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Aissa David Judas Zaqueio

Celeste Paulino.
Claudia Coutinho Sebastião.
Edilson Agostinho.
Hélio Arlios.
Márcia Perciosa manuel cumbe
Raquelina João.

FACULDADE DE GEOCIENCIA E A AMBIENTAL


5˚ Grupo
1 ° Ano – Laboral

Licenciatura em Geografia

Pedologia

técnicas de manejo e conservação do solo (medidas de caráter edáficas, mecânicas e


vegetativas).

UniPúnguè

Tete

2022
Aissa David Judas Zaqueio

Celeste Paulino.

Claudia Coutinho Sebastião.

Edilson Agostinho.

Hélio Arlios.

Márcia Perciosa manuel cumbe

Raquelina João.

técnicas de manejo e conservação do solo(medidas de caráter edáficas, mecânicas e


vegetativas).

Trabalho de pesquisa apresentado


na cadeira de pedologia, curso de
Licenciatura em Geografia, sob a
orientação de docente:

Phd: Ringo Benjamim Victor.

Msc: Jose Mandala.

UniPúnguè

Tete

2022
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................4
2. Objectivos específicos:.......................................................................................................................5
2.1. Metodologia do trabalho..................................................................................................................5
3. manejo do solo...............................................................................................................................6
3.1 as propriedades do solo....................................................................................................................6
3.2 o manejo do solo corretamente.....................................................................................................6
4. os tipos de manejo do solo..............................................................................................................7
Manejo Convencional.....................................................................................................................7
Manejo Orgânico............................................................................................................................7
Manejo Ecológico...........................................................................................................................7
4.1 Benefícios de adotar o manejo de plantio direto...........................................................................7
5. Problemas e prejuízos amenizados com o bom manejo do solo.....................................................8
5.1 As práticas de manejo alteram as propriedades do solo?..............................................................8
6. prevenir os processos erosivos com o manejo do solo....................................................................8
6.1 Conservação do Solo....................................................................................................................9
6.2 Importância da conservação do solo.............................................................................................9
A adubação verde.............................................................................................................................11
O plantio em curvas de nível............................................................................................................12
9. Conservação do solo na realidade do produtor rural.....................................................................13
10. Práticas de caráter edáfico..........................................................................................................13
11. Práticas de caráter vegetativo....................................................................................................14
12. Florestamento e reflorestamento.................................................................................................14
13. Práticas de caráter mecânico...........................................................................................................14
14. Conclusão...................................................................................................................................17
15. Referencia..................................................................................................................................18
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1. Introdução
O presente trabalho que aborda sobre: técnicas de manejo e conservação do solo(medidas
de caráter edáficas, mecânicas e vegetativas). São várias técnicas manejo e conservação neste
caso que são O manejo do solo é todas as práticas utilizadas no solo para a produção agrícola,
como as práticas culturais, operações de cultivo, práticas de adubação e correção. Existem três
propriedades que o solo possui que o manejo leva em consideração. São as propriedades
físicas, químicas e biológicas. O bom manejo do solo proporciona boas produtividades na sua
propriedade e torna possível a manutenção contínua da fertilidade. os tipos de manejo do solo
são: Manejo Convencional, Manejo Orgânico, Manejo Ecológico.

A conservação do solo busca o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo.


Importância da conservação do solo: Segundo a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura FAO, os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma
taxa de 0,1% ao ano. Os benefícios que a conservação pode trazer Melhora das condições
físico-químicas do solo; Aumento da atividade biológica, da estabilidade da estrutura do solo;
Aumento da orgânica; Eliminação ou redução das operações de preparo do solo; Redução do
uso de herbicidas.
Práticas de caráter edáfico São práticas conservacionistas que visam a melhoria da fertilidade
do solo através da correção da acidez, uso de adubação verde, adubação química e adubação
orgânica. São aquelas que utilizam a vegetação para proteger o solo contra a erosão. Práticas
de caráter mecânico: São aquelas que se apropriam de estruturas artificias mediante a
disposição adequada de porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de
escoamento da enxurrada e facilitar a infiltração no solo. Canais escoadouros são locais
utilizados para descarregar a água proveniente dos sistemas de terraços. Um sistema de
terraços pode requerer um ou mais canais escoadouros, dependendo da topografia da área. A
locação interna de estradas e cercas na propriedade é de suma importância dentro de um
manejo conservacionista. A construção de cercas também é importante na conservação do
solo. Elas devem ser alocadas na parte inicial ou final dos terraços e não no meio do sistema,
o que dificultaria a manutenção deles e o trabalho das máquinas agrícolas.
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2. Objectivo geral:

 Compreender as técnicas de manejo e conservação do solo (medidas de caráter edáficas,


mecânicas e vegetativas).

2. Objectivos específicos:
 Identificar os tipos de manejo;
 Explicar detalhadamente conservação;
 Distinguir as medidas de caráter edáficas, mecânicas e vegetativas.

2.1. Metodologia do trabalho


Para a materialização deste trabalho cientifico, usou-se o método bibliográfico e
observacional, usando estes como os principais meios na efetivação do mesmo, que consistiu
numa utilização de várias literaturas, outras disponíveis em forma de PDF eletrônicos e outros
trechos aproveitados na Internet.
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3. manejo do solo
O manejo do solo é todas as práticas utilizadas no solo para a produção agrícola, como as
práticas culturais, operações de cultivo, práticas de adubação e correção.

3.1 As propriedades do solo


Existem três propriedades que o solo possui que o manejo leva em consideração. São as
propriedades físicas, químicas e biológicas.

As propriedades físicas do solo são referentes a retenção de água, aeração, estruturação e


compactação.

propriedades químicas estão relacionadas com a disponibilidade de nutrientes e as reações que


acontecem entre eles.

As propriedades biológicas são relativas ao teor de matéria orgânica, biomassa de carbono e


nitrogênio e as espécies de microrganismos presentes no solo.

3.2 o manejo do solo corretamente


O bom manejo do solo proporciona boas produtividades na sua propriedade e torna possível a
manutenção contínua da fertilidade.

Além de apresentar resultados, como aumento do teor da matéria orgânica que realiza a
proteção superficial do solo e economia de água pois ela fica armazenada nos poros que são
preservados pela matéria orgânica.

Com a devida conservação do solo, se evita a erosão, a degradação física, química e biológica.
A degradação física é referente a compactação e é provocada pela destruição dos poros do
solo.
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A degradação química acontece no solo quando realiza o mau manejo da irrigação, onde se
perde a fertilidade do solo. Já a degradação biológica ocorre pela diminuição da matéria
orgânica.

4. Os tipos de manejo do solo


Você produtor, pode optar por manejar o seu solo de três formas, seja com o manejo
convencional, manejo orgânico e manejo ecológico. No manejo convencional, o produtor
observa o solo como suporte físico para as plantas.

Manejo Convencional

O manejo convencional provoca efeitos negativos sobre todas as propriedades do solo. Pois
utiliza arados e grades pesadas, o que provoca compactação e incorpora os resíduos vegetais
ao solo e expõe aos raios solares os microrganismos benéficos presentes no solo.

Manejo Orgânico

O manejo orgânico adota o sistema de mecanização conservacionista que não revolve o solo
dessa maneira não ocorre a compactação. Faz uso do sistema de plantio direto e assim
conserva as propriedades físicas, químicas e biológicas.

Manejo Ecológico

No manejo ecológico os solos são estruturados logo possui bom desenvolvimento das raízes
das plantas. Se realiza o cultivo de leguminosas, pois elas são alternativas a diminuição do uso
de fertilizantes químicos.

Os dois últimos manejos se caracterizam pelo uso de cobertura nos solos, seja com cobertura
morta ou com plantas vivas. Assim, ocorre a proteção da superfície da radiação solar direta,
reduz a perda de água pela evaporação, diminui a amplitude térmica dos solos.

4.1 Benefícios de adotar o manejo de plantio direto


A adoção do manejo de plantio direto torna-se maior a disponibilidade de nutrientes devido a
decomposição dos materiais vegetais usados na superfície do solo como palhada. Proporciona
menores perdas do solo pela erosão, o que resulta em menores prejuízos ao meio ambiente.
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Valores de perda de solo no plantio direto são menores do que quando se utiliza
grades/escarificadores usados no manejo convencional. O revolvimento pela aração possui
perdas de fósforo e de matéria orgânica de três e cinco vezes respectivamente, maiores, pelo
manejo convencional em comparação com o plantio direto.

Logo, as concentrações de nutrientes e matéria orgânica são influenciadas pelos sistemas de


manejo utilizados na propriedade rural.

5. Problemas e prejuízos amenizados com o bom manejo do solo


Problemas maiores são amenizados com o plantio em nível em terrenos que apresentam
declividade. Ou o uso de adubos verdes associados ou não com o revolvimento do solo são
estratégias de manejo benéficas à proteção do solo.

5.1 As práticas de manejo alteram as propriedades do solo


As práticas de manejo alteram as propriedades como a estrutura e essas alterações podem ser
temporárias, permanentes, positivas ou negativas. Por exemplo, a presença de camadas
compactadas em subsuperfícies que são comuns no manejo convencional devido à degradação
estrutural dos poros do solo.

reverter o problema de compactação causado pelo mau manejo

Com a adoção do sistema de manejo sem revolvimento do solo e manter resíduos vegetais na
superfície do solo. Dessa forma, não destrói os agregados e com isso facilita a infiltração de
água. Que é aproveitada pelas raízes das plantas.
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6. prevenir os processos erosivos com o manejo do solo


A maioria dos casos a simples alteração da forma que o manejo é realizado na propriedade já
proporciona melhorias na qualidade do solo. O plantio direto é uma das práticas de manejo
que apresenta como sugestão a cobertura do solo.

Pois a palhada e os demais restos vegetais mantidos na superfície da terra, previnem a


ocorrência de processos erosivos. Devido, a melhora das características físicas do solo e assim
conserva o solo.

Foto: Vicente Rocha

6.1 Conservação do Solo


A conservação do solo busca o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo. É
necessário levar em conta que a resiliência natural das propriedades solo, sendo que por si só
é muito lenta.
A complexidade dos processos de degradação dos solos deve-se aos inúmeros fenômenos
biológicos e físico-químicos envolvidos. Por este motivo, a conservação do solo pode ser
conceituada como um conjunto de ações. Que visam proporcionar o restabelecimento das
condições de equilíbrio e sustentabilidade existentes anteriormente em um sistema natural.

  
6.2 Importância da conservação do solo
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, os solos
agrícolas do mundo vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano.
Esses estudos apontam a perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano devido
as más práticas agrícolas, secas e pressão populacional.
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Além desses fatores, inúmeras ações antrópicas de exploração inadequada dos recursos
naturais, como a retirada da vegetação nativa e falta de planejamento de conservação do solo. 
Para se ter o perfeito entendimento da importância da conservação do solo, é necessário a
reconhecer que o solo é vivo. Ele é composto por microorganismos, insetos e pequenos
mamíferos. A função deles no solo é a ciclagem de nutrientes, tornando o solo saudável, e
também na entrada de ar e água no solo.
A ciclagem de nutrientes é de extrema importância para o solo e as plantas, ela devolve todos
os nutrientes que a ela foram investidos quando viva.
Com a porosidade, quando chove parte da água infiltra-se na terra e vai penetrando até
encontrar uma camada impermeável.
Quanto mais poroso for o solo, melhor é a sua estrutura, infiltrando mais água sofrendo
menores chances de erodir.
Há várias práticas que auxiliam a conservação do solo, são elas: rotação de culturas, plantio
de adubos verdes, sistema plantio direto, entre outros.
Mas quais benefícios que alcançamos por conservar o solo? Confira a seguir!
7. Benefícios da conservação do solo
Primeiramente, a conservação do solo, é um conjunto de práticas, que contribuem com
processos aleloquímicos que podem realizar o controle de doenças e favorecer os ciclos
biológicos do solo.
Além disso, proporciona uma série de benefícios econômicos, ambientais e sociais, auxiliando
reestruturação do solo com agregados. Disponibilizando matéria orgânica, dessa forma,
incrementando fertilidade do solo.
Nesse sentido, podemos destacar 10 benefícios que a conservação do solo traz:
 Melhora das condições físico-químicas do solo;
 Aumento da atividade biológica, da estabilidade da estrutura do solo;
 Aumento da matéria orgânica;
 Eliminação ou redução das operações de preparo do solo;
 Redução do uso de herbicidas;
 Redução do uso inseticidas e fungicidas;
 Aumento da produtividade das lavouras,
 Eficiência no uso de fertilizantes;
 Maior disponibilidade de água no solo, pela maior infiltração da água das chuvas;
 Redução de solos erodidos.
Há várias práticas conservacionistas que auxiliam o produtor nessa árdua tarefa, vamos
conferir algumas práticas que são grandes aliadas para alcançar esse resultado.
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 8. Rotação de Culturas


Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a
melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do
meio ambiente, além de uma maior produtividade.
As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente
suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.
Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais
causados pela monocultura. Que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a
degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.
 Cobertura com palhada
A palhada é formada pelos restos do plantio colhido anteriormente. Os galhos, folhas e raízes
são triturados e pulverizados de volta ao solo.
Desse modo, a palhada ajuda a reduzir a erosão do solo, ajuda a manter a temperatura ideal
para as plantas, aumenta disponibilidade de água no solo.
Uma ótima opção de palhada, são os adubos verdes. Que ao absorverem os nutrientes do solo,
contribuem para a redução das perdas por lixiviação, amenizando os impactos da agricultura.
Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.
Sistema de plantio direto
O sistema plantio direto (SPD) é uma forma de manejo sustentável dos sistemas de produção
agrícola, sendo o mais indicado para o manejo dos solos tropicais, como é no caso dos solos
brasileiros.
O SPD é bastante utilizado como uma forma de produzir alimento sem causar tanta exaustão
no solo.
Dessa forma, o principal objetivo desse sistema é promover a conservação do solo, evitando,
assim, seu esgotamento e equilibrando o sistema produtivo.
 
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A adubação verde
A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas
mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse
econômico.
Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a
redução das perdas por lixiviação.
Assim, o uso da adubação verde é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura,
trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.
 

 
O plantio em curvas de nível
O plantio em curvas de nível, é a produção usando linhas que têm diferentes altitudes,
respeitando o contorno do terreno.
Trata-se da medida mais básica que visa à conservação do solo. Ele se opõe ao chamado
plantio “morro abaixo”. 
Outras técnicas similares são o terraceamento (formação de terraço) e o plantio em faixa com
diferentes tipos de cobertura vegetal. Que podem ser usadas juntamente ao plantio em curvas
de níveis.
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Essa técnica auxilia na redução da erosão dos diferentes tipos de solos causados pelo impacto
das gostas de chuva, que podem acarretar grandes danos, quando não adotado o plantio dessa
forma.
 

 
9. Conservação do solo na realidade do produtor rural
A conservação do solo compreende várias observações do campo agronômico. E essas
observações diferenciam processos e fatores de degradação do solo e de como controlar esse
processo.
Dessa forma, as ações e interações químicas, físicas e biológicas que afetam a capacidade do
solo e a sua produtividade devem sempre serem levadas em consideração pelo produtor.
Vimos nesse artigo, que a qualidade de um solo como a sua capacidade de manter o
crescimento vegetal, inclui fatores como: agregação, atividade de microorganismos, matéria
orgânica, capacidade de retenção de água, taxa de infiltração, disponibilidade de nutrientes,
etc.
Dentro desse contexto, a avaliação da qualidade do solo para monitorar a sua conservação e
recuperação quando necessário, constitui um dos grandes temas da ciência do solo
atualmente.
Várias são as metodologias que têm sido empregadas para acessar a qualidade, cabe ao
produtor adequá-las para sua realidade.
10. Práticas de caráter edáfico
Segundo Bertoni & Lombardi (1885) todas as técnicas utilizadas para aumentar a resistência
do solo ou diminuir as forças do processo erosivo denominam se práticas conservacionistas,
sendo divididas em práticas de caráter vegetativo, edáfico e mecânico. A disseminação,
aplicação e fomento de práticas de conservação do solo junto aos proprietários rurais
proporcionam a redução do assoreamento nos cursos dágua e melhoria na capacidade de
infiltração da água no solo.
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Práticas de caráter edáfico

São práticas conservacionistas que visam a melhoria da fertilidade do solo através da correção
da acidez, uso de adubação verde, adubação química e adubação orgânica. Todas
proporcionam melhor cobertura vegetal do terreno, diminuindo, portanto as perdas de solo e
água.

11. Práticas de caráter vegetativo


Visam ao controle da erosão e ao melhoramento do solo com auxílio da vegetação.

São aquelas que utilizam a vegetação para proteger o solo contra a erosão. Dentre elas
destacam-se como ferramenta para o manejo da bacia hidrográfica do rio Sesmaria o cordão
de vegetação permanente. Este consiste em fileiras de plantas perenes e de crescimento denso
plantadas em nível com largura de 2 a 3 metros. Estudos mostram que essa prática controla
cerca de 80% das perdas de solo e 60% das perdas de água, podendo ser aplicada com relativa
segurança até a declividade de 60%. A implantação necessita de conhecimento técnico para a
determinação da distância entre os cordões seja adequada a declividade e tipo de solo do
terreno. As plantas utilizadas devem possuir crescimento denso e cerrado ao solo, formando
verdadeiras barreiras contra o escoamento da enxurrada. As espécies mais usadas para a
formação de cordões de vegetação são cana de açúcar, erva cidreira, capim limão, leucena e
feijão guandu.

12. Florestamento e reflorestamento


Uma alternativa às terras de baixa capacidade de produção e/ou muito suscetíveis à erosão é a
cobertura permanente através do florestamento e reflorestamento, fazendo com que, além da
proteção ao solo e preservação do ambiente, se tenha uma fonte de renda adicional na
propriedade. Em terrenos muito inclinados, principalmente no topo ou início do declive, o
reflorestamento e manutenção permanente das árvores é o mais recomendado, pelo fato de
reduzir a enxurrada, em razão da maior infiltração de água nesse local. Com isso, é possível
amenizar os problemas de erosão no restante do declive da lavoura.

13. Práticas de caráter mecânico


São aquelas que se apropriam de estruturas artificias mediante a disposição adequada de
porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de escoamento da enxurrada e
facilitar a infiltração no solo. A projeção e a construção algumas destas práticas demandam
conhecimento técnico para a estimativa da enxurrada, tempo de concentração e cálculo da
distância e largura das estruturas.
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A seguir são apresentadas as possibilidades de conservação do solo por meios mecânicos:

A – Terraceamento

Segundo Bertoni & Lombardi (1985), o terraceamento é uma das práticas mais eficientes para
controlar a erosão em terras cultivadas. Quando bem planejados e bem construídos, reduzem a
perda de solo e água e previnem a formação de sulcos e grotas e tornam-se mais eficientes
quando combinados com outra prática conservacionista. O fator limitante da praticabilidade
do terraceamento é a declividade, sendo que o custo da construção e da manutenção do
terraço aumenta com o grau de declive do terreno a tal ponto que pode tornar a técnica
desaconselhável. Existem diversos tipos de terraços: Magnum, Nichols, base larga, base
estreita, patamar e individual.

Os terraços de base larga e base estreita (cordões em contorno) são os mais indicados para a
aplicação em pastagens. Porém, terraços de base larga, com largura superior a um metro
possibilitam o trânsito do gado, provocando a compactação do solo, dificultando a infiltração
da água.

O uso destas técnicas é uma excelente ferramenta para a conservação do solo e da água na
bacia do rio Sesmaria, uma vez que proporcionam o retorno da água ao lençol freático e
redução do assoreamento dos corpos hídricos. Dados de pesquisas (Marques apud Bertoni &
Lombardi, 1985) mostram que terraços de base larga controlam 87% das perdas de solo e
12% das perdas de água, ao passo que terraços de base estreita controlam 64% das perdas de
solo e 66% das perdas de água. Terraços de base larga são indicados para terrenos 12% a 20%
declividade. Os terraços de base estreita (cordões em contorno) podem ser empregados em
terrenos de topografia mais acidentada, com inclinações até cerca de 40%. Os terraços são
construídos geralmente com tratores agrícolas utilizando arado ou equipamento similar.

Terraços de base estreita podem ser construídos com o uso de tração animal e limpeza manual
para completar a formação do terraço, exigindo pouca movimentação e alcançando áreas
declivosas onde o trator agrícola não trabalha em nível.

Caixas de captação e “barraginhas”

Uma técnica conservacionista pontual, porém de menor custo e fácil construção são as caixas
de captação de enxurrada e “barraginhas”. São estruturas construídas com retroescavadeira
com o objetivo de conter a água da enxurrada das estradas rurais proporcionando o aumento
da infiltração em pontos localizados e redução dos impactos ambientais inerentes as tais
estradas.
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As caixas de captação indicadas para regiões montanhosas são verdadeiros buracos de base
retangular, cavados no solo, com dimensões adequadas às retenções. Já as barraginhas são
estruturas em forma de semicírculo, de base larga e pouca profundidade, próprias para as
regiões de baixas declividades (Valente, 2011).

Canais escoadouros

Canais escoadouros são locais utilizados para descarregar a água proveniente dos sistemas de
terraços. Devem ser escolhidos locais onde não haja risco de erosão. Para a alocação desses
canais, podem ser utilizadas pastagens, matas, canais escoadouros naturais ou artificiais. As
depressões naturais do terreno, desde que não apresentem susceptibilidade à erosão, são os
melhores locais para os canais escoadouros.

Um sistema de terraços pode requerer um ou mais canais escoadouros, dependendo da


topografia da área. Os canais devem ser construídos de modo a não atrapalhar o trabalho das
máquinas agrícolas. Quanto aos terraços, eles devem ser construídos no sentido do
comprimento mais indicado, de acordo com o solo e topografia da área. Um fator primordial é
a necessidade de manter cobertura vegetal natural ou implantada no canal, principalmente, de
gramíneas, com rápido desenvolvimento, denso sistema radicular e facilidade de regeneração.
Exemplos de gramíneas para vegetar o canal escoadouro são: festuca (Festuca elatior), grama
forquilha (Paspalum notatum), grama missioneira (Axonopus compressus), capim-de-Rhodes
(Chloris gayana), capim-kikuiu (Pennisetum clandestinum), grama bermuda (Cynodon
dactylon), entre outras. Os canais escoadouros devem possuir a parte inferior mais larga que a
superior, para evitar que a água do terraço de cima se projete sobre o terraço imediatamente
abaixo, o que poderia causar danos ao terraço da parte inferior.

Canais divergentes

Os canais divergentes são tipos especiais de terraços, porém, em alguns casos, com
dimensões maiores e que têm como objetivo desviar e interceptar as águas advindas de uma
área situada acima dele mesmo. Como o gradiente dos canais divergentes pode alcançar até 2
ou 3%, o ideal é que eles sejam sempre revestidos com grama, para evitar que se tornem
futuras voçorocas.

Controle e recuperação de voçorocas

Várias são as causas que levam à formação de voçorocas. Porém, os princípios básicos
utilizados para a sua recuperação e/ou estabilização, normalmente são os mesmos. As
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principais formas de controle e recuperação utilizadas são, o isolamento, a recuperação total e


a estabilização

Locação de estradas e cercas

A locação interna de estradas e cercas na propriedade é de suma importância dentro de um


manejo conservacionista. O ideal é que a propriedade tenha um planejamento para possuir
uma rede de estradas que percorra todas as glebas com fácil acesso e de modo seguro. Para a
locação das estradas principais e secundárias, deve-se dar preferência aos divisores de água
naturais de cada coxilha ou então de modo a acompanhar um dos terraços, pelo seu lado
inferior do terreno. A construção em rampas muito compridas no sentido da declividade deve
ser evitada pelo grande risco de ocorrência de erosão morro abaixo. Além disso, a alocação de
estradas nas partes terminais dos terraços e nos canais escoadouros devem ser evitada.

A construção de cercas também é importante na conservação do solo. Elas devem ser


alocadas na parte inicial ou final dos terraços e não no meio do sistema, o que dificultaria a
manutenção deles e o trabalho das máquinas agrícolas.

14. Conclusão
A finalidade desde trabalho tem como objetivo de compreender O presente trabalho que
aborda sobre: técnicas de manejo e conservação do solo (medidas de caráter edáficas,
mecânicas e vegetativas). São várias técnicas manejo e conservação neste caso que são O
manejo do solo é todas as práticas utilizadas no solo para a produção agrícola, como as
práticas culturais, operações de cultivo, práticas de adubação e correção. Existem três
propriedades que o solo possui que o manejo leva em consideração. São as propriedades
físicas, químicas e biológicas. O bom manejo do solo proporciona boas produtividades na sua
propriedade e torna possível a manutenção contínua da fertilidade. os tipos de manejo do solo
são: Manejo Convencional, Manejo Orgânico, Manejo Ecológico.

A conservação do solo busca o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo.


Importância da conservação do solo: Segundo a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura FAO, os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma
taxa de 0,1% ao ano. Os benefícios que a conservação pode trazer Melhora das condições
físico-químicas do solo; Aumento da atividade biológica, da estabilidade da estrutura do solo;
Aumento da orgânica; Eliminação ou redução das operações de preparo do solo; Redução do
uso de herbicidas.
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Práticas de caráter edáfico São práticas conservacionistas que visam a melhoria da fertilidade
do solo através da correção da acidez, uso de adubação verde, adubação química e adubação
orgânica. São aquelas que utilizam a vegetação para proteger o solo contra a erosão. Práticas
de caráter mecânico: São aquelas que se apropriam de estruturas artificias mediante a
disposição adequada de porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de
escoamento da enxurrada e facilitar a infiltração no solo. Canais escoadouros são locais
utilizados para descarregar a água proveniente dos sistemas de terraços. Um sistema de
terraços pode requerer um ou mais canais escoadouros, dependendo da topografia da área. A
locação interna de estradas e cercas na propriedade é de suma importância dentro de um
manejo conservacionista. A construção de cercas também é importante na conservação do
solo.

15. Referencia
BERTONI, J. & BENATTI JUNIOR, R. Efeito da direção do plantio e dos tratos culturais na
produção de milho. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CItNCIA DO SOLO, 14. Santa
Maria, 1973. Anais. Santa Maria, Sociedade Brasileira de Ciência do Sol o, 1 974. p. 680 - 9 .

EMBRATER & EMBRAPA. Conservação do e o l o, por Arcângelo Mondardo. Br a s i l i a ,


1978. 35 p. il 3 - INFORME AGROPECUARIO, Belo Horizonte, v. 4., n. 37,1978. 4 -
INSTITUTO AGRONOMICO, São Paulo. As perdas por erosão no Estado de são Pau l o.

LOMBAR DI NETO, F. & BERTONI, J. Manejo dos restos culturais; efeito da queima sobre
algumas propriedades físicas e químicas do solo e sobre a produção do milho. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIrNCIA DO SOLO, 14 .. Sa n t a Maria, 1973.Anais
Santa Maria, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1974. p. 690-701.

Apostila de Manejo e conervação do solo. Santa Maria, 2005. 102p. FILHO, A. C.;
BALOTA, E. L.; ANDRADE, D. de S. Microrganismos e processos biológicos no sistema
plantio direto. In: SIQUEIRA, J. O. et al. (ed). Inter-relação fertilidade, biologia do solo e
nutrição de plantas. Viçosa: SBCS, Lavras: UFLA/DCS, 1999. cap. 4, p. 487-508. GASSEN,
D.; GASSEN, F. Plantio direto o caminho do futuro. 2. ed. Passo Fundo: Aldeia Sul, 1996.
207p.

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