento do Estado;


Plano e Orçamento dos OGDP’s;
Plano e Orçamento Autárquico (POA);
Balanço de Execução do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado
(BdPESOE);
Balanço de Execução do Plano e Orçamento dos OGDP’s (BdPO-OGDP’s);
Balanço de Execução do Plano e Orçamento Autárquico (BdPOA);
Conta Geral do Estado;
Contas de Gerência dos OGDP’s; e
Contas de Gerência das Autarquias.

De realçar que, os balanços dos planos fazem o acompanhamento da execução e


implementação dos instrumentos de planificação de curto, médio e longo prazos, que
são estruturados por programas e avaliam o progresso dos indicadores e metas
alcançados.

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PLANO ECONÓMICO E SOCIAL E ORÇAMENTO DE ESTADO

O Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) é um instrumento que


define os principais objectivos económicos e sociais e de política financeira do Estado,
identifica a previsão das receitas a arrecadar, as acções e os recursos necessários para a
implementação do Programa e Plano, num horizonte temporal de um (1) ano.

As propostas finais dos Sectores e Províncias devem ser submetidas ao MEF até 15 de
Fevereiro de cada ano..

PLANO E ORÇAMENTO DOS ÓRGÃOS DE GOVERNAÇÃO


DESCENTRALIZADA PROVINCIAL

O Plano e Orçamento dos Órgãos de Governação Decentralizada Provincial (PO-


OGDP) define os principais objectivos económicos e sociais do respectivo território, e
identifica a previsão das receitas a arrecadar, as acções e os recursos necessários para as
implementar num horizonte temporal de um (1) ano.

PLANO E ORÇAMENTO AUTÁRQUICO

O Plano e Orçamento Autárquico (POA) é um plano anual que define as actividades a


serem realizadas pela Autarquia e o respectivo orçamento. Estas actividades são
realizadas durante o ano tendo em vista a prossecução dos objectivos específicos
definidos no PQM.

Figura 1. Ciclo de Planificação e Orçamentação Fonte: (GOMEIPOMA)

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Conclusão

Durante a realização deste trabalho pudemos concluir que nos termos do n.° 2 do artigo
3 da Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro, que define o regime financeiro, Orçamental e
Patrimonial das Autarquias Locais e o Sistema Tributário Autárquico, no âmbito da sua
autonomia financeira e patrimonial, compete às autarquias locais: Elaborar, aprovar,
alterar e executar planos de actividade e Orçamentos; Dispor de receitas próprias e
arrecadar quaisquer outras que por Lei lhes sejam destinadas; Ordenar e processar as
despesas orçamentais; Realizar investimentos públicos; Elaborar e aprovar as
respectivas Contas de Gerência; Gerir o património autárquico; e Contrair empréstimos,
nos termos da Lei.

Concluímos também com a revisão da Lei do SISTAFE por via da Lei n.° 14/2020, de
23 de Dezembro), as entidades descentralizadas (incluindo Autarquias Locais) devem
elaborar a sua proposta do Plano e Orçamento, de acordo com o novo Subsistema de
Planificação e Orçamentação (SPO), que pressupõe a plena integração do plano ao
respectivo orçamento. Assim, em substituição dos anteriores planos de actividade e
Orçamentos, passa a ser elaborado um único instrumento, designado Plano e
Orçamento Autárquico (POA).

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Referências Bibliográficas

Lei n.° 14/2020, de 23 de Dezembro;


Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro;
Lei 9/2002/ de 12 de Fevereiro, Lei do SISTAFE;
Decreto nº 41/2018 de 23 de Julho;
Decreto nº 67/2019 de 5 de Agosto;
PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO DO CEDSIF - Centro de
Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças
2020_Versão de 219/08/2019
Guião de Orientações Metodológicas para Elaboração dos Instrumentos de
Planificação, Orçamentação, Monitoria e Avaliação – (GOMEIPOMA);
FRANCO, Hilario. Contabilidade geral 23 ed. Atlas. São Paulo, 1997;
WATY, Teodoro. Manual de finanças publicas e direito financeiro,. 2011;

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