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DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO

TRABALHO DE CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE E AUDITORIA

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO PATRIMÓNIO PÚBLICO

Nome dos Estudantes:

Calú Jasse

Dulce Sawala

Deiogracia Cambembe

Maria Clara

Yuran Mabote

Nome do docente:

Jaime Gany & Ermínio Ferro

Tete 2023
DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO

Nome dos Estudantes:

Calú Jasse

Dulce Sawala

Deiogracia Cambembe

Maria Clara

Yuran Mabote

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO PATRIMÓNIO PÚBLICO

Trabalho apresentado ao Instituto Superior


Politécnico de Tete, como instrumento de
avaliação na cadeira de Contabilidade Publica,

Supervisores: Jaime Gany & Ermínio Ferro

Tete 2023
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 6
Objectivos do Trabalho..................................................................................................... 7
Geral ............................................................................................................................. 7
Específicos .................................................................................................................... 7
PATRIMÓNIO DO ESTADO .......................................................................................... 8
Enquadramento Legal ....................................................................................................... 8
Conceitos Gerais ............................................................................................................... 9
Património do Estado........................................................................................................ 9
Bens de Domínio Público ................................................................................................. 9
Bens de Domínio Privado ................................................................................................. 9
Gestão do Património ....................................................................................................... 9
Objectivos da Gestão do Patrimonio Público ................................................................. 10
PRINCÍPIOS E REGRAS .............................................................................................. 10
Registo ........................................................................................................................ 10
Actos Notariais ........................................................................................................... 10
Classificação e registo contabilístico de Bens ................................................................ 11
Titularidade dos Bens ..................................................................................................... 11
Identificação do Património............................................................................................ 11
Responsabilidade ............................................................................................................ 12
Mudança de responsável ................................................................................................. 12
Saída de Bens Patrimoniais ............................................................................................ 12
Viaturas do Estado .......................................................................................................... 13
a) Identificação de Veículos do Estado.................................................................... 13
b) Classificação de Viaturas do Estado ................................................................ 13
Inventário dos bens públicos .......................................................................................... 13
Importância do inventário ............................................................................................... 14
Papel dos sectores ........................................................................................................... 15
Papel da DNPE ............................................................................................................... 15
Tombo ............................................................................................................................. 16
Conclusão ....................................................................................................................... 18
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 19
Dedicatória

Dedicamos esse trabalho a nos e a nossos objectivos que tornar-se-ão possíveis por
parte graças aos conhecimentos obtidos durante o desenrolar do presente trabalho,
dedicamos também aos nossos tutores que têm nos apoiado a cada fase que surge e
pelos infinitos incentivos.
Agradecimento

Agradecemos em primeiro um colega do grupo em particular que escolheu ficar em


anonimato neste paragrafo, por ter disponibilizado espaço em sua casa e material para
pesquisa que foi fundamental para a conclusão deste trabalho. Agradecer também a
Deus pela saúde e a disponibilidade do grupo, agradecer aos nossos pais pelo suporte e
forca que nos têm dado diariamente para conseguir lidar com os desafios da academia.
Introdução

Este presente trabalho é desenvolvido na cadeira de Contabilidade publica com o tema


de Administração e Gestão do Património Publico
Através da Lei nº 9/2002, de 12 de Fevereiro, que prevê reformas do sector público,
criou-se o Sistema de Administração Financeira do Estado-SISTAFE com objectivo
de estabelecer uma forma global mais abrangente e consistente dos princípios básicos e
normas gerais de um sistema integrado de administração financeira dos órgãos e
instituições do Estado.

Neste contexto, foi criado o Regulamento do Património do Estado, aprovado pelo


Decreto nº 42/2018, de 24 de Julho, para dotar os órgãos e instituições do Estado de um
instrumento jurídico de gestão eficaz do património do Estado.

A gestão do património do Estado é feita de forma integrada.


Objectivos do Trabalho

Geral
Analisar a administração e gestão do património público

Específicos
Descrever as disposições gerais do património público;

Identificar funções do DNPE;

Definir a administração de património público e a sua gestão;


PATRIMÓNIO DO ESTADO

Enquadramento Legal

Em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 48 da Lei n.º 9/2002, de 12 de


Fevereiro, que cria o SISTAFE “O Governo apresenta, como anexo à Conta Geral do
Estado, o inventário consolidado do Património do Estado”.

O Património do Estado é regido pelo correspondente regulamento, aprovado pelo


Decreto n.º 23/2007, de 9 de Agosto, o qual se aplica a todos os órgãos e instituições do
Estado, incluindo as autarquias locais, empresas do Estado, institutos e fundos públicos
dotados de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, bem como as
representações do País no exterior, nos termos do n.º 1 do artigo 2 do mesmo
regulamento.

Segundo define a alínea l) do artigo 3 deste regulamento, o Património do Estado é o


conjunto de bens de domínio público e privado e dos direitos e obrigações de que o
Estado é titular, independentemente da sua forma de aquisição, nomeadamente:

 Bens móveis, animais e imoveis, sujeitos ou não a registo;


 Empresas, estabelecimentos, instalações, direitos, quotas e outras formas de
participação financeira do Estado;
 Bens adquiridos por conta de projectos, quando não haja reserva de titularidade
a favor de terceiros;
 Outros bens como tal classificados por lei;

O inventário do Património do Estado abrange todos os bens de uso especial ou


indisponível, do domínio privado do Estado, do domínio público e o património
cultural, de utilização permanente, com vida útil superior a um ano, cujo valor de
aquisição seja igual ou superior a 350,00 Meticais, e que não se destinem à venda,
nomeadamente, móveis, animais, veículos e imóveis, conforme o preceituado no n.º 1
do artigo 29, conjugado com o disposto nas alíneas d), e), f) e k) do artigo 3, ambos do
citado regulamento.

No processo de inventariação dos bens pelos organismos do Estado, deve ser, também,
observado o Diploma Ministerial n.º 78/2008, de 4 de Setembro, que aprova o
Classificador Geral de Bens Patrimoniais e as Fichas de Inventário de Bens Móveis e
Imóveis, Veículos, Livros e Publicações e Animais, bem como as instruções para o seu
preenchimento.

Conceitos Gerais

Património do Estado

Conjunto de bens de domínio público e privado, e dos direitos e obrigações de que o


Estado é titular, independentemente da sua forma de aquisição, nomeadamente:

Bens móveis, animais e imóveis sujeitos ou não a registo;


Empresas, estabelecimentos, instalações, direitos, quotas e outras formas de
participação financeira do Estado; e
Bens adquiridos por conta de projectos, com financiamento externo, quando não
haja reserva de titularidade a favor de terceiros.

Bens de Domínio Público

conjunto de bens de propriedades de Estado, impenhoráveis e imprescritíveis,


nomeadamente:

Zona marítima; espaço aéreo; património arqueológico; zonas de protecção da


natureza; potencial hidráulico; potencial energético; etc.

Bens de Domínio Privado - o conjunto de bens e direitos sobre móveis e imóveis que
se encontram sob administração ou tutela de órgãos e instituições do Estado, para o
cumprimento de suas atribuições, nomeadamente:

Mobiliários; Equipamentos; Veículos; Edifícios para serviços; fins industriais;


etc

Gestão do Património - actividades relacionadas com os processos de aquisição,


afectação, inventariação, guarda, conservação, movimentação, valorização,
amortização, transferência e abate, utilizando-se os instrumentos previstos no RPE.

A gestão do património do Estado é feita pela intervenção integrada das Unidades


Gestoras Executoras, Intermédias e de Supervisão do Subsistema do Património do
Estado.

Os organismos responsáveis pela gestão especifica dos bens do património do Estado,


nos seus domínios publico e privado, bem como dos bens do património cultural na
posse do Estado, regidas por legislação própria, são também considerados Unidades
Gestoras Executoras do Subsistema do Património do Estado. (artigo 4 do Decreto
23/2007 de 09 de agosto).

Objectivos da Gestão do Patrimonio Público

Evitar Gastos Desnecessários em bens;

Garantir Registos Contabilísticos Fiáveis;

Evitar Perdas e Desvios de bens do Estado;

Garantir Economicidade na aplicação e alocação de recursos financeiros;

Garantir a aplicação rigorosa das Normas de gestão aplicáveis;

Garantir o fluxo de informação, bem assim a transparência na utilização da coisa


pública.

PRINCÍPIOS E REGRAS

Registo
Todo o Património do Estado sujeito a registo, é inscrito nas respectivas conservatórias
em nome deste (ESTADO), pelo Ministério que superintende a área das Finanças e, os
pertencentes às Autarquias locais, Empresas do Estado, Institutos e Fundos Públicos
dotados de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, pelos respectivos órgãos.
(artigo 11 do Decreto 23/2007 de 09 de agosto).

Quando se trata de bens do domínio público ou de uso especial para o serviço a que
estão afectos, será igualmente inscrito um ónus de impenhorabilidade, inalienabilidade e
imprescritibilidade.

Actos Notariais
As escrituras, contractos, apostilas, alienação, locação, trespasse ou qualquer
outra forma de transferência de titularidade e acordos que envolvam o
património do Estado, são lavrados no Cartório Notarial Privativo do
Ministério das Finanças. (Artigo 16 do Decreto 23/2007 de 09 de agosto)

Princípios e regras

Os bens do domínio público e privado de uso especial do Estado são


impenhoráveis e inalienáveis;
Os bens patrimoniais do Estado são avaliados de acordo com critérios
específicos, a serem fixados pelo Governo;

A aquisição, alienação de bens patrimoniais do Estado realiza-se por Concurso


Público;

Todo bem patrimonial deve estar sob a guarda e conservação dum responsável; e

O Património do Estado deve estar identificado, valorado, qualificado e


quantificado;

Classificação e registo contabilístico de Bens

A classificação de bens realiza – se de conformidade com o Classificador Geral


devendo conter a devida correlação com o previsto no Plano Básico de
Contabilidade Publica. Os registos contabilísticos dos bens patrimoniais de cada
órgão ou instituição do Estado devem ser evidenciados no e-SISTAFE das
respectivas Unidades Gestoras Executoras. (artigo 13 do Decreto 23/2007 de 09
de agosto)

Titularidade dos Bens

O Estado adquire a titularidade dos seus bens a título gratuito ou oneroso através de:

01 compra; 02 transferência; 03 troca ou permuta; 04 expropriação; 05 doação;


06 herança; 07 legado ou perda a favor do Estado; 08 dação em cumprimento;
09 construção; 10 produção; 11 reversão; e 12 outras formas jurídicas.

O Estado extingue a titularidade dos seus bens através de:

Alienação, troca, destruição ou outras formas previstas na legislação em vigor.

Identificação do Património

A identificação do património do Estado é feita mediante afixação de etiquetas,


chapas ou placas, contendo o número do tombo, cadastro ou do inventário e a
expressão “PATRIMÓNIO DO ESTADO”, sempre que aplicável e conforme
os casos;
Está em curso no País, o processo de verificação da situação jurídica dos
Imóveis do Estado, bem assim afixação das respectivas placas, contendo o
número do Tombo. (artigo 12 do Decreto 23/2007 de 09 de agosto)

Responsabilidade

Pelos bens – é do respectivo dirigente do órgão ou instituição a que estão


afectos os bens podendo delegar tal atribuição;

Pelos bens em falta – o dever de repor ou indemnizar ao Estado recai sobre o


funcionário responsabilizado; e

Pelos bens negligenciados – a reposição ou indemnização por deterioração ou


desaparecimento de um bem, em virtude de negligência na sua conservação ou
utilização, compete ao funcionário responsabilizado. (artigo 20 do Decreto
23/2007 de 09 de agosto)

Mudança de responsável

Na mudança do responsável de um órgão/instituição ou sector, deve-se lavrar termo de


verificação dos bens patrimoniais do Estado, na presença, de pelo menos, duas
testemunhas da UGE do SPE do sector.

Administração do património público

Saída de Bens Patrimoniais

Os bens do Estado só podem sair do País por motivos de deslocação em missões


oficiais e reparação.

A saída de bens patrimoniais do Estado deve ter autorização prévia do Secretário


Permanente do respectivo Ministério, Província ou Distrito, salvo os
pertencentes às autarquias locais, empresas do Estado, institutos e fundos
públicos dotados de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, cuja
autorização compete aos titulares dos respectivos órgãos.

A saída de bens do Estado, que não seja por deslocação em missões oficiais e
reparação, carece de autorização prévia do Ministro da Economia e Finanças.
A saída de bens que integram o património cultural carece de autorização prévia
do Ministro da Economia e Finanças, ouvido o Ministro que superintende a área
da Cultura.

Viaturas do Estado

a) Identificação de Veículos do Estado


Os veículos do Estado são objectos de identificação, nos termos de legislação
específica.

b) Classificação de Viaturas do Estado


Protocolar — transporte de titulares dos órgãos de soberania do Estado, de
individualidades nomeadas pelo Presidente da República e dos demais órgãos definidos
por lei, quando em deslocação em serviço

De afectação individual — uso permanente das individualidades e dos titulares de


órgãos referidos acima e dos demais cargos de direcção e chefia abrangidos por
legislação específica; e

De serviço – transporte dos funcionários do Estado em serviço ou a executar tarefas


específicas do sector a que estão afectas. (artigo 18 do Decreto 23/2007 de 09 de agosto)

Inventário dos bens públicos

a) Inventário - instrumento utilizado para o registo, acompanhamento e controlo dos


bens que compõem o Património do Estado ou que estejam à sua disposição, devendo
ser quantificados e valorados;

b) Tipo de bens a serem inventariados

Bens de utilização permanente, com vida útil superior a um ano (duradouro),


cujo valor de aquisição seja igual ou superior a 350,00MT e que não se
destinem a venda, exceptuando-se o material letal (armas, munições,
veículos militares, etc.), bem como os do Domínio Público;
Bens patrimoniais cujo valor de aquisição seja inferior 350,00MT, são
arrolados e contabilizados, para efeitos de consolidação da informação.
c) Abrangência Sectorial:

Ao abrigo do nº 1 do artigo 2 do Regulamento do Património do Estado,


todos os órgãos e instituições do Estado, incluindo as autarquias locais,
empresas do Estado, institutos e fundos públicos dotados de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial, bem como as representações do País
no exterior, devem realizar o Inventário.

Suportes Documentais

 Facturas ou Recibos;

 Escrituras de Compra e Venda;

 Contractos ou Acordos, e

 Outros documentos pertinentes.

Os Departamentos de Administração e Finanças devem providenciar toda a


documentação necessária para este processo.

Importância do inventário

Permite conhecer:

A quantidade real dos bens patrimoniais de uma instituição;

A localização institucional e geográfica;

O estado de conservação;

O valor de compra, construção, produção, doação;

A existência, natureza, valor e afectação dos bens, o que é indispensável,

para se obter o seu melhor aproveitamento e zelar pela sua conservação;

A vida económica e social do país, pois, sem inventário correcto não há

cálculo correcto do produto interno bruto.


Papel dos sectores

Papel de cada sector

Cabe a cada órgão e instituição do Estado, incluindo as autarquias locais, empresas do

Estado, institutos e fundos públicos dotados de autonomia administrativa, financeira e

patrimonial, dentre outras:

Identificar as necessidades em bens patrimoniais;

Proceder ao cadastro, ao tombo e elaborar o inventário dos bens sob

sua responsabilidade;

Verificar a ociosidade dos bens;

Propor fundamentadamente a declaração da incapacidade,

transferência e abate de bens; e

Realizar quaisquer outras tarefas, visando uma correcta gestão do

património do Estado (vide do artigo 7).

Papel da DNPE

Cabe particularmente a DNPE – Direcção Nacional do Património do Estado


(artigo 5):

Capacitação técnica;
Coordenar e supervisionar o inventário;
Consolidação dos dados do inventário;
Produção dos relatórios;
Integração do relatório do inventário na Conta Geral do Estado

DNPE - Direcção Nacional do Património do Estado

São funções da Direcção Nacional do Património do Estado:

Coordenar e controlar o Subsistema do Património do Estado;


Organizar e controlar o cadastro dos bens do domínio público do Estado;
Organizar o tombo dos bens imóveis do Estado;
Organizar e realizar concursos de aquisição de bens e serviços em que haja
interesse na garantia da harmonização de características;
Proceder à consolidação anual do inventário do Património do Estado, bem
como das variações ocorridas;
Garantir a gestão dos bens patrimoniais do Estado e formular instruções sobre o
respectivo seguro;
Proceder, nos anos que terminam em "0" e "5", o inventário geral dos bens
patrimoniais do Estado;
Propor normas e instruções regulamentares pertinentes, sobre os bens
patrimoniais do Estado e contratação;
Promover concursos para venda de bens abatidos dos órgãos e instituições do
Estado;
Verificar os processos de contas de bens patrimoniais dos órgãos e instituições
do Estado;
Fiscalizar a observância de todas as normas e instruções sobre a gestão do
património do Estado e de contratação pública;
Preparar, no domínio do património do Estado, a informação necessária à
elaboração da Conta Geral do Estado;
Intervir e coordenar os processos de alienação, cedência e constituição de
sociedades envolvendo património do Estado;
Emitir títulos de adjudicação ou quitações, referentes à alienação do património
do Estado;
Proceder a supervisão e orientação técnicas dos processos de contratação pública
realizados pelos órgãos e instituições do Estado, incluindo autarquias e empresas
do Estado;
Acompanhar a realização de concursos relativos a obras públicas do Estado;
Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente determinadas nos
termos do presente Estatuto e demais legislação aplicável.

Tombo

Compete a Unidade de Supervisão do Subsistema do Património do Estado, em


coordenação com o Ministério que superintende a área das Obras Públicas,
organizar o Tombo Geral dos Bens imóveis do domínio privado do Estado, a
nível provincial, cabe as Unidades Intermédias do Subsistema do Património do
Estado e as Direcções Provinciais das Obras Públicas coordenar e organizar o
respectivo tombo (Art.25 do RPE).

Relativamente aos Bens de domínio cultural, a coordenação deve ser feita entre
os Ministérios que superintendem as áreas das Finanças e da Cultura. (Vide art.3
alínea o).
Conclusão

Com a realização deste artigo ou trabalho conclui se como foi referido,


anteriormente, que o Património do Estado é regido pelo correspondente
regulamento, aprovado pelo Decreto n.º 23/2007, de 9 de Agosto. Neste
regulamento, fixou-se o valor mínimo de 350,00 Meticais a considerar para
efeitos de inventariação. Atendendo ao princípio da materialidade e aos efeitos
da inflação e, porque já passam 6 anos após entrada em vigor do referido
regulamento, conclui-se que o valor encontra-se desajustado, pelo que deveria
ser actualizado por despacho do Ministro que superitende a área das Finanças,
conforme se prevê no n.º 1 do artigo 29 do mesmo instrumento legal. A este
propósito, no exercício do contraditório o Executivo afirmou que “está a avaliar
a pertinência da alteração do valor mínimo fixado”.

Ainda, apesar de este regulamento ser o instrumento legal que regula a gestão do
Património do Estado, nele não foram acauteladas as situações de proibição de
uso de bens públicos, aspecto que só foi acolhido, em 2012, através do artigo 28
da Lei n.º 16/2012, de 14 de Agosto (Lei da Probidade Pública), daí, haver
necessidade de proceder-se à actualização deste regulamento.

Igualmente, encontra-se desajustado o Classificador Geral de Bens Patrimoniais,


(CGBP) aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 78/2008, de 4 de Setembro, o
qual não foi alterado aquando da aprovação da revisão do Classificador
Económico de Despesa.
Referências Bibliográficas

Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro;

Lei n.º 16/2012, de 14 de Agosto (Lei da Probidade Pública);

Lei numero 8 2015 de 06 de Outubro;

Lei n° 9 de 12 de Fevereiro de 2002 (SISTAFE);

Decreto n.º 23/2007, de 9 de Agosto;

Diploma Ministerial n.º 78/2008, de 4 de Setembro;

Regulamento do SISTAFE 2021;

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