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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 7
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 8

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. (ANO: 2019 BANCA: CESPE ÓRGÃO: TJ-AM PROVA: Assistente Judiciário)
A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue o item que se
segue.
A relação entre a administração pública e seus administrados é caracterizada pela
verticalidade.
Certo ( ) Errado ( )
2. (ANO: 2017Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO PROVA: Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal)
Tendo como referência a doutrina jurídica majoritária, julgue o item a seguir, a respeito
de conceitos, princípios e classificações do direito administrativo.
O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa a própria função
administrativa que é exercida pelo Poder Executivo.
Certo ( ) Errado ( )
3. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRF-BA PROVA: Assistente Técnico
Administrativo)
Acerca dos princípios administrativos, julgue o item.
A supremacia do interesse público se faz notar, com mais vigor, nos chamados atos de
império, marcados por uma maior verticalidade entre Administração e administrados.
Certo ( ) Errado ( )
4. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRF-BA PROVA: Assistente Técnico
Administrativo)
Acerca dos princípios administrativos, julgue o item.
A indisponibilidade do interesse público impede que o administrador renuncie à
competência que lhe é outorgada por lei.
Certo ( ) Errado ( )
5. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRO – AC PROVA: Administrador - Gerente Geral)
No que concerne aos princípios administrativos, julgue o item.
O princípio da supremacia do interesse público é intrinsecamente ligado à
indisponibilidade, isto é, à incapacidade da Administração de livremente dispor de bens e do
interesse público sob sua tutela.
Certo ( ) Errado ( )
6. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRO – AC PROVA: Administrador - Gerente Geral)
No que concerne aos princípios administrativos, julgue o item.
Pelo princípio da imputação, as condutas praticadas por agentes públicos são
pessoalmente a eles imputadas, afastando‐se do ente ou do órgão qualquer responsabilidade
por eventuais danos.
Certo ( ) Errado ( )

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7. (ANO: 2019 BANCA: CESPE ÓRGÃO: TJ-AM PROVA: Assistente Judiciário)


Considerando os conceitos doutrinários acerca da polícia judiciária e da polícia
administrativa, julgue o próximo item.
A polícia judiciária é repressiva e está adstrita aos órgãos e agentes do Poder Judiciário,
enquanto a polícia administrativa é preventiva e está disseminada pelos órgãos da
administração pública.
Certo ( ) Errado ( )
8. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CONRERP 2ª Região PROVA: Assistente
Administrativo)
A respeito dos poderes administrativos, julgue o item.
O poder de polícia restringe‐se aos agentes da polícia civil e federal.
Certo ( ) Errado ( )
9. (ANO: 2015 BANCA: CESPE ÓRGÃO: Telebrás PROVA: Conhecimentos Básicos para o
Cargo 3)
Julgue o próximo item acerca dos princípios administrativos e da responsabilidade dos
agentes públicos.
A absolvição de servidor público na esfera administrativa por negativa de autoria de fato
que configure simultaneamente falta disciplinar e crime repercute na esfera criminal para
afastar a possibilidade de condenação.
Certo ( ) Errado ( )
10. (ANO: 2012 BANCA: CESPE ÓRGÃO: Câmara dos Deputados PROVA: Técnico
Legislativo)
A responsabilidade administrativa do servidor por eventual falta será afastada se ele for
absolvido criminalmente por negativa de autoria com relação ao mesmo fato que lhe é
imputado na esfera disciplinar.
Certo ( ) Errado ( )
11. (ANO: 2019 BANCA: FCC ÓRGÃO: SPPREV PROVA: Técnico em Gestão Previdenciária)
Entre as fontes do Direito Administrativo, é possível deduzir que
a) somente a lei formal pode ser considerada fonte do Direito Administrativo,
considerando a primazia do princípio da legalidade.
b) o princípio da supremacia do interesse público é a principal fonte do Direito
Administrativo, pois fundamenta todas as ações e decisões da Administração pública.
c) a jurisprudência não pode ser considerada fonte do Direito Administrativo, pois não
emana do Poder Executivo nem do Poder Judiciário.
d) as lacunas legais se consubstanciam em fontes concretas do Direito Administrativo,
considerando que ao Poder Executivo é dado suprir a ausência de lei por meio da edição
de decreto.
e) não se mostra necessária a codificação das leis e atos normativos para que se
consubstanciem em fonte do Direito Administrativo.

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12. (ANO: 2010 BANCA: ACAFE ÓRGÃO: PC-SC PROVA: Escrivão de Polícia Civil)
Em relação ao Direito Administrativo é correto afirmar, exceto:
a) A jurisprudência não pode ser fonte do Direito Administrativo.
b) pode-se conceituar Direito Administrativo como o conjunto de normas e princípios
jurídicos que regem as relações entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e a
coletividade, sempre com vistas ao interesse público.
c) O Direito Administrativo possui estreita ligação com o Direito Constitucional, podendo-
se dizer que aquele é o lado dinâmico deste.
d) A interpretação do Direito Administrativo deve considerar a desigualdade jurídica entre
a Administração e os administrados, a presunção de legitimidade dos atos da
administração e a necessidade de a prática de atos discricionários para a Administração
atender ao interesse público.
13. (ANO: 2016 BANCA: FUNDEP [Gestão de Concursos] ÓRGÃO: Prefeitura de Uberaba –
MG PROVA: Especialista de Serviços Públicos)
Considerando os vários conceitos apresentados pela doutrina para o Direito
Administrativo, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Trata-se do ramo do direito que disciplina a função administrativa e os órgãos que a
exercem.
b) É o ramo do direito público que tem por objetivo os órgãos, agentes e pessoas jurídicas
administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não
contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de
natureza pública.
c) Consiste no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes
e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins
desejados pelo Estado.
d) Conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação, ao funcionamento das pessoas
e órgãos integrantes da administração pública e privada e às relações, entre elas, ao
exercício da função administrativa e à gestão dos bens públicos e privados, tendo como
finalidade atender ao interesse dos diferentes setores.
14. (ANO: 2014 BANCA: ACAFE ÓRGÃO: PC-SC PROVA: Delegado de Polícia)
Considere a definição de Direito Administrativo e assinale a alternativa correta.
a) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que tratam da Administração
Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
b) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que têm como estudo o Serviço
Público.
c) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que regem as relações jurídicas
entre órgãos do Estado.
d) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que tratam da
Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
e) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que têm como estudo
os atos do Poder Executivo.

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15. (ANO: 2010 BANCA: FCC ÓRGÃO: TRE-AC PROVA: Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
O dever do Administrador Público de prestar contas
a) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de Contas por
serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos administradores.
b) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
c) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
d) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se tratar de
acordo entre entidades estatais.
e) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação de bens
públicos.
16. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRF-PR PROVA: Analista de RH)
A supremacia do interesse público sobre o privado, também chamada simplesmente
de princípio do interesse público ou da finalidade pública, princípio implícito na atual ordem
jurídica, significa que os interesses da coletividade são mais importantes que os interesses
individuais, razão pela qual a Administração, como defensora dos interesses públicos,
recebe da lei poderes especiais não extensivos aos particulares.
Alexandre Mazza. Manual de direito administrativo. 8.ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
Com relação a esse princípio, assinale a alternativa correta.
a) Apesar da supremacia presente, não possibilita que a Administração Pública convoque
particulares para a execução compulsória de atividades públicas.
b) Só existe a supremacia do interesse público primário sobre o interesse privado. O
interesse patrimonial do Estado como pessoa jurídica, conhecido como interesse público
secundário, não tem supremacia sobre o interesse do particular.
c) Não permite a requisição de veículo particular, pela polícia, para perseguir criminoso.
Referida atitude não é prevista no direito brasileiro.
d) Não permite que a Administração Pública transforme compulsoriamente propriedade
privada em pública.
e) Estará presente em todos os atos de gestão da Administração Pública.
17. (ANO: 2015 BANCA: FUNCAB ÓRGÃO: FUNASG PROVA: Advogado)
Com relação ao conceito de Direito Administrativo, assinale a opção que congrega de
forma correta os elementos que o compõem.
a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas
reguladores do exercício da função administrativa.
b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não alberga a noção
de bem de domínio privado do Estado.
c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de normas e princípios que
regulam exclusivamente as relações jurídicas administrativas entre o Estado e o
particular.
d) O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência de atividades
contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e administrados.
e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas e princípios que
organizam a relação jurídica exclusivamente entre os próprios componentes da
Administração Pública.

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18. (ANO: 2012 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRP 9ª Região (GO e TO) PROVA: Analista
Administrativo)
Leia a afirmação:
"Originário da Revolução Francesa, o sistema do administrador-juiz firmou-se na França,
vedando ao Poder Judiciário conhecer dos atos da Administração Pública. As decisões de tal
conselho têm natureza de coisa julgada".
A qual sistema administrativo se refere?
a) Sistema judiciário.
b) Contencioso administrativo.
c) Sistema anglo-saxão.
d) Contencioso legislativo.
e) Sistema de jurisdição única.
19. (ANO: 2019 BANCA: OBJETIVA ÓRGÃO: Prefeitura de Pinto Bandeira – RS PROVA:
Auxiliar Administrativo)
O princípio da indisponibilidade do interesse público é:
a) A atuação mais ampla da Administração, devido a sua competência de agir sem
provocação.
b) Diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração Pública.
c) Rever seus próprios atos, como um controle de atuação.
d) Revogar seus atos com fundamento em conveniência e oportunidade.
20. (ANO: 2010 BANCA: FCC ÓRGÃO: TRF - 4ª REGIÃO PROVA: Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A reintegração é
a) a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção
médica.
b) o retorno à atividade de servidor em disponibilidade, mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.
c) o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de inabilitação
em estágio probatório relativo a outro cargo.
d) a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
e) o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial
declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

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GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. Certo
5. Certo
6. Errado
7. Errado
8. Errado
9. Errado
10. Certo
11. E
12. A
13. D
14. A
15. E
16. B
17. A
18. B
19. B
20. D

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (ANO: 2019 BANCA: CESPE ÓRGÃO: TJ-AM PROVA: Assistente Judiciário)
A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue o item que se
segue.
A relação entre a administração pública e seus administrados é caracterizada pela
verticalidade.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A relação entre a administração pública e seus administrados é


caracterizada pela verticalidade.
Gabarito correto, pois de fato a relação entre a administração pública e seus
administrados é marcada pela verticalidade por conta da supremacia do interesse
público sobre o particular no qual muitas vezes os administrados são obrigados a
obedecer a regras contra sua própria vontade. A professora Maria Sílvia Zanella de
Pietro afirma, em seus ensinos, que essa característica marca a verticalidade na
qual a administração pública está acima e o particular está abaixo numa situação de
submissão.

SOLUÇÃO COMPLETA

A relação entre a administração pública e seus administrados é


caracterizada pela verticalidade.
Estamos diante de uma afirmativa correta, pois de fato a administração pública
estará acima do particular numa relação de verticalidade baseada na supremacia
do interesse público, obrigando muitas vezes o particular a se submeter as situações
contra a sua própria vontade como, por exemplo, uma desapropriação imobiliária,
uma requisição administrativa ou até mesmo uma servidão administrativa. São
exemplos em que podemos observar claramente a administração pública usando o
seu poder EXTROVERSO para adentrar na esfera dos direitos do particular
mitigando-os em prol da coletividade segue a lição da professora Maria Sílvia
Zanella de Pietro:

“Ao procurar o critério definidor do Direito Administrativo, apontou a existência


de prerrogativas e privilégios do Estado diante do particular, criando uma posição
de verticalidade ou de desigualdade entre Administração Pública e cidadão”.

“Ao falar em ‘ramo do direito público’, realça-se que o Direito Administrativo é


composto por um corpo de regras e princípios que disciplinam as relações entre a
Administração e os particulares, caracterizadas por uma posição de verticalidade e

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regidas pelo princípio da justiça distributiva, no que difere do direito privado, que
regula relações entre iguais, em posição de horizontalidade, regidas pelo princípio da
justiça comutativa”.

(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – 2019


PAG. 174)

2. (ANO: 2017Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO PROVA: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador Federal)
Tendo como referência a doutrina jurídica majoritária, julgue o item a seguir, a respeito de
conceitos, princípios e classificações do direito administrativo.
O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa a própria função
administrativa que é exercida pelo Poder Executivo.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa


a própria função administrativa que é exercida pelo Poder Executivo.
Essa afirmativa encontra-se errada, pois temos duas formas de se observar a
administração pública no Brasil, o primeiro aspecto é o subjetivo orgânico informal
no qual enxergamos os órgãos agentes repentes que desempenham uma função
administrativa e não à própria função, como afirmativa apresenta. Portanto, gabarito
errado.

SOLUÇÃO COMPLETA

O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa


a própria função administrativa que é exercida pelo Poder Executivo.
Essa afirmativa se encontra equivocada, pois ela mistura os dois sentidos do
vocábulo “ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA”. No Brasil temos o aspecto formal, subjetivo
e orgânico constituído pela Administração Pública Direta e Indireta propriamente
dita, em provas costuma-se cobrar muito seu conceito que é representado pelos
agentes, órgãos e pessoas jurídicas que desempenha a atividade administrativa.
Temos também o sentido objetivo material e funcional que não tem o alvo nos
agentes, órgãos ou pessoas e sim na própria atividade independente de quem a
exerça. Lembrando que o Brasil adotou o critério subjetivo, orgânico e formal. Como
a questão fala que no aspecto orgânico designa a própria função administrativa,
temos o gabarito errado.

ESQUEMATIZADO

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1- SENTIDO FORMAL OU SUBJETIVO OU ORGÂNICO: são as ENTIDADES,


os ÓRGÃOS e os AGENTES que exercem a função administrativa. Atente-se para o
fato de que nesse sentido o alvo é “QUEM” está compondo o aparelho administrativo.

2- SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO OU FUNCIONAL: esse sentido adota


a “ATIVIDADE”, ou seja, a própria função administrativa EM SI e não
obrigatoriamente que a exerce. Observe que aqui o alvo é “O QUE” está sendo feito.

Segue a lição dos professores MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE DE


PAULA:

“Administração pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico é o


conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso ordenamento
jurídico identifica como administração pública, não importa a atividade que
exerçam (como regra, evidentemente, esses órgãos, entidades e agentes
desempenham função administrativa). O Brasil adota o critério formal de
administração pública. Portanto, somente é administração pública, juridicamente,
aquilo que nosso direito assim considera, não importa a atividade que exerça. A
administração pública, segundo nosso ordenamento jurídico, é integrada
exclusivamente: (a) pelos órgãos integrantes da denominada administração direta
(são os órgãos integrantes da estrutura de uma pessoa política que exercem função
administrativa); e (b) pelas entidades da administração indireta”.

(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e


Marcelo Alexandrino; p. 22)

3. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRF-BA PROVA: Assistente Técnico


Administrativo)
Acerca dos princípios administrativos, julgue o item.
A supremacia do interesse público se faz notar, com mais vigor, nos chamados atos de
império, marcados por uma maior verticalidade entre Administração e administrados.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A supremacia do interesse público se faz notar, com mais vigor, nos


chamados atos de império, marcados por uma maior verticalidade
entre Administração e administrados.

Afirmativa totalmente coerente com o que apresenta a doutrina, haja vista que
a supremacia do interesse público vai ter mais evidência de fato nos atos de império
conhecidos por usarem a supremacia sobre o administrado ou servidor, obrigando-

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os a se submeterem à vontade estatal. Conseguimos enxergar claramente a


verticalidade entre a administração e o particular. São atos obrigatórios,
unilaterais, revogáveis e modificáveis a critério da administração.
A doutrina fala que esse princípio não é absoluto (na verdade não há princípio
absoluto no direito administrativo), pois nos atos de gestão não temos a marca
da verticalidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

A supremacia do interesse público se faz notar, com mais vigor, nos


chamados atos de império, marcados por uma maior verticalidade
entre Administração e administrados. (Certo)

A essência do princípio da supremacia do interesse público sobre o


privado está na própria razão de existir da Administração, ou seja, a Administração
atua voltada aos interesses da coletividade. Assim, em uma situação de conflito
entre interesse de um particular e o interesse público, esse último deve
predominar. Segue o comentário dá professora Maria Sílvia Zanella de Pietro sobre
tal princípio:

“Apesar das críticas a esse critério distintivo, que realmente não é absoluto,
algumas verdades permanecem: têm o objetivo primordial de atender ao interesse
público, ao bem-estar coletivo. Além disso, pode-se dizer que o direito público
somente começou a se desenvolver quando, depois de superados o primado do
Direito Civil (que durou muitos séculos) e o individualismo que tomou conta dos
vários setores da ciência, inclusive a do Direito, substituiu-se a ideia do homem como
fim único do direito (própria do individualismo) pelo princípio que hoje serve de
fundamento para todo o direito público e que vincula a Administração em todas as
suas decisões: o de que os interesses públicos têm supremacia sobre os
individuais”.

(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – 2019 p.


217)

Os atos de império são aqueles que a Administração impõe


coercitivamente aos administrados. Tais atos não são de obediência facultativa
pelo particular. São praticados pela Administração ex officio, ou seja, sem que haja
sido requerido ou solicitado pelo administrado. São exemplos de atos de império os
procedimentos de desapropriação, de interdição de atividade, de apreensão de
mercadorias, etc.

PROFESSORA MARIA SÍLVIA ZANELLA DE PIETRO

“Atos de império seriam os praticados pela Administração com todas as


prerrogativas e privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao
particular independentemente de autorização judicial, sendo regidos por um direito
especial exorbitante do direito comum, porque os particulares não podem praticar
atos semelhantes, a não ser por delegação do poder público”.

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(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – 2019 p.


497)

4. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRF-BA PROVA: Assistente Técnico Administrativo
Acerca dos princípios administrativos, julgue o item).
A indisponibilidade do interesse público impede que o administrador renuncie à
competência que lhe é outorgada por lei.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A indisponibilidade do interesse público impede que o administrador


renuncie à competência que lhe é outorgada por lei.
Gabarito correto, pois temos no princípio da indisponibilidade do interesse
público a ideia de que o administrador não é dono da coisa pública e sim um mero
gestor. A frase do enunciado foi tirada do livro do MESTRE ALEXANDRE MAZZA
que exponho abaixo:

“O supraprincípio da indisponibilidade do interesse público enuncia que os


agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido. Assim, no exercício
da função administrativa os agentes públicos estão obrigados a atuar, não segundo
sua própria vontade, mas do modo determinado pela legislação. Como decorrência
dessa indisponibilidade, não se admite tampouco que os agentes renunciem
aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem em juízo”.
(Manual de Direito Administrativo; 9ª edição - Alexandre Mazza, p. 156)

SOLUÇÃO COMPLETA

A indisponibilidade do interesse público impede que o administrador


renuncie à competência que lhe é outorgada por lei.
De fato a informação dada no enunciado está correta, pois o administrador não
pode renunciar sua competência. A lei 9784/99 nos traz a seguinte afirmação:

Artigo 2º; parágrafo único; inciso II - atendimento a fins de interesse geral,


vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei;

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Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.

Temos essa irrenunciabilidade mitigada pelos casos de delegação e


avocação, mas eles pautados na própria lei e só podem ocorrer quando for para
atender a finalidade pública.

Lei 9784/99
“Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, DELEGAR PARTE da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial”.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.

Corroborando com a explicação da questão, transcrevo abaixo a lição do grande


mestre Mateus Carvalho:

“Princípio da indisponibilidade do interesse público: Este princípio define os


limites da atuação administrativa e decorre do fato de que a impossibilidade de abrir
mão do interesse público deve estabelecer ao administrador os seus critérios de
conduta. De fato, o agente estatal não pode deixar de atuar, quando as
necessidades da coletividade assim exigirem, uma vez que suas atividades são
necessárias à satisfação dos interesses do povo. Neste sentido, Celso Antônio
Bandeira de Mello, dispõe que "é encarecer que na administração os bens e interesses
não se acham entregues à livre disposição da vontade do administrador. Antes, para
este, coloca-se a obrigação, o dever de curá-los nos termos da finalidade a que estão
adstritos".

(Carvalho, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 5. ed. - Salvador:


JusPODIVM, 2018. fl. 65).

5. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRO – AC PROVA: Administrador - Gerente Geral)
No que concerne aos princípios administrativos, julgue o item.
O princípio da supremacia do interesse público é intrinsecamente ligado à
indisponibilidade, isto é, à incapacidade da Administração de livremente dispor de bens e
do interesse público sob sua tutela.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O princípio da supremacia do interesse público é intrinsecamente


ligado à indisponibilidade, isto é, à incapacidade da Administração de
livremente dispor de bens e do interesse público sob sua tutela.

Linda afirmativa, totalmente coerente com o que afirma a doutrina. Aqui temos
o que é chamado de regime jurídico administrativo, os dois pilares que sustentam
o Direito Administrativo. Enquanto a SUPREMACIA coloca Administração Pública em
uma situação de verticalidade, obrigando o particular a realizar ou a ter condutas
muitas vezes contra a sua própria vontade, sempre pelo bem da coletividade, a
indisponibilidade limita essa atuação para evitar que haja abusos. A indisponibilidade,
portanto, está ligada intrinsecamente a supremacia e a supremacia ligada a
indisponibilidade, são os dois lados da moeda.

SOLUÇÃO COMPLETA

O princípio da supremacia do interesse público é intrinsecamente


ligado à indisponibilidade, isto é, à incapacidade da Administração de
livremente dispor de bens e do interesse público sob sua tutela.

Afirmativa está correta, vamos lembrar o que diz o princípio da supremacia do


interesse público, ele é um dos fundamentos do regime jurídico administrativo, é um
princípio implícito, porém extremamente importante, pois é característico do regime
jurídico de direito público, ou seja, é marcado pela verticalidade das ações da
Administração Pública, principalmente em seus atos de Império que são aqueles em
que a Administração Pública impõem coercitivamente sua vontade ao administrado,
criando unilateralmente obrigações, restrições ou condições ao exercício de
determinadas atividades. Como se pode observar é muito poder dado ao Estado, e
para balancear sua atuação temos o princípio da indisponibilidade do interesse
público, delimitando todas as restrições que serão impostas à própria Administração
Pública, pois a mesma ao agir não pode fazer o que bem entender uma vez que
ela não é dona da coisa pública e sim uma mera administradora dos bens públicos e
dos interesses da sociedade, portanto um princípio não vive sem o outro.

Lição da grande mestra Maria Sylvia Zanella Di Pietro

“Para assegurar-se a autoridade da Administração Pública, necessária à


consecução de seus fins, são-lhe outorgados prerrogativas e privilégios que lhe
permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o particular (...)
Mas, ao lado das prerrogativas, existem determinadas restrições a que
está sujeita a Administração, sob pena de nulidade do ato administrativo e, em alguns
casos, até mesmo de responsabilização da autoridade que o editou. Entre tais

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restrições, citem-se a observância da finalidade pública, bem como os princípios da


moralidade administrativa e da legalidade, a obrigatoriedade de dar publicidade aos
atos administrativos e, como decorrência dos mesmos, a sujeição à realização de
concursos para seleção de pessoal e de concorrência pública para a elaboração de
acordos com particulares.

(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – 2019, p.


205)

Por fim, vale a pena reforçar a informação de várias questões de concurso


público que é a de que todos os princípios do Direito Administrativo são
desdobramentos da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do
interesse público.

6. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRO – AC PROVA: Administrador - Gerente Geral)
No que concerne aos princípios administrativos, julgue o item.
Pelo princípio da imputação, as condutas praticadas por agentes públicos são pessoalmente
a eles imputadas, afastando‐se do ente ou do órgão qualquer responsabilidade por
eventuais danos.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Pelo princípio da imputação, as condutas praticadas por agentes
públicos são pessoalmente a eles imputadas, afastando‐se do ente ou
do órgão qualquer responsabilidade por eventuais danos.

Afirmativa errada, pois de acordo com a teoria da imputação (mais famosa pelo
nome de teoria do órgão), temos um entendimento de que os atos praticados pelo
agente não serão imputados a ele, mas sim à pessoa jurídica a qual ele está
vinculado. Essa teoria inclusive embasa na responsabilidade civil objetiva do Estado,
caso um agente público cause prejuízos em razão da função a terceiros, quem
responde diretamente não é um agente e sim a pessoa jurídica que está vinculado.
Portanto, gabarito errado.

SOLUÇÃO COMPLETA

Pelo princípio da imputação, as condutas praticadas por agentes


públicos são pessoalmente a eles imputadas, afastando‐se do ente ou
do órgão qualquer responsabilidade por eventuais danos.

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Afirmativa está errada, pois os agentes públicos não serão responsabilizados


diretamente por suas ações, de acordo com o princípio da imputação volitiva
(também conhecida como teoria do órgão) terá por fundamento a exclusão da
responsabilidade direta dos agentes públicos ao agirem nessa qualidade, pois os
mesmos são apenas partes integrantes do corpo da Administração Pública.
Durante bom tempo a doutrina administrativista buscou entender como era a
representação do estado para com os agentes, tivemos ao longo do tempo as
seguintes teorias:

TEORIA DA IDENTIDADE

Essa teoria tinha como base afirmar que o órgão público era o próprio
agente, com passar do tempo foi percebido que o equívoco nessa teoria estava em
concluir que quando agente público morresse, o órgão também seria extinto.

TEORIA DA REPRESENTAÇÃO

Baseada no código civil, a teoria da representação defendia que o Estado era


incapaz, assim quando agente público atuasse, estaria exercendo uma espécie de
curatela nos interesses do Estado por conta dessa incapacidade. Essa teoria também
foi superada, pois o Estado sendo incapaz não teria como ele mesmo nomear seu
representante.

TEORIA DO MANDATO

O Fundamento dessa teoria está em dizer que o agente público celebraria um


contrato de representação com o Estado, sendo então mandatário das vontades do
próprio Estado. Essa teoria também caiu por terra principalmente por não conseguir
apontar qual é o momento e quem realizaria autor do mandato.

TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA OU TEORIA DO ÓRGÃO

Esquematizada pelo famoso jurista alemão Otto Friedrich von Gierke (1841-
1921). A visão do notável jurista foi comparar o Estado ao corpo humano: o Estado
como uma pessoa possui a sua personalidade, e os órgãos que integram esse Estado
não seriam pessoas, mas partes integrantes dessa pessoa estatal.

A base dessa teoria é dizer que a pessoa jurídica se manifesta por meio dos
seus órgãos de modo que os atos praticados pelos agentes públicos não são deles,
mas sim da pessoa jurídica a qual eles estão vinculados.

Por exemplo: quando um policial federal atua não é ele, mas sim o Estado por
meio do policial federal. Quando o médico opera em um hospital público não é o
médico que está operando, mas é o Estado que está operando por meio do médico.
Quando o professor ensina numa escola pública não é o professor que está
ensinando, mas é o estado por meio do professor.

Essa teoria inclusive pauta responsabilidade civil objetiva do estado que está
estampada na Constituição Federal no artigo 37 parágrafos 6º que diz:
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos RESPONDERÃO pelos danos que seus agentes, NESSA

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QUALIDADE, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o


responsável nos casos de dolo ou culpa”.

Como consequência da aplicação da TEORIA DO ÓRGÃO no Brasil (também


chamada de teoria da imputação volitiva), podemos citar como exemplos o
impedimento da propositura da ação indenizatória diretamente contra a pessoa física
do agente e também a impossibilidade de responsabilidade civil do Estado se o dano
foi causado pelo agente fora do exercício público como, por exemplo, o policial na
qualidade de particular que atinge o vizinho fora do seu serviço.

Para fecharmos o raciocínio, cito o ensinamento do professor Matheus


Carvalho:

"(...) quando o agente público atua, não é a pessoa do agente que pratica o
ato, mas o Estado - órgão que ele representa. Corresponde, portanto, à já
conhecida teoria do órgão (ou da imputação volitiva), utilizada pelo direito
brasileiro. Assim sendo, a vontade do agente público se confunde com a da própria
pessoa jurídica estatal, não se admitindo a responsabilização do administrador, pelos
danos causados a terceiros, ou mesmo seu reconhecimento pelos benefícios gerados
à coletividade".
(Matheus Carvalho; Manual de Direito Administrativo, 7º Edição. 2020)

7. (ANO: 2019 BANCA: CESPE ÓRGÃO: TJ-AM PROVA: Assistente Judiciário)


Considerando os conceitos doutrinários acerca da polícia judiciária e da polícia
administrativa, julgue o próximo item.
A polícia judiciária é repressiva e está adstrita aos órgãos e agentes do Poder Judiciário,
enquanto a polícia administrativa é preventiva e está disseminada pelos órgãos da
administração pública.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
A polícia judiciária é repressiva e está adstrita aos órgãos e agentes do
Poder Judiciário, enquanto a polícia administrativa é preventiva e está
disseminada pelos órgãos da administração pública.
Questão errada por vários motivos. Primeiro, a polícia judiciária que é
representada pela polícia federal e a polícia civil, nos termos do artigo 144 da
Constituição federal, não são ligadas ao poder judiciário, mas sim ao poder executivo.
Segundo erro, a polícia administrativa não exerce apenas atividade preventiva como,
por exemplo, situações de fiscalização, autorizações e permissões, temos sim sua

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ATUAÇÃO REPRESSIVA como é o caso das multas, destruição de coisas e


apreensão de mercadorias.

SOLUÇÃO COMPLETA

A polícia judiciária é repressiva e está adstrita aos órgãos e agentes do


Poder Judiciário, enquanto a polícia administrativa é preventiva e está
disseminada pelos órgãos da administração pública.

A afirmativa está equivocada em vários aspectos, logo de cara é possível


destacar o erro em dizer que a polícia judiciária é exercida por agentes do poder
judiciário, pois a polícia civil e a polícia federal são vinculadas ao PODER
EXECUTIVO, elas agem eminentemente em razão da prática de infrações penais
(crimes e contravenções). Sua atuação tem como objeto imediato pessoas, e sua
atividade serve de apoio à persecução criminal do Estado.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 144 § 1º A POLÍCIA FEDERAL, instituída por lei como órgão


permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se
a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento
de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos
públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de POLÍCIA JUDICIÁRIA DA
UNIÃO.

§ 4º Às POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por delegados de polícia de carreira,


incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de POLÍCIA
JUDICIÁRIA e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

Enquanto a polícia administrativa, por outro lado, é exercida por inúmeros


órgãos e entidades (órgãos de trânsito, órgãos ambientais, órgãos sanitários),
a depender da competência para regular as atividades correspondentes, e disciplina
atividades que interfiram no interesse da coletividade. Sua atuação, quando
repressiva, recai sobre infrações administrativas e não infrações criminais,
residindo aqui sua principal diferença em relação à polícia judiciária.

Outro erro gritante na afirmativa é dizer que a polícia administrativa atua


apenas de forma preventiva, é possível enxergar a atuação do poder de polícia
administrativo REPRESSIVO na aplicação de multas, apreensão de mercadorias fora

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de validade, apreensão de mercadorias sem nota fiscal, na destruição de coisas e na


internação compulsória de pessoas com doença contagiosa.

8. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CONRERP 2ª Região PROVA: Assistente


Administrativo)
A respeito dos poderes administrativos, julgue o item.
O poder de polícia restringe‐se aos agentes da polícia civil e federal.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
O poder de polícia restringe‐se aos agentes da polícia civil e
federal.
Totalmente errado. O que as polícias Civil e Federal (polícias judiciárias) fazem
é uma expressão do poder de polícia do Estado. Mas o poder de polícia vai muito
além da área de segurança pública/criminal. Sobre toda atividade potencialmente
danosa à coletividade, o Estado poderá exercer o seu poder de polícia, por exemplo,
saúde, consumo, construções, profissões, trânsito, meio ambiente, etc.

SOLUÇÃO COMPLETA

O poder de polícia restringe‐se aos agentes da polícia civil e federal.


Afirmativa totalmente equivocada, pois o poder de polícia é mais abrangente
do que o conhecido na prática, temos a polícia judiciária, que é banhada pelas polícias
civis e federais, nos termos do artigo 144, da Constituição federal, o que temos é a
atuação também do poder da polícia administrativa que é bem mais abrangente.
Outra diferença é que a polícia judiciária atua na persecução criminal, envolvendo
crimes contra ações penais, enquanto na polícia administrativa o alvo é restringir e
condicionar o uso e gozo de direitos individuais de bens particulares em prol da
coletividade.

ESQUEMATIZANDO

O PODER DE POLÍCIA SUBDIVIDE-SE EM:

POLÍCIA ADMINISTRATIVA: atua sobre atividades privadas, bens ou


direitos, visa evitar a prática de infrações administrativas e, EM REGRA, tem natureza
preventiva, entretanto, em alguns casos ela pode ser repressiva.
Órgãos de atuação: Agências Reguladoras, guardas municipais, etc.

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POLÍCIA JUDICIÁRIA: atua sobre as pessoas, visa reprimir a infração


criminal e, EM REGRA, tem natureza repressiva, mas, em alguns casos, pode ser
preventiva. Órgãos de atuação: Policia Civil e Federal.

9. (ANO: 2015 BANCA: CESPE ÓRGÃO: Telebrás PROVA: Conhecimentos Básicos para o
Cargo 3)
Julgue o próximo item acerca dos princípios administrativos e da responsabilidade dos
agentes públicos.
A absolvição de servidor público na esfera administrativa por negativa de autoria de fato que
configure simultaneamente falta disciplinar e crime repercute na esfera criminal para afastar
a possibilidade de condenação.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
A absolvição de servidor público na esfera administrativa por negativa
de autoria de fato que configure, simultaneamente, falta disciplinar e crime
repercute na esfera criminal para afastar a possibilidade de condenação.
A questão está errada porque o que o ordenamento jurídico diz é o oposto. Para
que haja vinculação das esferas é necessário que o servidor público, ao ser julgado
pela mesma conduta, na esfera administrativa, na esfera penal, é necessário que
haja uma absolvição por negativa de autoria ou inexistência do fato NA ESFERA
PENAL e não na esfera administrativa. Portanto, gabarito errado.

SOLUÇÃO COMPLETA

A absolvição de servidor público na esfera administrativa por negativa


de autoria de fato que configure, simultaneamente, falta disciplinar e crime
repercute na esfera criminal para afastar a possibilidade de condenação.
A questão está errada. Vamos discutir os pontos mais importantes para que
você não se confunda em um próximo momento. A lei 8112/90 afirma que as esferas
são independentes, mas as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-
se, sendo independentes entre si. Caso uma conduta do servidor se enquadre como
crime, responderá na esfera penal; em sendo um ilícito civil, responderá na esfera
cível; e sendo também uma vedação administrativa responderá, via de regra, um
PAD. Porém a própria lei vai dizer que em situação de ocorrer no JULGAMENTO NA
ESFERA PENAL uma absolvição por negativa de autoria ou inexistência do fato,
teremos o afastamento da responsabilidade administrativa do servidor. A
afirmativa acima diz que isso é possível na esfera administrativa, o que é um
equívoco.

MUDE SUA VIDA!


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Veja que a questão inverteu os conceitos.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será AFASTADA no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Segue o texto a lei 8112/90 que respalda nosso estudo:

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo


exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso


ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será


liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a
execução do débito pela via judicial.

§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles


será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,


sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Porém, muita atenção, pois se houver uma ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE


PROVAS pautada no princípio do in dubio pro réu não teremos vinculação da esfera
penal e administrativa, o servidor será absolvido na esfera penal, mas o
procedimento administrativo terá continuidade. NÃO SE ESQUEÇA DISSO!

10. (ANO: 2012 BANCA: CESPE ÓRGÃO: Câmara dos Deputados PROVA: Técnico Legislativo
- Técnico em Radiologia)
A responsabilidade administrativa do servidor por eventual falta será afastada se ele for
absolvido criminalmente por negativa de autoria com relação ao mesmo fato que lhe é
imputado na esfera disciplinar.

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Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A responsabilidade administrativa do servidor por eventual falta será


afastada se ele for absolvido criminalmente por negativa de autoria com
relação ao mesmo fato que lhe é imputado na esfera disciplinar.
A questão está correta. Nosso ordenamento jurídico afirma que para configurar
a existência de vinculação das esferas é necessário que o servidor público ao ser
julgado pela mesma conduta na esfera administrativa e na esfera penal é necessário
que haja uma absolvição por negativa de autoria ou inexistência do fato NA
ESFERA PENAL. Portanto, gabarito correto.

SOLUÇÃO COMPLETA

A responsabilidade administrativa do servidor por eventual falta será


afastada se ele for absolvido criminalmente por negativa de autoria com
relação ao mesmo fato que lhe é imputado na esfera disciplinar.
A questão está coerente no que diz ao ordenamento jurídico brasileiro, portanto
o seu gabarito é certo. Sobre o tema, é sempre importante ressaltar que as esferas
são independentes entre si, a penal, a civil e a administrativa. Porém é possível que
o julgamento realizado na esfera penal em determinadas situações vincule a esfera
administrativa, como se pode observar no artigo 126 da lei 8112/90. Lembrando que
só haverá vinculação quando o julgamento for a favor do réu, e ainda pautado na
negativa de autoria ou inexistência do fato.

Segue o texto da lei 8112/90 que respalda nosso estudo:

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo


exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso


ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será


liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a
execução do débito pela via judicial.

§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles


será executada, até o limite do valor da herança recebida.

MUDE SUA VIDA!


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Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,


sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Porém, muita atenção! Se houver uma ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE


PROVAS pautada no princípio do in dubio pro réu não teremos vinculação da esfera
penal e administrativa, o servidor será absolvido na esfera penal, mas o
procedimento administrativo terá continuidade. NÃO SE ESQUEÇA DISSO!

11. (ANO: 2019 BANCA: FCC ÓRGÃO: SPPREV PROVA: Técnico em Gestão Previdenciária)
Entre as fontes do Direito Administrativo, é possível deduzir que
a) somente a lei formal pode ser considerada fonte do Direito Administrativo, considerando
a primazia do princípio da legalidade.
b) o princípio da supremacia do interesse público é a principal fonte do Direito
Administrativo, pois fundamenta todas as ações e decisões da Administração pública.
c) a jurisprudência não pode ser considerada fonte do Direito Administrativo, pois não
emana do Poder Executivo nem do Poder Judiciário.
d) as lacunas legais se consubstanciam em fontes concretas do Direito Administrativo,
considerando que ao Poder Executivo é dado suprir a ausência de lei por meio da edição de
decreto.
e) não se mostra necessária a codificação das leis e atos normativos para que se
consubstanciem em fonte do Direito Administrativo.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Somente a lei formal pode ser considerada fonte do Direito


Administrativo, considerando a primazia do princípio da legalidade.
(Errado)
“Somente a lei formal pode ser considerada fonte do Direito Administrativo,
considerando a primazia do princípio da legalidade”. A lei é fonte primária do direito

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administrativo, porém, existem fontes secundárias, a doutrina, a jurisprudência, os


costumes e os princípios.

b) O princípio da supremacia do interesse público é a principal fonte do


Direito Administrativo, pois fundamenta todas as ações e decisões da
Administração pública. (Errado)
“O princípio da supremacia do interesse público é a principal fonte do Direito
Administrativo, pois fundamenta todas as ações e decisões da Administração
pública”. Apesar de ser extremamente importante, não é a única fonte principal e
não está presente em todas as decisões da Administração Pública.

c) A jurisprudência não pode ser considerada fonte do Direito


Administrativo, pois não emana do Poder Executivo nem do Poder Judiciário.
(Errado)
“A jurisprudência não pode ser considerada fonte do Direito Administrativo, pois
não emana do Poder Executivo nem do Poder Judiciário”. A jurisprudência é sim fonte
do direito administrativo, sua aplicação é secundária, e emana do poder judiciário.

d) As lacunas legais se consubstanciam em fontes concretas do Direito


Administrativo, considerando que ao Poder Executivo é dado suprir a
ausência de lei por meio da edição de decreto. (Errado)
“As lacunas legais se consubstanciam em fontes concretas do Direito
Administrativo, considerando que ao Poder Executivo é dado suprir a ausência de lei
por meio da edição de decreto”. As lacunas legais, ou seja, brechas na lei, devem ser
supridas pelo Poder Legislativo. O poder executivo por meio da edição de decreto só
pode complementar as leis.

e) Não se mostra necessária a codificação das leis e atos normativos


para que se consubstanciem em fonte do Direito Administrativo. (Certo)
O Direito Administrativo se caracteriza por ser um direito não codificado, ou
seja, não há um diploma específico para tratar da matéria, como ocorre, por exemplo,
com o Direito Penal (Código Penal). Assim, o Direito Administrativo tem normas legais
(Leis) espalhadas por todo o ordenamento e, muitas vezes, seus conceitos e
consequente aplicação tem somente fundamento doutrinário.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Somente a lei formal pode ser considerada fonte do Direito


Administrativo, considerando a primazia do princípio da legalidade.
(Errado)
Afirmativa totalmente errada, pois as fontes jurídicas do Direito administrativo
são classificadas de duas formas: primárias, ou principais e secundárias ou
indiretas.

1ª - FONTE PRIMÁRIA OU PRINCIPAL: É a Lei em sentido amplo (engloba


a Constituição, as Leis em geral e Atos Normativos da administração pública).

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VICENTE DE PAULO E MARCELO ALEXANDRINO

“A lei é a fonte principal do direito administrativo brasileiro, haja vista a


importância do princípio da legalidade nesse campo. Quando se fala em "lei" como
fonte de direito administrativo, estão incluídos nesse vocábulo a Constituição -
sobretudo as regras e princípios administrativos nela vazados -, os atos de
natureza legislativa que diretamente derivam da Constituição (leis, medidas
provisórias, decretos legislativos etc.) e os atos normativos infralegais, expedidos
pela administração pública nos termos e limites das leis, os quais são de
observância obrigatória pela própria administração”.

(Direito Administrativo Descomplicado - 2019 - Vicente de Paulo e Marcelo


Alexandrino; p. 6)

2ª - FONTE SECUNDÁRIA OU INDIRETA: São instrumentos complementares


derivados de fontes primárias. A doutrina majoritária apresenta como fontes indiretas
a Jurisprudência, a Súmulas, a Doutrina e o Costumes.

Jurisprudência: são decisões reiteradas dos tribunais sobre determinado


tema, desprovida da força cogente de uma lei, mas servem de parâmetro para a
atuação administrativa.

Súmulas: são proferidas pelos tribunais e nada mais são do que o resumo da
jurisprudência.

Doutrina: é o conjunto de teses, formulações e construções teóricas acerca do


direito administrativo.

Costumes: é uma prática reiterada ao longo de um período razoavelmente


longo.

b) o princípio da supremacia do interesse público é a principal fonte do


Direito Administrativo, pois fundamenta todas as ações e decisões da
Administração pública. (Errado)
O princípio da supremacia do interesse público tem por objetivo colocar a
Administração Pública em uma situação de superioridade, uma posição acima do
particular. A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro afirma que a supremacia do
interesse público é marcada pela “VERTICALIDADE”. O administrador público
representa uma coletividade, representa o interesse da maioria, por isso é necessário
que ela tenha prerrogativas para se colocar em prática o interesse de toda a
coletividade, podemos citar como exemplo: A desapropriação de imóveis para
construção de uma escola pública ou até mesmo hospital público.
Agora afirmar que ele é a principal fonte do Direito Administrativo já caracteriza
erro na opção, pois dentro do denominado regime jurídico administrativo também
temos os princípios da indisponibilidade do interesse público que tem seu
sentido em afirmar que o administrador, atuando em nome do interesse público, é
um mero gestor dos bens públicos, o mesmo não poderá exercer suas atribuições

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legais visando suas vontades particulares. Ele deverá agir em busca,


obrigatoriamente, do interesse público. Por isso podemos afirmar que, enquanto o
princípio da supremacia oferece prerrogativas ao agente público, como contrapartida,
para evitar excessos, o princípio da indisponibilidade do interesse público impõe
restrições à atuação administrativa.
Outro erro está em dizer que ele fundamenta todas as ações, isso não é verdade
porque os atos de gestão e de expediente são praticados sem a chamada
supremacia do interesse público.

VICENTE DE PAULO E MARCELO ALEXANDRINO


“É interessante notar, ainda, que, embora o princípio da supremacia do
interesse público seja um dos dois postulados fundamentais do denominado regime
jurídico-administrativo, ele não está diretamente presente em toda e qualquer
atuação da administração pública (...)
(...) Quando, entretanto, a administração atua internamente, mormente em
suas atividades-meio, praticando os denominados atos de gestão e atos de mero
expediente, não há incidência direta do princípio da supremacia do interesse
público, simplesmente porque não há obrigações ou restrições que necessitem ser
impostas aos administrados”.
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 227)

c) a jurisprudência não pode ser considerada fonte do Direito


Administrativo, pois não emana do Poder Executivo nem do Poder Judiciário.
(Errado)
Temos dois erros nessa opção, o primeiro é afirmar que a jurisprudência não é
uma fonte do direito administrativo, pois a mesma é sim, e está inserida inclusive
nas fontes secundárias (também chamadas de Fontes Indiretas) do direito
administrativo. Outro erro é dizer que ela não emana do poder judiciário, pois é nele
que temos o nascimento das jurisprudências, elas são decisões reiteradas em um
mesmo sentido cujo objetivo é trazer segurança jurídica para as decisões judiciais. A
própria lei 9784/99 diz que a administração pública deverá motivar suas decisões
quando deixar de aplicar jurisprudência sobre um determinado caso, segue o texto
da lei:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou


discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais.

d) as lacunas legais se consubstanciam em fontes concretas do Direito


Administrativo, considerando que ao Poder Executivo é dado suprir a
ausência de lei por meio da edição de decreto. (Errado)
Temos um equívoco no tocante à informação de que as lacunas legais se
constituem fontes do direito administrativo, pois um dos principais princípios da
administração pública (inclusive expresso no texto constitucional em seu artigo 37)

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é o da legalidade que traz a obrigação para a Administração Pública de fazer aquilo


que está na lei. É bem verdade que hoje temos a aplicação do princípio da juridicidade
que vai nos dizer que a obediência ao princípio da legalidade abrange todo o bloco
de legalidade do Brasil.
Outro erro da questão está em afirmar que o EXECUTIVO pode suprir a ausência
da lei por meio de decreto, o que é possível ser feito pelo decreto na verdade é um
complemento daquilo que uma fonte primária já trouxe ao ordenamento jurídico, pois
o decreto regulamentar não tem a capacidade de inovar no mundo do direito.

e) não se mostra necessária a codificação das leis e atos normativos


para que se consubstanciem em fonte do Direito Administrativo. (Certo)
Essa afirmativa está correta, de fato nosso Direito Administrativo NÃO É
CODIFICADO, ou seja, não tem uma lei ou código que o defina por inteiro, por esse
motivo temos como suas fontes as mais variadas normas, por exemplo:

Lei 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais);

Lei 9.784/99 (Regula o processo administrativo no âmbito da Administração


Pública Federal);

Lei 8.666/93 (normas sobre licitações e contratos administrativos);

Lei 8987/95 (concessões e permissões de serviço público);

OBS.! Além das leis, temos também como fontes do direito administrativo a
jurisprudência, súmulas, doutrina e os costumes.

Perceba que diferente de outros ramos do direito como código penal, código
processual penal, código de processo civil, código civil, etc., o direito administrativo
se encontra espalhado por todo ordenamento jurídico, assim não há o que se falar
em necessidade de codificação.

12. (ANO: 2010 BANCA: ACAFE ÓRGÃO: PC-SC PROVA: Escrivão de Polícia Civil)
Em relação ao Direito Administrativo é correto afirmar, EXCETO:
a) A jurisprudência não pode ser fonte do Direito Administrativo.
b) pode-se conceituar Direito Administrativo como o conjunto de normas e princípios
jurídicos que regem as relações entre as pessoas e órgãos do Estado e entre esse e a
coletividade, sempre com vistas ao interesse público.
c) O Direito Administrativo possui estreita ligação com o Direito Constitucional, podendo- se
dizer que aquele é o lado dinâmico deste.
d) A interpretação do Direito Administrativo deve considerar a desigualdade jurídica entre
a Administração e os administrados, a presunção de legitimidade dos atos da Administração

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e a necessidade de a prática de atos discricionários para a Administração atender ao


interesse público.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A jurisprudência não pode ser fonte do Direito Administrativo.


(Errado)
“A jurisprudência não pode ser fonte do Direito Administrativo”. A
jurisprudência se encontra classificada como fonte secundária do Direito
Administrativo. Como a questão queria a errada, esse é o nosso gabarito

b) pode-se conceituar Direito Administrativo como o conjunto de


normas e princípios jurídicos que regem as relações entre as pessoas e
órgãos do Estado e entre este e a coletividade, sempre com vistas ao
interesse público. (Certo)
Afirmativa correta pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho.

c) O Direito Administrativo possui estreita ligação com o Direito


Constitucional, podendo-se dizer que aquele é o lado dinâmico deste.
(Certo)
Questão correta, pois, de fato o direito constitucional é o berço de todos os
ramos do direito incluindo o próprio direito administrativo

d) A interpretação do Direito Administrativo deve considerar a


desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados, a
presunção de legitimidade dos atos da Administração e a necessidade de a
prática de atos discricionários para a Administração atender ao interesse
público. (Certo)
Afirmativa correta. Apresenta-nos a verticalidade entre a Administração e a
sociedade, um atributo do ato administrativo que está pautado no princípio da
legalidade e os atos discricionários para que a administração não se sinta engessada
ao atuar em prol da coletividade.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) A jurisprudência não pode ser fonte do Direito Administrativo.


(Errado)
Temos um erro nesta opção, portanto é nosso gabarito. O erro está em afirmar
que a jurisprudência não é uma fonte do direito administrativo, pois a mesma é sim
e está inserida inclusive nas fontes secundárias (também chamadas de Fontes

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Indiretas) do direito administrativo. As Jurisprudências são decisões reiteradas dos


tribunais sobre determinado tema, desprovidas da força cogente de uma lei, mas
servem de parâmetro para a atuação administrativa.
É a partir da Jurisprudência que temos o surgimento das SÚMULAS que nada
mais são do que o resumo da jurisprudência.

Chamo sua atenção para a SÚMULAS VINCULANTES, pois a doutrina


majoritária entende que ela é fonte primária do direito administrativo. A Emenda
Constitucional 45/2004 trouxe a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal editar
súmulas de efeito vinculante para a Administração. Isso quer dizer que depois da
edição dessas súmulas o administrador estará vinculado aos seus termos, devendo
agir conforme o enunciado proposto pelo STF.

SÚMULAS VINCULANTES

Art. 103-A, CF/1988. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por


provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas
decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.

b) pode-se conceituar Direito Administrativo como o conjunto de


normas e princípios jurídicos que regem as relações entre as pessoas e
órgãos do Estado e entre este e a coletividade, sempre com vistas ao
interesse público. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho. Confira comigo abaixo:

PROFESSOR JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

“É o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público,


regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as
coletividades a que devem servir”.

c) O Direito Administrativo possui estreita ligação com o Direito


Constitucional, podendo-se dizer que aquele é o lado dinâmico deste.
(Certo)
Afirmativa totalmente correta até porque, de acordo com o direito positivo de
Hans Kelsen que o Brasil adotou, temos a hierarquia das normas em que a
Constituição federal está acima das demais normas, portanto todos os ramos do
direito que temos no Brasil tem sua origem no texto constitucional. Assim, o
dinamismo, ou seja, a aplicabilidade do direito administrativo que está distribuído
por suas várias fontes tem sua ligação direta com a Constituição federal.

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d) A interpretação do Direito Administrativo deve considerar a


desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados, a
presunção de legitimidade dos atos da Administração e a necessidade de a
prática de atos discricionários para a Administração atender ao interesse
público. (Certo)
Afirmativa está correta e é a mais complexa, a meu ver, dentro dessa
questão, portanto vou fatiá-la para melhor entendimento:

1ª – De fato, a interpretação do direito administrativo levar em consideração a


desigualdade jurídica, pois o mesmo é regido pelo direito público no qual o interesse
da coletividade estará acima do interesse do particular, marcando a verticalidade nas
relações jurídicas entre a administração pública e a sociedade.

2 ª – A presunção de legitimidade é um atributo do ato administrativo que vai


nos dizer que todos os atos praticados pela administração pública serão
presumidamente considerados legais, legítimos, praticados de acordo com a lei. Essa
presunção decorre do princípio da legalidade, um princípio que deve ser obedecido
pela Administração Pública em sua atuação.

3ª - A prática dos atos discricionários se encontra positivada na própria lei. O


que seria um ato discricionário? Seria aquele em que a administração pública ao
praticá-lo possui uma certa margem de escolha, conhecido também como
conveniência e oportunidade, sua razão de existir está em permitir que a
administração pública, pautada na razoabilidade e na proporcionalidade, escolha qual
é a melhor atitude a ser tomada no caso concreto.

13. (ANO: 2016 BANCA: FUNDEP [Gestão de Concursos] ÓRGÃO: Prefeitura de Uberaba – MG
PROVA: Especialista de Serviços Públicos)
Considerando os vários conceitos apresentados pela doutrina para o Direito Administrativo,
assinale a alternativa.
a) Trata-se do ramo do direito que disciplina a função administrativa e os órgãos que a
exercem.
b) É o ramo do direito público que tem por objetivo os órgãos, agentes e pessoas jurídicas
administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa
que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
c) Consiste no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e
as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins
desejados pelo Estado.
d) Conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação, ao funcionamento das pessoas
e órgãos integrantes da administração pública e privada e às relações, entre elas, ao exercício
da função administrativa e à gestão dos bens públicos e privados, tendo como finalidade
atender ao interesse dos diferentes setores.

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GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Trata-se do ramo do direito que disciplina a função administrativa e


os órgãos que a exercem. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelo professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO.

b) É o ramo do direito público que tem por objetivo os órgãos, agentes


e pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública, a
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza
para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pela professora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO.

c) Consiste no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem


os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta,
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelo professor HELY LOPES MEIRELLES.

d) Conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação, ao


funcionamento das pessoas e órgãos integrantes da administração pública
e privada e às relações, entre elas, ao exercício da função administrativa e
à gestão dos bens públicos e privados, tendo como finalidade atender ao
interesse dos diferentes setores. (Errado)
“Conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação, ao funcionamento
das pessoas e órgãos integrantes da administração pública e privada e às relações,
entre elas, ao exercício da função administrativa e à gestão dos bens públicos e
privados, tendo como finalidade atender ao interesse dos diferentes setores“. A
alternativa está incorreta, visto que o Direito Administrativo cuida das relações
públicas da administração. O ramo do direito que regula o privado é o Direito Civil.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Trata-se do ramo do direito que disciplina a função administrativa e


os órgãos que a exercem. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelo professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO. Confira comigo:

“É o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa e os órgãos


que a exercem”.

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b) É o ramo do direito público que tem por objetivo os órgãos, agentes


e pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública, a
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza
para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pela professora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO. Confira comigo:

“É o ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica
não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus
fins, de natureza pública”.

c) Consiste no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem


os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta,
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. (Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelo professor HELY LOPES MEIRELLES. Confira comigo:

“O conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-se no


conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as
atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins
desejados pelo Estado.”

d) Conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação, ao


funcionamento das pessoas e órgãos integrantes da administração pública
e privada e às relações, entre elas, ao exercício da função administrativa e
à gestão dos bens públicos e privados, tendo como finalidade atender ao
interesse dos diferentes setores. (Errado)
“Conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação, ao funcionamento
das pessoas e órgãos integrantes da administração pública e privada e às relações,
entre elas, ao exercício da função administrativa e à gestão dos bens públicos e
privados, tendo como finalidade atender ao interesse dos diferentes setores“. A
alternativa está incorreta, visto que o Direito Administrativo cuida das relações
públicas da administração.

Aqui está nosso gabarito, já que o examinador quer a opção errada. Essa
afirmativa peca ao dizer que o direito administrativo é o conjunto de regras e
princípios aplicáveis à estruturação das pessoas privadas, pois as mesmas serão
regidas pelo Direito Civil.

14. (ANO: 2014 BANCA: ACAFE ÓRGÃO: PC-SC PROVA: Delegado de Polícia)
Considere a definição de Direito Administrativo e assinale a alternativa correta.
a) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que tratam da Administração
Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.

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b) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que têm como estudo o Serviço
Público.
c) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que regem as relações jurídicas
entre órgãos do Estado.
d) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que tratam da
Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
e) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que têm como estudo os
atos do Poder Executivo.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que tratam


da Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
(Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pela professora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO.

b) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que têm como


estudo o Serviço Público. (Errado)
“É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que têm como estudo o
Serviço Público”. A palavra “serviço público” traz erro para a questão, pois é muito
restrito, na verdade Direito Administrativo busca estudar as atividades
administrativas, englobando inclusive o serviço público.

c) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que regem as


relações jurídicas entre órgãos do Estado. (Errado)
É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que regem as relações
jurídicas entre órgãos do Estado”. O conceito de direito administrativo apresentado
acima deixa de lado os aspectos existentes entre a Administração Pública e os
particulares.

d) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que


tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
(Errado)
É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que tratam da
Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos”. A referência aos
princípios de direito privado, evidentemente, não integra o conceito correto de
Direito Administrativo.

e) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que


têm como estudo os atos do Poder Executivo. (Errado)
“É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que têm como
estudo os atos do Poder Executivo”. Afirmativa incorreta, pois o objeto do estudo do

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direito administrativo é a função administrativa exercida por qualquer poder, e não


somente os atos do poder executivo.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que tratam


da Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
(Certo)
Afirmativa correta, pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pela professora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO. Confira comigo:
“É o ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e
pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública”.

b) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que têm como


estudo o Serviço Público. (Errado)
A palavra “serviço público” traz erro para a questão, pois é muito restrito, na
verdade Direito Administrativo busca estudar as atividades administrativas,
englobando inclusive o serviço público.

A Administração pública possui atribuições que devem ser desempenhadas em


prol da sociedade. Ao passar do tempo, o número dessas atribuições foi crescendo e
hoje, segundo a doutrina majoritária, o Estado deverá desempenhar as chamadas
ATIVIDADES PRECÍPUAS, são elas:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata


que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros, com a finalidade de
satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusivo ou
preponderantemente de Direito Público.
Ex.: saúde, educação, saneamento, transporte, etc.

POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a


Administração impõe limitações e condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício
de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo.
Ex.: fiscalização, autorização para porte de arma, apreensão de bens,
interdição de estabelecimentos, etc.

ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa


privada de interesse público.
Ex.: benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções,
financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, entre outros instrumentos
de estímulo.

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INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE - baseia-se em atividades de intervenção


na propriedade privada, mediante atos concretos sobre destinatários específicos.
Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc.

INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – baseia-se na regulamentação


e fiscalização da atividade econômica de natureza privada, é conhecida como
intervenção indireta. Temos também a atuação direta do Estado no domínio
econômico quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, por meio de empresas públicas, sociedades de economia mista e
suas subsidiárias (CRFB/88 ART. 173 E §1º).

c) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público que regem as


relações jurídicas entre órgãos do Estado. (Errado)
O conceito de direito administrativo apresentado acima deixa de lado os
aspectos existentes entre a Administração Pública e os particulares.

Veja o que diz o conceito de direito administrativo do professor JOSÉ DOS


SANTOS CARVALHO FILHO:

“É o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse


público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre
este e as coletividades a que devem servir”.

d) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que


tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos e agentes públicos.
(Errado)
A referência aos princípios de direito privado, evidentemente, não integra o
conceito correto de Direito Administrativo.

Veja o que diz o conceito de direito administrativo do professor CELSO


ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO:

“É o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa e os


órgãos que a exercem”.

e) É o conjunto dos princípios jurídicos de direito público e privado que


têm como estudo os atos do Poder Executivo. (Errado)
Afirmativa incorreta por dois motivos:

1º- A referência a princípios de direito privado, evidentemente, não integra


o conceito correto de Direito Administrativo.

Veja o que diz o conceito de direito administrativo do professor CELSO


ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO:

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“É o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa e os


órgãos que a exercem”.

2º- O objeto do estudo do direito administrativo é a função administrativa


exercida por qualquer poder e não somente os atos do poder executivo.

Confira comigo o que diz a lei 9784/99:

Art. 1o Essa Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo


no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração.

§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes


Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa.

15. (ANO: 2010 BANCA: FCC ÓRGÃO: TRE-AC PROVA: Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
O dever do Administrador Público de prestar contas
a) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de Contas por serem
os órgãos encarregados da tomada de contas dos administradores.
b) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
c) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
d) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se tratar de
acordo entre entidades estatais.
e) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação de bens
públicos.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos


Tribunais de Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas
dos administradores. (Errado)
“Aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de
Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores”. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma
obrigações de natureza pecuniária.

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b) Aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.


(Errado)
“ Aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público”. Prestará
contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

c) Não alcança os particulares, mesmo que esses recebam subvenções


estatais. (Errado)
“Não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais”.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

d) Não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os


Municípios, por se tratar de acordo entre entidades estatais. (Errado)
“Não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se
tratar de acordo entre entidades estatais”. Prestará contas qualquer pessoa física
ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda,
ou que, em nome dessa, assuma obrigações de natureza pecuniária.

e) É imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e


conservação de bens públicos. (Certo)
O fundamento do gabarito se encontra no Art. 70, Parágrafo único, CF, que
diz: “Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária”.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos


Tribunais de Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas
dos administradores. (Errado)
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

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b) Aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.


(Errado)
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

c) Não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções


estatais. (Errado)
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

d) Não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os


Municípios, por se tratar de acordo entre entidades estatais. (Errado)
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

e) É imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e


conservação de bens públicos. (Certo)
O fundamento do gabarito se encontra no Art. 70, Parágrafo único, CF, que diz:
“Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária”.

Segue a lição do grande mestre HELY LOPES MEIRELLES:

“O dever de prestar contas é decorrência natural da administração como


encargo de gestão de bens e interesses alheios. Se o administrar corresponde ao
desempenho de um mandato de zelo e conservação de bens e interesses de outrem,
manifesto é que quem o exerce deverá contas ao proprietário. No caso do
administrador público, esse dever ainda mais se alteia, porque a gestão se refere aos
bens e interesses da coletividade e assume o caráter de um múnus público, isto é,
de um encargo para com a comunidade. Daí o dever indeclinável de todo
administrador público - agente político ou simples funcionário - de prestar
contas de sua gestão administrativa, e nesse sentido é a orientação de nossos
Tribunais (...)
O dever de prestar contas alcança não só administradores de entidades e
órgãos públicos como, também, os de entes paraestatais e até os particulares que
recebam subvenções estatais para aplicação determinada (CF, art. 70 e parágrafo

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único). A regra é universal: quem gere dinheiro público ou administra bens ou


interesses da comunidade deve contas ao órgão competente para a fiscalização”.
(Direito Administrativo Brasileiro 2016; Hely Lopes Meirelles; p. 120-121)

16. (ANO: 2019 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRF-PR PROVA: Analista de RH)
A supremacia do interesse público sobre o privado, também chamada simplesmente de
princípio do interesse público ou da finalidade pública, princípio implícito na atual ordem
jurídica, significa que os interesses da coletividade são mais importantes que os interesses
individuais, razão pela qual a Administração, como defensora dos interesses públicos,
recebe da lei poderes especiais não extensivos aos particulares.
Alexandre Mazza. Manual de direito administrativo. 8.ª ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2018.
Com relação a esse princípio, assinale a alternativa correta.
a) Apesar da supremacia presente, não possibilita que a Administração Pública convoque
particulares para a execução compulsória de atividades públicas.
b) Só existe a supremacia do interesse público primário sobre o interesse privado. O
interesse patrimonial do Estado como pessoa jurídica, conhecido como interesse público
secundário, não tem supremacia sobre o interesse do particular.
c) Não permite a requisição de veículo particular, pela polícia, para perseguir criminoso.
Referida atitude não é prevista no direito brasileiro.
d) Não permite que a Administração Pública transforme compulsoriamente propriedade
privada em pública.
e) Estará presente em todos os atos de gestão da Administração Pública.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Apesar da supremacia presente, não possibilita que a Administração


Pública convoque particulares para a execução compulsória de atividades
públicas. (Errado)
“Apesar da supremacia presente, não possibilita que a Administração Pública
convoque particulares para a execução compulsória de atividades públicas”. É
possível que a Adm. Pública convoque particulares para a execução obrigatória de
atividades públicas. Exemplo: convocação de mesário para eleição.

b) Só existe a supremacia do interesse público primário sobre o


interesse privado. O interesse patrimonial do Estado como pessoa jurídica,
conhecido como interesse público secundário, não tem supremacia sobre
o interesse do particular.

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A afirmativa está correta, esse entendimento é pacífico na doutrina. O interesse


público primário se encontra na realização das atividades fins do Estado.

c) Não permite a requisição de veículo particular, pela polícia, para


perseguir criminoso. Referida atitude não é prevista no direito brasileiro.
(Errado)
“Não permite a requisição de veículo particular, pela polícia, para perseguir
criminoso. Referida atitude não é prevista no direito brasileiro.” Em situações de
iminente perigo público, a Administração Pública terá autorização sim para usar
propriedade privada. Dá-se o nome de "requisição de bens".

d) Não permite que a Administração Pública transforme


compulsoriamente propriedade privada em pública. (Errado)
“Não permite que a Administração Pública transforme compulsoriamente
propriedade privada em pública”. É possível sim e tem base constitucional, e quando
tal fenômeno ocorre é chamado de "DESAPROPRIAÇÃO".

e) Estará presente em todos os atos de gestão da Administração


Pública. (Errado)
“Estará presente em todos os atos de gestão da Administração Pública”.
Nos atos de gestão temos a chamada horizontalidade da relação entre o particular
que afasta o reconhecimento total da supremacia do interesse público.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Apesar da supremacia presente, não possibilita que a Administração


Pública convoque particulares para a execução compulsória de atividades
públicas. (Errado)
É possível que a Adm. Pública convoque particulares para a execução
obrigatória de atividades públicas. Exemplo: convocação de mesário para eleição,
serviço obrigatório militar para os homens, etc. Como essa questão foi baseada na
obra do professor ALEXANDRE MAZZA, transcrevo abaixo parte de sua lição que
tem a ver com essa opção:

“São exemplos de prerrogativas especiais conferidas à Administração


Pública e seus agentes decorrentes da supremacia do interesse público:

3) poder de convocar particulares para a execução compulsória de atividades


públicas (requisição de serviço). Exemplo: convocação de mesários para eleição”.

(Manual de Direito Administrativo; 9ª edição - Alexandre Mazza, p. 154)

b) Só existe a supremacia do interesse público primário sobre o


interesse privado. O interesse patrimonial do Estado como pessoa jurídica,

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conhecido como interesse público secundário, não tem supremacia sobre


o interesse do particular.
A afirmativa está correta, e esse entendimento é pacífico na doutrina. O
interesse público primário se encontra na realização das atividades fins do Estado,
ou seja, atuação em prol da coletividade através das atividades do poder de polícia,
serviços públicos, etc. A doutrina vai chamar de interesse público secundário a
atuação da administração pública comportando-se em pé de igualdade com o
particular, defendendo seu próprio interesse patrimonial. Não há nada que justifique,
portanto, a supremacia quando a administração parte em defesa de seu interesse
particular.

Como a elaboração da questão foi pautada na obra do professor ALEXANDRE


MAZZA, transcrevo abaixo o abrasamento da mesma:

“Convém reafirmar que só existe a supremacia do interesse público primário


sobre o interesse privado. O interesse patrimonial do Estado como pessoa jurídica,
conhecido como interesse público secundário, não tem supremacia sobre o interesse
do particular”.

(Manual de Direito Administrativo; 9ª edição - Alexandre Mazza, p. 153)

c) Não permite a requisição de veículo particular, pela polícia, para


perseguir criminoso. Referida atitude não é prevista no direito brasileiro.
(Errado)
Em situações de iminente perigo público, a Administração Pública terá
autorização sim para usar propriedade privada. Dá-se o nome de "requisição de
bens" e sua existência se encontra positivado no artigo 5º da nossa Constituição
Federal.

“CRFB/88 Artigo 5º XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade


competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário
indenização ulterior, se houver dano”.

d) Não permite que a Administração Pública transforme


compulsoriamente propriedade privada em pública. (Errado)
É possível sim e tem base constitucional, e quando tal fenômeno ocorre é
chamado de "DESAPROPRIAÇÃO".

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

“Artigo 5º XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por


necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”.

e) Estará presente em todos os atos de gestão da Administração


Pública. (Errado)

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Nos atos de gestão temos a chamada horizontalidade da relação entre o


particular que afasta o reconhecimento total da supremacia do interesse público.
Quando a administração atua internamente, mormente em suas atividades-
meio, praticando os denominados atos de gestão e atos de mero expediente,
não há incidência direta do princípio da supremacia do interesse público,
simplesmente porque não há obrigações ou restrições que necessitem ser impostas
aos administrados. De um modo geral, também não há manifestação direta do
princípio da supremacia do interesse público quando a administração atua como
agente econômico produtivo, isto é, desempenha o papel de Estado-empresário,
porque, nesses casos, a atuação estatal é regida predominantemente pelo direito
privado.

17. (ANO: 2015 BANCA: FUNCAB ÓRGÃO: FUNASG PROVA: Advogado)


Com relação ao conceito de Direito Administrativo, assinale a opção que congrega de forma
correta os elementos que o compõem.
a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas
reguladores do exercício da função administrativa.
b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não alberga a noção de
bem de domínio privado do Estado.
c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de normas e princípios que
regulam exclusivamente as relações jurídicas administrativas entre o Estado e o particular.
d) O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência de atividades
contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e administrados.
e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas e princípios que
organizam a relação jurídica exclusivamente entre os próprios componentes da
Administração Pública.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda


princípios e normas reguladores do exercício da função administrativa.
(Certo)
Afirmativa correta, o conceito utilizado pela banca foi da obra direito
administrativo descomplicado de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo.

b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não


alberga a noção de bem de domínio privado do Estado. (Errado)

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“Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não alberga


a noção de bem de domínio privado do Estado”. Como ensina Maria Sylvia Di Pietro,
bens de domínio privado do Estado nada mais são do que os bens dominicais, os
quais são, sim, objeto de estudo de nosso ramo do Direito, o que torna incorreta esta
afirmativa.

c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de


normas e princípios que regulam exclusivamente as relações jurídicas
administrativas entre o Estado e o particular. (Errado)
“Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de normas e
princípios que regulam exclusivamente as relações jurídicas administrativas entre o
Estado e o particular”. Também são estudadas as relações jurídicas entre os próprios
entes públicos, e não apenas aquelas travadas entre Estado e particulares.

d) O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência


de atividades contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e
administrados. (Errado)
“O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência de
atividades contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e administrados”. Pelo
contrário, verifica-se que o Direito Administrativo se ocupa do estudo da atividade
jurídica não contenciosa do Estado.

e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas


e princípios que organizam a relação jurídica exclusivamente entre os
próprios componentes da Administração Pública. (Errado)
“Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas e princípios
que organizam a relação jurídica exclusivamente entre os próprios componentes da
Administração Pública”. O erro aqui foi deixar de fora as relações jurídicas existentes
entre a Administração Pública e os particulares.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda


princípios e normas reguladores do exercício da função administrativa.
(Certo)
Afirmativa correta pautada no conceito de direito administrativo apresentado
pelos grandes mestres da referida disciplina.

De maneira sintética podemos conceituar Direito Administrativo como o


conjunto de normas e princípios que disciplinam a Administração Pública.

Aqui o conceito utilizado pela banca foi o de Marcelo Alexandrino e Vicente


Paulo:
"Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda princípios e
normas reguladores do exercício da função administrativa".

Segundo Hely Lopes Meirelles:

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“Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que


regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a realizar, concreta,
direta e imediatamente os fins desejados do Estado”.

Na lição de Celso Antônio Bandeira de Mello:

“Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que disciplina o exercício da


função administrativa”.

Na definição dada por Maria Sylvia Di Pietro:

“ Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto órgãos,
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública”.

b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não


alberga a noção de bem de domínio privado do Estado. (Errado)
O erro nessa opção é dizer que os bens de domínio privado do Estado não estão
inseridos no estudo do direito administrativo, pois como ensina a professora Maria
Sylvia Di Pietro, bens de domínio privado do Estado nada mais são do que os bens
dominicais, os quais são, sim, objeto de estudo de nosso ramo do Direito, o que torna
incorreta essa afirmativa.

c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de


normas e princípios que regulam exclusivamente as relações jurídicas
administrativas entre o Estado e o particular. (Errado)
A afirmativa peca ao citar a palavra “exclusivamente”, pois também são
estudadas as relações jurídicas entre os próprios entes públicos, e não apenas
aquelas travadas entre Estado e particulares.

Segue a definição de direito administrativo na visão do grande mestre JOSÉ


DOS SANTOS CARVALHO FILHO:

“É o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público,


regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e
as coletividades a que devem servir”.

d) O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência


de atividades contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e
administrados. (Errado)
Pelo contrário, verifica-se que o Direito Administrativo se ocupa do estudo da
atividade jurídica não contenciosa do Estado.

Na definição dada por Maria Sylvia Di Pietro:

“ Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto órgãos,
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a

MUDE SUA VIDA!


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atividade jurídica NÃO CONTENCIOSA que exerce e os bens de que utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública”.

A atividade jurídica NÃO CONTENCIOSA é também conhecida como sistema


de JURISDIÇÃO UNA, no qual ao Judiciário é dada a missão de ser o aplicador da
lei ao caso concreto independentemente do sujeito da relação conflituosa. Pode
ser causas que envolvam a Administração Pública ou podem ser as causas entre
particulares. Não há outro órgão com poder jurisdicional de dizer o direito ao caso
concreto.
É importante saber que o BRASIL NÃO adotou o sistema do contencioso
administrativo também chamado de dualidade de jurisdição ou sistema dual.

e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas


e princípios que organizam a relação jurídica exclusivamente entre os
próprios componentes da Administração Pública. (Errado)
O erro aqui foi deixar de fora as relações jurídicas existentes entre a
Administração Pública e os particulares.

Segue a definição de direito administrativo na visão do grande mestre JOSÉ


DOS SANTOS CARVALHO FILHO:

“É o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público,


regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as
coletividades a que devem servir”.

18. (ANO: 2012 BANCA: Quadrix ÓRGÃO: CRP 9ª Região (GO e TO) PROVA: Analista
Administrativo)
Leia a afirmação:
"Originário da Revolução Francesa, o sistema do administrador-juiz firmou-se na França,
vedando ao Poder Judiciário conhecer dos atos da Administração Pública. As decisões de tal
conselho têm natureza de coisa julgada".
A qual sistema administrativo se refere?
a) Sistema judiciário.
b) Contencioso administrativo.
c) Sistema anglo-saxão.
d) Contencioso legislativo.
e) Sistema de jurisdição única.

GABARITO LETRA B

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SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Sistema judiciário. (Errado)


“Sistema judiciário”. Afirmativa errada. Isso anunciado da questão se refere ao
contencioso administrativo.

b) Contencioso administrativo. (Errado)


O Contencioso Administrativo foi o sistema criado e desenvolvido na França.
Por esse sistema os atos da Administração Pública são submetidos a julgamento por
um órgão especialmente criado para tal função. Nesse sentido, quaisquer que sejam
os problemas judiciais que envolvam a Administração Pública são julgados pelo
Conselho de Estado.

c) Sistema anglo-saxão. (Errado)


“Sistema anglo-saxão”. É um sistema do Direito cuja aplicação de normas e
regras não estão escritas, mas sancionadas pelo costume ou pela jurisprudência,
nesse sistema o Direito é criado ou aperfeiçoado pelos juízes.

d) Contencioso legislativo. (Errado)


“Contencioso legislativo”. Afirmativa equivocada, pois não existe contencioso
legislativo, a banca quis confundir o aluno com o contencioso administrativo, sistema
adotado pela França.

e) Sistema de jurisdição única.


“Sistema de jurisdição única”. Sinônimo de sistema não contencioso, adotado
pela Inglaterra e não pela França.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Sistema judiciário. (Errado)


O Sistema Judiciário é regulado pela Constituição Federal nos seus artigos 92 a
126. Ele é constituído de diversos órgãos, com o Supremo Tribunal Federal (STF) no
topo. O STF tem como função principal zelar pelo cumprimento da Constituição.
Abaixo dele está o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por fazer uma
interpretação uniforme da legislação federal.
No sistema Judiciário brasileiro, há órgãos que funcionam no âmbito da União
e dos estados, incluindo o Distrito Federal e Territórios. No campo da União, o Poder
Judiciário conta com as seguintes unidades: a Justiça Federal (comum) – incluindo
os juizados especiais federais –, e a Justiça Especializada – composta pela Justiça do
Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar.
A organização da Justiça Estadual, que inclui os juizados especiais cíveis e
criminais, é de competência de cada um dos 26 estados brasileiros e do Distrito
Federal, onde se localiza a capital do país.
Tanto na Justiça da União como na Justiça dos estados, os juizados especiais
são competentes para julgar causas de menor potencial ofensivo e de pequeno valor
econômico.

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Como regra, os processos se originam na primeira instância, podendo ser


levados, por meio de recursos, para a segunda instância, para o STJ (ou demais
tribunais superiores) e até para o STF, que dá a palavra final em disputas judiciais
no país em questões constitucionais. Mas há ações que podem se originar na segunda
instância e até nas Cortes Superiores. É o caso de processos criminais contra
autoridades com prerrogativa de foro.

b) Contencioso administrativo. (Certo)


O sistema francês, ou de dualidade de jurisdição, ou sistema do
contencioso administrativo é aquele em que se veda o conhecimento pelo
Poder Judiciário de atos da administração pública, ficando esses sujeitos à
chamada jurisdição especial do contencioso administrativo, formada por tribunais de
índole administrativa.

Nesse sistema há, portanto, uma dualidade de jurisdição: a


jurisdição administrativa (formada pelos tribunais de natureza administrativa,
com plena jurisdição em matéria administrativa) e a jurisdição comum (formada
pelos órgãos do Poder Judiciário, com a competência de resolver os demais litígios).

É oportuno lembrar que o Brasil adotou o chamado sistema inglês, sistema


de jurisdição única ou sistema de controle judicial, em que todos os litígios -
administrativos ou que envolvam interesses exclusivamente privados - podem ser
resolvidos pelo Poder Judiciário, ao qual é atribuída a função de dizer, em
caráter definitivo, o direito aplicável aos casos submetidos a sua apreciação.

c) Sistema anglo-saxão. (Errado)


O sistema anglo-saxão também chamado de COMMON LAW é um sistema do
Direito cuja aplicação de normas e regras não estão escritas, mas sancionadas pelo
costume ou pela jurisprudência, nesse sistema o Direito é criado ou aperfeiçoado
pelos juízes. Nesse sistema, a jurisprudência e o costume são as principais fontes do
Direito. O Brasil não adotou esse sistema.

d) Contencioso legislativo. (Errado)


Questão errada simplesmente porque não existe contencioso legislativo.

e) Sistema de jurisdição única. (Errado)


É o sistema de controle judicial, em que todos os litígios (administrativos ou
que envolvam interesses exclusivamente privados) podem ser resolvidos pelo
Poder Judiciário, ao qual é atribuída a função de dizer, em caráter definitivo, o direito
aplicável aos casos submetidos a sua apreciação.

Sua base constitucional está no artigo 5º inciso XXXU que diz:

“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

19. (ANO: 2019 BANCA: OBJETIVA ÓRGÃO: Prefeitura de Pinto Bandeira – RS PROVA:
Auxiliar Administrativo)

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O princípio da indisponibilidade do interesse público é:


a) A atuação mais ampla da Administração, devido a sua competência de agir sem
provocação.
b) Diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração Pública.
c) Rever seus próprios atos, como um controle de atuação.
d) Revogar seus atos com fundamento em conveniência e oportunidade.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A atuação mais ampla da Administração, devido a sua competência


de agir sem provocação. (Errado)
“A atuação mais ampla da Administração, devido a sua competência de agir
sem provocação“. A afirmativa acima guarda relação com a autoexecutividade que é
um atributo dos atos praticados pela administração pública e não com o princípio da
indisponibilidade do interesse público.

b) Diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração


Pública. (Certo)
“Diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração Pública”.
Nosso gabarito, pois a Administração Pública não é dona da coisa pública, somos nós
o povo, ela é mera gestora dos bens públicos. Portanto ela não pode dispor desse
interesse.

c) Rever seus próprios atos, como um controle de atuação. (Errado)


“Rever seus próprios atos, como um controle de atuação”. A afirmativa acima
guarda relação com o princípio da AUTOTUTELA e não com o princípio da
indisponibilidade do interesse público.

d) Revogar seus atos com fundamento em conveniência e


oportunidade. (Errado)
“Revogar seus atos com fundamento em conveniência e oportunidade”. A
afirmativa acima guarda relação com o princípio da AUTOTUTELA e não com o
princípio da indisponibilidade do interesse público.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) A atuação mais ampla da Administração, devido a sua competência


de agir sem provocação. (Errado)

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A afirmativa acima guarda relação com a autoexecutividade, que é um atributo


dos atos praticados pela administração pública, e não com o princípio da
indisponibilidade do interesse público.
A autoexecutoriedade consiste em atributos pelo qual o ato administrativo pode
ser posto em execução pela própria administração pública sem necessidade de
intervenção do Poder Judiciário.

OBS.! A autoexecutoriedade jamais afasta a apreciação judicial do ato, apenas


dispensa a administração de obter ordem judicial prévia para poder praticá-lo.
Afirmamos que nesses casos o CONTRADITÓRIO, que é uma garantia constitucional,
será exercido:
A posteriori;
De forma diferida;
De forma protraída;
Postergado.

b) Diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração


Pública. (Certo)
Nosso gabarito, pois a Administração Pública não é dona da coisa pública,
somos nós o povo, ela é mera gestora dos bens públicos. Portanto ela não pode
dispor desse interesse. Ela deverá agir em busca, obrigatoriamente, do interesse
público. Por isso podemos afirmar que, enquanto o princípio da supremacia oferece
prerrogativas ao agente público, como contrapartida, para evitar excessos, o
princípio da indisponibilidade do interesse público impõe restrições à atuação
administrativa.

c) Rever seus próprios atos, como um controle de atuação. (Errado)


A afirmativa acima guarda relação com o princípio da AUTOTUTELA e não com
o princípio da indisponibilidade do interesse público.

O PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA se manifesta quando a máquina pública tem a


capacidade de rever os seus próprios atos. Ele consagrará o controle interno que a
Administração Pública exerce sobre seus próprios atos.

Reside no poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação


e da revogação. A anulação envolve problema de legalidade, a revogação trata de
mérito do ato.

Tutelar é proteger, zelar. Quando o Direito outorga poder de autotutela é, em


suma, porque prescinde a obrigatoriedade de intervenção judicial para proteção de
direitos. É que doutrina administrativista chama de autotutela administrativa.

Entendimento esse que se encontra estampado nas súmulas 346 e 473 do


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”.

MUDE SUA VIDA!


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SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial”.

d) Revogar seus atos com fundamento em conveniência e


oportunidade. (Errado)
A afirmativa acima guarda relação com o princípio da AUTOTUTELA e não com
o princípio da indisponibilidade do interesse público.

O PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA se manifesta quando a máquina pública tem a


capacidade de rever os seus próprios atos. Ele consagrará o controle interno que a
Administração Pública exerce sobre seus próprios atos.

SÚMULA 473 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

A REVOGAÇÃO é a retirada de um ato administrativo legítimo e eficaz do


mundo fático, tem fundamento no poder discricionário de que dispõe a
Administração e que SOMENTE a própria ADMINISTRAÇÃO pode realizar, por
motivo de sua conveniência e oportunidade, sendo por isso PRIVATIVA da
Administração pautada no PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA.
Ou seja, o judiciário não pode revogar um ato praticado por outro poder, e seu
EFEITO é conhecido como EX NUNC.

20. (ANO: 2010 BANCA: FCC ÓRGÃO: TRF - 4ª REGIÃO PROVA: Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
A reintegração é
a) a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção
médica.
b) o retorno à atividade de servidor em disponibilidade, mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado
c) o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de inabilitação
em estágio probatório relativo a outro cargo.
d) a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

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e) o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial
declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. (Errado)
“A investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica”. Esse conceito é para forma de provimento conhecida
como READAPTAÇÃO.

b) O retorno à atividade de servidor em disponibilidade, mediante


aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado. (Errado)
“O retorno à atividade de servidor em disponibilidade, mediante
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com
o anteriormente ocupado”. Esse conceito é para forma de provimento conhecida
como APROVEITAMENTO.

c) O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em


razão de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo. (Errado)
“O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo”. Esse conceito é para forma
de provimento conhecida como RECONDUÇÃO.

d) A reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado,


ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens. (CERTO)
É o nosso gabarito nos termos da CRFB/88 em seu artigo 41 §2º e do artigo 28
da lei 8112/90.

e) O retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando


junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.
(Errado)
“O retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta
médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria”. Esse conceito é
para forma de provimento conhecida como REVERSÃO.

SOLUÇÃO COMPLETA

MUDE SUA VIDA!


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a) A investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. (Errado)
Estamos diante da forma de provimento chamada de READAPTAÇÃO, segue
o texto da lei 8112/90:

DA READAPTAÇÃO

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será


aposentado.

§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins,


respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos
e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições
como excedente, até a ocorrência de vaga.

b) O retorno à atividade de servidor em disponibilidade, mediante


aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado. (Errado)
Estamos diante da forma de provimento chamada de APROVEITAMENTO,
segue o texto da lei 8112/90:

DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á


mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato


aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos
ou entidades da Administração Pública Federal.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em


disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema
de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado
aproveitamento em outro órgão ou entidade.

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a


disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo
doença comprovada por junta médica oficial.

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c) O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em


razão de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo. (Errado)
Estamos diante da forma de provimento chamada de RECONDUÇÃO, segue o
texto da lei 8112/90:

DA RECONDUÇÃO

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - Reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será


aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

d) A reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado,


ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens. (Certo)
É o nosso gabarito nos termos da CRFB/88 em seu artigo 41 §2º e do artigo 28
da lei 8112/90.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 41 § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,


será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo


anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em


disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será


reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em
outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

e) O retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando


junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.
(Errado)

MUDE SUA VIDA!


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Estamos diante da forma de provimento chamada de REVERSÃO, segue o


texto da lei 8112/90:

DA REVERSÃO

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I - Por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos


da aposentadoria;

II - no interesse da administração, desde que:


a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação;
e) haja cargo vago.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO ...................................................................................................................................................... 7
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 8

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. ANO: 2019 BANCA: QUADRIX ÓRGÃO: CRO – AC PROVA: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
No que diz respeito à centralização, à descentralização, à concentração, à
desconcentração, à organização administrativa da União e à administração direta e indireta,
julgue o item.
A administração pública direta é composta por órgãos, autarquias e fundações públicas.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional
A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua
estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue
o item.
As sociedades de economia mista distinguem-se das empresas públicas quanto à forma
de organização, que deve ser como sociedade anônima, e quanto à organização do capital, que
admite a participação de terceiros, desde que o acionista majoritário seja o ente federativo que
a controle.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional (+ provas)
A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua
estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue
o item.
As empresas públicas podem assumir qualquer forma de organização empresarial,
inclusive a de sociedade anônima.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional (+ provas)
A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua
estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue
o item.
As autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia mista
fazem parte da administração pública indireta.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria
A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
A administração pública direta inclui as autarquias, as fundações públicas e as empresas
públicas.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Assistente em Administração
Com referência às características dos órgãos e das entidades da administração direta e
indireta federal, julgue o seguinte item.
O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da administração pública
direta integrado à estrutura administrativa da União.
Certo ( ) Errado ( )

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7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia Federal
Acerca da administração direta e indireta, julgue o item que segue.
Decorrem do princípio da reserva legal a exigência de que as entidades da administração
indireta sejam criadas ou autorizadas por leis específicas e a de que, no caso das fundações, leis
complementares definam suas áreas de atuação.

Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia Federal
Acerca da administração direta e indireta, julgue o item que segue.
A administração direta é constituída de órgãos, ao passo que a administração indireta é
composta por entidades dotadas de personalidade jurídica própria, como as autarquias, que
são destinadas a executar serviços públicos de natureza social e atividades administrativas.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2018Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Superior
Julgue o seguinte item, relativo à organização administrativa da União.
As autarquias somente podem ser criadas mediante lei específica, enquanto empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações, que integram a administração indireta,
podem ter sua criação autorizada mediante decreto do presidente da República.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Superior
Julgue o seguinte item, relativo à organização administrativa da União.
A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se refere à
personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de direito público.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Auxiliar Legislativo - Auxiliar Operacional
Atenção: A questão refere-se a Noções de Direito Administrativo e de Administração Pública.
A solicitação de expedição de passaporte para quem desejar realizar viagem internacional
deve ser feita perante o departamento competente, que é órgão da União Federal,
a) compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade jurídica própria.
b) compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade jurídica própria.
c) compondo a Administração Pública Direta, não possuindo personalidade jurídica
própria.
d) compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo personalidade jurídica
própria.
e) não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo em vista a
particularidade do serviço público a ser prestado.
12. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Assistente Legislativo - Assistente
Administrativo
A amplitude da Administração pública considera dois grupos de instituições, que são
classificados em Administração direta e indireta. Considera-se Administração Direta,

MUDE SUA VIDA!


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a) as Fundações públicas.
b) as Autarquias.
c) as Empresas públicas.
d) as Sociedades de Economia mista.
e) a Casa Civil.
13. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Auxiliar Legislativo - Auxiliar Operacional
A Administração pública orienta-se às necessidades e às expectativas dos cidadãos-
usuários, com a prerrogativa de que o coletivo prevaleça sobre o individual. Ela estrutura-se
em dois grupos, a Administração direta e a indireta; este último representado por
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Sociedades de economia mista.
c) Ministério da Economia.
d) Assembleias Legislativas dos Estados.
e) Tribunais Regionais Eleitorais.
14. 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Administrativa
Para maior especialização na execução de atividades de sua competência, os entes
políticos podem promover a criação de entidades descentralizadas, que comporão a chamada
Administração Indireta. No tocante à Administração Indireta,
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio e capital exclusivamente estatal, devendo revestir-se
obrigatoriamente da forma de sociedade anônima.
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de personalidade jurídica de
direito privado, em vista da maior flexibilidade do seu regime jurídico, são dispensadas
de fazer licitação para realizar suas contratações.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, seja qual for o ente
político envolvido.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas subsidiárias, que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, estão sujeitas a regime de licitação e contratação pública idêntico ao
aplicável aos órgãos da Administração Direta e às entidades de direito público, como as
autarquias.
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange
também as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista,
suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

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15. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza – CE Prova: Agente Administrativo
O Estado X pretende criar uma entidade da Administração Indireta, para desempenho de
funções tipicamente estatais. Sabe-se que a existência legal da referida entidade não depende
de inscrição de seus atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas ou na junta
comercial. Diante de tais características, tal entidade é uma
a) empresa pública.
b) autarquia.
c) sociedade de economia mista.
d) fundação de direito privado.
e) empresa privada paraestatal.
16. Ano: 2019Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Agente Fiscal
Tributário
Suponha que um Município, por meio de lei, autorize a criação de entidade cujo controle
seja por ele exercido, possua a forma de sociedade anônima e conte com a participação de sócios
privados na composição do seu capital social. Considerando a situação hipotética, assinale a
alternativa correta.
a) A entidade possuirá a forma de sociedade de economia mista e integrará a
Administração Indireta.
b) A entidade integrará a Administração Direta, sendo resultado do processo de
desconcentração administrativa.
c) A entidade possuirá a forma de associação pública e integrará a Administração Indireta.
d) A entidade possuirá a forma de empresa pública, não podendo exercer atividade com
finalidade lucrativa.
e) A entidade possuirá a forma de autarquia e será dotada de personalidade jurídica de
direito privado.
17. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador – BA Prova: Assistente Legislativo
Municipal
A Administração Pública Indireta decorre da descentralização de serviços e consiste na
instituição, pelo Estado, por meio de lei, de uma pessoa jurídica a quem se atribui a titularidade
e execução de determinado serviço público, como é o caso de uma:
a) concessionária que presta serviço público essencial para um município;
b) fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização de profissionais na
área da educação;
c) empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público;
d) Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação em nível municipal;
e) sociedade de economia mista que tem personalidade jurídica de direito privado.

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18. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: SEPOG – RO Prova: Analista de Planejamento e Finanças
Arnaldo, após intensos estudos sobre as pessoas jurídicas que integram a Administração
Pública indireta, decidiu individualizar aquelas que são criadas por lei, possuem patrimônio
próprio e pertencem, em sua integralidade, ao Poder Público.
À luz da ordem jurídica vigente, os entes que apresentam essas características são as
a) autarquias.
b) sociedades de economia mista.
c) empresas públicas.
d) fundações públicas.
e) subsidiárias integrais.
19. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-TO Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Sociedade anônima cuja criação é autorizada por ente federativo e que possui
participação minoritária de capital privado em suas ações é uma
a) sociedade anônima de natureza empresarial, que não pode fazer parte da administração
pública direta ou indireta.
b) autarquia, que faz parte da administração indireta.
c) empresa pública, que faz parte da administração indireta.
d) sociedade de economia mista, que faz parte da administração indireta.
e) entidade paraestatal, que não pode fazer parte da administração pública direta ou
indireta.
20. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Analista em Gestão Especializado de
Defensoria - Administração
As entidades integrantes da Administração pública possuem diferentes características e
contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto
cometido a cada uma. Nesse sentido, as
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se
submetendo às regras do Código Civil.
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a
depender da atividade desempenhada.
c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no
mercado, integram a Administração indireta.
d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público,
seja na atividade meio ou na atividade fim.
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão
passam a integrar a Administração indireta.

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GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Certo
7. Certo
8. Certo
9. Errado
10. Errado
11. C
12. E
13. B
14. E
15. B
16. A
17. E
18. A
19. D
20. C


























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QUESTÕES COMENTADAS
1. ANO: 2019 BANCA: QUADRIX ÓRGÃO: CRO – AC PROVA: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
No que diz respeito à centralização, à descentralização, à concentração, à
desconcentração, à organização administrativa da União e à administração direta e indireta,
julgue o item.
A administração pública direta é composta por órgãos, autarquias e fundações públicas.
GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A administração pública direta é composta por órgãos, autarquias e
fundações públicas.
Essa questão está errada, pois em que pese a Administração Pública Direta
realmente ser composta por órgãos públicos, as Autarquias e as Fundações Públicas
estão inseridas na Administração Pública Indireta nos termos do decreto-lei 200/67:
SOLUÇÃO COMPLETA
A administração pública direta é composta por órgãos, autarquias e fundações
públicas.
Essa afirmativa apresentada pela banca Quadrix está equivocada, pois a
administração pública no Brasil se divide na DIRETA E INDIRETA, na administração
pública direta nós temos a chamada descentralização política que é composta pelas
ENTIDADES POLÍTICAS que são as pessoas jurídicas de DIREITO PÚBLICO que detém
autonomia político-administrativa, ou seja, podem se auto organizar por meio de leis
que elas mesmos podem editar através de seus respectivos órgãos legiferantes. São
elas: (método mnemônico: MUDE)
• MUNICÍPIO
• UNIÃO
• DISTRITO FEDERAL
• ESTADO
Qual o administração indireta temos as ENTIDADES ADMINISTRATIVAS o quê
são pessoas jurídicas que possuem autonomia administrativa, MAS NÃO possui
autonomia política pois NÃO podem criar suas próprias leis. São elas: (método
mnemônico: FASE)
• FUNDAÇÃO PÚBLICA
• AUTARQUIA
• SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
• EMPRESA PÚBLICA
Para reforçar nossa estudo acadêmico transcrevo decreto-lei 200/67:
DECRETO-LEI 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.

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2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional


A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua
estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue
o item.
As sociedades de economia mista distinguem-se das empresas públicas quanto à forma
de organização, que deve ser como sociedade anônima, e quanto à organização do capital, que
admite a participação de terceiros, desde que o acionista majoritário seja o ente federativo que
a controle.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
As sociedades de economia mista distinguem-se das empresas públicas
quanto à forma de organização, que deve ser como sociedade anônima,
e quanto à organização do capital, que admite a participação de terceiros,
desde que o acionista majoritário seja o ente federativo que a controle.
A Afirmativa está correta, senão vejamos a banca explora a diferença entre a
sociedade de economia mista e empresa pública, de fato as sociedades de economia
mista só pode ser constituída sob a modalidade empresarial de sociedade anônima,
e pelo próprio nome que ela possui entendemos que só pode ser a sociedade de
economia mista se tiver capital privado e que deve ser sempre minoritária nos termos
do decreto-lei 200/67 e lei 13.303 de 2016.

SOLUÇÃO COMPLETA
As sociedades de economia mista distinguem-se das empresas públicas
quanto à forma de organização, que deve ser como sociedade anônima, e
quanto à organização do capital, que admite a participação de terceiros,
desde que o acionista majoritário seja o ente federativo que a controle.
A Afirmativa está correta, senão vejamos a banca explora a diferença entre a
sociedade de economia mista e empresa pública, de fato as sociedades de economia
mista só pode ser constituída sob a modalidade empresarial de sociedade anônima,
e pelo próprio nome que ela possui entendemos que só pode ser a sociedade de
economia mista se tiver capital privado e que deve ser sempre minoritária nos termos
do decreto-lei 200/67 e lei 13.303 de 2016, segue os referidos diplomas normativos:
DECRETO-LEI 200/67
Art. 5º III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
LEI 13.303 DE 2016.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria
à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de
sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime
previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 .

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DIFERENÇAS ENTRE A EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA


MISTA
Por serem Pessoas jurídicas da administração indireta muito semelhantes, é
bom que você memorize as principais diferenças entre a sociedade de economia
mista empresa pública as quais apresento a seguir:
EMPRESA PÚBLICA
1- Capital totalmente público
2- Pode ser feita em qualquer Forma organizacional
3-Os processos contra as empresa pública da União têm causas julgadas
perante a Justiça Federal (CF 109 I)
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
1- Maioria de capital votante é público
2- Forma obrigatória de S.A.
3- Causas julgadas perante a Justiça Comum Estadual, súmula 556 (STF).
Exceção: Súmula 517= união no processo.

3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional (+ provas)
A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua
estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue
o item.
As empresas públicas podem assumir qualquer forma de organização empresarial,
inclusive a de sociedade anônima.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
As empresas públicas podem assumir qualquer forma de organização
empresarial, inclusive a de sociedade anônima.
O gabarito desta afirmativa é certo, pois de fato as empresas públicas no
Brasil podem se revestir de qualquer forma empresarial apresentada em nosso
ordenamento jurídico, diferente da sociedade de economia mista que só pode ser
sociedade anônima, por exemplo: podemos ter uma empresa pública formada em
comandita, não há problema algum .

SOLUÇÃO COMPLETA
As empresas públicas podem assumir qualquer forma de organização
empresarial, inclusive a de sociedade anônima.
Realmente as empresas públicas podem assumir a forma de organização
empresarial que bem entender, pois assim dispõem a lei sobre elas. Segundo o código
civil nós temos a sociedade de responsabilidade limitada (LTDA), a sociedade
anônima (S.A), a sociedade em comandita e em 2012 foi introduzido em nosso
ordenamento jurídico a EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada).
A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 3º:
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social
é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios.

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Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em


propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, SERÁ
ADMITIDA, no capital da empresa pública, a PARTICIPAÇÃO de outras pessoas
jurídicas de direito PÚBLICO INTERNO, BEM COMO de entidades da administração
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Também temos o seguinte conceito estampado no decreto-lei Nº 200, DE 25
DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei
para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por
força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de
qualquer das formas admitidas em direito.
Para confirmar nosso gabarito temos a seguir a lição do professor ALEXANDRE
MAZZA.
“Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por
autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional
livre. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES,
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, Caixa Econômica Federal – CEF,
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária– Embrapa e Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária – Infraero.
O conceito legislativo está previsto no art. 5º, II, do Decreto-Lei n. 200/67:
empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criadas por lei para
exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de
contingência, ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de
quaisquer das formas admitidas em direito.”
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; Pág.: 346)
Muita atenção, pois, diferente da empresa pública que pode ser
constituída sob qualquer modalidade em empresarial, a sociedade de
economia mista só pode ser a sociedade anônima.

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional (+ provas)
A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua
estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue
o item.
As autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia mista
fazem parte da administração pública indireta.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
As autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista fazem parte da administração pública indireta.
O erro da questão é algo simples, porém derruba muitos candidatos o que não
quero que ocorra com você. Pois o certo é afirmar que temos dentro da Administração
Indireta FUNDAÇÕES PÚBLICAS E NÃO APENAS FUNDAÇÕES.
No Brasil, as pessoas jurídicas que compõem a administração indireta nos
termos do artigo 4º, inciso II do decreto-lei 200/67 são

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a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações PÚBLICAS.
Ou seja, no brasil
SOLUÇÃO COMPLETA
As autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista fazem parte da administração pública indireta.
O erro da questão é algo simples, porém derruba muitos candidatos o que não
quero que ocorra com você. Pois o certo é afirmar que temos dentro da Administração
Indireta FUNDAÇÕES PÚBLICAS e não apenas FUNDAÇÕES.

As Fundações são pessoas jurídicas que existem para atuar em áreas sociais,
assim o Código Civil:
DAS FUNDAÇÕES
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
II – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e
conhecimentos técnicos e científicos;
III – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;
Mas professor, o que são as Fundações privadas?
Reposta: As fundações tiveram sua origem no âmbito privado, e são definidas
como a personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma finalidade específica
não lucrativa, de cunho social. O instituidor na fundação privada é um
PARTICULAR, pessoa física ou jurídica, que destaca determinados bens do seu
patrimônio e atribui a eles personalidade jurídica, objetivando fins sociais que
deverão estar presentes no respectivo estatuto, com a ausência de fins
lucrativos.
Tendo em vista essa informação, podemos agora distinguir as fundações
privadas de um particular das fundações públicas do Estado.
As Fundações Públicas podem ser tanto de direito PÚBLICO como de direito
PRIVADO, ambas são administração INDIRETA.
DECRETO-LEI 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
d) FUNDAÇÕES PÚBLICAS.

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5. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria


A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
A administração pública direta inclui as autarquias, as fundações públicas e as empresas
públicas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A administração pública direta inclui as autarquias, as fundações
públicas e as empresas públicas.
Gabarito errado, pois como temos abordado na questões passadas a
Administração Pública Direta é composta pelos órgãos das pessoas federativas, são
elas:
1-UNIÃO
2-ESTADOS
3-DISTRITO FEDERAL
4-MUNICÍPIOS

SOLUÇÃO COMPLETA
A administração pública direta inclui as autarquias, as fundações
públicas e as empresas públicas.
Gabarito da questão errado, pois as autarquias, as fundações públicas e as
empresas públicas estão inseridas no âmbito da administração pública INDIRETA e
não da DIRETA. Tenha muita atenção ao ler as assertivas em sua prova, pois a
pressa e nervosismo podem levá-lo(a) a perder pontos de bandeja, queremos treinar
você a não cometer esse equívoco. Então vamos massificar. Quais são os entes da
Administração DIRETA?
Resposta: (método mnemônico: MUDE)
• MUNICÍPIO
• UNIÃO
• DISTRITO FEDERAL
• ESTADO
E Quais são os entes da Administração INDIRETA?
Resposta:(método mnemônico: FASE)
• FUNDAÇÃO PÚBLICA
• AUTARQUIA
• SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
• EMPRESA PÚBLICA
DECRETO-LEI 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração DIRETA, que se constitui dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração INDIRETA, que compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.

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6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Assistente em Administração


Com referência às características dos órgãos e das entidades da administração direta e
indireta federal, julgue o seguinte item.
O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da administração pública
direta integrado à estrutura administrativa da União.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da
administração pública direta integrado à estrutura administrativa da União.
A afirmativa está correta, de fato o Ministério da Educação é um órgão que está
inserido na estrutura administrativa da União. Aqui temos a manifestação da
desconcentração que é conhecida como uma técnica administrativa de distribuição
de competências sempre dentro de uma mesma pessoa jurídica. Como, por exemplo:
a criação de vários ministérios, de departamentos ou de secretarias.

SOLUÇÃO COMPLETA
O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da
administração pública direta integrado à estrutura administrativa da União.
Afirmativa totalmente correta, pois os ministérios e secretarias são órgão e não
pessoas jurídicas. Para solidificar a informação realmente os Ministérios são órgãos
públicos do poder executivo e como pertencem a união, eles integram a
administração pública direta.
Os ministérios são órgãos classificados como “AUTÔNOMOS”. Eles gozam de
ampla autonomia administrativa, financeira e técnica e dotados de competências de
planejamento, supervisão e controle sobre outros órgãos.
Para ampliarmos o nosso estudo, vale a pena dizer que todo órgão Público é
uma distribuição interna de uma pessoa jurídica, pode ser da administração direta
ou na indireta. É uma unidade despersonalizada de atuação, ou seja, não tem
personalidade jurídica.
Exemplos de órgãos públicos da União em seu poder Executivo: Ministério da
Justiça e Segurança Publica (PF, PRF), Ministério da Economia (Receita Federal,
Secretaria do Tesouro Nacional), Ministério da Defesa, Ministério das Relações
Exteriores
Exemplos de órgãos públicos da União em seu poder Legislativo:
Câmara dos deputados, Senado Federal
Exemplos de órgãos públicos da União em seu poder Judiciário: STF,
Tribunais Superiores, TRF, TRE, TRT.
Lei 9784/99

Art. 1º § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração


direta e da estrutura da Administração indireta;

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7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia Federal
Acerca da administração direta e indireta, julgue o item que segue.
Decorrem do princípio da reserva legal a exigência de que as entidades da administração
indireta sejam criadas ou autorizadas por leis específicas e a de que, no caso das fundações, leis
complementares definam suas áreas de atuação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Decorrem do princípio da reserva legal a exigência de que as
entidades da administração indireta sejam criadas ou autorizadas por leis
específicas e a de que, no caso das fundações, leis complementares
definam suas áreas de atuação.
A questão está correta. Ela aborda o art. 37, XIX, da CF, que nos ensinam que
somente POR LEI ESPECÍFICA poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo a LEI COMPLEMENTAR definir as áreas de atuação da fundação pública.
No tocante ao princípio da reserva legal, ele significa que determinadas
matérias dependerão de lei formal, ou seja, são as matérias que devem ser
disciplinadas em leis ordinárias ou complementares.
SOLUÇÃO COMPLETA
Decorrem do princípio da reserva legal a exigência de que as entidades
da administração indireta sejam criadas ou autorizadas por leis específicas
e a de que, no caso das fundações, leis complementares definam suas áreas
de atuação.
Correta a assertiva, pois a mesma aborda brilhantemente a aplicação do
princípio da reserva legal, o texto constitucional em seu artigo 37, inciso XIX nos diz
que “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”
Quando falamos em reserva legal, estamos afirmando que algo só pode ser
tratado por lei, ou seja, a disciplina daquela determinada matéria está reservada à
lei. É o que ocorre no caso das entidades da administração indireta como lemos
acima.
Vale a transcrição do entendimento do professor RAFAEL CARVALHO REZENDE
OLIVEIRA sobre o princípio da reserva legal.
“O princípio da reserva legal deve ser observado na instituição das entidades
administrativas, pois o art. 37, XIX, da CRFB exige lei específica para criação ou para
autorizar a criação dessas entidades. A lei, no caso, será de iniciativa privativa do
chefe do Poder Executivo, na forma do art.61, § 1.º, II, “b” e “e”, da CRFB.
Enquanto as pessoas jurídicas de direito público (autarquias e fundações
públicas de direito público) são instituídas diretamente pela lei, as pessoas jurídicas
de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas de direito privado) são criadas, após autorização legal, por meio do registro
dos respectivos atos constitutivos, como se exige para as pessoas jurídicas privadas
em geral (art. 45 do CC).
Em razão do princípio da reserva legal, as entidades administrativas só podem
desempenhar as atividades que estiverem, especialmente, previstas na respectiva lei
de criação ou autorizativa. A atuação administrativa em desconformidade com os
limites e com as possibilidades legais deve ser considerada inválida.”
(Curso de Direito Administrativo; 6ª Edição; Rafael Carvalho Rezende Oliveira;
Pag. 120)

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8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia Federal
Acerca da administração direta e indireta, julgue o item que segue.
A administração direta é constituída de órgãos, ao passo que a administração indireta é
composta por entidades dotadas de personalidade jurídica própria, como as autarquias, que
são destinadas a executar serviços públicos de natureza social e atividades administrativas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A administração direta é constituída de órgãos, ao passo que a
administração indireta é composta por entidades dotadas de personalidade
jurídica própria, como as autarquias, que são destinadas a executar serviços
públicos de natureza social e atividades administrativas.
A banca considerou nesta questão a doutrina de José dos Santos Carvalho filho,
de fato de acordo com o respeitado professor a administração direta é o conjunto de
órgãos que integram as Pessoas Federativas. No tocante às autarquias são chamadas
pela doutrina de serviços personificados que desempenha atividades administrativas,
quando a questão fala sobre serviços públicos de natureza social está apontando para
a autarquia fundacional ou fundação autárquica.
SOLUÇÃO COMPLETA
A administração direta é constituída de órgãos, ao passo que a
administração indireta é composta por entidades dotadas de personalidade
jurídica própria, como as autarquias, que são destinadas a executar serviços
públicos de natureza social e atividades administrativas.
A questão foi considerada pela banca como correta e ela claramente adota a
doutrina do professor José dos Santos Carvalho filho. Veja o que diz o grande mestre:
PROFESSOR JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO
Administração Direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas
federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma
centralizada, das atividades administrativas do Estado. Em outras palavras, significa
que “a Administração Pública é, ao mesmo tempo, a titular e a executora do serviço
público”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; Pag. 673)
“Ao fixar os contornos jurídicos das autarquias, o Decreto-lei n o 200/1967
consignou que seriam elas destinadas a executar atividades típicas da administração
pública, expressão que, é fácil notar, suscita dúvidas a respeito de seu sentido. A
noção de atividades típicas é extremamente fluida e variável no tempo e no
espaço: em determinado momento, por exemplo, certa atividade pode não ser
considerada própria da Administração, e depois passar a sê-lo. Em nosso entender,
porém, o legislador teve o escopo de atribuir às autarquias A EXECUÇÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS DE NATUREZA SOCIAL E DE ATIVIDADES
ADMINISTRATIVAS, com a exclusão dos serviços e atividades de cunho econômico
e mercantil, estes adequados a outras pessoas administrativas, como as sociedades
de economia mista e as empresas públicas. Um serviço de assistência a regiões
inóspitas do país ou um serviço médico podem ser normalmente prestados por
autarquias, mas o mesmo não se passa, por exemplo, com a prestação de serviços
bancários ou de fabricação de produtos industriais, atividades próprias de pessoas
administrativas privadas. Aliás, houve na Administração algumas correções de rumo,
adequando-se a categoria da entidade a seus fins institucionais.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; Pag. 693)
Agora que lemos o que diz o professor sobre a administração direta em seu
conceito e de seu posicionamento sobre as autarquias fica claro o que o gabarito da
questão é certo.

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9. Ano: 2018Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Superior
Julgue o seguinte item, relativo à organização administrativa da União.
As autarquias somente podem ser criadas mediante lei específica, enquanto empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações, que integram a administração indireta,
podem ter sua criação autorizada mediante decreto do presidente da República.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
As autarquias somente podem ser criadas mediante lei específica,
enquanto empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
que integram a administração indireta, podem ter sua criação autorizada
mediante decreto do presidente da República.
A afirmativa está errada porque a própria Constituição Federal em seu artigo
37 inciso XIX, vai nos dizer que a autarquia será criada por lei, as demais entidades
da administração indireta são autorizadas por lei também e não por decreto,
respeitando o princípio da reserva legal.
Analise comigo o que diz o artigo 37 da constituição Federal:
XIX- Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autoridade a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
SOLUÇÃO COMPLETA
As autarquias somente podem ser criadas mediante lei específica,
enquanto empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
que integram a administração indireta, podem ter sua criação autorizada
mediante decreto do presidente da República.
A afirmação está errada devido ao fato de dizer que podemos ter a criação de
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mediante decreto,
pois no Brasil a criação ou autorização da pessoas jurídicas que compõem a
administração indireta ficou RESERVADO APENAS A LEI e quando falamos em
reserva legal, estamos afirmando que algo só pode ser tratado por lei, ou seja, a
disciplina daquela determinada matéria está reservada à lei. É o que ocorre no caso
das entidades da administração indireta como lemos acima.
Vale a transcrição do entendimento do professor RAFAEL CARVALHO REZENDE
OLIVEIRA sobre o princípio da reserva legal.
“O princípio da reserva legal deve ser observado na instituição das entidades
administrativas, pois o art. 37, XIX, da CRFB exige lei específica para criação ou para
autorizar a criação dessas entidades. A lei, no caso, será de iniciativa privativa do
chefe do Poder Executivo, na forma do art.61, § 1.º, II, “b” e “e”, da CRFB.
Enquanto as pessoas jurídicas de direito público (autarquias e fundações
públicas de direito público) são instituídas diretamente pela lei, as pessoas jurídicas
de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas de direito privado) são criadas, após autorização legal, por meio do registro
dos respectivos atos constitutivos, como se exige para as pessoas jurídicas privadas
em geral (art. 45 do CC).
Em razão do princípio da reserva legal, as entidades administrativas só podem
desempenhar as atividades que estiverem, especialmente, previstas na respectiva lei
de criação ou autorizativa. A atuação administrativa em desconformidade com os
limites e com as possibilidades legais deve ser considerada inválida.”
(Curso de Direito Administrativo; 6ª Edição; Rafael Carvalho Rezende Oliveira;
Pag. 120)

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10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Superior
Julgue o seguinte item, relativo à organização administrativa da União.
A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se refere à
personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de direito público.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se
refere à personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado,
esta é de direito público.
A afirmativa está equivocada pelo fato de dizer que a empresa pública difere
da sociedade de economia mista no que se refere à personalidade jurídica, pois as
duas estatais são necessariamente regidas pelo direito privado,
independentemente de serem prestadoras de serviço público ou explorarem atividade
econômica.
SOLUÇÃO COMPLETA
A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se
refere à personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado,
esta é de direito público.
Afirmação errada, pois ambas as pessoas jurídicas apresentadas no enunciado
são regidas pelo direito privado, então dizer que a empresa pública difere da
sociedade de economia mista no que se refere à personalidade jurídica é um erro.
No tocante a criação das empresas públicas e das sociedades de economia
mista vale lembrar que elas nascem da mesma forma, ou seja, ambas terão sua
criação autorizadas por LEI ESPECÍFICA (princípio da reserva legal). O que
justifica seu regime ser de direito privado é o fato de que elas se submetem ao código
civil para existirem, pois após a edição da lei autorizativa ainda se faz necessário
realizar a escrituração dos seus atos constitutivos na repartição competente (cartório
de registro de pessoas jurídicas ou junta comercial).
No nosso ordenamento jurídico é também muito claro quanto ao regime jurídico
das estatais, segue o arcabouço jurídico brasileiro sobre as respectivas entidades:
A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 3º:
Art. 3º EMPRESA PÚBLICA é a entidade dotada de PERSONALIDADE
JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios.
Art. 4º SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é a entidade dotada de
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, com criação autorizada por
lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em
sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade
da administração indireta.
Também temos o seguinte conceito estampado no decreto-lei Nº 200, DE 25
DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de PERSONALIDADE JURÍDICA
DE DIREITO PRIVADO, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado
por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer
por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de
qualquer das formas admitidas em direito.
III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - a entidade dotada de
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações
com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
Administração Indireta

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11. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Auxiliar Legislativo - Auxiliar Operacional
Atenção: A questão refere-se a Noções de Direito Administrativo e de Administração Pública.
A solicitação de expedição de passaporte para quem desejar realizar viagem internacional
deve ser feita perante o departamento competente, que é órgão da União Federal,
a) compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade jurídica própria.
b) compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade jurídica própria.
c) compondo a Administração Pública Direta, não possuindo personalidade jurídica
própria.
d) compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo personalidade jurídica
própria.
e) não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo em vista a
particularidade do serviço público a ser prestado.

GABARITO LETRA C
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade
jurídica própria. (Errado)
“compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade jurídica
própria.” A opção afirma que o departamento possui personalidade jurídica quando
na verdade se trata de um órgão público desprovido que tal personalidade.
b) compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade
jurídica própria. (Errado)
“compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade jurídica
própria.” A opção afirma que o departamento possui personalidade jurídica quando
na verdade se trata de um órgão público desprovido que tal personalidade.
c) compondo a Administração Pública Direta, não possuindo
personalidade jurídica própria. (Certo)
Nosso gabarito, pois de fato todo órgão público que está ligado a União federal
pertence a administração pública direta e é desprovido de personalidade jurídica.
d) compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo
personalidade jurídica própria. (Errado)
“compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo personalidade
jurídica própria.” A opção afirma que o departamento específico da União pertence à
administração indireta causando erro a afirmativa.
e) não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo
em vista a particularidade do serviço público a ser prestado. (Errado)
“não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo em vista a
particularidade do serviço público a ser prestado.” A afirmativa está errada, pois de
fato todo órgão público que está ligado a União federal pertence a administração
pública direta e é desprovido de personalidade jurídica.

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade
jurídica própria. (Errado)
“compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade jurídica
própria.” A opção afirma que o departamento possui personalidade jurídica quando
na verdade se trata de um órgão público desprovido que tal personalidade. O
professor Alexandre Mazza afirma que “Órgão público é um núcleo de
competências estatais sem personalidade jurídica própria.”
Lembre-se que está disposto no artigo 1ª §2º da lei 9784/99 que diz:
Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - ÓRGÃO - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração
direta e da estrutura da Administração indireta;
II - ENTIDADE - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - AUTORIDADE - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
b) compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade
jurídica própria. (Errado)
“compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade jurídica
própria.” A opção afirma que o departamento possui personalidade jurídica quando
na verdade se trata de um órgão público desprovido que tal personalidade.
Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos “nada mais
significam que círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes
funcionais repartidos no interior da personalidade estatal e expressados
através dos agentes neles providos”
Lembre-se que está disposto no artigo 1ª §2º da lei 9784/99 que diz:
Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - ÓRGÃO - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração
direta e da estrutura da Administração indireta;
II - ENTIDADE - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - AUTORIDADE - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
c) compondo a Administração Pública Direta, não possuindo
personalidade jurídica própria. (Certo)
Nosso gabarito, pois de fato todo órgão público que está ligado a União federal
pertence a Administração Pública Direta e é desprovido de personalidade jurídica.
Os departamentos responsáveis pela expedição dos passaportes do brasil
integram a polícia federal que também é um órgão da UNIÃO, segue o que diz nosso
ordenamento jurídico:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO V - Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas
CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. [...]
§ 1º A POLÍCIA FEDERAL, instituída por lei como ÓRGÃO PERMANENTE,
organizado e mantido pela UNIÃO e estruturado em carreira, destina-se a:
DECRETO Nº 1.983, DE 14 DE AGOSTO DE 1996.
ANEXO - REGULAMENTO DE DOCUMENTOS DE VIAGEM
CAPÍTULO II - DO PASSAPORTE
Art. 5º Os passaportes comum, para estrangeiro e de emergência serão
expedidos, no território nacional, pelo DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL e,
no exterior, pelas repartições consulares.
d) compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo
personalidade jurídica própria. (Errado)
“compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo personalidade
jurídica própria.” A opção afirma que o departamento específico da União pertence à
administração indireta o que é um equívoco, pois o departamento da polícia federal
responsável pela expedição de passaporte no Brasil integra a administração pública
direta devido ao fato de estar ligada diretamente à UNIÃO e não as entidades que
compõem a administração indireta que são as fundações públicas, sociedades de
economia mista, empresas públicas e as autarquias.
e) não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo
em vista a particularidade do serviço público a ser prestado. (Errado)

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“não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo em vista a


particularidade do serviço público a ser prestado.” A afirmativa está errada, pois de
fato todo órgão público que está ligado a União federal pertence a administração
pública direta e é desprovido de personalidade jurídica, lembrando que a
Administração pública indireta também possuem órgãos públicos.
A professora Maria Sílvia Zanella de Pietro faz a seguinte afirmação em sua
obra:
“Estabelece o artigo 1º, § 2º, inciso I, da Lei nº 9.784, de 29-1-99, que
disciplina o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal,
órgão é “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração
DIRETA e da estrutura da Administração INDIRETA”. Isto equivale a dizer que
o órgão não tem personalidade jurídica própria, já que integra a estrutura da
Administração Direta”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG.
1203)

12. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Assistente Legislativo - Assistente
Administrativo
A amplitude da Administração pública considera dois grupos de instituições, que são
classificados em Administração direta e indireta. Considera-se Administração Direta,
a) as Fundações públicas.
b) as Autarquias.
c) as Empresas públicas.
d) as Sociedades de Economia mista.
e) a Casa Civil.

GABARITO LETRA E
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) as Fundações públicas. (Errado)
“as Fundações públicas”. Afirmativa errada, pois as fundações públicas
integram nos termos do decreto lei 200/67 a administração pública indireta.
b) as Autarquias. (Errado)
“as Autarquias”. Afirmativa errada, pois as Autarquias integram nos termos do
decreto lei 200/67 a administração pública indireta.
c) as Empresas públicas. (Errado)
“as Empresas públicas”. Afirmativa errada, pois as Empresas públicas integram
nos termos do decreto lei 200/67 a administração pública indireta.
d) as Sociedades de Economia mista. (Errado)
“as Sociedades de Economia mista”. Afirmativa errada, pois as Sociedades de
Economia mista integram nos termos do decreto lei 200/67 a administração pública
indireta
e) a Casa Civil. (Certo)
Estamos diante do gabarito da questão, pois de fato a Casa civil é o órgão
diretamente ligado ao Poder executivo Federal, estadual, distrital ou municipal .

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) as Fundações públicas. (Errado)
Afirmativa errada, pois as fundações públicas integram nos termos do decreto
lei 200/67 a administração pública indireta.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa,
para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos
da União e de outras fontes.
b) as Autarquias. (Errado)
Afirmativa errada, pois as Autarquias integram nos termos do decreto lei
200/67 a administração pública indireta.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I- AUTARQUIA - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.
c) as Empresas públicas. (Errado)
Afirmativa errada, pois as Empresas públicas integram nos termos do decreto
lei 200/67 a administração pública indireta.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei
para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por
força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de
qualquer das formas admitidas em direito.
A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 3º:
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social
é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios.
d) as Sociedades de Economia mista. (Errado)
Afirmativa errada, pois as Sociedades de Economia mista integram nos termos
do decreto lei 200/67 a administração pública indireta
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - É a entidade dotada de personalidade
jurídica de DIREITO PRIVADO, criada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima (S.A), cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 4º:
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos
Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
e) a Casa Civil. (Certo)
Estamos diante do gabarito da questão, pois de fato a Casa civil é o órgão
diretamente ligado ao Poder executivo Federal, estadual, distrital ou municipal.
No Brasil, a Casa Civil é o órgão diretamente ligado ao chefe do Poder
executivo da federação ou alguma unidade da federação, criado pelo decreto-lei n°
920 de 1 de dezembro de 1938. Por fazer parte da estrutura do poder executivo,
pode possuir status de ministério ou secretaria de governo, conforme se refira ao
poder executivo federal ou estadual, respectivamente.

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Devido à ligação direta com o chefe do Poder Executivo nos sistemas de


governo presidencialistas, o chefe da Casa Civil geralmente é considerado o ministro
mais importante, podendo ser comparado à figura do primeiro-ministro dos sistemas
parlamentaristas, embora as funções de primeiro-ministro sejam efetivamente
exercidas pelo Presidente da República num regime presidencialista, em que o
presidente é ao mesmo tempo Chefe de Governo e Chefe de Estado.
De uma maneira bem ampla, o ministro da Casa Civil é o que tem a função de
ajudar o governo a gerenciar e integrar todas as suas funções
(FONTE: Wikipédia)

13. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Auxiliar Legislativo - Auxiliar Operacional
A Administração pública orienta-se às necessidades e às expectativas dos cidadãos-
usuários, com a prerrogativa de que o coletivo prevaleça sobre o individual. Ela estrutura-se
em dois grupos, a Administração direta e a indireta; este último representado por
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Sociedades de economia mista.
c) Ministério da Economia.
d) Assembleias Legislativas dos Estados.
e) Tribunais Regionais Eleitorais.

GABARITO LETRA B
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) Supremo Tribunal Federal. (Errado)
Supremo Tribunal Federal. A Afirmativa errada pois o Supremo Tribunal Federal
é um órgão vinculado ao poder judiciário.
b) Sociedades de economia mista. (Certo)
nosso gabarito, pois de fato a única opção que se encaixa em uma entidade
que faz parte da administração direta nesta questão é a sociedade de economia mista
todas as demais opções correspondem a órgão da administração direta.
c) Ministério da Economia. (Errado)
Ministério da Economia. Opção errada pois o Ministério da economia é um
órgão autônomo integrante da administração pública direta federal.
d) Assembleias Legislativas dos Estados. (Errado)
Assembleias Legislativas dos Estados. Afirmativa também é equivocada pois as
assembleias legislativas dos estados são ordens vinculados ao poder legislativo.
e) Tribunais Regionais Eleitorais. (Errado)
Tribunais Regionais Eleitorais. estamos de uma afirmativa equivocada pelo
fato de os “TREs” fazerem parte do poder judiciário é não da administração
indireta.

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) Supremo Tribunal Federal. (Errado)
A Afirmativa errada, pois o Supremo Tribunal Federal é um órgão vinculado ao
poder judiciário segundo a nossa carta magna.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
b) Sociedades de economia mista. (Certo)
nosso gabarito, pois de fato a única opção que se encaixa em uma entidade
que faz parte da administração direta nesta questão é a sociedade de economia mista
todas as demais opções correspondem a órgão da administração direta.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, que compreende as seguintes categorias
de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
C) SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA.
d) fundações públicas.
c) Ministério da Economia. (Errado)
Ministério da Economia. Opção errada pois o Ministério da economia é um
órgão autônomo integrante da administração pública direta federal.
d) Assembleias Legislativas dos Estados. (Errado)
Assembleias Legislativas dos Estados. Afirmativa também é equivocada pois as
assembleias legislativas dos estados são ordens vinculados ao poder legislativo.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de
trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima
de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-
sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação
às Forças Armadas.
e) Tribunais Regionais Eleitorais. (Errado)
Tribunais Regionais Eleitorais. estamos de uma afirmativa equivocada pelo fato
de os “TREs” fazerem parte do poder judiciário é não da administração indireta.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - O Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;

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III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;


IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - OS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

14. 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Administrativa
Para maior especialização na execução de atividades de sua competência, os entes
políticos podem promover a criação de entidades descentralizadas, que comporão a chamada
Administração Indireta. No tocante à Administração Indireta,
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio e capital exclusivamente estatal, devendo revestir-se
obrigatoriamente da forma de sociedade anônima.
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de personalidade jurídica de
direito privado, em vista da maior flexibilidade do seu regime jurídico, são dispensadas
de fazer licitação para realizar suas contratações.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, seja qual for o ente
político envolvido.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas subsidiárias, que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, estão sujeitas a regime de licitação e contratação pública idêntico ao
aplicável aos órgãos da Administração Direta e às entidades de direito público, como as
autarquias.
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange
também as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista,
suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

GABARITO LETRA E
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente estatal,
devendo revestir-se obrigatoriamente da forma de sociedade anônima.
(Errado)
“a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente estatal, devendo revestir-
se obrigatoriamente da forma de sociedade anônima.” está errada porque as
empresas públicas podem adotar qualquer forma, e não somente sociedade anônima
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de
personalidade jurídica de direito privado, em vista da maior flexibilidade do
seu regime jurídico, são dispensadas de fazer licitação para realizar suas
contratações. (Errado)
“as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de personalidade
jurídica de direito privado, em vista da maior flexibilidade do seu regime jurídico, são
dispensadas de fazer licitação para realizar suas contratações.” está errada porque
as entidades da Adm. Indireta com personalidade jurídica de direito privado, em
regra, NÃO ESTÃO DISPENSADAS de licitação para contratação nos termos do
artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, seja qual for o ente político envolvido. (Errado)
“somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, seja qual for o

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ente político envolvido.” está errada ao afirmar que somente LEI FEDERAL poderá
criar ou autorizar as pessoas jurídicas que compõem a administração indireta seja
qual for o ente político envolvido. Somente se exige Lei Federal quando a entidade
indireta pertencer à União.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas
subsidiárias, que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, estão sujeitas a
regime de licitação e contratação pública idêntico ao aplicável aos órgãos da
Administração Direta e às entidades de direito público, como as autarquias.
(Errado)
“a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas
subsidiárias, que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, estão sujeitas a regime de licitação e contratação
pública idêntico ao aplicável aos órgãos da Administração Direta e às entidades de
direito público, como as autarquias.” está errada porque o regime de licitação e
contratação pública das empresas pública e das sociedades de economia mista e suas
subsidiárias será diferente da forma realizada pela Administração Direta e das
entidades de direito público em geral, conforme mandamento constitucional previsto
nos incisos II e III, § 1º, art. 173, CF.
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e
funções públicas abrange também as autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. (Certo)
temos aqui o nosso gabarito pois está de acordo com a norma constitucional
prevista no inciso XVII do art. 37, que diz: XVII - a proibição de acumular ESTENDE-
SE a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;
SOLUÇÃO COMPLETA
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente estatal,
devendo revestir-se obrigatoriamente da forma de sociedade anônima.
(Errado)
Está errada porque as empresas públicas podem assumir a forma de
organização empresarial que bem entender, pois assim dispõem a lei sobre elas.
Segundo o código civil nós temos a sociedade de responsabilidade limitada (LTDA),
a sociedade anônima (S.A), a sociedade em comandita e em 2012 foi introduzido em
nosso ordenamento jurídico a EIRELI (empresa individual de responsabilidade
limitada).
A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 3º:
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social
é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em
propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, SERÁ
ADMITIDA, no capital da empresa pública, a PARTICIPAÇÃO de outras pessoas
jurídicas de direito PÚBLICO INTERNO, BEM COMO de entidades da administração
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Também temos o seguinte conceito estampado no decreto-lei Nº 200, DE 25
DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei
para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por
força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de
qualquer das formas admitidas em direito.
Para confirmar nosso gabarito temos a seguir a lição do professor ALEXANDRE
MAZZA.

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“Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por


autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional
livre. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES,
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, Caixa Econômica Federal – CEF,
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária– Embrapa e Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária – Infraero.
O conceito legislativo está previsto no art. 5º, II, do Decreto-Lei n. 200/67:
empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criadas por lei para
exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de
contingência, ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de
quaisquer das formas admitidas em direito.”
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; Pág.: 346)
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de
personalidade jurídica de direito privado, em vista da maior flexibilidade do
seu regime jurídico, são dispensadas de fazer licitação para realizar suas
contratações. (Errado)
Está errada porque as entidades da Adm. Indireta com personalidade jurídica
de direito privado, em regra, NÃO ESTÃO DISPENSADAS de licitação para
contratação nos termos do artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal.
Art. 37. A administração PÚBLICA DIRETA E INDIRETA de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, AO SEGUINTE:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
Temos também positivado na lei 13.303 de 2016 a obrigação via de regra tem
procedimento licitatório pelas empresas públicas e sociedade de economia mista,
segue o texto normativo:
LEI 13.303/2016
DAS LICITAÇÕES
Seção I
Da Exigência de Licitação e dos Casos de Dispensa e de Inexigibilidade
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às
EMPRESAS PÚBLICAS E ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, inclusive de
engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e
ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem
integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais
bens, SERÃO PRECEDIDOS DE LICITAÇÃO NOS TERMOS DESTA LEI,
ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, seja qual for o ente político envolvido. (Errado)
Está errada ao afirmar que somente LEI FEDERAL poderá criar ou autorizar as
pessoas jurídicas que compõem a administração indireta seja qual for o ente político
envolvido. Somente se exige Lei Federal quando a entidade indireta pertencer à
União. Pois quando estivermos diante da necessidade de criação da administração
pública indireta dentro do Estado deverá existir uma lei estadual específica para criar
ou autorizar as respectivas pessoas jurídicas que a integraram. Se estivermos diante
da necessidade de se criar uma personalidade jurídica da administração indireta na
seara municipal deverá ser provocada a Câmara de Vereadores para a edição da
referida lei.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas
subsidiárias, que explorem atividade econômica de produção ou

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comercialização de bens ou de prestação de serviços, estão sujeitas a


regime de licitação e contratação pública idêntico ao aplicável aos órgãos da
Administração Direta e às entidades de direito público, como as autarquias.
(Errado)
Está errada porque o regime de licitação e contratação pública das empresas
pública e das sociedades de economia mista e suas subsidiárias será diferente da
forma realizada pela Administração Direta e das entidades de direito público em
geral, conforme mandamento constitucional previsto nos incisos II e III, § 1º, art.
173, CF. Para as pessoas jurídicas regidas pelo direito público no Brasil teremos a
aplicação da lei 8.666 de 93, porém para a sociedade de economia mista é empresas
públicas e suas subsidiárias. A aplicação da lei 8.666 de 93 será apenas em casos
específicos, pois o procedimento licitatório a ser observado por tais pessoas jurídicas
serão diferenciados nos termos da lei 13.303 de 2016. Segue a base constitucional e
legal dessa informação:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Art. 173...
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - Sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;

II - A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive


quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

III - LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO de obras, serviços, compras e alienações,


observados os princípios da administração pública;
LEI 13.303/2016
DAS LICITAÇÕES
Seção I
Da Exigência de Licitação e dos Casos de Dispensa e de Inexigibilidade
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às
EMPRESAS PÚBLICAS E ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, inclusive de
engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e
ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem
integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais
bens, SERÃO PRECEDIDOS DE LICITAÇÃO NOS TERMOS DESTA LEI,
ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta Lei as normas de
direito penal contidas nos ARTS. 89 A 99 DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE
1993 .
Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão utilizados, na
ordem em que se encontram enumerados, os seguintes critérios de desempate:
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova
proposta fechada, em ato contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista
sistema objetivo de avaliação instituído;
III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de
1991 , E NO § 2º DO ART. 3º DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 ;
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e
funções públicas abrange também as autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. (Certo)
Temos aqui o nosso gabarito, pois está de acordo com a norma constitucional
prevista nos incisos XVI e XVII do art. 37, que dizem:
“XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, EXCETO,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto
no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

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c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com


profissões regulamentadas;
XVII- A PROIBIÇÃO de acumular ESTENDE-SE a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista,
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público;”

15. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza – CE Prova: Agente Administrativo
O Estado X pretende criar uma entidade da Administração Indireta, para desempenho de
funções tipicamente estatais. Sabe-se que a existência legal da referida entidade não depende
de inscrição de seus atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas ou na junta
comercial. Diante de tais características, tal entidade é uma
a) empresa pública.
b) autarquia.
c) sociedade de economia mista.
d) fundação de direito privado.
e) empresa privada paraestatal.

GABARITO LETRA B
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) empresa pública. (Errado)
Empresa pública. Afirmativa está errada, pois a empresa pública por ser
regida pelo direito privado precisa arquivar seus atos constitutivos no cartório de
registro de pessoa jurídica ou junta comercial.
b) autarquia. (Certo)
nosso gabarito. As autarquias são pessoa jurídica de direito público,
integrante da Administração Indireta, e para existirem precisam apenas de lei
específica, dispensando assim a necessidade de se arquivar os atos constitutivos no
cartório.
c) sociedade de economia mista. (Errado)
Sociedade de economia mista. Afirmativa está errada, pois a sociedade de
economia mista por ser regida pelo direito privado precisa arquivar seus atos
constitutivos no cartório de registro de pessoa jurídica ou junta comercial.
d) fundação de direito privado. (Errado)
Fundação de direito privado. Afirmativa está errada, pois a fundação de
direito privado por ser regida pelo direito privado precisa arquivar seus atos
constitutivos no cartório de registro de pessoa jurídica.
e) empresa privada paraestatal. (Errado)
Empresa privada paraestatal. Afirmativa está errada, pois a empresa privada
paraestatal por ser regida pelo direito privado precisa arquivar seus atos
constitutivos no cartório de registro de pessoa jurídica ou junta comercial.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) empresa pública. (Errado)
A afirmativa está errada, pois a empresa pública por ser regida pelo direito
privado precisa arquivar seus atos constitutivos no cartório de registro de pessoa
jurídica ou junta comercial.

Essa informação está positivada em nosso ordenamento jurídico no CÓDIGO


CIVIL de 2002, segue o texto normativo:

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Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
b) autarquia. (Certo)
nosso gabarito. As autarquias são pessoa jurídica de direito público, integrante
da Administração Indireta, e para existirem precisam apenas de lei específica,
dispensando assim a necessidade de se arquivar os atos constitutivos no cartório.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 37 XIX – somente por lei específica PODERÁ SER CRIADA AUTARQUIA
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação;
Segue o ensinamento do mestre Alexandre Mazza:
“Além disso, as pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei (art. 37,
XIX, da CF), o que significa dizer que o surgimento da personalidade jurídica ocorre
com a entrada em vigor da lei instituidora, sem necessidade de registro em
cartório (devido processo legal público de criação). Se não houver previsão de
vacatio legis, a entrada em vigor da lei instituidora ocorre na data de sua publicação
da lei. Se existir previsão de vacatio legis, a personalidade jurídica surge somente
após o encerramento do intervalo entre a publicação e a entrada em vigor.”
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; Pág.: 306)
c) sociedade de economia mista. (Errado)
Sociedade de economia mista. Afirmativa está errada, pois a sociedade de
economia mista por ser regida pelo direito privado precisa arquivar seus atos
constitutivos no cartório de registro de pessoa jurídica ou junta comercial.
Essa informação está positivada em nosso ordenamento jurídico no CÓDIGO
CIVIL de 2002, segue o texto normativo:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
d) fundação de direito privado. (Errado)
A afirmativa está errada, pois a fundação de direito privado por ser regida pelo
direito privado precisa arquivar seus atos constitutivos no cartório de registro de
pessoa jurídica.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de
outras fontes.
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV (Fundação Pública) deste artigo
adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua
constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as
demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.

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ATENÇÃO!!
Muito cuidado, pois em nosso ordenamento jurídico a fundação pública pode
ser tanto regida pelo direito público como pelo direito privado dependerá de
como ela veio a existir. Se for de direito público não precisa arquivar seus atos
constitutivos na repartição competente, pois será classificada como uma autarquia
fundacional ou fundação autárquica dispensando assim a necessidade de submeter
às regras do código civil, porém se for de direito privado, ou seja, se tiver a sua
criação autorizada por lei precisará se submeter às regras do código civil .
e) empresa privada paraestatal. (Errado)
A afirmativa está errada, pois a empresa privada paraestatal por ser regida pelo
direito privado precisa arquivar seus atos constitutivos no cartório de registro de
pessoa jurídica ou junta comercial.
Essa informação está positivada em nosso ordenamento jurídico no CÓDIGO
CIVIL de 2002, segue o texto normativo:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

16. Ano: 2019Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Agente Fiscal
Tributário
Suponha que um Município, por meio de lei, autorize a criação de entidade cujo controle
seja por ele exercido, possua a forma de sociedade anônima e conte com a participação de sócios
privados na composição do seu capital social. Considerando a situação hipotética, assinale a
alternativa correta.
a) A entidade possuirá a forma de sociedade de economia mista e integrará a
Administração Indireta.
b) A entidade integrará a Administração Direta, sendo resultado do processo de
desconcentração administrativa.
c) A entidade possuirá a forma de associação pública e integrará a Administração Indireta.
d) A entidade possuirá a forma de empresa pública, não podendo exercer atividade com
finalidade lucrativa.
e) A entidade possuirá a forma de autarquia e será dotada de personalidade jurídica de
direito privado.

GABARITO LETRA A
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) A entidade possuirá a forma de sociedade de economia mista e
integrará a Administração Indireta. (Certo)
Aqui temos o nosso gabarito diante das informações trazidas pela anunciado
da questão, pois a sociedade de economia mista realmente será autorizada por lei,
terá a participação do capital privado e deverá ser criada na modalidade
empresarial de sociedade anônima.
b) A entidade integrará a Administração Direta, sendo resultado do
processo de desconcentração administrativa. (Errado)

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Essa opção está equivocada pois quando temos uma sociedade de economia
mista estamos diante da descentralização por outorga e não diante de uma
desconcentração que é uma mera técnica administrativa de divisão interna de
competência.
c) A entidade possuirá a forma de associação pública e integrará a
Administração Indireta. (Errado)
A entidade possuirá a forma de associação pública e integrará a
Administração Indireta. Opção equivocada, pois uma associação pública nada mais
é do que um consórcio público nos termos da lei 11.107/05. Para a doutrina a
associação pública tem natureza autárquica.
d) A entidade possuirá a forma de empresa pública, não podendo
exercer atividade com finalidade lucrativa. (Errado)
A entidade possuirá a forma de empresa pública, não podendo exercer
atividade com finalidade lucrativa. Aqui temos 2 erros, o primeiro é afirmar que
teremos uma empresa pública o que não procede, pois uma empresa pública possui
o capital é 100% público e o segundo erro é quer dizer que não será possível
atividade lucrativa.
e) A entidade possuirá a forma de autarquia e será dotada de
personalidade jurídica de direito privado. (Errado)
A entidade possuirá a forma de autarquia e será dotada de personalidade
jurídica de direito privado. esta opção também está errada, pois uma autarquia
será sempre regida pelo direito público, ou seja, não será autorizada por lei e sim
criada por ela.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) A entidade possuirá a forma de sociedade de economia mista e
integrará a Administração Indireta. (Certo)
Aqui temos o nosso gabarito, de fato as sociedades de economia mista só pode
ser constituída sob a modalidade empresarial de sociedade anônima depois de termos
a edição de uma lei autorizativa e pelo próprio nome que ela possui entendemos que
só pode ser a sociedade de economia mista se tiver capital privado e que deve ser
sempre minoritária nos termos do decreto-lei 200/67 e lei 13.303 de 2016, segue
os referidos diplomas normativos:

DECRETO-LEI 200/67
Art. 5º III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
LEI 13.303 DE 2016.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria
à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de
sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime
previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 .

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b) A entidade integrará a Administração Direta, sendo resultado do


processo de desconcentração administrativa. (Errado)
Essa opção está errada, pois quando temos uma sociedade de economia mista
estamos diante da descentralização por outorga e não diante de uma
desconcentração que é uma mera técnica administrativa de divisão interna de
competência.
Vamos lembrar esse tópico?!
DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: Ocorre quando a Administração
Pública Direta por meio de uma lei ordinária específica cria uma pessoa jurídica da
administração indireta e transfere a titularidade e a execução de determinado
serviço público para ela.
DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA: É conhecida como uma técnica
administrativa de distribuição de competências sempre dentro de uma mesma pessoa
jurídica. Exemplo: a criação de vários ministérios, de departamentos ou de
secretarias.
c) A entidade possuirá a forma de associação pública e integrará a
Administração Indireta. (Errado)
Opção errada, pois uma associação pública nada mais é do que um consórcio
público nos termos da lei 11.107/05. Para a doutrina a associação pública tem
natureza autárquica.
Lei 11.107/05
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – De DIREITO PÚBLICO, no caso de constituir ASSOCIAÇÃO PÚBLICA,
mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;
Entendimento do professor Alexandre Mazza:
“Associação pública: se as entidades consorciadas optarem por conferir
natureza jurídica de direito público, a nova pessoa jurídica recebe a denominação
de associação pública. De acordo com a regra prevista no art. 6º da Lei n.
11.107/2005, a associação pública integra a Administração Pública Indireta de todos
os entes consorciados. Essa estranha característica inaugura no Brasil a figura da
entidade transfederativa porque a associação pública poderá ser ao mesmo tempo
federal, estadual e municipal, integrando todas as esferas federativas das pessoas
consorciadas.”
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; Pág.: 343)
Lição da professora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO
“o consórcio público é pessoa jurídica de direito público ou privado criada por
dois ou mais entes federativos (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios) para
a gestão associada de serviços públicos prevista no artigo 241 da Constituição; se
tiver personalidade de direito público, é denominado de associação pública,
inserindo-se na categoria de autarquia; se tiver personalidade de direito privado,
rege-se pela legislação civil, em tudo o que não for derrogado pelo direito público,
em especial pela Lei nº 11.107, de 6-4-05”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG. 958)
d) A entidade possuirá a forma de empresa pública, não podendo
exercer atividade com finalidade lucrativa. (Errado)
Aqui temos 2 erros, o primeiro é afirmar que teremos uma empresa pública o
que não procede, pois uma empresa pública possui o capital é 100% público nos
termos do artigo 3º da lei 13.303/16 que diz:

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“Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de


direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital
social é INTEGRALMENTE detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios.”
O segundo erro é afirmar que a Empresa pública ou até mesmo uma sociedade
de economia mista não pode explorar atividade econômica (lucrativa), pois caso o
estado intervenha no domínio econômico diretamente para explorar atividade
econômica nos termos do artigo 173 da Constituição federal poderá fazer apenas
através dessas 2 pessoas jurídicas.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária
aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre:
e) A entidade possuirá a forma de autarquia e será dotada de
personalidade jurídica de direito privado. (Errado)
Esta opção também está errada, pois uma autarquia será sempre regida pelo
direito público, ou seja, não será autorizada por lei e sim criada por ela. Além disso
nunca haverá capital privado tem uma autarquia oi seu capital é 100% público.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.

17. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador – BA Prova: Assistente Legislativo
Municipal
A Administração Pública Indireta decorre da descentralização de serviços e consiste na
instituição, pelo Estado, por meio de lei, de uma pessoa jurídica a quem se atribui a titularidade
e execução de determinado serviço público, como é o caso de uma:
a) concessionária que presta serviço público essencial para um município;
b) fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização de profissionais na
área da educação;
c) empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público;
d) Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação em nível municipal;
e) sociedade de economia mista que tem personalidade jurídica de direito privado.

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GABARITO LETRA E
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) concessionária que presta serviço público essencial para um
município; (Errado)
concessionária que presta serviço público essencial para um município; Essa
opção está errada pois uma concessionária de serviço público nunca terá a
titularidade de um serviço público, ela somente poderá deter a execução de tal
serviço.
b) fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização
de profissionais na área da educação; (Errado)
fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização de
profissionais na área da educação; cuidado para não confundir fundação pública de
direito privado como fundação privada, está opção também está errada pois a
fundação privada não está inserida dentro da administração indireta.
c) empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público;
(Errado)
empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público;Essa
afirmativa tenta induzir o candidato a erro, pois uma empresa pública de fato está
inserido na administração indireta sendo que toda e qualquer empresa pública será
sempre regida pelo direito privado e não público como faz menção desta afirmativa
errada.
d) Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação
em nível municipal; (Errado)
Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação em nível
municipal; Afirmativa equivocada pois não estamos diante de uma descentralização
e sim diante de uma desconcentração porque a Câmara municipal é um órgão público
desprovido de personalidade jurídica.
e) sociedade de economia mista que tem personalidade jurídica de
direito privado. (Certo)
Afirmativa correta, pois, estamos diante de uma das pessoas jurídicas que
compõem a administração pública indireta a saber são elas fundação pública,
autarquia, sociedade de economia mista e empresa pública nascem através da
técnica de descentralização por outorga na qual A administração pública direta
transfere tanto a titularidade e tá bom como a execução do serviço público.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) concessionária que presta serviço público essencial para um
município; (Errado)
Essa opção está errada pois uma concessionária de serviço público nunca terá
a titularidade de um serviço público, ela somente poderá deter a execução de tal
serviço. Pois ela receberá essa execução do serviço público mediante um contrato ou
ato administrativo unilateral através da técnica de descentralização por colaboração
ou delegação.
A professora Maria Sílvia Zanella Di Pietro faz a seguinte afirmação em sua
obra:
“Descentralização por colaboração é a que se verifica quando, por meio de
contrato ou ato administrativo unilateral, se transfere a execução de determinado

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serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente,


conservando o Poder Público a titularidade do serviço.”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG.
940)
b) fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização
de profissionais na área da educação; (Errado)
Está opção também está errada pois a fundação privada não está inserida
dentro da administração indireta. Cuidado para não confundir fundação pública de
direito privado como fundação privada.
A fundação pública seja de direito público ou seja de direito privado está
inserida na administração direta nos termos do artigo 4, inciso II do decreto-lei 200
de 67, agora uma fundação privada é uma instituição de um particular De acordo
com o código civil DE 2002 em seu artigo 62.
c) empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público;
(Errado)
O equívoco nesta assertiva está em afirmar o que é uma empresa pública será
regida pelo direito público o que é uma inverdade pois todas as empresas públicas
existentes no país preciso se submeter para a sua existência as regras estabelecidas
pelo código civil ou seja diante mão precisamos de uma lei autorizativa e depois
precisamos arquivar seus atos constitutivos o cartório de registro de pessoa jurídica
ou na junta comercial por esse motivo toda é qualquer empresa pública no Brasil
será regida pelo direito privado.
d) Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação
em nível municipal; (Errado)
a assertiva está errada pois não estamos diante de uma descentralização e sim
diante de uma desconcentração porque a Câmara municipal é um órgão público
desprovido de personalidade jurídica.
Analisemos a diferença entre os dois institutos:
DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: Ocorre quando a Administração
Pública Direta por meio de uma lei ordinária específica cria uma pessoa jurídica da
administração indireta e transfere a titularidade e a execução de determinado
serviço público para ela.
DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA: É conhecida como uma técnica
administrativa de distribuição de competências sempre dentro de uma mesma pessoa
jurídica. Exemplo: a criação de vários ministérios, de departamentos ou de
secretarias.
e) sociedade de economia mista que tem personalidade jurídica de
direito privado. (Certo)
Afirmativa correta, pois, estamos diante de uma das pessoas jurídicas que
compõem a administração pública indireta a saber são elas fundação pública,
autarquia, sociedade de economia mista e empresa pública nascem através da
técnica de descentralização por outorga na qual a administração pública direta
transfere tanto a titularidade e tá bom como a execução do serviço público.
A professora Maria Sílvia Zanella Di Pietro traz em sua obra sinônimos da
descentralização por outorga segue eles são da reconhecida mestra:
“Descentralização por SERVIÇOS, FUNCIONAL OU TÉCNICA é a que se
verifica quando o Poder Público (União, Estados ou Municípios) cria uma pessoa
jurídica de direito público ou privado e a ela atribui a TITULARIDADE E A

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EXECUÇÃO de determinado serviço público. No Brasil, essa criação somente pode


dar-se por meio de lei e corresponde, basicamente, à figura da autarquia, mas
abrange também fundações governamentais, sociedades de economia
mista, empresas públicas e suas subsidiárias, que exerçam serviços
públicos.”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG. 938)

18. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: SEPOG – RO Prova: Analista de Planejamento e Finanças

Arnaldo, após intensos estudos sobre as pessoas jurídicas que integram a Administração
Pública indireta, decidiu individualizar aquelas que são criadas por lei, possuem patrimônio
próprio e pertencem, em sua integralidade, ao Poder Público.
À luz da ordem jurídica vigente, os entes que apresentam essas características são as
a) autarquias.
b) sociedades de economia mista.
c) empresas públicas.
d) fundações públicas.
e) subsidiárias integrais.

GABARITO LETRA A
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) autarquias. (Certo)
Diante das informações apresentadas pelo enunciado da questão conseguimos
enxergar que o mesmo está apontando para a figura da autarquia portanto é o nosso
gabarito, lembrando que as autarquias serão criadas por lei, ou seja, dispensam o
arquivamento dos seus atos constitutivos no cartório de registro de pessoas jurídicas
possui autonomia administrativa, financeira e orçamentária e atuam sempre em
atividades típicas do Estado.
b) sociedades de economia mista. (errado)
Sociedades de economia mista. Não pode ser essa opção nosso gabarito porque
toda sociedade de economia mista será autorizada por lei que não criada Por Ela.
c) empresas públicas. (errado)
Empresas públicas. afirmativa errada porque a empresa pública no Brasil será
autorizada por lei eu não criada Por Ela.
d) fundações públicas. (errado)
Fundações públicas. como regra as fundações públicas são de direito privado
nos termos do decreto-lei 200 de 67 e da própria Constituição Federal em seu artigo
37 inciso XIX.
e) subsidiárias integrais. (errado)
Subsidiárias integrais. As Subsidiárias são empresas vinculadas às estatais, ou
seja, empresas públicas e sociedade de economia mista não serão criadas por lei
também serão autorizadas por ela.

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) autarquias. (Certo)
Diante das informações apresentadas pelo enunciado da questão conseguimos
enxergar que o mesmo está apontando para a figura da autarquia portanto é o nosso
gabarito, lembrando que as autarquias serão criadas por lei, ou seja, dispensam o
arquivamento dos seus atos constitutivos no cartório de registro de pessoas jurídicas
possui autonomia administrativa, financeira e orçamentária e atuam sempre em
atividades típicas do estado. Está positivada em nosso ordenamento jurídico tanto na
Constituição como em leis infraconstitucionais as quais transcrevo a seguir.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada AUTARQUIA e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação;
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I- AUTARQUIA - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.
O professor JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO conceitua a autarquia da
seguinte forma:
“Como todas as categorias de pessoas jurídicas integrantes da Administração
Indireta, as autarquias têm sua própria fisionomia, apresentando algumas
particularidades que as distinguem das demais. Basicamente, são elementos
necessários à conceituação das autarquias os relativos à personalidade jurídica, à
forma de instituição e ao objeto, os quais, pelo fato mesmo de integrarem o conceito,
serão analisados adiante em separado. À luz desses elementos, pode-se conceituar
autarquia como a pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração
Indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter
econômico, sejam próprias e típicas do Estado.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; Pag. 690)
b) sociedades de economia mista. (errado)
Não pode ser nosso gabarito porque toda sociedade de economia mista será
autorizada por lei que não criada por ela.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
AUTORIZADA a instituição de empresa pública, de SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação;
c) empresas públicas. (errado)
Empresas públicas. afirmativa errada porque a empresa pública no Brasil será
autorizada por lei eu não criada Por Ela.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
AUTORIZADA A INSTITUIÇÃO DE EMPRESA PÚBLICA, de sociedade de

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economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,


definir as áreas de sua atuação;
d) fundações públicas. (errado)
Fundações públicas. como regra as fundações públicas são de direito privado
nos termos do decreto-lei 200 de 67 e da própria Constituição Federal em seu artigo
37 inciso XIX.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
FUNDAÇÃO, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
de sua atuação;
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de
DIREITO PRIVADO, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização
legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por
órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes.
ATENÇÃO!
Lembrando que a nossa doutrina é pacífica no sentido de dizer que podemos
ter uma fundação pública regida pelo direito público sendo que é uma construção
doutrinária em nosso ordenamento jurídico e também aceita pelos nossos tribunais,
temos inclusive na prática fundo ações públicas regidas pelo direito público. A
doutrina a batizou de fundação autárquica ou autarquia fundacional.
e) subsidiárias integrais. (errado)
Subsidiárias integrais. As Subsidiárias são empresas vinculadas às estatais, ou
seja, empresas públicas e sociedade de economia mista não serão criadas por lei
também serão autorizadas por ela.
MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO
“A empresa subsidiária da sociedade de economia mista ou da empresa pública
é aquela em que o controle acionário é exercido por uma dessas modalidades de
empresas estatais, ficando a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município com
o controle indireto. Nos termos do artigo 2º, IV, do Decreto nº 8.945, de 27-12-16,
que regulamentou o estatuto jurídico das empresas estatais no âmbito da União,
empresa subsidiária é a “empresa estatal cuja maioria das ações com direito a voto
pertença direta ou indiretamente a empresa pública ou a sociedade de economia
mista”; o parágrafo único do artigo 2º do decreto regulamentar inclui no conceito de
empresa subsidiária “as subsidiárias integrais e as demais sociedades em que a
empresa estatal detenha o controle acionário majoritário, inclusive as sociedades de
propósito específico”. Embora o decreto não defina “subsidiária integral”, ela é
disciplinada na Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, 15-12-76, como
companhia em que a companhia tem como único acionista uma sociedade brasileira
(arts. 251 e 252); a empresa subsidiária corresponde à modalidade muitas vezes
referida na legislação como entidade sob controle indireto do poder público.
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG. 959)

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19. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-TO Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

Sociedade anônima cuja criação é autorizada por ente federativo e que possui
participação minoritária de capital privado em suas ações é uma
a) sociedade anônima de natureza empresarial, que não pode fazer parte da administração
pública direta ou indireta.
b) autarquia, que faz parte da administração indireta.
c) empresa pública, que faz parte da administração indireta.
d) sociedade de economia mista, que faz parte da administração indireta.
e) entidade paraestatal, que não pode fazer parte da administração pública direta ou
indireta.

GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) sociedade anônima de natureza empresarial, que não pode fazer
parte da administração pública direta ou indireta. (Errado)
sociedade anônima de natureza empresarial, que não pode fazer parte da
administração pública direta ou indireta. Essa afirmativa está errada pois diante do
anúncio da questão podemos afirmar que há uma pessoa jurídica que se enquadra
em seu conceito que é a sociedade de economia mista
b) autarquia, que faz parte da administração indireta. (Errado)
autarquia, que faz parte da administração indireta. essa opção não pode ser o
nosso gabarito pois a autarquia não terá sua criação autorizada por lei E nem terá
participação de capital privado
c) empresa pública, que faz parte da administração indireta. (Errado)
empresa pública, que faz parte da administração indireta. esta opção está
equivocada pois uma empresa pública possuirá patrimônio 100% público nos temos
do artigo quarto está lei 13.303 de 2016
d) sociedade de economia mista, que faz parte da administração
indireta. (Certo)
Aqui temos o nosso gabarito pois o enunciado se encaixa
perfeitamente no conceito de sociedade de economia mista se não vejamos
ela é autorizada por lei e terá a participação do capital privado sempre
minoritários
e) entidade paraestatal, que não pode fazer parte da administração
pública direta ou indireta. (Errado)
entidade paraestatal, que não pode fazer parte da administração pública
direta ou indireta. Essa afirmativa também se encontra errada em que pese o tema
entidade para a estatal ser extremamente controverso na nossa doutrina. De
acordo com a professora Maria Sílvia Zanella de Pietro as entidades paraestatais
são definidas como pessoas jurídicas de direito privado, instituídas por particulares,
COM OU SEM AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, para o desempenho de atividades
privadas de interesse público, mediante fomento e controle pelo Estado.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) sociedade anônima de natureza empresarial, que não pode fazer
parte da administração pública direta ou indireta. (Errado)

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Essa afirmativa está errada pois diante do anúncio da questão podemos afirmar
que há uma pessoa jurídica que se enquadra em seu conceito que é a sociedade de
economia mista. Lembrando o que é sociedade de economia mista estará inserida na
administração pública indireta e possuirá capital privado ainda que minoritário, mas
possuirá.
b) autarquia, que faz parte da administração indireta. (Errado)
essa opção não pode ser o nosso gabarito pois a autarquia não terá sua criação
autorizada por lei, pois para a sua existência basta apenas a lei específica
determinando sua criação também não será possível a participação do capital privado
na autarquia pôs seu patrimônio é totalmente público.
c) empresa pública, que faz parte da administração indireta. (Errado)
esta opção está equivocada pois uma empresa pública possuirá patrimônio
100% público nos temos do artigo 3º da lei 13.303 de 2016:

“Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de


direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital
social é INTEGRALMENTE detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios.”
d) sociedade de economia mista, que faz parte da administração
indireta. (Certo)

Aqui temos o nosso gabarito. As sociedades de economia mista só pode ser


constituída sob a modalidade empresarial de sociedade anônima depois de termos a
edição de uma lei autorizativa e pelo próprio nome que ela possui entendemos que
só pode ser a sociedade de economia mista se tiver capital privado e que deve ser
sempre minoritária nos termos do decreto-lei 200/67 e lei 13.303 de 2016, segue
os referidos diplomas normativos:
DECRETO-LEI 200/67
Art. 5º III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
LEI 13.303 DE 2016.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria
à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de
sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime
previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 .

e) entidade paraestatal, que não pode fazer parte da administração


pública direta ou indireta. (Errado)
Essa afirmativa também se encontra errada, em que pese o tema entidade para
a estatal ser extremamente controverso na nossa doutrina. De acordo com a
professora Maria Sílvia Zanella de Pietro as entidades paraestatais são definidas como
pessoas jurídicas de direito privado, instituídas por particulares, COM OU SEM

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AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, para o desempenho de atividades privadas de


interesse público, mediante fomento e controle pelo Estado.
Realmente as entidades paraestatais não fazem parte da administração
pública indireta na verdade elas prestam serviços de maneira paralela ao Estado.
Podem ser divididas em três espécies:
A) SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS (SSA);
De acordo com Hely Lopes Meirelles, "serviços sociais autônomos são
“todos aqueles instituídos por lei, com personalidade de Direito Privado, para
ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais,
sem fins lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por
contribuições parafiscais.”
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro “essas entidades não prestam serviço
público delegado pelo Estado, mas atividade privada de interesse público (serviços
não exclusivos do Estado); exatamente por isso, são incentivadas pelo Poder
Público. A atuação estatal, no caso, é de fomento e não de prestação de serviço
público.”
B) ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS);

Entidades que recebem, por delegação do Poder Público, através de contrato


administrativo, a incumbência de desenvolver serviço público de natureza social.
(DI PIETRO).
LEI N.º 9.637/88:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao
ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e
preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos
previstos nesta Lei.
C) ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
(OSCIP).
OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades
privadas atuando em áreas típicas do setor público com interesse social, que podem
ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa privada sem fins lucrativos. Ou seja,
as entidades típicas do terceiro setor. Está prevista no ordenamento jurídico
brasileiro como forma de facilitar parcerias e convênios com todos os níveis de
governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações
realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.

20. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Analista em Gestão Especializado de
Defensoria – Administração
As entidades integrantes da Administração pública possuem diferentes características e
contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto
cometido a cada uma. Nesse sentido, as
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se
submetendo às regras do Código Civil.
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a
depender da atividade desempenhada.
c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no
mercado, integram a Administração indireta.

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d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público,


seja na atividade meio ou na atividade fim.
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão
passam a integrar a Administração indireta.

GABARITO LETRA C
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) Fundações possuem necessariamente personalidade de direito
público, não se submetendo às regras do Código Civil. (Errado)
Fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se
submetendo às regras do Código Civil. Em regra, as fundações são de direito privado.
Mas existem as fundações de direito público, que são equiparadas as autarquias.
b) Autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito
público ou privado, a depender da atividade desempenhada. (Errado)
Autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou
privado, a depender da atividade desempenhada. As autarquias possuem
personalidade de direito público, somente.
c) Sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de
competição no mercado, integram a Administração indireta. (certo)
Temos aqui o nosso gabarito, de fato independentemente de a sociedade de
economia mista explorar atividade econômica ou prestar serviço público estará
inserida na administração pública indireta, pois o Brasil adotou o critério subjetivo
orgânico e formal.
d) Empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico
de direito público, seja na atividade meio ou na atividade fim. (Errado)
Empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito
público, seja na atividade meio ou na atividade fim. As empresas públicas possuem
personalidade de direito privado, somente.
e) Organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante
contrato de gestão passam a integrar a Administração indireta. (Errado)
Organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato
de gestão passam a integrar a Administração indireta. são entes da Administração
Indireta, apenas: Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista.
SOLUÇÃO COMPLETA
a) Fundações possuem necessariamente personalidade de direito
público, não se submetendo às regras do Código Civil. (Errado)
Como regra as fundações públicas no Brasil são constituídas sob o regime
jurídico de direito privado nos termos do artigo 5º do decreto-lei 200/67 e também
da Constituição Federal em seu artigo 37, inciso XIX quando menciona que a
fundação pública será autorizada por lei, então quando ela for de direito privado
precisa submeter algumas regras do direito civil sim. Para a sua criação precisa
arquivar seus atos constitutivos na repartição competente, ou seja, o cartório de
registro civil de pessoa jurídica.
b) Autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito
público ou privado, a depender da atividade desempenhada. (Errado)
Essa afirmativa está errada porque uma autarquia nunca será regida pelo
direito privado, nosso ordenamento jurídico, doutrina e jurisprudência é pacífica
neste assunto pois autarquia será sempre criada por lei. Nosso código civil em seu
artigo 41 traz às pessoas jurídicas regidas pelo direito público interno incluindo no
inciso IV as autarquias. A própria Constituição em seu artigo 37 inciso XIX diz que a

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autarquia será criada por lei e toda a personalidade jurídica que é criada por lei será
regida pelo direito público. Outra informação importante a ser traçada é que as
autarquias sempre desempenham desempenharam atividades típicas do estado.
CÓDIGO CIVIL DE 2002

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
c) Sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de
competição no mercado, integram a Administração indireta. (certo)
Temos aqui o nosso gabarito pois a sociedade de economia mista está inserida
na administração pública indireta. Nos termos da Constituição Federal em seu artigo
173 §1º podem explorar atividade econômica e também podem prestar serviço
público, independente da área de atuação sempre será integrante da administração
direta porque o Brasil adotou o sistema subjetivo orgânico e formal no qual
enxergamos a administração pública através dos agentes, dos órgãos e da entidades
que desempenham a atividade administrativa.
d) Empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico
de direito público, seja na atividade meio ou na atividade fim. (Errado)
essa afirmativa está equivocada ao dizer que as empresas públicas se
submetem integralmente ao direito público hoje é bem verdade que o regime que há
de reger uma empresa pública é o direito privado não em sua totalidade pois teremos
a incidência do direito público sim apenas não será integralmente a doutrina classifica
tal instituto como o regime jurídico híbrido que se manifesta com a imposição por
exemplo de realização de concurso público e licitação para a contratação de obras e
serviços
e) Organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante
contrato de gestão passam a integrar a Administração indireta. (Errado)
Para a doutrina majoritária as organizações sociais compõem o que nós
denominamos hoje de terceiro setor, atuam em auxílio ao estado em função de
natureza social, celebraram contrato de gestão com a administração pública, mas
nunca serão entidades da administração pública indireta pois nela estão inseridos
apenas as seguintes entidades. (método mnemônico: FASE)

• FUNDAÇÃO PÚBLICA
• AUTARQUIA
• SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
• EMPRESA PÚBLICA
LIÇÃO DA PROFESSORA ANA CLAUDIA CAMPOS
“As organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, não
integrantes da Administração Pública, que, por desempenharem uma atividade de
interesse social, assinam um contrato de gestão com o Poder Público e
recebem algumas prerrogativas advindas da qualificação como “OS”. O
regramento desse tema encontra-se na Lei Federal 9.637/1998, devendo os Estados
e Municípios, se desejarem instituir organizações sociais, produzir sua própria
legislação, pois, sendo a Lei 9.637/1998 uma lei federal, será aplicada apenas ao
âmbito da União, servindo de modelo para as futuras normatizações dos outros entes
federativos.”

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo)

No que concerne à organização administrativa do Estado, julgue o item.

A centralização concentrada consiste no desempenho de funções por uma


determinada pessoa jurídica, no âmbito da qual inexistem órgãos sem divisões internas.
Certo ( ) Errado ( )
2. (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo)
No que concerne à organização administrativa do Estado, julgue o item.

A desconcentração funcional consiste na distribuição de diferentes funções entre entes


e órgãos, observando um critério de especialização.
Certo ( ) Errado ( )
3. (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo)

No que concerne à organização administrativa do Estado, julgue o item.

A desconcentração desloca a esfera de responsabilização da entidade para o órgão


criado em razão dela.
Certo ( ) Errado ( )

4. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público)

A respeito da organização administrativa e de poderes e deveres da administração


pública, julgue o item seguinte.

A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as


secretarias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.
Certo ( ) Errado ( )
5. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista – RR Prova: Procurador
Municipal)

A respeito de improbidade administrativa, processo administrativo e organização


administrativa, julgue o item seguinte.

A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por


meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de
autorização legislativa.
Certo ( ) Errado ( )

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2
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6. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria)

A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue o item a


seguir.

A administração pública direta reflete uma administração centralizada, enquanto a


administração indireta reflete uma administração descentralizada.
Certo ( ) Errado ( )

7. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria)

A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.

A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a administração


pública, por meio de ato administrativo, transfere a execução de um serviço a uma pessoa
jurídica, mas mantém a titularidade do serviço.
Certo ( ) Errado ( )

8. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria)

A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.

A descentralização consiste na repartição de funções entre mais de um órgão de uma


mesma administração, sem que haja quebra de hierarquia, e pode ocorrer por critério
territorial.
Certo ( ) Errado ( )

9. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia)

No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da


desconcentração, julgue o item a seguir.

A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por


meio de órgãos internos e integrantes da administração pública direta.
Certo ( ) Errado ( )

10. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia)

No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da


desconcentração, julgue o item a seguir.

A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da desconcentração


é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo
permanece.
Certo ( ) Errado ( )

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3
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11. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: DPE-SC Prova: Defensor Público Substituto)

A teoria do órgão foi inspirada na Doutrina de Otto Gierke e tem grande aplicabilidade
no direito administrativo brasileiro. Com base nesta teoria, é correto afirmar:

a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio da reserva legal.


b) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos seriam caracterizados pela teoria
subjetiva, a qual corresponde às unidades funcionais da organização.
c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de fato. Desde que a
atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido exercida por um
agente que não tenha a investidura legítima.
d) É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e descentralização,
sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e essa a criação de novos órgãos.
e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva.

12. (Ano: 2018 Banca: INAZ do Pará Órgão: CRF-PE Prova: Advogado)

Idealizada por Otto Gieke, a teoria do órgão preceitua que o Estado declara sua vontade
por meio de órgãos internos, cujas atribuições são definidas em lei, mas exercidas por
agentes públicos, de modo que o ato do agente é imputado ao órgão que integra a pessoa
jurídica. Acerca da administração pública e da teoria do órgão, é correto afirmar que:

a) Os órgãos públicos podem ser criados e instintos por meio de Decretos do Presidente
da República.
b) Órgãos coletivos são aqueles constituídos por vários outros órgãos, como acontece
com os Ministérios, que compreendem vários outros, até chegar aos órgãos unitários, em
que não existem mais divisões.
c) Órgãos superiores localizam-se na cúpula da Administração e são subordinados
diretamente à chefia dos órgãos independentes, gozando de autonomia financeira,
administrativa e técnica, como é o caso dos Ministérios.
d) Os Departamentos, as Coordenadorias, as Divisões e Gabinetes são espécies de órgãos
de direção, controle e comando, porém sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico
de uma chefia.
e) Órgãos podem ser entendidos como as unidades de atuação integrantes da estrutura
da administração pública direta, porém não integram a estrutura da administração
pública indireta uma vez que essa se subordina ao regime jurídico de direito privado.

13. (Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Prova: Procurador)

Assinale a alternativa correta quanto à “Teoria da Imputação Volitiva de Gierke” conforme


definição utilizada pela doutrina brasileira majoritária.

a) Estabelece que o administrador está vinculado à existência e aos motivos do ato


administrativo.
b) Estabelece que as pessoas jurídicas administrativas expressam a sua vontade por meio de seus
próprios órgãos, titularizados por seus agentes, na forma de sua organização interna.
c) Considera que o agente público exerce sua atividade como mandatário da pessoa jurídica
estatal.
d) É sinônima da “Teoria do Órgão Direto” do direito francês que defende ser objetiva a
responsabilidade civil do Estado.
e) Não foi recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro, mas referida pela doutrina
brasileira como modo de ilustração das teorias sobre responsabilidade civil do Estado.

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14. (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo)

Em se tratando da organização político-administrativa dos Municípios, Estados e União,


a descentralização corresponde à

a) promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de um serviço a uma


nova entidade criada, integrante da Administração pública direta.
b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por parte dos entes
da Federação para transferência de parte das atribuições do ente criador para o novo
ente criado, não havendo subordinação entre elas.
c) criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada pela Administração
pública direta, a fim de descentralizar competências, fortalecendo a eficiência.
d) outorga de serviço público a entidades do Terceiro Setor, mantendo-se, entretanto,
subordinação ao ente federado responsável por sua prestação.
e) técnica de repartição ou distribuição de competências administrativas no âmbito de
uma mesma pessoa jurídica.

15. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Nível Superior - Conhecimentos Básicos)

Um ente, ao ter sido descentralizado, passou a deter a titularidade de uma atividade e a


executá-la de forma independente do ente que lhe deu origem, podendo até se opor a
interferências indevidas.

Nesse caso, o ente passou por uma descentralização

a) territorial.
b) geográfica.
c) por serviços.
d) política.
e) por colaboração.

16. (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto – SP Prova: Auditor
Fiscal Tributário Municipal)

A descentralização no âmbito da Administração pública opera-se de várias formas, sendo


um de seus exemplos a

a) delegação de serviços públicos a particulares, mediante permissão ou concessão, como


modalidade de descentralização por colaboração.
b) instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico de direito privado,
exclusivamente em relação às obrigações fiscais.
c) instituição de autarquias, como expressão da especialização da atuação da
Administração, que podem possuir natureza pública ou privada, conforme previsto na lei
instituidora.
d) criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de gestão, para atuarem
como delegatárias na prestação de serviços públicos ou atividades de interesse público.
e) criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração, com plexo de atribuições
específicas e dotados de autonomia funcional.

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17. (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: Técnico Judiciário - Área Técnico-
Administrativa)

Com o escopo de fomentar a especialização do órgão, com a consequente e posterior


melhor capacitação dos servidores lá lotados, determinado Tribunal de Justiça, no
exercício de função administrativa, observadas as formalidades legais, subdividiu o então
Departamento de Engenharia e Licitações em dois novos departamentos, um de
Engenharia e outro de Licitações.

De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, esse desmembramento de um órgão


em dois, com o objetivo de melhorar a prestação do serviço público e assim atender ao
princípio da eficiência, é a:

a) delegação administrativa;
b) centralização administrativa;
c) concentração administrativa;
d) desconcentração administrativa;
e) descentralização administrativa.

18. (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Auditor Fiscal
Tributário Municipal - Conhecimentos Gerais e Específicos 1)

Em matéria de organização administrativa brasileira, a descentralização administrativa

a) consiste na distribuição de competências e responsabilidades dentro de uma mesma


pessoa, mantendo-se a hierarquia.
b) se dá por meio da transferência de competência, apenas, para as pessoas da
Administração indireta, que possuam personalidade jurídica própria.
c) é espécie inadmissível no ordenamento jurídico pátrio.
d) se dá mediante o deslocamento de competência para uma nova pessoa, sem a
subordinação hierárquica, embora haja o controle e a fiscalização do Poder Público.
e) consiste na distribuição de competências e responsabilidade dentro de uma mesma
pessoa, deixando de existir a subordinação.

19. (Ano: 2016 Banca: UFMT Órgão: TJ-MT Prova: Distribuidor, Contador e Partidor)

De acordo com a “teoria do órgão”, entende-se que a vontade da pessoa jurídica


manifesta-se por meio dos agentes que compõem os órgãos de sua estrutura. Levando-
se em conta essa teoria, a vinculação da vontade do órgão e agente se dá mediante

a) Imputação.
b) Representação.
c) Mandato.
d) Delegação.

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20. (Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: Policial Legislativo Federal)

O artigo 37, §6°, da CRFB prevê a responsabilidade do ente público pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros. A teoria que justifica tal imputação de responsabilidade é
a

a) Teoria da Autonomia.
b) Teoria do Risco Integral.
c) Teoria da Encampação.
d) Teoria do Mandato.
e) Teoria do Órgão.

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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. CERTO
8. ERRADO
9. CERTO
10. CERTO
11. C
12. D
13. B
14. B
15. C
16. A
17. D
18. D
19. A
20. E

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo)

No que concerne à organização administrativa do Estado, julgue o item.

A centralização concentrada consiste no desempenho de funções por uma


determinada pessoa jurídica, no âmbito da qual inexistem órgãos sem divisões internas.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A centralização concentrada consiste no desempenho de funções


por uma determinada pessoa jurídica, no âmbito da qual inexistem órgãos
sem divisões internas.
A afirmativa está correta, quando a competência é exercida por um a única
pessoa jurídica sem divisões internas. Seria o caso, improvável na prática, de uma
entidade federativa que desempenhasse diretamente todas as suas competências
sem divisão em órgãos públicos.

SOLUÇÃO COMPLETA

A centralização concentrada consiste no desempenho de funções


por uma determinada pessoa jurídica, no âmbito da qual inexistem
órgãos sem divisões internas.

A afirmativa está correta pois a doutrina vai nos dizer que a centralização ocorre
a quando o Estado executa suas tarefas diretamente por meio dos órgãos e agentes
integrantes da denominada administração direta. Nesse caso, os serviços são
prestados diretamente pelos órgãos do Estado, despersonalizados, integrantes de
uma mesma pessoa política (União, Distrito Federal, estados ou municípios).
E a concentração é a técnica de cumprimento de competências
administrativas por meio de órgãos públicos despersonalizados e sem divisões
internas, ela pressupõe a ausência completa de distribuição de tarefas entre
repartições públicas interna.
Ou seja, a centralização concentrada ocorre quando a competência é
exercida por um ente público sem divisões internas. Seria o caso, improvável na
prática, de uma entidade federativa que desempenhasse diretamente todas as suas
competências sem divisão em órgãos públicos.

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2. (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo)
No que concerne à organização administrativa do Estado, julgue o item.

A desconcentração funcional consiste na distribuição de diferentes funções entre entes


e órgãos, observando um critério de especialização.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A desconcentração funcional consiste na distribuição de diferentes


funções entre entes e órgãos, observando um critério de especialização.
Errada a afirmativa, porque a forma de desconcentração funcional é baseada
em um escalonamento vertical, ou seja, está ligada à repartição de competências a
relação de subordinação entre os diversos órgãos

SOLUÇÃO COMPLETA

A desconcentração funcional consiste na distribuição de diferentes


funções entre entes e órgãos, observando um critério de especialização.
A assertiva está errada porque a desconcentração funcional (também chamada
de desconcentração hierárquica) se manifesta na distribuição de competência em
razão de subordinação entre os diversos órgãos. A professora ANA CLAUDIA
CAMPOS cita o seguinte exemplo:
“Dentro do departamento da Polícia Federal existe a diretoria de combate ao
crime organizado. Observe que os dois visam garantir a segurança pública (mesma
matéria), mas existe uma hierarquia entre eles, pois o departamento será um órgão
de maior hierarquia se comparado à diretoria”.

O professor Diogo de Figueiredo também aborda de forma sucinta esse


assunto:

“As mais importantes figuras da desconcentração hierárquica são os


ministérios, no plano federal, e as secretarias, nos demais planos federativos,
seguindo-se os departamentos, divisões, seções, serviços e outros órgãos, que
podem ser autônomos ou semiautônomos, com ou sem denominação específica,
embora todos dotados da autonomia administrativa limitada e necessária ao exercício
das respectivas competências, de modo a atuar sempre sem ruptura da linha
hierárquica central e sem criação de um novo ente”.
(Curso de Direito Administrativo; 16ª edição; Diogo de Figueiredo; p. 206)

Para sistematizar nosso estudo sobre a desconcentração, apresento a lição do


professor Alexandre Mazza:

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“A doutrina classifica as desconcentrações em diversas espécies segundo o


critério empregado para repartir as competências entre diversos órgãos públicos:

a) desconcentração territorial ou geográfica: é aquela em que as


competências são divididas delimitando as regiões onde cada órgão pode atuar. A
característica fundamental dessa espécie de desconcentração é que cada órgão
público detém as mesmas atribuições materiais dos demais, variando somente o
âmbito geográfico de sua atuação. Exemplos: Subprefeituras e Delegacias de Polícia;

b) desconcentração material ou temática: é a distribuição de competências


mediante a especialização de cada órgão em determinado assunto. Exemplo:
Ministérios da União;

c) desconcentração hierárquica ou funcional: utiliza como critério para


repartição de competências a relação de subordinação entre os diversos órgãos.
Exemplo: tribunais administrativos em relação aos órgãos de primeira instância”.
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; p. 290)

3. (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo)

No que concerne à organização administrativa do Estado, julgue o item.

A desconcentração desloca a esfera de responsabilização da entidade para o órgão


criado em razão dela.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A desconcentração desloca a esfera de responsabilização da


entidade para o órgão criado em razão dela.
Afirmativa errada pelo fato de a responsabilização não ser transferida ao órgão
em virtude de o mesmo não possuir personalidade jurídica. A responsabilidade será
sempre da entidade que o criou, pois o Brasil adotou a teoria do órgão. Nas palavras
de Celso Antônio Bandeira de Mello os órgãos “nada mais significam que círculos de
atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no interior da
personalidade estatal e expressados por meio dos agentes neles providos”.

SOLUÇÃO COMPLETA

A desconcentração desloca a esfera de responsabilização da


entidade para o órgão criado em razão dela.
A assertiva está equivocada, pois a desconcentração pressupõe divisão interna
de competência sem romper o vínculo hierárquico. As competências divididas pelos

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respectivos órgãos que a receberam permaneceram dentro da mesma pessoa


jurídica. A responsabilidade pelos atos continuará sendo pertencente à pessoa
jurídica, porque o Brasil adotou a teoria do órgão que tem por significado dizer que
a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio dos seus órgãos, e nos termos da
lei 9784/99, órgão público é uma unidade de atuação que compõem as entidades da
administração pública direta ou indireta, são unidades desprovidas de personalidade
jurídica.
Portanto, a desconcentração não tem o condão de transferir a responsabilidade
da pessoa para o órgão, até porque esse não responde pela pessoa, é o contrário, a
pessoa jurídica que responde pelos atos dos agentes que compõem os órgãos
públicos. Chamamos isso de RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO, pautado
na teoria do risco administrativo nos termos do artigo 37 § 6º da Constituição
Federal. Vale a pena dizer que a doutrina e a jurisprudência vem aceitando que alguns
órgãos públicos exerçam capacidade processual em hipóteses raras para defender
seus interesses (como ocorre com o mandado de segurança) e não para atuação em
nome da pessoa jurídica em que se integram.
Exemplos :Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Tribunal de Contas.

4. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público)

A respeito da organização administrativa e de poderes e deveres da administração


pública, julgue o item seguinte.

A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as


secretarias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A distribuição de competências a órgãos subalternos


despersonalizados, como as secretarias-gerais, é modalidade de
descentralização de poder.
Assertiva errada pelo fato de dizer que estamos diante da técnica administrativa
da descentralização, pois ao afirmar que a distribuição de competências a órgãos
subalternos despersonalizados, como as secretarias-gerais, temos a
DESCONCENTRAÇÃO HIERÁRQUICA OU FUNCIONAL.

SOLUÇÃO COMPLETA

A distribuição de competências a órgãos subalternos


despersonalizados, como as secretarias-gerais, é modalidade de
descentralização de poder.

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Assertiva errada pelo fato de dizer que estamos diante da técnica administrativa
da descentralização, pois ao afirmar que a distribuição de competências a órgãos
subalternos despersonalizados, como as secretarias-gerais, temos a
DESCONCENTRAÇÃO HIERÁRQUICA OU FUNCIONAL, que para a doutrina
significa distribuição de competências mediante a relação de subordinação entre os
diversos órgãos.
A descentralização é uma técnica Administrativa de divisão de competência
ENTRE PESSOAS e não entre órgãos. Temos a descentralização por outorga que
pressupõem por meio da lei o repasse da titularidade e execução do serviço público
para uma pessoa jurídica da administração pública indireta (também conhecida como
técnica, funcional ou por serviços), e também temos a descentralização por
colaboração na qual o poder público transfere apenas a execução do serviço para
um particular mediante contrato ou ato unilateral (também chamada de
descentralização por delegação).

5. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista – RR Prova: Procurador
Municipal)

A respeito de improbidade administrativa, processo administrativo e organização


administrativa, julgue o item seguinte.

A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por


meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de
autorização legislativa.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de


poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição
da empresa pública dependa de autorização legislativa.
A afirmativa está correta, pois uma empresa pública, por ser integrante da
administração direta, nasce por meio de um processo chamado de descentralização
por outorga, sendo que uma empresa pública, uma sociedade de economia mista ou
uma fundação pública de direito privado, por serem regidas pelo direito privado,
precisam se submeter a algumas regras do direito privado como a exigência de
arquivar os seus atos constitutivos na repartição competente. Todavia, para que isso
seja possível, temos que obedecer a exigência de termos uma autorização legislativa
nos termos do artigo 37, inciso XIX da Constituição Federal de 1988.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de


poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição
da empresa pública dependa de autorização legislativa.
A afirmativa está correta, pois uma empresa pública, por ser integrante da
administração direta, nasce por meio de um processo chamado de descentralização
por outorga, sendo que uma empresa pública, uma sociedade de economia mista ou
uma fundação pública de direito privado, por serem regidas pelo direito privado,
precisam se submeter a algumas regras do Código Civil como a exigência de arquivar
os seus atos constitutivos na repartição competente. Todavia para que isso seja
possível temos que obedecer a exigência de termos uma autorização legislativa nos
termos do artigo 37, inciso XIX da Constituição Federal de 1988.

CÓDIGO CIVIL DE 2002

“Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e AUTORIZADA
a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, nesse último caso, definir as áreas de sua
atuação.

6. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria)

A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue o item a


seguir.

A administração pública direta reflete uma administração centralizada, enquanto a


administração indireta reflete uma administração descentralizada.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A administração pública direta reflete uma administração centralizada,


enquanto a administração indireta reflete uma administração
descentralizada.
A questão está correta, pois temos uma administração centralizada como
sinônimo de execução direta de serviços públicos que é aquela por meio da qual o

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próprio Estado presta diretamente os serviços públicos. Já na administração


descentralizada há uma execução indireta porque os serviços são prestados por
entidades diversas das pessoas federativas.

SOLUÇÃO COMPLETA

A administração pública direta reflete uma administração centralizada,


enquanto a administração indireta reflete uma administração
descentralizada.
O Gabarito da questão é certo. Ao afirmar que a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DIRETA reflete uma administração centralizada, a questão está totalmente coerente
com o que é apresentado pela doutrina acerca do respectivo instituto que se traduz
no desempenho das competências administrativas dentro das pessoas jurídicas da
administração direta, e acerta também ao dizer que a ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
reflete uma administração descentralizada, pois a mesma nasce mediante um
processo chamado de descentralização por outorga, o qual cria ou autoriza a invenção
de uma nova pessoa jurídica da administração indireta, que poder ser uma autarquia,
uma empresa pública, um fundação pública ou até mesmo uma sociedade de
economia mista, passando para essa nova personalidade a titularidade e execução
do serviço outrora realizado pela administração direta.

Segue a explicação dos dois institutos, na visão do professor CELSO ANTÔNIO


BANDEIRA DE MELLO:

“Na CENTRALIZAÇÃO o Estado atua diretamente por meio dos seus órgãos,
isto é, das unidades que são simples repartições interiores de sua pessoa e que por
isto dele não se distinguem. Consistem, portanto, em meras distribuições internas
de plexos de competência, ou seja, em "desconcentrações" administrativas. Na
DESCENTRALIZAÇÃO o Estado atua indiretamente, pois o faz por meio de outras
pessoas, seres juridicamente distintos dele, ainda quando sejam criaturas suas e por
isto mesmo se constituam, como ao diante se verá, em parcelas personalizadas da
totalidade do aparelho administrativo estatal”.
(BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo; 32ª
edição; p. 154)

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7. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria)

A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.

A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a administração


pública, por meio de ato administrativo, transfere a execução de um serviço a uma pessoa
jurídica, mas mantém a titularidade do serviço.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a


administração pública, por meio de ato administrativo, transfere a execução
de um serviço a uma pessoa jurídica, mas mantém a titularidade do serviço.
Afirmativa correta, pois aqui temos descentralização por Delegação que
também é conhecida como descentralização por colaboração, nela o Estado transfere
por contrato (concessão ou permissão) ou por ato unilateral (autorização)
unicamente a execução do serviço para que a pessoa delegada o preste à população,
em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.

SOLUÇÃO COMPLETA

A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a


administração pública, por meio de ato administrativo, transfere a execução
de um serviço a uma pessoa jurídica, mas mantém a titularidade do serviço.
Afirmativa correta, pois aqui temos descentralização por Delegação que
também é conhecida como descentralização por colaboração. Nela o Estado transfere
por contrato (concessão ou permissão) ou por ato unilateral (autorização)
unicamente a execução do serviço para que a pessoa delegada o preste à população,
em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.
Apresento a seguir o entendimento de alguns doutrinadores acerca desse
assunto.

MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO

“Descentralização por colaboração é a que se verifica quando, por meio de


contrato ou ato administrativo unilateral, se transfere a execução de determinado
serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente,
conservando o Poder Público a titularidade do serviço”.
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 940)

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ANA CLÁUDIA CAMPOS

“Descentralização por delegação ou colaboração: por meio desta transfere-se,


mediante um contrato ou ato administrativo, a execução de determinado serviço a
uma pessoa jurídica do setor privado preexistente, sem, entretanto, ser repassada a
titularidade desse serviço. São os casos de concessão, permissão e autorização de
serviço público. Como exemplo, podemos citar o caso das empresas privadas de
transporte público”.
(Direito Administrativo Facilitado; Ana Cláudia Campos; p. 202)

MATHEUS CARVALHO

A DESCENTRALIZAÇÃO pode ocorrer de duas formas:

a) para a própria administração (pessoas criadas para esse fim): entes da


administração indireta ou descentralizada.

b) para particulares: mediante contratos administrativos de concessão e


permissão ou, para determinados doutrinadores, até mesmo mediante ato de
autorização de serviço público.

(Manual de Direito Administrativo; 4ª edição; Matheus Carvalho; p. 160)

8. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria)

A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.

A descentralização consiste na repartição de funções entre mais de um órgão de uma


mesma administração, sem que haja quebra de hierarquia, e pode ocorrer por critério
territorial.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A descentralização consiste na repartição de funções entre mais de um


órgão de uma mesma administração, sem que haja quebra de hierarquia, e
pode ocorrer por critério territorial.
A Assertiva está errada pelo fato de dizer que estamos diante da técnica
administrativa da descentralização ao afirmar que ela consiste na repartição de
funções entre mais de um órgão de uma mesma administração, sem que haja quebra
de hierarquia. O que temos na verdade é a DESCONCENTRAÇÃO HIERÁRQUICA OU
FUNCIONAL que para a doutrina significa distribuição de competências, mediante a
relação de subordinação entre os diversos órgãos.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A descentralização consiste na repartição de funções entre mais de um


órgão de uma mesma administração, sem que haja quebra de hierarquia, e
pode ocorrer por critério territorial.

A Assertiva está errada pelo fato de dizer que estamos diante da técnica
administrativa da descentralização ao afirmar que ela consiste na repartição de
funções entre mais de um órgão de uma mesma administração, sem que haja quebra
de hierarquia. O que temos na verdade é a DESCONCENTRAÇÃO HIERÁRQUICA
OU FUNCIONAL que para a doutrina significa distribuição de competências,
mediante a relação de subordinação entre os diversos órgãos.

A descentralização é uma técnica Administrativa de divisão de competência


ENTRE PESSOAS e não entre órgãos. Temos a descentralização por outorga que
pressupõem, por meio da lei, o repasse da titularidade e execução do serviço público
para uma pessoa jurídica da administração pública indireta (também conhecida como
técnica, funcional ou por serviços) e também temos a descentralização por
colaboração na qual o poder público transfere apenas a execução do serviço para
um particular mediante contrato ou ato unilateral (também chamada de
descentralização por delegação).

No que se diz respeito à desconcentração, temos de ter em mente que ela


sempre ocorrerá de maneira interna na estrutura de uma pessoa jurídica, e para
sistematizar nosso estudo sobre a desconcentração, apresento a lição do professor
Alexandre Mazza:

“A doutrina classifica as desconcentrações em diversas espécies segundo o


critério empregado para repartir as competências entre diversos órgãos públicos:

a) desconcentração territorial ou geográfica: é aquela em que as


competências são divididas delimitando as regiões onde cada órgão pode atuar. A
característica fundamental dessa espécie de desconcentração é que cada órgão
público detém as mesmas atribuições materiais dos demais, variando somente o
âmbito geográfico de sua atuação. Exemplos: Subprefeituras e Delegacias de Polícia;

b) desconcentração material ou temática: é a distribuição de competências


mediante a especialização de cada órgão em determinado assunto. Exemplo:
Ministérios da União;

c) desconcentração hierárquica ou funcional: utiliza como critério para


repartição de competências a relação de subordinação entre os diversos órgãos.
Exemplo: tribunais administrativos em relação aos órgãos de primeira instância”.
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; p. 290)

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9. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia)

No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da


desconcentração, julgue o item a seguir.

A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por


meio de órgãos internos e integrantes da administração pública direta.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo


próprio Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da administração
pública direta.
A questão está correta, hoje a banca disse, meu bem, o que é centralização,
não é nada mais do que o desempenho das atividades administrativas pelo próprio
estado, o que se manifesta por meio da administração pública direta em seus órgãos
públicos. Lembrando que caso os serviços públicos sejam desempenhados por outra
pessoa jurídica, teremos uma descentralização que pode ser para outorga ou por
delegação.

SOLUÇÃO COMPLETA

A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo


próprio Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da administração
pública direta.

A questão está correta. Na centralização o Estado atua diretamente por meio


dos seus órgãos, isto é, das unidades que são simples repartições interiores de sua
pessoa, e que por isso dele não se distinguem. Consistem, portanto, em meras
distribuições internas de plexos de competência, ou seja, em "desconcentrações"
administrativas.

LIÇÃO DO GRANDE MESTRE JOSÉ DO SANTOS CARVALHO FILHO

“Execução direta é aquela por meio da qual o próprio Estado presta diretamente
os serviços públicos. Acumula, pois, as situações de titular e prestador do serviço. As
competências para essa função são distribuídas entre os diversos órgãos que
compõem a estrutura administrativa da pessoa prestadora. O Estado deve ser
entendido aqui no sentido de pessoa federativa. Assim, pode-se dizer que a execução
direta dos serviços públicos está a cargo da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal por meio dos órgãos integrantes de suas respectivas estruturas.
Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais, Coordenadorias, Delegacias, fazem
parte do elenco de órgãos públicos aos quais é conferida competência para as

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atividades estatais. Esses órgãos formam o que se costuma denominar de


administração centralizada, porque é o próprio Estado que, nesses casos, centraliza
a atividade. O velho Decreto-lei n o 200/1967, que implantou a reforma
administrativa federal, denominou esse grupamento de órgãos de administração
direta (art. 4 o, I), isso porque o Estado, na função de administrar, assumiria
diretamente seus encargos”.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; p. 519)

10. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia)

No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da


desconcentração, julgue o item a seguir.

A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da desconcentração


é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo
permanece.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da


desconcentração é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e,
no segundo, esse vínculo permanece.

A assertiva está correta, pois de fato na descentralização temos a ruptura do


vínculo hierárquico: eu transfiro a titularidade e a execução para uma pessoa jurídica
da administração direta ou a execução para um particular. Os professores Marcelo
Alexandrino e Vicente de Paulo fazem a seguinte afirmativa:
“Não há controle hierárquico, porque a autarquia é uma pessoa jurídica distinta
da pessoa política, criada para exercer competências específicas, com autonomia
administrativa”.
Já na desconcentração esse veículo permanece ou se trata de uma divisão de
competência dentro da mesma pessoa jurídica.

SOLUÇÃO COMPLETA

A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da


desconcentração é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e,
no segundo, esse vínculo permanece.

Aqui temos uma assertiva que está correta. Essa assertiva trabalha a diferença
da descentralização para a desconcentração, senão vejamos, realmente a
descentralização rompe o vínculo hierárquico, pois nela existe a transferência da

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titularidade e execução do serviço para pessoas da administração indireta, ou


transferência apenas da execução para os particulares. Ao realizar essa técnica é
manifesto pela doutrina que não existirá hierarquia entre as pessoas políticas (União
Estados, Distrito Federal e municípios) e aqueles que receberam a responsabilidade
de desempenhar as tarefas públicas existirá apenas um vínculo jurídico. Já na
desconcentração que ocorre por meio da distribuição de competências
administrativas internamente, ou seja, sempre dentro de uma mesma pessoa jurídica
o vínculo hierárquico permanece.

MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO

“O fato de as autarquias - assim como todas as entidades da administração


indireta- não serem hierarquicamente subordinadas ao ente federado que as
criou, mas apenas vinculadas administrativamente, tem como corolário estarem
elas sujeitas apenas a controle finalístico por parte da pessoa política matriz, o qual
visa a assegurar, essencialmente, que elas se mantenham no estrito cumprimento
dos fins para os quais foram instituídas, previstos nas respectivas leis criadoras. Não
há controle hierárquico, porque a autarquia é uma pessoa jurídica distinta da
pessoa política, criada para exercer competências específicas, com autonomia
administrativa”.
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 55)

11. (Ano: 2017Banca: FCC Órgão: DPE-SC Prova: Defensor Público Substituto)

A teoria do órgão foi inspirada na Doutrina de Otto Gierke e tem grande aplicabilidade
no direito administrativo brasileiro. Com base nesta teoria, é correto afirmar:

a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio da reserva legal.


b) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos seriam caracterizados pela teoria
subjetiva, a qual corresponde às unidades funcionais da organização.
c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de fato. Desde que a
atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido exercida por um
agente que não tenha a investidura legítima.
d) É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e descentralização,
sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e essa a criação de novos órgãos.
e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio


da reserva legal. (Errado)
A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio da reserva
legal. Apenas a criação e extinção de órgãos públicos se submetem à reserva legal

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(artigo 48, XI, CF). Logo, a "estruturação" dos órgãos (organização e funcionamento
da Administração) pode ser disposta por decreto autônomo (artigo 84, VI, a, CF).

b) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos seriam


caracterizados pela teoria subjetiva, a qual corresponde às unidades
funcionais da organização. (Errado)
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos seriam caracterizados pela
teoria subjetiva, a qual corresponde às unidades funcionais da organização. Celso
Antônio disserta sobre as teorias subjetiva, objetiva e mista dos órgãos públicos,
sendo que a definição de "unidades funcionais da organização" é atribuída à teoria
objetiva do órgão público e não à teoria subjetiva que é centrada no agente público.

c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de


fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato
de ter sido exercida por um agente que não tenha a investidura legítima.
(Certo)
A afirmativa está correta pelo fato de a doutrina entender que por conta da
teoria do órgão, os atos praticados pelo agente de fato (aquele que falta um requisito
legal para a sua investidura) serão válidos devido à teoria da aparência, portanto é
o nosso gabarito. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello é a conhecida teoria do
"funcionário de fato" (ou "agente público de fato"). "Funcionário de fato" é aquele
cuja investidura foi irregular, mas cuja situação tem a aparência de legalidade. Em
nome do princípio da aparência, da boa-fé dos administrados, da segurança jurídica
e do princípio da presunção de legalidade dos atos administrativos, reputam-se
válidos os atos por ele praticados, se por outra razão não forem viciados.

d) É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e


descentralização, sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e essa
a criação de novos órgãos. (Errado)
É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e
descentralização, sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e essa a criação
de novos órgãos. Desconcentração se dá no âmbito interno de uma mesma pessoa
jurídica (criação de órgãos/especialização de funções), ao passo que a
descentralização se dá mediante lei criadora ou autorizativa de outras pessoas
jurídicas da administração indireta.

e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva.


(Errado)
A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva. A teoria da
imputação objetiva é compatível com a teoria do órgão de Otto Gierke.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio


da reserva legal. (Errado)
A afirmativa está errada, pois apenas a criação e extinção de órgãos públicos
se submetem à reserva legal (artigo 48, XI, CF).

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,


não exigida essa para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre:

XI – criação e extinção de Ministérios e ÓRGÃOS da administração


pública;

No tocante a ESTRUTURAÇÃO (organização e funcionamento da


Administração) dos órgãos pode ser disposta por decreto autônomo nos termos do
artigo 84, VI, a, da Constituição Federal).

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – Dispor, mediante DECRETO, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de ÓRGÃOS PÚBLICOS.

b) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos seriam


caracterizados pela teoria subjetiva, a qual corresponde às unidades
funcionais da organização. (Errado)
Afirmativa errada, pois a definição de "unidades funcionais da organização" é
atribuída à teoria objetiva do órgão público e não à teoria subjetiva que é centrada
no agente público.

Segue o comentário feito pelo professor José dos Santos Carvalho Filho sobre
a monografia do grande professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO

“Há três teorias que procuram caracterizar os órgãos públicos. A primeira


TEORIA É A SUBJETIVA, e de acordo com ela os órgãos públicos são os próprios
agentes públicos. Tal pensamento não se coaduna com a realidade administrativa,
porque, ao ser assim, se desaparecido o agente, extinto estaria também o órgão.

Temos ainda a TEORIA OBJETIVA: órgãos públicos seriam as unidades


funcionais da organização administrativa. A crítica à teoria objetiva também tem
procedência: é que, prendendo-se apenas à unidade funcional em si, repudia-se o
agente, que é o verdadeiro instrumento por meio do qual as pessoas jurídicas
recebem a oportunidade de querer e agir.

A terceira é a TEORIA ECLÉTICA, que não rechaça qualquer dos dois


elementos – nem o objetivo, significando os círculos de competência, nem o
subjetivo, ligado aos próprios agentes públicos. Também essa teoria merece a crítica

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que lhe é feita no sentido de que incide no mesmo contrassenso das primeiras. O
pensamento moderno reside em caracterizar-se o órgão público como um círculo
efetivo de poder que, para tornar efetiva a vontade do Estado, precisa estar integrado
pelos agentes. Em outras palavras, os dois elementos se reclamam entre si, mas não
constituem uma só unidade”.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; p. 90)

c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de


fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato
de ter sido exercida por um agente que não tenha a investidura legítima.
(Certo)
A afirmativa está correta, porque de acordo com o princípio da imputação
volitiva, os atos praticados pelo administrador não são imputados a ele, mas à
pessoa jurídica a qual ele pertence, sendo assim a doutrina ao analisar o agente de
fato (que é aquele que tem apenas a aparência de legalidade) vai afirmar que seus
atos serão válidos por conta de uma TEORIA DA APARÊNCIA. Segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello, é a conhecida teoria do "funcionário de fato" (ou "agente
público de fato"). "Funcionário de fato" é aquele cuja investidura foi irregular, mas
cuja situação tem a aparência de legalidade. Em nome do princípio da aparência, da
boa-fé dos administrados, da segurança jurídica e do princípio da presunção de
legalidade dos atos administrativos, reputam-se válidos os atos por ele praticados,
se por outra razão não forem viciados.

LIÇÃO DO PROFESSOR JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

“A característica fundamental da teoria do órgão consiste no princípio da


imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura pertence. Há, pois, uma relação jurídica externa, entre a
pessoa jurídica e outras pessoas, e uma relação interna, que vincula o órgão à pessoa
jurídica a que pertence. A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada
função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância
o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha investidura legítima.
Bastam a aparência da investidura e o exercício da atividade pelo órgão:
nesse caso, os efeitos da conduta vão ser imputados à pessoa jurídica”.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; p. 88)

d) É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e


descentralização, sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e essa
a criação de novos órgãos. (Errado)
A afirmativa está errada, pois o certo seria asseverar o contrário, uma vez que
na desconcentração eu tenho uma criação de órgãos públicos pela descentralização,
posso ter a criação de novas pessoas jurídicas caso seja realizada a descentralização
por outorga, passando titularidade execução para as pessoas jurídicas da
administração indireta, ou posso ter a descentralização por colaboração, passando
apenas a execução mediante contrato ou ato unilateral para particulares.

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e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva.


(Errado)
Na verdade, o erro dessa opção está em dizer que a teoria do órgão se opõem
ao princípio da imputação objetiva, pois o que ocorre na prática é que elas se
complementam. O jurista alemão Otto Friedrich von Gierke, que, além de ser formado
em direito, era formado em medicina, fez uma analogia entre o corpo humano e a
estrutura estatal para tentar explicar a atuação dos órgãos. Com essa ideia foi
construída a teoria do órgão: quando os órgãos estatais atuam, como eles são partes
integrantes do todo, esse agir será imputado à pessoa jurídica à qual pertencem.

12. (Ano: 2018 Banca: INAZ do Pará Órgão: CRF-PE Prova: Advogado)

Idealizada por Otto Gieke, a teoria do órgão preceitua que o Estado declara sua vontade
por meio de órgãos internos, cujas atribuições são definidas em lei, mas exercidas por
agentes públicos, de modo que o ato do agente é imputado ao órgão que integra a pessoa
jurídica. Acerca da administração pública e da teoria do órgão, é correto afirmar que:

a) Os órgãos públicos podem ser criados e instintos por meio de Decretos do Presidente
da República.
b) Órgãos coletivos são aqueles constituídos por vários outros órgãos, como acontece
com os Ministérios, que compreendem vários outros, até chegar aos órgãos unitários, em
que não existem mais divisões.
c) Órgãos superiores localizam-se na cúpula da Administração e são subordinados
diretamente à chefia dos órgãos independentes, gozando de autonomia financeira,
administrativa e técnica, como é o caso dos Ministérios.
d) Os Departamentos, as Coordenadorias, as Divisões e Gabinetes são espécies de órgãos
de direção, controle e comando, porém sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico
de uma chefia.
e) Órgãos podem ser entendidos como as unidades de atuação integrantes da estrutura
da administração pública direta, porém não integram a estrutura da administração
pública indireta uma vez que essa se subordina ao regime jurídico de direito privado.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Os órgãos públicos podem ser criados e instintos por meio de


Decretos do Presidente da República. (Errado)
Os órgãos públicos podem ser criados e instintos por meio de Decretos do
Presidente da República. Afirmativa errada, porque a criação e extinção de órgãos
públicos se submetem ao princípio da reserva legal nos termos do artigo 48, inciso
XI da Constituição Federal.

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b) Órgãos coletivos são aqueles constituídos por vários outros órgãos,


como acontece com os Ministérios, que compreendem vários outros, até
chegar aos órgãos unitários, em que não existem mais divisões. (Errado)
Órgãos coletivos são aqueles constituídos por vários outros órgãos, como
acontece com os Ministérios, que compreendem vários outros, até chegar aos órgãos
unitários, em que não existem mais divisões. Essa afirmativa está errada, pois os
órgãos coletivos (também conhecidos como colegiados) são aqueles que decidem
pela maioria dos seus membros de forma conjunta ou a maioria sem manifestação
de vontade de um chefe.

c) Órgãos superiores localizam-se na cúpula da Administração e são


subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes, gozando de
autonomia financeira, administrativa e técnica, como é o caso dos
Ministérios. (Errado)
Órgãos superiores localizam-se na cúpula da Administração e são subordinados
diretamente à chefia dos órgãos independentes, gozando de autonomia financeira,
administrativa e técnica, como é o caso dos Ministérios. A afirmativa está errada, pois
o conceito apresentado não pertence aos órgãos superiores e sim aos órgãos
autônomos.

d) Os Departamentos, as Coordenadorias, as Divisões e Gabinetes são


espécies de órgãos de direção, controle e comando, porém sujeitos à
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia. (Certo)
Aqui temos o nosso gabarito, de acordo com a doutrina majoritária, o conceito
apresentado nessa opção corresponde aos órgãos classificados como superiores.

Superiores são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à


subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia
administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas
denominações, como Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

e) Órgãos podem ser entendidos como as unidades de atuação


integrantes da estrutura da administração pública direta, porém não
integram a estrutura da administração pública indireta uma vez que essa se
subordina ao regime jurídico de direito privado. (Errado)
Órgãos podem ser entendidos como as unidades de atuação integrantes da
estrutura da administração pública direta, porém não integram a estrutura da
administração pública indireta uma vez que essa se subordina ao regime jurídico de
direito privado. Afirmativa errada, pois a própria lei 9.784/99 no artigo primeiro,
parágrafo único, inciso I vai dizer que órgão público é a unidade de atuação tanto da
administração direta como da indireta.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) Os órgãos públicos podem ser criados e instintos por meio de


Decretos do Presidente da República. (Errado)
Essa afirmativa se encontra errada, porque a criação e extinção de órgãos
públicos se submetem ao princípio da reserva legal nos termos do artigo 48, inciso
XI da Constituição Federal, ou seja, só pode ser criado por meio de lei.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,
não exigida essa para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre:

XI – criação e extinção de Ministérios e ÓRGÃOS da administração


pública;

O que pode ser feito por meio de decreto do presidente da república é uma
ESTRUTURAÇÃO (organização e funcionamento da Administração) dos órgãos
públicos nos termos do artigo 84, VI, a, da Constituição Federal).

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – Dispor, mediante DECRETO, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de ÓRGÃOS PÚBLICOS;

b) Órgãos coletivos são aqueles constituídos por vários outros órgãos,


como acontece com os Ministérios, que compreendem vários outros, até
chegar aos órgãos unitários, em que não existem mais divisões. (Errado)
Essa afirmativa está errada, pois de acordo com o grande mestre Hely Lopes
Meirelles quanto à atuação funcional, os órgãos coletivos (também chamados
de colegiados ou pluripessoais) são todos aqueles que atuam e decidem pela
manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros. Nos órgãos
colegiados não prevalece a vontade individual de seu Chefe ou Presidente, nem a de
seus integrantes isoladamente: o que se impõe e vale juridicamente é a decisão da
maioria, expressa na forma legal, regimental ou estatutária. Exemplo: Câmara dos
Deputados.
E quanto à estrutura, os órgãos simples ou unitários são aqueles
compostos por um único centro de competência. Não necessariamente são
formados por um único agente público, pois o que caracteriza um órgão como simples
é o fato de não existirem outros órgãos compondo a sua estrutura organizacional.
Exemplo: Presidência da República.

c) Órgãos superiores localizam-se na cúpula da Administração e são


subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes, gozando de
autonomia financeira, administrativa e técnica, como é o caso dos
Ministérios. (Errado)

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A Afirmativa está errada, pois o conceito apresentado não pertence aos órgãos
superiores e sim aos órgãos autônomos. Vamos analisar os dois conceitos
apresentados pela doutrina majoritária:

Órgãos AUTÔNOMOS: são os que se localizam na cúpula da Administração,


subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia
administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais.
Entram nessa categoria os Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município, o
Serviço Nacional de Informações e o Ministério Público.

Órgãos Superiores: são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos


à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia
administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas
denominações, como Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

d) Os Departamentos, as Coordenadorias, as Divisões e Gabinetes são


espécies de órgãos de direção, controle e comando, porém sujeitos à
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia. (Certo)
Aqui temos o nosso gabarito, de acordo com a doutrina majoritária, o conceito
apresentado nessa opção corresponde aos órgãos classificados quanto à posição
estatal, como superiores.

Órgãos Superiores: são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos


à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia
administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas
denominações, como Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

e) Órgãos podem ser entendidos como as unidades de atuação


integrantes da estrutura da administração pública direta, porém não
integram a estrutura da administração pública indireta uma vez que essa se
subordina ao regime jurídico de direito privado. (Errado)
Afirmativa errada, pois a própria lei 9.784/99 no artigo primeiro, parágrafo
único vai dizer que órgão público é a unidade de atuação tanto da administração
direta como da indireta.

LEI 9.784/99

Art. 1o Essa Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

§ 2o Para os fins dessa Lei, consideram-se:

I - ÓRGÃO - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração


direta e da estrutura da Administração INDIRETA.

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13. (Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Prova: Procurador)

Assinale a alternativa correta quanto à “Teoria da Imputação Volitiva de Gierke”


conforme definição utilizada pela doutrina brasileira majoritária.

a) Estabelece que o administrador está vinculado à existência e aos motivos do ato


administrativo.
b) Estabelece que as pessoas jurídicas administrativas expressam a sua vontade por meio
de seus próprios órgãos, titularizados por seus agentes, na forma de sua organização
interna.
c) Considera que o agente público exerce sua atividade como mandatário da pessoa
jurídica estatal.
d) É sinônima da “Teoria do Órgão Direto” do direito francês que defende ser objetiva a
responsabilidade civil do Estado.
e) Não foi recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro, mas referida pela doutrina
brasileira como modo de ilustração das teorias sobre responsabilidade civil do Estado.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Estabelece que o administrador está vinculado à existência e aos


motivos do ato administrativo. (Errado)
Estabelece que o administrador está vinculado à existência e aos motivos do
ato administrativo. Essa afirmativa está errada, pois a opção fala sobre a teoria dos
motivos determinantes e não Teoria da Imputação Volitiva.

b) Estabelece que as pessoas jurídicas administrativas expressam a


sua vontade por meio de seus próprios órgãos, titularizados por seus
agentes, na forma de sua organização interna.
Opção correta, pois segundo a teoria do órgão, presume-se que a pessoa
jurídica manifesta a sua vontade por meio dos seus órgãos, há uma imputação à
pessoa jurídica da atuação do seu agente público.

c) Considera que o agente público exerce sua atividade como


mandatário da pessoa jurídica estatal. (Errado)
Considera que o agente público exerce sua atividade como mandatário da
pessoa jurídica estatal. Afirmativa errada, pois, nesse caso, temos a aplicação da
teoria do mandato já superada na doutrina administrativista.

d) É sinônima da “Teoria do Órgão Direto” do direito francês que


defende ser objetiva a responsabilidade civil do Estado. (Errado)
É sinônima da “Teoria do Órgão Direto” do direito francês que defende ser
objetiva a responsabilidade civil do Estado. Afirmativa errada, pois a Teoria da
Imputação Volitiva de Gierke é originária da doutrina alemã.

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e) Não foi recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro, mas


referida pela doutrina brasileira como modo de ilustração das teorias sobre
responsabilidade civil do Estado. (Errado)
Não foi recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro, mas referida pela
doutrina brasileira como modo de ilustração das teorias sobre responsabilidade civil
do Estado. Afirmativa errada, pois, de fato, o Brasil adotou a teoria do órgão e está
inclusive positivada na Constituição Federal em seu artigo 37; §6º.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Estabelece que o administrador está vinculado à existência e aos


motivos do ato administrativo. (Errado)
Essa afirmativa está errada, pois a opção NÃO se relaciona com a Teoria da
Imputação Volitiva, mas sim com a TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES na qual
a Administração, ao indicar os motivos que a levaram a praticar o ato, esse somente
será válido se os motivos apresentados forem verdadeiros.

b) Estabelece que as pessoas jurídicas administrativas expressam a


sua vontade por meio de seus próprios órgãos, titularizados por seus
agentes, na forma de sua organização interna.
Opção correta, pois segundo os professores Vicente de Paulo e Marcelo
Alexandrino, tendo em vista a teoria do órgão, a pessoa jurídica manifesta a sua
vontade por meio dos seus órgãos, que são partes integrantes da própria estrutura
dela, de tal sorte que, quando os agentes em exercício nesses órgãos desempenham
as suas funções, considera-se que está havendo atuação do próprio Estado. Assim,
os atos praticados pelo agente público (pessoa natural) são tidos por atos da própria
pessoa jurídica - diz que há imputação (não se trata de representação) à pessoa
jurídica da atuação do seu agente público. Essa é a teoria adotada no Brasil.
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 131)

c) Considera que o agente público exerce sua atividade como


mandatário da pessoa jurídica estatal. (Errado)
Afirmativa errada, pois, nesse caso, temos a aplicação da teoria do mandato já
superada na doutrina administrativista. Ela sustentava que entre o Estado e o agente
público haveria uma espécie de contrato de representação, de modo que o agente
receberia uma delegação para atuar em nome do Estado. O erro dessa concepção
está em não conseguir apontar em qual momento e quem realizaria a outorga do
mandato.

d) É sinônima da “Teoria do Órgão Direto” do direito francês que


defende ser objetiva a responsabilidade civil do Estado. (Errado)
Afirmativa errada, pois o idealizador da moderna teoria do órgão público,
baseada na noção de imputação volitiva, foi o alemão Otto Friedrich von Gierke
(1841-1921). Gierke comparou o Estado ao corpo humano. Cada repartição estatal

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funciona como uma parte do corpo, como um dos órgãos humanos, daí a origem do
nome “órgão” público.

e) Não foi recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro, mas


referida pela doutrina brasileira como modo de ilustração das teorias sobre
responsabilidade civil do Estado. (Errado)
Afirmativa errada, pois, de fato, o Brasil adotou a teoria do órgão e está
inclusive positivada na Constituição Federal, em seu artigo 37; §6º. Segue o texto
constitucional:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa”.

14. (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo)

Em se tratando da organização político-administrativa dos Municípios, Estados e União,


a descentralização corresponde à

a) promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de um serviço a uma


nova entidade criada, integrante da Administração pública direta.
b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por parte dos entes
da Federação para transferência de parte das atribuições do ente criador para o novo
ente criado, não havendo subordinação entre elas.
c) criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada pela Administração
pública direta, a fim de descentralizar competências, fortalecendo a eficiência.
d) outorga de serviço público a entidades do Terceiro Setor, mantendo-se, entretanto,
subordinação ao ente federado responsável por sua prestação.
e) técnica de repartição ou distribuição de competências administrativas no âmbito de
uma mesma pessoa jurídica.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de


um serviço a uma nova entidade criada, integrante da Administração pública
direta. (Errado)
Promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de um serviço
a uma nova entidade criada, integrante da Administração pública direta. Afirmativa
errada, pois ao termos uma nova entidade criada ou autorizada por lei, ela será
integrante da administração pública indireta.

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b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por


parte dos entes da Federação para transferência de parte das atribuições do
ente criador para o novo ente criado, não havendo subordinação entre elas.
Opção correta, pois disserta sobre a descentralização por outorga de forma
coerente com que a doutrina nos apresenta, nela temos a transferência da
titularidade e execução do serviço para uma nova pessoa jurídica da administração
indireta.

c) criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada


pela Administração pública direta, a fim de descentralizar competências,
fortalecendo a eficiência. (Errado)
Criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada pela
Administração pública direta, a fim de descentralizar competências, fortalecendo a
eficiência. Opção errada, pois o conceito apresentado nela diz respeito à
desconcentração administrativa.

d) outorga de serviço público a entidades do Terceiro Setor, mantendo-


se, entretanto, subordinação ao ente federado responsável por sua
prestação. (Errado)
Outorga de serviço público a entidades do Terceiro Setor, mantendo-se,
entretanto, subordinação ao ente federado responsável por sua prestação. Afirmativa
errada, porque a descentralização por outorga cria as entidades da administração
indireta que não as entidades do terceiro setor.

e) técnica de repartição ou distribuição de competências


administrativas no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. (Errado)
Técnica de repartição ou distribuição de competências administrativas no
âmbito de uma mesma pessoa jurídica. Opção errada, pois o conceito apresentado
nela diz respeito à desconcentração administrativa.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de


um serviço a uma nova entidade criada, integrante da Administração pública
direta. (Errado)
A Afirmativa está errada, porque ao termos uma nova entidade criada ou
autorizada por lei, ela será integrante da administração pública indireta e não direta.
O decreto- lei 200/67 vai nos apresentar quais são as pessoas integrantes da
administração indireta, são elas: (mnemônico: FASE)
Fundações;
Autarquias;
Sociedade de economia mista; e
Empresa pública.

b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por


parte dos entes da Federação para transferência de parte das atribuições do
ente criador para o novo ente criado, não havendo subordinação entre elas.

MUDE SUA VIDA!


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A opção está correta, pois disserta sobre a descentralização por outorga de


forma coerente com que a doutrina nos apresenta, nela temos a transferência da
titularidade e execução do serviço para uma nova pessoa jurídica da administração
indireta.
Lembrando que também temos no Brasil a descentralização por delegação no
qual uma entidade política (União, estado, DF ou município) transfere apenas a
execução do serviço para um particular por meio de contrato ou ato administrativo
unilateral.

c) criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada


pela Administração pública direta, a fim de descentralizar competências,
fortalecendo a eficiência. (Errado)
A opção está errada, pois o conceito apresentado nela não é de
descentralização, mais diz respeito à desconcentração administrativa que nada mais
é do que uma distribuição interna de competências por meio da criação de órgãos
públicos.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina o seguinte:

“Descentralização é a distribuição de competências de uma para outra


pessoa, física ou jurídica. Difere da DESCONCENTRAÇÃO pelo fato de ser esta
uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição de competências
dentro da mesma pessoa jurídica; sabe-se que a Administração Pública é organizada
hierarquicamente, como se fosse uma pirâmide em cujo ápice se situa o Chefe do
Poder Executivo. As atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que
compõem a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre
uns e outros. Isso é feito para descongestionar, desconcentrar, tirar do centro um
volume grande de atribuições, para permitir seu mais adequado e racional
desempenho. A desconcentração liga-se à hierarquia”.
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 935)

d) outorga de serviço público a entidades do Terceiro Setor, mantendo-


se, entretanto, subordinação ao ente federado responsável por sua
prestação. (Errado)
Afirmativa errada, porque a descentralização por outorga cria as entidades da
administração indireta que não são as entidades do terceiro setor. Nos termos do
artigo 37 caput e inciso XIX, da Constituição Federal e do Decreto-lei 200/67, que
dizem respectivamente:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:

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XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

DECRETO-LEI 200/67

Art. 4° A Administração Federal compreende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na


estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de


entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.

e) técnica de repartição ou distribuição de competências


administrativas no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. (Errado)
Opção errada, pois o conceito apresentado nela diz respeito à desconcentração
administrativa. A desconcentração é mera técnica administrativa de distribuição
interna de atribuições, ocorre tanto no exercício de competências pela administração
direta quanto pela indireta, mas lembre-se: ela ocorrerá sempre dentro de uma
mesma pessoa jurídica.

15. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Nível Superior - Conhecimentos Básicos)

Um ente, ao ter sido descentralizado, passou a deter a titularidade de uma atividade e a


executá-la de forma independente do ente que lhe deu origem, podendo até se opor a
interferências indevidas.

Nesse caso, o ente passou por uma descentralização

a) territorial.
b) geográfica.
c) por serviços.
d) política.
e) por colaboração.
GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) territorial. (Errado)
territorial. Afirmativa errada, pois a descentralização territorial ou geográfica
é a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada
de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade administrativa
genérica.

MUDE SUA VIDA!


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b) geográfica. (Errado)
geográfica. Afirmativa errada, pois a descentralização territorial ou geográfica
é a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada
de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade administrativa
genérica.

c) por serviços.
Nosso gabarito, e foi adotada nessa questão a doutrina da professora Maria
Sylvia Zanella Di Pietro. A prestigiada professora diz que a Descentralização por
serviços, funcional ou técnica é a que se verifica quando o Poder Público (União,
Estados ou Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado, e a ela
atribui a titularidade e a execução de determinado serviço público.

d) política. (Errado)
política. Afirmativa errada, pois a descentralização política ocorre quando o ente
descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central; é a
situação dos Estados-membros da federação e, no Brasil, também dos Municípios.

e) por colaboração. (Errado)


por colaboração. Afirmativa errada porque o enunciado da questão nos remete
ao instituto da descentralização por outorga e não descentralização por colaboração.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) territorial. (Errado)
Afirmativa errada, pois, a descentralização territorial ou geográfica de acordo
com a professora Ana Cláudia Campos está relacionada à criação dos territórios
federais, a saber: art. 18, § 2.º, CF/1988: “Os Territórios Federais integram a União,
e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar”. Para a corrente majoritária, os territórios, sendo
pessoas jurídicas de direito público, seriam uma espécie de autarquia, tanto que são
chamados de autarquias territoriais, delimitadas por uma base territorial com
capacidade administrativa genérica. Lembre-se que, apesar de na atualidade não
termos territórios, eles podem ser criados.

b) geográfica. (Errado)
Afirmativa errada, pois a descentralização territorial ou geográfica de acordo
com a professora Ana Cláudia Campos está relacionada à criação dos territórios
federais, a saber: art. 18, § 2.º, CF/1988: “Os Territórios Federais integram a União,
e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar”. Para a corrente majoritária, os territórios, sendo
pessoas jurídicas de direito público, seriam uma espécie de autarquia, tanto que são
chamados de autarquias territoriais, delimitadas por uma base territorial com
capacidade administrativa genérica. Lembre-se que apesar de na atualidade não
termos territórios, eles podem ser criados.

MUDE SUA VIDA!


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c) por serviços. (Certo)


Nosso gabarito, e foi adotado nessa questão a doutrina da professora Maria
Sylvia Zanella Di Pietro. A prestigiada professora diz que a Descentralização por
serviços, funcional ou técnica é a que se verifica quando o Poder Público (União,
Estados ou Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela
atribui a titularidade e a execução de determinado serviço público. No Brasil, essa
criação somente pode dar-se por meio de lei e corresponde, basicamente, à figura
da autarquia, mas abrange também fundações governamentais, sociedades de
economia mista, empresas públicas e suas subsidiárias, que exerçam serviços
públicos.

d) política. (Errado)
Afirmativa errada, pois de acordo com a professora Maria Sylvia Zanella Di
Pietro, a descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce
atribuições próprias que não decorrem do ente central; é a situação dos Estados-
membros da federação e, no Brasil, também dos Municípios. Cada um desses entes
locais detém competência legislativa própria que não decorre da União nem a ela se
subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. As
atividades jurídicas que exercem não constituem delegação ou concessão do governo
central, pois delas são titulares de maneira originária.

e) por colaboração. (Errado)


Afirmativa errada, porque o enunciado da questão nos remete ao instituto da
descentralização por outorga e não descentralização por colaboração. É mais
conhecida pela doutrina como descentralização por delegação na qual a
administração pública transfere apenas a execução do serviço para uma pessoa
jurídica ou física, fora da estrutura da administração pública indireta. São os
chamados concessionários permissionários, são autorizados de serviço público que
recebem tal delegação mediante um contrato administrativo, e para alguns
doutrinadores mediante ato administrativo unilateral.

16. (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto – SP Prova: Auditor Fiscal
Tributário Municipal)

A descentralização no âmbito da Administração pública opera-se de várias formas, sendo um de


seus exemplos a

a) delegação de serviços públicos a particulares, mediante permissão ou concessão, como


modalidade de descentralização por colaboração.
b) instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico de direito privado,
exclusivamente em relação às obrigações fiscais.
c) instituição de autarquias, como expressão da especialização da atuação da Administração, que
podem possuir natureza pública ou privada, conforme previsto na lei instituidora.
d) criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de gestão, para atuarem como
delegatárias na prestação de serviços públicos ou atividades de interesse público.
e) criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração, complexo de atribuições
específicas e dotados de autonomia funcional.

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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) delegação de serviços públicos a particulares, mediante permissão


ou concessão, como modalidade de descentralização por colaboração.
Afirmativa correta. Aqui temos a descentralização por colaboração, mais
conhecida pela doutrina como descentralização por delegação, na qual a
administração pública transfere apenas a execução do serviço para uma pessoa
jurídica ou física fora da estrutura da administração pública indireta.

b) Instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico


de direito privado, exclusivamente em relação às obrigações fiscais.
(Errado)
Instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico de direito
privado, exclusivamente em relação às obrigações fiscais. Afirmativa errada, pois as
empresas públicas nascem por meio da descentralização por outorga e não por
delegação.

c) Instituição de autarquias, como expressão da especialização da


atuação da Administração, que podem possuir natureza pública ou privada,
conforme previsto na lei instituidora. (Errado)
Instituição de autarquias, como expressão da especialização da atuação da
Administração, que podem possuir natureza pública ou privada, conforme previsto
na lei instituidora. Afirmativa errada, pois a autarquia nasce por meio de um
processo chamado descentralização por outorga eu não por colaboração ou
delegação.

d) Criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de


gestão, para atuarem como delegatárias na prestação de serviços públicos
ou atividades de interesse público. (Errado)
Criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de gestão, para
atuarem como delegatárias na prestação de serviços públicos ou atividades de
interesse público. Afirmativa errada, pois o terceiro setor não nasce por meio da
descentralização, seja por outorga ou colaboração.

e) Criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração,


complexo de atribuições específicas e dotados de autonomia funcional.
(Errado)
Criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração, com plexo de
atribuições específicas e dotados de autonomia funcional. Afirmativa errada, pois, ao
falar de criação de órgãos, temos o instituto da desconcentração administrativa em
não descentralização.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

a) delegação de serviços públicos a particulares, mediante permissão


ou concessão, como modalidade de descentralização por colaboração.
Afirmativa correta. Aqui temos a descentralização por colaboração (mais
conhecida pela doutrina como descentralização por delegação), na qual a
administração pública transfere apenas a execução do serviço para uma pessoa
jurídica ou física fora da estrutura da administração pública indireta.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que a
descentralização por colaboração é a que se verifica quando, por meio de contrato
ou ato administrativo unilateral, transfere-se a execução de determinado serviço
público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, conservando o
Poder Público a titularidade do serviço.

b) Instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico


de direito privado, exclusivamente em relação às obrigações fiscais.
(Errado)
Afirmativa errada, pois as empresas públicas nascem por meio da
descentralização por outorga e não por delegação. A Descentralização por
outorga, por serviços, funcional ou técnica é a que se verifica quando o Poder
Público (União, Estados ou Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público ou
privado, e a ela atribui a titularidade e a execução de determinado serviço público.
No Brasil, essa criação somente pode dar-se por meio de lei e corresponde,
basicamente, à figura da autarquia, mas abrange também fundações
governamentais, sociedades de economia mista, empresas públicas e suas
subsidiárias, que exerçam serviços públicos.

c) Instituição de autarquias, como expressão da especialização da


atuação da Administração, que podem possuir natureza pública ou privada,
conforme previsto na lei instituidora. (Errado)
Afirmativa errada, pois, autarquia nasce por meio de um processo chamado
descentralização por outorga e não por colaboração ou delegação.

No Brasil temos duas formas de descentralização, vejamos a seguir:

DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: ocorre quando a Administração


Pública Direta, por meio de uma lei ordinária específica cria uma pessoa jurídica da
administração indireta e transfere a titularidade e a execução de determinado serviço
público para ela.

Você pode esbarrar com algumas questões de prova, cobrando seus


significados, são eles:
• DESCENTRALIZAÇÃO TÉCNICA;
• DESCENTRALIZAÇÃO FUNCIONAL;
• DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS.

MUDE SUA VIDA!


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DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO: ocorre quando a administração


pública direta passa apenas a execução de um serviço para particulares por meio de
um contrato ou ato unilateral.
• Sinônimo de DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO.
• Podemos citar como exemplo as empresas que prestam serviço de
transporte público sejam eles ferroviários, aquaviários, aéreos, terrestres, e também
os pedágios que existem ao longo do Brasil.

d) Criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de


gestão, para atuarem como delegatárias na prestação de serviços públicos
ou atividades de interesse público. (Errado)
Afirmativa errada, pois o terceiro setor não nasce por meio da descentralização,
seja por outorga ou colaboração. As organizações sociais integram as entidades
paraestatais e são, portanto, pessoas jurídicas privadas que, sem integrarem a
estrutura da administração pública, colaboram com o Estado no desempenho de
atividades não lucrativas, dele recebendo variadas modalidades de fomento.

e) Criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração,


complexo de atribuições específicas e dotados de autonomia funcional.
(Errado)
Afirmativa errada, pois ao falar de criação de órgãos temos o instituto da
desconcentração administrativa em não descentralização. A DESCONCENTRAÇÃO é
uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica. As atribuições
administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia,
criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros. Isso é
feito para descongestionar, desconcentrar, tirar do centro um volume grande de
atribuições, para permitir seu mais adequado e racional desempenho.

17. (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: Técnico Judiciário - Área Técnico-
Administrativa)

Com o escopo de fomentar a especialização do órgão, com a consequente e posterior


melhor capacitação dos servidores lá lotados, determinado Tribunal de Justiça, no
exercício de função administrativa, observadas as formalidades legais, subdividiu o então
Departamento de Engenharia e Licitações em dois novos departamentos, um de
Engenharia e outro de Licitações.

De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, esse desmembramento de um órgão


em dois, com o objetivo de melhorar a prestação do serviço público e assim atender ao
princípio da eficiência, é a:

a) delegação administrativa;
b) centralização administrativa;
c) concentração administrativa;
d) desconcentração administrativa;
e) descentralização administrativa.

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GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Delegação administrativa; (Errado)


Delegação administrativa; Afirmativa errada, pois o anunciado da questão fala
na criação de dois novos departamentos, ou seja, não há uma delegação
administrativa, mas sim desconcentração administrativa.

b) Centralização administrativa; (Errado)


Centralização administrativa; Afirmativa errada, porque não estamos diante de
uma técnica administrativa conhecida como centralização, pois a mesma já estava
em vigor, mesmo na criação de 2 departamentos.

c) Concentração administrativa; (Errado)


Concentração administrativa; Afirmativa errada. A concentração administrativa
é justamente o oposto da desconcentração: nessa são criados novos departamentos,
secretarias e ministérios; naquela esses mesmos departamentos, secretarias e
ministérios seriam extintos, reagrupando as competências que foram distribuídas
outrora.

d) Desconcentração administrativa;
Perfeita! Essa é a opção, porque ao criar dois novos departamentos, a
administração lança mão da técnica conhecida como desconcentração administrativa,
que é a distribuição de competências entre órgãos, sempre dentro de uma mesma
pessoa jurídica.

e) Descentralização administrativa. (Errado)


Descentralização administrativa; Afirmativa errada, pois ao termos a criação de
dois novos órgãos, estamos diante da desconcentração. A descentralização existe
quando eu transfiro as atividades administrativas para uma outra Pessoa.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Delegação administrativa; (Errado)


A afirmativa está errada porque o anunciado da questão fala na criação de dois
novos departamentos, ou seja, não há uma delegação administrativas, mas sim
desconcentração administrativa, que é uma distribuição de competências entre
órgãos sempre dentro de uma mesma pessoa jurídica. A delegação administrativa
ocorre quando determinado órgão público divide parte de sua competência originária
com outro órgão de igual ou de hierarquia inferior, nos termos do artigo 12 da lei
9.784/99, segue o texto da lei:

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou

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titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.

Perceba que eu não tenho uma criação de outras ordens, eu só tenho uma
distribuição de parte de uma competência originária com outro órgão já existente.

b) Centralização administrativa; (Errado)


Afirmativa errada, porque não estamos diante de uma técnica administrativa
conhecida como centralização, pois a mesma já estava em vigor mesmo antes da
criação de dois departamentos. A prestação de serviços centralizados quer dizer
aquele realizado pelos órgãos públicos ligados à administração pública direta. Veja
que o enunciado falou em criação de dois novos órgãos dentro do tribunal de justiça
que foi realizado: foi na verdade uma desconcentração administrativa.

c) Concentração administrativa; (Errado)


Afirmativa errada porque a concentração administrativa é justamente o oposto
da desconcentração, nessa são criados novos departamentos, secretarias e
ministérios, naquela esses mesmos departamentos, secretarias e ministérios seriam
extintos, reagrupando as competências que foram distribuídas outrora.

d) Desconcentração administrativa;
É o gabarito da questão, porque ao se criar dois departamentos, a
administração pública utiliza a técnica administrativa conhecida como
desconcentração administrativa, que é, de fato, a distribuição de competências entre
órgãos sempre dentro de uma mesma pessoa jurídica.

A doutrina classifica as desconcentrações em diversas espécies, segundo o


critério empregado para repartir as competências entre diversos órgãos públicos:

1) desconcentração territorial ou geográfica: é aquela em que as


competências são divididas delimitando as regiões onde cada órgão pode atuar. A
característica fundamental dessa espécie de desconcentração é que cada órgão
público detém as mesmas atribuições materiais dos demais, variando somente o
âmbito geográfico de sua atuação. Exemplos: Subprefeituras e Delegacias de Polícia.

2) desconcentração material ou temática: é a distribuição de competências


mediante a especialização de cada órgão em determinado assunto. Exemplo:
Ministérios da União.

3) desconcentração hierárquica ou funcional: utiliza como critério para


repartição de competências a relação de subordinação entre os diversos órgãos.
Exemplo: tribunais administrativos em relação aos órgãos de primeira instância.

e) Descentralização administrativa. (Errado)


A assertiva está errada porque quando o tribunal de Justiça cria dois novos
órgãos estamos diante da desconcentração e não da descentralização, pois essa
existe quando eu transfiro as atividades administrativas para uma outra Pessoa.

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No Brasil temos duas formas de descentralização, são as seguintes:

DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: ocorre quando a Administração


Pública Direta, por meio de uma lei ordinária específica, cria uma pessoa jurídica da
administração indireta e transfere a titularidade e a execução de determinado serviço
público para ela.

Você pode esbarrar com algumas questões de prova cobrando seus


significados, são eles:
• DESCENTRALIZAÇÃO TÉCNICA;
• DESCENTRALIZAÇÃO FUNCIONAL;
• DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS.

DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO: ocorre quando a administração


pública direta passa apenas a execução de um serviço para particulares, por meio de
um contrato ou ato unilateral.
• Sinônimo de DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO.
• Podemos citar como exemplo as empresas que prestam serviço de
transporte público, sejam eles ferroviários, aquaviários, aéreos, terrestres e também
os pedágios que existem ao longo do Brasil.

18. (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Auditor Fiscal
Tributário Municipal - Conhecimentos Gerais e Específicos 1)

Em matéria de organização administrativa brasileira, a descentralização administrativa

a) consiste na distribuição de competências e responsabilidades dentro de uma mesma


pessoa, mantendo-se a hierarquia.
b) se dá por meio da transferência de competência, apenas, para as pessoas da
Administração indireta, que possuam personalidade jurídica própria.
c) é espécie inadmissível no ordenamento jurídico pátrio.
d) se dá mediante o deslocamento de competência para uma nova pessoa, sem a
subordinação hierárquica, embora haja o controle e a fiscalização do Poder Público.
e) consiste na distribuição de competências e responsabilidade dentro de uma mesma
pessoa, deixando de existir a subordinação.
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) consiste na distribuição de competências e responsabilidades dentro


de uma mesma pessoa, mantendo-se a hierarquia. (Errado)
consiste na distribuição de competências e responsabilidades dentro de uma
mesma pessoa, mantendo-se a hierarquia. Afirmativa errada, pois estamos diante
do conceito da desconcentração administrativa.

MUDE SUA VIDA!


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b) se dá por meio da transferência de competência, apenas, para as


pessoas da Administração indireta, que possuam personalidade jurídica
própria. (Errado)
se dá por meio da transferência de competência, apenas, para as pessoas da
Administração indireta, que possuam personalidade jurídica própria. Afirmativa
errada, pois existe no Brasil a descentralização por colaboração, que se caracteriza
pela transferência da execução do serviço para os particulares não integrantes da
administração direta.

c) é espécie inadmissível no ordenamento jurídico pátrio. (Errado)


é espécie inadmissível no ordenamento jurídico pátrio. Afirmativa errada, pois
é plenamente aceito no nosso ordenamento jurídico pátrio a descentralização por
outorga, que também é conhecida como descentralização técnica, por serviços ou
funcional. Temos ainda a descentralização por colaboração, também conhecida como
descentralização por delegação.

d) se dá mediante o deslocamento de competência para uma nova


pessoa, sem a subordinação hierárquica, embora haja o controle e a
fiscalização do Poder Público.
A afirmativa está perfeita, pois na descentralização por outorga ocorre
exatamente a transferência da competência para uma nova pessoa jurídica (pode ser
regida pelo direito público ou privado), rompendo o vínculo hierárquico, mas
mantendo o que a doutrina chama de vínculo jurídico específico, para ser mais preciso
é chamado de princípio da tutela, controle finalístico ou supervisão ministerial.

e) consiste na distribuição de competências e responsabilidade dentro


de uma mesma pessoa, deixando de existir a subordinação. (Errado)
consiste na distribuição de competências e responsabilidade dentro de uma
mesma pessoa, deixando de existir a subordinação. Totalmente errada essa
afirmativa, primeiro, quando fala em distribuição de competências dentro de uma só
pessoa, estamos diante da desconcentração e, segundo, ela (a desconcentração)
preserva a hierarquia.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) consiste na distribuição de competências e responsabilidades dentro


de uma mesma pessoa, mantendo-se a hierarquia. (Errado)
Afirmativa errada, pois estamos diante do conceito da desconcentração
administrativa. A DESCONCENTRAÇÃO é uma distribuição de competências dentro
da mesma pessoa jurídica. As atribuições administrativas são outorgadas aos vários
órgãos que compõem a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e
subordinação entre uns e outros. Isso é feito para descongestionar, desconcentrar,
tirar do centro um volume grande de atribuições, para permitir seu mais adequado e
racional desempenho.

MUDE SUA VIDA!


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b) se dá por meio da transferência de competência, apenas, para as


pessoas da Administração indireta, que possuam personalidade jurídica
própria. (Errado)
Afirmativa errada, pois existe no Brasil a descentralização por colaboração que
se caracteriza pela transferência da execução do serviço para os particulares não
integrantes da administração direta.

DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO: ocorre quando a administração


pública direta passa apenas a execução de um serviço para particulares, por meio
de um contrato ou ato unilateral.
• Sinônimo de DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO.
• Podemos citar como exemplo as empresas que prestam serviço de
transporte público, sejam eles ferroviários, aquaviários, aéreos, terrestres e também
os pedágios que existem ao longo do Brasil.

c) é espécie inadmissível no ordenamento jurídico pátrio. (Errado)


Afirmativa errada, pois é plenamente aceito no nosso ordenamento jurídico
pátrio a descentralização por outorga, que também é conhecida como
descentralização técnica, por serviços ou funcional. Temos também a
descentralização por colaboração igualmente conhecida como descentralização por
delegação.

DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: ocorre quando a Administração


Pública Direta, por meio de uma lei ordinária específica, cria uma pessoa jurídica da
administração indireta e transfere a titularidade e a execução de determinado serviço
público para ela.

Você pode esbarrar com algumas questões de prova cobrando seus


significados, são eles:
• DESCENTRALIZAÇÃO TÉCNICA;
• DESCENTRALIZAÇÃO FUNCIONAL;
• DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS.

DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO: ocorre quando a administração


pública direta passa apenas a execução de um serviço para particulares por meio de
um contrato ou ato unilateral.
• Sinônimo de DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO.
• Podemos citar como exemplo as empresas que prestam serviço de
transporte público, sejam eles ferroviários, aquaviários, aéreos, terrestres e também
os pedágios que existem ao longo do Brasil.

d) se dá mediante o deslocamento de competência para uma nova


pessoa, sem a subordinação hierárquica, embora haja o controle e a
fiscalização do Poder Público.
A afirmativa está perfeita, pois na descentralização por outorga ocorre
exatamente a transferência da competência para uma nova pessoa jurídica (pode ser
regida pelo direito público ou privado), rompendo o vínculo hierárquico, mas
mantendo o que a doutrina chama de vínculo jurídico específico, para ser mais preciso
é chamado de princípio da tutela, controle finalístico ou supervisão ministerial.

MUDE SUA VIDA!


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O professor Alexandre Mazza leciona o seguinte em sua obra:

“A supervisão ministerial, ou controle ministerial, é o poder exercido pelos


Ministérios Federais, e pelas Secretarias Estaduais e Municipais, sobre órgãos e
entidades pertencentes à Administração Pública Indireta. Como as entidades
descentralizadas são dotadas de autonomia, inexiste subordinação hierárquica
exercida pela Administração Direta sobre tais pessoas autônomas. Assim, os órgãos
da Administração central desempenham somente um controle finalístico sobre a
atuação de autarquias, fundações públicas e demais entidades descentralizadas. Tal
controle é a supervisão ministerial que, ao contrário da subordinação hierárquica,
não envolve a possibilidade de revisão dos atos praticados pela entidade controlada,
mas se restringe a fiscalizar o cumprimento da lei, por parte das pessoas
pertencentes à Administração Pública Indireta”.
(Manual de Direito Administrativo, 9ª edição - Alexandre Mazza; p. 643)

e) consiste na distribuição de competências e responsabilidade dentro


de uma mesma pessoa, deixando de existir a subordinação. (Errado)
Totalmente errada a afirmativa. Primeiro, quando fala em distribuição de
competências dentro de uma só pessoa estamos diante da desconcentração e,
segundo, ela (a desconcentração) preserva a hierarquia.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina o seguinte:

“Descentralização é a distribuição de competências de uma para outra


pessoa, física ou jurídica. Difere da DESCONCENTRAÇÃO pelo fato de ser esta
uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição de competências
dentro da mesma pessoa jurídica; sabe-se que a Administração Pública é organizada
hierarquicamente, como se fosse uma pirâmide em cujo ápice se situa o Chefe do
Poder Executivo. As atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que
compõem a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre
uns e outros. Isso é feito para descongestionar, desconcentrar, tirar do centro um
volume grande de atribuições, para permitir seu mais adequado e racional
desempenho. A desconcentração liga-se à hierarquia”.
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 935)

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19. (Ano: 2016 Banca: UFMT Órgão: TJ-MT Prova: Distribuidor, Contador e Partidor)

De acordo com a “teoria do órgão”, entende-se que a vontade da pessoa jurídica


manifesta-se por meio dos agentes que compõem os órgãos de sua estrutura. Levando-
se em conta essa teoria, a vinculação da vontade do órgão e agente se dá mediante

a) Imputação.
b) Representação.
c) Mandato.
d) Delegação.
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Imputação.
Nosso gabarito, pois a característica fundamental da teoria do órgão consiste
no princípio da imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é
imputada à pessoa jurídica cuja estrutura pertence. Há, pois, uma relação jurídica
externa entre a pessoa jurídica e outras pessoas, e uma relação interna, que vincula
o órgão à pessoa jurídica a que pertence.

b) Representação. (Errado)
Representação. Errada a opção, porque essa teoria é influenciada pela lógica
do Direito Civil, a teoria da representação defende que o Estado é como um incapaz,
não podendo defender pessoalmente seus próprios interesses.

c) Mandato. (Errado)
Mandato. Errada a opção, porque essa teoria foi concebida para explicar o
problema o qual sustentava que entre o Estado e o agente público haveria uma
espécie de contrato de representação, de modo que o agente receberia uma
delegação para atuar em nome do Estado.

d) Delegação. (Errado)
Delegação. A delegação administrativa ocorre quando determinado órgão
público divide parte de sua competência originária com outro órgão de igual ou de
hierarquia inferior, nos termos do artigo 12 da lei 9.784/99.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Imputação.
Nosso gabarito, pois a característica fundamental da teoria do órgão consiste
no princípio da imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é
imputada à pessoa jurídica cuja estrutura pertence. A pessoa jurídica manifesta a
sua vontade por meio dos órgãos; quando os agentes públicos manifestam a sua
vontade, é como se o próprio Estado o fizesse; substitui-se a ideia de representação
pela de imputação. O reconhecimento da imputação, ao Estado exige que o agente
esteja investido de poder jurídico, reconhecido pela lei.

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b) Representação. (Errado)
Representação. Errada a opção, porque essa teoria é influenciada pela lógica
do Direito Civil, a teoria da representação defende que o Estado é como um incapaz,
não podendo defender pessoalmente seus próprios interesses. Assim, o agente
público atuaria exercendo uma espécie de curatela dos interesses governamentais,
suprindo a incapacidade. Essa teoria também falha na tentativa de explicar o
problema, na medida em que, sendo incapaz, o Estado não poderia nomear seu
representante, como ocorre com os agentes públicos.

c) Mandato. (Errado)
Mandato. Errada a opção, porque essa teoria foi concebida para explicar o
problema o qual sustentava que entre o Estado e o agente público haveria uma
espécie de contrato de representação, de modo que o agente receberia uma
delegação para atuar em nome do Estado. O erro dessa concepção está em não
conseguir apontar em qual momento e quem realizaria a outorga do mandato.

d) Delegação. (Errado)
Delegação. A delegação administrativa ocorre quando determinado órgão
público divide parte de sua competência originaria com outro órgão de igual ou de
hierarquia inferior nos termos do artigo 12 da lei 9.784/99, segue o texto da lei:

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica
ou territorial.

20. (Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: Policial Legislativo Federal)

O artigo 37, §6°, da CRFB prevê a responsabilidade do ente público pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros. A teoria que justifica tal imputação de responsabilidade é
a

a) Teoria da Autonomia.
b) Teoria do Risco Integral.
c) Teoria da Encampação.
d) Teoria do Mandato.
e) Teoria do Órgão.

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GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Teoria da Autonomia. (Errado)


Teoria da Autonomia. Afirmativa errada, pois a autonomia da vontade é um
princípio aplicável no âmbito das relações entre particulares que lhes permite fazer
tudo o que a lei não proíbe.

b) Teoria do Risco Integral. (Errado)


Teoria do Risco Integral. Afirmativa errada, porque a teoria do risco integral
diz que o Estado se transforma em garantidor universal, ou seja, aconteça o que
acontecer, o PODER PÚBLICO sempre será responsabilizado e obrigado a indenizar a
quem se encontrar nas situações enquadradas nessa teoria sem qualquer excludente.

c) Teoria da Encampação. (Errado)


Teoria da Encampação. Afirmativa errada, porque a Encampação é uma forma
de extinção da concessão.

d) Teoria do Mandato. (Errado)


Teoria do Mandato. Errada a opção, porque essa teoria foi concebida para
explicar o problema o qual sustentava que entre o Estado e o agente público haveria
uma espécie de contrato de representação, de modo que o agente receberia uma
delegação para atuar em nome do Estado.

e) Teoria do Órgão.
Nosso gabarito, pois a característica fundamental da teoria do órgão é dizer que
a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos; quando os agentes
públicos manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse; substitui-
se a ideia de representação pela de imputação. O reconhecimento da imputação, ao
Estado exige que o agente esteja investido de poder jurídico, reconhecido pela lei.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Teoria da Autonomia. (Errado)


Afirmativa errada, pois a autonomia da vontade é um princípio aplicável no
âmbito das relações entre particulares que lhes permite fazer tudo o que a lei não
proíbe. O grande mestre Hely Lopes Meirelles nos ensina que: “Enquanto na
administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração
Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”.

b) Teoria do Risco Integral. (Errado)


Afirmativa errada, porque a teoria do risco integral diz que o Estado se
transforma em garantidor universal, ou seja, aconteça o que acontecer, o PODER
PÚBLICO sempre será responsabilizado e obrigado a indenizar a quem se encontrar
nas situações enquadradas nessa teoria sem qualquer excludente.

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NO BRASIL ELA SERÁ UTILIZADA NAS SEGUINTES HIPÓTESES:

DANO NUCLEAR

Art. 21, XXIII, CF/1988. Compete à União – explorar os serviços e instalações


nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a
lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de


culpa.

ATENTADO TERRORISTA OU ATOS DE GUERRA EM AERONAVE

Lei 10.309/2001
Art. 1.º Fica a União autorizada a assumir as responsabilidades civis perante
terceiros no caso de danos a bens e pessoas no solo, provocados por atentados
terroristas ou atos de guerra contra aeronaves de empresas aéreas brasileiras no
Brasil ou no exterior.

LEI 10.744/2003
Art. 1.º Fica a União autorizada, na forma e critérios estabelecidos pelo Poder
Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante terceiros na
hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados
por atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil
ou no exterior, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas
brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo.

DANO AMBIENTAL
A doutrina e a jurisprudência reconhecem ter sido adotada no Brasil a
responsabilidade civil baseada no risco integral.

É importante frisar que o "risco integral", que caracteriza a responsabilidade


por danos ambientais, aplica-se de forma absolutamente igual para todos, sem
peculiaridades no que toca aos danos ocasionados pela administração pública. Por
isso, não se trata de matéria estudada no direito administrativo, e sim na seara do
direito ambiental.

INFORMATIVO 507 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:


“A responsabilidade por dano ambiental é objetiva e pautada no risco integral,
não se admitindo a aplicação de excludentes de responsabilidade.
... a responsabilidade por dano ambiental, fundamentada na teoria do risco
integral...
Pressupõe, ainda, o dano ou risco de dano e o nexo de causalidade entre a
atividade e o resultado, efetivo ou potencial, não cabendo invocar a aplicação de
excludentes de responsabilidade.
Precedente citado: Resp. 1.114.398-PR, DJe 16/2/2012 (REPETITIVO). REsp
1.346.430-PR, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, julgado em 18/10/2012”.

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c) Teoria da Encampação. (Errado)


Afirmativa errada, porque a Encampação é uma forma de extinção da
concessão não decorrente de erros que podem vir a ser praticados pelo
concessionário, mas sim porque aquele serviço não tem interesse para coletividade.
O artigo que fala sobre esse instituto é o 37 da lei 8.987/95.

LEI 8.987/95

Art. 37. Considera-se ENCAMPAÇÃO a retomada do serviço pelo poder


concedente durante o prazo da concessão, por motivo de INTERESSE PÚBLICO,
mediante LEI AUTORIZATIVA específica e após prévio PAGAMENTO DA
INDENIZAÇÃO, na forma do artigo anterior.

d) Teoria do Mandato. (Errado)


Teoria do Mandato. Errada a opção, poque de acordo com essa teoria, o agente
público e o Estado celebrariam uma espécie de contrato de representação, pelo qual
aquele seria mandatário das vontades desse. Essa teoria também não prosperou,
especialmente pelo fato de o vínculo entre o agente público e o Estado ser legal e
não contratual.

e) Teoria do Órgão.
Nosso gabarito, pois a característica fundamental da teoria do órgão é dizer que
a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos; quando os agentes
públicos manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse; substitui-
se a ideia de representação pela de imputação. O reconhecimento da imputação, ao
Estado exige que o agente esteja investido de poder jurídico, reconhecido pela lei.

A doutrina sempre procurou explicar como a atuação do agente público é


atribuída ao Estado. A evolução do tema encontrou respaldo na formulação de quatro
teorias diferentes:

A) TEORIA DA IDENTIDADE: a primeira tentativa de explicar o assunto


afirmava que órgão e agente formam uma unidade inseparável, de modo que o órgão
público é o próprio agente. O equívoco dessa concepção é evidente, pois sua
aceitação implica concluir que a morte do agente público causa a extinção do órgão;

b) TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: influenciada pela lógica do Direito Civil, a


teoria da representação diz que o Estado é como um incapaz, não podendo defender
pessoalmente seus próprios interesses. Assim, o agente público atuaria exercendo
uma espécie de curatela dos interesses governamentais suprindo a incapacidade.
Essa teoria também falha na tentativa de explicar o problema, na medida em que,
sendo incapaz, o Estado não poderia nomear seu representante, como ocorre com os
agentes públicos;

C) TEORIA DO MANDATO: outra teoria concebida para explicar o problema o


qual sustentava que entre o Estado e o agente público haveria uma espécie de
contrato de representação, de modo que o agente receberia uma delegação para

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atuar em nome do Estado. O erro dessa concepção está em não conseguir apontar
em qual momento e quem realizaria a outorga do mandato;

D) TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA: aceita pela unanimidade dos


doutrinadores modernos, a teoria da imputação sustenta que o agente público atua
em nome do Estado, titularizando um órgão público (conjunto de competências), de
modo que a atuação ou o comportamento do agente no exercício da função pública
é juridicamente atribuída(o) – imputada(o) – ao Estado.

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo
No que se refere aos Ministérios, julgue o item.

Os Ministérios de governo são órgãos autônomos, pois se encontram no topo da


estrutura administrativa e estão imediatamente abaixo e subordinados aos órgãos
independentes.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-GO Prova: Agente Fiscal

Os órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, são criados a partir da


desconcentração, constituindo, por isso, novas pessoas jurídicas.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Agente Administrativo - Conhecimentos
Específicos

Acerca da gestão de contratos, julgue o item subsecutivo.

Órgãos e entidades públicos, tanto da Administração direta quanto da indireta, podem


aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira mediante contratos
firmados, conforme previsão legal.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: Analista Judiciário - Judiciária
A respeito da organização administrativa, dos atos administrativos e dos contratos e
convênios administrativos, julgue o item a seguir.

De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico


brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos
públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a
atuação é atribuída ao Estado.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: Telebrás Prova: Conhecimentos Básicos para o Cargo 3

Julgue o próximo item acerca dos princípios administrativos e da responsabilidade dos


agentes públicos.
A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos administrativos praticados por
determinado agente são imputados ao órgão por ele integrado, é reflexo importante do
princípio da impessoalidade.
Certo ( ) Errado ( )

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6. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TRT - 17ª Região (ES)Prova: Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador(+ provas)

Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao Ministério dos
Esportes, com prazo de extinção definido e com competência para atuar nos grandes
eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos. Com base nessa situação
hipotética, julgue o item subsequente.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu caráter


transitório.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STF Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa

No que se refere à organização da Administração Pública, julgue o item subsecutivo.

O servidor da Administração direta que, no exercício de sua função, causar dano a


particular não poderá ser pessoalmente demandado por este em ação de reparação de
danos; nesse caso, o particular terá de acionar juridicamente o órgão ou departamento
público em que trabalhe o servidor. Essa peculiaridade da responsabilidade civil do Estado
tem a ver com a teoria do órgão mais aceita atualmente, de acordo com a qual os órgãos
públicos, desprovidos de vontade própria, são as unidades funcionais da organização
administrativa e os agentes públicos, mandatários do órgão.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador
Com relação à Administração direta e indireta, julgue o item a seguir.

Todo órgão da Administração direta possui capacidade para ajuizar demandas judiciais
visando defender de seus interesses, pois possuem a personalidade jurídica necessária
para esse fim e, assim como as pessoas jurídicas de direito público, poderão adquirir
direitos e contrair obrigações.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: CPRM Prova: Analista em Geociências - Direito

Com relação à organização administrativa, julgue o item que se segue.

Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade jurídica, composta de


agentes e de competências.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: MPOG Prova: Todos os Cargos

No que diz respeito à Administração Pública, julgue o item seguinte.

Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode figurar em quaisquer
dos polos de uma relação processual.
Certo ( ) Errado ( )

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11. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social (+ provas)

Assinale a alternativa INCORRETA acerca do que preconiza o Direito Administrativo sobre


a organização administrativa.

a) Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, com
personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público.
b) As Secretarias de Estado são órgãos públicos que integram a Administração direta.
c) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por
lei complementar.
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado.
e) Um ministério criado no âmbito da União é órgão sem personalidade jurídica própria,
sendo componente da Administração direta.

12. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Aracruz – ES Prova: Contador
Os órgãos públicos representam compartimentos internos da pessoa pública, podendo ser
criados ou extintos por meio de lei. Já a estruturação e as atribuições dos órgãos podem ser
processadas por:

a) lei, apenas.
b) lei em tese do Chefe do Judiciário.
c) decreto do Chefe do Executivo.
d) resolução legislativa.
e) ofício da Presidência da República.

13. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEAD-AP Prova: Assistente Administrativo
Os órgãos públicos são unidades de atribuições das funções estatais e, como tal,

a) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à execução de atividades


estritas de Estado, impassíveis de serem delegadas à Administração indireta.
b) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras unidades de atribuições, o
que desnaturaria sua função.
c) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não admitindo a
composição plural para emissão de vontades.
d) são sempre autônomos e independentes, não podendo se subordinar a outros órgãos
para execução de suas tarefas.
e) também podem estar presentes na organização da Administração pública indireta, como,
por exemplo, para estruturação de uma autarquia.

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14. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara – SP Prova: Consultor
Legislativo

Segundo, Celso Antônio Bandeira de Mello os órgãos nada mais significam que círculos de
atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no interior da
personalidade estatal e expressados através dos agentes neles providos. Os órgãos
administrativos têm características próprias, a saber:

Assinale a alternativa correta.

a) Os órgãos públicos são criados por lei, não possuem personalidade jurídica e tampouco
patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político que o criou e influenciados pela
normatividade do princípio da hierarquia.
b) Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem personalidade
jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio da hierarquia, e possuem
patrimônio próprio.
c) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista, não são criados por lei,
possuem patrimônio próprio e fazem parte da Administração Direta.
d) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista e patrimônio próprio, são
criados por lei e, fazem parte da Administração Indireta.
e) Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem patrimônio próprio,
não são criados por lei, mas são influenciados pela normativa da hierarquia.

15. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)Prova: Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
De acordo com a classificação dos órgãos públicos, analise o trecho a seguir e assinale a
alternativa que aponta a classificação correspondente.

São os originários da Constituição e representativos dos três Poderes do Estado, sem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos controles constitucionais de um
sobre o outro; suas atribuições são exercidas por agentes políticos. (Di Pietro, Maria Sylvia
Zanella. Direito administrativo. 30.ed. Rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.)

a) Órgãos autônomos.
b) Órgãos independentes.
c) Órgãos superiores.
d) Órgãos centrais.
e) Órgãos subalternos.

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16. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Técnico Legislativo - Técnico-
Administrativo
No que concerne aos órgãos públicos, é correto afirmar:

a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.


b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os órgãos públicos atuam
em nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria.
d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade processual.
e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da estrutura da
Administração direta, haja vista que as unidades de atuação integrantes da estrutura da
Administração indireta denominam-se entidades.

17. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: IPM – JP Prova: Agente Previdenciário - Assistente de
Suporte de Previdência

A respeito dos órgãos públicos, assinale a opção correta.


a) Como consequência de sua natureza, em regra, tem capacidade processual.

b) Quem responde juridicamente por seus atos é a pessoa jurídica a que estão vinculados.
c) A criação de uma empresa pública é exemplo típico da desconcentração.
d) os órgãos públicos são entes personificados, funcionando como simples subdivisão
interna de uma pessoa jurídica.
e) A Câmara Municipal, por ser dotada de capacidade processual, possui personalidade
jurídica de direito público.

18. Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: CGE-RO Prova: Assistente de Controle Interno

Bruna, advogada, recebe consulta sobre a complexa organização do Estado e verifica que a
mesma permite um grande número de classificações. Ao elaborar parecer sobre o tema
aponta que, no concernente à estrutura, podem ser classificados os órgãos públicos em:

a) autônomos e principais.
b) políticos e pessoais.
c) vagos e estruturais.
d) simples e compostos.
e) especiais e subalternos.

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19. Ano: 2018 Banca: ATENA Órgão: Prefeitura de Presidente Getúlio – SC Prova: Advogado
Quanto à posição ocupada na escala governamental ou administrativa, os órgãos são
classificados em independentes, autônomos, superiores e subalternos. É correto afirmar
que os órgãos públicos:

a) Independentes são originários da própria Constituição, assim como os órgãos


autônomos, e representativos dos três Poderes.
b) Superiores são os órgãos de direção, controle e comando em relação aos subalternos,
mas que não possuem autonomia administrativa, nem financeira.
c) Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas físicas ordenadas
verticalmente.
d) Autônomos gozam de autonomia administrativa e financeira, mas não funcional, isto é,
não possuem autonomia para cumprir suas funções sem subordinação.

20. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: SEDUC-MT Prova: Técnico Administrativo Educacional
Assinale a alternativa correta sobre como são classificados os órgãos públicos em que a
exteriorização da vontade do órgão, quando se trata de expressar ato inerente à função
institucional do órgão como um todo, emana da unanimidade ou da maioria das vontades
dos agentes que o integram, normalmente por meio de votação.

a) Órgãos singulares
b) Órgãos não colegiados
c) Órgãos de representação unitária
d) Órgãos de representação plúrima
e) Órgãos de representação estatutária

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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. CERTO
4. CERTO
5. CERTO
6. ERRADO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. CERTO
10. CERTO
11. A
12. C
13. E
14. A
15. B
16. B
17. B
18. D
19. B
20. D

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-BA Prova: Assistente Técnico Administrativo
No que se refere aos Ministérios, julgue o item.

Os Ministérios de governo são órgãos autônomos, pois se encontram no topo da


estrutura administrativa e estão imediatamente abaixo e subordinados aos órgãos
independentes.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os Ministérios de governo são órgãos autônomos, pois se encontram


no topo da estrutura administrativa e estão imediatamente abaixo e
subordinados aos órgãos independentes.
Gabarito: Certo
Os órgãos autônomos são aqueles que possuem ampla autonomia
administrativa e financeira, caracterizam-se como órgãos diretivos, e
são subordinados aos órgãos independentes. Ex.: Ministérios, Secretarias,
Advocacia-Geral da União etc.

SOLUÇÃO COMPLETA
Os Ministérios de governo são órgãos autônomos, pois se encontram
no topo da estrutura administrativa e estão imediatamente abaixo e
subordinados aos órgãos independentes.
A assertiva está correta, pois está plenamente de acordo com o que a
doutrina nos ensina. Em relação aos órgãos autônomos, a professora Ana
Cláudia Campos diz que estão situados imediatamente abaixo dos órgãos
independentes e são a estes subordinados. Possuem autonomia administrativa,
financeira e técnica. São considerados órgãos diretivos, com função de
coordenação, planejamento e fiscalização sobre outros órgãos. Exemplos:
Ministérios (plano federal) e Secretarias (plano estadual e municipal).

O professor Alexandre Mazza leciona que os órgãos autônomos estão


situados imediatamente abaixo dos órgãos independentes, gozando de ampla
autonomia administrativa, financeira e técnica e dotados de competências de
planejamento, supervisão e controle sobre outros órgãos. Exemplos: Ministérios,
Secretarias e Advocacia-Geral da União.

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2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-GO Prova: Agente Fiscal

Os órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, são criados a partir da


desconcentração, constituindo, por isso, novas pessoas jurídicas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, são criados a


partir da desconcentração, constituindo, por isso, novas pessoas
jurídicas.
A afirmativa está errada, pois, quando temos a criação de novos órgãos
públicos, não temos novas pessoas jurídicas.

SOLUÇÃO COMPLETA

Os órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, são criados a


partir da desconcentração, constituindo, por isso, novas pessoas
jurídicas.
A assertiva está errada pelo fato de a desconcentração ser uma técnica
administrativa de divisão de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. É
bem verdade que quando os Ministérios são criados temos uma desconcentração,
mas os mesmos não possuirão personalidade jurídica, pois são meros órgãos
públicos e, de acordo com a Lei 9.784, de 99 órgão público é uma unidade de
atuação pertencente tanto a Administração Pública direta como a indireta e todo e
qualquer órgão público é desprovido de personalidade jurídica. O professor Celso
Antônio Bandeira de Mello afirma que os órgãos nada mais significam que círculos
de atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no interior da
personalidade estatal e expressados através dos agentes neles providos.

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3. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Agente Administrativo - Conhecimentos
Específicos

Acerca da gestão de contratos, julgue o item subsecutivo.

Órgãos e entidades públicos, tanto da Administração direta quanto da indireta, podem


aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira mediante contratos
firmados, conforme previsão legal.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Órgãos e entidades públicos, tanto da Administração direta quanto da


indireta, podem aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e
financeira mediante contratos firmados, conforme previsão legal.
O gabarito desta questão está correto, temos essa previsão no Art. 37, §8º da
Constituição Federal:

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos ÓRGÃOS E


ENTIDADES da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
dispor sobre:

I - O prazo de duração do contrato;

II - Os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações


e responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

SOLUÇÃO COMPLETA

Órgãos e entidades públicos, tanto da Administração direta quanto da


indireta, podem aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e
financeira mediante contratos firmados, conforme previsão legal.
A assertiva está totalmente embasada na nossa Constituição Federal em seu
Art. 37, §8º e por conta dessa literalidade nosso gabarito é certo.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 37...

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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos ÓRGÃOS E


ENTIDADES da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
CONTRATO, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha
por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à
lei dispor sobre:

I - O prazo de duração do contrato;

II - Os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações


e responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

O instituto do contrato de gestão era inicialmente utilizado apenas para


relações entre entes da Administração. Entretanto, com a reforma administrativa,
iniciada em 1995 e positivada pela Emenda Constitucional 19, em 1998.

A professora Ana Cláudia Campos afirma que este dispositivo é bastante


criticado pela doutrina, principalmente por dois fatores: os órgãos não possuem
personalidade; sendo assim, não teriam como celebrar contratos e a relação não
poderia ser firmada entre a Administração e seus administradores, pois, pela teoria
da imputação, os atos devem ser atribuídos às pessoas jurídicas, e não às físicas.
Com isso, apesar de existir previsão constitucional, o dispositivo não possui
aplicabilidade prática em virtude da falta de respaldo no ordenamento jurídico.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro em seus ensinamentos faz


a seguinte explicação:

Embora o dispositivo constitucional não mencione a expressão contrato de


gestão, é a esse tipo de contrato que quis referir-se, com a peculiaridade de que o
mesmo poderá ser celebrado não apenas com entidades da Administração Indireta,
como também com órgãos (sem personalidade jurídica) da própria Administração
Direta. Isto significa que poderá ocorrer que dois órgãos sem personalidade jurídica
própria celebrem acordo de vontade. Em qualquer caso, o objetivo é definir metas
de desempenho, ampliar a autonomia e permitir o controle de resultado em função
das metas estabelecidas.
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG.
695)

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4. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: Analista Judiciário - Judiciária
A respeito da organização administrativa, dos atos administrativos e dos contratos e
convênios administrativos, julgue o item a seguir.

De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico


brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos
públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a
atuação é atribuída ao Estado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no
ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa
jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria,
quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao
Estado.
A afirmativa está correta segundo lição do Professor José Dos Santos Carvalho
Filho

A característica fundamental da teoria do órgão consiste no princípio da


imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura pertence.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no
ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa
jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria,
quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao
Estado.
A afirmativa está correta, o criador desta teoria foi o jurista alemão Otto
Friedrich von Gierke, que, além de ser formado em direito, era formado em
medicina. Ele fez uma analogia entre o corpo humano e a estrutura estatal para
tentar explicar a atuação dos órgãos. Com essa ideia foi construída a teoria do
órgão: quando os órgãos estatais atuam, como eles são partes integrantes do todo,
este agir será imputado à pessoa jurídica à qual pertencem.

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LIÇÃO DO PROFESSOR JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

A característica fundamental da teoria do órgão consiste no princípio da


imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura pertence. Há, pois, uma relação jurídica externa, entre a
pessoa jurídica e outras pessoas, e uma relação interna, que vincula o órgão à
pessoa jurídica a que pertence. A teoria tem aplicação concreta na hipótese da
chamada função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem
relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha investidura
legítima. Bastam a aparência da investidura e o exercício da atividade pelo
órgão: nesse caso, os efeitos da conduta vão ser imputados à pessoa jurídica.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; Pag. 88)

5. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: Telebrás Prova: Conhecimentos Básicos para o Cargo 3

Julgue o próximo item acerca dos princípios administrativos e da responsabilidade dos


agentes públicos.

A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos administrativos praticados por


determinado agente são imputados ao órgão por ele integrado, é reflexo importante do
princípio da impessoalidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos


administrativos praticados por determinado agente são imputados ao
órgão por ele integrado, é reflexo importante do princípio da
impessoalidade.
A afirmativa está correta, pois, de acordo com a professora Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, o princípio da impessoalidade encontra-se em matéria de
exercício de fato, quando se reconhece validade aos atos praticados por funcionário
irregularmente investido no cargo ou função, sob fundamento de que os atos são
do órgão e não do agente público.

SOLUÇÃO COMPLETA
A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos
administrativos praticados por determinado agente são imputados ao
órgão por ele integrado, é reflexo importante do princípio da
impessoalidade.

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A afirmativa está correta, pois a doutrina moderna acrescenta ao


entendimento tradicional uma nova perspectiva do princípio da impessoalidade.
Hoje, a impessoalidade deve ser enxergada também sob a ótica do agente. Nesse
sentido, quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem pratica o
ato, mas o Estado - órgão que ele representa. Corresponde, portanto, ao princípio
da imputação volitiva pautado na Teoria do Órgão.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que o princípio da


impessoalidade encontra-se em matéria de exercício de fato, quando se reconhece
validade aos atos praticados por funcionário irregularmente investido no cargo ou
função, sob fundamento de que os atos são do órgão e não do agente público.

6. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TRT - 17ª Região (ES)Prova: Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador(+ provas)

Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao Ministério dos
Esportes, com prazo de extinção definido e com competência para atuar nos grandes
eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos. Com base nessa situação
hipotética, julgue o item subsequente.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu caráter


transitório.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria
vinculada ao Ministério dos Esportes, com prazo de extinção definido e com
competência para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no
Brasil nos próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue o
item subsequente.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de


seu caráter transitório.
A afirmativa está equivocada ao afirmar que a secretaria será considerada
como um órgão simples em razão de seu caráter transitório, pois o que faz um
órgão ser classificado como simples é o fato dele ter um centro de competências,
sem ramificações em outros órgãos, independentemente do número de cargos.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria


vinculada ao Ministério dos Esportes, com prazo de extinção definido e com
competência para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no
Brasil nos próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue o
item subsequente.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de


seu caráter transitório.
A afirmativa está errada ao afirmar que a secretaria será considerada como
um órgão simples em razão de seu caráter transitório, pois o que faz um órgão ser
classificado como simples é o fato dele ter um centro de competências, sem
ramificações em outros órgãos, independentemente do número de cargos.

De acordo com A ESTRUTURA, os órgãos públicos podem ser classificados


como:

• Órgãos simples (unitários): são aqueles que possuem um único centro de


competência.

• Órgãos compostos: aqueles que possuem vários centros de competência.

Outro equívoco está no enunciado ao dizer que uma secretaria foi criada por
decreto do presidente, pois a criação e extinção de órgãos públicos obedecem ao
Princípio da Reserva Legal. SOMENTE LEI PODE CRIAR OU EXTINGUIR
ÓRGÃOS PÚBLICOS.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre
todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

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7. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STF Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa

No que se refere à organização da Administração Pública, julgue o item subsecutivo.

O servidor da Administração direta que, no exercício de sua função, causar dano a


particular não poderá ser pessoalmente demandado por este em ação de reparação de
danos; nesse caso, o particular terá de acionar juridicamente o órgão ou departamento
público em que trabalhe o servidor. Essa peculiaridade da responsabilidade civil do Estado
tem a ver com a teoria do órgão mais aceita atualmente, de acordo com a qual os órgãos
públicos, desprovidos de vontade própria, são as unidades funcionais da organização
administrativa e os agentes públicos, mandatários do órgão.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
O servidor da Administração direta que, no exercício de sua função,
causar dano a particular não poderá ser pessoalmente demandado por este
em ação de reparação de danos; nesse caso, o particular terá de acionar
juridicamente o órgão ou departamento público em que trabalhe o
servidor. Essa peculiaridade da responsabilidade civil do Estado tem a ver
com a teoria do órgão mais aceita atualmente, de acordo com a qual os
órgãos públicos, desprovidos de vontade própria, são as unidades
funcionais da organização administrativa e os agentes públicos,
mandatários do órgão.
A questão está errada ao dizer que o servidor responderá pessoalmente em
ação de reparação de danos causados a um particular, pois a Constituição Federal
adotou como regra a teoria da responsabilidade civil objetiva na qual a Entidade
pública ou administrativa responderá pelos danos que seus agentes causarem a
terceiros. Essa teoria é claramente pousada no princípio da imputação volitiva, o
que é atrelado à teoria do órgão.

SOLUÇÃO COMPLETA

O servidor da Administração direta que, no exercício de sua função,


causar dano à particular não poderá ser pessoalmente demandado por este
em ação de reparação de danos; nesse caso, o particular terá de acionar
juridicamente o órgão ou departamento público em que trabalhe o
servidor. Essa peculiaridade da responsabilidade civil do Estado tem a ver
com a teoria do órgão mais aceita atualmente, de acordo com a qual os
órgãos públicos, desprovidos de vontade própria, são as unidades
funcionais da organização administrativa e os agentes públicos,
mandatários do órgão.
A resposta dessa afirmativa é que ela se encontra errada, pois, diante da
responsabilidade civil objetiva do Estado, não é possível ajuizamento de uma ação
diretamente contra o servidor que causou danos ao particular. A Constituição
Federal em seu Art. 37, §6º nos diz o seguinte:

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As pessoas jurídicas de DIREITO PÚBLICO e as de DIREITO PRIVADO


prestadoras de serviços públicos RESPONDERÃO pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

E diante de várias controvérsias que tínhamos em nossos tribunais sobre a


possibilidade de ser ou não realizado ação contra o servidor em casos de danos ao
particular, o Supremo Tribunal Federal se posicionou acerca do tema no informativo
947 da semana de 12 a 16 de agosto 2019

STF REPERCUSSÃO GERAL

DIREITO ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Danos causados por agente público: ação de indenização e legitimidade


passiva:

A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal (CF), a ação por
danos causados por agente público DEVE SER AJUIZADA contra o Estado ou a
pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, SENDO PARTE
ILEGÍTIMA para a ação o AUTOR DO ATO, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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8. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador


Com relação à Administração direta e indireta, julgue o item a seguir.

Todo órgão da Administração direta possui capacidade para ajuizar demandas judiciais
visando defender de seus interesses, pois possuem a personalidade jurídica necessária
para esse fim e, assim como as pessoas jurídicas de direito público, poderão adquirir
direitos e contrair obrigações.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Todo órgão da Administração direta possui capacidade para ajuizar


demandas judiciais visando defender de seus interesses, pois possuem a
personalidade jurídica necessária para esse fim e, assim como as pessoas
jurídicas de direito público, poderão adquirir direitos e contrair obrigações.
Essa afirmativa se encontra errada, pois, em regra, de acordo com a doutrina
os órgãos públicos por serem despersonalizados não possuem capacidade
processual. Apenas de forma excepcional poderão ajuizar demandas visando
defender de seus interesses.

SOLUÇÃO COMPLETA
Todo órgão da Administração direta possui capacidade para ajuizar
demandas judiciais visando defender de seus interesses, pois possuem a
personalidade jurídica necessária para esse fim e, assim como as pessoas
jurídicas de direito público, poderão adquirir direitos e contrair obrigações.
A questão se encontra errada ao dizer que todos os órgãos públicos possuem
capacidade para postularem ações judiciais, pois o que ocorre na prática é que, em
regra, é o oposto pelo fato de os órgãos públicos serem unidades de atuação
desprovidas de personalidade jurídica. No entanto o Supremo Tribunal Federal tem-
se posicionado no sentido de aceitar que alguns órgãos públicos que possuem
competências constitucionais possam demandar em juízo para defenderem
estritamente seus interesses constitucionais.

O Professor José dos Santos Carvalho filho nos ensina a seguinte lição:

CAPACIDADE PROCESSUAL Como círculo interno de poder, o órgão em si é


despersonalizado; apenas integra a pessoa jurídica. A capacidade processual é
atribuída à pessoa física ou jurídica, como averba o art. 70 do CPC: Toda pessoa
que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade de estar em juízo.
Sendo assim, o órgão não pode, como regra geral, ter capacidade processual, ou
seja, idoneidade para figurar em qualquer dos polos de uma relação processual.
Faltaria a presença do pressuposto processual atinente à capacidade de estar em
juízo. Nesse sentido já decidiu o STF e têm decidido os demais Tribunais.

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De algum tempo para cá, todavia, tem evoluído a ideia de conferir capacidade
a órgãos públicos para certos tipos de litígio. Um desses casos é o da
impetração de mandado de segurança por órgãos públicos de natureza
constitucional, quando se trata da defesa de sua competência, violada por ato de
outro órgão. Em consequência, para exemplificar, a Assembleia Legislativa
Estadual, a par de ser órgão com autonomia financeira expressa no orçamento do
Estado, goza, legalmente, de independência organizacional. É titular de direitos
subjetivos, o que lhe confere a chamada ‘personalidade judiciária’, que a autoriza a
defender os seus interesses em juízo. Tem, pois, capacidade processual. Em outra
hipótese, já se admitiu mandado de segurança impetrado por Câmara Municipal
contra o Prefeito para o fim de obrigá-lo à devida prestação de contas ao
Legislativo, tendo sido concedida a segurança. Repita-se, porém, que essa
excepcional personalidade judiciária só é aceita em relação aos órgãos mais
elevados do Poder Público, de envergadura constitucional, quando defendem
suas prerrogativas e competências.

9. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: CPRM Prova: Analista em Geociências - Direito

Com relação à organização administrativa, julgue o item que se segue.

Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade jurídica, composta de


agentes e de competências.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade


jurídica, composta de agentes e de competências.
Essa afirmativa se encontra certa e tem por fundamento legal a Lei 9.784/99
em seu Art. 1º §2º em seu inciso I que diz: ÓRGÃO – é a unidade de atuação
integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração
indireta;

SOLUÇÃO COMPLETA

Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade


jurídica, composta de agentes e de competências.
Essa afirmativa se encontra certa e tem por fundamento legal a Lei 9.784/99
em seu Art. 1º §2º em seu inciso I;

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Lei 9.784/99

Art.1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - ÓRGÃO - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração


direta e da estrutura da Administração indireta;

II - ENTIDADE - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

III - AUTORIDADE - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

HELY LOPES MEIRELLES


SÃO CENTROS DE COMPETÊNCIA INSTITUÍDOS PARA O DESEMPENHO DE
FUNÇÕES ESTATAIS, ATRAVÉS DE SEUS AGENTES, CUJA ATUAÇÃO É IMPUTADA À
PESSOA JURÍDICA A QUE PERTENCEM.

MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO

COM BASE NA TEORIA DOS ÓRGÃOS, PODEM-SE DEFINIR OS ÓRGÃOS


PÚBLICO COMO UMA UNIDADE QUE CONGREGA ATRIBUIÇÕES EXERCIDAS PELOS
AGENTES PÚBLICOS QUE O INTEGRAM COM O OBJETIVO DE EXPRESSAR A
VONTADE DO ESTADO.

10. Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: MPOG Prova: Todos os Cargos

No que diz respeito à Administração Pública, julgue o item seguinte.

Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode figurar em quaisquer
dos polos de uma relação processual.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode


figurar em quaisquer dos polos de uma relação processual.
Essa afirmativa se encontra certa, pois, em regra, de acordo com a doutrina
os órgãos públicos, por serem despersonalizados, não possuem capacidade
processual. Apenas de forma excepcional poderão ajuizar demandas visando
defender de seus interesses.

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SOLUÇÃO COMPLETA
Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode
figurar em quaisquer dos polos de uma relação processual.
Essa afirmativa se encontra certa, pois geralmente, de acordo com a doutrina,
os órgãos públicos por serem despersonalizados não possuem capacidade
processual. Apenas de forma excepcional poderão ajuizar demandas visando
defender de seus interesses. A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos
ensina a seguinte lição:

Embora os órgãos não tenham personalidade jurídica, eles podem ser


dotados de capacidade processual. A doutrina e a jurisprudência têm
reconhecido essa capacidade a determinados órgãos públicos, para defesa de suas
prerrogativas. Nas palavras de Hely Lopes Meirelles (2003:69-70), embora
despersonalizados, os órgãos mantêm relações funcionais entre si e com terceiros,
das quais resultam efeitos jurídicos internos e externos, na forma legal ou
regulamentar. E, a despeito de não terem personalidade jurídica, os órgãos podem
ter prerrogativas funcionais próprias que, quando infringidas por outro órgão,
admitem defesa até mesmo por mandado de segurança.

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11. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social (+ provas)

Assinale a alternativa INCORRETA acerca do que preconiza o Direito Administrativo sobre


a organização administrativa.

a) Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, com
personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público.
b) As Secretarias de Estado são órgãos públicos que integram a Administração direta.
c) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por
lei complementar.
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado.
e) Um ministério criado no âmbito da União é órgão sem personalidade jurídica própria,
sendo componente da Administração direta.

GABARITO: A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública,
com personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do
interesse público.
Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, com
personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público. É o
gabarito, de acordo com o comando da questão, que busca a afirmativa errada, órgão
público não possui personalidade jurídica.

b) As Secretarias de Estado são órgãos públicos que integram a


Administração direta. (certo)
A afirmativa está correta, inclusive são classificadas QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL
como órgãos autônomos.

c) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e


estabelecidas por lei complementar. (certo)
A afirmativa está correta nos termos do Art. 37, inciso XIX, em sua parte final.

d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas


jurídicas de direito privado. (certo)
A afirmativa está correta, pois, está totalmente condizente com o que afirma o
Decreto-Lei 200/67 e também com a Lei 13.303/16 sobre o regime jurídico das empresas
públicas e as sociedades de economia mista.

e) Um ministério criado no âmbito da União é órgão sem personalidade


jurídica própria, sendo componente da Administração direta. (certo)
A afirmativa está correta, inclusive são classificadas QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL
como órgãos autônomos.

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza
pública, com personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar
em prol do interesse público.
Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública,
com personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do
interesse público. É o gabarito, de acordo com o comando da questão, que busca a
afirmativa errada, órgão público não possui personalidade jurídica.

Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello:

Os órgãos nada mais significam que círculos de atribuições, os feixes


individuais de poderes funcionais repartidos no interior da personalidade estatal e
expressados através dos agentes neles providos

b) As Secretarias de Estado são órgãos públicos que integram a


Administração direta. (certo)
A afirmativa está correta, inclusive são classificadas QUANTO À POSIÇÃO
ESTATAL como órgãos autônomos.

Para a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, são os que se localizam


na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos
independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e
participam das decisões governamentais. Entram nessa categoria os Ministérios, as
Secretarias de Estado e de Município, o Serviço Nacional de Informações e o
Ministério Público.

c) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas


e estabelecidas por lei complementar. (certo)
A afirmativa está correta, nos termos do Art. 37, inciso XIX, em sua parte
final, que nos diz:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
FUNDAÇÃO, CABENDO À LEI COMPLEMENTAR, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação;

d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são


pessoas jurídicas de direito privado. (certo)
A afirmativa está correta, pois está totalmente condizente com o que afirma o
Decreto-Lei 200/67 e também com a Lei 13.303/16 sobre o regime jurídico das
empresas públicas e as sociedades de economia mista.

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DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de


DIREITO PRIVADO, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado
por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a
exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - É a entidade dotada de


personalidade jurídica de DIREITO PRIVADO, criada por lei para a exploração de
atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima (S.A.), cujas ações com
direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração
Indireta.

LEI 13.303/16

Art. 3º EMPRESA PÚBLICA é a entidade dotada de personalidade jurídica DE


DIREITO PRIVADO, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo
capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios.

Art. 4º SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é a entidade dotada de


personalidade jurídica de DIREITO PRIVADO, com criação autorizada por lei, sob
a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.

e) Um ministério criado no âmbito da União é órgão sem


personalidade jurídica própria, sendo componente da Administração direta.
(certo)
A afirmativa está correta, inclusive são classificadas QUANTO À POSIÇÃO
ESTATAL como órgãos autônomos.

Para a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, são os que se localizam


na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos
independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e
participam das decisões governamentais. Entram nessa categoria os Ministérios, as
Secretarias de Estado e de Município, o Serviço Nacional de Informações e o
Ministério Público.

MUDE SUA VIDA!


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12. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Aracruz – ES Prova: Contador
Os órgãos públicos representam compartimentos internos da pessoa pública, podendo ser
criados ou extintos por meio de lei. Já a estruturação e as atribuições dos órgãos podem ser
processadas por:

a) lei, apenas.
b) lei em tese do Chefe do Judiciário.

c) decreto do Chefe do Executivo.


d) resolução legislativa.
e) ofício da Presidência da República.

GABARITO: C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) lei, apenas. (errado)


Lei, apenas. A afirmativa está errada, porque podemos ter no Brasil a
estruturação de órgãos públicos por meio do Decreto Autônomo descrito na
Constituição Federal em seu Art. 84; inciso VI; alínea a.

b) lei em tese do Chefe do Judiciário. (errado)


Lei em tese do Chefe do Judiciário. A afirmativa está errada, porque podemos
ter no Brasil a estruturação de órgãos públicos por meio do Decreto Autônomo
descrito na Constituição Federal em seu Art. 84; inciso VI; alínea a.

c) decreto do Chefe do Executivo.


Este é o gabarito nos termos da Constituição Federal em seu Art. 84; inciso
VI; alínea a que diz.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI – Dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

d) resolução legislativa. (errado)


Resolução legislativa. A afirmativa está errada, porque podemos ter no Brasil
a estruturação de órgãos públicos por meio do Decreto Autônomo descrito na
Constituição Federal em seu Art. 84; inciso VI; alínea a.

e) ofício da Presidência da República. (errado)


Ofício da Presidência da República. A afirmativa está errada, porque os ofícios
são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e
superiores e entre a Administração e o particular.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) lei, apenas. (errado)


A afirmativa está errada, porque podemos ter no Brasil a estruturação de
órgãos públicos por meio do Decreto Autônomo descrito na Constituição Federal em
seu Art. 84; inciso VI; alínea a.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – Dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) lei em tese do Chefe do Judiciário. (errado)


A afirmativa está errada, porque podemos ter no Brasil a estruturação de
órgãos públicos por meio do Decreto Autônomo descrito na Constituição Federal em
seu Art. 84; inciso VI; alínea a.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – Dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

c) decreto do Chefe do Executivo.


Este é o gabarito nos termos da Constituição Federal em seu Art. 84; inciso
VI; alínea a que diz.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – Dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

Os professores MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO, nos ensinam


que:

É competência do Congresso Nacional, exercida por meio de lei de iniciativa


privativa do Presidente da República, a criação e a extinção de Ministérios e
órgãos da administração pública federal (CF, arts. 48, XI, e 61, § 1., e). São
também de iniciativa privativa do Presidente da República, entre outras, as leis que
disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração federal direta e autárquica, ou aumento de sua remuneração;
servidores públicos da União, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria (CF, art. 61, § 1.). Por outro lado, dispor sobre

MUDE SUA VIDA!


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organização e funcionamento da administração federal, desde que não implique


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, é competência
privativa do Presidente da República, exercida mediante decreto
autônomo.
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 34)

d) resolução legislativa. (errado)


A afirmativa está errada, porque podemos ter no Brasil a estruturação de
órgãos públicos por meio do Decreto Autônomo descrito na Constituição Federal em
seu Art. 84; inciso VI; alínea a.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – Dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

e) ofício da Presidência da República. (errado)


A afirmativa está errada, porque os ofícios são comunicações escritas que as
autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores e entre a Administração
e o particular. Para o professor José Dos Santos Carvalho Filho ofícios são atos
formais, de intensa utilização na rotina administrativa, por meio dos quais as
autoridades administrativas se comunicam entre si ou com terceiros. Podem conter
solicitações, imposições, recomendações ou meras informações. Sendo veículo de
comunicação, os ofícios têm grande importância, sob o aspecto formal, na via
administrativa.

MUDE SUA VIDA!


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13. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEAD-AP Prova: Assistente Administrativo
Os órgãos públicos são unidades de atribuições das funções estatais e, como tal,

a) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à execução de atividades


estritas de Estado, impassíveis de serem delegadas à Administração indireta.
b) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras unidades de atribuições, o
que desnaturaria sua função.
c) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não admitindo a
composição plural para emissão de vontades.
d) são sempre autônomos e independentes, não podendo se subordinar a outros órgãos
para execução de suas tarefas.
e) também podem estar presentes na organização da Administração pública indireta, como,
por exemplo, para estruturação de uma autarquia.

GABARITO: E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à


execução de atividades estritas de Estado, impassíveis de serem delegadas
à Administração indireta. (errado)
só estão presentes na Administração direta, destinando-se à execução de
atividades estritas de Estado, impassíveis de serem delegadas à Administração
indireta. A afirmativa está errada, nos termos da Lei 9.784/99, que afirma que há
órgãos na Administração indireta em seu Art. 1º, § 2º, inciso I.

b) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras


unidades de atribuições, o que desnaturaria sua função. (errado)
São sempre unitários, não podendo se subdividir em outras unidades de
atribuições, o que desnaturaria sua função. A afirmativa está errada, pois de acordo
com a doutrina também temos os órgãos compostos que são constituídos por
diversos órgãos menores. Exemplos: Secretarias.

c) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não


admitindo a composição plural para emissão de vontades. (errado)
devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não admitindo a
composição plural para emissão de vontades. A afirmativa está errada, pois
também temos no Brasil os órgãos pluripessoais, que são aqueles nos quais as
decisões são tomadas por um colegiado de agentes. Exemplo: Câmara dos
Deputados.

d) são sempre autônomos e independentes, não podendo se


subordinar a outros órgãos para execução de suas tarefas. (errado)
são sempre autônomos e independentes, não podendo se subordinar a outros
órgãos para execução de suas tarefas. A afirmativa está errada, pois também
temos quanto à posição estatal os órgãos chamados de superiores e subalternos.

MUDE SUA VIDA!


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e) também podem estar presentes na organização da Administração


pública indireta, como, por exemplo, para estruturação de uma autarquia.
Este é o gabarito, sem dúvida, pois é plenamente possível termos órgãos
públicos na organização da Administração pública indireta, nos termos da Lei
9.784/99, que afirma que há órgãos na Administração indireta, em seu Art. 1º, §
2º, inciso I.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à


execução de atividades estritas de Estado, impassíveis de serem delegadas
à Administração indireta. (errado)
A assertiva está errada, nos termos da Lei 9.784/99, que afirma que há
órgãos na Administração indireta, em seu Art. 1º, § 2º, inciso I.

LEI 9.784/99

§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração


direta e da estrutura da Administração indireta;

b) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras


unidades de atribuições, o que desnaturaria sua função. (errado)
A afirmativa está errada, pois, de acordo com a doutrina, temos QUANTO À
ESTRUTURA, os órgãos SIMPLES (também chamados de unitários), que são
aqueles compostos por um único centro de competência. Não necessariamente são
formados por um único agente público, pois o que caracteriza um órgão como
simples é o fato de não existirem outros órgãos compondo a sua estrutura
organizacional. Exemplo: Presidência da República e temos os órgãos
COMPOSTOS, nos quais existe uma divisão de atividades entre órgão diferentes.
Exemplo: o Congresso Nacional é composto por dois órgãos, a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal.

c) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não


admitindo a composição plural para emissão de vontades. (errado)
A afirmativa está errada, pois, de acordo com a doutrina, temos QUANTO À
ATUAÇÃO FUNCIONAL os órgãos SINGULARES (também chamados de
unipessoais) que são aqueles nos quais as decisões são tomadas por um único
agente, que é seu titular e representante. Exemplo: Presidência da República. Mas
também temos os órgãos COLEGIADOS (chamados de pluripessoais) são aqueles
nos quais as decisões são tomadas por um colegiado de agentes. Exemplo: Câmara
dos Deputados.

d) são sempre autônomos e independentes, não podendo se


subordinar a outros órgãos para execução de suas tarefas. (errado)

MUDE SUA VIDA!


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A afirmativa está errada, pois temos, QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL, os


órgãos chamados de independentes, autônomos, mas também os superiores e
subalternos.

QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL

• Órgãos Independentes: são órgãos representativos dos poderes do


Estado e que possuem competências constitucionais, não estando subordinados a
nenhum outro órgão.
EX.: Câmara dos Deputados; Presidência da República, Tribunais, TCU e MP.

• Órgãos Autônomos: possuem autonomia administrativa e financeira, mas


estão subordinados à chefia de órgão independente na sua linha de hierarquia.
EX.: Ministérios de Estado, Secretarias de Estado e de Município.

• Órgãos Superiores: não possuem autonomia administrativa ou financeira,


mas possuem poder de decisão e comando de órgãos inferiores. Convém lembrar
que estão sujeitos ao controle hierárquico de uma chefia mais alta.
EX.: Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

• Órgãos Subalternos: não possuem autonomia ou poder decisório,


existindo apenas para eles desempenho de atribuições de execução.
EX.: seção de almoxarifado, expediente, etc.

e) também podem estar presentes na organização da Administração


pública indireta, como, por exemplo, para estruturação de uma autarquia.
Este é o gabarito sem sombra de dúvida, pois é plenamente possível termos
órgãos públicos na organização da Administração pública indireta nos termos da Lei
9.784/99 afirma que há órgãos na Administração indireta em seu Art. 1º, § 2º,
inciso I.

LEI 9.784/99

§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração


direta e da estrutura da Administração indireta;

MUDE SUA VIDA!


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14. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara – SP Prova: Consultor
Legislativo

Segundo, Celso Antônio Bandeira de Mello os órgãos nada mais significam que círculos de
atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no interior da
personalidade estatal e expressados através dos agentes neles providos. Os órgãos
administrativos têm características próprias, a saber:

Assinale a alternativa correta.

a) Os órgãos públicos são criados por lei, não possuem personalidade jurídica e tampouco
patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político que o criou e influenciados pela
normatividade do princípio da hierarquia.
b) Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem personalidade
jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio da hierarquia, e possuem
patrimônio próprio.
c) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista, não são criados por lei,
possuem patrimônio próprio e fazem parte da Administração Direta.
d) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista e patrimônio próprio, são
criados por lei e, fazem parte da Administração Indireta.
e) Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem patrimônio próprio,
não são criados por lei, mas são influenciados pela normativa da hierarquia.

GABARITO: A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Os órgãos públicos são criados por lei, não possuem personalidade


jurídica e tampouco patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político
que o criou e influenciados pela normatividade do princípio da hierarquia
(certo)
A afirmativa está correta, pois, de acordo com o professor Celso Antônio
Bandeira de Mello, os órgãos não passam de simples partições internas da pessoa
cuja intimidade estrutural integram, isto é, não têm personalidade jurídica.

b) Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem


personalidade jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio
da hierarquia, e possuem patrimônio próprio. (errado)
Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem
personalidade jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio da
hierarquia, e possuem patrimônio próprio. A afirmativa está errada pelo simples
fato de a Administração Pública indireta também possuir órgãos públicos nos
termos da Lei 9.784/99 em seu Art. 1º, § 2º, inciso I.

c) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista, não são


criados por lei, possuem patrimônio próprio e fazem parte da
Administração Direta. (errado)

MUDE SUA VIDA!


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Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista, não são criados por
lei, possuem patrimônio próprio e fazem parte da Administração Direta. Afirmativa
errada, pois os órgãos públicos não possuem nenhuma personalidade jurídica.

d) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista e


patrimônio próprio, são criados por lei e, fazem parte da Administração
Indireta. (errado)
Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista e patrimônio
próprio, são criados por lei e, fazem parte da Administração Indireta. A assertiva
está errada, pois os órgãos públicos NÃO possuem personalidade jurídica e
também fazem parte da Administração DIRETA.

e) Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem


patrimônio próprio, não são criados por lei, mas são influenciados pela
normativa da hierarquia. (errado)
Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem patrimônio
próprio, não são criados por lei, mas são influenciados pela normativa da
hierarquia. A afirmativa está errada, pois todos os órgãos públicos são criados por
lei de acordo com a Constituição Federal, em seu Art. 48, inciso XI.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Os órgãos públicos são criados por lei, não possuem personalidade


jurídica e tampouco patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político
que o criou e influenciados pela normatividade do princípio da hierarquia
(certo)
A afirmativa está correta, pois, de acordo com o professor Celso Antônio
Bandeira de Mello, os órgãos não passam de simples partições internas da pessoa
cuja intimidade estrutural integram, isto é, não têm personalidade jurídica.

O saudoso professor HELY LOPES MEIRELLES nos ensina que os órgãos


públicos:

São centros de competência instituídos para o desempenho de funções


estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que
pertencem. São unidades de ação com atribuições específicas na organização
estatal. Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa,
tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos,
que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade
orgânica. Por isso mesmo, os órgãos não têm personalidade jurídica nem
vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes, mas na área de
suas atribuições e nos limites de sua competência funcional expressam a vontade
da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através de
seus agentes (pessoas físicas). Como partes das entidades que integram, os órgãos
são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao
desempenho das funções que lhes forem atribuídas pelas normas de sua

MUDE SUA VIDA!


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constituição e funcionamento. Para a eficiente realização de suas funções cada


órgão é investido de determinada competência, redistribuída entre seus cargos,
com a correspondente parcela de poder necessária ao exercício funcional de seus
agentes.
(Direito Administrativo Brasileiro; 42ª Edição ; Hely Lopes Meirelles; Pág.72)
ESQUEMATIZANDO AS CARACTERÍSTICAS DO ÓRGÃO PÚBLICO:

1- Unidades integrantes da Administração Direta e Indireta;


2- Não possuem personalidade jurídica;
3- Possuem cargos, agentes e funções;
4- Em regra, não possuem capacidade processual por não terem
personalidade jurídica. Exceção: os órgãos do alto escalão do governo (Senado).

b) Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem


personalidade jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio
da hierarquia, e possuem patrimônio próprio. (errado)
A afirmativa está errada, pelo simples fato de a Administração Pública indireta
também possuir órgãos públicos nos termos da Lei 9.784/99 em seu Art. 1º, § 2º,
inciso I.

c) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista, não são


criados por lei, possuem patrimônio próprio e fazem parte da
Administração Direta. (errado)
A afirmativa está errada, pois os órgãos públicos não possuem nenhuma
personalidade jurídica e são criados, sim, por lei nos termos do Art. 48, inciso XI da
Constituição Federal.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre
todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
(...)
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

d) Os órgãos públicos possuem personalidade jurídica mista e


patrimônio próprio, são criados por lei e, fazem parte da Administração
Indireta. (errado)
A assertiva está errada, pois os órgãos públicos NÃO possuem personalidade
jurídica e também fazem parte da Administração DIRETA nos termos da Lei
9.784/99 em seu Art. 1º, § 2º, inciso I, que diz:

LEI 9.784/99
§ 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:
o

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração


DIRETA e da estrutura da Administração INDIRETA;

MUDE SUA VIDA!


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e) Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem


patrimônio próprio, não são criados por lei, mas são influenciados pela
normativa da hierarquia. (errado)
A afirmativa está errada, porque os órgãos públicos não são livremente
criados e extintos só pela vontade da Administração. A criação e a extinção de
órgãos dependem de lei, ou seja, submetem-se ao princípio da reserva legal, de
acordo com a Constituição Federal, em seu Art. 48, inciso XI.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre
todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
(...)
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

15. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)Prova: Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
De acordo com a classificação dos órgãos públicos, analise o trecho a seguir e assinale a
alternativa que aponta a classificação correspondente.

São os originários da Constituição e representativos dos três Poderes do Estado, sem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos controles constitucionais de um
sobre o outro; suas atribuições são exercidas por agentes políticos.(Di Pietro, Maria Sylvia
Zanella. Direito administrativo. 30.ed. Rev., atual. eampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.)

a) Órgãos autônomos.
b) Órgãos independentes.
c) Órgãos superiores.
d) Órgãos centrais.
e) Órgãos subalternos.

GABARITO: B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Órgãos autônomos. (errado)


Órgãos autônomos. O item está errado, pois os órgãos autônomos possuem
autonomia administrativa e financeira, mas estão subordinados à chefia de órgão
independente na sua linha de hierarquia.

b) Órgãos independentes. (certo)


Este item corresponde ao gabarito, pois, de fato, os órgãos independentes são
órgãos representativos dos poderes do Estado e que possuem competências
constitucionais, não estando subordinados a nenhum outro órgão.

MUDE SUA VIDA!


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c) Órgãos superiores. (errado)


Órgãos superiores. O item está errado, pois os órgãos superiores não
possuem autonomia administrativa ou financeira, mas possuem poder de decisão e
comando de órgãos inferiores.

d) Órgãos centrais. (errado)


Órgãos centrais. O item está errado, pois os órgãos centrais são os que
exercem atribuição em todo território nacional, estadual ou municipal.

e) Órgãos subalternos. (errado)


Órgãos subalternos. O item está errado, pois os órgãos subalternos não
possuem autonomia ou poder decisório, existindo apenas para eles desempenho de
atribuições de execução.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Órgãos autônomos. (errado)


O item está errado, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro diz que, de
acordo com a classificação quanto à posição estatal, os órgãos autônomos são os
que se localizam na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia
dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e
técnica e participam das decisões governamentais. Entram nessa categoria os
Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município, o Serviço Nacional de
Informações e o Ministério Público.

b) Órgãos independentes. (certo)


Este item corresponde ao gabarito, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro
diz que, de acordo com a classificação quanto à posição estatal, os órgãos
Independentes são os originários da Constituição e representativos dos três
Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos
apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro; suas atribuições são
exercidas por agentes políticos. Entram nessa categoria as Casas Legislativas, a
Chefia do Executivo e os Tribunais.

c) Órgãos superiores. (errado)


O item está errado, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro diz que de
acordo com a classificação quanto à posição estatal, órgãos superiores são
órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle
hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas denominações, como
Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

d) Órgãos centrais. (errado)


O item está errado, a professora Ana Cláudia Campos diz que, de acordo com
a classificação quanto ao âmbito de atuação, órgãos centrais são os que
possuem atribuição em todo o território do qual façam parte, seja ele nacional,

MUDE SUA VIDA!


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estadual ou municipal. Exemplo: Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de


Segurança Pública.

e) Órgãos subalternos. (errado)


O item está errado, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro diz que, de
acordo com a classificação quanto à posição estatal, órgãos subalternos são os
que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão,
exercendo principalmente funções de execução, como as realizadas por seções de
expediente, de pessoal, de material, de portaria, zeladoria etc.

16. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Técnico Legislativo - Técnico-
Administrativo
No que concerne aos órgãos públicos, é correto afirmar:

a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.


b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os órgãos públicos atuam
em nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria.
d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade processual.
e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da estrutura da
Administração direta, haja vista que as unidades de atuação integrantes da estrutura da
Administração indireta denominam-se entidades.

GABARITO: B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.


(errado)
A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei. O item está
errado, porque a criação e a extinção dos órgãos públicos dependem de lei, sim,
nos termos do Art. 48, inciso XI da Constituição Federal.

b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os


órgãos públicos atuam em nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
Este é o gabarito e esta assertiva está pautada na teoria do órgão, a qual diz
que a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos; quando os
agentes públicos manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse.

c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria. (errado)


Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria. O item está errado,
porque todo e qualquer órgão público será sempre desprovido de personalidade
jurídica.

d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade


processual. (errado)

MUDE SUA VIDA!


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A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade processual. O


item está errado, justamente pelo fato de que o que ocorre na verdade é o
contrário, em regra os órgãos públicos não possuem capacidade processual.

e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da


estrutura da Administração direta, haja vista que as unidades de atuação
integrantes da estrutura da Administração indireta denominam-se
entidades. (errado)
Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da estrutura
da Administração direta, haja vista que as unidades de atuação integrantes da
estrutura da Administração indireta denominam-se entidades. A afirmativa está
errada, pois a entidades da Administração indireta também possuem órgãos
públicos em sua estrutura nos termos do Art. 1º §2º, inciso I, da Lei 9.784/99.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.
(errado)
O item está errado, porque a criação e a extinção dos órgãos públicos
dependem de lei, sim, nos termos do Art. 48, inciso XI da Constituição Federal.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre
todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
(...)
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os


órgãos públicos atuam em nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
Este é o gabarito e esta assertiva está pautada na teoria do órgão, a qual diz
que a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos; quando os
agentes públicos manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse.

LIÇÃO DO PROFESSOR JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

A característica fundamental da teoria do órgão consiste no princípio da


imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura pertence. Há, pois, uma relação jurídica externa, entre a
pessoa jurídica e outras pessoas, e uma relação interna, que vincula o órgão à
pessoa jurídica a que pertence. A teoria tem aplicação concreta na hipótese da
chamada função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem
relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha investidura
legítima. Bastam a aparência da investidura e o exercício da atividade pelo
órgão: nesse caso, os efeitos da conduta vão ser imputados à pessoa jurídica.

MUDE SUA VIDA!


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(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho


Filho; Pag. 88)

c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria. (errado)


O item está errado, porque todo e qualquer órgão público será sempre
desprovido de personalidade jurídica.
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que os órgãos nada mais
significam que círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais
repartidos no interior da personalidade estatal e expressados através dos agentes
neles providos

d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade


processual. (errado)
Essa afirmativa se encontra errada, justamente pelo fato de que o que ocorre
na verdade é o contrário, pois, geralmente, de acordo com a doutrina, os órgãos
públicos, por serem despersonalizados, não possuem capacidade processual.
Apenas de forma excepcional poderão ajuizar demandas visando defender de seus
interesses.

O professor José dos Santos Carvalho Filho nos ensina a seguinte lição:

De algum tempo para cá, todavia, tem evoluído a ideia de conferir capacidade a
órgãos públicos para certos tipos de litígio. Um desses casos é o da impetração de mandado
de segurança por órgãos públicos de natureza constitucional, quando se trata da defesa de
sua competência, violada por ato de outro órgão. Em consequência, para exemplificar, a
Assembleia Legislativa Estadual, a par de ser órgão com autonomia financeira expressa no
orçamento do Estado, goza, legalmente, de independência organizacional. É titular de
direitos subjetivos, o que lhe confere a chamada ‘personalidade judiciária’, que a autoriza a
defender os seus interesses em juízo. Tem, pois, capacidade processual. Em outra hipótese,
já se admitiu mandado de segurança impetrado por Câmara Municipal contra o Prefeito para
o fim de obrigá-lo à devida prestação de contas ao Legislativo, tendo sido concedida a
segurança. Repita-se, porém, que essa excepcional personalidade judiciária só é aceita em
relação aos órgãos mais elevados do Poder Público, de envergadura constitucional, quando
defendem suas prerrogativas e competências.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - José dos Santos Carvalho Filho; p.
92)

e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da


estrutura da Administração direta, haja vista que as unidades de atuação
integrantes da estrutura da Administração indireta denominam-se entidades.
(errado)
A afirmativa está errada, pois as entidades da Administração indireta também
possuem órgãos públicos em sua estrutura, nos termos do Art. 1º §2º, inciso I, da Lei
9.784/99.
LEI 9.784/99
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração DIRETA e


da estrutura da Administração INDIRETA.

MUDE SUA VIDA!


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17. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: IPM – JP Prova: Agente Previdenciário - Assistente de
Suporte de Previdência
A respeito dos órgãos públicos, assinale a opção correta.

a) Como consequência de sua natureza, em regra, tem capacidade processual.


b) Quem responde juridicamente por seus atos é a pessoa jurídica a que estão vinculados.
c) A criação de uma empresa pública é exemplo típico da desconcentração.
d) os órgãos públicos são entes personificados, funcionando como simples subdivisão
interna de uma pessoa jurídica.
e) A Câmara Municipal, por ser dotada de capacidade processual, possui personalidade
jurídica de direito público.

GABARITO: B

SOLUÇÃO RÁPIDA
a) Como consequência de sua natureza, em regra, tem capacidade
processual. (errado)
Como consequência de sua natureza, em regra, tem capacidade processual. O
item está errado, justamente pelo fato de que o que ocorre na verdade é o
contrário, em regra, os órgãos públicos não possuem capacidade processual.

b) Quem responde juridicamente por seus atos é a pessoa jurídica a


que estão vinculados.
Este é o gabarito e essa assertiva está pautada na teoria do órgão, a qual diz
que a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos; quando os
agentes públicos manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse.

c) A criação de uma empresa pública é exemplo típico da


desconcentração. (errado)
A criação de uma empresa pública é exemplo típico da desconcentração. O
item está errado, porque, ao criamos uma nova empresa pública, o que temos na
verdade é uma descentralização por outorga.

d) os órgãos públicos são entes personificados, funcionando como


simples subdivisão interna de uma pessoa jurídica. (errado)
Os órgãos públicos são entes personificados, funcionando como simples
subdivisão interna de uma pessoa jurídica. O item está errado, porque todo e
qualquer órgão público será sempre desprovido de personalidade jurídica.

e) A Câmara Municipal, por ser dotada de capacidade processual,


possui personalidade jurídica de direito público. (errado)
A Câmara Municipal, por ser dotada de capacidade processual, possui
personalidade jurídica de direito público. O item está errado, pois mesmo que de
forma excepcional, a Câmara Municipal, por até ser dotada de capacidade
processual, mas ainda desprovida de personalidade jurídica.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) Como consequência de sua natureza, em regra, tem capacidade


processual. (errado)
Essa afirmativa se encontra errada, justamente pelo fato de que o que ocorre
na verdade é o contrário, pois geralmente, de acordo com a doutrina, os órgãos
públicos, por serem despersonalizados, não possuem capacidade processual.
Apenas de forma excepcional, poderão ajuizar demandas visando defender de seus
interesses.
O professor José dos Santos Carvalho Filho nos ensina a seguinte lição:

De algum tempo para cá, todavia, tem evoluído a ideia de conferir capacidade
a órgãos públicos para certos tipos de litígio. Um desses casos é o da impetração de
mandado de segurança por órgãos públicos de natureza constitucional, quando se
trata da defesa de sua competência, violada por ato de outro órgão. Em
consequência, para exemplificar, a Assembleia Legislativa Estadual, a par de ser
órgão com autonomia financeira expressa no orçamento do Estado, goza,
legalmente, de independência organizacional. É titular de direitos subjetivos, o que
lhe confere a chamada ‘personalidade judiciária’, que a autoriza a defender os seus
interesses em juízo. Tem, pois, capacidade processual. Em outra hipótese, já se
admitiu mandado de segurança impetrado por Câmara Municipal contra o Prefeito
para o fim de obrigá-lo à devida prestação de contas ao Legislativo, tendo sido
concedida a segurança. Repita-se, porém, que essa excepcional
personalidade judiciária só é aceita em relação aos órgãos mais elevados do
Poder Público, de envergadura constitucional, quando defendem suas prerrogativas
e competências.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - José dos Santos Carvalho
Filho; p. 92)

b) Quem responde juridicamente por seus atos é a pessoa jurídica a


que estão vinculados.
Este é o gabarito e esta assertiva está pautada na teoria do órgão, a qual diz
que a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos; quando os
agentes públicos manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse;

LIÇÃO DO PROFESSOR JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

A característica fundamental da teoria do órgão consiste no princípio da


imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura pertence. Há, pois, uma relação jurídica externa, entre a
pessoa jurídica e outras pessoas, e uma relação interna, que vincula o órgão à
pessoa jurídica a que pertence. A teoria tem aplicação concreta na hipótese da
chamada função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem
relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha investidura
legítima. Bastam a aparência da investidura e o exercício da atividade pelo
órgão: nesse caso, os efeitos da conduta vão ser imputados à pessoa jurídica.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; Pag. 88)

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c) A criação de uma empresa pública é exemplo típico da


desconcentração. (errado)
O item está errado, porque, ao criamos uma empresa pública, o que temos na
verdade é uma descentralização por outorga. A descentralização administrativa
ocorre quando uma atribuição é deslocada da Administração direta para outra
pessoa jurídica. Pode ocorrer de duas formas, são elas:

1ª FORMA - DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: ocorre quando a


Administração Pública direta, por meio de uma lei ordinária específica, cria uma
pessoa jurídica da Administração indireta e transfere a titularidade e a execução de
determinado serviço público para ela.

Você pode esbarrar com algumas questões de prova cobrando seu significado,
são eles:
• DESCENTRALIZAÇÃO TÉCNICA.
• DESCENTRALIZAÇÃO FUNCIONAL.
• DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS.

2ª FORMA - DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO: ocorre quando a


Administração Pública direta passa apenas a execução de um serviço para
particulares por meio de um contrato ou ato unilateral.

Você pode esbarrar com algumas questões de prova cobrando seu significado
que é:
• DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO.
• Podemos citar como exemplo as empresas que prestam serviços de
transportes públicos, sejam eles ferroviários, aquaviários, aéreos, terrestres, e
também os pedágios que existem ao longo do Brasil.

d) os órgãos públicos são entes personificados, funcionando como


simples subdivisão interna de uma pessoa jurídica. (errado)
O item está errado, porque todo e qualquer órgão público será sempre
desprovido de personalidade jurídica.

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, os órgãos nada mais significam que
círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no
interior da personalidade estatal e expressados através dos agentes neles providos.

e) A Câmara Municipal, por ser dotada de capacidade processual,


possui personalidade jurídica de direito público. (errado)
O item está errado, pois, mesmo que de forma excepcional, a Câmara
Municipal, por até ser dotada de capacidade processual, mas ainda desprovida de
personalidade jurídica.

O professor José dos Santos Carvalho Filho faz o seguinte comentário


em seu livro:

Em outra hipótese, já se admitiu mandado de segurança impetrado por


Câmara Municipal contra o Prefeito para o fim de obrigá-lo à devida prestação
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de contas ao Legislativo, tendo sido concedida a segurança. Repita-se, porém,


que essa excepcional personalidade judiciária só é aceita em relação aos
órgãos mais elevados do Poder Público, de envergadura constitucional, quando
defendem suas prerrogativas e competências.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - José dos Santos Carvalho
Filho; p. 92)

18. Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: CGE-RO Prova: Assistente de Controle Interno
Bruna, advogada, recebe consulta sobre a complexa organização do Estado e verifica que a
mesma permite um grande número de classificações. Ao elaborar parecer sobre o tema
aponta que, no concernente à estrutura, podem ser classificados os órgãos públicos em:

a) autônomos e principais.
b) políticos e pessoais.
c) vagos e estruturais.
d) simples e compostos.
e) especiais e subalternos.

GABARITO: D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) autônomos e principais. (errado)


autônomos e principais. A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação
quanto à estrutura, os órgãos públicos podem ser simples e compostos.

b) políticos e pessoais. (errado)


políticos e pessoais. A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação quanto à
estrutura, os órgãos públicos podem ser simples e compostos.

c) vagos e estruturais. (errado)


vagos e estruturais. A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação quanto à
estrutura, os órgãos públicos podem ser simples e compostos.

d) simples e compostos.
Este item corresponde ao gabarito, pois, no tocante à classificação quanto à estrutura,
os órgãos públicos podem ser simples (ou unitários) englobando aqueles que possuem um
único centro de competência e compostos englobando aqueles que possuem vários centros
de competência.

e) especiais e subalternos. (errado)


especiais e subalternos. A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação
quanto à estrutura, os órgãos públicos podem ser simples e compostos.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) autônomos e principais. (errado)


A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação quanto à estrutura,
os órgãos públicos podem ser simples e compostos.
Os órgãos autônomos são os que se localizam na cúpula da Administração,
subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia
administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais.
Entram nessa categoria os Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município, o
Serviço Nacional de Informações e o Ministério Público.

b) políticos e pessoais. (errado)


A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação quanto à estrutura,
os órgãos públicos podem ser simples e compostos. Os termos apresentados na
opção não se encontram descritos pela doutrina majoritária.

c) vagos e estruturais. (errado)


A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação quanto à estrutura,
os órgãos públicos podem ser simples e compostos. Os termos apresentados na
opção não se encontram descritos pela doutrina majoritária.

d) simples e compostos.
Este item corresponde ao gabarito, pois, no tocante à classificação quanto à
estrutura, os órgãos públicos podem ser simples (ou unitários) e compostos.

Simples: também chamados de unitários. São aqueles compostos por um


único centro de competência. Não necessariamente, são formados por um único
agente público, pois o que caracteriza um órgão como simples é o fato de não
existirem outros órgãos compondo a sua estrutura organizacional. Exemplo:
Presidência da República.

Compostos: existe uma divisão de atividades entre órgão diferentes.


Exemplo: o Congresso Nacional é composto por dois órgãos, a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal.

e) especiais e subalternos. (errado)


A afirmativa está errada, pois, no tocante à classificação quanto à estrutura,
os órgãos públicos podem ser simples e compostos.
Os órgãos públicos Subalternos são os que se acham subordinados
hierarquicamente a órgãos superiores de decisão, exercendo principalmente
funções de execução, como as realizadas por seções de expediente, de pessoal, de
material, de portaria, zeladoria etc.

MUDE SUA VIDA!


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19. Ano: 2018 Banca: ATENA Órgão: Prefeitura de Presidente Getúlio – SC Prova: Advogado
Quanto à posição ocupada na escala governamental ou administrativa, os órgãos são
classificados em independentes, autônomos, superiores e subalternos. É correto afirmar
que os órgãos públicos:

a) Independentes são originários da própria Constituição, assim como os órgãos


autônomos, e representativos dos três Poderes.
b) Superiores são os órgãos de direção, controle e comando em relação aos subalternos,
mas que não possuem autonomia administrativa, nem financeira.
c) Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas físicas ordenadas
verticalmente.
d) Autônomos gozam de autonomia administrativa e financeira, mas não funcional, isto é,
não possuem autonomia para cumprir suas funções sem subordinação.

GABARITO: B

SOLUÇÃO RÁPIDA
a) Independentes são originários da própria Constituição, assim como
os órgãos autônomos, e representativos dos três Poderes. (errado)
Independentes são originários da própria Constituição, assim como os órgãos
autônomos, e representativos dos três Poderes. Os órgãos autônimos não são
originários da própria Constituição.

b) Superiores são os órgãos de direção, controle e comando em


relação aos subalternos, mas que não possuem autonomia administrativa,
nem financeira.
De acordo com a doutrina, este é o gabarito, pois os órgãos Superiores não
possuem autonomia administrativa ou financeira, mas possuem poder de decisão e
comando de órgãos inferiores. Convém lembrar que estão sujeitos ao controle
hierárquico de uma chefia mais alta.

c) Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas


físicas ordenadas verticalmente. (errado)
Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas físicas
ordenadas verticalmente. O item está errado, pois os órgãos subalternos não
possuem autonomia ou poder decisório, existindo apenas para eles desempenho de
atribuições de execução.

d) Autônomos gozam de autonomia administrativa e financeira, mas


não funcional, isto é, não possuem autonomia para cumprir suas funções
sem subordinação. (errado)
Autônomos gozam de autonomia administrativa e financeira, mas não
funcional, isto é, não possuem autonomia para cumprir suas funções sem
subordinação. O item está errado, pois os órgãos autônomos possuem autonomia
administrativa e financeira, mas estão subordinados à chefia de órgão
independente na sua linha de hierarquia.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

a) Independentes são originários da própria Constituição, assim como


os órgãos autônomos, e representativos dos três Poderes. (errado)
Os órgãos autônomos não são originários da própria Constituição. Apenas os
Independentes são os originários da Constituição e representativos dos três
Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos
apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro; suas atribuições são
exercidas por agentes políticos. Entram nessa categoria as Casas Legislativas, a
Chefia do Executivo e os Tribunais.

b) Superiores são os órgãos de direção, controle e comando em


relação aos subalternos, mas que não possuem autonomia administrativa,
nem financeira.
De acordo com a doutrina é o gabarito, pois os órgãos Superiores: não
possuem autonomia administrativa ou financeira, mas possuem poder de decisão e
comando de órgãos inferiores. Convém lembrar que estão sujeitos ao controle
hierárquico de uma chefia mais alta.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro diz que os órgãos superiores são
órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle
hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas denominações, como
Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

c) Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas


físicas ordenadas verticalmente. (errado)
O item está errado, pois os órgãos subalternos não possuem autonomia ou
poder decisório, existindo apenas para eles desempenho de atribuições de
execução.

O professor Hely Lopes Meirelles nos ensina que os órgãos subalternos são
todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido
poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-se à
realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administrativos,
cumprimento de decisões superiores e primeiras soluções em casos individuais, tais
como os que, nas repartições públicas, executam as atividades-meios e atendem ao
público, prestando-lhe informações e encaminhando seus requerimentos, como são
as portarias e seções de expediente.

d) Autônomos gozam de autonomia administrativa e financeira, mas


não funcional, isto é, não possuem autonomia para cumprir suas funções
sem subordinação. (errado)
O item está errado, pois os órgãos autônomos possuem autonomia
administrativa e financeira, mas estão subordinados à chefia de órgão
independente na sua linha de hierarquia.
O professor Hely Lopes Meirelles nos ensina que os órgãos autônomos são
os localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos órgãos
MUDE SUA VIDA!
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independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Têm ampla autonomia


administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos,
com funções precípuas de planejamento, supervisão, coordenação e controle das
atividades que constituem sua área de competência. Participam das decisões
governamentais e executam com autonomia as suas funções específicas, mas
segundo diretrizes dos órgãos independentes, que expressam as opções políticas do
Governo.
São exemplos de órgãos autônomos os Ministérios, as Secretarias de Estado e
de Município, a Advocacia-Geral da União e todos os demais órgãos subordinados
diretamente aos Chefes de Poderes, aos quais prestam assistência e auxílio
imediatos. Seus dirigentes, em regra, não são funcionários, mas sim agentes
políticos nomeados em comissão.

20. Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: SEDUC-MT Prova: Técnico Administrativo Educacional
Assinale a alternativa correta sobre como são classificados os órgãos públicos em que a
exteriorização da vontade do órgão, quando se trata de expressar ato inerente à função
institucional do órgão como um todo, emana da unanimidade ou da maioria das vontades
dos agentes que o integram, normalmente por meio de votação.

a) Órgãos singulares
b) Órgãos não colegiados
c) Órgãos de representação unitária
d) Órgãos de representação plúrima
e) Órgãos de representação estatutária

GABARITO:

SOLUÇÃO RÁPIDA
a) Órgãos singulares. (errado)
Órgãos singulares. O item está errado, pois no tocante à atuação funcional,
órgãos singulares (ou unipessoais) são aqueles cujo poder de decisão compete a
um único agente. EX.: Presidência Da República.

b) Órgãos não colegiados. (errado)


Órgãos não colegiados. O item está errado, órgãos não colegiados seriam os
órgãos singulares (ou unipessoais) que são aqueles cujo poder de decisão compete
a um único agente. EX.: Presidência Da República.

c) Órgãos de representação unitária. (errado)


Órgãos de representação unitária. O item está errado, pelo fato de os órgãos
de representação unitária serem aqueles em que a exteriorização da vontade do
dirigente do órgão é bastante para consubstanciar a vontade do próprio órgão.

d) Órgãos de representação plúrima.


Esta opção é o gabarito, de acordo com a doutrina do professor José dos
Santos Carvalho Filho, que diz: Órgãos de Representação Plúrima: aqueles em que

MUDE SUA VIDA!


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a exteriorização da vontade do órgão, quando se trata de expressar ato inerente à


função institucional do órgão como um todo, emana da unanimidade ou da maioria
das vontades dos agentes que o integram, normalmente através de votação.

e) Órgãos de representação estatutária. (errado)


Órgãos de representação estatutária. O item está errado, pois a doutrina
clássica não fala nessa forma de classificação.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) Órgãos singulares. (errado)
O item está errado, pois, no tocante à atuação funcional, órgãos singulares ou
unipessoais são os que atuam e decidem por meio de um único agente, que é seu
chefe e representante. Esses órgãos podem ter muitos outros agentes auxiliares,
como normalmente os têm, mas o que caracteriza sua singularidade ou
unipessoalidade é o desempenho de sua função precípua por um só agente
investido como seu titular. São exemplos desses órgãos a Presidência da
República, as Governadorias dos Estados, as Prefeituras Municipais, que
concentram as funções executivas das respectivas entidades estatais, enfeixam-nas
em um só cargo de chefia suprema e atribuem seu exercício a um único titular.

b) Órgãos não colegiados. (errado)


O item está errado, órgãos não colegiados seriam os órgãos singulares (ou
unipessoais) que são os que atuam e decidem por meio de um único agente, que
é seu chefe e representante. Esses órgãos podem ter muitos outros agentes
auxiliares, como normalmente os têm, mas o que caracteriza sua singularidade ou
unipessoalidade é o desempenho de sua função precípua por um só agente
investido como seu titular. São exemplos desses órgãos a Presidência da
República, as Governadorias dos Estados, as Prefeituras Municipais, que
concentram as funções executivas das respectivas entidades estatais, enfeixam-nas
em um só cargo de chefia suprema e atribuem seu exercício a um único titular.

c) Órgãos de representação unitária. (errado)


A afirmativa está errada e fica claro, com o termo usado no enunciado, que o
examinador utilizou a doutrina do professor José dos Santos Carvalho Filho, que
diz:
Quanto à composição: sob esse aspecto, podem os órgãos dividir-se em
singulares, quando integrados por um só agente (como a Chefia do Executivo; o
inventariante judicial), e coletivos, os mais comuns, quando compostos por vários
agentes. Estes últimos (coletivos) podem subdividir-se em dois grupos:

a) Órgãos de Representação Unitária: aqueles em que a exteriorização da


vontade do dirigente do órgão é bastante para consubstanciar a vontade do próprio
órgão. É o caso, por exemplo, de um Departamento ou de uma Coordenadoria: a

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manifestação volitiva do órgão é representada pela manifestação volitiva do Diretor


ou do Coordenador.

Convém perceber que, como o enunciado cita a classificação de um órgão que


se exterioriza como um todo, emanando sua decisão da unanimidade ou da maioria
das vontades dos agentes que o integram, normalmente por meio de votação, não
se encaixa no conceito apresentado para os órgãos de representação unitária.

d) Órgãos de representação plúrima.


Esta opção é o gabarito de acordo com a doutrina do professor José dos
Santos Carvalho Filho que diz:

Quanto à composição: sob esse aspecto, podem os órgãos dividir-se em


singulares, quando integrados por um só agente (como a Chefia do Executivo; o
inventariante judicial), e coletivos, os mais comuns, quando compostos por vários
agentes. Estes últimos (coletivos) podem subdividir-se em dois grupos:

a) Órgãos de Representação Unitária: aqueles em que a exteriorização da


vontade do dirigente do órgão é bastante para consubstanciar a vontade do próprio
órgão. É o caso, por exemplo, de um Departamento ou de uma Coordenadoria: a
manifestação volitiva do órgão é representada pela manifestação volitiva do Diretor
ou do Coordenador;

b) ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO PLÚRIMA: aqueles em que a


exteriorização da vontade do órgão, quando se trata de expressar ato inerente à
função institucional do órgão como um todo, emana da unanimidade ou da
maioria das vontades dos agentes que o integram, normalmente através de
votação. É o caso de Conselhos, Comissões ou Tribunais Administrativos. Como a
manifestação do órgão resulta da vontade conjugada de seus membros, têm sido
denominados de órgãos colegiados.

e) Órgãos de representação estatutária. (errado)


O item está errado, pois a doutrina clássica não fala nessa forma de
classificação.

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO ........................................................................................................................................................ 10
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 11

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1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de


vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item.

A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por razões de oportunidade


e conveniência, consiste em expressão do princípio da autotutela.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREA-GO Prova: Analista - Advogado

Acerca dos princípios da Administração Pública e dos atos administrativos, julgue o item.

Pelo princípio da autotutela, uma vez revogado o ato administrativo discricionário, como
a autorização conferida ao particular para o uso privativo de bem público, por motivos
de conveniência ou oportunidade, devem ser respeitados os direitos adquiridos.

Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Julgue o item subsequente, relativo a controle da administração pública, regime jurídico
administrativo, processo administrativo federal e improbidade administrativa.

Conforme o regime jurídico administrativo, apesar de assegurada a supremacia do


interesse público sobre o privado, à administração pública é vedado ter privilégios não
concedidos a particulares.

Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Considerando os ditames constitucionais da administração pública, julgue o item que se


segue.

Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o IPHAN deve obedecer aos


preceitos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.

Certo ( ) Errado ( )

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2
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5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PGM - Manaus – AM Prova: Procurador do município

Quanto às transformações contemporâneas do direito administrativo, julgue o item


subsequente.

O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da ideia de legalidade,


acarretou o aumento do espaço de discricionariedade do administrador público.

Certo ( ) Errado ( )

6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário - Administrativa

Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.

O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins,


deve ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a
imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público.

Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário - Administrativa

Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.

Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova interpretação de


norma administrativa tenha efeitos retroativos, exceto quando isso se der para atender
o interesse público.

Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência -
Conhecimentos Gerais

Julgue o item que se segue, a respeito de aspectos diversos relacionados ao direito


administrativo.

São considerados princípios informativos da atividade administrativa a legalidade e a


supremacia do interesse público, sendo o primeiro mencionado na Constituição vigente,
e o segundo, fundamentado nas próprias ideias do Estado em favor da defesa, da
segurança e do desenvolvimento da sociedade.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


3
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9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização


administrativa e da administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da
indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade
da administração pública.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Conhecimentos Básicos -

A respeito dos princípios da administração pública e da organização administrativa,


julgue o item a seguir.

Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer


constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá,
pela autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade.

Certo ( ) Errado ( )

11. Ano: 2019Banca: Quadrix Órgão: CORECON – PE Prova: Assessor Jurídico

Quanto aos princípios expressos e implícitos da Administração Pública, assinale a


alternativa correta.

a) Ela não poderá rever seus atos relacionados aos aspectos de mérito, ou seja, quanto à
conveniência e à oportunidade.

b) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da autotutela.

c) Para rever seus atos, é necessário que seja provocada, não podendo agir de ofício.

d) Caso reveja seus atos, estará violando o princípio da legalidade.

e) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da


autoexecutoriedade.

MUDE SUA VIDA!


4
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12. Ano: 2019Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Procurador do Ministério Público de
Contas

Constitui violação aos princípios constitucionais da administração pública:

a) nomeação de cônjuge de prefeito para o cargo de secretário estadual, mesmo que o


nomeado possua inegável qualificação técnico-profissional e idoneidade moral.

b) limitação de idade, por ato administrativo, para fins de inscrição em concurso público,
ainda que tal medida esteja fundamentada na natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido.

c) publicação, em sítio eletrônico mantido pela administração pública, de nomes de


servidores e dos valores dos respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.

d) atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela defesa dos direitos


humanos, a escola pública de rede estadual de educação.

e) anulação, pela administração pública, de ato administrativo ilegal,


independentemente de prazo e da existência de direito adquirido.

13. Ano: 2019Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Prova: Profissional Nível Médio
- Oficial Administrativo

“A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos


administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer
discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas
caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero
ilegalidade”. Em relação ao princípio administrativo do enunciado, assinale a alternativa
correta.

a) Moralidade

b) Legalidade

c) Eficiência

d) Impessoalidade

MUDE SUA VIDA!


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14. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa
Assinale a alternativa INCORRETA no tocante aos princípios que regem a Administração
Pública.

a) A divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores, como medida de


transparência administrativa, harmoniza-se com o princípio da publicidade, vedada a
divulgação de outros dados pessoais, como CPF, RG e endereço residencial.

b) A nomeação de parente colateral, até o terceiro grau da autoridade nomeante, para o


exercício de cargo em comissão na Administração, é considerada ofensa à Constituição
Federal, salvo para assunção de cargos de natureza política e desde que o nomeado
tenha condições técnicas de exercer o múnus público a ele transferido.

c) Deriva do princípio da impessoalidade a vedação constitucional de que constem


nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades em
publicidade de atos dos órgãos públicos.

d) O modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho


possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores resultados, é a única
vertente apresentada pelo princípio da eficiência.

e) O princípio da eficiência deve ser interpretado em conjunto com os demais princípios


impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles, sob pena de
afronta à segurança jurídica e ao próprio Estado de Direito.

15. Ano: 2018Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Niterói – RJ Prova: Analista de Políticas
Públicas e Gestão Governamental

Próximo do término da construção de um túnel que passa sob um morro onde existe
uma grande comunidade, os peritos verificam que, em função do peso das casas, a
construção desabaria.

O governador do Estado, tomando ciência do fato, decide realizar a desapropriação de


100 casas que se localizavam na encosta do morro, mesmo sofrendo duras críticas de
grupos da população.

Ao agir, pautando-se nos princípios da Administração Pública, o governador teve a sua


decisão motivada, especificamente, pelo princípio

a) da autotutela.

b) da legalidade.

c) da especialidade.

d) da supremacia do interesse público sobre o privado.

e) da segurança jurídica.

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16. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: Analista Executivo - Administrador
Entre os princípios aplicáveis à Administração pública, insere-se o da

a) impessoalidade, com base no qual é coibido o uso de símbolos que caracterizem a


promoção pessoal de autoridades em atos e programas de governo.

b) razoabilidade, que afasta a possibilidade de ações governamentais que impliquem


restrições à atuação de particulares com base no poder de polícia.

c) legalidade, que impede a prática de atos discricionários, fundados em conveniência e


oportunidade da Administração.

d) moralidade, que deve, necessariamente, ser aplicado em caráter acessório e


complementar ao da legalidade, eis que não dotado de autonomia.

e) publicidade, aplicável apenas em relação aos atos administrativos que produzam


efeitos em face de terceiros.

17. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCM-BA Prova: Auditor Estadual de Infraestrutura

A administração possui posição de superioridade em relação aos administrativos, além


de possuir prerrogativas e obrigações que não são extensíveis aos particulares. Além
disso, os assuntos públicos possuem preferência em relação aos particulares. Essas
características da administração pública decorrem do princípio da

a) supremacia do interesse público, previsto expressamente na legislação ordinária.

b) presunção de legitimidade, previsto implicitamente na Constituição Federal e na


legislação ordinária.

c) supremacia do interesse público, previsto implicitamente na Constituição Federal e


expressamente na legislação ordinária.

d) legalidade, previsto expressamente na Constituição Federal e na legislação ordinária.

e) segurança jurídica, previsto expressamente na Constituição Federal.

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18. Ano: 2017Banca: FGV Órgão: SEPOG - RO Prova: Analista de Planejamento e Finanças (+
provas)

Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto
de sua autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o
objetivo de divulgar sua realização, determinou que o setor de comunicação social da
autarquia elaborasse um informe publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares
de pessoas, tendo ali assumido a autoria do projeto e concedido uma extensa entrevista
a respeito de sua história de vida e de suas futuras pretensões políticas, informando que
pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na próxima eleição.

Maria, cidadã brasileira, inconformada com o ocorrido, procurou os serviços de um


advogado. Na ocasião, solicitou fosse esclarecido se a conduta de Pedro, ao determinar
a confecção e distribuição do informe publicitário nos moldes informados, estava em
harmonia com os princípios da Administração Pública, bem como se estava ao seu
alcance deflagrar algum mecanismo de controle dos atos administrativos praticados.

À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.

a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma


mais específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via
direito de petição.

b) A conduta de Pedro estava em harmonia com os princípios da Administração Pública,


o que afasta a possibilidade de Maria deflagrar algum mecanismo de controle.

c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida


ao controle judicial via mandado de segurança.

d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma


mais específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao
controle do Tribunal de Contas, via tomada de contas especial.

e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma


mais específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via ação popular.

MUDE SUA VIDA!


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19. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: TJ-MS Prova: Juiz Substituto
No tocante ao exercício do poder de autotutela pela Administração Pública, é correto
afirmar:

a) O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus próprios atos não
está sujeito a limites temporais, por força do princípio da supremacia do interesse
público.

b) Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão de conduta do


beneficiário que tenha sido antecedente à outorga do ato.

c) É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para invalidação de


situações plenamente constituídas com base em orientação geral vigente à época do
aperfeiçoamento do ato administrativo que as gerou.

d) É possível utilizar-se a revogação, ao invés da anulação, de modo a atribuir efeito ex


nunc à revisão de ato administrativo, quando se afigurar conveniente tal solução, à luz
do princípio da confiança legítima.

e) Não é possível convalidar ato administrativo cujos efeitos já tenham se exaurido.

20. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: Juiz Substituto
De acordo com o artigo 54 da Lei nº 9.784/1999, o direito da administração de anular
os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai
em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Trata-se de hipótese em que o legislador, em detrimento da legalidade, prestigiou outros
valores. Tais valores têm por fundamento o princípio administrativo da

a) presunção de legitimidade;

b) autotutela;

c) segurança jurídica;

d) continuidade do serviço público.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. Certo
2. Certo
3. Errado
4. Certo
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. B
12. B
13. D
14. D
15. D
16. A
17. D
18. E
19. C
20. C

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de


vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item.

A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por razões de oportunidade


e conveniência, consiste em expressão do princípio da autotutela.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por


razões de oportunidade e conveniência, consiste em expressão do princípio
da autotutela.
Afirmativa correta, pois, quando a Administração Pública revoga um ato
discricionário pautado na oportunidade e conveniência ou anula um ato por motivos
de ilegalidade, temos a manifestação do princípio da autotutela.

SOLUÇÃO COMPLETA

A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por razões


de oportunidade e conveniência, consiste em expressão do princípio da
autotutela.
Assertiva plenamente correta. A Administração Pública tem a capacidade de
rever seus próprios atos e, caso encontre um ato administrativo legal e discricionário,
poderá realizar o instituto da revogação. Caso encontre um ato ilegal, ou seja, um
ato que está fora dos parâmetros estabelecidos pela lei para a sua prática, ela poderá
de ofício ou mediante provocação anular esse ato viciado. Tanto o instituto da
ANULAÇÃO como o da REVOGAÇÃO são pautados no princípio da autotutela. Para
referendar esse pensamento, temos a Lei 9.784/99 e as súmulas 346 e 473 do STF
que dizem:
LEI 9.784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

MUDE SUA VIDA!


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SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

O professor Alexandre Mazza nos ensina:

“O princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração


Pública exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência
funcional (art. 2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para
anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica.
Consiste no poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação e
da revogação. A anulação envolve problema de legalidade, a revogação trata de
mérito do ato.”
(Manual De Direito Administrativo - 9ª edição; Alexandre Mazza; P.. 207)

2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREA-GO Prova: Analista - Advogado

Acerca dos princípios da Administração Pública e dos atos administrativos, julgue o item.

Pelo princípio da autotutela, uma vez revogado o ato administrativo discricionário, como
a autorização conferida ao particular para o uso privativo de bem público, por motivos
de conveniência ou oportunidade, devem ser respeitados os direitos adquiridos.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Pelo princípio da autotutela, uma vez revogado o ato administrativo


discricionário, como a autorização conferida ao particular para o uso
privativo de bem público, por motivos de conveniência ou oportunidade,
devem ser respeitados os direitos adquiridos.
O gabarito da assertiva está certo de acordo com a súmula 473 do STF, que
diz:

“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Perceba que o entendimento que prepondera devido à aplicação do princípio


da segurança jurídica é que em todos os casos deve-se preservar o direito
adquirido.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA
Pelo princípio da autotutela, uma vez revogado o ato administrativo
discricionário, como a autorização conferida ao particular para o uso
privativo de bem público, por motivos de conveniência ou oportunidade,
devem ser respeitados os direitos adquiridos.
O gabarito da assertiva está certo de acordo com a súmula 473 do STF, que
diz:
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Lição dos mestres Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo

“Atos que não podem ser revogados:

Os atos que já geraram direitos adquiridos, gravados por garantia


constitucional (CF, art. 5.º, XXXVI); deveras, se nem a lei pode prejudicar um
direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de conveniência ou oportunidade
administrativa;
Por exemplo, o candidato aprovado em um concurso público adquire, com a
nomeação, o direito subjetivo de tomar posse no cargo respectivo. Ainda que a
administração não estivesse obrigada a nomear, ou não precisasse fazê-lo naquele
momento, certo é que, uma vez praticado o ato administrativo de nomeação, não
mais será possível a sua revogação, porque o nomeado adquire direito à
investidura no cargo correspondente.”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 583)

O professor Alexandre Mazza ainda nos ensina que:

“A doutrina admite a possibilidade de indenização aos particulares


prejudicados pela revogação, desde que tenha ocorrido a extinção antes do
prazo eventualmente fixado para permanência da vantagem. A revogação de atos
precários ou de vigência indeterminada não gera, porém, dever de indenizar, pois
neles a revogabilidade a qualquer tempo é inerente à natureza da vantagem
estabelecida.”
(Manual De Direito Administrativo - 9ª edição; Alexandre Mazza; p. 548)

MUDE SUA VIDA!


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3. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Julgue o item subsequente, relativo a controle da Administração Pública, regime jurídico
administrativo, processo administrativo federal e improbidade administrativa.

Conforme o regime jurídico administrativo, apesar de assegurada a supremacia do


interesse público sobre o privado, à administração pública é vedado ter privilégios não
concedidos a particulares.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Conforme o regime jurídico administrativo, apesar de assegurada a


supremacia do interesse público sobre o privado, à administração pública é
vedado ter privilégios não concedidos a particulares.
Afirmativa errada ao dizer que administração pública não poder ter privilégios
não concedidos a particulares, pois justamente o que a coloca em pé de
desigualdade com os particulares são os privilégios que a cercam. Podemos citar
como exemplo a desapropriação de imóveis para construção de uma escola pública
ou até mesmo hospital público.

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme o regime jurídico administrativo, apesar de assegurada a


supremacia do interesse público sobre o privado, à administração pública é
vedado ter privilégios não concedidos a particulares.
Afirmativa equivocada, pois o princípio da supremacia do interesse público
sobre o privado tem por objetivo colocar a administração pública em uma situação
de superioridade, uma posição acima do particular. A professora Maria Sylvia
Zanella di Pietro afirma que a supremacia do interesse público é marcada pela
“VERTICALIDADE”. O administrador público representa uma coletividade,
representa o interesse da maioria, por isso é necessário que ela tenha prerrogativas
para se colocar em prática o interesse de toda a coletividade.

Podemos citar como exemplo a desapropriação de imóveis para construção


de uma escola pública ou até mesmo hospital público. E a requisição
administrativa que é um ato administrativo unilateral e autoexecutório que consiste
na utilização de bens ou de serviços particulares pela Administração, para atender a
necessidades coletivas em caso de perigo público iminente, mediante pagamento
de indenização posterior, caso haja algum dano.

MUDE SUA VIDA!


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4. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Considerando os ditames constitucionais da administração pública, julgue o item que se


segue.

Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o IPHAN deve obedecer aos


preceitos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o IPHAN


deve obedecer aos preceitos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da publicidade e da eficiência.
Nosso gabarito é certo, pois o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional - IPHAN – RJ é uma autarquia federal, portanto ente pertencente à
administração pública indireta e como tal também deve obediência aos princípios
administrativos constitucionais.

SOLUÇÃO COMPLETA

Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o IPHAN


deve obedecer aos preceitos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da publicidade e da eficiência.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN – RJ é uma
autarquia federal e como integrante da administração pública indireta é sim
obrigada a respeitar os princípios administrativos constitucionais da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. Esta informação se
encontra no artigo 37 caput da Constituição Federal de 1988.

Art. 37. A administração pública DIRETA E INDIRETA de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:

Lembrando que nos termos do artigo 4º do decreto-lei 200/67 são integrantes


da administração pública indireta os seguintes entes administrativos:
(método mnemônico: FASE)
• Fundação Pública;
• Autarquia;
• Sociedade de Economia Mista;
• Empresa Pública.

MUDE SUA VIDA!


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DECRETO-LEI 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista;
d) Fundações públicas.

5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PGM - Manaus – AM Prova: Procurador do município

Quanto às transformações contemporâneas do direito administrativo, julgue o item


subsequente.

O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da ideia de legalidade,


acarretou o aumento do espaço de discricionariedade do administrador público.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da
ideia de legalidade, acarretou o aumento do espaço de discricionariedade
do administrador público.
Afirmativa errada, pois, de acordo com o princípio da juridicidade, a
Administração pública encontra-se submetida a todo o ordenamento jurídico e não
apenas à lei em sentido formal, ou seja, esse princípio na verdade vinculou ainda
mais a atuação da administração pública.

SOLUÇÃO COMPLETA

O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da


ideia de legalidade, acarretou o aumento do espaço de discricionariedade do
administrador público.
A assertiva está errada porque ocorre justamente o contrário. O princípio da
juricidade (também chamado de bloco de legalidade) diminuiu o espaço de
discricionariedade do administrador, pois este subordina-se não apenas às leis, mas
também a atos regulamentares e aos atos normativos secundários, isto é, a todo o
ordenamento jurídico.

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A Professora Ana Cláudia Campos nos ensina a seguinte lição:

“No Direito Administrativo, quando se fala em legalidade, não se está fazendo


referência apenas às leis em sentido estrito, ou seja, àquelas que passaram por um
processo promovido pelo Poder Legislativo com todas as suas formalidades legais,
por exemplo, votação do projeto na Câmara dos Deputados e depois no Senado
federal. Devemos então entender a lei em um sentido mais amplo, abarcando todas
as espécies normativas constantes do artigo 59 da Constituição Federal, a saber: O
processo legislativo compreende a elaboração de:
I – emendas à Constituição;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – leis delegadas;
V – medidas provisórias;
VI – decretos legislativos;
VII – resoluções.
Portanto, a Administração terá de respeitar, além das leis ordinárias e
complementares (lei em sentido estrito), todas as outras espécies normativas
constantes do bloco de legalidade. Atualmente, alguns doutrinadores
denominam esse fenômeno de PRINCÍPIO DA JURIDICIDADE.”
(Direito Administrativo Facilitado; Ana Claudia Campos; p. 74)

6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário - Administrativa

Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.

O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins,


deve ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a
imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios


e os fins, deve ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo
vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
A assertiva está correta nos termos da Lei 9.784/99, artigo 2º, § único, VI. O princípio
da proporcionalidade dispõe que, no processo administrativo, observará a adequação entre
meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

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SOLUÇÃO COMPLETA

O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os


meios e os fins, deve ser obrigatoriamente observado no processo
administrativo, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público.
Afirmativa correta, pois a doutrina vai dizer que a proporcionalidade é um
princípio limitador da discricionariedade existente nos poderes disciplinar e de
polícia. Ele está positivado na Lei 9784 de 99 em seu artigo 2º; parágrafo único;
inciso VI que diz:

LEI 9.784/99

Art. 2º Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,


entre outros, os critérios de:

VI - Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,


restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público;

O professor Alexandre Mazza nos ensina o seguinte:

“Consoante excelente definição prevista no art. 2º, parágrafo único, VI, da Lei
nº 9.784/99, a proporcionalidade consiste no dever de “adequação entre meios e
fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público”. A simples
leitura do dispositivo permite identificar a especial preocupação do legislador em
coibir excessos no campo do Direito Administrativo sancionador, seara onde mais
comumente são identificadas punições exageradas e desproporcionais. Assim, ao
contrário da razoabilidade, que se estende a todos os setores de atuação da
Administração Pública, a proporcionalidade regula especificamente o poder
disciplinar (exercido internamente sobre agentes públicos e contratados) e
o poder de polícia (projeta-se externamente nas penas aplicáveis a
particulares).”

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário - Administrativa

Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.

Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova interpretação de


norma administrativa tenha efeitos retroativos, exceto quando isso se der para atender
ao interesse público.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova
interpretação de norma administrativa tenha efeitos retroativos, exceto
quando isso se der para atender o interesse público.

Essa afirmativa se encontra errada pois de fato é proibido aplicação de nova


interpretação a casa os retroativos; porém, a afirmativa diz que seria possível realizar
tal feito para atender ao interesse público, o que é vedado por lei.
Percebemos que essa afirmativa está errada quando confrontada com a Lei
9.784/99, artigo 2º, parágrafo único: “nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de:
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.”

SOLUÇÃO COMPLETA

Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova


interpretação de norma administrativa tenha efeitos retroativos, exceto quando
isso se der para atender ao interesse público.
Essa afirmativa se encontra errada, pois a proibição de aplicação de nova
interpretação a casos pretéritos em processos administrativos é absoluta, não existem
ressalvas. Percebemos que essa afirmativa está errada quando confrontada com a Lei nº
9.784/99 em seu artigo 2º, parágrafo único, que diz:

“Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o


atendimento do fim público a que se dirige, VEDADA aplicação retroativa de nova
interpretação.”

ATENÇÃO!
NÃO existe proibição para a Administração Pública realizar alterações de suas
normas e interpretações, o que é vedada é a aplicação retroativa dessas interpretações.

A lição da professora Maria Silvia Zanella Di Pietro (participante da Comissão


de juristas que elaborou o anteprojeto de que resultou na edição da lei 9.784/99) faz a
seguinte observação sobre esse princípio:

“O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera administrativa, haver


mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a consequente
mudança de orientação, em caráter normativo, afetando situações já reconhecidas e
consolidadas na vigência de orientação anterior. Essa possibilidade de mudança de
orientação é inevitável, porém gera insegurança jurídica, pois os interessados nunca
sabem quando a sua situação será passível de contestação pela própria Administração
Pública. Daí a regra que veda a aplicação retroativa.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 245)

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8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência -
Conhecimentos Gerais

Julgue o item que se segue, a respeito de aspectos diversos relacionados ao direito


administrativo.

São considerados princípios informativos da atividade administrativa a legalidade e a


supremacia do interesse público, sendo o primeiro mencionado na Constituição vigente,
e o segundo, fundamentado nas próprias ideias do Estado em favor da defesa, da
segurança e do desenvolvimento da sociedade.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
São considerados princípios informativos da atividade administrativa a
legalidade e a supremacia do interesse público, sendo o primeiro mencionado
na Constituição vigente, e o segundo, fundamentado nas próprias ideias do
Estado em favor da defesa, da segurança e do desenvolvimento da sociedade.
Assertiva totalmente correta, pois, ao afirmar que a legalidade é um princípio
mencionado na Constituição de 1988, aponta para o artigo 37 caput, que é o princípio
da supremacia do interesse público sobre o particular. De fato, é um princípio
reconhecido, mas não expresso em nosso ordenamento jurídico.

SOLUÇÃO COMPLETA
São considerados princípios informativos da atividade administrativa a
legalidade e a supremacia do interesse público, sendo o primeiro mencionado
na Constituição vigente, e o segundo, fundamentado nas próprias ideias do
Estado em favor da defesa, da segurança e do desenvolvimento da sociedade.
Gabarito da questão é certo e, para confirmá-lo, dividirei a explicação dos dois
princípios.
1º - O princípio da legalidade é aquele que está positivado no artigo 37 caput da
Constituição federal de 1988 e tem por sentido afirmar que a administração pública só
poderá atuar debaixo de uma lei, ou seja, não havendo lei não posso ter atuação do
administrador.
2º - O princípio supremacia do interesse público sobre o privado (princípio este
implícito em nosso ordenamento jurídico, ou seja, é um princípio que não está escrito)
tem por objetivo colocar a Administração Pública em uma situação de superioridade, uma
posição acima do particular. A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a
supremacia do interesse público é marcada pela “VERTICALIDADE”. O administrador
público representa uma coletividade, representa o interesse da maioria, por isso é
necessário que ela tenha prerrogativas para se colocar em prática o interesse de toda a
coletividade. Podemos citar como exemplo a desapropriação de imóveis para construção
de uma escola pública ou até mesmo hospital público.

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9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização


administrativa e da administração direta e indireta, julgue o item que se segue.

Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da


indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade
da administração pública.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Embora não estejam previstos expressamente na Constituição


vigente, os princípios da indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança
jurídica devem orientar a atividade da administração pública.
Afirmativa correta, pois os princípios da indisponibilidade, da razoabilidade e
da segurança jurídica realmente não estão expressos na Constituição. O princípio
da indisponibilidade é um princípio reconhecido, ou seja, não está expresso em
lugar nenhum, já razoabilidade e segurança jurídica se encontram positivados na
Lei nº 9784/99.

SOLUÇÃO COMPLETA
Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente,
os princípios da indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica
devem orientar a atividade da administração pública.
Afirmativa correta, pois os princípios da indisponibilidade, da razoabilidade e o
da segurança jurídica realmente não estão expressos na Constituição. O princípio da
indisponibilidade é um princípio reconhecido, ou seja, não está expresso em lugar
nenhum, já razoabilidade e segurança jurídica se encontram positivados na Lei nº
9784/99.

PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

Significa que o administrador, atuando em nome do interesse público, é um


mero gestor dos bens públicos, não poderá exercer suas atribuições legais visando a
suas vontades particulares. Ele deverá agir em busca, obrigatoriamente, do interesse
público. Por isso, podemos afirmar que, enquanto o princípio da supremacia oferece
prerrogativas ao agente público, como contrapartida, para evitar excessos, o
princípio da indisponibilidade do interesse público impõe restrições à atuação
administrativa.

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As restrições impostas à atividade administrativa ocorrem exatamente pelo


fato de a administração não ser dona do bem público, e sim mera gestora de bens e
interesses públicos.

PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE

Exige a obrigação de os agentes públicos realizarem suas funções com


EQUILÍBRIO, COERÊNCIA E BOM SENSO. O agente público é um mero
administrador da coisa pública e por conta disso ele NÃO pode agir de forma
arbitrária e imoderada.
Comportamentos imoderados, abusivos, irracionais, desequilibrados,
inadequados, desmedidos, incoerentes ou desarrazoados não são compatíveis com
o interesse público, pois geram a possibilidade de invalidação administrativa ou
judicial do ato deles resultante.
EXEMPLO: quando um agente público aplica uma pena ao particular de uma
maneira não razoável ao caso concreto que se encontra em seu estabelecimento
comercial.

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

Existe para garantir a estabilidade e a previsibilidade das ações praticadas


pelo Poder Público, proibindo mudanças ABRUPTAS (imprevistas) decorrentes de
ações governamentais.

A segurança jurídica tem muita relação com a ideia de respeito à boa-fé nas
relações jurídicas, por conta disso sua finalidade é proporcionar segurança e
estabilidade no convívio social.

Assim, ele constitui um elemento conservador posto na ordem normativa com


o objetivo de evitar que as pessoas sejam surpreendidas por modificações do
direito positivo ou na conduta do Estado, mesmo quando manifestadas em atos
ilegais.
Na maioria das vezes que esse princípio é cobrado em provas de concurso, o
principal alvo das bancas é a exigência do conhecimento do artigo 2º; parágrafo
único; XIII da Lei nº 9.784/99, que diz:
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, VEDADA aplicação
retroativa de nova interpretação.

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10. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Conhecimentos Básicos

A respeito dos princípios da administração pública e da organização administrativa,


julgue o item a seguir.

Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer


constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá,
pela autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de


governo, fizer constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então,
nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio
da impessoalidade.
Assertiva está correta, pois, nos termos da Constituição Federal de 1988, em seu
artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através da propaganda de
obras públicas. O referido artigo diz que a publicidade de obras deverá atender ao critério
educativo, informativo e de orientação social, sendo vedado postar nesta publicidade
qualquer nome, símbolo ou imagem que possa caracterizar promoção pessoal do agente
público.

SOLUÇÃO COMPLETA
Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de
governo, fizer constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então,
nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da
impessoalidade.
Assertiva está correta, pois, nos termos da Constituição Federal de 1988 em seu artigo
37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através da propaganda de obras
públicas.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

“Art. 37 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.”

Esta proibição tem ligação direta com o princípio da impessoalidade. A professora Maria
Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a própria Constituição dá uma consequência expressa a
essa regra, quando, no § 1º do artigo 37, proíbe que conste nome, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.

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11. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CORECON – PE Prova: Assessor Jurídico

Quanto aos princípios expressos e implícitos da Administração Pública, assinale a


alternativa correta.

a) Ela não poderá rever seus atos relacionados aos aspectos de mérito, ou seja, quanto à
conveniência e à oportunidade.

b) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da autotutela.

c) Para rever seus atos, é necessário que seja provocada, não podendo agir de ofício.

d) Caso reveja seus atos, estará violando o princípio da legalidade.

e) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da


autoexecutoriedade.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Ela não poderá rever seus atos relacionados aos aspectos de


mérito, ou seja, quanto à conveniência e à oportunidade. (Errado)
Ela não poderá rever seus atos relacionados aos aspectos de mérito, ou seja,
quanto à conveniência e à oportunidade. Afirmativa errada, pois, pautado no
princípio da autotutela, a administração pública também poderá rever os atos legais
e discricionários e revogá-los se assim achar conveniente e oportuno.

b) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da


autotutela.
Nosso gabarito, pois a própria afirmativa traz o conceito do princípio da
autotutela, que está consagrado inclusive na súmula 346 e 473 do Supremo
Tribunal Federal.

c) Para rever seus atos, é necessário que seja provocada, não


podendo agir de ofício. (Errado)
Para rever seus atos, é necessário que seja provocada, não podendo agir de
ofício. Afirmativa errada, pois a administração pública pode rever seus próprios atos
de ofício ou a requerimento, peca a questão ao dizer que é necessário que
administração precisa ser provocada.

d) Caso reveja seus atos, estará violando o princípio da legalidade.


(Errado)
Caso reveja seus atos, estará violando o princípio da legalidade. Afirmativa
errado, pois a própria Lei nº 9784 em seu artigo 53 permite a aplicação do princípio
da autotutela.

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e) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da


autoexecutoriedade. (Errado)
A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da
autoexecutoriedade. Opção também errada pelo simples fato de a capacidade de
reverências para o cruzados decorrer do princípio da alta dela e não da
autoexecutoriedade.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) Ela não poderá rever seus atos relacionados aos aspectos de mérito,
ou seja, quanto à conveniência e à oportunidade. (Errado)
Afirmativa errada, pois, pautada no princípio da autotutela, a administração
pública também poderá rever os atos legais e discricionários e revogá-los se assim
achar conveniente e oportuno. Entendimento consolidado na súmula 473 do Supremo
Tribunal Federal.

SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

b) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da


autotutela.
Assertiva plenamente correta, a administração pública tem a capacidade de
rever seus próprios atos e, caso encontre um ato administrativo legal e discricionário,
poderá realizar o instituto da revogação. Caso encontre um ato ilegal, ou seja, um
ato que está fora dos parâmetros estabelecidos pela lei para a sua prática, ela poderá
de ofício ou mediante provocação anular esse ato viciado. Tanto o instituto da
ANULAÇÃO como o da REVOGAÇÃO são pautados no princípio da autotutela. Para
referendar esse pensamento, temos a Lei nº 9.784/99 e as súmulas 346 e 473 do
STF que dizem:
LEI 9.784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

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O professor Alexandre Mazza nos ensina:

“O princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração Pública


exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência funcional (art.
2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para anular seus atos
ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica. Consiste no poder-dever de
retirada de atos administrativos por meio da anulação e da revogação. A anulação envolve
problema de legalidade, a revogação trata de mérito do ato.”
(Manual De Direito Administrativo - 9ª edição; Alexandre Mazza; p. 207)

c) Para rever seus atos, é necessário que seja provocada, não podendo agir
de ofício. (Errado)
Afirmativa errada, pois a administração pública pode rever seus próprios atos tanto
de ofício ou a requerimento. A questão erra ao dizer que é necessário que administração
precisa ser provocada.

LEI 9784/99

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os


critérios de:

XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação


dos interessados.

d) Caso reveja seus atos, estará violando o princípio da legalidade.


(Errado)
Afirmativa errada, pois a própria Lei nº 9784/99 em seu artigo 53 permite a
aplicação do princípio da autotutela.

LEI 9784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.

e) A possiblidade de rever seus próprios atos decorre do princípio da


autoexecutoriedade. (Errado)
Opção também errada pelo simples fato de a capacidade de rever seus próprios
atos decorre do princípio da autotutela, e não da autoexecutoriedade.

Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo ensinam que o poder de


autotutela possibilita à administração pública controlar seus próprios atos, apreciando-os
quanto ao mérito e quanto à legalidade. É um princípio implícito, que decorre da natureza
da atividade administrativa e de princípios expressos que a orientam, especialmente o princípio
da legalidade. O controle de legalidade efetuado pela administração sobre seus próprios atos,
evidentemente, não exclui a possibilidade de apreciação da legalidade destes pelo Poder
Judiciário. O princípio da autotutela instrumenta a administração pública para a revisão de
seus próprios atos, configurando um meio adicional de controle da atividade administrativa, e,
no que respeita ao controle de legalidade, reduz o congestionamento do Poder Judiciário.

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12. Ano: 2019Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Procurador do Ministério Público de
Contas

Constitui violação aos princípios constitucionais da administração pública:

a) nomeação de cônjuge de prefeito para o cargo de secretário estadual, mesmo que o


nomeado possua inegável qualificação técnico-profissional e idoneidade moral.

b) limitação de idade, por ato administrativo, para fins de inscrição em concurso público,
ainda que tal medida esteja fundamentada na natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido.

c) publicação, em sítio eletrônico mantido pela administração pública, de nomes de


servidores e dos valores dos respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.

d) atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela defesa dos direitos


humanos, a escola pública de rede estadual de educação.

e) anulação, pela administração pública, de ato administrativo ilegal,


independentemente de prazo e da existência de direito adquirido.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) nomeação de cônjuge de prefeito para o cargo de secretário


estadual, mesmo que o nomeado possua inegável qualificação técnico-
profissional e idoneidade moral.
Nomeação de cônjuge de prefeito para o cargo de secretário estadual, mesmo
que o nomeado possua inegável qualificação técnico-profissional e idoneidade
moral. Não viola a Constituição Federal, pois o Supremo Tribunal Federal tem o
entendimento de que a súmula vinculante 13 só atinge os cargos comissionados de
natureza administrativas. O cargo de secretário estadual pertence à categoria de
cargos comissionados de natureza política.

b) limitação de idade, por ato administrativo, para fins de inscrição


em concurso público, ainda que tal medida esteja fundamentada na
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
Afirmativa correta, pois, de fato, a limitação de idade, por ato administrativo,
viola a Constituição Federal. Não é por ato administrativo, somente por Lei pode
impor limitações.

c) publicação, em sítio eletrônico mantido pela administração pública,


de nomes de servidores e dos valores dos respectivos vencimentos e
vantagens pecuniárias.
Publicação, em sítio eletrônico mantido pela administração pública, de nomes
de servidores e dos valores dos respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.
Não viola a Constituição Federal pois é legítima a publicação, inclusive em sítio

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eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do
valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. (STF-ARE
652777)

d) atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela


defesa dos direitos humanos, a escola pública de rede estadual de
educação.
Atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela defesa dos
direitos humanos, a escola pública de rede estadual de educação. Não viola a
Constituição Federal pois o proibido é colocar o nome de pessoas vivas, nos termos
da Lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977, alterada pela Lei nº 12.781, de 2013,
em seu artigo 1º.

e) anulação, pela administração pública, de ato administrativo ilegal,


independentemente de prazo e da existência de direito adquirido.
Anulação, pela administração pública, de ato administrativo ilegal,
independentemente de prazo e da existência de direito adquirido. Afirmativa
errada, pois nos termos da Lei nº 9.784/99, decai em cinco anos o direito de a
administração anular atos que gerem efeitos favoráveis a terceiros de boa-fé.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) nomeação de cônjuge de prefeito para o cargo de secretário
estadual, mesmo que o nomeado possua inegável qualificação técnico-
profissional e idoneidade moral.
Tal ato não viola a Constituição Federal, pois o Supremo Tribunal Federal tem
o entendimento de que a súmula vinculante 13 só atinge os cargos comissionados de
natureza administrativas, o cargo de secretário estadual pertence à categoria de
cargos comissionados de natureza política.
O professor Mateus Carvalho afirma que a jurisprudência da própria Corte
Suprema já se manifestou no sentido da inaplicabilidade da vedação ao
nepotismo quando se tratar de nomeação de agentes para o exercício de
cargos políticos, como é o caso de secretário ou de ministro de Estado, situação
na qual a nomeação do parente não encontra óbice, desde que o sujeito tenha
condições técnicas de exercer o múnus público a ele transferido por meio da
nomeação. Isso decorre do fato de que a nomeação para o exercício de função política
se reveste da qualidade de ato político, gozando, portanto, de uma discricionariedade
ampla e não se submetendo às disposições da súmula.

b) limitação de idade, por ato administrativo, para fins de inscrição em


concurso público, ainda que tal medida esteja fundamentada na natureza
das atribuições do cargo a ser preenchido.
Afirmativa correta, pois, de fato, a limitação de idade, por ato administrativo,
viola a Constituição Federal. Não é por ato administrativo, somente por Lei pode

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impor limitações. Esse entendimento está estampado na súmula 14 do Supremo


Tribunal Federal.

SÚMULA 14
“Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição
em concurso para cargo público.”

c) publicação, em sítio eletrônico mantido pela administração pública, de


nomes de servidores e dos valores dos respectivos vencimentos e vantagens
pecuniárias.
Não viola a Constituição Federal, pois é legítima a publicação, inclusive em sítio
eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor
dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.

STF-ARE 652777

“Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo


Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA (Vice-
Presidente), na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, apreciando
o tema 483 da repercussão geral, por unanimidade, em dar provimento ao recurso
extraordinário, fixando-se a tese de que é legítima a publicação, inclusive em sítio
eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores
e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.”

d) atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela defesa


dos direitos humanos, a escola pública de rede estadual de educação.
Atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela defesa dos direitos
humanos, a escola pública de rede estadual de educação. Não viola a Constituição Federal
pois o proibido é colocar o nome de pessoas vivas nos termos da Lei nº 6.454, de 24
de outubro de 1977, em seu artigo 1º.

“Art. 1o É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva


ou que tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em
qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às
pessoas jurídicas da administração indireta. (Redação dada pela Lei nº 12.781, de 2013)”

e) anulação, pela administração pública, de ato administrativo ilegal,


independentemente de prazo e da existência de direito adquirido.
Afirmativa errada, pois nos termos da Lei nº 9.784/99 decai em cinco anos o direito
de a administração anular atos que gerem efeitos favoráveis a terceiros de boa-fé.

LEI 9.784/99

Artigo 54. O direito da administração de anular os atos administrativos de que


decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

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13. Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Prova: Profissional Nível Médio
- Oficial Administrativo

“A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos


administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer
discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas
caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero
ilegalidade”. Em relação ao princípio administrativo do enunciado, assinale a alternativa
correta.

a) Moralidade

b) Legalidade

c) Eficiência

d) Impessoalidade

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Moralidade.
Moralidade. Afirmativa errada, pois este princípio vai requerer uma conduta
do agente público pautada na boa-fé, probidade, honestidade e ética.

b) Legalidade.
Legalidade. Afirmativa errada, pois este princípio diz que a administração só
poderá fazer o que está na lei.

c) Eficiência.
Eficiência. Afirmativa errada, pois este princípio afirma que o agente público
deve produzir o máximo possível com os recursos que lhes são dados.

d) Impessoalidade.
Este é o nosso gabarito, pois o princípio da impessoalidade guarda relação
com uma conduta imparcial do agente.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) Moralidade.
Afirmativa errada, pois esse princípio exige uma atuação ética, proba, honesta
dos agentes da administração pública, tal atuação é conhecida como moralidade
administrativa.
A moralidade administrativa é diferente da moral comum. O princípio da
moralidade administrativa NÃO IMPÕE o dever de atendimento conforme a moral
comum conhecida pela sociedade. Ela exige respeito a padrões éticos, de boa-fé,

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decoro, lealdade, honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao


conceito de boa administração.
Portanto, não se deve confundir a moral comum com a moral administrativa.
Enquanto aquela está pautada na noção do certo e errado para a sociedade, essa
está intrinsecamente ligada com a boa ou má administração. Para o Direito
Administrativo, deve-se analisar a moral administrativa

b) Legalidade.
Afirmativa errada, pois este princípio possui uma definição bem concisa,
significa que a Administração Pública, seja ela direta ou indireta, só pode praticar as
condutas autorizadas em lei.

c) Eficiência.
Afirmativa errada, pois, acrescentado no artigo 37, caput, da CF pela Emenda
nº 19/98, o princípio da eficiência foi um dos pontos principais da Reforma
Administrativa, que teve por objetivo implementar o modelo de ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA “GERENCIAL”, voltada para alcançar melhores resultados na atuação
estatal. Antes da supracitada emenda, nossa Administração Pública possuía uma
visão burocrática. O princípio de eficiência traz a ideia de presteza, perfeição,
rendimento funcional, redução de desperdícios, qualidade, rapidez e produtividade.

d) Impessoalidade.
Este é o nosso gabarito, pois o princípio da impessoalidade guarda relação com
uma conduta imparcial do agente.

O princípio da impessoalidade estabelece um dever de IMPARCIALIDADE, de


NEUTRALIDADE no exercício da função administrativa. Esse princípio impede
discriminações negativas e privilégios oferecidos a particulares quando no exercício
da função administrativa, pois a atuação pública deve ser objetiva, e não subjetiva.
Para o professor Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade é
sinônimo de princípio da finalidade.
“O princípio da impessoalidade, referido na Constituição/88 (art. 37, caput),
nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador
público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente
aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do
ato, de forma impessoal”.
(Direito Administrativo Brasileiro 2016; Hely Lopes Meirelles; p. 97)

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14. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Assinale a alternativa INCORRETA no tocante aos princípios que regem a Administração


Pública.

a) A divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores, como medida de


transparência administrativa, harmoniza-se com o princípio da publicidade, vedada a
divulgação de outros dados pessoais, como CPF, RG e endereço residencial.

b) A nomeação de parente colateral, até o terceiro grau da autoridade nomeante, para o


exercício de cargo em comissão na Administração, é considerada ofensa à Constituição
Federal, salvo para assunção de cargos de natureza política e desde que o nomeado
tenha condições técnicas de exercer o múnus público a ele transferido.

c) Deriva do princípio da impessoalidade a vedação constitucional de que constem


nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades em
publicidade de atos dos órgãos públicos.

d) O modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho


possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores resultados, é a única
vertente apresentada pelo princípio da eficiência.

e) O princípio da eficiência deve ser interpretado em conjunto com os demais princípios


impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles, sob pena de
afronta à segurança jurídica e ao próprio Estado de Direito.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores,


como medida de transparência administrativa, harmoniza-se com o
princípio da publicidade, vedada a divulgação de outros dados pessoais,
como CPF, RG e endereço residencial. (Certo)
Afirmativa correta, pois o STF já decidiu que a divulgação dos vencimentos
brutos e dos nomes dos servidores coaduna-se com o princípio da publicidade, mas
não deve ocorrer a divulgação de outras informações, tais como CPF, RG e
endereço residencial.

b) A nomeação de parente colateral, até o terceiro grau da autoridade


nomeante, para o exercício de cargo em comissão na Administração, é
considerada ofensa à Constituição Federal, salvo para assunção de cargos
de natureza política e desde que o nomeado tenha condições técnicas de
exercer o múnus público a ele transferido. (Certo)
Afirmativa correta, pois o STF já decidiu que a nomeação de parente para
cargos comissionados políticos não se aplica a súmula vinculante nº 13, ou seja,

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pode nomear parente para esses cargos, desde tal parente preencha as condições
técnicas para exercer a atividade para a qual está sendo alocado.

c) Deriva do princípio da impessoalidade a vedação constitucional de


que constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades em publicidade de atos dos órgãos públicos.
(Certo)
Assertiva está correta, pois, nos termos da Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 37 §1º, temos a proibição a promoção pessoal do agente através da
propaganda de obras públicas.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

“Art. 37 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas


dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”

d) O modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor


desempenho possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores
resultados, é a única vertente apresentada pelo princípio da eficiência.
O modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor
desempenho possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores
resultados, é a única vertente apresentada pelo princípio da eficiência. Como o
enunciado pede a opção errada, este é nosso gabarito. O princípio da eficiência
possui duas vertentes, uma é citada na assertiva, a outra é a vertente de que a
Administração Pública precisa dar os meios necessários para que o agente seja
produtivo.

e) O princípio da eficiência deve ser interpretado em conjunto com os


demais princípios impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a
nenhum deles, sob pena de afronta à segurança jurídica e ao próprio
Estado de Direito. (Certo)
A assertiva está correta, pois não existe hierarquia entre princípios
administrativos.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) A divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores, como
medida de transparência administrativa, harmoniza-se com o princípio da
publicidade, vedada a divulgação de outros dados pessoais, como CPF, RG e
endereço residencial. (Certo)
Afirmativa correta, pois o STF já decidiu que não viola a Constituição Federal,
pois é legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração
Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos
e vantagens pecuniárias.

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STF-ARE 652777

“Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo


Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência da Ministra CÁRMEN LÚCIA
(Vice-Presidente), na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas,
apreciando o tema 483 da repercussão geral, por unanimidade, em dar provimento
ao recurso extraordinário, fixando-se a tese de que é legítima a publicação,
inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes
dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e
vantagens pecuniárias.”

b) A nomeação de parente colateral, até o terceiro grau da autoridade


nomeante, para o exercício de cargo em comissão na Administração, é
considerada ofensa à Constituição Federal, salvo para assunção de cargos
de natureza política e desde que o nomeado tenha condições técnicas de
exercer o múnus público a ele transferido. (Certo)
Afirmativa correta, pois o STF já decidiu que a nomeação de parente para
cargos comissionados políticos não se aplica à súmula vinculante nº 13, ou seja, pode
nomear parente para esses cargos, desde tal parente preencha as condições técnicas
para exercer a atividade para a qual está sendo alocado.

STF-RCL 7590 / PR 3

Reclamação – Constitucional e administrativo – Nepotismo – Súmula


vinculante nº 13 – Distinção entre cargos políticos e administrativos –
Procedência.

1. Os cargos políticos são caracterizados não apenas por serem de livre


nomeação ou exoneração, fundadas na fidúcia, mas também por seus titulares serem
detentores de um múnus governamental decorrente da Constituição Federal, não
estando os seus ocupantes enquadrados na classificação de agentes administrativos.

2. Em hipóteses que atinjam ocupantes de cargos políticos, a configuração do


nepotismo deve ser analisado caso a caso, a fim de se verificar eventual “troca
de favores” ou fraude a lei.

3. Decisão judicial que anula ato de nomeação para cargo político apenas com
fundamento na relação de parentesco estabelecida entre o nomeado e o chefe do
Poder Executivo, em todas as esferas da federação, diverge do entendimento da
Suprema Corte consubstanciado na Súmula Vinculante nº 13.

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4. Reclamação julgada procedente.

c) Deriva do princípio da impessoalidade a vedação constitucional de que


constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades em publicidade de atos dos órgãos públicos. (Certo)
A opção está correta, pois, nos termos da Constituição Federal de 1988, em seu
artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através da propaganda
de obras públicas.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

“Art. 37 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos


órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.”

Esta proibição tem ligação direta com o princípio da impessoalidade. A professora


Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a própria Constituição dá uma consequência
expressa a essa regra, quando, no § 1º do artigo 37, proíbe que conste nome, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos
em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos”.

d) O modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor


desempenho possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores
resultados, é a única vertente apresentada pelo princípio da eficiência.
O modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho
possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores resultados, é a única
vertente apresentada pelo princípio da eficiência. Como o enunciado pede a opção errada,
este é nosso gabarito. O princípio da eficiência tem duas vertentes, uma é citada na
assertiva, a outra é a vertente de que a Administração Pública precisa dar os meios
necessários para que o agente seja produtivo.
Para a professora Maria Sylvia Di Pietro, o princípio da eficiência pode ser descrito
em duas vertentes:

O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser


considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o
melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e,
em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública,
também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do
serviço público.

e) O princípio da eficiência deve ser interpretado em conjunto com os


demais princípios impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a
nenhum deles, sob pena de afronta à segurança jurídica e ao próprio Estado de
Direito. (Certo)
A assertiva está correta, pois não existe hierarquia entre princípios administrativos.
O princípio da eficiência deve ser aplicado DE FATO em conjunto com os demais sem que
ocorra violação ao ordenamento jurídico.

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15. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Niterói – RJ Prova: Analista de Políticas
Públicas e Gestão Governamental

Próximo do término da construção de um túnel que passa sob um morro onde existe
uma grande comunidade, os peritos verificam que, em função do peso das casas, a
construção desabaria.

O governador do Estado, tomando ciência do fato, decide realizar a desapropriação de


100 casas que se localizavam na encosta do morro, mesmo sofrendo duras críticas de
grupos da população.

Ao agir, pautando-se nos princípios da Administração Pública, o governador teve a sua


decisão motivada, especificamente, pelo princípio

a) da autotutela;

b) da legalidade;

c) da especialidade;

d) da supremacia do interesse público sobre o privado;

e) da segurança jurídica.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) da autotutela.
da autotutela. Afirmativa errada, pois este princípio diz que a Administração
Pública pode rever seus próprios atos podendo anulá-los ou revogá-los a depender
do caso concreto. Temos a Lei nº 9.784/99 e as súmulas 346 e 473 do STF que
corroboram esse entendimento.

b) da legalidade.
da legalidade. Afirmativa errada, pois este princípio possui uma definição bem
concisa, significa que a Administração Pública, seja ela direta ou indireta, só pode
praticar as condutas autorizadas em lei.
c) da especialidade.
da especialidade. Afirmativa errada, pois o princípio da especialidade decorre
dos princípios da indisponibilidade e legalidade e tem fundamento no fenômeno da
DESCENTRALIZAÇÃO.

d) da supremacia do interesse público sobre o privado.


Este é o nosso gabarito. O princípio da supremacia do interesse público
fundamenta a existência de prerrogativas ou poderes especiais da Administração
Pública, conferindo uma verticalidade nas relações entre a Administração e o

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particular. Desse modo, em uma situação de conflito entre o interesse público e o


particular, o primeiro deve prevalecer. Observamos a aplicação desse princípio
quando ocorre, por exemplo, a desapropriação de um imóvel, em que o interesse
público prevalece sobre o proprietário do bem.

e) da segurança jurídica.
da segurança jurídica. Afirmativa errada, pois o princípio da segurança jurídica
existe para garantir a estabilidade e a previsibilidade das ações praticadas pelo Poder
Público, proibindo mudanças ABRUPTAS (imprevistas) decorrentes de ações
governamentais. A segurança jurídica tem muita relação com a ideia de respeito à
boa-fé nas relações jurídicas, por conta disso sua finalidade é proporcionar segurança
e estabilidade no convívio social.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) da autotutela.
Afirmativa errada, pois este princípio diz que a Administração Pública tem a
capacidade de rever seus próprios atos e, caso encontre um ato administrativo
legal e discricionário, poderá realizar o instituto da revogação. Caso encontre um
ato ilegal, ou seja, um ato que está fora dos parâmetros estabelecidos pela lei para
a sua prática, ela poderá de ofício ou mediante provocação anular esse ato viciado.
Tanto o instituto da ANULAÇÃO como o da REVOGAÇÃO são pautados no
princípio da autotutela. Para referendar esse pensamento, temos a Lei nº 9.784/99
e as súmulas 346 e 473 do STF que dizem:

LEI 9.784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

O professor Alexandre Mazza nos ensina:

“O princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração


Pública exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência
funcional (art. 2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para
anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica.
Consiste no poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação e

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da revogação. A anulação envolve problema de legalidade, a revogação trata de


mérito do ato.”
(Manual De Direito Administrativo -9ª edição; Alexandre Mazza; p. 207)

b) da legalidade.
Afirmativa errada, pois este princípio possui uma definição bem concisa,
significa que a Administração Pública, seja ela direta ou indireta, só pode praticar as
condutas autorizadas em lei.

A professora Maria Sylvia Di Pietro leciona que este princípio, juntamente


com o de controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o Estado de
Direito e constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais.
Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites
da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais
direitos em benefício da coletividade. É aqui que melhor se enquadra aquela ideia de
que, na relação administrativa, a vontade da Administração Pública é a que decorre
da lei. Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o
que a lei permite.

c) da especialidade.
Afirmativa errada. A professora Maria Sylvia Di Pietro define este princípio
como decorrente dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse
público, ELE concernente à ideia de descentralização administrativa. Quando o
Estado cria pessoas jurídicas públicas administrativas – as autarquias – como forma
de descentralizar a prestação de serviços públicos, com vistas à especialização de
função, a lei que cria a entidade estabelece com precisão as finalidades que lhe
incumbe atender, de tal modo que não cabe aos seus administradores afastar-se
dos objetivos definidos na lei; isto precisamente pelo fato de não terem a livre
disponibilidade dos interesses públicos.

d) da supremacia do interesse público sobre o privado.


Este é o nosso gabarito. O princípio supremacia do interesse público sobre o
privado (princípio este implícito em nosso ordenamento jurídico, ou seja, é um
princípio que não está escrito) tem por objetivo colocar a Administração Pública em
uma situação de superioridade, uma posição acima do particular. A professora
Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a supremacia do interesse público é
marcada pela “VERTICALIDADE”. O administrador público representa uma
coletividade, representa o interesse da maioria, por isso é necessário que ela tenha
prerrogativas para se colocar em prática o interesse de toda a coletividade. Podemos
citar como exemplo a desapropriação de imóveis para construção de uma escola
pública ou até mesmo hospital público.

Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo nos ensinam que:

“O princípio da supremacia do interesse público é um princípio implícito. Embora


não se encontre enunciado no texto constitucional, ele é decorrência das instituições
adotadas no Brasil. Com efeito, por força do regime democrático e do sistema
representativo, presume-se que toda atuação do Estado seja pautada pelo interesse

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público, cuja determinação deve ser extraída da Constituição e das leis,


manifestações da ‘vontade geral’. Assim sendo, lógico é que a atuação do Estado
subordine os interesses privados. O princípio da supremacia do interesse público é
característico do regime de direito público e, como visto anteriormente, é um dos
dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando todas as
prerrogativas especiais de que dispõe a administração como instrumentos para a
consecução dos fins que a Constituição e as leis lhe impõem. Decorre dele que,
existindo conflito entre o interesse público e o interesse particular, deverá
prevalecer o primeiro, tutelado pelo Estado, respeitados, entretanto, os
direitos e garantias individuais expressos na Constituição, ou dela
decorrentes.”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 227)

e) da segurança jurídica.
Afirmativa errada, pois o princípio da segurança jurídica existe para garantir a
estabilidade e a previsibilidade das ações praticadas pelo Poder Público, proibindo
mudanças ABRUPTAS (imprevistas) decorrentes de ações governamentais.

A segurança jurídica tem muita relação com a ideia de respeito à boa-fé nas
relações jurídicas, por conta disso sua finalidade é proporcionar segurança e
estabilidade no convívio social.

Assim, ele constitui um elemento conservador posto na ordem normativa com


o objetivo de evitar que as pessoas sejam surpreendidas por modificações do
direito positivo ou na conduta do Estado, mesmo quando manifestadas em atos
ilegais.

Na maioria das vezes que esse princípio é cobrado em provas de concurso, o


principal alvo das bancas é a exigência do conhecimento do artigo 2º; parágrafo
único; XIII da Lei nº 9.784/99, que diz:

LEI 9.784/99
Artigo 2º; Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de:
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, VEDADA aplicação
retroativa de nova interpretação.

ATENÇÃO!
NÃO existe proibição para a Administração Pública realizar alterações de
suas normas e interpretações, o que é vedado é a aplicação retroativa dessas
interpretações.

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16. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: Analista Executivo - Administrador

Entre os princípios aplicáveis à Administração pública, insere-se o da:

a) impessoalidade, com base no qual é coibido o uso de símbolos que caracterizem a


promoção pessoal de autoridades em atos e programas de governo.

b) razoabilidade, que afasta a possibilidade de ações governamentais que impliquem


restrições à atuação de particulares com base no poder de polícia.

c) legalidade, que impede a prática de atos discricionários, fundados em conveniência e


oportunidade da Administração.

d) moralidade, que deve, necessariamente, ser aplicado em caráter acessório e


complementar ao da legalidade, eis que não dotado de autonomia.

e) publicidade, aplicável apenas em relação aos atos administrativos que produzam


efeitos em face de terceiros.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) impessoalidade, com base no qual é coibido o uso de símbolos que


caracterizem a promoção pessoal de autoridades em atos e programas de
governo.
A assertiva está correta e seu embasamento constitucional se encontra
esculpido no artigo 37 §1º da Constituição Federal.
“Art. 37 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”

b) razoabilidade, que afasta a possibilidade de ações governamentais


que impliquem restrições à atuação de particulares com base no poder de
polícia.
Razoabilidade, que afasta a possibilidade de ações governamentais que
impliquem restrições à atuação de particulares com base no poder de polícia. A
Razoabilidade não afasta a possibilidade de ações governamentais que impliquem
restrições à atuação de particulares. Ela limita a discricionariedade da atuação do
poder de polícia exigindo que seja usado com equilíbrio.

c) legalidade, que impede a prática de atos discricionários, fundados


em conveniência e oportunidade da Administração.
legalidade, que impede a prática de atos discricionários, fundados em
conveniência e oportunidade da Administração. Totalmente errado, pois os atos
discricionários são praticados dentro da margem de escolha trazida pela própria lei.

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d) moralidade, que deve, necessariamente, ser aplicado em caráter


acessório e complementar ao da legalidade, eis que não dotado de
autonomia.
Moralidade, que deve, necessariamente, ser aplicado em caráter acessório e
complementar ao da legalidade, eis que não dotado de autonomia. Afirmativa
errada, pois o princípio da moralidade tem sua autonomia e deve ser interpretado
em conjunto com os demais princípios.

e) publicidade, aplicável apenas em relação aos atos administrativos


que produzam efeitos em face de terceiros.
Publicidade, aplicável apenas em relação aos atos administrativos que
produzam efeitos em face de terceiros. Errado, pois a publicidade deve ser
observada, em regra, em todos os atos administrativos, nossa exceção se encontra
nos atos que exijam sigilo para garantir a segurança da sociedade e do Estado.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) impessoalidade, com base no qual é coibido o uso de símbolos que


caracterizem a promoção pessoal de autoridades em atos e programas de
governo.
Este é o nosso gabarito. A opção está correta, pois, nos termos da Constituição
Federal de 1988, em seu artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do
agente através da propaganda de obras públicas.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

“Art. 37 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas


dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”

Esta proibição tem ligação direta com o princípio da impessoalidade. A


professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a própria Constituição dá
uma consequência expressa a essa regra, quando, no § 1º do artigo 37, proíbe que
conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos”.

b) razoabilidade, que afasta a possibilidade de ações governamentais


que impliquem restrições à atuação de particulares com base no poder de
polícia.
A Razoabilidade não afasta a possibilidade de ações governamentais que
impliquem restrições à atuação de particulares, ela limita a discricionariedade da
atuação do poder de polícia exigindo que seja usado com equilíbrio. O professor

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Alexandre Mazza nos ensina que, no Direito Administrativo, o princípio da


razoabilidade impõe a obrigação de os agentes públicos realizarem suas funções com
equilíbrio, coerência e bom senso. Não basta atender à finalidade pública predefinida
pela lei, importa também saber como o fim público deve ser atendido.
Comportamentos imoderados, abusivos, irracionais, desequilibrados, inadequados,
desmedidos, incoerentes, desarrazoados ou inaceitáveis à luz do bom-senso não são
compatíveis com o interesse público, pois geram a possibilidade de invalidação
judicial ou administrativa do ato deles resultante. Especialmente nos domínios da
discricionariedade, dos atos sancionatórios e do exercício do poder de polícia, o
controle sobre a razoabilidade das condutas administrativas merece diferenciada
atenção. A possibilidade de revisão judicial de atos discricionários ilegítimos por
descumprimento da razoabilidade é admitida por Celso Antônio Bandeira de Mello
nos seguintes termos: “o fato de não se poder saber qual seria a decisão ideal, cuja
apreciação compete à esfera administrativa, não significa, entretanto, que não se
possa reconhecer quando uma dada providência, seguramente, sobre não ser a
melhor, não é sequer comportada na lei em face de uma dada hipótese”.

c) legalidade, que impede a prática de atos discricionários, fundados


em conveniência e oportunidade da Administração.
Totalmente errado, pois os atos discricionários são praticados dentro da
margem de escolha trazida pela própria lei. Mas o que seria atos discricionários e
atos vinculados? Resposta:

• Os ATOS VINCULADOS são aqueles onde a lei estabelece condições e


requisitos legais para a sua realização, a Administração Pública atuará sem liberdade,
mas dentro dos limites legais impostos por lei.
Ex.: aposentadoria e licença para o particular.

• Os ATOS DISCRICIONÁRIOS são aqueles nos quais a Administração Pública


tem liberdade de ação. É ela que escolhe seu mérito, seu conteúdo, seus destinatários
no momento de sua conveniência e oportunidade e o modo de sua realização.
Ex.: permissões e autorizações.

Perceba que os atos discricionários e atos vinculados ao serem praticados


devem obedecer ao princípio da legalidade.

d) moralidade, que deve, necessariamente, ser aplicado em caráter


acessório e complementar ao da legalidade, eis que não dotado de
autonomia.
Afirmativa errada, pois o princípio da moralidade tem sua autonomia e deve ser
interpretado em conjunto com os demais princípios.

A Constituição Federal de 1988 levou tão a sério a moralidade administrativa


na conduta de seus agentes que impôs algumas penalidades a quem agir contra ela.
E isso está positivado no artigo 37 §4º da nossa carta magna.

Os atos de improbidade administrativa importarão na:

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• P erda da função pública;


• A ção penal cabível;
• R essarcimento ao erário;
• I ndisponibilidade dos bens;
• S uspensão dos direitos políticos.

e) publicidade, aplicável apenas em relação aos atos administrativos


que produzam efeitos em face de terceiros.
Errado, pois a publicidade deve ser observada, em regra, em todos os atos
administrativos. Nossa exceção se encontra nos atos que exijam sigilo para garantir
a segurança da sociedade e do Estado.
Podemos afirmar, como exceção à regra, o sigilo das propostas exigido na
lei de licitações (Lei 8.666/93), podemos também falar do sigilo exigido no
procedimento administrativo conhecido como inquérito policial nos termos do
código de processo penal vigente no país. Esses são atos de natureza administrativa,
porém serão sigilosos justamente para garantir a eficácia. A própria Constituição
Federal e a lei de processo administrativo no âmbito federal respaldam essa exceção.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 5º XXXIII “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.

LEI 9.784/99
Art. 2 Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
o

outros, os critérios de:


V - Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses
de sigilo previstas na Constituição. [...]

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17. Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: Técnico Judiciário - Administrativa
O regime jurídico administrativo pode ser conceituado como o "conjunto de princípios
que definem a lógica da atuação do ente público, a qual se baseia na existência de
limitações e prerrogativas em face do interesse público". Sobre o tema, assinale a
alternativa incorreta.

a) Havendo conflito entre os interesses da sociedade e as necessidades específicas de


indivíduos, os primeiros deverão prevalecer, em virtude da posição privilegiada
assegurada à Administração Pública quando se relaciona com particulares,
fundamentada no Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado;

b) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos. Essa norma configura corolário do Princípio da
Impessoalidade, expressamente previsto no artigo 37 da Constituição Federal de 1988;

c) O Princípio da Moralidade, embora goze de conceito jurídico indeterminado, visa


estabelecer a obrigatoriedade de observância dos padrões éticos de conduta, para que
se assegure o exercício da função pública de forma a atender as necessidades coletivas;

d) A Administração Pública detém o poder de controlar os seus atos de ofício,


mediante a anulação de atos praticados em suas atividades essenciais, quando
ilegais, ou a revogação de atos importunos ou inconvenientes, sem que seja
necessária a interferência do Poder Judiciário, com fundamento no Princípio da
Intranscendência.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Havendo conflito entre os interesses da sociedade e as


necessidades específicas de indivíduos, os primeiros deverão prevalecer,
em virtude da posição privilegiada assegurada à Administração Pública
quando se relaciona com particulares, fundamentada no Princípio da
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado. (Certo)
Afirmativa totalmente certa, pois a administração pública está em uma
posição de superioridade em relação ao particular em razão do Princípio da
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.

b) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas


dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos
Essa norma configura corolário do Princípio da Impessoalidade,
expressamente previsto no artigo 37 da Constituição Federal de 1988.
(Certo)

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A afirmativa está correta. Este entendimento é pacífico na doutrina, por


exemplo, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a Constituição
expressa o Princípio da Impessoalidade quando, no § 1º do artigo 37, proíbe que
conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos.

c) O Princípio da Moralidade, embora goze de conceito jurídico


indeterminado, visa estabelecer a obrigatoriedade de observância dos
padrões éticos de conduta, para que se assegure o exercício da função
pública de forma a atender as necessidades coletivas. (Certo)
Afirmativa certa, pois, de acordo com o que diz a doutrina, o Princípio da
Moralidade exige uma atuação ética, proba, honesta dos agentes da
administração pública, tal atuação é conhecida como moralidade administrativa.

d) A Administração Pública detém o poder de controlar os seus atos


de ofício, mediante a anulação de atos praticados em suas atividades
essenciais, quando ilegais, ou a revogação de atos importunos ou
inconvenientes, sem que seja necessária a interferência do Poder
Judiciário, com fundamento no Princípio da Intranscendência. (Errado)
A Administração Pública detém o poder de controlar os seus atos de ofício,
mediante a anulação de atos praticados em suas atividades essenciais, quando
ilegais, ou a revogação de atos importunos ou inconvenientes, sem que seja
necessária a interferência do Poder Judiciário, com fundamento no Princípio da
Intranscendência. Afirmativa errada, pois o princípio correto é o da autotutela.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Havendo conflito entre os interesses da sociedade e as necessidades


específicas de indivíduos, os primeiros deverão prevalecer, em virtude da
posição privilegiada assegurada à Administração Pública quando se
relaciona com particulares, fundamentada no Princípio da Supremacia do
Interesse Público sobre o Privado. (Certo)
Afirmativa totalmente certa, pois o Princípio da Supremacia do Interesse Público
sobre o Privado tem por objetivo colocar a Administração Pública em uma situação
de superioridade, uma posição acima do particular. A professora Maria Sylvia
Zanella di Pietro afirma que a supremacia do interesse público é marcada pela
“VERTICALIDADE”. O administrador público representa uma coletividade,
representa o interesse da maioria, por isso é necessário que ela tenha prerrogativas
para se colocar em prática o interesse de toda a coletividade.
Podemos citar, como exemplo, a desapropriação de imóveis para construção
de uma escola pública ou até mesmo hospital público.

b) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos


órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos Essa

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norma configura corolário do Princípio da Impessoalidade, expressamente


previsto no artigo 37 da Constituição Federal de 1988. (Certo)
A afirmativa está correta. Este entendimento é pacífico na doutrina, por
exemplo, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que a Constituição
expressa o Princípio da Impessoalidade quando, no § 1º do artigo 37, proíbe que
conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos.
A professora Ana Cláudia Campos afirma que, quando o agente público
atua, na verdade quem está praticando o ato é o próprio Estado, dado que aquele é
um mero instrumento da vontade estatal. Assim, não poderá o administrador
praticar atos que caracterizem alguma forma de promoção pessoa. Por exemplo,
quando um prefeito inaugurar uma nova escola pública, não poderá colocar o seu
nome na instituição nem ficar mencionando que “foi ele que fez”. Essa visão é o
fundamento-chave da responsabilidade civil do Estado pelos atos de seus agentes,
pois, se, por exemplo, um policial civil do Estado de Pernambuco mata um inocente
por pura negligência, os familiares da vítima processarão diretamente o Poder
Público para que este promova a indenização pelo dano que foi causado (este
assunto será aprofundado no capítulo referente à responsabilidade civil do Estado).

c) O Princípio da Moralidade, embora goze de conceito jurídico


indeterminado, visa estabelecer a obrigatoriedade de observância dos
padrões éticos de conduta, para que se assegure o exercício da função
pública de forma a atender as necessidades coletivas. (Certo)
Afirmativa certa, pois, de acordo com o que diz a doutrina, o Princípio da
Moralidade exige uma atuação ética, proba, honesta dos agentes da administração
pública, tal atuação é conhecida como moralidade administrativa. A moralidade
administrativa é diferente da moral comum. O princípio da moralidade
administrativa NÃO IMPÕE o dever de atendimento conforme a moral comum
conhecida pela sociedade.
Ela exige respeito a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade,
honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito de
boa administração.
Portanto, não se deve confundir a moral comum com a moral administrativa.
Enquanto aquela está pautada na noção do certo e errado para a sociedade, esta
está intrinsecamente ligada com a boa ou má administração. Para o Direito
Administrativo, deve-se analisar a moral administrativa.
Certas condutas, ainda que não obrigatórias pela lei, passam a fazer parte
dos comportamentos socialmente esperados de um bom administrador público,
incorporando-se, assim, ao conjunto de condutas que o Direito torna exigíveis.

Para a moralidade administrativa, não basta o agente público cumprir


formalmente a lei, ele tem que observar tanto a letra como o objetivo da lei.
Assim, aquilo que é legal se filiará ao que é ético, por esse motivo a doutrina afirma
que o princípio da moralidade complementa o princípio da legalidade.

d) A Administração Pública detém o poder de controlar os seus atos de


ofício, mediante a anulação de atos praticados em suas atividades

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essenciais, quando ilegais, ou a revogação de atos importunos ou


inconvenientes, sem que seja necessária a interferência do Poder Judiciário,
com fundamento no Princípio da Intranscendência. (Errado)
Afirmativa errada, pois o princípio correto é o da autotutela. Para referendar
esse pensamento, temos a Lei nº 9.784/99 e as súmulas 346 e 473 do STF que
dizem:

LEI 9.784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

O professor Alexandre Mazza nos ensina:

“O princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração


Pública exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência
funcional (art. 2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para
anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica.
Consiste no poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação e
da revogação. A anulação envolve problema de legalidade, a revogação trata de
mérito do ato.”
(Manual De Direito Administrativo - 9ª edição; Alexandre Mazza; p. 207)

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18. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: SEPOG - RO Prova: Analista de Planejamento e Finanças (+
provas)

Pedro, presidente de uma autarquia estadual, ficou muito entusiasmado com um projeto
de sua autoria, o qual resultou na melhoria do serviço prestado à população. Com o
objetivo de divulgar sua realização, determinou que o setor de comunicação social da
autarquia elaborasse um informe publicitário e o encaminhasse por via postal a milhares
de pessoas, tendo ali assumido a autoria do projeto e concedido uma extensa entrevista
a respeito de sua história de vida e de suas futuras pretensões políticas, informando que
pretendia candidatar-se ao cargo de Deputado Federal na próxima eleição.

Maria, cidadã brasileira, inconformada com o ocorrido, procurou os serviços de um


advogado. Na ocasião, solicitou fosse esclarecido se a conduta de Pedro, ao determinar
a confecção e distribuição do informe publicitário nos moldes informados, estava em
harmonia com os princípios da Administração Pública, bem como se estava ao seu
alcance deflagrar algum mecanismo de controle dos atos administrativos praticados.

À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.

a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma


mais específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao controle judicial via
direito de petição.

b) A conduta de Pedro estava em harmonia com os princípios da Administração Pública,


o que afasta a possibilidade de Maria deflagrar algum mecanismo de controle.

c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser submetida


ao controle judicial via mandado de segurança.

d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma


mais específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por Maria ao
controle do Tribunal de Contas, via tomada de contas especial.

e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou, de forma


mais específica, o princípio da impessoalidade, podendo ser submetida ao controle
judicial via ação popular.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios,


afrontou, de forma mais específica, o princípio da eficiência, podendo ser
submetida ao controle judicial via direito de petição.
A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou,
de forma mais específica, o princípio da eficiência, podendo ser submetida ao
controle judicial via direito de petição. Errado, porque, a partir do momento, Pedro,

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presidente de uma autarquia estadual, está se promovendo às custas da


Administração Pública, temos uma violação direta ao princípio da impessoalidade.

b) A conduta de Pedro estava em harmonia com os princípios da


Administração Pública, o que afasta a possibilidade de Maria deflagrar
algum mecanismo de controle.
A conduta de Pedro estava em harmonia com os princípios da Administração
Pública, o que afasta a possibilidade de Maria deflagrar algum mecanismo de
controle. Errado, porque, a partir do momento, Pedro, presidente de uma autarquia
estadual, está se promovendo às custas da Administração Pública, temos uma
violação direta ao princípio da impessoalidade.

c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade,


podendo ser submetida ao controle judicial via mandado de segurança.
A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo ser
submetida ao controle judicial via mandado de segurança. Apesar de Pedro,
presidente de uma autarquia estadual, também ter violado o princípio da legalidade
indiretamente, sua conduta não se resume a isso, pois também afronta o princípio
da impessoalidade.

d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios,


afrontou, de forma mais específica, o princípio da razoabilidade, podendo
ser submetida por Maria ao controle do Tribunal de Contas, via tomada de
contas especial.
A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios, afrontou,
de forma mais específica, o princípio da razoabilidade, podendo ser submetida por
Maria ao controle do Tribunal de Contas, via tomada de contas especial. Errado,
pois o princípio da razoabilidade trata da vedação aos excessos por parte da
Administração.

e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios,


afrontou, de forma mais específica, o princípio da impessoalidade, podendo
ser submetida ao controle judicial via ação popular.
Assertiva está correta, pois, nos termos da Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através da
propaganda de obras públicas. O referido artigo diz que a publicidade de obras deverá
atender ao critério educativo, informativo e de orientação social sendo vedado postar
nesta publicidade qualquer nome, símbolo ou imagem que possa caracterizar
promoção pessoal do agente público.

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios,
afrontou, de forma mais específica, o princípio da eficiência, podendo ser
submetida ao controle judicial via direito de petição.
Errado, porque, a partir do momento, Pedro, presidente de uma autarquia
estadual, está se promovendo às custas da Administração Pública, temos uma
violação direta ao princípio da impessoalidade pautado na Constituição Federal de
1988, em seu artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através
da propaganda de obras públicas. O referido artigo diz que a publicidade de obras
deverá atender ao critério educativo, informativo e de orientação social sendo vedado
postar nesta publicidade qualquer nome, símbolo ou imagem que possa caracterizar
promoção pessoal do agente público.

b) A conduta de Pedro estava em harmonia com os princípios da


Administração Pública, o que afasta a possibilidade de Maria deflagrar algum
mecanismo de controle.
Errado, porque, a partir do momento, Pedro, presidente de uma autarquia
estadual, está se promovendo às custas da Administração Pública, temos uma
violação direta ao princípio da impessoalidade pautado na Constituição Federal de
1988, em seu artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através
da propaganda de obras públicas. O referido artigo diz que a publicidade de obras
deverá atender ao critério educativo, informativo e de orientação social sendo vedado
postar nesta publicidade qualquer nome, símbolo ou imagem que possa caracterizar
promoção pessoal do agente público.

c) A conduta de Pedro violou apenas o princípio da legalidade, podendo


ser submetida ao controle judicial via mandado de segurança.
Apesar de Pedro, presidente de uma autarquia estadual, também ter violado o
princípio da legalidade indiretamente, pois ele diz que a administração pública deve
atuar de acordo com a lei, e Pedro violou a lei de fato, então transgrediu esse
princípio, a opção erra ao afirmar que apenas o princípio da legalidade foi
violado, porque sua conduta também afronta o princípio da impessoalidade.

d) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios,


afrontou, de forma mais específica, o princípio da razoabilidade, podendo
ser submetida por Maria ao controle do Tribunal de Contas, via tomada de
contas especial.
Errado, pois o princípio da razoabilidade exige a obrigação de os agentes
públicos realizarem suas funções com EQUILÍBRIO, COERÊNCIA E BOM SENSO.
O agente público é um mero administrador da coisa pública e por conta disso ele
NÃO pode agir de forma arbitrária e imoderada.

e) A conduta de Pedro, sem prejuízo da violação de outros princípios,


afrontou, de forma mais específica, o princípio da impessoalidade, podendo
ser submetida ao controle judicial via ação popular.

MUDE SUA VIDA!


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Assertiva está correta, pois, nos termos da Constituição Federal de 1988, em


seu artigo 37 §1º, temos a proibição à promoção pessoal do agente através da
propaganda de obras públicas. O referido artigo diz que a publicidade de obras
deverá atender ao critério educativo, informativo e de orientação social sendo
vedado postar nesta publicidade qualquer nome, símbolo ou imagem que possa
caracterizar promoção pessoal do agente público.

A professora Ana Cláudia Campos afirma que, quando o agente público


atua, na verdade quem está praticando o ato é o próprio Estado, dado que aquele é
um mero instrumento da vontade estatal. Assim, não poderá o administrador
praticar atos que caracterizem alguma forma de promoção pessoa. Por exemplo,
quando um prefeito inaugurar uma nova escola pública, não poderá colocar o seu
nome na instituição, nem ficar mencionando que “foi ele que fez”. Essa visão é o
fundamento-chave da responsabilidade civil do Estado pelos atos de seus agentes,
pois, se, por exemplo, um policial civil do estado de Pernambuco mata um inocente
por pura negligência, os familiares da vítima processarão diretamente o Poder
Público para que este promova a indenização pelo dano que foi causado (este
assunto será aprofundado no capítulo referente à responsabilidade civil do Estado).

19. Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: TJ-MS Prova: Juiz Substituto

No tocante ao exercício do poder de autotutela pela Administração Pública, é correto


afirmar:

a) O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus próprios atos não
está sujeito a limites temporais, por força do princípio da supremacia do interesse
público.

b) Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão de conduta do


beneficiário que tenha sido antecedente à outorga do ato.

c) É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para invalidação de


situações plenamente constituídas com base em orientação geral vigente à época do
aperfeiçoamento do ato administrativo que as gerou.

d) É possível utilizar-se a revogação, ao invés da anulação, de modo a atribuir efeito ex


nunc à revisão de ato administrativo, quando se afigurar conveniente tal solução, à luz
do princípio da confiança legítima.

e) Não é possível convalidar ato administrativo cujos efeitos já tenham se exaurido.

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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus


próprios atos não está sujeito a limites temporais, por força do princípio da
supremacia do interesse público.
O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus próprios atos
não está sujeito a limites temporais, por força do princípio da supremacia do
interesse público. Afirmativa errada, pois, nos termos da Lei nº 9.784/99, decai em
cinco anos o direito de a administração anular atos que gerem efeitos favoráveis a
terceiros de boa-fé.

b) Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão


de conduta do beneficiário que tenha sido antecedente à outorga do ato.
Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão de conduta
do beneficiário que tenha sido antecedente à outorga do ato. Errado, pois a
cassação de ato administrativo ocorre quando o beneficiário descumpre as
condições estabelecidas para a prática dele, portanto ela ocorre após a concessão
do ato administrativo.

c) É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para


invalidação de situações plenamente constituídas com base em orientação
geral vigente à época do aperfeiçoamento do ato administrativo que as
gerou.
Nosso gabarito. Esta opção tem por base a Lei nº 9.784/99, artigo 2º,
parágrafo único, que diz:

“Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de


XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.”

d) É possível utilizar-se a revogação, ao invés da anulação, de modo a


atribuir efeito ex nunc à revisão de ato administrativo, quando se afigurar
conveniente tal solução, à luz do princípio da confiança legítima.
É possível utilizar-se a revogação, ao invés da anulação, de modo a atribuir
efeito ex nunc à revisão de ato administrativo, quando se afigurar conveniente tal
solução, à luz do princípio da confiança legítima. A finalidade da revogação é
diferente da anulação. Uma coisa é falar de ato ilegal que é objeto da anulação, e
outra é falar de ato legal, contudo inoportuno ou inconveniente que é objeto da
revogação.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

a) O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus


próprios atos não está sujeito a limites temporais, por força do princípio da
supremacia do interesse público.
Afirmativa errada, pois, nos termos da Lei nº 9.784/99, decai em cinco anos o
direito de a administração anular atos que gerem efeitos favoráveis a terceiros de
boa-fé.

LEI 9.784/99

Artigo 54. O direito da administração de anular os atos administrativos de que


decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

b) Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão de


conduta do beneficiário que tenha sido antecedente à outorga do ato.
Errado, pois a cassação de ato administrativo é a retirada do ato administrativo
por ter o seu beneficiário descumprido condição indispensável para a manutenção do
ato, portanto ela ocorre após a concessão do ato administrativo.
Ex.: Cassação do alvará de funcionamento do pasteleiro por não atingir
condições de higiene.

c) É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para


invalidação de situações plenamente constituídas com base em orientação
geral vigente à época do aperfeiçoamento do ato administrativo que as
gerou.
Nosso gabarito. Esta opção tem por base a Lei nº 9.784/99, artigo 2º, parágrafo
único, que diz:

“Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o


atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.”

A lição da professora Maria Silvia Zanella Di Pietro (participante da


Comissão de juristas que elaborou o anteprojeto de que resultou na edição da Lei
nº 9.784/99) faz a seguinte observação sobre esse princípio:

“O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera administrativa,


haver mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a
consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando situações já
reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior. Essa possibilidade
de mudança de orientação é inevitável, porém gera insegurança jurídica, pois
os interessados nunca sabem quando a sua situação será passível de contestação

MUDE SUA VIDA!


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pela própria Administração Pública. Daí a regra que veda a aplicação


retroativa.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 245)

d) É possível utilizar-se a revogação, ao invés da anulação, de modo a


atribuir efeito ex nunc à revisão de ato administrativo, quando se afigurar
conveniente tal solução, à luz do princípio da confiança legítima.
A finalidade da revogação é diferente da anulação. Vamos analisar as
peculiaridades de cada instituto:

• ANULAÇÃO: é a declaração de invalidade de um ato administrativo


ILEGÍTIMO ou ILEGAL, feita pela Administração ou pelo PODER JUDICIÁRIO por
motivo de Ilegitimidade ou Ilegalidade.

Possui o chamado EFEITO EX TUNC, ou seja, retroage até o nascimento do Ato.

Pode ser feita pela própria ADMINISTRAÇÃO através do controle de legalidade


pautado no poder de autotutela do Estado. É uma justiça interna, exercida para a
defesa da instituição e da legalidade de seus atos.

Também pode ser feita pelo PODER JUDICIÁRIO, através do controle de


legalidade, DESDE QUE haja provocação, ou seja, desde que sejam levados à sua
apreciação pelos meios processuais cabíveis, aqui não existe a autotutela, pois o
ato está sendo anulado por outro Poder.

• REVOGAÇÃO: é a retirada de um ato administrativo legítimo e eficaz, tem


seu fundamento no poder discricionário e somente a própria Administração pode
realizar, por motivo de sua conveniência e oportunidade, sendo por isso PRIVATIVA
da Administração, possuindo o EFEITO conhecido como EX NUNC.

20. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: Juiz Substituto

De acordo com o art. 54 da Lei n.º 9.784/1999, o direito da administração de anular os


atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em
cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Trata-
se de hipótese em que o legislador, em detrimento da legalidade, prestigiou outros
valores. Tais valores têm por fundamento o princípio administrativo da

a) presunção de legitimidade.

b) autotutela.

c) segurança jurídica.

d) continuidade do serviço público.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) presunção de legitimidade.
presunção de legitimidade. Afirmativa errada, pois aqui temos um atributo do
ato administrativo pelo qual presume-se até prova em contrário, que todos os atos
da administração pública são praticados com observância das normas legais.

b) autotutela.
autotutela. Afirmativa errada, pois neste princípio a administração pública
pode rever seus próprios atos e anulá-los por motivo de ilegalidade ou revogá-los
por motivos de conveniência e oportunidade.

c) segurança jurídica.
Nosso gabarito, pois o princípio da segurança jurídica tem o aspecto objetivo
de dar estabilidade à relação jurídica. Decorrem desse princípio institutos como a
decadência e a consolidação dos efeitos dos atos praticados há muito tempo.

d) continuidade do serviço público.


continuidade do serviço público. Afirmativa errada, pois, pelo princípio da
continuidade do serviço público, essa atividade prestativa não pode sofrer solução
de continuidade, ou seja, não pode parar. Ele pode ser exercido diretamente pelo
estado ou indiretamente, por concessões delegações.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) presunção de legitimidade.
Afirmativa errada, pois aqui temos um atributo do ato administrativo, por conta
desse atributo presume-se que todo ato administrativo praticado pela administração
ou por quem a esteja representando está em consonância (de acordo) com a lei.

Muita atenção! É frequente o questionamento em questões de prova sobre a


natureza dessa presunção, se ela é ABSOLUTA OU RELATIVA. O que você deverá
assinalar como correto é que temos uma presunção de legitimidade RELATIVA, o
que chamamos de presunção “IURIS TANTUM”, que significa que cabe prova em
contrário.

b) autotutela.
Afirmativa errada, pois neste princípio a administração pública pode rever seus
próprios atos e anulá-los por motivo de ilegalidade ou revogá-los por motivos de
conveniência e oportunidade. Para referendar esse pensamento, temos a Lei nº
9.784/99 e as súmulas 346 e 473 do STF que dizem:

MUDE SUA VIDA!


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LEI 9.784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.”

O professor Alexandre Mazza nos ensina:

“O princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração Pública


exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência funcional (art. 2º
da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para anular seus atos ilegais e
revogar os atos inconvenientes que pratica. Consiste no poder-dever de retirada de atos
administrativos por meio da anulação e da revogação. A anulação envolve problema de
legalidade, a revogação trata de mérito do ato.”
(Manual De Direito Administrativo -9ª edição; Alexandre Mazza; p. 207)

c) segurança jurídica.
Nosso gabarito, pois o princípio da segurança jurídica tem o aspecto objetivo de dar
estabilidade à relação jurídica. Decorrem desse princípio institutos como a decadência e a
consolidação dos efeitos dos atos praticados há muito tempo.

Segundo lição da professora Maria Silvia Zanella Di Pietro, temos a seguinte


observação sobre esse princípio:

“Para nós, a Administração tem, em regra, o dever de anular os atos ilegais, sob pena
de cair por terra o princípio da legalidade. No entanto, poderá deixar de fazê-lo, em
circunstâncias determinadas, quando o prejuízo resultante da anulação puder ser maior do
que o decorrente da manutenção do ato ilegal; nesse caso, é o interesse público que
norteará a decisão. Também têm aplicação os princípios da segurança jurídica nos
aspectos objetivo (estabilidade das relações jurídicas) e subjetivo (proteção à confiança) e
da boa-fé.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 523)

d) continuidade do serviço público.


Afirmativa errada, pois o princípio da continuidade do serviço público existe na ideia de
que os serviços públicos não podem ser interrompidos, ou seja, não deverão existir, via de
regra, paralisações em seu fornecimento por conta da própria natureza de utilidade e
comunidade que eles representam para a sociedade, uma parte da doutrina também o chama
de princípio da permanência.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO ........................................................................................................................................................ 10
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 11

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública.

Poder discricionário corresponde à prerrogativa do gestor público de avaliar a


conveniência e a oportunidade de praticar determinado ato administrativo.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública.

Ao exercer o poder regulamentar, a administração pública pode extrapolar os limites


do ato normativo primário, desde que o faça com vistas à finalidade pública.

Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública.

A administração pública exerce o poder disciplinar ao aplicar sanções, por exemplo, a


um motorista particular que dirige seu veículo em velocidade acima da máxima
permitida.

Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado

Julgue o seguinte item, a respeito dos poderes da administração pública.

No exercício do poder regulamentar, a administração pública não poderá contrariar a


lei.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


2
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5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado

Julgue o seguinte item, a respeito dos poderes da administração pública.

O poder hierárquico se manifesta no controle exercido pela administração pública direta


sobre as empresas públicas.

Certo ( ) Errado ( )

6. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Assistente Administrativo

No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item.

Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador público defina algum
aspecto do conteúdo ou do objeto do ato administrativo, há o exercício do poder
discricionário.

Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional

No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item.

O poder hierárquico diz respeito à possibilidade de dar ordens aos subordinados e de


controlar a atividade dos órgãos inferiores para verificar a legalidade de seus atos e o
cumprimento de suas obrigações.

Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional (+ provas)

No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item.

Os administradores públicos, em razão do dever de agir que se lhes impõe, têm a


faculdade de exercer suas prerrogativas na forma definida pelo ordenamento jurídico.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


3
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9. Ano: 2019Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo

Acerca dos poderes da Administração, julgue o item.

O poder discricionário não está totalmente imune ao controle jurisdicional, sendo


passível de verificação a adequação da escolha do administrador à finalidade do ato.

Certo ( ) Errado ( )

10. Ano: 2017 Banca: Quadrix Órgão: COFECI Prova: Auxiliar Administrativo
Acerca da organização administrativa da União, dos agentes públicos e dos poderes
administrativos, julgue o item a seguir.

O poder disciplinar é o poder conferido à Administração Pública de aplicar sanções e


penalidades aos servidores públicos ou aos particulares que celebrem contratos com o
Poder Público, não sendo possível a aplicação do poder disciplinar a servidores
aposentados.

Certo ( ) Errado ( )

11. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Procurador do Ministério Público de
Contas

Aplicação de multa à sociedade empresária em razão de descumprimento de contrato


administrativo celebrado por dispensa de licitação constitui manifestação do poder:

a) de polícia.

b) disciplinar.

c) hierárquico.

d) regulamentar.

e) vinculante.

MUDE SUA VIDA!


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12. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: Analista Judiciário - Direito

O conceito de subordinação, na Administração Pública, está diretamente ligado:

a) ao vínculo funcional entre o agente público e a Administração Pública, posto que


somente a relação de emprego pressupõe subordinação e vinculação.

b) à noção de poder normativo, posto que este é exercido pela autoridade mediante a
edição de atos destinados a instituir deveres e obrigações aos servidores que lhe são
subordinados.

c) ao poder disciplinar, cujo exercício é restrito aos servidores titulares de cargo efetivo
e diz respeito à correção de infrações disciplinares.

d) aos servidores não ocupantes de cargos efetivos, posto que estes são dotados de
autonomia no exercício de suas funções, não podendo sofrer ingerências externas.

e) à hierarquia que informa a organização administrativa, dela decorrendo o poder


disciplinar no que se refere a apurar e impor sanções pela prática de infrações
administrativas pelos servidores.

13. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Agente Fiscal
Tributário

A respeito dos poderes administrativos, assinale a alternativa correta.

a) O poder disciplinar autoriza que a Administração aplique sanções a particulares que


pratiquem infrações e que a ela estejam vinculados por um vínculo jurídico específico.

b) O poder hierárquico autoriza que a Administração Direta convalide os atos da


Administração Indireta, ainda que não haja lei específica autorizativa.

c) O ato administrativo que, decorrente do exercício do poder discricionário, mostrar-se


desproporcional deverá ser revogado.

d) O exercício do poder regulamentar, em regra, pode ser objeto de delegação


administrativa.

e) O conceito restrito do poder de polícia engloba o poder de exercer a atividade


legislativa de condicionar os direitos de liberdade e de propriedade para o atingimento
do interesse público.

MUDE SUA VIDA!


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14. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa

Quando o Executivo desempenha suas funções por meio do exercício do poder


regulamentar,

a) edita atos de caráter concreto e específico, passíveis de serem impugnados


individualmente.

b) pode inovar o ordenamento jurídico, desde que se esteja diante de lacunas legais em
matéria de interesse público.

c) deve observar os limites postos pela lei para explicitar os dispositivos desta,
detalhando, por exemplo, o procedimento de aplicação da norma regulamentada.

d) avoca competências típicas de poder de polícia, podendo instituir limitações aos


direitos dos particulares, em caráter isonômico.

e) edita atos administrativos de natureza vinculada, porque estes não podem desbordar
da lei à qual estão submetidos.

15. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador – BA Prova: Agente de Fiscalização
Municipal

O Decreto nº 29.921/18, editado pelo prefeito municipal de Salvador, regulamenta os


dispositivos da Lei Municipal nº 8.915/15 e dispõe sobre a Política Municipal de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e institui o Cadastro Municipal de Atividades
Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras de Recursos Naturais - CMAPD, no
município.

Pela leitura acima, diante da natureza e do objeto do citado decreto, é correto afirmar
que ele foi editado pelo prefeito com base no poder administrativo:

a) hierárquico, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a


prerrogativa de promover inovação no ordenamento em matérias de interesse local.

b) legislativo, na medida em que, como autoridade pública máxima em nível municipal,


a ele cabe editar os atos infraconstitucionais tendentes a tutelar o meio ambiente.

c) regulamentar, que é a prerrogativa de direito público que o autoriza a editar atos


gerais e abstratos para complementar a lei e permitir a sua efetiva execução.

d) disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa em nível municipal,
devendo praticar os atos normativos necessários para o atendimento do interesse
público.

e) avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a


prerrogativa de trazer para si a competência para disciplinar as matérias de interesse
local que configurem direitos fundamentais.

MUDE SUA VIDA!


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16. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi – SP Prova: Analista de Gestão de
Pessoas

O poder que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua
competência, estabelecendo os elementos e requisitos necessários à sua formalização,
denomina-se poder:

a) de polícia.

b) hierárquico.

c) vinculado.

d) discricionário.

e) regulamentar.

17. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: Assistente em Administração

Um servidor público de uma Instituição de Ensino deslocou-se, com o veículo da


Instituição, para uma cidade vizinha, para realizar um trabalho de campo com estreito
interesse público envolvido. Ao terminar o serviço na cidade vizinha antes do prazo
previsto, resolveu aproveitar o tempo vago para fazer um tour pela cidade, conhecendo
os pontos turísticos. O Gestor da Instituição de Ensino tomou conhecimento de tal
atitude e deverá aplicar uma sanção disciplinar ao servidor. Essa atitude da
administração pública está pautada em seu poder:

a) discricionário.

b) absoluto.

c) disciplinar.

d) normativo legal.

e) de polícia.

MUDE SUA VIDA!


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18. Ano: 2019Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: Assistente em Administração

Com o poder disciplinar atribuído à Administração Pública, busca-se punir seus agentes
pela prática de infrações de caráter funcional, com abrangência:

a) para sanções administrativas e penais.

b) apenas para sanções administrativas.

c) para sanções administrativas, penais e civis.

d) para sanções penais e civis.

e) apenas para sanções penais.

19. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Perito Oficial Criminal - Área 8

O desdobramento do Poder Hierárquico pelo qual o agente superior detém a


prerrogativa para o exercício de competência de atribuições originárias de seus
subalternos denomina-se:

a) Poder Disciplinar;
b) Avocação;
c) Delegação;
d) Subordinação;

e) Poder Regulamentar.

MUDE SUA VIDA!


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20. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social

Assinale a alternativa INCORRETA acerca dos poderes administrativos.


a) O poder regulamentar consiste na possibilidade de o chefe do Poder Executivo editar
atos administrativos gerais e abstratos, expedidos para dar fiel execução da lei.

b) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial.

c) O poder hierárquico é o poder de que dispõe a administração para organizar e


distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal.

d) O agente público incorre em desvio de poder quando, mesmo dentro de sua esfera de
competência, atua afastando-se do interesse público.

e) É possível que o agente administrativo avoque para a sua esfera decisória a prática de
ato de competência natural de outro agente de mesma hierarquia, para evitar a
ocorrência de decisões eventualmente contraditórias.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. CERTO
5. ERRADO
6. CERTO
7. CERTO
8. ERRADO
9. CERTO
10. ERRADO
11. D
12. E
13. A
14. C
15. C
16. C
17. C
18. B
19. B
20. E

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública.

Poder discricionário corresponde à prerrogativa do gestor público de avaliar a


conveniência e a oportunidade de praticar determinado ato administrativo.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Poder discricionário corresponde à prerrogativa do gestor público de


avaliar a conveniência e a oportunidade de praticar determinado ato
administrativo.
Opção correta, pois, na discricionariedade, o legislador atribui certa
competência à Administração Pública, reservando uma margem de liberdade para
que o agente público, diante da situação concreta, possa selecionar entre as opções
predefinidas qual a mais apropriada para defender o interesse público.

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa totalmente correta, segundo lição do grande mestre José dos Santos
Carvalho Filho, o Poder discricionário, portanto, é a prerrogativa concedida aos
agentes administrativos de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz
maior conveniência e oportunidade para o interesse público. Em outras palavras, não
obstante a discricionariedade constitua prerrogativa da Administração, seu objetivo
maior é o atendimento aos interesses da coletividade. Conveniência e oportunidade
são os elementos nucleares do poder discricionário. A primeira indica em que
condições vai se conduzir o agente; a segunda diz respeito ao momento em que a
atividade deve ser produzida. Registre-se, porém, que essa liberdade de escolha tem
que se conformar com o fim colimado na lei, pena de não ser atendido o objetivo
público da ação administrativa. Não obstante, o exercício da discricionariedade tanto
pode concretizar-se ao momento em que o ato é praticado, quanto, a posteriori, ao
momento em que a Administração decide por sua revogação.

MUDE SUA VIDA!


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2. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública.

Ao exercer o poder regulamentar, a administração pública pode extrapolar os limites


do ato normativo primário, desde que o faça com vistas à finalidade pública.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Ao exercer o poder regulamentar, a administração pública pode


extrapolar os limites do ato normativo primário, desde que o faça com vistas
à finalidade pública.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar é aquele que se manifesta através
do chefe do poder executivo para editar decretos que regulamentam as leis, seu
objetivo é dar fiel execução a ela. Ele não possui caráter originário, mas sim derivado,
portanto, o referido poder não tem a capacidade de inovar no mundo do direito,
ou seja, ele não pode criar novos direitos e novas obrigações.

SOLUÇÃO COMPLETA

Ao exercer o poder regulamentar, a administração pública pode extrapolar os


limites do ato normativo primário, desde que o faça com vistas à finalidade pública.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar é aquele que se manifesta através do
chefe do poder executivo para editar decretos que regulamentam as leis, seu objetivo é dar
fiel execução a ela. Na esfera federal temos o presidente; na esfera estadual temos o
governador; e na esfera municipal temos o prefeito.

Ele não possui caráter originário, mas sim derivado, portanto, o referido poder não tem
a capacidade de inovar no mundo do direito, ou seja, ele não pode criar novos direitos e
novas obrigações. Sua atuação deve se restringir a completar, complementar e explicar aquilo
que uma lei já trouxe ao mundo jurídico. Os atos administrativos normativos devem possuir
determinações gerais e abstratas.

O JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO nos ensina a seguinte lição:

“Sob o enfoque de que os atos podem ser originários e derivados, o poder


regulamentar é de natureza derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei
preexistente. Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando
diretamente da Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que só se considera poder
regulamentar típico a atuação administrativa de complementação de leis, ou atos análogos a
elas. Daí seu caráter derivado.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - José dos Santos Carvalho Filho; p.
146)

MUDE SUA VIDA!


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3. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública.

A administração pública exerce o poder disciplinar ao aplicar sanções, por exemplo, a


um motorista particular que dirige seu veículo em velocidade acima da máxima
permitida.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A administração pública exerce o poder disciplinar ao aplicar sanções,


por exemplo, a um motorista particular que dirige seu veículo em velocidade
acima da máxima permitida.
Afirmativa errada, pois o poder disciplinar é utilizado pela Administração para
punir INTERNAMENTE os seus servidores que cometem infrações funcionais e
particulares que com ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, e um
motorista particular não possui tal vínculo. No caso em tela, temos a aplicação do
poder de polícia administrativa.

SOLUÇÃO COMPLETA

A administração pública exerce o poder disciplinar ao aplicar sanções,


por exemplo, a um motorista particular que dirige seu veículo em velocidade
acima da máxima permitida.
Afirmativa errada, pois o poder disciplinar se manifesta quando a Administração
Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE os seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria e a cassação disponibilidade.

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

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4. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado

Julgue o seguinte item, a respeito dos poderes da administração pública.

No exercício do poder regulamentar, a administração pública não poderá contrariar a


lei.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

No exercício do poder regulamentar, a administração pública não


poderá contrariar a lei.
Afirmativa verdadeira, pois o poder regulamentar que é usado pelo chefe do
executivo existe para completar é complementar uma norma primária não tendo a
capacidade de inovar no mundo do direito.

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa verdadeira, pois o poder regulamentar é aquele que se manifesta


através do chefe do poder executivo para editar decretos que regulamentam as
leis, seu objetivo é dar fiel execução a ela. Ele não possui caráter originário, mas sim
derivado, portanto, o referido poder não tem a capacidade de inovar no mundo do
direito, ou seja, ele não pode criar novos direitos e novas obrigações.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina a seguinte lição:

“Insere-se, portanto, o poder regulamentar como uma das formas pelas quais
se expressa a função normativa do Poder Executivo. Pode ser definido como o que
cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar
normas complementares à lei, para sua fiel execução. Doutrinariamente, admitem-
se dois tipos de regulamentos: o regulamento executivo e o regulamento
independente ou autônomo. O primeiro complementa a lei ou, nos termos do artigo
84, IV, da Constituição, contém normas “para fiel execução da lei”; ele não pode
estabelecer normas contra legem ou ultra legem. Ele não pode inovar na ordem
jurídica, criando direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, até porque
ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei,
conforme artigo 5º, II, da Constituição; ele tem que se limitar a estabelecer normas
sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela Administração.”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 256)

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5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado

Julgue o seguinte item, a respeito dos poderes da administração pública.

O poder hierárquico se manifesta no controle exercido pela administração pública direta


sobre as empresas públicas.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O poder hierárquico se manifesta no controle exercido pela


administração pública direta sobre as empresas públicas.
Gabarito errado, pois não há o que se falar em poder hierárquico entre pessoas
jurídicas distintas pois ele só existirá dentro de uma personalidade jurídica, ou seja,
sempre que nos depararmos com a técnica administrativa da descentralização temos
o rompimento do poder hierárquico.

SOLUÇÃO COMPLETA

O poder hierárquico se manifesta no controle exercido pela


administração pública direta sobre as empresas públicas.
Gabarito errado, pois o Poder Hierárquico está pautado na existência de
escalonamento das posições entre os órgãos e agentes SEMPRE no âmbito de uma
mesma pessoa jurídica. Por ele é possível observamos a relação hierárquica, ou seja,
a relações entre superior e subordinado que são típicas na organização
administrativa.
Lembra o que estudamos na descentralização e desconcentração? Na
descentralização por outorga, passamos a titularidade e execução do serviço público
para uma pessoa jurídica da Administração Indireta mediante lei específica. Quando
realizamos a técnica de descentralização por delegação ou colaboração, passamos
apenas a execução do serviço público para um particular já existente mediante
contrato ou ato unilateral e que a desconcentração é uma divisão interna de
competências para melhorar o atendimento público sempre dentro de uma mesma
pessoa jurídica. Muito importante relembrar desse estudo porque o poder hierárquico
NÃO EXISTE na descentralização, ou seja, só temos o poder hierárquico manifestado
dentro de uma mesma pessoa jurídica (desconcentração).
E no caso em tela há uma descentralização por outorga pois temos de um lado
a administração pública direta e do outro com uma empresa pública (que é uma
pessoa jurídica integrante da administração indireta), portanto, não há o que se falar
em poder hierárquico, apenas em um vínculo jurídico chamado de SUPERVISÃO
MINISTERIAL, CONTROLE FINALÍSTICO OU TUTELA.

MUDE SUA VIDA!


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6. Ano: 2019Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Assistente Administrativo

No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item.

Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador público defina algum
aspecto do conteúdo ou do objeto do ato administrativo, há o exercício do poder
discricionário.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador


público defina algum aspecto do conteúdo ou do objeto do ato
administrativo, há o exercício do poder discricionário.
Opção correta, pois a discricionariedade não existe em todos os elementos dos
atos administrativos, apenas no tocante ao conteúdo ou objeto podemos falar
imagem de conveniência e oportunidade, lembrando que a discricionariedade existe
quando a lei reserva uma margem de liberdade para que o agente público. Diante da
situação concreta, selecione entre as opções predefinidas qual é a mais apropriada
para defender o interesse público.

SOLUÇÃO COMPLETA

Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador


público defina algum aspecto do conteúdo ou do objeto do ato
administrativo, há o exercício do poder discricionário.
A afirmativa está correta. Os atos administrativos possuem CINCO ELEMENTOS
também conhecidos como requisitos de validade, sendo três sempre vinculados
(competência, finalidade e forma) e dois deles podendo ser vinculados OU
discricionários. São eles o motivo ou o objeto (ou conteúdo). Abaixo coloco de
forma sistematizada esta informação:

COMPETÊNCIA: elemento vinculado;


FINALIDADE: elemento vinculado;
FORMA: elemento vinculado;
MOTIVO: elemento que pode ser vinculado OU discricionário;
OBJETO: elemento que pode ser vinculado OU discricionário.

Dessa forma, ao analisarmos o enunciado da questão, podemos assinalar como


correta pois, de fato, no tocante ao conteúdo ou objeto, temos a possibilidade de
termos margem de escolha ao se praticar determinado ato administrativo.

MUDE SUA VIDA!


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7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional

No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item.

O poder hierárquico diz respeito à possibilidade de dar ordens aos subordinados e de


controlar a atividade dos órgãos inferiores para verificar a legalidade de seus atos e o
cumprimento de suas obrigações.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O poder hierárquico diz respeito à possibilidade de dar ordens aos


subordinados e de controlar a atividade dos órgãos inferiores para verificar a
legalidade de seus atos e o cumprimento de suas obrigações.
Gabarito certo, pois temos no enunciado da questão de fato o conceito do poder
hierárquico que em outras palavras está pautado na existência de escalonamento das posições
entre os órgãos e agentes sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.

SOLUÇÃO COMPLETA

O poder hierárquico diz respeito à possibilidade de dar ordens aos


subordinados e de controlar a atividade dos órgãos inferiores para verificar a
legalidade de seus atos e o cumprimento de suas obrigações.
Afirmativa correta. Poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é o de
que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever
a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do
seu quadro de pessoal”.

Na lição do professor Alexandre Mazza, o poder hierárquico é um poder interno e


permanente exercido pelos chefes de repartição sobre seus agentes subordinados e pela
administração central em relação aos órgãos públicos consistente nas atribuições de comando,
chefia e direção dentro da estrutura administrativa.

De Acordo com a professora Ana Cláudia Campos, o poder hierárquico é interno, pois
decorre de uma distribuição de funções dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica,
ocorrendo tanto nas pessoas pertencentes à Administração Direta (União, estados, Distrito
Federal e municípios) quanto naquelas que compõem a Administração Indireta (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista). Portanto, algo já fica
claro: não existe poder hierárquico entre o Poder Público e os particulares. Isso ocorre por
uma razão muito simples, os particulares mantêm uma relação externa, e não interna, com a
Administração. Além de interno, o poder hierárquico é também permanente, já que se aplica
do início ao fim da vida funcional dos servidores. Em outras palavras, durante toda a sua
jornada, os agentes públicos estarão submetidos à hierarquia administrativa.

MUDE SUA VIDA!


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8. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Fiscal Regional (+ provas)

No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item.

Os administradores públicos, em razão do dever de agir que se lhes impõe, têm a


faculdade de exercer suas prerrogativas na forma definida pelo ordenamento jurídico.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os administradores públicos, em razão do dever de agir que se lhes


impõe, têm a faculdade de exercer suas prerrogativas na forma definida pelo
ordenamento jurídico.
Afirmativa errada, pois o poder-dever de agir tem para o agente público o
significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de
que quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo, e não uma mera
faculdade.

SOLUÇÃO COMPLETA

Os administradores públicos, em razão do dever de agir que se lhes


impõe, têm a faculdade de exercer suas prerrogativas na forma definida pelo
ordenamento jurídico.
A afirmativa se encontra errada. A doutrina administrativista enumera como
alguns dos principais deveres impostos aos agentes administrativos pelo
ordenamento jurídico, são eles:
a) poder-dever de agir;
b) dever de eficiência;
c) dever de probidade;
d) dever de prestar contas.

No tocante ao poder-dever de agir, os professores Marcelo Alexandrino e


Vicente Paulo ensinam que tal poder-dever significa dizer que as competências
administrativas, por serem conferidas visando ao atingimento de fins públicos,
implicam ao mesmo tempo um poder para desempenhar as correspondentes funções
públicas e um dever de exercício dessas funções. Enquanto no direito privado o poder
de agir é mera faculdade, no direito administrativo é uma imposição, um dever de
exercício das competências, de que o agente público não pode dispor.

MUDE SUA VIDA!


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9. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo

Acerca dos poderes da Administração, julgue o item.

O poder discricionário não está totalmente imune ao controle jurisdicional, sendo


passível de verificação a adequação da escolha do administrador à finalidade do ato.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O poder discricionário não está totalmente imune ao controle


jurisdicional, sendo passível de verificação a adequação da escolha do
administrador à finalidade do ato.
Afirmativa está correta porque um ato praticado pautado no poder discricionário
não está isento do controle jurisdicional, pois o judiciário pode analisar a legalidade
desse ato, o que é vedada é a análise do mérito. Sendo assim, é possível análise
jurisdicional de um ato discricionário pautado nós princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

O poder discricionário não está totalmente imune ao controle


jurisdicional, sendo passível de verificação a adequação da escolha do
administrador à finalidade do ato.
Afirmativa está correta. O poder discricionário permite que a administração
pública pratique atos dentro de uma certa margem de escolha que a própria lei traz,
porém, nos termos da Lei 9.784/99, em seu artigo 2º, parágrafo único, temos a
seguinte redação:

Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da


legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros,


os critérios de:

VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,


restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público.

Ou seja, os limitadores da discricionariedade são os princípios da razoabilidade


e o da proporcionalidade que, por sua vez, são abalizados com a nossa Constituição
federal de 1988 em seu artigo 5º inciso XXXV, que diz:

MUDE SUA VIDA!


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“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.”

Lembrando que o poder judiciário não pode adentrar no mérito do ato


administrativo, mas ele poderá mediante provocação analisar se este mesmo ato foi
praticado dentro da razoabilidade e da proporcionalidade.

10. Ano: 2017 Banca: Quadrix Órgão: COFECI Prova: Auxiliar Administrativo
Acerca da organização administrativa da União, dos agentes públicos e dos poderes
administrativos, julgue o item a seguir.

O poder disciplinar é o poder conferido à Administração Pública de aplicar sanções e


penalidades aos servidores públicos ou aos particulares que celebrem contratos com o
Poder Público, não sendo possível a aplicação do poder disciplinar a servidores
aposentados.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O poder disciplinar é o poder conferido à Administração Pública de


aplicar sanções e penalidades aos servidores públicos ou aos particulares
que celebrem contratos com o Poder Público, não sendo possível a aplicação
do poder disciplinar a servidores aposentados.
Afirmativa errada, pois os servidores aposentados também podem sofrer a
incidência do poder disciplinar. Temos como exemplo na cassação de aposentadoria
descrito na Lei 8112/9, estatuto do servidor público federal.

SOLUÇÃO COMPLETA

O poder disciplinar é o poder conferido à Administração Pública de


aplicar sanções e penalidades aos servidores públicos ou aos particulares
que celebrem contratos com o Poder Público, não sendo possível a
aplicação do poder disciplinar a servidores aposentados.
Afirmativa errada, pois os servidores aposentados também podem sofrer a
incidência do poder disciplinar. Temos como exemplo na cassação de aposentadoria
descrito na Lei 8112/90, que é o estatuto do servidor público federal. Seguem os
artigos referentes ao instituto:

LEI 8.112/90

Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou
que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta
dias para quitar o débito.

MUDE SUA VIDA!


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Art. 110. O direito de requerer prescreve:


I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;

Art. 127. São penalidades disciplinares:


I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

Art. 133
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena
de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em
relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal,
hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.

Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que


houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:


I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se
tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;

Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:


I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação
de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
obrigatória a instauração de processo disciplinar.

Art. 167 §3º. Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata
o inciso I do art. 141.

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11. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Procurador do Ministério Público de
Contas

Aplicação de multa à sociedade empresária em razão de descumprimento de contrato


administrativo celebrado por dispensa de licitação constitui manifestação do poder:

a) de polícia.

b) disciplinar.

c) hierárquico.

d) regulamentar.

e) vinculante.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) de polícia.
de polícia. Afirmativa errada, pois, diante do caso exposto no enunciado da
questão, observamos um vínculo jurídico específico existente entre particular e
administração. Nesta situação, temos atuação do poder disciplinar.

b) disciplinar.
Nossa gabarito, pois realmente, ao se observar a multa aplicada a uma
sociedade empresária que possua um vínculo jurídico específico com a administração
pública, teremos a manifestação clara de poder disciplinar.

c) hierárquico.
hierárquico. Afirmativa errada, pois não existe hierarquia entre a administração
pública e os particulares mesmo que exista um vínculo jurídico específico entre eles.

d) regulamentar.
regulamentar. Afirmativa errada, pois o poder regulamentar é usado para a
edição de atos normativos pelo chefe do executivo para completar a lei.

e) vinculante.
vinculante. Afirmativa errada, pois o poder vinculado é aquele que a
administração atua sem margem de escolha.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

a) de polícia.
Opção errada, pois o Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a administração
pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens atividades e
direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

b) disciplinar.

Afirmativa correta, pois, ao se aplicar uma multa administrativa a uma sociedade


empresária que possui um vínculo jurídico específico com a administração, descartamos
a incidência do poder de polícia e temos a manifestação do poder disciplinar.

O poder disciplinar se manifesta quando a Administração Pública aplica sanções a


duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE aos seus


servidores que cometem infrações funcionais, como por exemplo: advertência;
suspensão; demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo
comissionado; cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade.

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com ela


possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

c) hierárquico.
Opção errada, pois o Poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é o
de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar
e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal”.

d) regulamentar.
Opção errada, pois o poder regulamentar é aquele que se manifesta através do
chefe do poder executivo para editar decretos que regulamentam as leis. Seu objetivo
é dar fiel execução a ela. Ele não possui caráter originário, mas sim derivado, portanto,
o referido poder não tem a capacidade de inovar no mundo do direito, ou seja, ele não
pode criar novos direitos e novas obrigações.

e) vinculante.
Opção errada, pois poder vinculado é o poder de praticar atos vinculados, nesse
caso não existe a chamada liberdade de atuação por parte do administrador. Alguns
doutrinadores entendem ser mais um dever do que um poder propriamente dito. Porém,
em que pese encontrarmos divergências na doutrina, leve para as provas de concurso
esse entendimento.

MUDE SUA VIDA!


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12. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: Analista Judiciário - Direito

O conceito de subordinação, na Administração Pública, está diretamente ligado:

a) ao vínculo funcional entre o agente público e a Administração Pública, posto que


somente a relação de emprego pressupõe subordinação e vinculação.

b) à noção de poder normativo, posto que este é exercido pela autoridade mediante a
edição de atos destinados a instituir deveres e obrigações aos servidores que lhe são
subordinados.

c) ao poder disciplinar, cujo exercício é restrito aos servidores titulares de cargo efetivo
e diz respeito à correção de infrações disciplinares.

d) aos servidores não ocupantes de cargos efetivos, posto que estes são dotados de
autonomia no exercício de suas funções, não podendo sofrer ingerências externas.

e) à hierarquia que informa a organização administrativa, dela decorrendo o poder


disciplinar no que se refere a apurar e impor sanções pela prática de infrações
administrativas pelos servidores.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) ao vínculo funcional entre o agente público e a Administração


Pública, posto que somente a relação de emprego pressupõe subordinação
e vinculação.
ao vínculo funcional entre o agente público e a Administração pública, posto
que somente a relação de emprego pressupõe subordinação e vinculação. A relação
de hierarquia não se limita aos empregados públicos, ocorrendo, ainda, no vínculo
dos servidores estatutários e na própria organização da Administração.

b) à noção de poder normativo, posto que este é exercido pela


autoridade mediante a edição de atos destinados a instituir deveres e
obrigações aos servidores que lhe são subordinados.
à noção de poder normativo, posto que este é exercido pela autoridade
mediante a edição de atos destinados a instituir deveres e obrigações aos servidores
que lhe são subordinados. A afirmativa errada, pois o poder normativo é feito para
editar normas gerais e abstratas a toda coletividade, e não aos servidores.

c) ao poder disciplinar, cujo exercício é restrito aos servidores titulares


de cargo efetivo e diz respeito à correção de infrações disciplinares.
ao poder disciplinar, cujo exercício é restrito aos servidores titulares de cargo
efetivo e diz respeito à correção de infrações disciplinares. Afirmativa errada, pois o
poder disciplinar pode ser usado para penalizar particulares que possuam com o
estado o vínculo jurídico específico.

MUDE SUA VIDA!


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d) aos servidores não ocupantes de cargos efetivos, posto que estes


são dotados de autonomia no exercício de suas funções, não podendo sofrer
ingerências externas.
aos servidores não ocupantes de cargos efetivos, posto que estes são dotados
de autonomia no exercício de suas funções, não podendo sofrer ingerências externas.
Afirmativa errada, pois tanto os servidores comissionados como efetivos estão
submetidos a uma hierarquia, podendo sofrer a incidência do poder hierárquico e
também disciplinar.

e) à hierarquia que informa a organização administrativa, dela


decorrendo o poder disciplinar no que se refere a apurar e impor sanções
pela prática de infrações administrativas pelos servidores.
Afirmativa correta, pois a subordinação está vinculada ao poder hierárquico
existente sempre dentro de uma só pessoa jurídica. De acordo com a doutrina,
decorre dele o poder disciplinar que se manifesta na aplicação de penalidade a
servidores faltosos e particulares com vínculo jurídico específico que transgridam a
norma imposta pela própria administração.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) ao vínculo funcional entre o agente público e a Administração


pública, posto que somente a relação de emprego pressupõe subordinação
e vinculação.
Afirmativa errada, pois temos a subordinação também manifestada nos vários
cargos públicos, sejam cargos efetivos ou comissionados, também os estagiários que
nas várias repartições públicas existentes no Brasil.

b) à noção de poder normativo, posto que este é exercido pela


autoridade mediante a edição de atos destinados a instituir deveres e
obrigações aos servidores que lhe são subordinados.
Afirmativa errada, pois os atos pelos quais a Administração exerce o seu poder
normativo têm em comum com a lei o fato de emanarem normas, ou seja, atos com
efeitos gerais e abstratos, ou seja, são destinados a uma coletividade
indeterminada.

c) ao poder disciplinar, cujo exercício é restrito aos servidores titulares


de cargo efetivo e diz respeito à correção de infrações disciplinares.
Afirmativa errada, pois o poder disciplinar se manifesta quando a Administração
Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE aos seus


servidores que cometem infrações funcionais, como por exemplo: advertência;
suspensão; demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo
comissionado; cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade.

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:

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• Estudantes de escola pública;


• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

d) aos servidores não ocupantes de cargos efetivos, posto que estes


são dotados de autonomia no exercício de suas funções, não podendo sofrer
ingerências externas.
Afirmativa errada, quando a opção fala em servidores não ocupantes de cargos
efetivo está se referindo aos ocupantes de cargo em comissão. Sobre eles também
incidem o poder disciplinar e podem sim sofrer ingerências externas, como podem
sofrer a destituição de seus cargos comissionados.

e) à hierarquia que informa a organização administrativa, dela


decorrendo o poder disciplinar no que se refere a apurar e impor sanções
pela prática de infrações administrativas pelos servidores.
Afirmativa correta e é o nosso gabarito, porque de fato a subordinação advém
da hierarquia existente dentro de uma pessoa jurídica. Segundo os professores
Marcelo Alexandrino e Vicente de Paulo, quando a administração aplica uma sanção
disciplinar a um agente público, essa atuação decorre imediatamente do poder
disciplinar e mediatamente do poder hierárquico. Vale dizer, o poder disciplinar,
nesses casos, deriva do hierárquico.

13. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Agente Fiscal
Tributário

A respeito dos poderes administrativos, assinale a alternativa correta.

a) O poder disciplinar autoriza que a Administração aplique sanções a particulares que


pratiquem infrações e que a ela estejam vinculados por um vínculo jurídico específico.

b) O poder hierárquico autoriza que a Administração Direta convalide os atos da


Administração Indireta, ainda que não haja lei específica autorizativa.

c) O ato administrativo que, decorrente do exercício do poder discricionário, mostrar-se


desproporcional deverá ser revogado.

d) O exercício do poder regulamentar, em regra, pode ser objeto de delegação


administrativa.

e) O conceito restrito do poder de polícia engloba o poder de exercer a atividade


legislativa de condicionar os direitos de liberdade e de propriedade para o atingimento
do interesse público.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) O poder disciplinar autoriza que a Administração aplique sanções a


particulares que pratiquem infrações e que a ela estejam vinculados por um
vínculo jurídico específico.
Nosso gabarito, pois, de fato, o poder disciplinar pode alcançar particulares que
pratiquem infrações e que a ela estejam vinculados por um vínculo jurídico específico,
como é o exemplo da aplicação de advertência, multa, suspensão temporária de
contratação e declaração de inidoneidade.

b) O poder hierárquico autoriza que a Administração Direta convalide


os atos da Administração Indireta, ainda que não haja lei específica
autorizativa.
O poder hierárquico autoriza que a Administração Direta convalide os atos da
Administração Indireta, ainda que não haja lei específica autorizativa. Afirmativa
Errada, pois não há poder hierárquico entre Administração Direta e Administração
Indireta.

c) O ato administrativo que, decorrente do exercício do poder


discricionário, mostrar-se desproporcional deverá ser revogado.
O ato administrativo que, decorrente do exercício do poder discricionário,
mostrar-se desproporcional deverá ser revogado. Afirmativa errada, pois o referido
ato deverá ser, via de regra, anulado.

d) O exercício do poder regulamentar, em regra, pode ser objeto de


delegação administrativa.
O exercício do poder regulamentar, em regra, pode ser objeto de delegação
administrativa. Afirmativa errada nos termos do artigo 13 da Lei 9.784/99, que diz
que não podem ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo.

e) O conceito restrito do poder de polícia engloba o poder de exercer


a atividade legislativa de condicionar os direitos de liberdade e de
propriedade para o atingimento do interesse público.
O conceito restrito do poder de polícia engloba o poder de exercer a atividade
legislativa de condicionar os direitos de liberdade e de propriedade para o
atingimento do interesse público. Afirmativa errada, pois ao englobar o poder de
exercer a atividade legislativa temos o conceito de poder de polícia AMPLO.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) O poder disciplinar autoriza que a Administração aplique sanções a


particulares que pratiquem infrações e que a ela estejam vinculados por um
vínculo jurídico específico.
Afirmativa totalmente correta, pois o poder disciplinar se manifesta quando a
Administração Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE os seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria e a cassação disponibilidade.

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

b) O poder hierárquico autoriza que a Administração Direta convalide


os atos da Administração Indireta, ainda que não haja lei específica
autorizativa.
Opção errada, porque o poder hierárquico está pautado na existência de
escalonamento das posições entre os ÓRGÃOS E AGENTES sempre no âmbito de uma
mesma pessoa jurídica. Por ele, é possível observarmos a relação hierárquica, ou
seja, as relações entre superior e subordinado que são típicas na organização
administrativa. É muito importante memorizar que o poder hierárquico NÃO EXISTE
entre Administração Direta e Administração Indireta, ou seja, só temos o poder
hierárquico manifestado dentro de uma mesma pessoa jurídica (desconcentração).

c) O ato administrativo que, decorrente do exercício do poder


discricionário, mostrar-se desproporcional deverá ser revogado.
Afirmativa errada, pois um ato administrativo que seja desproporcional ou
desarrazoado não pode simplesmente ser revogado. A revogação é a retirada de um
ato válido e legal, mas que deixou de ser oportuno. Um ato desproporcional não é
inoportuno, mas sim ilegal, devendo ser, portanto, anulado.
A anulação é a declaração de invalidade de um ato administrativo ILEGÍTIMO
ou ILEGAL, feita pela administração ou pelo PODER JUDICIÁRIO por motivo de
Ilegitimidade ou Ilegalidade.

d) O exercício do poder regulamentar, em regra, pode ser objeto de


delegação administrativa.
A assertiva está errada, pois a regra é justamente o oposto, ou seja, a
indelegabilidade.

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A Lei 9.784/99 em seu artigo 13 nos diz:

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

e) O conceito restrito do poder de polícia engloba o poder de exercer a


atividade legislativa de condicionar os direitos de liberdade e de propriedade
para o atingimento do interesse público.
A assertiva está errada, pois o conceito apresentado pela opção guarda relação
com o SENTIDO AMPLO, que vai abranger tanto a atuação do poder legislativo quanto
ele criar leis, como a atuação administrativa, que ficará responsável por regular e
executar as referidas leis feitas pelo legislativo, pensando na limitação e
condicionamento dos bens de natureza particular em prol da coletividade. No sentido
restrito, temos o poder de polícia somente na atuação administrativa em que teremos
os órgãos com competência de executar aquilo que a lei traz como atuação de polícia.

14. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa

Quando o Executivo desempenha suas funções por meio do exercício do poder


regulamentar,

a) edita atos de caráter concreto e específico, passíveis de serem impugnados


individualmente.

b) pode inovar o ordenamento jurídico, desde que se esteja diante de lacunas legais em
matéria de interesse público.

c) deve observar os limites postos pela lei para explicitar os dispositivos desta,
detalhando, por exemplo, o procedimento de aplicação da norma regulamentada.

d) avoca competências típicas de poder de polícia, podendo instituir limitações aos


direitos dos particulares, em caráter isonômico.

e) edita atos administrativos de natureza vinculada, porque estes não podem desbordar
da lei à qual estão submetidos.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) edita atos de caráter concreto e específico, passíveis de serem


impugnados individualmente.
edita atos de caráter concreto e específico, passíveis de serem impugnados
individualmente. Afirmativa errada, pois os atos derivados do poder regulamentar
possuem generalidade e abstração e não podem ser impugnados individualmente.

b) pode inovar o ordenamento jurídico, desde que se esteja diante de


lacunas legais em matéria de interesse público.
pode inovar o ordenamento jurídico, desde que se esteja diante de lacunas
legais em matéria de interesse público. Afirmativa errada, pois o poder regulamentar
não detém a capacidade de inovar o ordenamento jurídico.

c) deve observar os limites postos pela lei para explicitar os


dispositivos desta, detalhando, por exemplo, o procedimento de aplicação
da norma regulamentada.
Nosso gabarito, pois, de fato, o poder regulamentar não tem caráter originário,
mas sim derivado, portanto, o referido poder não tem a capacidade de inovar no
mundo do direito, ou seja, ele não pode criar novos direitos e novas obrigações.

d) avoca competências típicas de poder de polícia, podendo instituir


limitações aos direitos dos particulares, em caráter isonômico.
avoca competências típicas de poder de polícia, podendo instituir limitações aos
direitos dos particulares, em caráter isonômico. Afirmativa errada, pois o poder
regulamentar destina-se a explicitar o teor das leis, preparando sua execução,
completando-as, se for o caso.

e) edita atos administrativos de natureza vinculada, porque estes não


podem desbordar da lei à qual estão submetidos.
edita atos administrativos de natureza vinculada, porque estes não podem
desbordar da lei à qual estão submetidos. Afirmativa errada, pois a opção guarda
relação com a manifestação do poder vinculado.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) edita atos de caráter concreto e específico, passíveis de serem


impugnados individualmente.
Afirmativa errada, pois os atos derivados do poder regulamentar possuem
generalidade e abstração e não podem ser impugnados individualmente. O professor
Alexandre Mazza nos ensina que o poder regulamentar consiste na possibilidade de os
Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e
concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. O poder regulamentar enquadra-se
em uma categoria mais ampla denominada poder normativo, que inclui todas as
diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos, instruções,
deliberações, resoluções e portarias.

MUDE SUA VIDA!


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b) pode inovar o ordenamento jurídico, desde que se esteja diante de


lacunas legais em matéria de interesse público.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar não detém a capacidade de inovar o
ordenamento jurídico. A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao lecionar sobre
o poder regulamentar, afirma:
“ Ele não pode inovar na ordem jurídica, criando direitos, obrigações, proibições,
medidas punitivas, até porque ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei, conforme artigo 5º, II, da Constituição; ele tem que se
limitar a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela
Administração.”

c) deve observar os limites postos pela lei para explicitar os dispositivos


desta, detalhando, por exemplo, o procedimento de aplicação da norma
regulamentada.
Nosso gabarito, pois, de fato, o poder regulamentar não possui caráter originário,
mas sim derivado, portanto, o referido poder não tem a capacidade de inovar no mundo
do direito, ou seja, ele não pode criar novos direitos e novos obrigações.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina a seguinte lição:
“Insere-se, portanto, o poder regulamentar como uma das formas pelas quais se
expressa a função normativa do Poder Executivo. Pode ser definido como o que cabe ao
Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas
complementares à lei, para sua fiel execução. Doutrinariamente, admitem-se dois tipos
de regulamentos: o regulamento executivo e o regulamento independente ou autônomo.
O primeiro complementa a lei ou, nos termos do artigo 84, IV, da Constituição, contém
normas ‘para fiel execução da lei’; ele não pode estabelecer normas contra legem ou ultra
legem. Ele não pode inovar na ordem jurídica, criando direitos, obrigações, proibições,
medidas punitivas, até porque ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei, conforme artigo 5º, II, da Constituição; ele tem que se
limitar a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela
Administração.”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 256)

d) avoca competências típicas de poder de polícia, podendo instituir


limitações aos direitos dos particulares, em caráter isonômico.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das
leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Ele não pode dispor
sobre limitações de direitos, justamente porque não podem inovar no nosso
ordenamento jurídico.

e) edita atos administrativos de natureza vinculada, porque estes não


podem desbordar da lei à qual estão submetidos.
Afirmativa errada, pois a opção guarda relação com a manifestação do poder
vinculado. Temos a manifestação do poder vinculado quando a lei atribui determinada
competência definindo todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir
margem de liberdade para o agente público escolher a melhor forma de agir. Onde
houver vinculação, o agente público é um simples executor da vontade legal. O ato
resultante do exercício dessa competência é denominado de ato vinculado.

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15. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador – BA Prova: Agente de Fiscalização
Municipal

O Decreto nº 29.921/18, editado pelo prefeito municipal de Salvador, regulamenta os


dispositivos da Lei Municipal nº 8.915/15 e dispõe sobre a Política Municipal de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e institui o Cadastro Municipal de Atividades
Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras de Recursos Naturais - CMAPD, no
município.

Pela leitura acima, diante da natureza e do objeto do citado decreto, é correto afirmar
que ele foi editado pelo prefeito com base no poder administrativo:

a) hierárquico, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a


prerrogativa de promover inovação no ordenamento em matérias de interesse local.

b) legislativo, na medida em que, como autoridade pública máxima em nível municipal,


a ele cabe editar os atos infraconstitucionais tendentes a tutelar o meio ambiente.

c) regulamentar, que é a prerrogativa de direito público que o autoriza a editar atos


gerais e abstratos para complementar a lei e permitir a sua efetiva execução.

d) disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa em nível municipal,
devendo praticar os atos normativos necessários para o atendimento do interesse
público.

e) avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a


prerrogativa de trazer para si a competência para disciplinar as matérias de interesse
local que configurem direitos fundamentais.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) hierárquico, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder


Executivo, tem a prerrogativa de promover inovação no ordenamento em
matérias de interesse local.
hierárquico, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a
prerrogativa de promover inovação no ordenamento em matérias de interesse local.
Afirmativa errada, pois o que temos em tela é a manifestação do poder regulamentar
e não hierárquico.

b) legislativo, na medida em que, como autoridade pública máxima em


nível municipal, a ele cabe editar os atos infraconstitucionais tendentes a
tutelar o meio ambiente.
legislativo, na medida em que, como autoridade pública máxima em nível
municipal, a ele cabe editar os atos infraconstitucionais tendentes a tutelar o meio
ambiente. Afirmativa errada, pois o que temos em tela é a manifestação do poder
regulamentar e não legislativo.

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c) regulamentar, que é a prerrogativa de direito público que o autoriza


a editar atos gerais e abstratos para complementar a lei e permitir a sua
efetiva execução.
Nosso gabarito, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das
leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Do exercício do poder
regulamentar resulta a expedição de regulamentos, veiculados por meio de decretos.
Trata-se dos chamados regulamentos de execução, de competência privativa do
Chefe do Executivo, são atos administrativos que estabelecem normas gerais.

d) disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa


em nível municipal, devendo praticar os atos normativos necessários para o
atendimento do interesse público.
disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa em nível
municipal, devendo praticar os atos normativos necessários para o atendimento do
interesse público. Afirmativa errada, pois o poder disciplinar é utilizado para aplicar
sanções a servidores públicos e particulares que possuam um vínculo jurídico
específico com a administração.

e) avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder


Executivo, tem a prerrogativa de trazer para si a competência para
disciplinar as matérias de interesse local que configurem direitos
fundamentais.
avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a
prerrogativa de trazer para si a competência para disciplinar as matérias de interesse
local que configurem direitos fundamentais. Afirmativa errada, pois o que temos em
tela é a manifestação do poder regulamentar. A avocação decorre do poder
hierárquico.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) hierárquico, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder


Executivo, tem a prerrogativa de promover inovação no ordenamento em
matérias de interesse local.
Afirmativa errada, pois o que temos em tela é a manifestação do poder
regulamentar e não hierárquico. Outra informação importante é que o poder
regulamentar não tem o condão de inovar no mundo jurídico.

b) legislativo, na medida em que, como autoridade pública máxima em


nível municipal, a ele cabe editar os atos infraconstitucionais tendentes a
tutelar o meio ambiente.
Afirmativa errada, pois o que temos em tela é a manifestação do poder
regulamentar e não legislativo. O poder legiferante pertence de forma preponderante
ao legislativo, o judiciário e o executivo só podem exercê-lo de forma atípica.
c) regulamentar, que é a prerrogativa de direito público que o autoriza
a editar atos gerais e abstratos para complementar a lei e permitir a sua
efetiva execução.

MUDE SUA VIDA!


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Nosso gabarito, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das


leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Do exercício do poder
regulamentar resulta a expedição de regulamentos, veiculados por meio de decretos.
Trata-se dos chamados regulamentos de execução, de competência privativa do
Chefe do Executivo, são atos administrativos que estabelecem normas gerais.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina a seguinte lição:

“Insere-se, portanto, o poder regulamentar como uma das formas pelas


quais se expressa a função normativa do Poder Executivo. Pode ser definido como o
que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de
editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. Doutrinariamente,
admitem-se dois tipos de regulamentos: o regulamento executivo e o regulamento
independente ou autônomo. O primeiro complementa a lei ou, nos termos do artigo
84, IV, da Constituição, contém normas ‘para fiel execução da lei’; ele não pode
estabelecer normas contra legem ou ultra legem. Ele não pode inovar na ordem
jurídica, criando direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, até porque
ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei,
conforme artigo 5º, II, da Constituição; ele tem que se limitar a estabelecer normas
sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela Administração.”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 256)

d) disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa


em nível municipal, devendo praticar os atos normativos necessários para o
atendimento do interesse público.
Afirmativa errada, pois o poder disciplinar se manifesta quando a Administração
Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE aos seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade.

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

e) avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder


Executivo, tem a prerrogativa de trazer para si a competência para
disciplinar as matérias de interesse local que configurem direitos
fundamentais.
Afirmativa errada, pois o que temos em tela é a manifestação do poder
regulamentar. A avocação decorre do poder hierárquico.

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A avocação seria o instituto pelo qual um superior hierárquico chama para si


uma competência originária de um órgão subalterno. Ela transfere o exercício da
competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia hierárquica. Pela
própria natureza do instituto, faz-se necessária de fato a hierarquia. Podemos citar
como exemplo o próprio governador avocando a competência de um secretário de
segurança ou de chefe de polícia. Imagine você, policial civil, que está abaixo do
delegado na cadeia hierárquica: você não pode avocar uma competência do delegado
para fazer o inquérito policial, mas é possível que um superior hierárquico do
delegado avoque uma competência dele, desde que essa competência não seja
exclusiva.

16. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi – SP Prova: Analista de Gestão de
Pessoas

O poder que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua
competência, estabelecendo os elementos e requisitos necessários à sua formalização,
denomina-se poder:

a) de polícia.

b) hierárquico.

c) vinculado.

d) discricionário.

e) regulamentar.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) de polícia.
de polícia. Afirmativa errada, pois o Poder de polícia no conceito de Hely Lopes
Meirelles é a faculdade de que dispõe a administração pública para CONDICIONAR E
RESTRINGIR O USO de gozo de bens atividades e direitos individuais em benefício
da coletividade ou do próprio Estado.

b) hierárquico.
hierárquico. Afirmativa errada, pois Poder hierárquico, no magistério de Hely
Lopes Meirelles, “é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções
de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação
de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal”.

MUDE SUA VIDA!


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c) vinculado.
Nosso gabarito. Temos a manifestação do poder vinculado quando a lei atribui
determinada competência definindo todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem
atribuir margem de liberdade para o agente público escolher a melhor forma de agir.

d) discricionário.
discricionário. Afirmativa errada, pois a manifestação do poder discricionário
está intrinsecamente ligada à capacidade que a máquina pública tem de praticar os
atos com margem de conveniência oportunidade também chamado de mérito.

e) regulamentar.
regulamentar. Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se a
explicitar o teor das leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) de polícia.
Afirmativa errada, pois o poder de polícia é aquele que serve para condicionar,
limitar e restringir o uso, gozo e fruição de direitos individuais e bens de natureza
particular em prol da coletividade.
Sua base legal se encontra no artigo 78 do código tributário nacional e sua
existência serve para o pagamento de um tributo chamado de TAXA.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou Liberdade, regula a prática do ato ou
abstenção do fato em razão do interesse público concernente à segurança à higiene
à ordem aos costumes à disciplina da proteção e do mercado ao exercício das
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público a
tranquila pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

b) hierárquico.
Opção errada, porque o poder hierárquico está pautado na existência de
escalonamento das posições entre os ÓRGÃOS E AGENTES sempre no âmbito de uma
mesma pessoa jurídica. Por ele, é possível observamos a relação hierárquica, ou seja,
a relações entre superior e subordinado que são típicas na organização
administrativa. É muito importante memorizar que o poder hierárquico NÃO EXISTE
entre Administração Direta e Administração Indireta, ou seja, só temos o poder
hierárquico manifestado dentro de uma mesma pessoa jurídica (desconcentração).

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c) vinculado.
Nosso gabarito. A opção guarda relação com a manifestação do poder
vinculado. Temos a manifestação do poder vinculado quando a lei atribui determinada
competência definindo todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir
margem de liberdade para o agente público escolher a melhor forma de agir. Onde
houver vinculação, o agente público é um simples executor da vontade legal. O ato
resultante do exercício dessa competência é denominado de ato vinculado.
d) discricionário.
Afirmativa errada, pois a manifestação do poder discricionário está
intrinsecamente ligada à capacidade que a máquina pública tem de praticar os atos
COM MARGEM DE CONVENIÊNCIA OPORTUNIDADE, também chamado de MÉRITO. A
própria Administração Pública é obrigada a respeitar o princípio da Legalidade, sendo
que, dentro dos atos legais, teremos aqueles que são vinculados e estudados no
tópico acima e aqueles em que a própria Administração Pública terá a margem de
escolha; claro, sempre pautado na razoabilidade e proporcionalidade que são os
princípios limitadores do poder discricionário. Sua atuação está ligada aos elementos
“MOTIVO” ou “OBJETO”, pois são os únicos elementos do ato administrativo que
podem ter discricionariedade.

e) regulamentar.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das
leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Do exercício do poder
regulamentar resulta a expedição de regulamentos, veiculados por meio de decretos.
Trata-se dos chamados regulamentos de execução, de competência privativa do
Chefe do Executivo, são atos administrativos que estabelecem normas gerais.
Segundo lição do grande mestre José dos Santos Carvalho Filho, o poder
regulamentar representa uma prerrogativa de direito público, pois é conferido aos
órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses públicos. Sob o enfoque de
que os atos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar é de natureza
derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei preexistente. Já as leis
constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da
Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que só se considera poder
regulamentar típico a atuação administrativa de complementação de leis, ou atos
análogos a elas. Daí seu caráter derivado.

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17. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: Assistente em Administração

Um servidor público de uma Instituição de Ensino deslocou-se, com o veículo da


Instituição, para uma cidade vizinha, para realizar um trabalho de campo com estreito
interesse público envolvido. Ao terminar o serviço na cidade vizinha antes do prazo
previsto, resolveu aproveitar o tempo vago para fazer um tour pela cidade, conhecendo
os pontos turísticos. O Gestor da Instituição de Ensino tomou conhecimento de tal
atitude e deverá aplicar uma sanção disciplinar ao servidor. Essa atitude da
administração pública está pautada em seu poder:

a) discricionário.

b) absoluto.

c) disciplinar.

d) normativo legal.

e) de polícia.
GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) discricionário.
Discricionário. Afirmativa errada, pois a manifestação do poder discricionário
está intrinsecamente ligada à capacidade que a máquina pública tem de praticar os
atos com margem de conveniência oportunidade, também chamado de mérito.

b) absoluto.
Absoluto. Afirmativa errada, pois não existe tal poder.

c) disciplinar.
Nosso gabarito, pois o poder disciplinar é utilizado para aplicar sanções a
servidores públicos e particulares que possuam um vínculo jurídico específico com a
administração.

d) normativo legal.
normativo legal. Afirmativa errada. A doutrina afirma que o poder normativo é
mais genérico, ele é mais abrangente. Sua manifestação está na possibilidade que
outras autoridades possam editar atos normativos, enquanto o poder regulamentar
é exclusivo do chefe do poder executivo. O poder normativo é aquele utilizado por
outras autoridades da administração pública.

e) de polícia.
de polícia. Afirmativa errada, pois o Poder de polícia no conceito de Hely Lopes
Meirelles é a faculdade de que dispõe a administração pública para CONDICIONAR E
RESTRINGIR O USO de gozo de bens atividades e direitos individuais em benefício
da coletividade ou do próprio Estado.

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SOLUÇÃO COMPLETA
a) discricionário.
Afirmativa errada, pois a manifestação do poder discricionário está
intrinsecamente ligada à capacidade que a máquina pública tem de praticar os atos
COM MARGEM DE CONVENIÊNCIA OPORTUNIDADE, também chamado de MÉRITO. A
própria Administração Pública é obrigada a respeitar o princípio da Legalidade, sendo
que dentro dos atos legais teremos aqueles que são vinculados e estudados no tópico
acima e aqueles em que a própria Administração Pública terá a margem de escolha;
claro, sempre pautado na razoabilidade e proporcionalidade, que são os princípios
limitadores do poder discricionário. Sua atuação está ligada aos elementos “MOTIVO”
ou “OBJETO”, pois são os únicos elementos do ato administrativo que podem ter
discricionariedade.

b) Absoluto.
Afirmativa errada, pois de forma simplificada não existe tal poder.

c) disciplinar.
Nosso gabarito. Quando a questão diz que o Gestor da Instituição de Ensino
aplicou uma sanção disciplinar ao servidor, temos a manifestação do poder
disciplinar. Ele se manifesta quando a Administração Pública aplica sanções a duas
classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE aos seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade.

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

d) normativo legal.
Afirmativa errada, pois a doutrina afirma que o poder normativo é mais
genérico, ele é mais abrangente. Sua manifestação está na possibilidade de que
outras autoridades possam editar atos normativos. Enquanto o poder regulamentar
é exclusivo do chefe do poder executivo, o poder normativo é aquele utilizado por
outras autoridades da administração pública.
Cite-se, por exemplo, o presidente do Senado ou o presidente do Supremo
Tribunal Federal. É inegável que tais figuras públicas são autoridades, mas não são
chefes do poder executivo, portanto, quando editarem atos normativos, estarão
fazendo uso do referido poder normativo.

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O texto constitucional em seu artigo 87 é utilizado pela doutrina para


apresentar o poder o poder normativo. Segue o que diz nossa constituição federal:

art. 87. Compete ao Ministro de Estado:

II - Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.

e) de polícia.
Afirmativa errada, pois o poder de polícia é aquele que serve para condicionar,
limitar e restringir o uso, gozo e fruição de direitos individuais e bens de natureza
particular em prol da coletividade.
Sua base legal se encontra no artigo 78 do código tributário nacional e sua
existência serve para o pagamento de um tributo chamado de TAXA.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou Liberdade, regula a prática do ato ou
abstenção do fato em razão do interesse público concernente à segurança à higiene
à ordem aos costumes à disciplina da proteção e do mercado ao exercício das
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público a
tranquila pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

18. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: Assistente em Administração

Com o poder disciplinar atribuído à Administração Pública, busca-se punir seus agentes
pela prática de infrações de caráter funcional, com abrangência

a) para sanções administrativas e penais.

b) apenas para sanções administrativas.

c) para sanções administrativas, penais e civis.

d) para sanções penais e civis.

e) apenas para sanções penais.

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GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) para sanções administrativas e penais.


para sanções administrativas e penais. Afirmativa errada, pois infrações penais
decorrem de um processo judicial, e não administrativo.

b) apenas para sanções administrativas.


Nosso gabarito. O poder disciplinar é conferido à Administração Pública para a
aplicação de sanções aos agentes, em razão da prática de alguma infração disciplinar
funcional, ou seja, o poder disciplinar autoriza a Administração Pública a apurar
infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas sujeitas
à disciplina administrativa.

c) para sanções administrativas, penais e civis.


para sanções administrativas, penais e civis. Afirmativa errada, pois infrações
penais e civis decorrem de um processo judicial, e não administrativo.

d) para sanções penais e civis.


para sanções penais e civis. Afirmativa errada, pois infrações penais e civis
decorrem de um processo judicial, e não administrativo.

e) apenas para sanções penais.


apenas para sanções penais. Afirmativa errada, pois infrações penais decorrem
de um processo judicial, e não administrativo.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) para sanções administrativas e penais.


Afirmativa errada, pois as penalidades decorrentes de infrações penais são
pautadas no JUS PUNIENDI do Estado e serão aplicadas ao servidor necessariamente
através de um procedimento judicial. A Lei 8112/90 (estatuto do servidor federal)
nos diz:
“Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade.”

b) apenas para sanções administrativas.


Nosso gabarito. O poder disciplinar é conferido à Administração Pública para a
aplicação de sanções aos agentes, em razão da prática de alguma infração disciplinar
funcional, ou seja, o poder disciplinar autoriza à Administração Pública a apurar
infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas sujeitas
à disciplina administrativa.
Essas infrações deverão ser apuradas por meio de processo administrativo,
observando-se o contraditório e a ampla defesa. O poder disciplinar pode recair
sobre particulares que por ato ou contrato passaram a se submeter à disciplina
interna da administração pública, como as sanções descritas no artigo 87 da lei
8666/93:

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Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,


garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de


contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração


Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que
será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
c) para sanções administrativas, penais e civis.
Afirmativa errada, pois as penalidades decorrentes de infrações penais são
pautadas no JUS PUNIENDI do Estado e serão aplicadas ao servidor necessariamente
através de um procedimento judicial. A Lei 8112/90 (estatuto do servidor federal)
nos diz:
“Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade.”

No tocante a penalidades advindas de ilícitos civis também ocorrerão após um


procedimento judicial. A Lei 8.429/92 nos diz:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas


previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito
às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de
acordo com a gravidade do fato:
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei O JUIZ levará em
conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo
agente.

d) para sanções penais e civis.


Afirmativa errada, pois as penalidades decorrentes de infrações penais são
pautadas no JUS PUNIENDI do Estado e serão aplicadas ao servidor necessariamente
através de um procedimento judicial. A Lei 8112/90 (estatuto do servidor federal)
nos diz:
“Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade.”

No tocante a penalidades advindas de ilícitos civis também ocorrerão após um


procedimento judicial. A Lei 8.429/92 nos diz:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas


previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito

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às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de


acordo com a gravidade do fato:
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei O JUIZ levará em
conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo
agente.

e) apenas para sanções penais.


Afirmativa errada, pois as penalidades decorrentes de infrações penais são
pautadas no JUS PUNIENDI do Estado e serão aplicadas ao servidor necessariamente
através de um procedimento judicial. A Lei 8112/90 (estatuto do servidor federal)
nos diz:
“Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade.”

19. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Perito Oficial Criminal - Área 8

O desdobramento do Poder Hierárquico pelo qual o agente superior detém a


prerrogativa para o exercício de competência de atribuições originárias de seus
subalternos denomina-se:

a) Poder Disciplinar.

b) Avocação.

c) Delegação.

d) Subordinação.

e) Poder Regulamentar.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Poder Disciplinar.
Poder Disciplinar. Afirmativa errada, pois o poder disciplinar é conferido à
administração pública para a aplicação de sanções aos agentes, em razão da prática
de alguma infração disciplinar funcional.

b) Avocação
Nosso gabarito. A avocação seria o instituto pelo qual um superior hierárquico
chama para si uma competência originária de um órgão subalterno. Ela transfere o
exercício da competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia
hierárquica. Pela própria natureza do instituto, faz-se necessária de fato a hierarquia.

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c) Delegação
Delegação. Afirmativa errada, pois delegar significa dividir parte de suas
prerrogativas, e não as atrair.

d) Subordinação
Subordinação. Afirmativa errada, pois estamos diante do instituto chamado de
avocação, que ocorre quando um superior realiza a competência originária de um
subalterno.

e) Poder Regulamentar.
Poder Regulamentar. Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se
a explicitar o teor das leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Poder Disciplinar.
Opção errada, temos a manifestação do poder disciplinar. Ele se manifesta
quando a Administração Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE aos seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade;

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

b) Avocação
Nosso gabarito. A avocação seria o instituto pelo qual um superior hierárquico
chama para si uma competência originária de um órgão subalterno. Ela transfere o
exercício da competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia
hierárquica. Pela própria natureza do instituto, faz-se necessária de fato a hierarquia.
Podemos citar como exemplo o próprio governador avocando a competência de um
secretário de segurança ou de chefe de polícia. Imagine você, policial civil, que está
abaixo do delegado na cadeia hierárquica: você não pode avocar uma competência
do delegado para fazer o inquérito policial, mas é possível que um superior
hierárquico do delegado avoque uma competência dele, desde que essa competência
não seja exclusiva.

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c) Delegação
Afirmativa errada. Delegar significa dividir PARTE da sua competência originária
com outro órgão. Não é possível delegar a competência inteira, pois a própria lei
9.784/99 estabelece que a competência é irrenunciável, salvo nos casos e delegação
e avocação. A lei estabelece que a delegação pode ser feita entre órgãos de mesma
hierarquia ou entre órgãos subordinados, ou seja, não há de fato uma necessidade
de hierarquia.

LEI 9.784/99

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos


a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.

d) Subordinação
Afirmativa errada, pois estamos diante do instituto chamado de avocação que
ocorre quando um superior realiza a competência originária de um subalterno. A
Subordinação realmente advém do poder hierárquico, mas é um instituto pelo qual
os órgãos inferiores se submetem ao realizarem sua competência administrativa no
dia a dia.

e) Poder Regulamentar.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das
leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Do exercício do poder
regulamentar, resulta a expedição de regulamentos, veiculados por meio de
decretos. Trata-se dos chamados regulamentos de execução, de competência
privativa do Chefe do Executivo, são atos administrativos que estabelecem normas
gerais.
Segundo lição do grande mestre José dos Santos Carvalho Filho, o poder
regulamentar representa uma prerrogativa de direito público, pois é conferido aos
órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses públicos. Sob o enfoque de
que os atos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar é de natureza
derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei preexistente. Já as leis
constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da
Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que só se considera poder
regulamentar típico a atuação administrativa de complementação de leis, ou atos
análogos a elas. Daí seu caráter derivado.

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20. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social

Assinale a alternativa INCORRETA acerca dos poderes administrativos.

a) O poder regulamentar consiste na possibilidade de o chefe do Poder Executivo editar


atos administrativos gerais e abstratos, expedidos para dar fiel execução da lei.

b) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial.

c) O poder hierárquico é o poder de que dispõe a administração para organizar e


distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal.

d) O agente público incorre em desvio de poder quando, mesmo dentro de sua esfera de
competência, atua afastando-se do interesse público.

e) É possível que o agente administrativo avoque para a sua esfera decisória a prática de
ato de competência natural de outro agente de mesma hierarquia, para evitar a
ocorrência de decisões eventualmente contraditórias.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) O poder regulamentar consiste na possibilidade de o chefe do Poder


Executivo editar atos administrativos gerais e abstratos, expedidos para dar
fiel execução da lei.
Opção correta. O poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das leis,
preparando sua execução, completando-as, se for o caso.

b) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de


vícios que os tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação
judicial.
Opção correta. O conceito apresentado corresponde ao princípio da autotutela.

c) O poder hierárquico é o poder de que dispõe a administração para


organizar e distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Opção correta. O Poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é
o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos,
ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação
entre os servidores do seu quadro de pessoal”.

d) O agente público incorre em desvio de poder quando, mesmo dentro


de sua esfera de competência, atua afastando-se do interesse público.

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Opção correta. O desvio de finalidade ocorre quando um ato é praticado por


agente ou órgão competente, porém é evidente na prática do ato que ele não atingiu
a verdadeira finalidade pública a que a própria lei determina.

e) É possível que o agente administrativo avoque para a sua esfera


decisória a prática de ato de competência natural de outro agente de mesma
hierarquia, para evitar a ocorrência de decisões eventualmente
contraditórias.
É possível que o agente administrativo avoque para a sua esfera decisória a
prática de ato de competência natural de outro agente de mesma hierarquia, para
evitar a ocorrência de decisões eventualmente contraditórias. Nosso gabarito, já que
o enunciado pede a opção errada, pois, nos termos da Lei 9.784/99, em seu artigo
15, só é possível a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) O poder regulamentar consiste na possibilidade de o chefe do Poder


Executivo editar atos administrativos gerais e abstratos, expedidos para dar
fiel execução da lei.
Opção correta. O poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das leis,
preparando sua execução, completando-as, se for o caso.

b) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de


vícios que os tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação
judicial.
Opção correta. O conceito apresentado corresponde ao princípio da autotutela.
Através dele, a administração pública tem a capacidade de rever seus próprios atos
e, caso encontre um ato administrativo legal e discricionário, poderá realizar o
instituto da revogação. Caso encontre um ato ilegal, ou seja, um ato que está fora
dos parâmetros estabelecidos pela lei para a sua prática, ela poderá de oficio ou
mediante provocação anular esse ato viciado. Tanto o instituto da ANULAÇÃO como
o da REVOGAÇÃO são pautados no princípio da autotutela. Para referendar esse
pensamento, temos a Lei 9.784/99 e as súmulas 346 e 473 do STF que dizem:

LEI 9.784/99

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

MUDE SUA VIDA!


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SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

O professor Alexandre Mazza nos ensina:

“O princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração


Pública exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência
funcional (art. 2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para
anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica.
Consiste no poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação e
da revogação. A anulação envolve problema de legalidade, a revogação trata de
mérito do ato.”
(Manual De Direito Administrativo - 9ª edição; Alexandre Mazza; p. 207)

c) O poder hierárquico é o poder de que dispõe a administração para


organizar e distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Opção correta. O poder hierárquico está pautado na existência de
escalonamento das posições entre os ÓRGÃOS E AGENTES sempre no âmbito
de uma mesma pessoa jurídica. Por ele, é possível observamos a relação hierárquica,
ou seja, a relações entre superior e subordinado que são típicas na organização
administrativa.

O Poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é o de que dispõe


o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a
atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal”.

d) O agente público incorre em desvio de poder quando, mesmo dentro


de sua esfera de competência, atua afastando-se do interesse público.
Opção correta. O desvio de finalidade ocorre quando um ato é praticado por
agente público ou órgão competente, porém é evidente na prática do ato que ele não
atingiu a verdadeira finalidade pública a que a própria lei determina.

A lei de ação popular (Lei 4.717/65) afirma em seu artigo 2º; parágrafo único;
alínea e, o seguinte:

e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a


fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

OBS.: o desvio de finalidade é tão sério que é tido como vício insanável, não
admitindo convalidação (conserto do ato). O único caminho a ser tomado diante de
sua constatação é a anulação do ato.

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e) É possível que o agente administrativo avoque para a sua esfera


decisória a prática de ato de competência natural de outro agente de mesma
hierarquia, para evitar a ocorrência de decisões eventualmente
contraditórias.
Nosso gabarito, já que o enunciado pede a opção errada, pois nos termos da
Lei 9.784/99, em seu artigo 15, só é possível a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

LEI 9.784/99

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO ........................................................................................................................................................ 10
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 11

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização

No que concerne a poderes administrativos e a abuso e desvio de poder, julgue o item.

A execução de alguns atos decorrentes do poder de polícia pode ser delegada por lei.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-GO Prova: Agente Fiscal

Quanto aos poderes administrativos, julgue o item.

A discricionariedade é traço marcante e sempre presente no exercício do poder de


polícia, o que não imuniza os atos praticados contra a possibilidade de um controle
judicial posterior.

Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Auxiliar Administrativo I

Julgue o item com relação ao poder de polícia.

Por força do contraditório e da ampla defesa, a fiscalização exercida em razão do poder


de polícia assume viés essencialmente repressivo, e não preventivo, apenando
transgressões quando essas ocorrerem.

Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Auxiliar Administrativo I

Julgue o item com relação ao poder de polícia.

Os atos praticados no exercício do poder de polícia tanto podem consistir em


determinações de ordem pública (ordenar que se faça) quanto em consentimentos
dispensados aos administrados (permitir que se faça).

Certo ( ) Errado ( )

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5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia

Acerca do poder de polícia — poder conferido à administração pública para impor


limites ao exercício de direitos e de atividades individuais em função do interesse
público —, julgue o próximo item.

O poder de polícia é indelegável.

Certo ( ) Errado ( )

6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia

Acerca do poder de polícia — poder conferido à administração pública para impor


limites ao exercício de direitos e de atividades individuais em função do interesse
público —, julgue o próximo item.

São características do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a


coercibilidade.
Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: Técnico Ministerial - Área Administrativa

Julgue o item a seguir, acerca de poderes administrativos.

As sanções administrativas aplicadas no exercício do poder de polícia decorrem


necessariamente do poder hierárquico da administração pública.

Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia Federal

Em relação aos poderes administrativos, julgue o item seguinte.

Embora possam exercer o poder de polícia fiscalizatório, as sociedades de economia


mista não podem aplicar sanções pecuniárias.
Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia Federal

Em relação aos poderes administrativos, julgue o item seguinte.

A demissão de servidor público configura sanção aplicada em decorrência do poder de


polícia administrativa, uma vez que se caracteriza como atividade de controle repressiva
e concreta com fundamento na supremacia do interesse público.
Certo ( ) Errado ( )

10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

A respeito dos poderes administrativos, de licitações e contratos e do processo


administrativo, julgue o item subsequente.

Embora o poder de polícia da administração seja coercitivo, o uso da força para o


cumprimento de seus atos demanda decisão judicial.

Certo ( ) Errado ( )

11. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CORECON – PE Prova: Assessor Jurídico

Quando servidores públicos realizam uma fiscalização com o objetivo de identificar


infratores, entre os cidadãos que não possuem vinculação especial com o Estado, e, logo
após, aplicam a penalidade de multa, uma vez que há previsão legal para esse tipo de
sanção diante da infração verificada, é correto afirmar que houve:

a) exercício do poder de polícia.

b) exercício do poder disciplinar.

c) exercício do poder regulamentador.

d) exercício do poder hierárquico.

e) abuso de poder.

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12. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: Assistente Ministerial de Controle

A permissão para que o poder público interfira na órbita do interesse privado para
salvaguardar o interesse público, restringindo-se direitos individuais, fundamenta-se no

a) poder hierárquico.

b) poder regulamentar.

c) poder de polícia.

d) poder disciplinar.

e) abuso de poder.

13. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SANASA Campinas Prova: Procurador Jurídico

A autuação por agentes públicos de fiscalização, acompanhada de apreensão de


equipamentos de perfuração de solo que estavam sendo utilizados em obra particular
próxima a grande avenida, em virtude de constatação de excesso de trepidação,
aparentando ofertar riscos à estrutura viária existente,
a) excede os limites do poder disciplinar administrativo, que não incide sobre esfera
juridicamente protegida de pessoas não sujeitas à relação jurídica com a Administração.

b) é regular e válida, porque abrangida pelo poder disciplinar da Administração pública,


que incide sobre servidores e particulares sujeitos à fiscalização administrativa.

c) depende de autorização judicial por se tratar de obra particular, âmbito que excede a
competência de atuação da Administração pública.

d) pode ser executada diretamente pela Administração pública, independentemente de


ordem judicial, como expressão do atributo da imperatividade do poder de polícia.

e) é medida regular autoexecutória que configura expressão do poder de polícia da


Administração pública, ficando diferida a oportunidade de defesa pelo autuado.

14. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador – BA Prova: Especialista em Políticas
Públicas

José, Agente de Polícia da Assembleia Legislativa da Bahia, no exercício de suas funções,


exercia o controle dos acessos e das saídas das pessoas das instalações da Casa
Legislativa.

O cidadão Joaquim, para entrar no parlamento estadual, passou pelo portal detector de
metais, momento em que o aparelho emitiu som e acendeu a luz vermelha, constatando
a presença de algum metal. Em seguida, com a concordância de Joaquim, José procedeu
à sua revista pessoal, encontrando apenas um celular que o cidadão carregava no bolso,
sendo-lhe franqueado o acesso à Assembleia.

MUDE SUA VIDA!


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No caso em tela, a atuação de José foi embasada no poder administrativo

a) hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em situação de


superioridade hierárquica em relação ao particular administrado.

b) normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder de estabelecer


regras concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de garantir a ordem na repartição.

c) disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a prerrogativa de


disciplinar as rotinas administrativas necessárias para segurança do órgão público.

d) de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação repressiva, tem o


poder discricionário de fixar regras gerais e abstratas para garantir a normalidade das
atividades da repartição, em razão da supremacia do interesse público.

e) de polícia, pois o agente público, no exercício de ação fiscalizadora e preventiva, tem


o poder de praticar atos concretos, na forma da lei, para condicionar a liberdade dos
indivíduos, pela supremacia do interesse público.

15. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador – BA Prova: Agente de Fiscalização
Municipal

João, agente de fiscalização do Município de Salvador, na área de meio ambiente e


serviços públicos, no exercício da função, fiscalizava o exercício de atividades e
veiculação de publicidade por meio de engenhos publicitários, para garantir o
cumprimento das leis, regulamentos e normas pertinentes.

Ao verificar uma irregularidade cometida pelo particular fiscalizado por transgressão à


legislação específica, João providenciou as pertinentes lavraturas da notificação, auto de
infração e intimação.

A conduta de João, na hipótese descrita, está calcada no poder administrativo

a) regulamentar, que autoriza a Administração Pública a fiscalizar e sancionar o


particular que pratica qualquer ato tipificado como infração administrativa.

b) disciplinar, que autoriza a Administração Pública a regulamentar e punir o particular


que causa qualquer ato que viole o interesse público.

c)de vinculação, que autoriza a Administração Pública a editar atos concretos e


específicos para determinar a forma como cada particular deve exercer suas atividades

d) de polícia, que autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da


liberdade e da propriedade em favor do interesse público.

e) de hierarquia, que autoriza a Administração Pública a restringir as atividades


privadas em favor do interesse público, independentemente de prévia lei sobre o tema.

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16. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: UFABC Prova: Administrador

O Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo, com relação à reclamação de


poluição sonora, informa que “O Programa de Silêncio Urbano (PSIU) fiscaliza ruídos
excessivos, visando tornar mais pacífica a convivência entre estabelecimentos e os
moradores da vizinhança”. Em situações como ocorrência de veículo estacionado na rua
com som muito alto e realização de baile funk (pancadão) na via pública, sendo estas
denunciadas por cidadãos e moradores, serão coibidas pela gestão pública a partir do
poder denominado

a) de polícia, que é um mecanismo que a Administração Pública tem para conter os


abusos do direito individual.

b) disciplinar, pois se trata de uma prerrogativa do Estado intervir em situações contra


a paz e o bem-estar coletivo.
c) vinculado, pois, em casos de flagrante abuso de liberdade individual, deve-se agir com
rigor e punição em prol do bem-estar coletivo.

d) discricionário, ou seja, trata-se de um poder do Estado para agir em casos de invasão


da privacidade alheia e de perturbação da paz e do bem-estar individual.

e) hierárquico, na medida em que os direitos individuais se subjugam aos interesses


coletivos, e, nos casos citados, há claro desrespeito.

17. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SPPREV Prova: Analista em Gestão Previdenciária

O poder regulamentar e o poder de polícia exercidos pela Administração pública


possuem em comum

a) a possibilidade de instituição de direitos e obrigações por meio de atos


administrativos de natureza originária.

b) a delimitação da produção de efeitos ao âmbito interno da Administração pública.

c) o antagonismo com o poder disciplinar, posto que somente este possibilita edição de
atos normativos originários, pois os demais poderes são todos de natureza derivada.

d) a possibilidade de projetarem efeitos externos à Administração pública, atingindo


interesses, direitos e obrigações dos administrados, respeitados os direitos e garantias
individuais.

e) a identidade de fundamento com o poder hierárquico, que se destina aos


administrados integrantes da esfera funcionalmente vinculada à Administração pública.

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18. Ano: 2019Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: Juiz Substituto


A atuação da Administração Pública se dá sob diferentes formas, sendo o exercício do
poder de polícia uma de suas expressões,

a) presente na aplicação de sanções a particulares que contratam com a Administração


ou com ela estabelecem qualquer vínculo jurídico, alçando a Administração a uma
posição de supremacia em prol da consecução do interesse público.

b) presente nas limitações administrativas às atividades do particular, tendo como


principal atributo a imperatividade, que assegura a aplicação de medidas repressivas,
independentemente de previsão legal expressa, a critério do agente público.

c) dotada de exigibilidade, que confere meios indiretos para sua execução, como a
aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei ou para evitar danos
irreparáveis ao interesse público, a autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de
coação.

d) verificada apenas quando há atuação repressiva do poder público, tanto na esfera


administrativa, com aplicação de multas e sanções, como na esfera judiciária, com
apreensão de bens e restrições a liberdades individuais.

e) dotada de imperatividade, porém não de coercibilidade, pressupondo, assim, a prévia


autorização judicial para a adoção de medidas que importem restrição à propriedade ou
liberdade individual.

19. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: Analista Judiciário - Direito

A atuação da Administração pública está sujeita a controle interno e externo, sob


diversos aspectos. O controle dos atos e medidas praticados pela Administração no
exercício do poder de polícia

a) limita-se ao controle judicial, sob o prisma da legalidade e do mérito, na medida em


que se trata de atuação instituidora de limitações individuais.

b) envolve verificação, pelo Poder Judiciário, do cumprimento de garantias individuais,


a exemplo do princípio da ampla defesa e do contraditório, ainda que sejam diferidos em
situações de urgência.

c) restringe-se à revisão pela própria Administração para fins de anulação, diante de


vício de legalidade, não admitindo juízo discricionário para revogação.

d) pode ser exercido pelo Legislativo, considerando que inexiste margem de


discricionariedade na atuação de polícia da Administração, que deve seguir os termos
expressos da lei.

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20. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarulhos – SP Prova: Inspetor Fiscal
Sobre o poder de polícia, assinale a alternativa correta.

a) Via de regra o poder de polícia não é autoexecutória, dependendo de ordem judicial


para ser implementado.

b) O ciclo de polícia é composto por apenas três fases: consentimento, fiscalização e


coerção.

c) Em regra o exercício do poder de polícia é caracterizado pela discricionariedade.

d) É inconstitucional a atribuição, às guardas municipais, do exercício de poder de


polícia de trânsito, pois tal poder é indelegável.

e) O poder de polícia pode ser praticado com o objetivo de assegurar o interesse público,
ainda que suprima o núcleo essencial dos direitos fundamentais.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. CERTO
5. ERRADO
6. CERTO
7. ERRADO
8. CERTO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. A
12. C
13. E
14. E
15. D
16. A
17. D
18. C
19. B
20. C

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização

No que concerne a poderes administrativos e a abuso e desvio de poder, julgue o item.

A execução de alguns atos decorrentes do poder de polícia pode ser delegada por lei.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A execução de alguns atos decorrentes do poder de polícia pode ser delegada


por lei.
Gabarito certo. Temos quatro ciclos de polícia, são eles
ordem, fiscalização, consentimento e sanção, desses quatro ciclos são delegáveis os atos
relativos ao consentimento e à fiscalização, pois aqueles referentes à ordem e à sanção
derivam do poder de coerção do Poder Público.

SOLUÇÃO COMPLETA

A execução de alguns atos decorrentes do poder de polícia pode ser delegada


por lei.
Gabarito certo. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o poder de
polícia pode ser dividido em quatro ciclos, são eles:

CICLOS DE POLÍCIA

1. ORDEM DE POLÍCIA: corresponde à legislação que estabelece os limites e


condicionamentos ao exercício das atividades o uso de bens.

2. CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: consiste na prévia anuência da administração e se


materializa com as licenças e autorizações.

3. FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: é a atividade pela qual a administração verifica se


está havendo o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular.

4. SANÇÃO DE POLÍCIA: é atuação coercitiva pela qual a administração aplica ao


infrator uma medida repressiva prevista lei.

E para o Superior Tribunal de Justiça, algumas fases do ciclo de polícia podem ser
delegadas a pessoas jurídicas de direito privado, sendo elas: o consentimento de polícia e de
fiscalização de polícia. Portanto, gabarito correto.

MUDE SUA VIDA!


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2. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-GO Prova: Agente Fiscal

Quanto aos poderes administrativos, julgue o item.

A discricionariedade é traço marcante e sempre presente no exercício do poder de


polícia, o que não imuniza os atos praticados contra a possibilidade de um controle
judicial posterior.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A discricionariedade é traço marcante e sempre presente no exercício do poder


de polícia, o que não imuniza os atos praticados contra a possibilidade de um controle
judicial posterior.
Afirmativa errada, pois a discricionariedade deve ser analisada em linhas gerais,
pois, em casos específicos, o poder de polícia administrativa poderá se expressar de forma
vinculada.

SOLUÇÃO COMPLETA

A discricionariedade é traço marcante e sempre presente no exercício do poder


de polícia, o que não imuniza os atos praticados contra a possibilidade de um controle
judicial posterior.
Afirmativa errada, pois, embora a discricionariedade seja a regra no exercício do poder
de polícia administrativa, poderá o ato ser vinculado se a respectiva norma legal de
regência estabelecer o modo e a forma de sua realização, vinculando a atuação
administrativa a seus preceitos. Nessa situação, a autoridade só poderá praticar validamente
o ato atendendo a todas as exigências da correspondente lei.
É possível sim que o ato administrativo pautado no poder de polícia seja vinculado, como
a licença para construir e licença para dirigir (atos vinculados), que limitam o exercício de
atividades individuais do particular não vinculado à administração pública.

Segue lição da professora Ana Cláudia campos:

“Já sabemos, então, que o poder de polícia é discricionário. Mas será que ele será sempre
assim?
Não! A discricionariedade é a regra, entretanto, nem todos os atos de polícia terão essa
característica. Podemos citar o caso dos atos de concessão de licenças, nos quais a partir do
momento em que o particular preenche os requisitos legais ao poder público só existirá uma
única opção: conceder. Vejamos como exemplo o caso da licença para dirigir. Caso o particular
passe em todas as etapas (teste objetivo, psicotécnico, prova prática de direção, entre outros),
deverá o Poder Público conceder a licença, logo, estamos diante de um ato de polícia
estritamente vinculado.”
(Direito Administrativo Facilitado; Ana Claudia Campos; p. 153)

MUDE SUA VIDA!


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3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Auxiliar Administrativo I

Julgue o item com relação ao poder de polícia.

Por força do contraditório e da ampla defesa, a fiscalização exercida em razão do poder


de polícia assume viés essencialmente repressivo, e não preventivo, apenando
transgressões quando essas ocorrerem.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Por força do contraditório e da ampla defesa, a fiscalização exercida em


razão do poder de polícia assume viés essencialmente repressivo, e não
preventivo, apenando transgressões quando essas ocorrerem.
Afirmativa errada, pois a fiscalização exercida em razão do poder de polícia assume
uma posição preventiva, e não repressiva.

SOLUÇÃO COMPLETA

Por força do contraditório e da ampla defesa, a fiscalização exercida em


razão do poder de polícia assume viés essencialmente repressivo, e não
preventivo, apenando transgressões quando essas ocorrerem.
Afirmativa errada, pois a fiscalização exercida em razão do poder de polícia assume
uma posição preventiva, e não repressiva.
Na atuação desse Poder, podemos afirmar que a Administração pública irá atuar de
duas formas, a saber:

• FORMA PREVENTIVA, tentando evitar o dano à coletividade, exemplos:


1. Autorização (ato discricionário);
2. Fiscalização;
3. Licença (ato vinculado);
4. Vistoria.

• FORMA REPRESSIVA, para dar um fim na atividade lesiva, exemplos:


1. Internação de pessoas com doença contagiosa;
2. Dissolução de reunião;
3. Apreensão de mercadorias deterioradas.

Em regra, a atuação da polícia administrativa possui caráter preventivo, buscando


impedir ações antissociais e comportamentos individuais que causem danos à
coletividade, porém é plenamente possível que a polícia administrativa possa agir também
de forma repressiva, como nos exemplos postos acima.

MUDE SUA VIDA!


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4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Auxiliar Administrativo I

Julgue o item com relação ao poder de polícia.

Os atos praticados no exercício do poder de polícia tanto podem consistir em


determinações de ordem pública (ordenar que se faça) quanto em consentimentos
dispensados aos administrados (permitir que se faça).

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os atos praticados no exercício do poder de polícia tanto podem consistir em


determinações de ordem pública (ordenar que se faça) quanto em consentimentos
dispensados aos administrados (permitir que se faça).
Gabarito certo, pois temos na doutrina e jurisprudência do STJ o entendimento de que
o poder de polícia se divide em quatro ciclos, dentre eles estão justamente a ordem e o
consentimento de polícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

Os atos praticados no exercício do poder de polícia tanto podem consistir em


determinações de ordem pública (ordenar que se faça) quanto em consentimentos
dispensados aos administrados (permitir que se faça).
Gabarito certo. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o poder de
polícia pode ser dividido em quatro ciclos, são eles:

CICLOS DE POLÍCIA

1. ORDEM DE POLÍCIA: corresponde à legislação que estabelece os limites e


condicionamentos ao exercício das atividades o uso de bens.

2. CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: consiste na prévia anuência da administração e se


materializa com as licenças e autorizações.

3. FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: é a atividade pela qual a administração verifica se


está havendo o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular.

4. SANÇÃO DE POLÍCIA: é atuação coercitiva pela qual a administração aplica ao


infrator uma medida repressiva prevista lei.

E para o Superior Tribunal de Justiça, algumas fases do ciclo de polícia podem ser
delegadas a pessoas jurídicas de direito privado, sendo elas: o consentimento de polícia e de
fiscalização de polícia. Portanto, gabarito correto.

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5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia

Acerca do poder de polícia — poder conferido à administração pública para impor


limites ao exercício de direitos e de atividades individuais em função do interesse
público —, julgue o próximo item.

O poder de polícia é indelegável.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O poder de polícia é indelegável.


Afirmativa errada, pois é possível sim que haja a delegação do poder de polícia,
sendo que ela é restrita a pessoas jurídicas regidas pelo Direito Público da
administração indireta. A doutrina classifica como PODER DE POLÍCIA DELEGADO.

SOLUÇÃO COMPLETA

O poder de polícia é indelegável.


Afirmativa errada, pois o poder de polícia pode ser delegado para pessoas
jurídicas de direito público que compõem a administração pública indireta, a saber
autarquias públicas e fundações públicas de direito público. O que não é possível é a
delegação do poder de polícia por inteiro para uma pessoa jurídica de direito privado,
isso sim é indelegável. A doutrina classifica o poder de polícia como originário ou
delegado:

• Poder de polícia originário: é aquele exercido pela Administração direta,


ou seja, pelos entes políticos (União, estados, DF e municípios).

• Poder de polícia delegado: é aquele exercido por algumas pessoas da


administração indireta, lembrando o que estudamos: dentro da indireta temos
pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado, o poder de
polícia delegado é aquele que será utilizado apenas por pessoas jurídicas de direito
público da administração indireta, ou seja, as autarquias e as fundações quando
forem criadas por lei.

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6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia

Acerca do poder de polícia — poder conferido à administração pública para impor


limites ao exercício de direitos e de atividades individuais em função do interesse
público —, julgue o próximo item.

São características do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a


coercibilidade.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

São características do poder de polícia a discricionariedade, a


autoexecutoriedade e a coercibilidade.
Gabarito da questão certo, pois de fato de acordo com o entendimento pacífico
da doutrina temos esses três atributos inseridos no poder de polícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

São características do poder de polícia a discricionariedade, a


autoexecutoriedade e a coercibilidade.
Gabarito da questão certo, pois a doutrina de forma pacífica atribuir três
características a poder de polícia. (método mnemônico: DICA)
• DISCRICIONARIEDADE: significa que a Administração terá certa liberdade
de atuação do poder de polícia, podendo valorar a oportunidade e conveniência da
prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis. Atenção! Nem sempre o poder
de polícia será discricionário, mas, em regra, possui essa discricionariedade.

• COERCIBILIDADE: caracteriza-se pela imposição coativa das medidas


adotadas pela Administração, que, diante de eventuais resistências dos
administrados, pode se valer, inclusive, da força pública para garantir o seu
cumprimento

• AUTOEXECUTORIEDADE: a Administração Pública possui a prerrogativa de


decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de
intervenção judicial.

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IMPORTANTÍSSIMO

A autoexecutoriedade jamais afasta a apreciação judicial do ato, apenas


dispensa a administração de obter ordem judicial prévia para poder praticá-lo.
Afirmamos que nesses casos o CONTRADITÓRIO, que é uma garantia constitucional,
será exercido: (são sinônimos)
A posteriori;
De forma diferida;
De forma protraída;
Postergado.

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: Técnico Ministerial - Área Administrativa

Julgue o item a seguir, acerca de poderes administrativos.

As sanções administrativas aplicadas no exercício do poder de polícia decorrem


necessariamente do poder hierárquico da administração pública.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

As sanções administrativas aplicadas no exercício do poder de polícia


decorrem necessariamente do poder hierárquico da administração pública.
Afirmativa errada, pois o poder de polícia não decorre do poder hierárquico, o
poder de polícia existe para condicionar os direitos individuais de particulares, e não
existe hierarquia entre a Administração e os particulares.

SOLUÇÃO COMPLETA

As sanções administrativas aplicadas no exercício do poder de polícia


decorrem necessariamente do poder hierárquico da administração pública.
Afirmativa errada. O poder hierárquico é o de que dispõe a Administração para
distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus
agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro
de pessoal.
O poder de polícia, por sua vez, trata da aplicação de condicionamentos e de
restrições aos particulares em prol da coletividade, o que poderá ensejar a aplicação
de sanções no caso do cometimento de irregularidades. O poder de polícia não
decorre do poder hierárquico justamente pelo fato de não existir hierarquia entre a
Administração e os particulares.

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8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia Federal

Em relação aos poderes administrativos, julgue o item seguinte.

Embora possam exercer o poder de polícia fiscalizatório, as sociedades de economia


mista não podem aplicar sanções pecuniárias.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Embora possam exercer o poder de polícia fiscalizatório, as sociedades


de economia mista não podem aplicar sanções pecuniárias.
Gabarito certo. As Sociedades De Economia Mistas são entidades regidas pelo
direito privado e, por isso, não podem exercer o ciclo de polícia conhecido como
“sanção de polícia”. Como consequência dessa ausência, não podem aplicar sanções
pecuniárias.

SOLUÇÃO COMPLETA

Embora possam exercer o poder de polícia fiscalizatório, as sociedades


de economia mista não podem aplicar sanções pecuniárias.
Gabarito certo. Segundo o superior tribunal de justiça, o poder de polícia pode
ser dividido em quatro ciclos ou fases:

1. ORDEM DE POLÍCIA: corresponde àlegislação que estabelece os limites e


condicionamentos ao exercício das atividades o uso de bens.

2. CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: consiste na prévia anuência da administração


e se materializa com as licenças e autorizações.

3. FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: é a atividade pela qual a administração verifica


se está havendo o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular.

4. SANÇÃO DE POLÍCIA: é atuação coercitiva pela qual a administração aplica


ao infrator uma medida repressiva prevista lei.

E através dessa divisão o mesmo tribunal permitiu que algumas fases ou ciclos
de polícia possam ser delegados a pessoas jurídicas de direito privado, sendo
elas o consentimento de polícia e de fiscalização de polícia.

MUDE SUA VIDA!


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9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia Federal

Em relação aos poderes administrativos, julgue o item seguinte.

A demissão de servidor público configura sanção aplicada em decorrência do poder de


polícia administrativa, uma vez que se caracteriza como atividade de controle repressiva
e concreta com fundamento na supremacia do interesse público.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A demissão de servidor público configura sanção aplicada em


decorrência do poder de polícia administrativa, uma vez que se caracteriza
como atividade de controle repressiva e concreta com fundamento na
supremacia do interesse público.
Afirmativa errada, pois quando o servidor público sofre uma sanção temos a
manifestação do poder disciplinar, e não do poder de polícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

A demissão de servidor público configura sanção aplicada em


decorrência do poder de polícia administrativa, uma vez que se caracteriza
como atividade de controle repressiva e concreta com fundamento na
supremacia do interesse público.
Afirmativa errada, o poder que se manifesta quando um servidor é punido não
é o poder de polícia, mas sim o poder disciplinar. Ele entra em ação quando a
Administração Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE os seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade;

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

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10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

A respeito dos poderes administrativos, de licitações e contratos e do processo


administrativo, julgue o item subsequente.

Embora o poder de polícia da administração seja coercitivo, o uso da força para o


cumprimento de seus atos demanda decisão judicial.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Embora o poder de polícia da administração seja coercitivo, o uso da


força para o cumprimento de seus atos demanda decisão judicial.
Afirmativa errada por conta de um outro atributo do poder de polícia chamado
de AUTOEXECUTORIEDADE, pelo qual a Administração Pública possui a prerrogativa
de decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de
intervenção judicial.

SOLUÇÃO COMPLETA

Embora o poder de polícia da administração seja coercitivo, o uso da


força para o cumprimento de seus atos demanda decisão judicial.
Gabarito errado por conta de um outro atributo do poder de polícia chamado
de AUTOEXECUTORIEDADE. O poder de polícia conta com três atributos, são eles:

• DISCRICIONARIEDADE: significa que a Administração terá certa liberdade


de atuação do poder de polícia, podendo valorar a oportunidade e conveniência da
prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis. Atenção! Nem sempre o poder
de polícia será discricionário, mas, em regra, possui essa discricionariedade.

• COERCIBILIDADE: caracteriza-se pela imposição coativa das medidas


adotadas pela Administração, que, diante de eventuais resistências dos
administrados, pode se valer, inclusive, da força pública para garantir o seu
cumprimento.

• AUTOEXECUTORIEDADE: a Administração Pública possui a prerrogativa de


decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de
intervenção judicial.

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11. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CORECON – PE Prova: Assessor Jurídico

Quando servidores públicos realizam uma fiscalização com o objetivo de identificar


infratores, entre os cidadãos que não possuem vinculação especial com o Estado, e, logo
após, aplicam a penalidade de multa, uma vez que há previsão legal para esse tipo de
sanção diante da infração verificada, é correto afirmar que houve

a) exercício do poder de polícia.

b) exercício do poder disciplinar.

c) exercício do poder regulamentador.

d) exercício do poder hierárquico.

e) abuso de poder.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) exercício do poder de polícia.


Nosso gabarito, pois a fiscalização pertence ao poder de polícia preventivo, uma
multa ao poder de polícia repressivo.

b) exercício do poder disciplinar.


exercício do poder disciplinar. Afirmativa errada, pois o poder disciplinar só é
utilizado contra particulares que possuem algum vínculo jurídico com a
administração.

c) exercício do poder regulamentador.


exercício do poder regulamentador. Afirmativa errada, pois o poder
regulamentar é utilizado para complementar, completar uma norma primária.

d) exercício do poder hierárquico.


exercício do poder hierárquico. Afirmativa errada, pois o poder hierárquico é
utilizado para escalonar as funções dentro de uma mesma pessoa jurídica.

e) abuso de poder.
abuso de poder. Afirmativa errada, pois não há abuso de poder no caso citado
no enunciado da questão, temos na verdade a manifestação do poder de polícia.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) exercício do poder de polícia.


Nosso gabarito, pois, a fiscalização pertence ao poder de polícia preventivo,
uma multa ao poder de polícia repressivo.

Na atuação desse Poder, podemos afirmar que a Administração pública irá atuar
de duas formas, a saber:

• FORMA PREVENTIVA, tentando evitar o dano à coletividade, exemplos:


1. Autorização (ato discricionário);
2. Fiscalização;
3. Licença (ato vinculado);
4. Vistoria.

• FORMA REPRESSIVA, para dar um fim na atividade lesiva, exemplos:


1. Internação de pessoas com doença contagiosa;
2. Dissolução de reunião;
3. Apreensão de mercadorias deterioradas.

Em regra, a atuação da polícia administrativa possui


caráter preventivo, buscando impedir ações antissociais e comportamentos
individuais que causem danos à coletividade. Porém é plenamente possível que a
polícia administrativa possa agir também de forma repressiva, como nos exemplos
postos acima.

b) exercício do poder disciplinar.


Afirmativa errada, pois o poder disciplinar é conferido à administração púbica
para a aplicação de sanções aos agentes, em razão da prática de alguma infração
disciplinar funcional, ou seja, o poder disciplinar autoriza a Administração Pública a
apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa.
Essas infrações deverão ser apuradas por meio de processo administrativo,
observando-se o contraditório e a ampla defesa. O poder disciplinar pode recair
sobre particulares que por ato ou contrato passaram a se submeter à disciplina
interna da administração pública, como as sanções descritas no artigo 87 da lei
8666/93. São elas:

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,


garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de


contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

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IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração


Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que
será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

c) exercício do poder regulamentador.


Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das
leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Do exercício do poder
regulamentar resulta a expedição de regulamentos, veiculados por meio de decretos.
Trata-se dos chamados regulamentos de execução, de competência privativa do
Chefe do Executivo, são atos administrativos que estabelecem normas gerais.
Segundo lição do grande mestre José dos Santos Carvalho Filho, o poder
regulamentar representa uma prerrogativa de direito público, pois é conferido aos
órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses públicos. Sob o enfoque de
que os atos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar é de natureza
derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei preexistente. Já as leis
constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da
Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que só se considera poder
regulamentar típico a atuação administrativa de complementação de leis ou atos
análogos a elas. Daí seu caráter derivado.

d) exercício do poder hierárquico.


Afirmativa errada, pois o poder regulamentar é aquele que se manifesta através
do chefe do poder executivo para editar decretos que regulamentam as leis. Seu
objetivo é dar fiel execução a ela. Na esfera federal, temos o presidente; na esfera
estadual temos o governador, e na esfera municipal temos o prefeito.

Ele não possui caráter originário, mas sim derivado, portanto, o referido poder
não tem a capacidade de inovar no mundo do direito, ou seja, ele não pode criar
novos direitos e novas obrigações. Sua atuação deve se restringir a completar,
complementar e explicar aquilo que uma lei já trouxe ao mundo jurídico. Os atos
administrativos normativos devem possuir determinações gerais e abstratas.

José Dos Santos Carvalho Filho nos ensina a seguinte lição:

“Sob o enfoque de que os atos podem ser originários e derivados, o poder


regulamentar é de natureza derivada (ou secundária): somente é exercido à luz
de lei preexistente. Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária),
emanando diretamente da Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que
só se considera poder regulamentar típico a atuação administrativa de
complementação de leis, ou atos análogos a elas. Daí seu caráter derivado.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - José dos Santos Carvalho
Filho; p. 146)

e) abuso de poder.

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Afirmativa errada, pois não há abuso de poder no caso citado no enunciado da


questão. Temos na verdade a manifestação do poder de polícia. O abuso de poder se
divide em duas situações: excesso de poder e desvio.
O excesso de poder ocorre quando o agente público excede os limites de sua
competência; por exemplo, quando a autoridade, competente para aplicar a pena de
suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição; ou quando a
autoridade policial se excede no uso da força para praticar ato de sua competência.
O desvio de poder, que é vício quanto à finalidade, pode ser definido como o
vício do ato administrativo que ocorre quando o agente público pratica o ato com
finalidade diversa da que decorre implícita ou explicitamente da lei.

12. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: Assistente Ministerial de Controle

A permissão para que o poder público interfira na órbita do interesse privado para
salvaguardar o interesse público, restringindo-se direitos individuais, fundamenta-se no

a) poder hierárquico.

b) poder regulamentar.

c) poder de polícia.

d) poder disciplinar.

e) abuso de poder.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) poder hierárquico.
poder hierárquico. Afirmativa errada, pois o poder hierárquico diz respeito à
possibilidade de dar ordens aos subordinados e de controlar a atividade dos órgãos
inferiores para verificar a legalidade de seus atos e o cumprimento de suas
obrigações.

b) poder regulamentar.
poder regulamentar. Afirmativa errada, pois o poder regulamentar é usado para
a edição de atos normativos pelo chefe do executivo para completar a lei.

c) poder de polícia.
Nosso gabarito, pois o Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
d) poder disciplinar.

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poder disciplinar. Afirmativa errada, pois o poder disciplinar é utilizado para


aplicar sanções a servidores e particulares que possuem algum vínculo jurídico com
a administração.

e) abuso de poder.
abuso de poder. Afirmativa errada, pois não há abuso de poder no caso citado
no enunciado da questão. Temos na verdade a manifestação do poder de polícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) poder hierárquico.
Opção errada, porque o poder hierárquico está pautado na existência de
escalonamento das posições entre os ÓRGÃOS E AGENTES sempre no âmbito de uma
mesma pessoa jurídica. Por ele é possível observamos a relação hierárquica, ou seja,
a relações entre superior e subordinado que são típicas na organização
administrativa. É muito importante memorizar que o poder hierárquico NÃO EXISTE
entre Administração Direta e Administração Indireta, ou seja, só temos o poder
hierárquico manifestado dentro de uma mesma pessoa jurídica (desconcentração).

b) poder regulamentar.
Afirmativa errada, pois o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das
leis, preparando sua execução, completando-as, se for o caso. Do exercício do poder
regulamentar resulta a expedição de regulamentos, veiculados por meio de decretos.
Trata-se dos chamados regulamentos de execução, de competência privativa do
Chefe do Executivo, são atos administrativos que estabelecem normas gerais.
Segundo lição do grande mestre José dos Santos Carvalho Filho, o poder
regulamentar representa uma prerrogativa de direito público, pois é conferido aos
órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses públicos. Sob o enfoque de
que os atos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar é de natureza
derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei preexistente. Já as leis
constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da
Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que só se considera poder
regulamentar típico a atuação administrativa de complementação de leis, ou atos
análogos a elas. Daí seu caráter derivado.

c) poder de polícia.
Nosso gabarito, pois o Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
Sua base legal se encontra no artigo 78 do código tributário nacional e sua
existência serve para o pagamento de um tributo chamado de TAXA.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art.78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou Liberdade, regula a prática do ato ou

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abstenção do fato em razão do interesse público concernente à segurança à higiene


à ordem aos costumes à disciplina da proteção e do mercado ao exercício das
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público a
tranquila pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

d) poder disciplinar.
Afirmativa errada, pois o poder disciplinar é conferido à administração púbica
para a aplicação de sanções aos agentes, em razão da prática de alguma infração
disciplinar funcional, ou seja, o poder disciplinar autoriza à Administração Pública a
apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa.
Essas infrações deverão ser apuradas por meio de processo administrativo,
observando-se o contraditório e a ampla defesa. O poder disciplinar pode recair
sobre particulares que por ato ou contrato passaram a se submeter à disciplina
interna da administração pública, como as sanções descritas no artigo 87 da lei
8666/93. São elas:

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,


garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de


contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração


Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que
será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

e) abuso de poder.
Afirmativa errada, pois não há abuso de poder no caso citado no enunciado da
questão. Temos na verdade a manifestação do poder de polícia. O abuso de poder se
divide em duas situações excesso de poder e desvio.
O excesso de poder ocorre quando o agente público excede os limites de sua
competência; por exemplo, quando a autoridade, competente para aplicar a pena de
suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição; ou quando a
autoridade policial se excede no uso da força para praticar ato de sua competência.
O desvio de poder, que é vício quanto à finalidade, pode ser definido como o
vício do ato administrativo que ocorre quando o agente público pratica o ato com
finalidade diversa da que decorre implícita ou explicitamente da lei.

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13. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SANASA Campinas Prova: Procurador Jurídico

A autuação por agentes públicos de fiscalização, acompanhada de apreensão de


equipamentos de perfuração de solo que estavam sendo utilizados em obra particular
próxima a grande avenida, em virtude de constatação de excesso de trepidação,
aparentando ofertar riscos à estrutura viária existente,

a) excede os limites do poder disciplinar administrativo, que não incide sobre esfera
juridicamente protegida de pessoas não sujeitas à relação jurídica com a Administração.

b) é regular e válida, porque abrangida pelo poder disciplinar da Administração pública,


que incide sobre servidores e particulares sujeitos à fiscalização administrativa.

c) depende de autorização judicial por se tratar de obra particular, âmbito que excede a
competência de atuação da Administração pública.

d) pode ser executada diretamente pela Administração pública, independentemente de


ordem judicial, como expressão do atributo da imperatividade do poder de polícia.

e) é medida regular autoexecutória que configura expressão do poder de polícia da


Administração pública, ficando diferida a oportunidade de defesa pelo autuado.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) excede os limites do poder disciplinar administrativo, que não incide


sobre esfera juridicamente protegida de pessoas não sujeitas à relação
jurídica com a Administração.
excede os limites do poder disciplinar administrativo, que não incide sobre
esfera juridicamente protegida de pessoas não sujeitas à relação jurídica com a
Administração. Afirmativa errada, pois o que temos na verdade é a manifestação do
poder de polícia.

b) é regular e válida, porque abrangida pelo poder disciplinar da


Administração pública, que incide sobre servidores e particulares sujeitos à
fiscalização administrativa.
é regular e válida, porque abrangida pelo poder disciplinar da Administração
pública, que incide sobre servidores e particulares sujeitos à fiscalização
administrativa. Afirmativa errada, pois o que temos na verdade é a manifestação do
poder de polícia, e não o poder disciplinar.

c) depende de autorização judicial por se tratar de obra particular,


âmbito que excede a competência de atuação da Administração pública.
depende de autorização judicial por se tratar de obra particular, âmbito que
excede a competência de atuação da Administração pública. Afirmativa errada, pois
o poder de polícia possui um atributo chamado de autoexecutoriedade que dispensa
a necessidade de autorização judicial.

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d) pode ser executada diretamente pela Administração pública,


independentemente de ordem judicial, como expressão do atributo da
imperatividade do poder de polícia.
pode ser executada diretamente pela Administração pública,
independentemente de ordem judicial, como expressão do atributo da imperatividade
do poder de polícia. Afirmativa errada, pois o nome do atributo não é imperatividade,
e sim auto autoexecutoriedade.

e) é medida regular autoexecutória que configura expressão do poder


de polícia da Administração pública, ficando diferida a oportunidade de
defesa pelo autuado.
Nosso gabarito, pois o atributo da autoexecutoriedade permite a administração
pública executar ordens sem prévia autorização judicial, deslocando o contraditório
para um momento posterior a prática do ato de polícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) excede os limites do poder disciplinar administrativo, que não incide


sobre esfera juridicamente protegida de pessoas não sujeitas à relação
jurídica com a Administração.
Afirmativa errada, realmente o poder disciplinar administrativo não incide sobre
pessoas não sujeitas à relação jurídica com a Administração. Mas para limitar a
liberdade individual temos a manifestação do poder de polícia. Nas palavras do
professor Celso Antônio Bandeira de Mello, a atividade estatal de condicionar a
liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses coletivos designa-se "poder
de polícia".

b) é regular e válida, porque abrangida pelo poder disciplinar da


Administração pública, que incide sobre servidores e particulares sujeitos à
fiscalização administrativa.
Afirmativa errada, pois a autuação por agentes públicos de fiscalização,
acompanhada de apreensão de equipamentos de perfuração de solo que estavam
sendo utilizados em obra particular próxima à grande avenida, em virtude de
constatação de excesso de trepidação, aparentando ofertar riscos à estrutura viária
existente, é a manifestação do poder de polícia, e não o poder disciplinar, este só
pode incidir sobre servidores públicos ou particulares que possuam um vínculo
jurídico específico.

c) depende de autorização judicial por se tratar de obra particular,


âmbito que excede a competência de atuação da Administração pública.
Afirmativa errada, pois o poder de polícia possui um atributo chamado de
autoexecutoriedade, que dispensa a necessidade de autorização judicial.
A doutrina de forma pacífica atribuir três características a poder de polícia,
(método mnemônico: DICA)

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• DISCRICIONARIEDADE: significa que a Administração terá certa liberdade


de atuação do poder de polícia, podendo valorar a oportunidade e conveniência da
prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis. Atenção! Nem sempre o poder
de polícia será discricionário, mas, em regra, possui essa discricionariedade.

• COERCIBILIDADE: caracteriza-se pela imposição coativa das medidas


adotadas pela Administração, que, diante de eventuais resistências dos
administrados, pode se valer, inclusive, da força pública para garantir o seu
cumprimento

• AUTOEXECUTORIEDADE: a Administração Pública possui a prerrogativa de


decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de
intervenção judicial.

d) pode ser executada diretamente pela Administração pública,


independentemente de ordem judicial, como expressão do atributo da
imperatividade do poder de polícia.
Afirmativa errada, pois o nome do atributo não é imperatividade, e sim
autoexecutoriedade. O professor Celso Antônio Bandeira de Mello nos ensina que as
medidas de polícia administrativa frequentemente são autoexecutórias: isto é,
pode a Administração Pública promover, por si mesma, independentemente de
remeter-se ao Poder Judiciário, a conformação do comportamento do particular às
injunções dela emanadas, sem necessidade de um prévio juízo de cognição e ulterior
juízo de execução processado perante as autoridades judiciárias. Assim, uma ordem
para dissolução de comício ou passeata, quando estes sejam perturbadores da
tranquilidade pública, será coativamente assegurada pelos órgãos administrativos.
Estes se dispensam de obter uma declaração preliminar do Judiciário, seja para
declaração do caráter turbulento do comício ou da passeata, seja para determinar
sua dissolução.

e) é medida regular autoexecutória que configura expressão do poder


de polícia da Administração pública, ficando diferida a oportunidade de
defesa pelo autuado.
Nosso gabarito, pois o atributo da autoexecutoriedade permite a administração
pública executar ordens sem prévia autorização judicial deslocando o contraditório
para um momento posterior a prática do ato de polícia.
Cuidado, pois a autoexecutoriedade jamais afasta a apreciação judicial do ato,
apenas dispensa a administração de obter ordem judicial prévia para poder praticá-
lo. Afirmamos que nesses casos o CONTRADITÓRIO, que é uma garantia
constitucional, será exercido: (são sinônimos)
A posteriori;
De forma diferida;
De forma protraída;
Postergado.

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14. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador – BA Prova: Especialista em Políticas
Públicas

José, Agente de Polícia da Assembleia Legislativa da Bahia, no exercício de suas funções,


exercia o controle dos acessos e das saídas das pessoas das instalações da Casa
Legislativa.

O cidadão Joaquim, para entrar no parlamento estadual, passou pelo portal detector de
metais, momento em que o aparelho emitiu som e acendeu a luz vermelha, constatando
a presença de algum metal. Em seguida, com a concordância de Joaquim, José procedeu
à sua revista pessoal, encontrando apenas um celular que o cidadão carregava no bolso,
sendo-lhe franqueado o acesso à Assembleia.

No caso em tela, a atuação de José foi embasada no poder administrativo

a) hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em situação de


superioridade hierárquica em relação ao particular administrado.

b) normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder de estabelecer


regras concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de garantir a ordem na repartição.

c) disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a prerrogativa de


disciplinar as rotinas administrativas necessárias para segurança do órgão público.

d) de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação repressiva, tem o


poder discricionário de fixar regras gerais e abstratas para garantir a normalidade das
atividades da repartição, em razão da supremacia do interesse público.

e) de polícia, pois o agente público, no exercício de ação fiscalizadora e preventiva, tem


o poder de praticar atos concretos, na forma da lei, para condicionar a liberdade dos
indivíduos, pela supremacia do interesse público.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em


situação de superioridade hierárquica em relação ao particular
administrado.
hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em situação de
superioridade hierárquica em relação ao particular administrado. Afirmativa errada,
pois não existe hierarquia entre a administração pública e os particulares.

b) normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder


de estabelecer regras concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de
garantir a ordem na repartição.
normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder de
estabelecer regras concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de garantir a ordem
na repartição. Afirmativa errada, pois o poder normativo tem sua manifestação na

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possibilidade que outras autoridades possam editar atos normativos. Enquanto o


poder regulamentar é exclusivo do chefe do poder executivo, o poder normativo é
aquele utilizado por outras autoridades da administração pública.

c) disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a


prerrogativa de disciplinar as rotinas administrativas necessárias para
segurança do órgão público.
disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a prerrogativa
de disciplinar as rotinas administrativas necessárias para segurança do órgão público.
Afirmativa errada, pois não há manifestação do poder disciplinar porque ele é
utilizado para aplicar sanções a servidores e particulares que possuem um vínculo
jurídico específico com a administração.

d) de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação


repressiva, tem o poder discricionário de fixar regras gerais e abstratas para
garantir a normalidade das atividades da repartição, em razão da
supremacia do interesse público.
de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação repressiva,
tem o poder discricionário de fixar regras gerais e abstratas para garantir a
normalidade das atividades da repartição, em razão da supremacia do interesse
público. Afirmativa errada, pois temos na verdade a manifestação do poder de polícia
em seu ciclo de consentimento.

e) de polícia, pois o agente público, no exercício de ação fiscalizadora


e preventiva, tem o poder de praticar atos concretos, na forma da lei, para
condicionar a liberdade dos indivíduos, pela supremacia do interesse
público.
Nosso gabarito, pois o Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em


situação de superioridade hierárquica em relação ao particular
administrado.
Afirmativa errada, pois não existe hierarquia entre a administração pública e os
particulares.
O Poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é o de que
dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal”.

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b) normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder


de estabelecer regras concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de
garantir a ordem na repartição.
Afirmativa errada, pois o poder normativo tem sua manifestação na
possibilidade que outras autoridades possam editar atos normativos. Enquanto o
poder regulamentar é exclusivo do chefe do poder executivo, o poder normativo é
aquele utilizado por outras autoridades da administração pública.
Cite-se, por exemplo, o presidente do Senado ou o presidente do Supremo
Tribunal Federal. É inegável que tais figuras públicas são autoridades, mas não são
chefes do poder executivo. Portanto, quando editarem atos normativos, estarão
fazendo uso do referido poder normativo. No caso concreto, temos o chefe do
ministério público do Rio de Janeiro, que é uma autoridade, mas por não ser chefe
do poder executivo não há que se falar em manifestação do poder regulamentar, mas
sim manifestação do poder normativo.
Lembrando que, assim como o poder regulamenta, ele não possui caráter
originário, mas sim derivado. Portanto, o referido poder não tem a capacidade de
inovar no mundo do direito, ou seja, ele não pode criar novos direitos e novos
obrigações. Sua atuação deve se restringir a completar, complementar e explicar
aquilo que uma lei já trouxe ao mundo jurídico. Os atos administrativos normativos
devem possuir determinações gerais e abstratas.

c) disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a


prerrogativa de disciplinar as rotinas administrativas necessárias para
segurança do órgão público.
Afirmativa errada, pois o poder disciplinar se manifesta quando a Administração
Pública aplica sanções a duas classes de pessoas:

1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE os seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria; e a cassação de disponibilidade;

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

d) de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação


repressiva, tem o poder discricionário de fixar regras gerais e abstratas para
garantir a normalidade das atividades da repartição, em razão da
supremacia do interesse público.
Afirmativa errada, pois não temos na doutrina um poder administrativo
chamado de segurança pública. O que ocorre na verdade é a manifestação do poder

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de polícia em seu ciclo de consentimento, que consiste na prévia anuência da


administração e se materializa com as licenças e autorizações.

e) de polícia, pois o agente público, no exercício de ação fiscalizadora


e preventiva, tem o poder de praticar atos concretos, na forma da lei, para
condicionar a liberdade dos indivíduos, pela supremacia do interesse
público.
Nosso gabarito, pois o Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
Sua base legal se encontra no artigo 78 do código tributário nacional, e sua
existência serve para o pagamento de um tributo chamado de TAXA.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art.78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou Liberdade, regula a prática do ato ou
abstenção do fato em razão do interesse público concernente à segurança à higiene
à ordem aos costumes à disciplina da proteção e do mercado ao exercício das
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público a
tranquila pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

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15. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador – BA Prova: Agente de Fiscalização
Municipal

João, agente de fiscalização do Município de Salvador, na área de meio ambiente e


serviços públicos, no exercício da função, fiscalizava o exercício de atividades e
veiculação de publicidade por meio de engenhos publicitários, para garantir o
cumprimento das leis, regulamentos e normas pertinentes.

Ao verificar uma irregularidade cometida pelo particular fiscalizado por transgressão à


legislação específica, João providenciou as pertinentes lavraturas da notificação, auto de
infração e intimação.

A conduta de João, na hipótese descrita, está calcada no poder administrativo

a) regulamentar, que autoriza a Administração Pública a fiscalizar e sancionar o


particular que pratica qualquer ato tipificado como infração administrativa.

b) disciplinar, que autoriza a Administração Pública a regulamentar e punir o particular


que causa qualquer ato que viole o interesse público.

c)de vinculação, que autoriza a Administração Pública a editar atos concretos e


específicos para determinar a forma como cada particular deve exercer suas atividades

d) de polícia, que autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da


liberdade e da propriedade em favor do interesse público.

e) de hierarquia, que autoriza a Administração Pública a restringir as atividades


privadas em favor do interesse público, independentemente de prévia lei sobre o tema.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) regulamentar, que autoriza a Administração Pública a fiscalizar e


sancionar o particular que pratica qualquer ato tipificado como infração
administrativa.
regulamentar, que autoriza a Administração Pública a fiscalizar e sancionar o
particular que pratica qualquer ato tipificado como infração administrativa. Afirmativa
errada, pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação de punições a
particulares de um modo geral é o poder de polícia.

b) disciplinar, que autoriza a Administração Pública a regulamentar e


punir o particular que causa qualquer ato que viole o interesse público.
disciplinar, que autoriza a Administração Pública a regulamentar e punir o
particular que causa qualquer ato que viole o interesse público. Afirmativa errada,
pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação de punições a particulares de
um modo geral é o poder de polícia.

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c) de vinculação, que autoriza a Administração Pública a editar atos


concretos e específicos para determinar a forma como cada particular deve
exercer suas atividades.
de vinculação, que autoriza a Administração Pública a editar atos concretos e
específicos para determinar a forma como cada particular deve exercer suas
atividades. Afirmativa errada, pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação
de punições a particulares de um modo geral é o poder de polícia.

d) de polícia, que autoriza a Administração Pública a restringir o uso e


o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse público.
Nosso gabarito, pois o Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

e) de hierarquia, que autoriza a Administração Pública a restringir as


atividades privadas em favor do interesse público, independentemente de
prévia lei sobre o tema.
de hierarquia, que autoriza a Administração Pública a restringir as atividades
privadas em favor do interesse público, independentemente de prévia lei sobre o
tema. Afirmativa errada, pois não existe hierarquia entre a administração pública e
os particulares.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) regulamentar, que autoriza a Administração Pública a fiscalizar e


sancionar o particular que pratica qualquer ato tipificado como infração
administrativa.
Afirmativa errada, pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação de
punições a particulares de um modo geral é o poder de polícia. O poder regulamentar
destina-se a explicitar o teor das leis, preparando sua execução, completando-as, se
for o caso. Do exercício do poder regulamentar resulta a expedição de regulamentos,
veiculados por meio de decretos. Trata-se dos chamados regulamentos de execução,
de competência privativa do Chefe do Executivo, são atos administrativos que
estabelecem normas gerais.
Segundo lição do grande mestre José dos Santos Carvalho Filho, o poder
regulamentar representa uma prerrogativa de direito público, pois é conferido aos
órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses públicos. Sob o enfoque de
que os atos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar é de natureza
derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei preexistente. Já as leis
constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da
Constituição.

b) disciplinar, que autoriza a Administração Pública a regulamentar e


punir o particular que causa qualquer ato que viole o interesse público.
Afirmativa errada, pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação de
punições a particulares de um modo geral é o poder de polícia. O poder disciplinar só
autoriza a Administração Pública a fiscalizar e sancionar os servidores públicos e os

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particulares que possuam um vínculo jurídico específico com ela, como os


permissionários e concessionários.

c) de vinculação, que autoriza a Administração Pública a editar atos


concretos e específicos para determinar a forma como cada particular deve
exercer suas atividades.
Afirmativa errada, pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação de
punições a particulares de um modo geral é o poder de polícia.
Temos a manifestação do poder vinculado quando a lei atribui determinada
competência definindo todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir
margem de liberdade para o agente público escolher a melhor forma de agir. Onde
houver vinculação, o agente público é um simples executor da vontade legal. O ato
resultante do exercício dessa competência é denominado de ato vinculado.

d) de polícia, que autoriza a Administração Pública a restringir o uso e


o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse público.
Nosso gabarito, pois o poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

Conceito firmado por MARCELO CAETANO:


“É o modo de atuar da autoridade administrativa que consiste em intervir no
exercício das atividades individuais suscetíveis de fazer perigar interesses gerais,
tendo por objeto evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais
que a lei procura prevenir.”

Conceito do professor José Dos Santos Carvalho Filho:


“Entendemos se possa conceituar o poder de polícia como a prerrogativa de
direito público que, calcada na lei, autoriza a Administração Pública a restringir o uso
e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade.”

e) de hierarquia, que autoriza a Administração Pública a restringir as


atividades privadas em favor do interesse público, independentemente de
prévia lei sobre o tema.
Afirmativa errada, o que temos no anunciado na questão é a manifestação do
poder de polícia e ele é utilizado para restringir o uso e gozo de bens e direitos
individuais dos particulares. Portanto, vale a pena frisar que não existe hierarquia
entre a administração pública e os particulares.

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16. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: UFABC Prova: Administrador

O Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo, com relação à reclamação de


poluição sonora, informa que “O Programa de Silêncio Urbano (PSIU) fiscaliza ruídos
excessivos, visando tornar mais pacífica a convivência entre estabelecimentos e os
moradores da vizinhança”. Em situações como ocorrência de veículo estacionado na rua
com som muito alto e realização de baile funk (pancadão) na via pública, sendo estas
denunciadas por cidadãos e moradores, serão coibidas pela gestão pública a partir do
poder denominado.

a) de polícia, que é um mecanismo que a Administração Pública tem para conter os


abusos do direito individual.

b) disciplinar, pois se trata de uma prerrogativa do Estado intervir em situações contra


a paz e o bem-estar coletivo.

c) vinculado, pois, em casos de flagrante abuso de liberdade individual, deve-se agir com
rigor e punição em prol do bem-estar coletivo.

d) discricionário, ou seja, trata-se de um poder do Estado para agir em casos de invasão


da privacidade alheia e de perturbação da paz e do bem-estar individual.
e) hierárquico, na medida em que os direitos individuais se subjugam aos interesses
coletivos, e, nos casos citados, há claro desrespeito.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) de polícia, que é um mecanismo que a Administração Pública tem


para conter os abusos do direito individual.
Nosso gabarito, pois o poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

b) disciplinar, pois se trata de uma prerrogativa do Estado intervir em


situações contra a paz e o bem-estar coletivo.
disciplinar, pois se trata de uma prerrogativa do Estado intervir em situações
contra a paz e o bem-estar coletivo. Afirmativa errada, pois o poder que permite a
fiscalização e a aplicação de punições a particulares de um modo geral é o poder de
polícia.

c) vinculado, pois, em casos de flagrante abuso de liberdade individual,


deve-se agir com rigor e punição em prol do bem-estar coletivo.
vinculado, pois, em casos de flagrante abuso de liberdade individual, deve-se
agir com rigor e punição em prol do bem-estar coletivo. Afirmativa errada, pois o
poder vinculado é aquele que a administração atua sem margem de escolha.

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d) discricionário, ou seja, trata-se de um poder do Estado para agir em


casos de invasão da privacidade alheia e de perturbação da paz e do bem-
estar individual.
discricionário, ou seja, trata-se de um poder do Estado para agir em casos de
invasão da privacidade alheia e de perturbação da paz e do bem-estar individual.
Afirmativa errada, pois, na discricionariedade, o legislador atribui certa competência
à Administração Pública, reservando uma margem de liberdade para que o agente
público, diante da situação concreta, possa selecionar entre as opções predefinidas
qual a mais apropriada para defender o interesse público.

e) hierárquico, na medida em que os direitos individuais se subjugam


aos interesses coletivos, e, nos casos citados, há claro desrespeito.
hierárquico, na medida em que os direitos individuais se subjugam aos
interesses coletivos, e, nos casos citados, há claro desrespeito. Afirmativa errada,
pois não existe hierarquia entre a administração pública e os particulares.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) de polícia, que é um mecanismo que a Administração Pública tem


para conter os abusos do direito individual.
Nosso gabarito, pois o poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
administração pública para CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO de gozo de bens
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

Conceito do Poder de polícia firmado por Marcelo Caetano:

“É o modo de atuar da autoridade administrativa que consiste em intervir no


exercício das atividades individuais suscetíveis de fazer perigar interesses gerais,
tendo por objeto evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais
que a lei procura prevenir.”

Conceito do poder de polícia apresentado pelo professor José Dos Santos


Carvalho Filho:

“Entendemos se possa conceituar o poder de polícia como a prerrogativa de


direito público que, calcada na lei, autoriza a Administração Pública a restringir o uso
e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade.”

b) disciplinar, pois se trata de uma prerrogativa do Estado intervir em


situações contra a paz e o bem-estar coletivo.
Afirmativa errada, pois o poder que permite a fiscalização e a aplicação de
punições a particulares de um modo geral é o poder de polícia.
O poder disciplinar se manifesta quando a Administração Pública aplica sanções
a duas classes de pessoas:

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1ª classe de pessoas: quando a Administração pune INTERNAMENTE os seus


servidores que cometem infrações funcionais, como advertência; suspensão;
demissão; destituição de função comissionada; destituição de cargo comissionado;
cassação de aposentadoria e a cassação disponibilidade;

2ª classe de pessoas: quando a Administração pune os particulares que com


ela possuam UM VÍNCULO JURÍDICO ESPECÍFICO, podemos trazer os seguintes
exemplos:
• Estudantes de escola pública;
• Pacientes de hospital público;
• Presidiários;
• Concessionários;
• Permissionários; e
• Autorizatários de serviço público.

c) vinculado, pois, em casos de flagrante abuso de liberdade individual,


deve-se agir com rigor e punição em prol do bem-estar coletivo.
Opção errada, pois poder vinculado é o poder de praticar atos vinculados. Nesse
caso, não existe a chamada liberdade de atuação por parte do administrador;
alguns doutrinadores entendem ser mais um dever do que um poder propriamente
dito. Porém, em que pese encontrarmos divergências na doutrina, leve paras as
provas de concurso esse entendimento.

d) discricionário, ou seja, trata-se de um poder do Estado para agir em


casos de invasão da privacidade alheia e de perturbação da paz e do bem-
estar individual.

Afirmativa errada, pois a manifestação do poder discricionário está


intrinsecamente ligada à capacidade que a máquina pública tem de praticar os atos
COM MARGEM DE CONVENIÊNCIA OPORTUNIDADE, também chamado de MÉRITO. A
própria Administração Pública é obrigada a respeitar o princípio da Legalidade, sendo
que dentro dos atos legais teremos aqueles que são vinculados estudados no tópico
acima e aqueles em que a própria Administração Pública terá a margem de escolha;
claro, sempre pautado na razoabilidade e proporcionalidade, que são os princípios
limitadores do poder discricionário. Sua atuação está ligada aos elementos “MOTIVO”
ou “OBJETO”, pois são os únicos elementos do ato administrativo que podem ter
discricionariedade.

e) hierárquico, na medida em que os direitos individuais se subjugam


aos interesses coletivos, e, nos casos citados, há claro desrespeito.
Afirmativa errada, pois não existe hierarquia entre a administração pública e os
particulares.
O poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é o de que
dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal”.

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17. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SPPREV Prova: Analista em Gestão Previdenciária

O poder regulamentar e o poder de polícia exercidos pela Administração pública


possuem em comum

a) a possibilidade de instituição de direitos e obrigações por meio de atos


administrativos de natureza originária.

b) a delimitação da produção de efeitos ao âmbito interno da Administração pública.

c) o antagonismo com o poder disciplinar, posto que somente este possibilita edição de
atos normativos originários, pois os demais poderes são todos de natureza derivada.

d) a possibilidade de projetarem efeitos externos à Administração pública, atingindo


interesses, direitos e obrigações dos administrados, respeitados os direitos e garantias
individuais.

e) a identidade de fundamento com o poder hierárquico, que se destina aos


administrados integrantes da esfera funcionalmente vinculada à Administração pública.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) a possibilidade de instituição de direitos e obrigações por meio de


atos administrativos de natureza originária.
a possibilidade de instituição de direitos e obrigações por meio de atos
administrativos de natureza originária. Afirmativa errada, os atos administrativos não
possuem natureza originária, pois são derivados de uma fonte primária (lei em
sentido amplo).

b) a delimitação da produção de efeitos ao âmbito interno da


Administração pública.
a delimitação da produção de efeitos ao âmbito interno da Administração
pública. Afirmativa errada, pois o poder de polícia é utilizado no âmbito externo da
administração, ou seja, seu alvo são os particulares.

c) o antagonismo com o poder disciplinar, posto que somente este


possibilita edição de atos normativos originários, pois os demais poderes
são todos de natureza derivada.
o antagonismo com o poder disciplinar, posto que somente este possibilita
edição de atos normativos originários, pois os demais poderes são todos de natureza
derivada. Afirmativa errada, pois nenhum poder instrumental possibilita a edição de
atos de caráter originário, pois os atos administrativos não possuem natureza
originária já que são derivados de uma fonte primária (lei em sentido amplo).

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d) a possibilidade de projetarem efeitos externos à Administração


pública, atingindo interesses, direitos e obrigações dos administrados,
respeitados os direitos e garantias individuais.
Nosso gabarito, pois tanto o poder regulamentar como o poder de polícia
projetam efeitos externos, como na criação de decretos (poder regulamentar) e
limitando direitos individuais (poder de polícia).

e) a identidade de fundamento com o poder hierárquico, que se destina


aos administrados integrantes da esfera funcionalmente vinculada à
Administração pública.
a identidade de fundamento com o poder hierárquico, que se destina aos
administrados integrantes da esfera funcionalmente vinculada à Administração
pública. Afirmativa errada, pois o poder de polícia alcança quem não tem vínculo com
a administração.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) a possibilidade de instituição de direitos e obrigações por meio de


atos administrativos de natureza originária.
Afirmativa errada, é área de atuação limitada pelo princípio da legalidade, não
podendo produzir atos administrativos de natureza originária.
No tocante ao poder regulamentar, segundo lição do grande mestre José dos
Santos Carvalho Filho, representa uma prerrogativa de direito público, pois é
conferido aos órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses públicos. Sob
o enfoque de que os atos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar
é de natureza derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei
preexistente. Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária),
emanando diretamente da Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que
só se considera poder regulamentar típico a atuação administrativa de
complementação de leis, ou atos análogos a elas. Daí seu caráter derivado.
E em relação ao poder de polícia, o mesmo MESTRE nos afirma ser uma
prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a Administração Pública
a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da
coletividade.

b) a delimitação da produção de efeitos ao âmbito interno da


Administração pública.
Afirmativa errada, alcance do poder recomendar e do poder de polícia só
externos, pois aquele visa a dar fiel cumprimento à lei através de atos normativos
que possuem caráter geral e abstrato, não tendo uma coletividade determinada, e
este restringe e delimita uso gozo fruição os bens de direitos dos particulares.

c) o antagonismo com o poder disciplinar, posto que somente este


possibilita edição de atos normativos originários, pois os demais poderes
são todos de natureza derivada.

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Afirmativa errada, no tocante ao poder regulamentar, segundo lição do grande


mestre José dos Santos Carvalho Filho, representa uma prerrogativa de direito
público, pois é conferido aos órgãos que têm a incumbência de gestão dos interesses
públicos. Sob o enfoque de que os atos podem ser originários e derivados, o poder
regulamentar é de natureza derivada (ou secundária): somente é exercido à
luz de lei preexistente. Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária),
emanando diretamente da Constituição. Nesse aspecto, é importante observar que
só se considera poder regulamentar típico a atuação administrativa de
complementação de leis, ou atos análogos a elas. Daí seu caráter derivado.
Quanto ao poder de polícia, só poderá ser usado para editar normas primárias
quando for usada em seu sentido amplo pelo poder legislativo que é, em regra, o
poder que tem a capacidade de inovar no mundo do direito através das leis.

d) a possibilidade de projetarem efeitos externos à Administração


pública, atingindo interesses, direitos e obrigações dos administrados,
respeitados os direitos e garantias individuais.
Nosso gabarito, ambos os poderes citados no enunciado têm por alvo os
particulares, ou seja, visam à produção de efeitos, têm um âmbito externo à atuação
da administração.
O poder regulamentar é aquele que se manifesta através do chefe do poder
executivo para editar decretos que regulamentam as leis, seu objetivo é dar fiel
execução a ela. Na esfera federal, temos o presidente; na esfera estadual, temos o
governador; e na esfera municipal, temos o prefeito.
Ele não possui caráter originário, mas sim derivado, portanto o referido poder
não tem a capacidade de inovar no mundo do direito, ou seja, ele não pode criar
novos direitos e novas obrigações. Sua atuação deve se restringir a completar,
complementar e explicar aquilo que uma lei já trouxe ao mundo jurídico. Os atos
administrativos normativos devem possuir determinações gerais e abstratas.
E o poder de polícia é aquele que serve para condicionar, limitar e restringir o
uso, gozo e fruição de direitos individuais e bens de natureza particular em prol da
coletividade.
Sua base legal se encontra no artigo 78 do código tributário nacional e sua
existência serve para o pagamento de um tributo chamado de TAXA.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art.78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou Liberdade, regula a prática do ato ou
abstenção do fato em razão do interesse público concernente à segurança à higiene
à ordem aos costumes à disciplina da proteção e do mercado ao exercício das
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público a
tranquila pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

e) a identidade de fundamento com o poder hierárquico, que se destina


aos administrados integrantes da esfera funcionalmente vinculada à
Administração pública.
Afirmativa errada, pois o poder hierárquico está pautado na existência de
escalonamento das posições entre os ÓRGÃOS E AGENTES sempre no âmbito

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de uma mesma pessoa jurídica. Por ele é possível observamos a relação hierárquica,
ou seja, a relações entre superior e subordinado que são típicas na organização
administrativa.
O poder hierárquico, no magistério de Hely Lopes Meirelles, “é o de que dispõe
o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a
atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal”.

18. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: Juiz Substituto
A atuação da Administração Pública se dá sob diferentes formas, sendo o exercício do
poder de polícia uma de suas expressões,

a) presente na aplicação de sanções a particulares que contratam com a Administração


ou com ela estabelecem qualquer vínculo jurídico, alçando a Administração a uma
posição de supremacia em prol da consecução do interesse público.

b) presente nas limitações administrativas às atividades do particular, tendo como


principal atributo a imperatividade, que assegura a aplicação de medidas repressivas,
independentemente de previsão legal expressa, a critério do agente público.

c) dotada de exigibilidade, que confere meios indiretos para sua execução, como a
aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei ou para evitar danos
irreparáveis ao interesse público, a autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de
coação.

d) verificada apenas quando há atuação repressiva do poder público, tanto na esfera


administrativa, com aplicação de multas e sanções, como na esfera judiciária, com
apreensão de bens e restrições a liberdades individuais.

e) dotada de imperatividade, porém não de coercibilidade, pressupondo, assim, a prévia


autorização judicial para a adoção de medidas que importem restrição à propriedade ou
liberdade individual.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) presente na aplicação de sanções a particulares que contratam com


a Administração ou com ela estabelecem qualquer vínculo jurídico, alçando
a Administração a uma posição de supremacia em prol da consecução do
interesse público.
presente na aplicação de sanções a particulares que contratam com a
Administração ou com ela estabelecem qualquer vínculo jurídico, alçando a
Administração a uma posição de supremacia em prol da consecução do interesse
público. Afirmativa errada, pois particulares que contratam com a Administração caso
sejam punidos sofrerão a incidência do poder disciplinar.

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b) presente nas limitações administrativas às atividades do particular,


tendo como principal atributo a imperatividade, que assegura a aplicação de
medidas repressivas, independentemente de previsão legal expressa, a
critério do agente público.
presente nas limitações administrativas às atividades do particular, tendo como
principal atributo a imperatividade, que assegura a aplicação de medidas repressivas,
independentemente de previsão legal expressa, a critério do agente público.
Afirmativa errada quando traz a expressão “independentemente de previsão legal
expressa”, pois a administração deve sempre respeitar o principia da legalidade.

c) dotada de exigibilidade, que confere meios indiretos para sua


execução, como a aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei
ou para evitar danos irreparáveis ao interesse público, a
autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de coação.
Nosso gabarito, pois a doutrina majoritária vai nos apresentar um
desdobramento da autoexecutoriedade em DOIS NÍVEIS, sendo um deles a
EXIGIBILIDADE, que é o privilégio pelo qual a administração utiliza MEIOS
INDIRETOS para constranger o administrado a adotar determinada conduta, diz-se
que a imposição administrativa é EXIGÍVEL, mas não é EXECUTÓRIA. Exemplo:
multa.

d) verificada apenas quando há atuação repressiva do poder público,


tanto na esfera administrativa, com aplicação de multas e sanções, como na
esfera judiciária, com apreensão de bens e restrições a liberdades
individuais.
verificada apenas quando há atuação repressiva do poder público, tanto na
esfera administrativa, com aplicação de multas e sanções, como na esfera judiciária,
com apreensão de bens e restrições a liberdades individuais. Afirmativa errada, pois
temos a manifestação do poder de polícia administrativa também na forma
preventiva, como na fiscalização.

e) dotada de imperatividade, porém não de coercibilidade,


pressupondo, assim, a prévia autorização judicial para a adoção de medidas
que importem restrição à propriedade ou liberdade individual.
dotada de imperatividade, porém não de coercibilidade, pressupondo, assim, a
prévia autorização judicial para a adoção de medidas que importem restrição à
propriedade ou liberdade individual. Afirmativa errada, pois o poder de polícia é
dotado de três atributos, sendo eles a DISCRICIONARIEDADE, a COERCIBILIDADE e
a AUTOEXECUTORIEDADE.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) presente na aplicação de sanções a particulares que contratam com


a Administração ou com ela estabelecem qualquer vínculo jurídico, alçando
a Administração a uma posição de supremacia em prol da consecução do
interesse público.
Afirmativa errada, pois particulares que contratam com a Administração caso
sejam punidos sofrerão a incidência do poder disciplinar.
Nas palavras dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, o poder
disciplinar (trata-se, a rigor, de um poder-dever) possibilita à administração pública:

1º) punir internamente as infrações funcionais de seus servidores; e

2º) punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados


mediante algum vínculo jurídico específico (por exemplo, a punição pela
administração de um particular que com ela tenha celebrado um contrato
administrativo e descumpra as obrigações contratuais que assumiu).

b) presente nas limitações administrativas às atividades do particular,


tendo como principal atributo a imperatividade, que assegura a aplicação de
medidas repressivas, independentemente de previsão legal expressa, a
critério do agente público.
Afirmativa errada quando traz a expressão “independentemente de previsão
legal expressa”, pois a administração deve sempre respeitar o principia da legalidade.
Sua definição é bem concisa, significa que a Administração Pública, seja ela
direta ou indireta, só pode praticar as condutas autorizadas em lei.
c) dotada de exigibilidade, que confere meios indiretos para sua
execução, como a aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei
ou para evitar danos irreparáveis ao interesse público, a
autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de coação.
Nosso gabarito, pois a doutrina majoritária vai nos apresentar um
desdobramento da autoexecutoriedade em DOIS NÍVEIS, sendo um deles a
EXIGIBILIDADE, que é o privilégio pelo qual a administração utiliza MEIOS
INDIRETOS para constranger o administrado a adotar determinada conduta, diz-se
que a imposição administrativa é EXIGÍVEL, mas não é EXECUTÓRIA. Exemplo:
multa.
Temos ainda a EXECUTORIEDADE, que é o atributo que permite a
Administração executar diretamente a sua decisão pelo uso da força SEM ir antes a
juízo e SEM necessitar do poder judiciário.
Nesse caso, a administração emprega MEIOS DIRETOS DE COERÇÃO,
obrigando materialmente o administrado a fazer algo se utilizando inclusive da força.
Exemplo: quando a Administração através de seus agentes apreende
mercadorias com prazo de validade vencido ou vendidas em local proibido e reboca
carros em estacionados em locais proibidos.

MUDE SUA VIDA!


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d) verificada apenas quando há atuação repressiva do poder público,


tanto na esfera administrativa, com aplicação de multas e sanções, como na
esfera judiciária, com apreensão de bens e restrições a liberdades
individuais.
Afirmativa errada, pois temos a manifestação do poder de polícia administrativa
na forma preventiva como regra e, também, na forma repressiva.

• Forma preventiva, tentando evitar o dano à coletividade, exemplos:


1. Autorização (ato discricionário);
2. Fiscalização;
3. Licença (ato vinculado);
4. Vistoria.

• Forma repressiva, para dar um fim na atividade lesiva, exemplos:


1. Internação de pessoas com doença contagiosa;
2. Dissolução de reunião;
3. Apreensão de mercadorias deterioradas.

e) dotada de imperatividade, porém não de coercibilidade,


pressupondo, assim, a prévia autorização judicial para a adoção de medidas
que importem restrição à propriedade ou liberdade individual.
Afirmativa errada, pois o poder de polícia é dotado de três atributos, sendo eles
a DISCRICIONARIEDADE, a COERCIBILIDADE e a AUTOEXECUTORIEDADE.

• DISCRICIONARIEDADE: significa que a Administração terá certa liberdade


de atuação do poder de polícia, podendo valorar a oportunidade e conveniência da
prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis. Atenção! Nem sempre o poder
de polícia será discricionário, mas, em regra, possui essa discricionariedade.

• COERCIBILIDADE: caracteriza-se pela imposição coativa das medidas


adotadas pela Administração, que, diante de eventuais resistências dos
administrados, pode se valer, inclusive, da força pública para garantir o seu
cumprimento

• AUTOEXECUTORIEDADE: a Administração Pública possui a prerrogativa de


decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de
intervenção judicial.

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19. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: Analista Judiciário - Direito

A atuação da Administração pública está sujeita a controle interno e externo, sob


diversos aspectos. O controle dos atos e medidas praticados pela Administração no
exercício do poder de polícia

a) limita-se ao controle judicial, sob o prisma da legalidade e do mérito, na medida em


que se trata de atuação instituidora de limitações individuais.

b) envolve verificação, pelo Poder Judiciário, do cumprimento de garantias individuais,


a exemplo do princípio da ampla defesa e do contraditório, ainda que sejam diferidos em
situações de urgência.

c) restringe-se à revisão pela própria Administração para fins de anulação, diante de


vício de legalidade, não admitindo juízo discricionário para revogação.

d) pode ser exercido pelo Legislativo, considerando que inexiste margem de


discricionariedade na atuação de polícia da Administração, que deve seguir os termos
expressos da lei.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) limita-se ao controle judicial, sob o prisma da legalidade e do mérito,


na medida em que se trata de atuação instituidora de limitações individuais.
limita-se ao controle judicial, sob o prisma da legalidade e do mérito, na medida
em que se trata de atuação instituidora de limitações individuais. Afirmativa errada,
pois no controle judicial não é possível observar o mérito do ato de polícia.

b) envolve verificação, pelo Poder Judiciário, do cumprimento de


garantias individuais, a exemplo do princípio da ampla defesa e do
contraditório, ainda que sejam diferidos em situações de urgência.
Nosso gabarito, pois, de fato, o atributo da autoexecutoriedade tem a
capacidade de deslocar para um momento posterior a realização do contraditório e a
ampla defesa do particular, direito este que pode ser exercido tanto na via
administrativa como na via judicial.

c) restringe-se à revisão pela própria Administração para fins de


anulação, diante de vício de legalidade, não admitindo juízo discricionário
para revogação.
restringe-se à revisão pela própria Administração para fins de anulação, diante
de vício de legalidade, não admitindo juízo discricionário para revogação. Afirmativa
errada, pois o judiciário também pode, mediante provocação, anular um ato
administrativo pautado no poder de polícia caso este ato esteja maculado.

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d) pode ser exercido pelo Legislativo, considerando que inexiste


margem de discricionariedade na atuação de polícia da Administração, que
deve seguir os termos expressos da lei.
pode ser exercido pelo Legislativo, considerando que inexiste margem de
discricionariedade na atuação de polícia da Administração, que deve seguir os termos
expressos da lei. Afirmativa errada, pois um dos principais atributos do poder de
polícia é justamente a discricionariedade.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) limita-se ao controle judicial, sob o prisma da legalidade e do mérito,


na medida em que se trata de atuação instituidora de limitações individuais.
Afirmativa errada, pois no controle judicial não é possível observar o mérito do
ato de polícia. O controle judicial limita-se ao aspecto da legalidade do ato
administrativo e ainda assim só pode ser realizado através de requerimento, ou seja,
para o que judiciário possa analisar a legalidade de um ato administrativo praticado
por outro Poder precisa ser provocado.

b) envolve verificação, pelo Poder Judiciário, do cumprimento de


garantias individuais, a exemplo do princípio da ampla defesa e do
contraditório, ainda que sejam diferidos em situações de urgência.
Nosso gabarito, pois, de fato, o atributo da autoexecutoriedade tem a
capacidade de deslocar para um momento posterior a realização do contraditório e a
ampla defesa do particular, direito este que pode ser exercido tanto na via
administrativa como na via judicial.
IMPORTANTÍSSIMO

A autoexecutoriedade jamais afasta a apreciação judicial do ato, apenas


dispensa a administração de obter ordem judicial prévia para poder praticá-lo.
Afirmamos que nesses casos o CONTRADITÓRIO, que é uma garantia constitucional,
será exercido: (são sinônimos)
A posteriori;
De forma diferida;
De forma protraída;
Postergado;

c) restringe-se à revisão pela própria Administração para fins de


anulação, diante de vício de legalidade, não admitindo juízo discricionário
para revogação.
Afirmativa errada, pois a revisão de um ato administrativo pode se dar tanto
na via administrativa como na via judicial para averiguação da legalidade de um ato.
Em se encontrando um ato ilegal, tanto a administração pública como o poder
judiciário poderão realizar a chamada anulação, o que não é possível por parte do
judiciário é a análise de mérito de um ato administrativo, ou seja, não é possível que
ele revogue um ato praticado por outro poder.

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d) pode ser exercido pelo Legislativo, considerando que inexiste


margem de discricionariedade na atuação de polícia da Administração, que
deve seguir os termos expressos da lei.
Afirmativa errada, pois um dos principais atributos do poder de polícia é
justamente a discricionariedade.

DISCRICIONARIEDADE: significa que a Administração terá certa liberdade


de atuação do poder de polícia, podendo valorar a oportunidade e conveniência da
prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis. Atenção! Nem sempre o poder
de polícia será discricionário, mas, em regra, possui essa discricionariedade.

20. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarulhos – SP Prova: Inspetor Fiscal
Sobre o poder de polícia, assinale a alternativa correta.

a) Via de regra o poder de polícia não é autoexecutória, dependendo de ordem judicial


para ser implementado.
b) O ciclo de polícia é composto por apenas três fases: consentimento, fiscalização e
coerção.

c) Em regra o exercício do poder de polícia é caracterizado pela discricionariedade.

d) É inconstitucional a atribuição, às guardas municipais, do exercício de poder de


polícia de trânsito, pois tal poder é indelegável.

e) O poder de polícia pode ser praticado com o objetivo de assegurar o interesse público,
ainda que suprima o núcleo essencial dos direitos fundamentais.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Via de regra o poder de polícia não é autoexecutória, dependendo de


ordem judicial para ser implementado.
Via de regra o poder de polícia não é autoexecutória, dependendo de ordem
judicial para ser implementado. Afirmativa errada, pois um dos principais atributos
do poder de polícia é justamente a AUTOEXECUTORIEDADE pela qual a Administração
Pública possui a prerrogativa de decidir e executar sua decisão por seus próprios
meios, sem necessidade de intervenção judicial.

b) O ciclo de polícia é composto por apenas três fases: consentimento,


fiscalização e coerção.
O ciclo de polícia é composto por apenas três fases: consentimento, fiscalização
e coerção. Afirmativa errada, pois são quatro ciclos de polícia: ORDEM,
CONSENTIMENTO, FISCALIZAÇÃO E SANÇÃO.

MUDE SUA VIDA!


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c) Em regra o exercício do poder de polícia é caracterizado pela


discricionariedade.
Nosso gabarito, pois, de fato, o poder de polícia é caracterizado, via de regra,
pela discricionariedade, porém, em algumas situações, é possível termos o poder de
polícia se manifestando de forma vinculada, como é o caso da licença para dirigir.

d) É inconstitucional a atribuição, às guardas municipais, do exercício


de poder de polícia de trânsito, pois tal poder é indelegável.
É inconstitucional a atribuição, às guardas municipais, do exercício de poder de
polícia de trânsito, pois tal poder é indelegável. Afirmativa errada, pois as guardas
municipais podem e devem fazer uso do poder de polícia administrativa. Outro erro
está em afirmar que este poder é indelegável, pois ele pode ser delegado para
pessoas jurídicas da administração pública indireta que sejam regidas pelo Direito
Público.

e) O poder de polícia pode ser praticado com o objetivo de assegurar o


interesse público, ainda que suprima o núcleo essencial dos direitos
fundamentais.
O poder de polícia pode ser praticado com o objetivo de assegurar o interesse
público, ainda que suprima o núcleo essencial dos direitos fundamentais. Afirmativa
errada, pois não é possível suprimir o núcleo essencial dos direitos fundamentais
através do poder de polícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Via de regra o poder de polícia não é autoexecutória, dependendo de


ordem judicial para ser implementado.
Afirmativa errada, pois um dos principais atributos do poder de polícia é
justamente a AUTOEXECUTORIEDADE pela qual a Administração Pública possui a
prerrogativa de decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem
necessidade de intervenção judicial.

AUTOEXECUTORIEDADE: a Administração Pública possui a prerrogativa de


decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de
intervenção judicial.
b) O ciclo de polícia é composto por apenas três fases: consentimento,
fiscalização e coerção.
Afirmativa errada, pois são quatro ciclos de polícia: ORDEM, CONSENTIMENTO,
FISCALIZAÇÃO E SANÇÃO.

CICLO DE POLÍCIA

1. ORDEM DE POLÍCIA: corresponde à legislação que estabelece os limites e


condicionamentos ao exercício das atividades o uso de bens.

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2. CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: consiste na prévia anuência da administração


e se materializa com as licenças e autorizações.

3. FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: é a atividade pela qual a administração verifica


se está havendo o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular.

4. SANÇÃO DE POLÍCIA: é atuação coercitiva pela qual a administração aplica


ao infrator uma medida repressiva prevista lei.

c) Em regra o exercício do poder de polícia é caracterizado pela


discricionariedade.
Nosso gabarito, pois, de fato, o poder de polícia é caracterizado, via de regra,
pela discricionariedade, porém em algumas situações é possível termos o poder de
polícia se manifestando de forma vinculada, como é o caso da licença para dirigir.

O professor Celso Antônio Bandeira de Mello nos ensina:

“Costuma-se afirmar que o poder de polícia é atividade discricionária.


Obviamente, tomada a expressão em seu sentido amplo, isto é, abrangendo as leis
condicionadoras da liberdade e da propriedade em proveito do bem-estar coletivo, a
assertiva é válida, desde que se considere a ação do Legislativo como gozando de tal
atributo.· Ocorre que se pretende caracterizar como discricionário o próprio poder de
polícia administrativa. A afirmativa deixa, então, de ter procedência.
No caso específico da polícia administrativa é fácil demonstrá-lo. Basta
considerar que, enquanto as autorizações, atos típicos da polícia administrativa, são
expedidas no uso de competência exercitável discricionariamente, as licenças,
igualmente expressões típicas dela, são atos vinculados, consoante pacífico
entendimento da doutrina.”

d) É inconstitucional a atribuição, às guardas municipais, do exercício


de poder de polícia de trânsito, pois tal poder é indelegável.
Afirmativa errada, pois as guardas municipais podem e devem fazer uso do
poder de polícia administrativa. Outro erro está em afirmar que este poder é
indelegável, pois ele pode ser delegado para pessoas jurídicas da administração
pública indireta que sejam regidas pelo Direito Público.

• PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO: é aquele exercido pela Administração


direta, ou seja, pelos entes políticos (União, estados, DF e municípios).
• PODER DE POLÍCIA DELEGADO: é aquele exercido por algumas pessoas da
administração indireta, lembrando que estudamos que dentro da indireta temos
pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado. O poder de
polícia delegado é aquele que será utilizado apenas por pessoas jurídicas de direito
público da administração indireta, ou seja, as autarquias e as fundações quando
forem criadas por lei.

e) O poder de polícia pode ser praticado com o objetivo de assegurar o


interesse público, ainda que suprima o núcleo essencial dos direitos
fundamentais.

MUDE SUA VIDA!


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Afirmativa errada, pois não é possível suprimir o núcleo essencial dos direitos
fundamentais através do poder de polícia.
Segundo entendimento do STF, os direitos fundamentais estão inclusos nas
chamadas cláusulas pétreas que estão descritas no artigo 60 §4º da CRFB/88. Elas
não podem ser suprimidas nem por emendas constitucionais, quanto mais por atos
administrativos praticados sob a manifestação do poder de polícia.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO ........................................................................................................................................................ 10
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 11

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS)Prova: Assistente Administrativo

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 16ª ed.


2008. p. 122.
Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Agentes administrativos consistem naqueles agentes públicos que exercem funções de


alta direção e orientação da Administração Pública e, por isso, possuem prerrogativas
pessoais para garantir liberdade para suas tomadas de decisão.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS)Prova: Assistente Administrativo

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 16ª ed.


2008. p. 122.

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Agentes políticos têm sua competência extraída da Constituição Federal e normalmente


são investidos em seus cargos por eleição, nomeação ou designação.

Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 16ª ed.


2008. p. 122.

Os agentes públicos podem ser classificados em agentes políticos, agentes


administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados.

Certo ( ) Errado ( )

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4. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 16ª ed.


2008. p. 122.

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Emprego público é aquele exercido por agentes que mantêm relação em regime
estatutário com o Estado.

Certo ( ) Errado ( )

5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREA-GO Prova: Analista - Advogado

Julgue o item, relativo à impenhorabilidade dos bens públicos, aos agentes públicos e à
improbidade administrativa.

O servidor público vinculado a uma autarquia federal que exercer mandato eletivo de
deputado na Câmara Legislativa do Distrito Federal ficará afastado de seu cargo, sendo‐
lhe facultado optar por sua remuneração de origem.

Certo ( ) Errado ( )

6. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO – AC Prova: Assistente Administrativo (+ provas)
Muitos são os conceitos encontrados nos autores modernos de direito administrativo.
Alguns levam em conta apenas as atividades administrativas em si mesmas; outros
preferem dar relevo aos fins desejados pelo Estado. Em nosso entender, porém, o direito
administrativo, com a evolução que o vem impulsionando contemporaneamente, há de
focar‐se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas: uma, de caráter interno, que
existe entre as pessoas administrativas e entre os órgãos que as compõem; outra, de
caráter externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral.
José dos Santos Carvalho Filho. Manual de direito administrativo. 32ª ed., atual. e ampl.
São Paulo: Atlas, 2018 (com adaptações).
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item a respeito do direito
administrativo.

Chefes do Poder Executivo, como o presidente da República, os governadores e os


prefeitos, não são considerados como agentes públicos, uma vez que são detentores de
mandato eletivo.
Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO – AC Prova: Assistente Administrativo (+ provas)

Muitos são os conceitos encontrados nos autores modernos de direito administrativo.


Alguns levam em conta apenas as atividades administrativas em si mesmas; outros
preferem dar relevo aos fins desejados pelo Estado. Em nosso entender, porém, o direito
administrativo, com a evolução que o vem impulsionando contemporaneamente, há de
focar‐se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas: uma, de caráter interno, que
existe entre as pessoas administrativas e entre os órgãos que as compõem; outra, de
caráter externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral.

José dos Santos Carvalho Filho. Manual de direito administrativo.


32ª ed., atual. e ampl. São Paulo: Atlas, 2018 (com adaptações).
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item a respeito do direito
administrativo.

Todos aqueles que, a qualquer título, executem uma função pública como representantes
do Estado são considerados como agentes públicos, desde que exista justa e devida
remuneração pela função exercida.

Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Assistente Administrativo Fiscal

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item:

São considerados como agentes públicos aqueles que prestam serviços como jurados ou
pessoas convocadas para serviços eleitorais, como, por exemplo, os mesários.

Certo ( ) Errado ( )

9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado


A respeito de danos causados a particular por agente público de fato (necessário ou
putativo), julgue o item a seguir.

Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por


funcionário público putativo, o Estado não responderá civilmente perante particulares
de boa-fé.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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10. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 20ª Região (SE) Prova: Assistente
Administrativo
Acerca dos agentes públicos, julgue o item a seguir.

Os agentes necessários praticam atos em situações de excepcionalidade ou de


emergência, tendo supridos os requisitos jurídicos para sua atuação, em cooperação com
o Poder Público, pelo interesse coletivo e pela extraordinariedade dos acontecimentos.
Certo ( ) Errado ( )

11. Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
Os agentes públicos

a) são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma


função estatal.

b) se restringem aos funcionários públicos, que prestam serviços na Administração


direta.

c) se restringem às pessoas físicas incumbidas definitivamente do exercício de alguma


função estatal.

d) são os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, exclusivamente.

e) são os servidores que atuam na Administração direta, exclusivamente.

12. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Investigador

Dentro da classificação dos Agentes Públicos, os Concessionários Públicos e os Mesários


Eleitorais são considerados, respectivamente:

a) Agentes Delegados e Agentes Políticos.

b) Agentes Administrativos e Agentes Políticos.

c) Agentes Credenciados e Agentes Honoríficos.

d) Agentes Delegados e Agentes Honoríficos.

e) Agentes Honoríficos e Agentes Credenciados.

MUDE SUA VIDA!


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13. Ano: 2019Banca: UFAC Órgão: UFAC Prova: Assistente em Administração

Os agentes públicos que recebem a incumbência da administração para representa-la


em determinado ato ou praticar certa atividade em determinado evento internacional
são classificados como:

a) Agentes políticos.

b) Agentes delegados.

c) Agentes honoríficos.

d)Agentes credenciados.

e) Agentes administrativos.

14. Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: Juiz do Trabalho

São considerados agentes públicos

a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo, detentores de mandato


eletivo e seus auxiliares diretos.

b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de natureza estatutária,


investidos mediante nomeação para cargo público.

c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os particulares em


colaboração com o Poder Público.

d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo estatutário, bem como os


agentes políticos, excluídos os militares.

15. Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: ITESP Prova: Advogado

Um ato administrativo praticado por agente putativo, ou seja, por aquele que tem a
aparência de agente público, é considerado.

a) nulo.

b) anulável

c) suspeito.

d) inexistente.

e) válido.

MUDE SUA VIDA!


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16. Ano: 2017Banca: FEPESE Órgão: PC-SC Prova: Agente de Polícia Civil

Uma determinada categoria, entre os agentes públicos, congrega o maior número de


integrantes ocupantes de cargos funcionais. Eles exercem, em caráter de permanência,
uma função pública em decorrência da relação de trabalho e recebem a correspondente
remuneração.

Assinale a alternativa que a identifica.

a) Agentes delegados.

b) Agentes honoríficos.

c) Agentes colaboradores.

d) Servidores públicos.

e) Servidores eletivos.

17. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Analista de Gestão
de Pessoas

Agentes públicos são todas as pessoas que exercem função pública. Os agentes públicos
podem ser classificados em: agentes políticos; agentes administrativos; agentes
honoríficos; agentes delegados e agentes credenciados.

Um servidor público temporário, contratado para preencher uma vaga na administração


pública indireta, é classificado como:

a) Agente administrativo.

b) Agente credenciado.

c) Agente honorífico.

d) Agente delegado.

e) Agente político.

MUDE SUA VIDA!


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18. Ano: 2014Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Acerca das disposições gerais dos agentes públicos, assinale a opção correta.

a) O agente público não poderá desempenhar função sem que ocupe cargo público.

b) É condição para a dispensa de ocupantes de cargos em comissão a existência de


processo administrativo em que são garantidos o contraditório e a ampla defesa.

c) Os agentes delegados são pessoas físicas que desempenham atividades de natureza


estatal, sendo, para isso, remunerados pelo poder público.

d) Todo cargo público é condicionado à adoção de regime jurídico estatutário.

e) Particulares em colaboração com a administração pública são agentes públicos que


exercem função pública com vínculo empregatício, em caráter episódico, sem que
percam a qualidade de particulares.
19. Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: AL-RR Prova: Assistente Legislativo

O conjunto de pessoas que, a qualquer título, exercem uma função pública como
prepostos do Estado são os agentes públicos.

Os que desenham os destinos fundamentais do Estado e que criam as estratégias


políticas por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja os
seus fins são os agentes

a) particulares colaboradores.

b) administrativos.

c) políticos.

d) de fato.

MUDE SUA VIDA!


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20. Ano: 2015Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ Órgão: CGM – RJ Prova: Contador -
Conhecimentos Gerais
De acordo com o entendimento doutrinário, sobre agentes de fato, é possível afirmar
que:

a) agentes putativos são os que desempenham uma atividade pública na presunção de


que há ilegitimidade, embora tenha havido a investidura legal

b) agentes excepcionais são aqueles que praticam atos e executam atividades em


situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público e como se fossem agentes
de direito

c) agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam atividades em


situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público e como se fossem agentes
de direito

d) agentes cartesianos são aqueles que praticam atos e executam atividades em situação
de emergência, como se fossem agentes de direito

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO
5. ERRADO
6. ERRADO
7. ERRADO
8. CERTO
9. ERRADO
10. CERTO
11. A
12. D
13. D
14. C
15. E
16. D
17. A
18. D
19. C
20. C

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 16ª ed.


2008. p. 122.

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Agentes administrativos consistem naqueles agentes públicos que exercem funções de


alta direção e orientação da Administração Pública e, por isso, possuem prerrogativas
pessoais para garantir liberdade para suas tomadas de decisão.

Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Agentes administrativos consistem naqueles agentes públicos que


exercem funções de alta direção e orientação da Administração Pública e,
por isso, possuem prerrogativas pessoais para garantir liberdade para suas
tomadas de decisão.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os integrantes dos mais altos escalões do poder público, aos quais são
incumbidas a elaboração das diretrizes de atuação governamental e as funções de
direção, orientação e supervisão geral da administração pública, são os AGENTES
POLÍTICOS.

SOLUÇÃO COMPLETA

Agentes administrativos consistem naqueles agentes públicos que


exercem funções de alta direção e orientação da Administração Pública e,
por isso, possuem prerrogativas pessoais para garantir liberdade para suas
tomadas de decisão.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os integrantes dos mais altos escalões do poder público, aos quais são
incumbidas a elaboração das diretrizes de atuação governamental e as funções de
direção, orientação e supervisão geral da administração pública, são os AGENTES
POLÍTICOS.

MUDE SUA VIDA!


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Têm como principais características:


a) competências derivadas diretamente da própria Constituição;

b) não sujeição às mesmas normas funcionais aplicáveis aos demais servidores


públicos;

c) a investidura em seus cargos ocorre, em regra, por meio de eleição,


nomeação ou designação;

d) ausência de subordinação hierárquica a outras autoridades (com exceção


dos auxiliares imediatos dos chefes do Poder Executivo).

São agentes políticos os chefes do Poder Executivo (presidente da República,


governadores e prefeitos), seus auxiliares imediatos (ministros, secretários estaduais
e municipais) e os membros do Poder Legislativo (senadores, deputados e
vereadores). Também se enquadram como agentes políticos os membros da
magistratura juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores), os
membros do Ministério Público (promotores de justiça e procuradores da República)
e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas e dos conselhos de contas.

2. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo


descomplicado. 16ª ed. 2008. p. 122.

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Agentes políticos têm sua competência extraída da Constituição Federal e normalmente


são investidos em seus cargos por eleição, nomeação ou designação.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Agentes políticos têm sua competência extraída da Constituição


Federal e normalmente são investidos em seus cargos por eleição,
nomeação ou designação.
Gabarito certo, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os agentes políticos desfrutam de garantias e prerrogativas
expressamente previstas no texto constitucional, que os distinguem dos demais
agentes públicos.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA
Agentes políticos têm sua competência extraída da Constituição
Federal e normalmente são investidos em seus cargos por eleição,
nomeação ou designação.
Gabarito certo, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os agentes políticos desfrutam de garantias e prerrogativas
expressamente previstas no texto constitucional, que os distinguem dos demais
agentes públicos.

Não se trata de privilégios pessoais, e sim de instrumentos destinados a


assegurar-lhes condições adequadas ao regular exercício de suas relevantes funções.
Sem isso, os agentes políticos não teriam plena liberdade para a tomada de suas
decisões, em face do temor de serem responsabilizados segundo as regras comuns
da culpa civil, aplicáveis aos demais agentes públicos.

São AGENTES POLÍTICOS os chefes do Poder Executivo (presidente da


República, governadores e prefeitos), seus auxiliares imediatos (ministros,
secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo (senadores,
deputados e vereadores). Também se enquadram como agentes políticos os
membros da magistratura juízes, desembargadores e ministros de tribunais
superiores), os membros do Ministério Público (promotores de justiça e procuradores
da República) e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas e dos conselhos
de contas.

3. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo


descomplicado. 16ª ed. 2008. p. 122.

Os agentes públicos podem ser classificados em agentes políticos, agentes


administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os agentes públicos podem ser classificados em agentes políticos, agentes


administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes
credenciados.
Gabarito certo. A classificação de agentes públicos abordada na obra “Direito
administrativo descomplicado” dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo leva
em consideração a doutrina do Grande mestre Hely Lopes Meirelles, a qual agrupa os
agentes públicos em cinco categorias, a saber: agentes políticos, agentes administrativos,
agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados.

SOLUÇÃO COMPLETA

Os agentes públicos podem ser classificados em agentes políticos, agentes


administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes
credenciados.
Gabarito certo. A classificação de agentes públicos abordada na obra “Direito
administrativo descomplicado” dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo leva
em consideração a doutrina do Grande mestre Hely Lopes Meirelles, a qual agrupa os
agentes públicos em cinco categorias, a saber: agentes políticos, agentes administrativos,
agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados.

AGENTES POLÍTICOS: são os integrantes dos mais altos escalões do poder público,
aos quais são incumbidas a elaboração das diretrizes de atuação governamental e as
funções de direção, orientação e supervisão geral da administração pública.

AGENTES ADMINISTRATIVOS: são todos aqueles que exercem uma atividade


pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime
jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes de cargos
públicos, de empregos públicos e de funções públicas nas administrações direta e indireta
das diversas unidades da Federação, nos três Poderes.

AGENTES HONORÍFICOS: são cidadãos requisitados ou designados para,


transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços
específicos, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória
capacidade profissional.

AGENTES DELEGADOS: são particulares que recebem a incumbência de exercer


determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta
e risco, sob a permanente fiscalização do poder delegante.

AGENTES CREDENCIADOS: são os que recebem a incumbência da administração


para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
remuneração do poder público credenciante.

MUDE SUA VIDA!


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4. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo

Considera‐se como agente público aquele que, mesmo que por período determinado e
sem remuneração, exerce mandato, cargo, emprego ou função pública.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 16ª ed.


2008. p. 122.

Com relação aos agentes públicos, julgue o item.

Emprego público é aquele exercido por agentes que mantêm relação em regime
estatutário com o Estado.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Emprego público é aquele exercido por agentes que mantêm relação


em regime estatutário com o Estado.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os ocupantes de empregos públicos são sujeitos a regime Jurídico
contratual trabalhista; têm contrato de trabalho em sentido próprio; e sua relação
funcional com a administração pública é regida, basicamente, pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) – são chamados, por isso, de EMPREGADOS PÚBLICOS.

SOLUÇÃO COMPLETA

Emprego público é aquele exercido por agentes que mantêm relação


em regime estatutário com o Estado.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os ocupantes de empregos públicos são sujeitos a regime Jurídico
contratual trabalhista; têm contrato de trabalho em sentido próprio; e sua relação
funcional com a administração pública é regida, basicamente, pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) – são chamados, por isso, EMPREGADOS PÚBLICOS.

São chamados de SERVIDORES PÚBLICOS os agentes administrativos sujeitos


a regime jurídico-administrativo, de caráter ESTATUTÁRIO (isto é, de natureza legal,
e não contratual); são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de
provimento em comissão.

MUDE SUA VIDA!


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5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREA-GO Prova: Analista - Advogado

Julgue o item, relativo à impenhorabilidade dos bens públicos, aos agentes públicos e à
improbidade administrativa.

O servidor público vinculado a uma autarquia federal que exercer mandato eletivo de
deputado na Câmara Legislativa do Distrito Federal ficará afastado de seu cargo, sendo‐
lhe facultado optar por sua remuneração de origem.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O servidor público vinculado a uma autarquia federal que exercer


mandato eletivo de deputado na Câmara Legislativa do Distrito Federal
ficará afastado de seu cargo, sendo‐lhe facultado optar por sua remuneração
de origem.
Afirmativa errada, pois o servidor público, ao se candidatar a um cargo eletivo
na esfera ESTADUAL OU FEDERAL (seja ele qual for), caso seja vencedor da eleição,
deverá necessariamente se afastar do cargo público, sendo remunerado pelo subsídio
do respectivo cargo eletivo, não lhe sendo facultado optar por sua remuneração de
origem.

SOLUÇÃO COMPLETA

O servidor público vinculado a uma autarquia federal que exercer


mandato eletivo de deputado na Câmara Legislativa do Distrito Federal
ficará afastado de seu cargo, sendo‐lhe facultado optar por sua remuneração
de origem.
Afirmativa errada, pois o servidor público, ao se candidatar a um cargo eletivo
na esfera ESTADUAL OU FEDERAL (seja ele qual for), caso seja vencedor da eleição,
deverá necessariamente se afastar do cargo público, sendo remunerado pelo subsídio
do respectivo cargo eletivo, lhe não sendo facultado optar por sua remuneração de
origem.
O embasamento para resposta dessa questão se encontra no artigo 38 da nossa
carta maior.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,


no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado


de seu cargo, emprego ou função;

MUDE SUA VIDA!


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II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou


função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;

Perceba após a leitura do texto constitucional que os únicos cargos públicos


eletivos em que pode existir a faculdade de escolha da remuneração serão os cargos
de prefeito e de vereador, ou seja, cargos eletivos municipais.

6. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO – AC Prova: Assistente Administrativo (+ provas)
Muitos são os conceitos encontrados nos autores modernos de direito administrativo.
Alguns levam em conta apenas as atividades administrativas em si mesmas; outros
preferem dar relevo aos fins desejados pelo Estado. Em nosso entender, porém, o direito
administrativo, com a evolução que o vem impulsionando contemporaneamente, há de
focar‐se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas: uma, de caráter interno, que
existe entre as pessoas administrativas e entre os órgãos que as compõem; outra, de
caráter externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral.
José dos Santos Carvalho Filho. Manual de direito administrativo. 32ª ed., atual. e ampl.
São Paulo: Atlas, 2018 (com adaptações).
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item a respeito do direito
administrativo.

Chefes do Poder Executivo, como o presidente da República, os governadores e os


prefeitos, não são considerados como agentes públicos, uma vez que são detentores de
mandato eletivo.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Chefes do Poder Executivo, como o presidente da República, os


governadores e os prefeitos, não são considerados como agentes públicos,
uma vez que são detentores de mandato eletivo.
Afirmativa errada, pois o professor José dos Santos Carvalho Filho afirma em
sua obra “Manual de direito administrativo” que aos Agentes políticos (espécie de
agentes públicos) são aplicáveis normalmente as regras constantes da Constituição,
sobretudo as que dizem respeito às prerrogativas e à responsabilidade política. São
eles os Chefes do Executivo (presidente, governadores e prefeitos), seus auxiliares
(ministros e secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo
(senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores).

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

Chefes do Poder Executivo, como o presidente da República, os


governadores e os prefeitos, não são considerados como agentes públicos,
uma vez que são detentores de mandato eletivo.
Afirmativa errada, pois o professor José dos Santos Carvalho Filho afirma em
sua obra “Manual de direito administrativo” que aos Agentes políticos (espécie de
agentes públicos) são aplicáveis normalmente as regras constantes da Constituição,
sobretudo as que dizem respeito às prerrogativas e à responsabilidade política. São
eles os Chefes do Executivo (presidente, governadores e prefeitos), seus auxiliares
(ministros e secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo
(senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores).

Para o ilustre mestre, os AGENTES POLÍTICOS são aqueles aos quais incumbe
a execução das diretrizes traçadas pelo Poder Público. São estes agentes que
desenham os destinos fundamentais do Estado e que criam as estratégias políticas
por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja os seus
fins.
Caracterizam-se por terem funções de direção e orientação estabelecidas na
Constituição e por ser normalmente transitório o exercício de tais funções. Como
regra, sua investidura se dá através de eleição, que lhes confere o direito a um
mandato, e os mandatos eletivos caracterizam-se pela transitoriedade do exercício
das funções, como deflui dos postulados básicos das teorias democrática e
republicana.

7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO – AC Prova: Assistente Administrativo (+ provas)

Muitos são os conceitos encontrados nos autores modernos de direito administrativo.


Alguns levam em conta apenas as atividades administrativas em si mesmas; outros
preferem dar relevo aos fins desejados pelo Estado. Em nosso entender, porém, o direito
administrativo, com a evolução que o vem impulsionando contemporaneamente, há de
focar‐se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas: uma, de caráter interno, que
existe entre as pessoas administrativas e entre os órgãos que as compõem; outra, de
caráter externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral.

José dos Santos Carvalho Filho. Manual de direito administrativo. 32ª ed., atual. e ampl.
São Paulo: Atlas, 2018 (com adaptações).
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item a respeito do direito
administrativo.

Todos aqueles que, a qualquer título, executem uma função pública como representantes
do Estado são considerados como agentes públicos, desde que exista justa e devida
remuneração pela função exercida.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Todos aqueles que, a qualquer título, executem uma função pública


como representantes do Estado são considerados como agentes públicos,
desde que exista justa e devida remuneração pela função exercida.
Afirmativa errada, pois o professor José dos Santos Carvalho Filho traz em sua
obra “Manual de direito administrativo” a classificação dos AGENTES
HONORÍFICOS, que são agentes públicos não recebem remuneração. Exemplo: os
jurados.

SOLUÇÃO COMPLETA

Todos aqueles que, a qualquer título, executem uma função pública


como representantes do Estado são considerados como agentes públicos,
desde que exista justa e devida remuneração pela função exercida.
Afirmativa errada, pois o professor José dos Santos Carvalho Filho afirma em
sua obra “Manual de direito administrativo” que vários agentes públicos não
percebem remuneração, mas, em compensação, recebem benefícios colaterais, como
o apostilamento da situação nos prontuários funcionais ou a concessão de um período
de descanso remunerado após o cumprimento da tarefa. Por tal motivo, alguns os
denominam de AGENTES HONORÍFICOS.
Clássico exemplo desses agentes são os jurados, as pessoas convocadas para
serviços eleitorais, como os mesários e os integrantes de juntas apuradoras, e os
comissários de menores voluntários.

A Lei 8.429/92 (lei de improbidade administrativa) nos traz a seguinte redação:

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

8. Ano: 2019Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Assistente Administrativo Fiscal

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item

São considerados como agentes públicos aqueles que prestam serviços como jurados ou
pessoas convocadas para serviços eleitorais, como, por exemplo, os mesários.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

São considerados como agentes públicos aqueles que prestam serviços


como jurados ou pessoas convocadas para serviços eleitorais, como, por
exemplo, os mesários.
Gabarito certo. Temos no enunciado da questão exemplos de agentes
honoríficos que são cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente,
colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão
de sua condição cívica, de sua honorabilidade, ou de sua notória capacidade
profissional.

SOLUÇÃO COMPLETA

São considerados como agentes públicos aqueles que prestam serviços


como jurados ou pessoas convocadas para serviços eleitorais, como, por
exemplo, os mesários.
Gabarito certo. Temos no enunciado da questão exemplos de agentes
honoríficos que são cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente,
colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão
de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade
profissional.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro classifica esses agentes como
Particulares em colaboração com o Poder Público mediante requisição, nomeação ou
designação para o exercício de funções públicas relevantes; para ela, tal classificação
se dá com os jurados, os convocados para prestação de serviço militar ou eleitoral,
os comissários de menores, os integrantes de comissões, grupos de trabalho etc.;
também não têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem remuneração.

9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado


A respeito de danos causados a particular por agente público de fato (necessário ou
putativo), julgue o item a seguir.

Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por


funcionário público putativo, o Estado não responderá civilmente perante particulares
de boa-fé.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for


causado por funcionário público putativo, o Estado não responderá
civilmente perante particulares de boa-fé.
Afirmativa errada, pois os agentes putativos são os que desempenham uma
atividade pública na presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido
investidura dentro do procedimento legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do
servidor que pratica inúmeros atos de administração, tendo sido investido sem
aprovação em concurso público. A doutrina afirma que seus atos serão VÁLIDOS por
conta da TEORIA DA APARÊNCIA.

SOLUÇÃO COMPLETA

Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for


causado por funcionário público putativo, o Estado não responderá
civilmente perante particulares de boa-fé.
Afirmativa errada, pois os agentes putativos são os que desempenham uma
atividade pública na presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido
investidura dentro do procedimento legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do
servidor que pratica inúmeros atos de administração, tendo sido investido sem
aprovação em concurso público. A doutrina afirma que seus atos serão VÁLIDOS por
conta da TEORIA DA APARÊNCIA.

O magistério do professor José Dos Santos Carvalho Filho nos ensina a seguinte
lição:
“Em relação aos agentes putativos, podem ser questionados alguns atos
praticados internamente na Administração, mas externamente devem ser
convalidados, para evitar que terceiros de boa-fé sejam prejudicados pela falta de
investidura legítima. Fala-se aqui na aplicação da teoria da aparência,
significando que para o terceiro há uma fundada suposição de que o agente é de
direito. É o caso, por exemplo, em que um contribuinte de boa-fé, dentro do órgão
público, paga tributo a agente sem investidura legítima: a quitação deste constitui
ato legítimo. Acresce, ainda, que, se o agente exerceu as funções dentro da
Administração, tem ele direito à percepção da remuneração, mesmo se ilegítima a
investidura, não estando obrigado a devolver os respectivos valores; a não ser assim,
a Administração se beneficiaria de enriquecimento sem causa.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - José dos Santos
Carvalho Filho; p. 859)

MUDE SUA VIDA!


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10. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 20ª Região (SE) Prova: Assistente
Administrativo
Acerca dos agentes públicos, julgue o item a seguir.

Os agentes necessários praticam atos em situações de excepcionalidade ou de


emergência, tendo supridos os requisitos jurídicos para sua atuação, em cooperação com
o Poder Público, pelo interesse coletivo e pela extraordinariedade dos acontecimentos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os agentes necessários praticam atos em situações de


excepcionalidade ou de emergência, tendo supridos os requisitos jurídicos
para sua atuação, em cooperação com o Poder Público, pelo interesse
coletivo e pela extraordinariedade dos acontecimentos.
Gabarito certo, pois, de acordo com o professor José dos Santos Carvalho Filho,
os agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam atividades em
situações excepcionais, como as de emergência, em colaboração com o Poder Público
e como se fossem agentes de direito.

SOLUÇÃO COMPLETA

Os agentes necessários praticam atos em situações de


excepcionalidade ou de emergência, tendo supridos os requisitos jurídicos
para sua atuação, em cooperação com o Poder Público, pelo interesse
coletivo e pela extraordinariedade dos acontecimentos.
Gabarito certo. De acordo com os ensinamentos do professor Jose dos Santos
Carvalho Filho, a doutrina refere-se a um grupo de agentes que, mesmo sem ter uma
investidura normal e regular, executam uma função pública em nome do Estado. São
os denominados agentes de fato, nomenclatura empregada para distingui-los dos
agentes de direito.
Podem ser agrupados em DUAS CATEGORIAS: os agentes necessários e os
agentes putativos.

OS AGENTES NECESSÁRIOS são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, como as de emergência, em colaboração com
o Poder Público e como se fossem agentes de direito.

OS AGENTES PUTATIVOS são os que desempenham uma atividade pública na


presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido investidura dentro do
procedimento legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do servidor que pratica
inúmeros atos de administração, tendo sido investido sem aprovação em concurso
público.

MUDE SUA VIDA!


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11. Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
Os agentes públicos

a) são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma


função estatal.

b) se restringem aos funcionários públicos, que prestam serviços na Administração


direta.

c) se restringem às pessoas físicas incumbidas definitivamente do exercício de alguma


função estatal.

d) são os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, exclusivamente.

e) são os servidores que atuam na Administração direta, exclusivamente.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do


exercício de alguma função estatal.
Nosso gabarito. Em nosso ordenamento jurídico, temos a Lei 8.429/92 (lei de
improbidade administrativa), que nos traz a seguinte redação:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

b) se restringem aos funcionários públicos, que prestam serviços na


Administração direta.
se restringem aos funcionários públicos, que prestam serviços na Administração
direta. Afirmativa errada, pois os agentes públicos não se restringem aos funcionários
públicos, que prestam serviços na Administração Direta.

c) se restringem às pessoas físicas incumbidas definitivamente do


exercício de alguma função estatal.
se restringem às pessoas físicas incumbidas definitivamente do exercício de
alguma função estatal. Afirmativa errada, pois há também pessoas que
desempenham funções públicas de forma transitória.

d) são os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,


exclusivamente.
São os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, exclusivamente.
Afirmativa errada, pois não são os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário os únicos a serem considerados agentes públicos.

MUDE SUA VIDA!


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e) são os servidores que atuam na Administração direta,


exclusivamente.
São os servidores que atuam na Administração Direta, exclusivamente.
Afirmativa errada, pois existem agentes públicos dentro da Administração direta, da
Administração indireta e fora também.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do


exercício de alguma função estatal.
Gabarito certo. Segundo o professor José dos Santos Carvalho Filho, a
expressão “AGENTES PÚBLICOS” tem sentido amplo. Significa o conjunto de pessoas
que, a qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado. Essa
função é mister que se diga, pode ser remunerada ou gratuita, definitiva ou
transitória, política ou jurídica. O que é certo é que, quando atuam no mundo jurídico,
tais agentes estão de alguma forma vinculados ao Poder Público.

A Lei de Improbidade Administrativa e o Código Penal trazem o seguinte


conceito de agente público.

Art. 2.º, Lei 8.429/1992. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei,
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo
anterior.

Art. 327, CP. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem,
embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função
pública.

§ 1.º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função


em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço
contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração
Pública.

b) se restringem aos funcionários públicos, que prestam serviços na


Administração direta.
O termo restritivo apresentado na opção a torna errada, pois temos
funcionários públicos (nomenclatura antiga para agente público) na Administração
Direta e também fora dela, seriam os chamados particulares em colaboração com a
Administração.

c) se restringem às pessoas físicas incumbidas definitivamente do


exercício de alguma função estatal.
O termo restritivo apresentado na opção a torna errada, pois temos vários
agentes públicos que exercem a função pública de forma transitória, como é o caso

MUDE SUA VIDA!


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dos agentes administrativos temporários, que são aqueles contratados por TEMPO
DETERMINADO para atender à necessidade temporária de excepcional interesse
público (CF, art. 37, IX).

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 37 IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado


para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

d) são os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,


exclusivamente.
O termo restritivo apresentado na opção a torna errada, pois temos vários
agentes públicos que não são enquadrados como chefes dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, por exemplo, os AGENTES ADMINISTRATIVOS que são todos
aqueles que exercem uma atividade pública de natureza profissional e remunerada,
sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado
ao qual pertencem. São os ocupantes de cargos públicos, de empregos públicos e de
funções públicas nas administrações direta e indireta das diversas unidades da
Federação, nos três Poderes.

e) são os servidores que atuam na Administração direta,


exclusivamente.
O termo restritivo apresentado na opção a torna errada, pois temos
funcionários públicos (nomenclatura antiga para agente público) na Administração
direta e também fora dela, seriam os chamados particulares em colaboração com a
Administração.

12. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Investigador

Dentro da classificação dos Agentes Públicos, os Concessionários Públicos e os Mesários


Eleitorais são considerados, respectivamente:

a) Agentes Delegados e Agentes Políticos.

b) Agentes Administrativos e Agentes Políticos.

c) Agentes Credenciados e Agentes Honoríficos.

d) Agentes Delegados e Agentes Honoríficos.

e) Agentes Honoríficos e Agentes Credenciados.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Agentes Delegados e Agentes Políticos.


Agentes Delegados e Agentes Políticos. Afirmativa errada, pois os mesários
eleitorais são considerados agentes HONORÍFICOS.

b) Agentes Administrativos e Agentes Políticos.


Agentes Administrativos e Agentes Políticos. Afirmativa errada, pois os
Concessionários Públicos são agentes DELEGADOS e os mesários eleitorais são
considerados agentes HONORÍFICOS.

c) Agentes Credenciados e Agentes Honoríficos.


Agentes Credenciados e Agentes Honoríficos. Afirmativa errada, pois os
Concessionários Públicos são agentes DELEGADOS.

d) Agentes Delegados e Agentes Honoríficos.


Nosso gabarito de acordo com a doutrina administrativista. Os agentes
honoríficos são cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente,
colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços específicos e são
particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou
serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente
fiscalização do poder delegante.

e) Agentes Honoríficos e Agentes Credenciados.


Agentes Honoríficos e Agentes Credenciados. Afirmativa errada, pois os
Concessionários Públicos são agentes DELEGADOS e os mesários eleitorais são
considerados agentes HONORÍFICOS.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Agentes Delegados e Agentes Políticos.


Afirmativa errada, pois os mesários eleitorais são considerados agentes
HONORÍFICOS. Os AGENTES POLÍTICOS são os integrantes dos mais altos escalões
do poder público, aos quais incumbem a elaboração das diretrizes de atuação
governamental e as funções de direção, orientação e supervisão geral da
administração pública.

b) Agentes Administrativos e Agentes Políticos.


Afirmativa errada, pois os Concessionários Públicos são agentes DELEGADOS e
os mesários eleitorais são considerados agentes HONORÍFICOS.
Os AGENTES ADMINISTRATIVOS são todos aqueles que exercem uma atividade
pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao
regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes

MUDE SUA VIDA!


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de cargos públicos, de empregos públicos e de funções públicas nas administrações


direta e indireta das diversas unidades da Federação, nos três Poderes.
E os AGENTES POLÍTICOS são os integrantes dos mais altos escalões do poder
público, aos quais são incumbidas a elaboração das diretrizes de atuação
governamental e as funções de direção, orientação e supervisão geral da
administração pública.

c) Agentes Credenciados e Agentes Honoríficos.


Afirmativa errada, pois os Concessionários Públicos são agentes DELEGADOS.
AGENTES CREDENCIADOS são os que recebem a incumbência da administração
para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público credenciante.

d) Agentes Delegados e Agentes Honoríficos.


Nosso gabarito. De acordo com a doutrina administrativista, teríamos os
seguintes conceitos, respectivamente:

AGENTES DELEGADOS são particulares que recebem a incumbência de exercer


determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua
conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder delegante. Colaboram com o
poder público, mas não são servidores públicos.

AGENTES HONORÍFICOS são cidadãos requisitados ou designados para,


transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços
específicos, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória
capacidade profissional.

e) Agentes Honoríficos e Agentes Credenciados.


Afirmativa errada, pois os concessionários públicos são agentes DELEGADOS e
os mesários eleitorais são considerados agentes HONORÍFICOS.

AGENTES HONORÍFICOS são cidadãos requisitados ou designados para,


transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços
específicos, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória
capacidade profissional.

AGENTES CREDENCIADOS são os que recebem a incumbência da administração


para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público credenciante.

MUDE SUA VIDA!


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13. Ano: 2019 Banca: UFAC Órgão: UFAC Prova: Assistente em Administração

Os agentes públicos que recebem a incumbência da administração para representá-la


em determinado ato ou praticar certa atividade em determinado evento internacional
são classificados como:

a) Agentes políticos.

b) Agentes delegados.

c) Agentes honoríficos.

d)Agentes credenciados.

e) Agentes administrativos.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Agentes políticos.
Agentes políticos. Afirmativa errada, pois os AGENTES POLÍTICOS são os
integrantes dos mais altos escalões do poder público, aos quais incumbem a
elaboração das diretrizes de atuação governamental e as funções de direção,
orientação e supervisão geral da administração pública.

b) Agentes delegados.
Agentes delegados. Afirmativa errada, pois os AGENTES DELEGADOS são
particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou
serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente
fiscalização do poder delegante.

c) Agentes honoríficos.
Agentes honoríficos. Afirmativa errada, pois os AGENTES HONORÍFICOS são
cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o
Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição
cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional.

d) Agentes credenciados.
Nosso gabarito. De acordo com o grande mestre Hely Lopes Meirelles, os
AGENTES CREDENCIADOS são os que recebem a incumbência da administração para
representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
remuneração do poder público credenciante.

e) Agentes administrativos.
Agentes administrativos. Afirmativa errada, pois os AGENTES
ADMINISTRATIVOS são todos aqueles que exercem uma atividade pública de
natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime

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jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes de


cargos públicos, de empregos públicos e de funções públicas nas administrações
direta e indireta das diversas unidades da Federação, nos três Poderes.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Agentes políticos.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os agentes políticos desfrutam de garantias e prerrogativas
expressamente previstas no texto constitucional, que os distinguem dos demais
agentes públicos.
Não se trata de privilégios pessoais, e sim de instrumentos destinados a
assegurar-lhes condições adequadas ao regular exercício de suas relevantes funções.
Sem isso, os agentes políticos não teriam plena liberdade para a tomada de suas
decisões, em face do temor de serem responsabilizados segundo as regras comuns
da culpa civil, aplicáveis aos demais agentes públicos.
São AGENTES POLÍTICOS os chefes do Poder Executivo (presidente da
república, governadores e prefeitos), seus auxiliares imediatos (ministros,
secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo (senadores,
deputados e vereadores). Também se enquadram como agentes políticos os
membros da magistratura juízes, desembargadores e ministros de tribunais
superiores), os membros do Ministério Público (promotores de justiça e procuradores
da República) e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas e dos conselhos
de contas.

b) Agentes delegados.
Afirmativa errada, pois a classificação de AGENTES DELEGADOS, de acordo com
a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, se dá com os empregados das empresas
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços
notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tradutores e
intérpretes públicos; eles exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo
empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço.

c) Agentes honoríficos.
Afirmativa errada, pois os AGENTES HONORÍFICOS são cidadãos requisitados
ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a
prestação de serviços específicos, em razão de sua condição cívica, de sua
honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional. Eles não têm qualquer
vínculo profissional com a administração pública, são apenas considerados
"funcionários públicos" para fins penais e usualmente atuam sem remuneração.
Exemplos: os jurados e os mesários eleitorais.

d) Agentes credenciados.
Opção certa. De acordo com o grande mestre Hely Lopes Meirelles, os AGENTES
CREDENCIADOS são os que recebem a incumbência da administração para

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representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante


remuneração do poder público credenciante. Seria exemplo a atribuição a alguma
pessoa da tarefa de representar o Brasil em determinado evento internacional (um
artista consagrado que fosse incumbido de oficialmente representar o Brasil em um
congresso internacional sobre proteção da propriedade intelectual). Também são
considerados "funcionários públicos" para fins penais.

e) Agentes administrativos.
Afirmativa errada, pois os AGENTES ADMINISTRATIVOS são todos aqueles que
exercem uma atividade pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos à
hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual
pertencem. São os ocupantes de cargos públicos, de empregos públicos e de funções
públicas nas administrações direta e indireta das diversas unidades da Federação,
nos três Poderes.
São divididos pela doutrina em três categorias, são elas:

1º SERVIDORES PÚBLICOS: agentes administrativos sujeitos a regime jurídico-


administrativo, de caráter ESTATUTÁRIO (isto é, de natureza legal, e não contratual);
são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em
comissão;

2º EMPREGADOS PÚBLICOS: os ocupantes de empregos públicos são sujeitos


a regime jurídico contratual trabalhista; têm contrato de trabalho em sentido próprio
e sua relação funcional com a administração pública é regida, basicamente, pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - são chamados, por isso, EMPREGADOS
PÚBLICOS.

3º TEMPORÁRIOS: são aqueles contratados por TEMPO DETERMINADO para


atender à necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 37 IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado


para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.

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14. Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: Juiz do Trabalho

São considerados agentes públicos

a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo, detentores de mandato


eletivo e seus auxiliares diretos.

b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de natureza estatutária,


investidos mediante nomeação para cargo público.

c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os particulares em


colaboração com o Poder Público.

d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo estatutário, bem como os


agentes políticos, excluídos os militares.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo,


detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos.
apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo, detentores de
mandato eletivo e seus auxiliares diretos. Afirmativa errada, pois temos várias outras
pessoas que se encaixam no termo “agente público”, como os agentes
administrativos.

b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de natureza


estatutária, investidos mediante nomeação para cargo público.
apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de natureza estatutária,
investidos mediante nomeação para cargo público. Afirmativa errada, pois os
empregados públicos não são estatutários e são considerados agentes públicos
também.

c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os


particulares em colaboração com o Poder Público.
Nosso gabarito. A opção traz em seu bojo espécies de agentes públicos.

d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo estatutário,


bem como os agentes políticos, excluídos os militares.
os servidores públicos, desde que detentores de vínculo estatutário, bem como
os agentes políticos, excluídos os militares. Afirmativa errada, pois os militares
também são considerados agentes públicos.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo,


detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos.
Afirmativa errada, ela traz o conceito de “agentes políticos”, mas temos várias
outras pessoas que se encaixam no termo “agente público”, como os agentes
administrativos, aqueles que exercem uma atividade pública de natureza profissional
e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo
ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes de cargos públicos, de empregos
públicos e de funções públicas nas administrações direta e indireta das diversas
unidades da Federação, nos três Poderes.

b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de natureza


estatutária, investidos mediante nomeação para cargo público.
Afirmativa errada. O termo restritivo trazido pela palavra “APENAS” a torna
equivocada, pois os empregados públicos não são estatutários e são considerados
agentes públicos também. Vale a pena ainda lembrar dos particulares em
colaboração com o Estado.

c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os


particulares em colaboração com o Poder Público.
Nosso gabarito. A opção traz em seu bojo espécies de agentes públicos. Vamos
analisá-los:

Os SERVIDORES PÚBLICOS são agentes administrativos sujeitos a regime


jurídico-administrativo, de caráter ESTATUTÁRIO (isto é, de natureza legal, e não
contratual); são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de
provimento em comissão;

Os AGENTES POLÍTICOS desfrutam de garantias e prerrogativas


expressamente previstas no texto constitucional, que os distinguem dos demais
agentes públicos.
Não se trata de privilégios pessoais, e sim de instrumentos destinados a
assegurar-lhes condições adequadas ao regular exercício de suas relevantes funções.
Sem isso, os agentes políticos não teriam plena liberdade para a tomada de suas
decisões, em face do temor de serem responsabilizados segundo as regras comuns
da culpa civil, aplicáveis aos demais agentes públicos.
São AGENTES POLÍTICOS os chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, governadores e prefeitos), seus auxiliares imediatos (ministros,
secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo (senadores,
deputados e vereadores). Também se enquadram como agentes políticos os
membros da magistratura juízes, desembargadores e ministros de tribunais
superiores), os membros do Ministério Público (promotores de justiça e procuradores
da República) e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas e dos conselhos
de contas.

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Os MILITARES, segundo a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, abrangem


as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas – Marinha, Exército e
Aeronáutica (art. 142, caput, e § 3º, da Constituição) – e às polícias militares e aos
corpos de bombeiros militares dos estados, Distrito Federal e dos territórios (art. 42),
com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante remuneração
paga pelos cofres públicos.

PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO, de acordo


com a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, entram nesta categoria as pessoas
físicas que prestam serviços ao Estado, sem vínculo empregatício, com ou sem
remuneração. Podem fazê-lo sob títulos diversos, que compreendem:

1-delegação do Poder Público, como se dá com os empregados das empresas


concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços
notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tradutores e
intérpretes públicos; eles exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo
empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço;

2-mediante requisição, nomeação ou designação para o exercício de funções


públicas relevantes; é o que se dá com os jurados, os convocados para prestação de
serviço militar ou eleitoral, os comissários de menores, os integrantes de comissões,
grupos de trabalho etc.; também não têm vínculo empregatício e, em geral, não
recebem remuneração;

3- como gestores de negócio que, espontaneamente, assumem determinada


função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente etc.

d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo estatutário,


bem como os agentes políticos, excluídos os militares.
Afirmativa errada, pois os militares também são considerados agentes públicos.
Os MILITARES, segundo a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, abrangem as
pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas – Marinha, Exército e
Aeronáutica (art. 142, caput, e § 3º, da Constituição) – e às polícias militares e aos
corpos de bombeiros militares dos estados, distrito federal e dos territórios (art. 42),
com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante remuneração
paga pelos cofres públicos.

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15. Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: ITESP Prova: Advogado

Um ato administrativo praticado por agente putativo, ou seja, por aquele que tem a
aparência de agente público, é considerado.

a) nulo.

b) anulável

c) suspeito.

d) inexistente.

e) válido.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) nulo.
nulo. Afirmativa errada, pois um ato nulo é aquele que possui um vício
insanável, não é o caso do enunciado da questão pois o ato é válido.

b) anulável.
anulável. Afirmativa errada, pois um ato anulável é aquele que possui um vício
e pode ser convalidado, não é o caso em tela, pois o ato praticado pelo agente
putativo é válido pela teoria da aparência.

c) suspeito.
suspeito. Afirmativa errada, pois não existe essa classificação de ato
administrativo.

d) inexistente.
inexistente. Afirmativa errada, pois o ato praticado pelo agente putativo é
válido, portanto não se encaixa na categoria de atos inexistentes.

e) válido.
Nosso gabarito, pois os agentes putativos são os que desempenham uma
atividade pública na presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido
investidura dentro do procedimento legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do
servidor que pratica inúmeros atos de administração, tendo sido investido sem
aprovação em concurso público. A doutrina afirma que seus atos serão VÁLIDOS por
conta da TEORIA DA APARÊNCIA.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) nulo.
Afirmativa errada, pois um ato administrativo nulo é o que nasce afetado de vício
insanável por ausência ou defeito substancial em seus elementos constitutivos.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro faz a seguinte observação sobre o tema:
“Quando se compara o tema das nulidades no Direito Civil e no Direito Administrativo, verifica-
se que em ambos os ramos do direito, os vícios podem gerar nulidades absolutas (atos
nulos) ou nulidades relativas (atos anuláveis).”

b) anulável
Afirmativa errada, pois um ato anulável é aquele que possui um vício e pode ser
convalidado. O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que a regra geral deve ser a
da nulidade, considerando-se, assim, graves os vícios que inquinam o ato, e somente por
exceção pode dar-se a convalidação de ato viciado, tido como anulável.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro faz a seguinte observação sobre o tema:
“Quando o vício seja sanável ou convalidável, caracteriza-se hipótese de nulidade relativa;
caso contrário, a nulidade é absoluta. Cumpre, pois, examinar quando é possível o saneamento
ou convalidação.”

c) suspeito.
Afirmativa errada, pois não há na doutrina clássica esta classificação de ato
administrativo.

d) inexistente.
Afirmativa errada, pois o ato administrativo dito como inexistente é o que apenas tem
aparência de manifestação da administração. Não chega a se aperfeiçoar como ato
administrativo. Exemplo: Usurpação de função nos termos do artigo 328 do CP.

USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA

CP. Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:


Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

A usurpação de função ocorre quando o agente, por meio de violência ou fraude, exerce
uma função pública sem investidura.

e) válido.
Gabarito da questão. A Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro faz o seguinte
comentário sobre a manutenção de atos praticados por funcionário de fato.
“Nesse caso, o servidor está em situação irregular, ou porque não preenche os requisitos
para o exercício do cargo, ou porque ultrapassou a idade limite para continuar no cargo, ou
porque está em situação de acumulação irregular, enfim porque existe algum tipo de
irregularidade em sua investidura. A rigor, os atos por ele praticados seriam ilegais, porque,
estando irregularmente no exercício do cargo, emprego ou função, ele não teria competência
para a prática de atos administrativos. No entanto, mantêm-se os atos por ele praticados, uma
vez que, tendo aparência de legalidade, geraram nos destinatários a crença na validade
do ato.”
(Direito Administrativo 32ª ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 252)

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16. Ano: 2017Banca: FEPESE Órgão: PC-SC Prova: Agente de Polícia Civil

Uma determinada categoria, entre os agentes públicos, congrega o maior número de


integrantes ocupantes de cargos funcionais. Eles exercem, em caráter de permanência,
uma função pública em decorrência da relação de trabalho e recebem a correspondente
remuneração.

Assinale a alternativa que a identifica.

a) Agentes delegados.

b) Agentes honoríficos.

c) Agentes colaboradores.

d) Servidores públicos.

e) Servidores eletivos.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Agentes delegados.
Agentes delegados. Afirmativa errada, pois os AGENTES DELEGADOS são
particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou
serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente
fiscalização do poder delegante.

b) Agentes honoríficos.
Agentes honoríficos. Afirmativa errada, pois os AGENTES HONORÍFICOS são
cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o
Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição
cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional.

c) Agentes colaboradores.
Agentes colaboradores. Afirmativa errada, pois, de acordo com a professora
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, os particulares em colaboração com o poder público
são pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vínculo empregatício, com
ou sem remuneração, mediante delegação do Poder Público, requisição, nomeação
ou designação ou gestão de negócios.

d) Servidores públicos.
Nosso gabarito. Servidores públicos são os agentes administrativos sujeitos a
regime jurídico-administrativo, de caráter estatutário (isto é, de natureza legal, e não
contratual); são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de
provimento em comissão.

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e) Servidores eletivos.
Servidores eletivos. Afirmativa errada, pois não existe essa classificação.
Porém, temos algo próximo, que são os agentes políticos que detêm cargos eletivos,
como presidente da República, governador de estado e prefeito no município.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Agentes delegados.
Afirmativa errada, pois os AGENTES DELEGADOS são particulares que recebem
a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem
em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder
delegante.

b) Agentes honoríficos.
Afirmativa errada, pois os AGENTES HONORÍFICOS são cidadãos requisitados
ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a
prestação de serviços específicos, em razão de sua condição cívica, de sua
honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional.

c) Agentes colaboradores.
Afirmativa errada, pois, de acordo com a professora Maria Sylvia Zanella Di
Pietro, os particulares em colaboração com o poder público são pessoas físicas que
prestam serviços ao Estado, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração,
mediante delegação do Poder Público, requisição, nomeação ou designação ou gestão
de negócios.

d) Servidores públicos.
Nosso gabarito. Servidores públicos são os agentes administrativos sujeitos a
regime jurídico-administrativo, de caráter estatutário (isto é, de natureza legal, e não
contratual); são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de
provimento em comissão.

e) Servidores eletivos.
Afirmativa errada, pois não existe essa classificação. Porém, temos algo
próximo, que são os agentes políticos que detêm cargos eletivos, como presidente
da República, governador de estado e prefeito no município.

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17. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas – SP Prova: Analista de Gestão
de Pessoas

Agentes públicos são todas as pessoas que exercem função pública. Os agentes públicos
podem ser classificados em: agentes políticos; agentes administrativos; agentes
honoríficos; agentes delegados e agentes credenciados.

Um servidor público temporário, contratado para preencher uma vaga na administração


pública indireta, é classificado como:

a) Agente administrativo.

b) Agente credenciado.

c) Agente honorífico.

d) Agente delegado.

e) Agente político.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Agente administrativo.
Nosso gabarito. Dentro dos agentes administrativos, temos uma outra divisão
que seriam servidores públicos detentores de cargos públicos, os empregados
públicos detentores de empregos públicos natureza celetista e o temporário, sendo
este último contratado por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).

b) Agente credenciado.
Agente credenciado. Afirmativa errada, pois AGENTES CREDENCIADOS são os
que recebem a incumbência da administração para representá-la em determinado
ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do poder público
credenciante.

c) Agente honorífico.
Agente honorífico. Afirmativa errada, pois os AGENTES HONORÍFICOS são
cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o
Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição
cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional.

d) Agente delegado.
Agente delegado. Afirmativa errada, pois os AGENTES DELEGADOS são
particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou
serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente
fiscalização do poder delegante.

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e) Agente político.
Agente político. Afirmativa errada, pois os AGENTES POLÍTICOS são os
integrantes dos mais altos escalões do poder público, aos quais são incumbidas a
elaboração das diretrizes de atuação governamental e as funções de direção,
orientação e supervisão geral da administração pública.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Agente administrativo.
Esta é a opção correta, pois os AGENTES ADMINISTRATIVOS são todos aqueles
que exercem uma atividade pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos
à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual
pertencem. São os ocupantes de cargos públicos, de empregos públicos e de funções
públicas nas administrações direta e indireta das diversas unidades da Federação,
nos três Poderes.

São divididos pela doutrina em três categorias, são elas:

1º SERVIDORES PÚBLICOS: agentes administrativos sujeitos a regime jurídico-


administrativo, de caráter ESTATUTÁRIO (isto é, de natureza legal, e não contratual);
são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em
comissão;

2º EMPREGADOS PÚBLICOS: os ocupantes de empregos públicos são sujeitos


a regime jurídico contratual trabalhista; têm contrato de trabalho em sentido próprio
e sua relação funcional com a administração pública é regida, basicamente, pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – são chamados, por isso, EMPREGADOS
PÚBLICOS.

3º TEMPORÁRIOS: são aqueles contratados por TEMPO DETERMINADO para


atender à necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).

b) Agente credenciado.
Afirmativa errada, pois, de acordo com o grande mestre Hely Lopes Meirelles,
os AGENTES CREDENCIADOS são os que recebem a incumbência da administração
para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público credenciante. Seria exemplo a atribuição a
alguma pessoa da tarefa de representar o Brasil em determino evento internacional
(um artista consagrado que fosse incumbido de oficialmente representar o Brasil em
um congresso internacional sobre proteção da propriedade intelectual). Também são
considerados "funcionários públicos" para fins penais.

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c) Agente honorífico.
Afirmativa errada, pois os AGENTES HONORÍFICOS são cidadãos requisitados
ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a
prestação de serviços específicos, em razão de sua condição cívica, de sua
honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional. Eles não têm qualquer
vínculo profissional com a administração pública, são apenas considerados
"funcionários públicos" para fins penais e usualmente atuam sem remuneração.
Exemplos: os jurados e os mesários eleitorais.

d) Agente delegado.
Afirmativa errada, pois a classificação de AGENTES DELEGADOS, de acordo com
a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, se dá com os empregados das empresas
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços
notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tradutores e
intérpretes públicos; eles exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo
empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço.

e) Agente político.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e
Vicente Paulo, os agentes políticos desfrutam de garantias e prerrogativas
expressamente previstas no texto constitucional, que os distinguem dos demais
agentes públicos.
Não se trata de privilégios pessoais, e sim de instrumentos destinados a
assegurar-lhes condições adequadas ao regular exercício de suas relevantes funções.
Sem isso, os agentes políticos não teriam plena liberdade para a tomada de suas
decisões, em face do temor de serem responsabilizados segundo as regras comuns
da culpa civil, aplicáveis aos demais agentes públicos.
São AGENTES POLÍTICOS os chefes do Poder Executivo (presidente da
República, governadores e prefeitos), seus auxiliares imediatos (ministros,
secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo (senadores,
deputados e vereadores). Também se enquadram como agentes políticos os
membros da magistratura juízes, desembargadores e ministros de tribunais
superiores), os membros do Ministério Público (promotores de justiça e procuradores
da República) e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas e dos conselhos
de contas.

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18. Ano: 2014Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Acerca das disposições gerais dos agentes públicos, assinale a opção correta.

a) O agente público não poderá desempenhar função sem que ocupe cargo público.

b) É condição para a dispensa de ocupantes de cargos em comissão a existência de


processo administrativo em que são garantidos o contraditório e a ampla defesa.

c) Os agentes delegados são pessoas físicas que desempenham atividades de natureza


estatal, sendo, para isso, remunerados pelo poder público.

d) Todo cargo público é condicionado à adoção de regime jurídico estatutário.

e) Particulares em colaboração com a administração pública são agentes públicos que


exercem função pública com vínculo empregatício, em caráter episódico, sem que
percam a qualidade de particulares.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) O agente público não poderá desempenhar função sem que ocupe


cargo público.
O agente público não poderá desempenhar função sem que ocupe cargo
público. Afirmativa errada, pois temos os agentes honoríficos que não possuem
cargos públicos, somente exercem função.

b) É condição para a dispensa de ocupantes de cargos em comissão a


existência de processo administrativo em que são garantidos o contraditório
e a ampla defesa.
É condição para a dispensa de ocupantes de cargos em comissão a existência
de processo administrativo em que são garantidos o contraditório e a ampla defesa.
Afirmativa errada, pois os cargos comissionados são chamados de livre nomeação e
livre exoneração, não precisam de processo administrativo para que ocorra
exoneração.

c) Os agentes delegados são pessoas físicas que desempenham


atividades de natureza estatal, sendo, para isso, remunerados pelo poder
público.
Os agentes delegados são pessoas físicas que desempenham atividades de
natureza estatal, sendo, para isso, remunerados pelo poder público. Afirmativa
errada, pois para os concessionários que receberam a concessão de acordo com a lei
8987 são remunerados mediante TARIFA, que é paga pela sociedade e não
necessariamente para o poder público.

d) Todo cargo público é condicionado à adoção de regime jurídico


estatutário.

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Nosso gabarito. O cargo público pode ser de provimento efetivo, mediante


concurso público, ou em comissão, de livre nomeação e exoneração. Vale a pena
observar que mesmo os cargos em comissão são estatutários, a diferença é que seu
regime de previdência é o regime geral de previdência social e não tem estabilidade.

e) Particulares em colaboração com a administração pública são


agentes públicos que exercem função pública com vínculo empregatício, em
caráter episódico, sem que percam a qualidade de particulares.
Particulares em colaboração com a administração pública são agentes públicos
que exercem função pública com vínculo empregatício, em caráter episódico, sem
que percam a qualidade de particulares. Afirmativa errada, pois temos os agentes
honoríficos que não possuem vínculo empregatício, somente exercem função pública
e sem remuneração, mas continuam sendo considerados agentes públicos.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) O agente público não poderá desempenhar função sem que ocupe


cargo público.
Afirmativa errada, pois temos os agentes honoríficos que não possuem cargos
públicos, somente exercem função.

Segue lição do professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Como informa o próprio nome, tais agentes, embora sejam particulares,


executam certas funções especiais que podem qualificar-se como públicas, sempre
como resultado do vínculo jurídico que os prende ao Estado. Alguns deles exercem
verdadeiro munus público, ou seja, sujeitam-se a certos encargos em favor da
coletividade a que pertencem, caracterizando-se, nesse caso, como transitórias as
suas funções. Vários desses agentes, inclusive, não percebem remuneração, mas,
em compensação, recebem benefícios colaterais, como o apostilamento da situação
nos prontuários funcionais ou a concessão de um período de descanso remunerado
após o cumprimento da tarefa. Por tal motivo, alguns os denominam de agentes
honoríficos.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; p. 859)

b) É condição para a dispensa de ocupantes de cargos em comissão a


existência de processo administrativo em que são garantidos o contraditório
e a ampla defesa.
Afirmativa errada, pois os cargos comissionados são chamados de “CARGOS AD
NUTUM”, ou seja, são de livre nomeação e livre exoneração, não precisam de
processo administrativo para que ocorra a exoneração. E digo mais: não é necessário
inclusive que haja a motivação da prática do referido ato administrativo.

c) Os agentes delegados são pessoas físicas que desempenham


atividades de natureza estatal, sendo, para isso, remunerados pelo poder
público.

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Afirmativa errada, pois, de acordo com a professora Maria Sylvia Zanella Di


Pietro, a remuneração dos agentes delegados, em regra, não é paga pelos cofres
públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço.

d) Todo cargo público é condicionado à adoção de regime jurídico


estatutário.
Nosso gabarito. Quando falamos em “CARGO PÚBLICO” temos necessariamente
uma lei, pois todo cargo público é criado por lei própria e a ele corresponderá a
adoção de um regime jurídico estatutário, ou seja, de um regime jurídico previsto na
própria lei. E esta lei específica conhecida como “Estatuto” vai reger toda a relação
funcional entre o servidor e a Administração Pública.

e) Particulares em colaboração com a administração pública são


agentes públicos que exercem função pública com vínculo empregatício, em
caráter episódico, sem que percam a qualidade de particulares.
Afirmativa errada, pois os particulares em colaboração com a Administração
constituem uma classe de agentes públicos, em regra, sem vinculação permanente
e remunerada com o Estado. Por exemplo, nos termos dos ensinamentos dos
professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, os AGENTES HONORÍFICOS que
são cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o
Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição
cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional. Eles não
têm qualquer vínculo profissional com a administração pública, são apenas
considerados "funcionários públicos" para fins penais e usualmente atuam sem
remuneração. Exemplos: os jurados e os mesários eleitorais.

19. Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: AL-RR Prova: Assistente Legislativo

O conjunto de pessoas que, a qualquer título, exercem uma função pública como
prepostos do Estado são os agentes públicos.

Os que desenham os destinos fundamentais do Estado e que criam as estratégias


políticas por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja os
seus fins são os agentes

a) particulares colaboradores.

b) administrativos.

c) políticos.

d) de fato.

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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) particulares colaboradores.
particulares colaboradores. Afirmativa errada, pois, de acordo com a professora
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, os particulares em colaboração com o poder público
são pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vínculo empregatício, com
ou sem remuneração, mediante delegação do Poder Público, requisição, nomeação
ou designação ou gestão de negócios.

b) administrativos.
administrativos. Afirmativa errada, pois os AGENTES ADMINISTRATIVOS são
todos aqueles que exercem uma atividade pública de natureza profissional e
remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo
ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes de cargos públicos, de empregos
públicos e de funções públicas nas administrações direta e indireta das diversas
unidades da Federação, nos três Poderes.

c) políticos.
Nosso gabarito. AGENTES POLÍTICOS são os integrantes dos mais altos
escalões do poder público, aos quais incumbem a elaboração das diretrizes de
atuação governamental e as funções de direção, orientação e supervisão geral da
administração pública.

d) de fato.
de fato. Afirmativa errada, pois a doutrina vincula este termo a um grupo de
agentes que, mesmo sem ter uma investidura normal e regular, executam uma
função pública em nome do Estado. São classificados como putativo e necessário,
cada um com sua especificidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) particulares colaboradores.
Afirmativa errada, pois, de acordo com a professora Maria Sylvia Zanella Di
Pietro, entram nesta categoria as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado,
sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Podem fazê-lo sob títulos
diversos, que compreendem:

1-delegação do Poder Público, como se dá com os empregados das empresas


concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços
notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tradutores e
intérpretes públicos; eles exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo
empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço;

MUDE SUA VIDA!


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2-mediante requisição, nomeação ou designação para o exercício de funções


públicas relevantes; é o que se dá com os jurados, os convocados para prestação de
serviço militar ou eleitoral, os comissários de menores, os integrantes de comissões,
grupos de trabalho etc.; também não têm vínculo empregatício e, em geral, não
recebem remuneração;

3- como gestores de negócio que, espontaneamente, assumem determinada


função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente etc.
b) administrativos.
Afirmativa errada, pois os AGENTES ADMINISTRATIVOS são todos aqueles que
exercem uma atividade pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos à
hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual
pertencem. São os ocupantes de cargos públicos, de empregos públicos e de funções
públicas nas administrações direta e indireta das diversas unidades da Federação,
nos três Poderes.

São divididos pela doutrina em três categorias, são elas:

1º SERVIDORES PÚBLICOS: agentes administrativos sujeitos a regime jurídico-


administrativo, de caráter ESTATUTÁRIO (isto é, de natureza legal, e não contratual);
são os titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em
comissão;

2º EMPREGADOS PÚBLICOS: os ocupantes de empregos públicos são sujeitos


a regime Jurídico contratual trabalhista; têm contrato de trabalho em sentido próprio
e sua relação funcional com a administração pública é regida, basicamente, pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – são chamados, por isso, EMPREGADOS
PÚBLICOS.

3º TEMPORÁRIOS: são aqueles contratados por TEMPO DETERMINADO para


atender à necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX)

c) políticos.
Opção Certa, pois, de acordo com os professores Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo, os agentes políticos desfrutam de garantias e prerrogativas expressamente
previstas no texto constitucional, que os distinguem dos demais agentes públicos.
Não se trata de privilégios pessoais, e sim de instrumentos destinados a
assegurar-lhes condições adequadas ao regular exercício de suas relevantes funções.
Sem isso, os agentes políticos não teriam plena liberdade para a tomada de suas
decisões, em face do temor de serem responsabilizados segundo as regras comuns
da culpa civil, aplicáveis aos demais agentes públicos.
São AGENTES POLÍTICOS os chefes do Poder Executivo (presidente da
República, governadores e prefeitos), seus auxiliares imediatos (ministros,
secretários estaduais e municipais) e os membros do Poder Legislativo (senadores,
deputados e vereadores). Também se enquadram como agentes políticos os
membros da magistratura juízes, desembargadores e ministros de tribunais
superiores), os membros do Ministério Público (promotores de justiça e procuradores

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da República) e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas e dos conselhos


de contas.

d) de fato.
Afirmativa errada, pois, de acordo com os ensinamentos do professor José dos
Santos Carvalho Filho, a doutrina vincula o termo “agentes de fato” a um grupo de
agentes que, mesmo sem ter uma investidura normal e regular, executam uma
função pública em nome do Estado. Nomenclatura empregada para distingui-los dos
agentes de direito.
Podem ser agrupados em DUAS CATEGORIAS: os agentes necessários e os
agentes putativos.

OS AGENTES NECESSÁRIOS são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, como as de emergência, em colaboração com
o Poder Público e como se fossem agentes de direito.

OS AGENTES PUTATIVOS são os que desempenham uma atividade pública na


presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido investidura dentro do
procedimento legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do servidor que pratica
inúmeros atos de administração, tendo sido investido sem aprovação em concurso
público.

20. Ano: 2015 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ Órgão: CGM – RJ Prova: Contador -
Conhecimentos Gerais
De acordo com o entendimento doutrinário, sobre agentes de fato, é possível afirmar
que:

a) agentes putativos são os que desempenham uma atividade pública na presunção de


que há ilegitimidade, embora tenha havido a investidura legal

b) agentes excepcionais são aqueles que praticam atos e executam atividades em


situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público e como se fossem agentes
de direito

c) agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam atividades em


situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público e como se fossem agentes
de direito

d) agentes cartesianos são aqueles que praticam atos e executam atividades em situação
de emergência, como se fossem agentes de direito

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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) agentes putativos são os que desempenham uma atividade pública


na presunção de que há ilegitimidade, embora tenha havido a investidura
legal.
Agentes putativos são os que desempenham uma atividade pública na
presunção de que há ilegitimidade, embora tenha havido a investidura legal.
Afirmativa errada, pois o que existe na verdade é uma presunção de que há
LEGITIMIDADE.

b) agentes excepcionais são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público
e como se fossem agentes de direito.
agentes excepcionais são aqueles que praticam atos e executam atividades em
situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público e como se fossem
agentes de direito. Afirmativa errada, pois a classificação correta para o conceito
apresentado nesta opção seria “AGENTES NECESSÁRIOS”.

c) agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público
e como se fossem agentes de direito.
Gabarito certo, pois de acordo com o professor José Dos Santos Carvalho Filho
os agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam atividades em
situações excepcionais, como as de emergência, em colaboração com o Poder Público
e como se fossem agentes de direito.

d) agentes cartesianos são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situação de emergência, como se fossem agentes de direito.
agentes cartesianos são aqueles que praticam atos e executam atividades em
situação de emergência, como se fossem agentes de direito. Afirmativa errada, pois
a classificação correta para o conceito apresentado nesta opção seria “AGENTES
NECESSÁRIOS”.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) agentes putativos são os que desempenham uma atividade pública


na presunção de que há ilegitimidade, embora tenha havido a investidura
legal.
Afirmativa errada, pois o que existe na verdade é uma presunção de que há
LEGITIMIDADE, embora não tenha havido investidura dentro do procedimento
legalmente exigido. É o caso, por exemplo, do servidor que pratica inúmeros atos de
administração, tendo sido investido sem aprovação em concurso público.

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b) agentes excepcionais são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público
e como se fossem agentes de direito.
Afirmativa errada, pois a classificação correta para o conceito apresentado
nesta opção seria “AGENTES NECESSÁRIOS”.

OS AGENTES NECESSÁRIOS são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, como as de emergência, em colaboração com
o Poder Público e como se fossem agentes de direito.

c) agentes necessários são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, em colaboração com o Poder Público
e como se fossem agentes de direito.
Gabarito certo, a questão leva em consideração a doutrina do professor José
Dos Santos Carvalho Filho que afirma em sua obra “MANUAL DE DIREITO
ADMINISTRATIVO”:

“A doutrina refere-se a um grupo de agentes que, mesmo sem ter uma


investidura normal e regular, executam uma função pública em nome do Estado. São
os denominados agentes de fato, nomenclatura empregada para distingui-los dos
agentes de direito. O ponto marcante dos agentes de fato é que o desempenho da
função pública deriva de situação excepcional, sem prévio enquadramento legal, mas
suscetível de ocorrência no âmbito da Administração, dada a grande variedade de
casos que se originam da dinâmica social. Podem ser agrupados em duas categorias:
1º) os agentes necessários; e 2º) os agentes putativos.

AGENTES NECESSÁRIOS são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situações excepcionais, como, por exemplo, as de emergência, em
colaboração com o Poder Público e como se fossem agentes de direito.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; p. 861)

d) agentes cartesianos são aqueles que praticam atos e executam


atividades em situação de emergência, como se fossem agentes de direito.
Afirmativa errada, pois na doutrina clássica não há essa classificação, o
conceito apresentado nesta opção seria “AGENTES NECESSÁRIOS”.

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO – AC Prova: Administrador - Gerente Geral
Com relação à gestão da qualidade, à gestão de projetos e à Administração Pública,
julgue o item.
No âmbito da Administração Pública, todos os atos materiais são também atos
jurídicos.
Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público


Acerca de atos administrativos, serviços públicos e intervenção do Estado na
propriedade, julgue o item seguinte.
Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de
função administrativa e manifestando sua vontade, não pode ser considerado ato
administrativo.
Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Quanto aos atos administrativos, julgue o item.
O silêncio da Administração Pública sobre determinado assunto pode ser entendido
como um ato administrativo.
Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Com relação aos atos administrativos, julgue o item.
É possível conceituar ato administrativo como a declaração do Estado, no exercício de
prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares
da lei, a título de lhe dar cumprimento, independentemente de controle de legitimidade
por órgão jurisdicional.
Certo ( ) Errado ( )

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5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Com relação aos atos administrativos, julgue o item.
O que particulariza o ato administrativo e justifica que se formule um conceito que o
isole entre os demais atos jurídicos é a circunstância de que ele tem peculiaridades no
que concerne às condições de sua válida produção e no que atina à eficácia que lhe é
própria.
Certo ( ) Errado ( )

6. Ano: 2015 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Londrina – PR Prova: Analista de Proteção
de Defesa do Consumidor - Serviços de Proteção e Defesa do Consumidor
Os atos administrativos são relevantes tanto para o funcionamento da administração
pública quanto para a garantia dos direitos fundamentais dos indivíduos. Sobre os atos
administrativos:
A atuação da administração pública no exercício da função administrativa é vinculada
quando a lei fixa uma única solução possível diante do caso, e é discricionária quando é
possível apreciar a oportunidade e conveniência para escolher entre duas ou mais
soluções.
Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador


No que diz respeito à administração pública, julgue o item a seguir.
Documento de entidade de direito privado cujo objetivo seja tornar pública decisão
tomada pela entidade no exercício de delegação concedida por órgão da administração
pública direta não caracteriza ato administrativo.
Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador


No que diz respeito à administração pública, julgue o item a seguir.
Ato administrativo constitui ato jurídico perfeito e, por essa razão, o seu
questionamento judicial é vedado.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: Analista de Gestão - Julgamento
Com relação aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
A expressão ato administrativo, por incluir não só os atos praticados no exercício da
função administrativa, mas também os atos de direito privado praticados pelo poder
público, tem sentido mais amplo que a expressão ato da administração.
Certo ( ) Errado ( )

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3
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10. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos 4, 5 e de
8 a 17
No que concerne à administração pública, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola privada para a
realização do curso de formação de seus novos servidores. Assertiva: Nessa situação, o
ato de locação, ainda que seja regido pelo direito privado, é considerado um ato
administrativo.
Certo ( ) Errado ( )

11. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Caieiras – SP Prova: Assistente de
Recursos Humanos
Antônio Silveira dos Passos é servidor público e foi deslocado, no interesse da
Administração, no âmbito do mesmo quadro, sem mudança de sede. O instrumento
utilizado pelo órgão em que Antônio está lotado é:
a) remoção de ofício.
b) deslocamento.
c) remoção a pedido.
d) deslocamento a pedido.
e) remoção por promoção.

12. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SPPREV Prova: Técnico em Gestão Previdenciária
A edição de um ato administrativo de natureza vinculada acarreta ou pressupõe, para a
Administração pública, o dever:
a) de ter observado o preenchimento dos requisitos legais para a edição, tendo em
vista que nos atos vinculados a legislação indica os elementos constitutivos do direito à
prática do ato.
b) subjetivo de emissão do mesmo, este que, em razão da natureza, não admite
anulação ou revogação.
c) de observar as opções legalmente disponíveis para decisão do administrador, que
deverá fundamentá-la em razão de conveniência e interesse público.
d) do administrado destinatário do ato exercer o direito que lhe fora concedido, tendo
em vista que os atos administrativos são vinculantes para os particulares, que não têm
opção de não realizar o objeto ou finalidade do mesmo.
e) de submeter o ato ao controle externo do Tribunal de Contas competente e do Poder
Judiciário, sob o prisma da legalidade, conveniência e oportunidade.

MUDE SUA VIDA!


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13. Ano: 2019Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José – SC Prova: Agente de Fiscalização
de Consumo
São manifestações unilaterais e concretas do Estado, ou de quem lhe faça às vezes,
expedidas no exercício da função administrativa, consistentes na emanação de
comandos complementares aos dispositivos legais. Este conceito se refere a qual
alternativa correta:
a) Atos da organização dos poderes.
b) Atos da administração.
c) Atos administrativos.
d) Contratos administrativos.

14. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de São Bento do Sul – SC Prova:
Auxiliar Administrativo
Em relação ao Conceito de Ato Administrativo, assinale a alternativa correta.
a) É uma expressão utilizada para designar, em sentido amplo, os regimes de direito
público e de direito privado a que se pode submeter a Administração Pública.
b) Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda a sua atuação.
c) Assegura a todos o acesso à informação e resguarda o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
d) É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita ao
controle pelo Poder Público.

15. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social (+ provas)
Assinale a alternativa INCORRETA acerca dos atos administrativos.
a) Os atos administrativos têm origem no Estado ou em agentes investidos de
prerrogativas estatais.
b) Todo ato praticado no exercício da função administrativa consiste em ato da
administração.
c) A morte de um funcionário que gera vacância de um cargo não é considerada um ato
administrativo.
d) Os atos administrativos incluem os despachos de encaminhamento de papéis e os
processos.
e) Os fatos administrativos não admitem nem anulação nem revogação.

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16. Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Assistente em Administração
Uma servidora da UFF, ao pedir mudança para outra localidade, independente do
interesse da administração, para acompanhar seu cônjuge, também servidor público,
que foi deslocado no interesse da administração, se submeterá a um processo
denominado de:
a) transferência.
b) redistribuição.
c) substituição
d) remoção
e) exoneração.

17. Ano: 2018 Banca: COSEAC Órgão: Prefeitura de Maricá – RJ Prova: Agente Administrativo
Na Administração Pública existe um conceito que se refere a uma mera realização da
mesma, de ordem prática, de mera execução, tal como a limpeza de uma rua ou a
demolição de um prédio. Trata-se do seguinte conceito:
a) fato jurídico em sentido estrito.
b) ato material.
c) ato administrativo.
d) ato administrativo sem efeito jurídico.
e) fato administrativo com finalidade de efeito jurídico.

18. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: Técnico
Legislativo - Técnico de Enfermagem

Os atos administrativos são manifestações do desempenho da função administrativa, e


como tal

a) estão submetidos apenas ao controle do contencioso administrativo, em razão da


consagração constitucional do princípio da separação dos poderes a partir de 1988.

b) são potencialmente submetidos à revisão do Poder Judiciário, que é uno.

c) estão submetidos à autotutela e a controle judicial, este que se restringe aos atos
vinculados, sendo a discricionariedade imune a controle externo.

d) estão submetidos a controle judicial, que é uno e ilimitado, independentemente da


natureza do ato.

e) estão submetidos a controle judicial e à autotutela, que é limitada a aspectos de


conveniência e oportunidade, pois o controle de legalidade é exercido com exclusividade
pelo Poder Judiciário.

MUDE SUA VIDA!


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19. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo - Tabatinga
As manifestações administrativas podem se dar por atos administrativos em sentido
estrito, que

a) são emanados apenas pelo Poder Executivo e, em razão do princípio da separação dos
Poderes, submetidos a controle interno.

b) para serem válidos, antes de editados, devem ser objeto de processo administrativo
com oportunidade de contraditório.

c) são editados por autoridade administrativa e quando fundados em juízo de


conveniência e oportunidade não são sujeitos a controle interno ou externo.

d) podem ser emanados pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, nestes dois
últimos casos em função atípica, sendo passíveis tanto de autotutela como de controle
judicial.

e) praticados pela Administração pública submetem-se integralmente a regime de direto


público e para que tenham eficácia devem ser submetidos à audiência pública.

20. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: IPRESB – SP Prova: Analista de Processos
Previdenciários

Sobre os atos administrativos, é correto afirmar que:

a) a produção de atos administrativos é de exclusividade do Poder Executivo.

b) a locação de um imóvel por parte do Município é um típico ato administrativo.

c) a competência para a prática do ato é irrevogável e irrenunciável, não admitindo,


portanto, a delegação ou avocação.

d) são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade absoluta.

e) de modo geral, são escritos, mas podem, em certos casos, ser expedidos oralmente.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. ERRADO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. A
12. A
13. C
14. D
15. D
16. D
17. B
18. B
19. D
20. E

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES COMENTADAS

1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO – AC Prova: Administrador - Gerente Geral
Com relação à gestão da qualidade, à gestão de projetos e à Administração Pública,
julgue o item.
No âmbito da Administração Pública, todos os atos materiais são também atos
jurídicos.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

No âmbito da Administração Pública, todos os atos materiais são


também atos jurídicos.
Afirmativa errada, pois os ATOS MATERIAIS são fatos jurídicos, não há
manifestação de vontade neles. Para que tenhamos um ato jurídico, é preciso ter
manifestação de vontade.

SOLUÇÃO COMPLETA

No âmbito da Administração Pública, todos os atos materiais são


também atos jurídicos.
Afirmativa errada, pois a doutrina afirma que os atos materiais também são
conhecidos como fatos administrativos, eles envolvem apenas execução, neles não
há manifestação unilateral de vontade. Como regra, eles são eventos que decorrem
de um ato administrativo e, como lhes falta manifestação unilateral de vontade, não
fazem parte dos atos jurídicos, mas sim dos fatos jurídicos em sentido estrito.
Exemplo: a demolição de uma casa, a apreensão de mercadoria, a realização de um
serviço.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que os atos
jurídicos são qualquer manifestação unilateral humana voluntária que tenha a
finalidade imediata (direta) de produzir determinada alteração no mundo jurídico.
Diferentemente dos chamados "atos materiais" praticados pela
administração pública, que são os atos de mera execução de determinações
administrativas (portanto, não têm como conteúdo uma manifestação de vontade),
a exemplo da varrição de uma praça, da dissolução de uma passeata, da
pavimentação de uma estrada, da demolição de um prédio que esteja ameaçando
ruir.
Esses "ATOS MATERIAIS" da administração pública correspondem à urna das
definições de "FATO ADMINISTRATIVO”.

MUDE SUA VIDA!


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2. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público


Acerca de atos administrativos, serviços públicos e intervenção do Estado na
propriedade, julgue o item seguinte.
Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de
função administrativa e manifestando sua vontade, não pode ser considerado ato
administrativo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no


exercício de função administrativa e manifestando sua vontade, não pode
ser considerado ato administrativo.
Afirmativa errada, pois temos na estrutura de um ato administrativo um
elemento chamado de forma que tem por significado a exteriorização do ato, é a
maneira como a administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode
ser feito de forma oral ou gestual.

SOLUÇÃO COMPLETA

Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no


exercício de função administrativa e manifestando sua vontade, não pode ser
considerado ato administrativo.
Afirmativa errada, pois temos na estrutura de um ato administrativo um elemento
chamado de forma que tem por significado a exteriorização do ato, é a maneira como a
administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode ser feito de forma oral ou
gestual.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que há na doutrina duas
concepções da forma como elemento do ato administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do ato, ou


seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que o ato pode ter
a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma, não só a exteriorização do


ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas durante o processo de
formação da vontade da Administração, e até os requisitos concernentes à publicidade do ato.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que “todo ato
administrativo é, em princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase sempre é a escrita (no
caso dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal, a forma é sempre e
obrigatoriamente a escrita). Existem, entretanto, atos administrativos não escritos, como são
exemplos: ordens verbais do superior ao seu subordinado; gestos, apitos e sinais luminosos
na condução do trânsito; cartazes e placas que expressam uma ordem da administração
pública, tais quais as que proíbem estacionar, proíbem fumar etc.”

MUDE SUA VIDA!


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3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Quanto aos atos administrativos, julgue o item.
O silêncio da Administração Pública sobre determinado assunto pode ser entendido
como um ato administrativo.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O silêncio da Administração Pública sobre determinado assunto pode


ser entendido como um ato administrativo.
Afirmativa errada, pois o silêncio da Administração Pública não pode ser
entendido como um ato administrativo por lhe faltar manifestação de vontade.

SOLUÇÃO COMPLETA
O silêncio da Administração Pública sobre determinado assunto pode
ser entendido como um ato administrativo.
Afirmativa errada, pois o silêncio da Administração Pública não pode ser
entendido como um ato administrativo por lhe faltar manifestação de vontade.

Comentário do professor Celso Antônio Bandeira De Mello:

“Na verdade, o silêncio não é ato jurídico. Por isto, evidentemente, não pode
ser ato administrativo. Este é uma declaração jurídica. Quem se absteve de declarar,
pois, silenciou, não declarou nada e por isto não praticou ato administrativo algum.
Tal omissão é um ‘fato jurídico’ e, in casu, um ‘fato jurídico administrativo’. Nada
importa que a lei haja atribuído determinado efeito ao silêncio: o de conceder ou
negar. Este efeito resultará do fato da omissão, como imputação legal, e não de
algum presumido ato, razão por que é de rejeitar a posição dos que consideram ter
aí existido um ’ato tácito’”.

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Com relação aos atos administrativos, julgue o item.
É possível conceituar ato administrativo como a declaração do Estado, no exercício de
prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares
da lei, a título de lhe dar cumprimento, independentemente de controle de legitimidade
por órgão jurisdicional.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

É possível conceituar ato administrativo como a declaração do Estado,


no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências
jurídicas complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento,
independentemente de controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
Afirmativa errada, o Poder Judiciário não pode adentrar ao mérito do ato, mas
ato administrativo está sujeito ao controle de legitimidade por órgão jurisdicional
através do chamado controle de legalidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

É possível conceituar ato administrativo como a declaração do Estado,


no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências
jurídicas complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento,
independentemente de controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
Afirmativa errada, o conceito apresentado no enunciado corresponde ao do
professor Celso Antônio Bandeira De Mello, que diz:
“É possível conceituar ato administrativo como: declaração do Estado (ou de
quem lhe faça as vezes - como, por exemplo, um concessionário de serviço público),
no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e SUJEITAS a controle de
legitimidade por órgão jurisdicional.”
Perceba que a banca alterou apenas a parte final do conceito do referido
mestre. O Poder Judiciário não pode adentrar ao mérito do ato, mas ato
administrativo está sujeito sim ao controle de legitimidade por órgão jurisdicional
através do chamado controle de legalidade. O poder judiciário pode, por exemplo,
anular uma demissão contra o servidor público praticada com vício de legalidade.

5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Com relação aos atos administrativos, julgue o item.
O que particulariza o ato administrativo e justifica que se formule um conceito que o
isole entre os demais atos jurídicos é a circunstância de que ele tem peculiaridades no
que concerne às condições de sua válida produção e no que atina à eficácia que lhe é
própria.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O que particulariza o ato administrativo e justifica que se formule um


conceito que o isole entre os demais atos jurídicos é a circunstância de que
ele tem peculiaridades no que concerne às condições de sua válida produção
e no que atina à eficácia que lhe é própria.
Gabarito certo. O ‘ato administrativo’ é na verdade espécie de ‘ato jurídico’,
sendo certo que, por conceito, ato jurídico seria qualquer manifestação unilateral
humana voluntária que tenha a finalidade imediata (direta) de produzir determinada
alteração no mundo jurídico. Quando essa manifestação unilateral é regida pelo
direito público, praticada de acordo com a lei e advém da Administração Pública ou
de quem tem a capacidade de representá-la, temos então o nascimento de um ato
administrativo.

SOLUÇÃO COMPLETA

O que particulariza o ato administrativo e justifica que se formule um conceito


que o isole entre os demais atos jurídicos é a circunstância de que ele tem
peculiaridades no que concerne às condições de sua válida produção e no que atina
à eficácia que lhe é própria.
Gabarito certo. O ‘ato administrativo’ é na verdade espécie de ‘ato jurídico’, sendo certo
que por conceito ato jurídico seria qualquer manifestação unilateral humana voluntária que
tenha a finalidade imediata (direta) de produzir determinada alteração no mundo jurídico.
Quando essa manifestação unilateral é regida pelo direito público, praticada de acordo com a
lei e advém da Administração Pública ou de quem tem a capacidade de representá-la, temos
então o nascimento de um ato administrativo.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo nos ensinam a seguinte lição:
“Conforme antes afirmado, os atos administrativos enquadram-se na categoria dos atos
jurídicos. Logo, são manifestações humanas, e não meros fenômenos da natureza. Ademais,
são sempre manifestações unilaterais de vontade (as bilaterais compõem os chamados
contratos administrativos). O que peculiariza os atos administrativos no âmbito do
gênero ‘atos jurídicos’, entretanto, é o fato de serem manifestações ou declarações da
administração pública, agindo nesta qualidade, ou de particulares que estejam exercendo
prerrogativas públicas, por terem sido investidos em funções públicas (a exemplo dos que
recebem delegação do poder público, como urna concessionária ou uma permissionária de
serviços públicos). Por serem praticados no exercício de atribuições públicas, os atos
administrativos estão sujeitos ao regime de direito público. São eles manifestações ou
declarações exaradas sempre no âmbito de relações jurídicas de direito público.”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e Marcelo
Alexandrino; p. 508)

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6. Ano: 2015 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Londrina – PR Prova: Analista de Proteção
de Defesa do Consumidor - Serviços de Proteção e Defesa do Consumidor
Os atos administrativos são relevantes tanto para o funcionamento da administração
pública quanto para a garantia dos direitos fundamentais dos indivíduos. Sobre os atos
administrativos:
A atuação da administração pública no exercício da função administrativa é vinculada
quando a lei fixa uma única solução possível diante do caso, e é discricionária quando é
possível apreciar a oportunidade e conveniência para escolher entre duas ou mais
soluções.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A atuação da administração pública no exercício da função


administrativa é vinculada quando a lei fixa uma única solução possível
diante do caso, e é discricionária quando é possível apreciar a oportunidade
e conveniência para escolher entre duas ou mais soluções.
Gabarito certo. Temos nesta questão uma das mais importantes classificações
do ato administrativo, que é saber quando ele é vinculado ou discricionário. Em
termos práticos, ATOS VINCULADOS são aqueles nos quais a Administração Pública
atuará dentro dos limites impostos pela lei sem liberdade. E os ATOS
DISCRICIONÁRIOS são os que a Administração Pública tem liberdade de ação
também dentro dos limites impostos pela lei.

SOLUÇÃO COMPLETA

A atuação da administração pública no exercício da função


administrativa é vinculada quando a lei fixa uma única solução possível
diante do caso, e é discricionária quando é possível apreciar a oportunidade
e conveniência para escolher entre duas ou mais soluções.
Gabarito certo. Temos nesta questão uma das mais importantes classificações
do ato administrativo, que é quanto ao seu regramento.

Segue a lição do grande mestre Hely Lopes Meirelles:

ATOS VINCULADOS - são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e


condições de sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais absorvem,
quase que por completo, a liberdade do administrador, uma vez que sua ação fica
adstrita aos pressupostos estabelecidos pela norma legal para a validade da atividade
administrativa. Desatendido qualquer requisito, compromete-se a eficácia do ato
praticado, tomando-se passível de anulação pela própria Administração, ou pelo
Judiciário, se assim o requerer o interessado.

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ATOS DISCRICIONÁRIOS - são os que a Administração, autorizada pela lei,


pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. A rigor, a
discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas sim no poder de a
Administração praticá-lo pela maneira e nas condições que repute mais convenientes
ao interesse público.

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador


No que diz respeito à administração pública, julgue o item a seguir.
Documento de entidade de direito privado cujo objetivo seja tornar pública decisão
tomada pela entidade no exercício de delegação concedida por órgão da administração
pública direta não caracteriza ato administrativo.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Documento de entidade de direito privado cujo objetivo seja tornar


pública decisão tomada pela entidade no exercício de delegação concedida
por órgão da administração pública direta não caracteriza ato
administrativo.
Afirmativa errada, pois as entidades de direito privado que estejam
representando a administração pública podem sim praticar atos administrativos.
Segue o conceito apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro: ”pode-
se definir o ato administrativo como a declaração do Estado OU DE QUEM O
REPRESENTE, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.”

SOLUÇÃO COMPLETA

Documento de entidade de direito privado cujo objetivo seja tornar


pública decisão tomada pela entidade no exercício de delegação concedida
por órgão da administração pública direta não caracteriza ato
administrativo.
Afirmativa errada, pois as entidades de direito privado que estejam
representando a administração pública podem sim praticar atos administrativos. Você
pode observar essa informação dentro do conceito de ato administrativo apresentado
pelos grandes mestres.

Conceito apresentado pelo professor Celso Antônio Bandeira De Mello que diz:
“É possível conceituar ato administrativo como: declaração do Estado (OU DE
QUEM LHE FAÇA AS VEZES - COMO, POR EXEMPLO, UM CONCESSIONÁRIO DE

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SERVIÇO PÚBLICO), no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante


providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e
SUJEITAS a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.”

Conceito apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

”Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado OU DE QUEM


O REPRESENTE, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.”

Conceito apresentado pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Firmadas tais premissas, podemos, então, conceituar o ato administrativo


como sendo “a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública OU
DE SEUS DELEGATÁRIOS, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.”

O ilustre mestre ainda complementa o estudo do tema dessa questão da


seguinte forma:

“Os agentes delegatários, a seu turno, são aqueles que, embora não integrando
a estrutura funcional da Administração Pública, receberam a incumbência de exercer,
por delegação, função administrativa (função delegada). Resulta daí, por
conseguinte, que, quando estiverem realmente no desempenho dessa função, tais
pessoas estarão atuando na mesma condição dos agentes da Administração, estando,
desse modo, aptas à produção de atos administrativos.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 205)

8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador


No que diz respeito à administração pública, julgue o item a seguir.
Ato administrativo constitui ato jurídico perfeito e, por essa razão, o seu
questionamento judicial é vedado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Ato administrativo constitui ato jurídico perfeito e, por essa razão, o


seu questionamento judicial é vedado.
Afirmativa errada, pois um ato administrativo pode ser analisado pelo poder
judiciário no tocante à sua legalidade sim. O Brasil adotou o sistema de JURISDIÇÃO
UNA, no qual a lei não poderá afastar da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a
direito. Caso o judiciário mediante provocação encontre um ato ilegal, poderá anulá-
lo através do controle de legalidade.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Ato administrativo constitui ato jurídico perfeito e, por essa razão, o


seu questionamento judicial é vedado.
Afirmativa errada, pois um ato administrativo pode ser analisado pelo poder
judiciário no tocante à sua legalidade sim. O Brasil adotou o sistema de JURISDIÇÃO
UNA, no qual ao Judiciário é dada a missão de ser o aplicador da lei ao caso concreto
independentemente do sujeito da relação conflituosa. Podem ser causas que
envolvam a Administração Pública ou podem ser as causas entre particulares. Não
há outro órgão com poder jurisdicional de dizer o direito ao fato concreto.

Definição de jurisdição una exposta pelo grande mestre Hely Lopes Meirelles:

“O sistema judiciário ou de jurisdição única, também conhecido por sistema


inglês e, modernamente, denominado sistema de controle judicial, é aquele em que
todos os litígios - de natureza administrativa ou de interesses exclusivamente
privados - são resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou seja, pelos juízes e
tribunais do Poder Judiciário. Tal sistema é originário da Inglaterra.”

Sendo assim, através do princípio da inafastabilidade da jurisdição adotada por


nossa Constituição em seu artigo 5º; inciso XXXV, “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, podemos afirmar,
sem sombra de dúvidas, que o poder judiciário pode, mediante provocação, anular
um ato praticado pela Administração Pública através do chamado controle de
legalidade.

9. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: Analista de Gestão - Julgamento
Com relação aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
A expressão ato administrativo, por incluir não só os atos praticados no exercício da
função administrativa, mas também os atos de direito privado praticados pelo poder
público, tem sentido mais amplo que a expressão ato da administração.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A expressão ato administrativo, por incluir não só os atos praticados


no exercício da função administrativa, mas também os atos de direito
privado praticados pelo poder público, tem sentido mais amplo que a
expressão ato da administração.
Afirmativa errada, pois os atos praticados sob regime de direito privado estão
excluídos da categoria dos atos administrativos, uma exigência absoluta da doutrina
é que o ato administrativo só pode ser enquadrado nesta espécie de ato jurídico se
for regido pelo direito público.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A expressão ato administrativo, por incluir não só os atos praticados


no exercício da função administrativa, mas também os atos de direito
privado praticados pelo poder público, tem sentido mais amplo que a
expressão ato da administração.
Afirmativa errada, pois os atos praticados sob regime de direito privado estão
excluídos da categoria dos atos administrativos.

Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo nos ensinam a seguinte


lição:

“Em diversas situações a administração pública age sem revestir a qualidade


de poder público, ou seja, despida de suas prerrogativas de direito público.
Frequentemente isso ocorre quando órgãos ou entidades administrativas atuam no
domínio econômico, exercendo atividades próprias do setor produtivo. Por exemplo,
quando uma sociedade de economia mista vende, no mercado, bens de sua
produção, ou um banco estatal celebra, com um particular, um contrato de abertura
de conta corrente, ou, ainda, quando um agente público competente dos quadros de
um órgão da administração direta assina um cheque para pagar um fornecedor.

A doutrina, por vezes, utiliza a expressão ’ATOS DA ADMINISTRAÇÃO’ para


se referir especificamente a esses atos que a administração pública pratica quando
está desprovida de prerrogativas públicas, quando está atuando em igualdade
jurídica com os particulares, sob regência predominante do direito privado”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 510)

Podemos analisar no conceito de ato administrativo apresentado pela doutrina


clássica sempre a referência a exigência de que ele sela regido pelo DIREITO
PÚBLICO, veja comigo:

Conceito apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

”Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem


o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO e sujeita a controle pelo Poder
Judiciário.”

Conceito apresentado pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Firmadas tais premissas, podemos, então, conceituar o ato administrativo


como sendo “a exteriorização da vontade de agentes da Administração pública ou de
seus delegatários, nessa condição, que, sob REGIME DE DIREITO PÚBLICO, vise
à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.”

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10. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA Prova: Conhecimentos Básicos-
No que concerne à administração pública, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola privada para a
realização do curso de formação de seus novos servidores. Assertiva: Nessa situação, o
ato de locação, ainda que seja regido pelo direito privado, é considerado um ato
administrativo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma


escola privada para a realização do curso de formação de seus novos
servidores. Assertiva: Nessa situação, o ato de locação, ainda que seja
regido pelo direito privado, é considerado um ato administrativo.
Afirmativa errada, pois os atos praticados sob regime de direito privado estão
excluídos da categoria dos atos administrativos, uma exigência absoluta da doutrina
é que o ato administrativo só pode ser enquadrado nesta espécie de ato jurídico se
for regido pelo direito público.

SOLUÇÃO COMPLETA

Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma


escola privada para a realização do curso de formação de seus novos
servidores. Assertiva: nessa situação, o ato de locação, ainda que seja
regido pelo direito privado, é considerado um ato administrativo.
Afirmativa errada, pois os atos praticados sob regime de direito privado estão
excluídos da categoria dos atos administrativos.

Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo nos ensinam a seguinte


lição:

“Em diversas situações a administração pública age sem revestir a qualidade


de poder público, ou seja, despida de suas prerrogativas de direito público.
Frequentemente isso ocorre quando órgãos ou entidades administrativas atuam no
domínio econômico, exercendo atividades próprias do setor produtivo. Por exemplo,
quando uma sociedade de economia mista vende, no mercado, bens de sua
produção, ou um banco estatal celebra, com um particular, um contrato de abertura
de conta corrente, ou, ainda, quando um agente público competente dos quadros de
um órgão da administração direta assina um cheque para pagar um fornecedor.

A doutrina, por vezes, utiliza a expressão ‘ATOS DA ADMINISTRAÇÃO’ para


se referir especificamente a esses atos que a administração pública pratica quando

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está desprovida de prerrogativas públicas, quando está atuando em igualdade


jurídica com os particulares, sob regência predominante do direito privado”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 510)

Podemos analisar no conceito de ato administrativo apresentado pela doutrina


clássica sempre a referência à exigência de que ele seja regido pelo DIREITO
PÚBLICO, veja comigo:

Conceito apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

“Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem


o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO e sujeita a controle pelo Poder
Judiciário.”

Conceito apresentado pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Firmadas tais premissas, podemos, então, conceituar o ato administrativo


como sendo a exteriorização da vontade de agentes da Administração pública ou de
seus delegatários, nessa condição, que, sob REGIME DE DIREITO PÚBLICO, vise
à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.”

11. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Caieiras – SP Prova: Assistente de
Recursos Humanos
Antônio Silveira dos Passos é servidor público e foi deslocado, no interesse da
Administração, no âmbito do mesmo quadro, sem mudança de sede. O instrumento
utilizado pelo órgão em que Antônio está lotado é:
a) remoção de ofício.
b) deslocamento.
c) remoção a pedido.
d) deslocamento a pedido.
e) remoção por promoção.

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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) remoção de ofício.
Nosso gabarito, pois a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de
ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Como o
enunciado da questão diz que Antônio Silveira dos Passos foi deslocado, no interesse
da Administração, temos a remoção de ofício.

b) deslocamento.
deslocamento. Afirmativa errada, pois o termo correto é remoção, que é
caracterizado pelo deslocamento do servidor.

c) remoção a pedido.
remoção a pedido. Afirmativa errada, pois a remoção a pedido ocorre quando
o próprio servidor solicita o deslocamento.

d) deslocamento a pedido.
deslocamento a pedido. Afirmativa errada, pois o que ocorreu na verdade foi a
remoção de ofício.

e) remoção por promoção.


remoção por promoção. Afirmativa errada, pois a promoção é uma forma de
provimento derivado.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) remoção de ofício.
Nosso gabarito. Como o enunciado da questão diz que Antônio Silveira dos
Passos foi deslocado, no interesse da Administração, temos a REMOÇÃO DE OFÍCIO.
A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. De acordo com o artigo 36 da lei
8.112/90, a remoção pode ser:

I - De OFÍCIO, no interesse da Administração;

II - A PEDIDO, a critério da Administração;

III - A PEDIDO, para outra localidade, independentemente do interesse da


Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou


militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

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b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que


viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número


de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

b) deslocamento.
Afirmativa errada, pois o termo “deslocamento” é muito vago. Na Lei 8.112/90,
temos o deslocamento do servidor que é chamado de REMOÇÃO e temos ainda o
deslocamento do CARGO PÚBLICO, que é o instituto conhecido como
REDISTRIBUIÇÃO.

c) remoção a pedido.
Afirmativa errada, pois a remoção a pedido ocorre quando o próprio servidor
solicita o deslocamento nos termos do artigo 36 parágrafo único, inciso II e III da lei
8.112/90:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades
de remoção:
II - A PEDIDO, a critério da Administração;

III - A PEDIDO, para outra localidade, independentemente do interesse da


Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou


militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que


viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número


de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

d) deslocamento a pedido.
Afirmativa errada, pois o termo “deslocamento” é muito vago. Na Lei 8.112/90,
temos o deslocamento do servidor, que é chamado de REMOÇÃO, e temos ainda o
deslocamento do CARGO PÚBLICO, que é o instituto conhecido como
REDISTRIBUIÇÃO.

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e) remoção por promoção.


Afirmativa errada, pois a promoção é uma forma de provimento derivado nos
termos do artigo 8º, inciso II e artigo 17 da Lei 8.112/90.

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

II - PROMOÇÃO;

Art. 17. A PROMOÇÃO não interrompe o tempo de exercício, que é contado no


novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover
o servidor.

12. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SPPREV Prova: Técnico em Gestão Previdenciária
A edição de um ato administrativo de natureza vinculada acarreta ou pressupõe, para a
Administração pública, o dever
a) de ter observado o preenchimento dos requisitos legais para a edição, tendo em
vista que nos atos vinculados a legislação indica os elementos constitutivos do direito à
prática do ato.
b) subjetivo de emissão do mesmo, este que, em razão da natureza, não admite
anulação ou revogação.
c) de observar as opções legalmente disponíveis para decisão do administrador, que
deverá fundamentá-la em razão de conveniência e interesse público.
d) do administrado destinatário do ato exercer o direito que lhe fora concedido, tendo
em vista que os atos administrativos são vinculantes para os particulares, que não têm
opção de não realizar o objeto ou finalidade do mesmo.
e) de submeter o ato ao controle externo do Tribunal de Contas competente e do Poder
Judiciário, sob o prisma da legalidade, conveniência e oportunidade.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) de ter observado o preenchimento dos requisitos legais para a


edição, tendo em vista que nos atos vinculados a legislação indica os
elementos constitutivos do direito à prática do ato.
Gabarito certo. Temos nesta questão uma das mais importantes classificações
do ato administrativo, que é saber quando ele é vinculado ou discricionário. Em
termos práticos, ATOS VINCULADOS são aqueles nos quais a Administração Pública
atuará dentro dos limites impostos pela lei sem liberdade.

b) subjetivo de emissão do mesmo, este que, em razão da natureza,


não admite anulação ou revogação.
subjetivo de emissão do mesmo, este que, em razão da natureza, não admite
anulação ou revogação. Afirmativa errada, pois o ato administrativo será anulado,

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via de regra, quando estiver com um vício de legalidade e poderá ser revogado
quando for inoportuno e inconveniente.

c) de observar as opções legalmente disponíveis para decisão do


administrador, que deverá fundamentá-la em razão de conveniência e
interesse público.
de observar as opções legalmente disponíveis para decisão do administrador,
que deverá fundamentá-la em razão de conveniência e interesse público. Afirmativa
errada, pois o ato praticado em razão de conveniência é o ato discricionário e não de
natureza vinculada.

d) do administrado destinatário do ato exercer o direito que lhe fora


concedido, tendo em vista que os atos administrativos são vinculantes para
os particulares, que não têm opção de não realizar o objeto ou finalidade do
mesmo.
do administrado destinatário do ato exercer o direito que lhe fora concedido,
tendo em vista que os atos administrativos são vinculantes para os particulares, que
não têm opção de não realizar o objeto ou finalidade do mesmo. Afirmativa errada,
pois nem todos os atos para os particulares possuem natureza vinculantes, como as
autorizações que são atos discricionários.

e) de submeter o ato ao controle externo do Tribunal de Contas


competente e do Poder Judiciário, sob o prisma da legalidade, conveniência
e oportunidade.
de submeter o ato ao controle externo do Tribunal de Contas competente e do
Poder Judiciário, sob o prisma da legalidade, conveniência e oportunidade. Afirmativa
errada, pois o Poder judiciário não pode adentrar no mérito do ato administrativo
portanto não é possível que o mesmo analise a conveniência e oportunidade do ato
administrativo.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) de ter observado o preenchimento dos requisitos legais para a


edição, tendo em vista que nos atos vinculados a legislação indica os
elementos constitutivos do direito à prática do ato.
Gabarito certo. Temos nesta questão uma das mais importantes classificações
do ato administrativo que é quanto ao seu regramento.

Segue a lição do grande mestre HELY LOPES MEIRELLES:

ATOS VINCULADOS - são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e


condições de sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais absorvem,
quase que por completo, a liberdade do administrador, uma vez que sua ação fica
adstrita aos pressupostos estabelecidos pela norma legal para a validade da atividade
administrativa. Desatendido qualquer requisito, compromete-se a eficácia do ato
praticado, tomando-se passível de anulação pela própria Administração, ou pelo
Judiciário, se assim o requerer o interessado.

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ATOS DISCRICIONÁRIOS - são os que a Administração, autorizada pela lei,


pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. A rigor, a
discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas sim no poder de a
Administração praticá-lo pela maneira e nas condições que repute mais convenientes
ao interesse público.

b) subjetivo de emissão do mesmo, este que, em razão da natureza,


não admite anulação ou revogação.
Afirmativa errada, pois o ato administrativo será anulado, via de regra, quando
estiver com um vício de legalidade e poderá ser revogado quando for inoportuno e
inconveniente.
• ANULAÇÃO: é a declaração de invalidade de um ato administrativo
ILEGÍTIMO ou ILEGAL, feita pela Administração ou pelo PODER JUDICIÁRIO por
motivo de Ilegitimidade ou Ilegalidade.

Possui o chamado EFEITO EX TUNC, ou seja, retroage até o nascimento do Ato.

Pode ser feita pela própria ADMINISTRAÇÃO através do controle de legalidade


pautado no poder de autotutela do Estado. É uma justiça interna, exercida para a
defesa da instituição e da legalidade de seus atos.

Também pode ser feita pelo PODER JUDICIÁRIO, através do controle de


legalidade, DESDE QUE haja provocação, ou seja, desde que sejam levados à sua
apreciação pelos meios processuais cabíveis, aqui não existe a autotutela, pois o ato
está sendo anulado por outro Poder.

• REVOGAÇÃO: é a retirada de um ato administrativo legítimo e eficaz, tem


seu fundamento no poder discricionário e somente a própria Administração pode
realizar, por motivo de sua conveniência e oportunidade, sendo por isso PRIVATIVA
da Administração, possuindo o EFEITO conhecido como EX NUNC.

c) de observar as opções legalmente disponíveis para decisão do


administrador, que deverá fundamentá-la em razão de conveniência e
interesse público.
Afirmativa errada, pois no ato vinculado não existem opções legalmente
disponíveis, essa opção diz respeito ao ato discricionário, e não de natureza
vinculada.
Os ATOS DISCRICIONÁRIOS são os que a Administração, autorizada pela lei,
pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. A rigor, a
discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas sim no poder de a
Administração praticá-lo pela maneira e nas condições que repute mais convenientes
ao interesse público.

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d) do administrado destinatário do ato exercer o direito que lhe fora


concedido, tendo em vista que os atos administrativos são vinculantes para
os particulares, que não têm opção de não realizar o objeto ou finalidade do
mesmo.
Afirmativa errada, pois nem todos os atos para os particulares possuem
natureza vinculantes, como as autorizações que são atos discricionários.
Cite-se, por exemplo, a autorização que é ato discricionário e precatório
pelo qual o poder público torna possível ao pretendente de certa atividade e serviços
ou utilização de determinados bens particulares ou públicos. Outro erro é dizer que
o particular não tem opção de não realizar o objeto, pois ele pode RENUNCIAR os
efeitos de um ato administrativo que tenha sido praticado em seu favor como uma
permissão de uso de bem público.

• RENÚNCIA: é a retirada do ato administrativo eficaz por seu beneficiário não


mais desejar a continuidade dos seus efeitos. A renúncia só se destina aos atos
ampliativos (atos que trazem privilégios), pois seria impensável no particular
renunciando um ato punitivo.

e) de submeter o ato ao controle externo do Tribunal de Contas


competente e do Poder Judiciário, sob o prisma da legalidade, conveniência
e oportunidade.
Afirmativa errada, pois o poder judiciário não pode adentrar no mérito do ato
administrativo, portanto, não é possível que analise a conveniência e oportunidade
do ato administrativo.

Segue lição do grande mestre José Dos Santos Carvalho Filho:

CONTROLE DO MÉRITO

A valoração de conduta que configura o mérito administrativo pode alterar-se, bastando


para tanto imaginar a mudança dos fatores de conveniência e oportunidade sopesados
pelo agente da Administração. Na verdade, o que foi conveniente e oportuno hoje para o
agente praticar o ato pode não o ser amanhã. O tempo, como sabemos, provoca alteração das
linhas que definem esses critérios.

O Judiciário, entretanto, não pode imiscuir-se nessa apreciação, sendo-lhe vedado


exercer controle judicial sobre o mérito administrativo. Como bem aponta SEABRA
FAGUNDES, com apoio em RANELLETTI, se pudesse o juiz fazê-lo, ‘faria obra de administrador,
violando, dessarte, o princípio de separação e independência dos poderes’. E está de todo
acertado esse fundamento: se ao juiz cabe a função jurisdicional, na qual afere aspectos de
legalidade, não se lhe pode permitir que proceda a um tipo de avaliação, peculiar à função
administrativa e que, na verdade, decorre da própria lei.

O Supremo Tribunal Federal corrobora essa posição e, em hipótese na qual se discutia


expulsão de estrangeiro, disse a Corte que se trata de ato discricionário de defesa do Estado,
sendo de competência do Presidente da República, ‘a quem incumbe julgar a conveniência
ou oportunidade da decretação da medida’, e que ‘ao Judiciário compete tão somente a
apreciação formal e a constatação da existência ou não de vícios de nulidade do ato expulsório,
não o mérito da decisão presidencial’
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos Carvalho Filho;
p. 232)

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13. Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José – SC Prova: Agente de Fiscalização
de Consumo
São manifestações unilaterais e concretas do Estado, ou de quem lhe faça às vezes,
expedidas no exercício da função administrativa, consistentes na emanação de
comandos complementares aos dispositivos legais. Este conceito se refere a qual
alternativa correta:
a) Atos da organização dos poderes.
b) Atos da administração.
c) Atos administrativos.
d) Contratos administrativos.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Atos da organização dos poderes.


Atos da organização dos poderes. Afirmativa errada, pois aqui temos os
chamados atos políticos.

b) Atos da administração.
Atos da administração. Afirmativa errada, pois “Atos Da Administração” é um
termo mais genérico que envolve atos regidos pelo direito público e atos regidos pelo
direito privado praticados pela Administração Pública.

c) Atos administrativos.
Nosso gabarito. A doutrina vai definir ato administrativo como toda
manifestação expedida no exercício da função administrativa, com caráter infralegal,
consistente na emissão de comandos complementares à lei, com a finalidade de
produzir efeitos jurídicos.

d) Contratos administrativos.
Contratos administrativos. Afirmativa errada, pois os contratos administrativos
são bilaterais, e não unilaterais.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Atos da organização dos poderes.


Afirmativa errada, pois aqui temos os chamados atos políticos, esses são os
atos da administração pública em sentido amplo, praticados em obediência direta à
Constituição, com base imediata no texto constitucional (exemplos: iniciativa de leis,
sanção ou veto a projetos de lei, celebração de tratados internacionais, decretação
do estado de sítio, dentre outros). Os atos políticos não estão sujeitos à teoria geral
dos atos administrativos.

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b) Atos da administração.
Afirmativa errada, pois “Atos Da Administração” é um termo mais genérico que
envolve atos regidos pelo direito público e atos regidos pelo direito privado praticados
pela Administração Pública.

Segue lição do grande mestre José Dos Santos Carvalho Filho:

“A expressão atos da Administração traduz sentido amplo e indica todo e


qualquer ato que se origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema
administrativo em qualquer dos Poderes. O emprego da expressão não leva em conta
a natureza deste ou daquele ato. Significa apenas que a Administração Pública se
exprime, na maioria das vezes, por meio de atos, de forma que, ao fazê-lo, pratica
o que se denomina de atos da Administração. O critério identificativo, portanto, reside
na origem da manifestação de vontade. Uma vez praticado o ato, aí sim, caberá ao
intérprete identificá-lo na categoria adequada. Na verdade, entre os atos da
Administração se enquadram atos que não se caracterizam propriamente como atos
administrativos, como é o caso dos atos privados da Administração. Exemplo: os
contratos regidos pelo direito privado, como a compra e venda, a locação etc. No
mesmo plano estão os atos materiais, que correspondem aos fatos administrativos,
noção vista acima: são eles atos da Administração, mas não configuram atos
administrativos típicos.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 201)

c) Atos administrativos.
Nosso gabarito. Segue abaixo o conceito de ato administrativo apresentado pela
doutrina clássica.

Conceito apresentado pelo professor Hely Lopes Meirelles:

“Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração


Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.”

Conceito apresentado pelo professor Celso Antônio Bandeira De Mello que diz:

“É possível conceituar ato administrativo como: declaração do estado (ou de


quem lhe faça as vezes - como, por exemplo, um concessionário de serviço público),
no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e SUJEITAS a controle de
legitimidade por órgão jurisdicional.”

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Conceito apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

”Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem


o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.”

Conceito apresentado pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Firmadas tais premissas, podemos, então, conceituar o ato administrativo


como sendo “a exteriorização da vontade de agentes da Administração pública ou de
seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.”

d) Contratos administrativos.
Afirmativa errada, pois os contratos administrativos são BILATERAIS, e não
unilaterais. A doutrina vai conceituar o CONTRATO ADMINISTRATIVO como o ajuste
firmado entre a Administração Pública e um particular, regulado basicamente pelo
direito público e tendo por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza
interesse público.

14. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de São Bento do Sul – SC Prova:
Auxiliar Administrativo
Em relação ao Conceito de Ato Administrativo, assinale a alternativa correta.
a) É uma expressão utilizada para designar, em sentido amplo, os regimes de direito
público e de direito privado a que se pode submeter a Administração Pública.
b) Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda a sua atuação.
c) Assegura a todos o acesso à informação e resguarda o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
d) É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita ao
controle pelo Poder Público.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) É uma expressão utilizada para designar, em sentido amplo, os


regimes de direito público e de direito privado a que se pode submeter a
Administração Pública.
É uma expressão utilizada para designar, em sentido amplo, os regimes de
direito público e de direito privado a que se pode submeter a Administração Pública.
Afirmativa errada, pois “Atos Da Administração” é um termo mais genérico que
envolve atos regidos pelo direito público e atos regidos pelo direito privado praticados
pela Administração Pública, e não o termo “ato administrativo”.

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b) Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda


a sua atuação.
Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda a sua
atuação. Afirmativa errada, pois temos na prática dos atos administrativos os
chamados atos discricionários, que possuem margem de escolha (conveniência e
oportunidade).

c) Assegura a todos o acesso à informação e resguarda o sigilo da fonte,


quando necessário ao exercício profissional.
Assegura a todos o acesso à informação e resguarda o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional. Afirmativa errada, pois aqui temos na verdade
uma garantia constitucional.

d) É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz


efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de
direito público e sujeita ao controle pelo Poder Público.
Nosso gabarito, a questão adotou o conceito da professora Maria Sylvia Zanella
Di Pietro.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) É uma expressão utilizada para designar, em sentido amplo, os


regimes de direito público e de direito privado a que se pode submeter a
Administração Pública.
Afirmativa errada, pois “Atos Da Administração” é um termo mais genérico que
envolve atos regidos pelo direito público e atos regidos pelo direito privado praticados
pela Administração Pública, e não o termo “ato administrativo”.

Segue lição do grande mestre José Dos Santos Carvalho Filho:

“A expressão ATOS DA ADMINISTRAÇÃO traduz sentido amplo e indica todo


e qualquer ato que se origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema
administrativo em qualquer dos Poderes. O emprego da expressão não leva em conta
a natureza deste ou daquele ato. Significa apenas que a Administração Pública se
exprime, na maioria das vezes, por meio de atos, de forma que, ao fazê-lo, pratica
o que se denomina de atos da Administração. O critério identificativo, portanto, reside
na origem da manifestação de vontade. Uma vez praticado o ato, aí sim, caberá ao
intérprete identificá-lo na categoria adequada. Na verdade, entre os atos da
Administração se enquadram atos que não se caracterizam propriamente como atos
administrativos, como é o caso dos atos privados da Administração. Exemplo: os
contratos regidos pelo direito privado, como a compra e venda, a locação etc. No
mesmo plano estão os atos materiais, que correspondem aos fatos administrativos,
noção vista acima: são eles atos da Administração, mas não configuram atos
administrativos típicos.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 201)

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b) Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda


a sua atuação.
Afirmativa errada, pois temos na prática dos atos administrativos os chamados
atos discricionários que possuem margem de escolha (conveniência e oportunidade).

Os ATOS DISCRICIONÁRIOS são os que a Administração, autorizada pela lei,


pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. A rigor, a
discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas sim no poder de a
Administração praticá-lo pela maneira e nas condições que repute mais convenientes
ao interesse público.

c) Assegura a todos o acesso à informação e resguarda o sigilo da fonte,


quando necessário ao exercício profissional.
Afirmativa errada, pois aqui temos na verdade uma garantia constitucional.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Artigo 5º XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o


sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

d) É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz


efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de
direito público e sujeita ao controle pelo Poder Público.
Nosso gabarito, a questão adotou o conceito da professora Maria Sylvia Zanella
Di Pietro. Segue a lição da ilustre mestra:

Para definir o ato administrativo, é necessário considerar os seguintes dados:

“1. Ele constitui declaração do Estado ou de quem lhe faça as vezes; é preferível
falar em declaração do que em manifestação, porque aquela compreende sempre
uma exteriorização do pensamento, enquanto a manifestação pode não ser
exteriorizada; o próprio silêncio pode significar manifestação de vontade e produzir
efeito jurídico, sem que corresponda a um ato administrativo; falando-se em Estado,
abrangem-se tanto os órgãos do Poder Executivo como os dos demais Poderes, que
também podem editar atos administrativos;

2. sujeita-se a regime jurídico administrativo, pois a Administração aparece


com todas as prerrogativas e restrições próprias do poder público; com isto, afastam-
se os atos de direito privado praticados pelo Estado;

3. produz efeitos jurídicos imediatos; com isso, distingue-se o ato


administrativo da lei e afasta-se de seu conceito o regulamento que, quanto ao
conteúdo, é ato normativo, mais semelhante à lei; e afastam-se também os atos não
produtores de efeitos jurídicos diretos, como os atos materiais e os atos enunciativos;

4. é sempre passível de controle judicial;

5. sujeita-se à lei.

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As duas últimas características colocam o ato administrativo como uma das


modalidades de ato praticado pelo Estado, pois o diferenciam do ato normativo e do
ato judicial.

Com esses elementos, pode-se definir o ato administrativo como a


declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e
sujeita a controle pelo Poder Judiciário.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 456)

15. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social (+ provas)
Assinale a alternativa INCORRETA acerca dos atos administrativos.
a) Os atos administrativos têm origem no Estado ou em agentes investidos de
prerrogativas estatais.
b) Todo ato praticado no exercício da função administrativa consiste em ato da
administração.
c) A morte de um funcionário que gera vacância de um cargo não é considerada um ato
administrativo.
d) Os atos administrativos incluem os despachos de encaminhamento de papéis e os
processos.
e) Os fatos administrativos não admitem nem anulação nem revogação.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Os atos administrativos têm origem no Estado ou em agentes


investidos de prerrogativas estatais.
Afirmativa correta, pois os atos administrativos podem ser praticados pela
administração pública ou por quem tem a capacidade de representá-la.

b) Todo ato praticado no exercício da função administrativa consiste


em ato da administração.
Afirmativa correta, pois o termo “atos da administração” englobam tanto os
atos praticados sob regime de direito público como praticado sob regime jurídico de
direito privado.

c) A morte de um funcionário que gera vacância de um cargo não é


considerada um ato administrativo.
Afirmativa correta, pois a morte de um funcionário não expressa manifestação
unilateral da vontade da administração, portanto temos na verdade um fato
administrativo.

MUDE SUA VIDA!


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d) Os atos administrativos incluem os despachos de encaminhamento


de papéis e os processos.
Os atos administrativos incluem os despachos de encaminhamento de papéis e
os processos.
Afirmativa errada e consequentemente nosso gabarito, pois os despachos de
encaminhamento de papéis e os processos não possuem manifestação de vontade
por isso são excluídos dos atos administrativos.

e) Os fatos administrativos não admitem nem anulação nem


revogação.
Afirmativa correta, pois os fatos administrativos são mera execução de ordem,
por isso, não podem ser anulados ou revogados.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Os atos administrativos têm origem no Estado ou em agentes


investidos de prerrogativas estatais.
Afirmativa correta, pois os atos administrativos podem ser praticados pela
administração pública ou por quem tem a capacidade de representá-la. Essa
informação pode ser analisada, inclusive, dentro do próprio conceito de “ato
administrativo”.

Conceito apresentado pelo professor Celso Antônio Bandeira De Mello que diz:
“É possível conceituar ato administrativo como: declaração do Estado (OU DE
QUEM LHE FAÇA AS VEZES - COMO, POR EXEMPLO, UM CONCESSIONÁRIO DE
SERVIÇO PÚBLICO), no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante
providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e
SUJEITAS a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.”

Conceito apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

”Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado OU DE QUEM


O REPRESENTE, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.”

Conceito apresentado pelo professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Firmadas tais premissas, podemos, então, conceituar o ato administrativo


como sendo a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública OU DE
SEUS DELEGATÁRIOS, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.”

O ilustre mestre ainda complementa o estudo do tema dessa questão da


seguinte forma:

“Os agentes delegatários, a seu turno, são aqueles que, embora não integrando
a estrutura funcional da Administração Pública, receberam a incumbência de exercer,

MUDE SUA VIDA!


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por delegação, função administrativa (função delegada). Resulta daí, por


conseguinte, que, quando estiverem realmente no desempenho dessa função, tais
pessoas estarão atuando na mesma condição dos agentes da Administração, estando,
desse modo, aptas à produção de atos administrativos.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 205)

b) Todo ato praticado no exercício da função administrativa consiste


em ato da administração.
Afirmativa correta, pois o termo “atos da administração” englobam tanto os
atos praticados sob regime de direito público como praticado sob regime jurídico de
direito privado.

Segue lição do grande mestre José Dos Santos Carvalho Filho:

“A expressão ATOS DA ADMINISTRAÇÃO traduz SENTIDO AMPLO e indica


todo e qualquer ato que se origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema
administrativo em qualquer dos Poderes. O emprego da expressão não leva em conta
a natureza deste ou daquele ato. Significa apenas que a Administração Pública se
exprime, na maioria das vezes, por meio de atos, de forma que, ao fazê-lo, pratica
o que se denomina de atos da Administração. O critério identificativo, portanto, reside
na origem da manifestação de vontade. Uma vez praticado o ato, aí sim, caberá ao
intérprete identificá-lo na categoria adequada.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 201)

c) A morte de um funcionário que gera vacância de um cargo não é


considerada um ato administrativo.
Afirmativa correta, pois a morte de um funcionário não expressa manifestação
unilateral da vontade da administração, portanto, temos na verdade um fato
administrativo. Segue o ensinamento da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

“Quando o fato corresponde à descrição contida na norma legal, ele é chamado


fato jurídico e produz efeitos no mundo do direito. Quando o fato descrito na norma
legal produz efeitos no campo do direito administrativo, ele é um fato administrativo,
como ocorre com a morte de um funcionário, que produz a vacância de seu cargo;
com o decurso do tempo, que produz a prescrição administrativa.”
(Direito Administrativo 32ª Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 447)

d) Os atos administrativos incluem os despachos de encaminhamento


de papéis e os processos.
Afirmativa errada e consequentemente nosso gabarito, pois os despachos de
encaminhamento de papéis e os processos não possuem manifestação de vontade,
por isso, são excluídos dos atos administrativos, eles se enquadram no conceito de
“ATOS DA ADMINISTRAÇÃO”.

Essa opção abordou um trecho da obra da professora Maria Sylvia Zanella Di


Pietro. Segue a lição da ilustre mestra:

“Dentre os atos da Administração distinguem-se os que produzem e os que não


produzem efeitos jurídicos. Estes últimos não são atos administrativos propriamente

MUDE SUA VIDA!


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ditos, já que não se enquadram no respectivo conceito. Nessa última categoria,


entram:

1. os atos materiais, de simples execução, como a reforma de um prédio, um


trabalho de datilografia, a limpeza das ruas etc.;

2. os DESPACHOS DE ENCAMINHAMENTO DE PAPÉIS E PROCESSOS;

3. os atos enunciativos ou de conhecimento, que apenas atestam ou declaram


a existência de um direito ou situação, como os atestados, certidões, declarações,
informações;

4. os atos de opinião, como os pareceres e laudos.”


(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 458)

e) Os fatos administrativos não admitem nem anulação nem


revogação.
Afirmativa correta, pois os fatos administrativos são mera execução de ordem,
por isso, não podem ser anulados ou revogados.

Segue a lição dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:

“Certo é que os fatos administrativos não estão sujeitos à teoria geral dos atos
administrativos. Em qualquer das acepções antes expostas, pode-se afirmar a
respeito dos fatos administrativos:
(a) não têm como finalidade a produção de efeitos jurídicos (embora possam
deles eventualmente decorrer efeitos jurídicos);

(b) não há manifestação ou declaração de vontade, com conteúdo jurídico, da


administração pública;

(c) não faz sentido falar em "presunção de legitimidade" de fatos


administrativos;

(D) NÃO SE PODE COGITAR REVOGAÇÃO OU ANULAÇÃO DE FATOS


ADMINISTRATIVOS;

(e) não faz sentido faiar em fatos administrativos discricionários ou vinculados.”

(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e


Marcelo Alexandrino; p. 512)

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16. Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Assistente em Administração
Uma servidora da UFF, ao pedir mudança para outra localidade, independente do
interesse da administração, para acompanhar seu cônjuge, também servidor público,
que foi deslocado no interesse da administração, se submeterá a um processo
denominado de:
a) transferência.
b) redistribuição.
c) substituição
d) remoção
e) exoneração.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) transferência.
Transferência. Afirmativa errada, pois a transferência é uma forma de
provimento que foi declarada inconstitucional pelo supremo tribunal federal. Súmula
vinculante 43.

b) redistribuição.
redistribuição. Afirmativa errada, pois a redistribuição e o deslocamento do
cargo que temos aqui é o deslocamento do servidor, que é conhecido como remoção.

c) substituição.
substituição. Afirmativa errada, pois a substituição encontra-se disposta no
artigo 38, da Lei nº 8.112 de 1990, e está relacionada com o substitutos indicados
no regimento interno para os servidores investidos no cargo ou função de direção
ou chefia.

d) remoção.
Nosso gabarito, a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

e) exoneração.
exoneração. Afirmativa errada, pois a exoneração é um mero ajuste
administrativo, é um rompimento do vínculo entre o servidor e administração que
não decorre de uma punição.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) transferência.
Afirmativa errada, pois a transferência é uma forma de provimento que foi
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

SÚMULA VINCULANTE 43

É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor


investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

b) redistribuição.
Afirmativa errada, pois a redistribuição é o DESLOCAMENTO DO CARGO nos
termos do artigo 37 da Lei 8.112/90, o que temos aqui é o deslocamento do servidor,
que é conhecido como remoção.

LEI 8.112/90

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,


ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade
do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os
seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das
atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais
do órgão ou entidade.

c) substituição.
Afirmativa errada, pois a substituição encontra-se disposta no artigo 38, da Lei
nº 8.112 de 1990 e está relacionada com o substitutos indicados no regimento
interno para os servidores investidos no cargo ou função de direção ou chefia.

LEI 8.112/90

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e


os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão SUBSTITUTOS indicados no
regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente
máximo do órgão ou entidade.

§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do


cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza
Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na
vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles
durante o respectivo período.

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§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de


direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.

d) remoção.
Nosso gabarito, a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

LEI 8.112/90

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades
de remoção:

II - A PEDIDO, a critério da Administração;

III - A PEDIDO, para outra localidade, independentemente do interesse da


Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou


militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que


viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número


de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

e) exoneração.
Afirmativa errada, pois a exoneração é o desligamento de um cargo; em Direito
público brasileiro, é a eliminação do exercício de um cargo técnico ou administrativo
promovido por nomeação ou designação; a exoneração pode ser voluntária ou por
recomendação da autoridade.
LEI 8.112/90

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de


ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

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II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo


estabelecido.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de


confiança dar-se-á:

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio servidor.

17. Ano: 2018 Banca: COSEAC Órgão: Prefeitura de Maricá – RJ Prova: Agente Administrativo
Na Administração Pública existe um conceito que se refere a uma mera realização da
mesma, de ordem prática, de mera execução, tal como a limpeza de uma rua ou a
demolição de um prédio. Trata-se do seguinte conceito:
a) fato jurídico em sentido estrito.
b) ato material.
c) ato administrativo.
d) ato administrativo sem efeito jurídico.
e) fato administrativo com finalidade de efeito jurídico.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) fato jurídico em sentido estrito.


fato jurídico em sentido estrito. Afirmativa errada, pois fatos jurídicos em
sentido estrito são eventos da natureza – ou seja, acontecimentos que não decorrem
diretamente de manifestação de vontade humana dos quais resultam consequências
jurídicas. Exemplos são a passagem do tempo, o nascimento e a morte.

b) ato material.
Nosso gabarito. Os atos materiais da Administração, que não contêm
manifestação de vontade, mas que envolvem apenas execução, como a demolição
de uma casa, a apreensão de mercadoria, a realização de um serviço;

c) ato administrativo.
ato administrativo. Afirmativa errada, pois, para ser ato administrativo, é
imprescindível que haja manifestação unilateral de vontade, algo que falta nos
chamados “atos materiais”.

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d) ato administrativo sem efeito jurídico.


ato administrativo sem efeito jurídico. Afirmativa errada, pois estamos diante
de atos materiais, e não de atos administrativos. Outra coisa, todo ato deve produzir
efeitos jurídicos.

e) fato administrativo com finalidade de efeito jurídico.


fato administrativo com finalidade de efeito jurídico. Afirmativa errada, pois
todo fato administrativo é desprovido de finalidade de efeito jurídico, ficando tal
instituto reservado para os atos da administração.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) fato jurídico em sentido estrito.


Afirmativa errada, pois estamos diante de um fato administrativo. Os
professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que, na seara do direito
privado, podemos afirmar que tudo aquilo que interessa ao direito – isto é, todos os
eventos, naturais ou humanos, a que o direito atribui significação e aos quais vincula
consequências jurídicas – integra os denominados fatos jurídicos em sentido amplo.
Esses fatos jurídicos em sentido amplo subdividem-se em:
1. FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO são eventos da natureza – ou
seja, acontecimentos que não decorrem diretamente de manifestação de vontade
humana dos quais resultam consequências jurídicas. Exemplos são a passagem do
tempo, o nascimento, a morte, uma inundação que ocasione destruição de bens etc.;

2. ATOS JURÍDICOS: são qualquer manifestação unilateral humana voluntária


que tenha a finalidade imediata (direta) de produzir determinada alteração no mundo
jurídico.

b) ato material.
Nosso gabarito. Essa opção adota a doutrina da professora Maria Sylvia Zanella
Di Pietro. Ela nos ensina que os atos materiais da Administração não contêm
manifestação de vontade, mas envolvem apenas execução, como a demolição de
uma casa, a apreensão de mercadoria, a realização de um serviço;

O professor José dos Santos Carvalho Filho diz que a ideia de fato administrativo
não tem correlação com o conceito de ato administrativo, pois não leva em
consideração a produção de efeitos jurídicos, mas, ao revés, tem o sentido de
atividade material no exercício da função administrativa, que visa a efeitos de
ordem prática para a Administração. Exemplos de fatos administrativos são a
apreensão de mercadorias, a dispersão de manifestantes...
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 200)

c) ato administrativo.
Afirmativa errada, pois, para ser ato administrativo, é imprescindível que haja
manifestação unilateral de vontade, algo que falta nos chamados “atos materiais”.

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O professor José dos Santos Carvalho Filho diz que a ideia de fato administrativo
não tem correlação com o conceito de ato administrativo, pois não leva em
consideração a produção de efeitos jurídicos, mas, ao revés, tem o sentido de
atividade material no exercício da função administrativa, que visa a efeitos de
ordem prática para a Administração. Exemplos de fatos administrativos são a
apreensão de mercadorias, a dispersão de manifestantes...
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 200)

d) ato administrativo sem efeito jurídico.


Afirmativa errada, pois estamos diante de “atos materiais”, e não de atos
administrativos. Outra coisa, todo ato deve produzir efeitos jurídicos. A professora
Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que o ato administrativo DEVE produzir efeitos
jurídicos imediatos.

“Para definir o ato administrativo, é necessário considerar os seguintes


dados:
...
3. Produz efeitos jurídicos imediatos; com isso, distingue-se o ato
administrativo da lei e afasta-se de seu conceito o regulamento que, quanto ao
conteúdo, é ato normativo, mais semelhante à lei; e afastam-se também os atos não
produtores de efeitos jurídicos diretos, como os atos materiais e os atos
enunciativos.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 447)

e) fato administrativo com finalidade de efeito jurídico.


Afirmativa errada, pois todo fato administrativo é desprovido de finalidade de
efeito jurídico, ficando tal instituto reservado para os atos da administração.
O professor José dos Santos Carvalho Filho diz que a ideia de fato
administrativo não tem correlação com o conceito de ato administrativo, pois não
leva em consideração a produção de efeitos jurídicos, mas, ao revés, tem o
sentido de atividade material no exercício da função administrativa, que visa a efeitos
de ordem prática para a Administração. Exemplos de fatos administrativos são a
apreensão de mercadorias, a dispersão de manifestantes...
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 200)

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18. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: Técnico
Legislativo - Técnico de Enfermagem

Os atos administrativos são manifestações do desempenho da função administrativa, e


como tal

a) estão submetidos apenas ao controle do contencioso administrativo, em razão da


consagração constitucional do princípio da separação dos poderes a partir de 1988.

b) são potencialmente submetidos à revisão do Poder Judiciário, que é uno.

c) estão submetidos à autotutela e a controle judicial, este que se restringe aos atos
vinculados, sendo a discricionariedade imune a controle externo.

d) estão submetidos a controle judicial, que é uno e ilimitado, independentemente da


natureza do ato.

e) estão submetidos a controle judicial e à autotutela, que é limitada a aspectos de


conveniência e oportunidade, pois o controle de legalidade é exercido com exclusividade
pelo Poder Judiciário.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) estão submetidos apenas ao controle do contencioso administrativo,


em razão da consagração constitucional do princípio da separação dos
poderes a partir de 1988.
estão submetidos apenas ao controle do contencioso administrativo, em razão
da consagração constitucional do princípio da separação dos poderes a partir de
1988. Afirmativa errada, pois o Brasil não adotou o sistema do contencioso
administrativo.

b) são potencialmente submetidos à revisão do Poder Judiciário, que é


uno.
Perfeita a afirmativa. O Brasil adotou o sistema de JURISDIÇÃO UNA, no qual
a lei não poderá afastar da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a direito. Caso
o judiciário mediante provocação encontre um ato ilegal, poderá anulá-lo através do
controle de legalidade.

c) estão submetidos à autotutela e a controle judicial, este que se


restringe aos atos vinculados, sendo a discricionariedade imune a controle
externo.
estão submetidos à autotutela e a controle judicial, este que se restringe aos
atos vinculados, sendo a discricionariedade imune a controle externo. Afirmativa
errada, pois os atos discricionários também podem ser levados à apreciação do
judiciário para que possam ser analisados no tocante à sua legalidade. O que é
proibido ao judiciário é a análise do mérito do ato administrativo.

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d) estão submetidos a controle judicial, que é uno e ilimitado,


independentemente da natureza do ato.
estão submetidos a controle judicial, que é uno e ilimitado, independentemente
da natureza do ato. Afirmativa errada, pois é proibida ao judiciário a análise do mérito
(conveniência e oportunidade) do ato administrativo.

e) estão submetidos a controle judicial e à autotutela, que é limitada a


aspectos de conveniência e oportunidade, pois o controle de legalidade é
exercido com exclusividade pelo Poder Judiciário.
estão submetidos a controle judicial e à autotutela, que é limitada a aspectos
de conveniência e oportunidade, pois o controle de legalidade é exercido com
exclusividade pelo Poder Judiciário. Afirmativa errada, pois através da autotutela é
possível que a própria administração pública anule seus atos independentemente de
ordem judicial para tanto, podendo essa anulação ocorrer de ofício ou a pedido.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) estão submetidos apenas ao controle do contencioso administrativo,


em razão da consagração constitucional do princípio da separação dos
poderes a partir de 1988.
Afirmativa errada, pois o Brasil não adotou o sistema do contencioso
administrativo, mas sim o sistema de jurisdição UNA.

Definição de jurisdição una exposta pelo grande mestre Hely Lopes Meirelles:

“O sistema judiciário ou de jurisdição única, também conhecido por sistema


inglês e, modernamente, denominado sistema de controle judicial, é aquele em que
todos os litígios - de natureza administrativa ou de interesses exclusivamente
privados - são resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou seja, pelos juízes e
tribunais do Poder Judiciário. Tal sistema é originário da Inglaterra.”

Sendo assim, através do princípio da inafastabilidade da jurisdição adotada por


nossa Constituição em seu artigo 5º; inciso XXXV, “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, podemos afirmar,
sem sombra de dúvidas, que o poder judiciário pode, mediante provocação, anular
um ato praticado pela Administração Pública através do chamado controle de
legalidade.

b) são potencialmente submetidos à revisão do Poder Judiciário, que é


uno.
Perfeita a afirmativa. O Brasil adotou o sistema de JURISDIÇÃO uma, no qual
a lei não poderá afastar da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a direito. Caso
o judiciário mediante provocação encontre um ato ilegal, poderá anulá-lo através do
controle de legalidade.

MUDE SUA VIDA!


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Definição de jurisdição una exposta pelo grande mestre Hely Lopes Meirelles:

“O sistema judiciário ou de jurisdição única, também conhecido por sistema


inglês e, modernamente, denominado sistema de controle judicial, é aquele em que
todos os litígios - de natureza administrativa ou de interesses exclusivamente
privados - são resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou seja, pelos juízes e
tribunais do Poder Judiciário. Tal sistema é originário da Inglaterra.”

c) estão submetidos à autotutela e a controle judicial, este que se


restringe aos atos vinculados, sendo a discricionariedade imune a controle
externo.
Afirmativa errada, pois os atos discricionários também podem ser levados à
apreciação do judiciário para que possam ser analisados no tocante à sua legalidade.
O que é proibida ao judiciário é a análise do mérito do ato administrativo. A
professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que “Com relação aos atos
discricionários, o controle judicial é possível, mas terá que respeitar a
discricionariedade administrativa nos limites em que ela é assegurada à
Administração Pública pela lei.”

Segue lição do grande mestre JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO:

CONTROLE DO MÉRITO

“O Judiciário, entretanto, não pode imiscuir-se nessa apreciação, sendo-lhe


vedado exercer controle judicial sobre o mérito administrativo. Como bem aponta
SEABRA FAGUNDES, com apoio em RANELLETTI, se pudesse o juiz fazê-lo, ‘faria obra
de administrador, violando, dessarte, o princípio de separação e independência dos
poderes’. E está de todo acertado esse fundamento: se ao juiz cabe a função
jurisdicional, na qual afere aspectos de legalidade, não se lhe pode permitir que
proceda a um tipo de avaliação, peculiar à função administrativa e que, na verdade,
decorre da própria lei.

O Supremo Tribunal Federal corrobora essa posição e, em hipótese na qual


se discutia expulsão de estrangeiro, disse a Corte que se trata de ato discricionário
de defesa do Estado, sendo de competência do Presidente da República, ‘a quem
incumbe julgar a conveniência ou oportunidade da decretação da medida’, e que
‘ao Judiciário compete tão somente a apreciação formal e a constatação da
existência ou não de vícios de nulidade do ato expulsório, não o mérito da
decisão presidencial’
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 232 e233)

d) estão submetidos a controle judicial, que é uno e ilimitado,


independentemente da natureza do ato.
Afirmativa errada, pois é proibida ao judiciário a análise do mérito
(conveniência e oportunidade) do ato administrativo.

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Segue lição da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

“Com relação aos atos discricionários, o controle judicial é possível, mas terá
que respeitar a discricionariedade administrativa nos limites em que ela é assegurada
à Administração Pública pela lei...
A rigor, pode-se dizer que, com relação ao ato discricionário, o Judiciário pode
apreciar os aspectos da legalidade e verificar se a Administração não ultrapassou os
limites da discricionariedade; neste caso, pode o Judiciário invalidar o ato, porque a
autoridade ultrapassou o espaço livre deixado pela lei e invadiu o campo da
legalidade.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 493)

e) estão submetidos a controle judicial e à autotutela, que é limitada a


aspectos de conveniência e oportunidade, pois o controle de legalidade é
exercido com exclusividade pelo Poder Judiciário.
Afirmativa errada, pois através da autotutela é possível que a própria
administração pública anule seus atos independentemente de ordem judicial para
tanto, podendo essa anulação ocorrer de ofício ou a pedido. De acordo com a
professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a anulação pode ser feita pela
Administração Pública, com base no seu poder de autotutela sobre os próprios atos,
conforme entendimento já consagrado pelo STF por meio das Súmulas nº 346 e 473.
Pela primeira, “a Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios
atos”; e nos termos da segunda, “a Administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

E a anulação pode também ser feita pelo Poder Judiciário, mediante


provocação dos interessados, que poderão utilizar, para esse fim, quer as ações
ordinárias e especiais previstas na legislação processual, quer os remédios
constitucionais de controle judicial da Administração Pública.

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19. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo - Tabatinga
As manifestações administrativas podem se dar por atos administrativos em sentido
estrito, que

a) são emanados apenas pelo Poder Executivo e, em razão do princípio da separação dos
Poderes, submetidos a controle interno.

b) para serem válidos, antes de editados, devem ser objeto de processo administrativo
com oportunidade de contraditório.

c) são editados por autoridade administrativa e quando fundados em juízo de


conveniência e oportunidade não são sujeitos a controle interno ou externo.

d) podem ser emanados pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, nestes dois
últimos casos em função atípica, sendo passíveis tanto de autotutela como de controle
judicial.

e) praticados pela Administração pública submetem-se integralmente a regime de direto


público e para que tenham eficácia devem ser submetidos à audiência pública.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) são emanados apenas pelo Poder Executivo e, em razão do princípio


da separação dos Poderes, submetidos a controle interno.
são emanados apenas pelo Poder Executivo e, em razão do princípio da
separação dos Poderes, submetidos a controle interno. Afirmativa errada, pois o
JUDICIÁRIO E O LEGISLATIVO também podem praticar atos administrativos quando
exercem a função administrativa de forma atípica.

b) para serem válidos, antes de editados, devem ser objeto de processo


administrativo com oportunidade de contraditório.
para serem válidos, antes de editados, devem ser objeto de processo
administrativo com oportunidade de contraditório. Afirmativa errada, pois todo ato
administrativo é dotado de um atributo chamado de presunção de legalidade, que
quer dizer que todo ato administrativo é presumidamente praticado de acordo com
lei.
c) são editados por autoridade administrativa e quando fundados em
juízo de conveniência e oportunidade não são sujeitos a controle interno ou
externo.
são editados por autoridade administrativa e quando fundados em juízo de
conveniência e oportunidade não são sujeitos a controle interno ou externo.
Afirmativa errada, pois os atos discricionários também estão sujeitos a controle
interno ou externo. Podem ser levados à apreciação do judiciário para que possam
ser analisados no tocante à sua legalidade e podem ser revogados por critério de

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conveniência e oportunidade ou anulados pela própria administração casa estejam


ilegais.

d) podem ser emanados pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário,


nestes dois últimos casos em função atípica, sendo passíveis tanto de
autotutela como de controle judicial.
Afirmativa totalmente correta. No Brasil, dentro da visão da separação das
atividades do Estado, NÃO EXISTE uma separação ABSOLUTA entre os PODERES,
mas sim RELATIVA. Isso quer dizer que os três poderes estruturais podem exercer a
função de administrar, o executivo de forma típica e os demais de forma atípica.
Sendo assim, todos podem praticar atos administrativos.

e) praticados pela Administração pública submetem-se integralmente


a regime de direto público e para que tenham eficácia devem ser submetidos
à audiência pública.
praticados pela Administração pública submetem-se integralmente a regime de
direto público e para que tenham eficácia devem ser submetidos à audiência pública.
Afirmativa errada, pois a eficácia é a situação atual de disponibilidade para produção
dos efeitos típicos, próprios, do ato. Não é a submissão à audiência pública que trará
aos atos administrativos sua eficácia, há diversas formas de um ato atingir sua
eficácia.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) são emanados apenas pelo Poder Executivo e, em razão do princípio


da separação dos Poderes, submetidos a controle interno.
Afirmativa errada, pois o JUDICIÁRIO E O LEGISLATIVO também podem
praticar atos administrativos quando exercem a função administrativa de forma
atípica. Temos o artigo 1º, §1º da lei 9.784/99 que ratifica essa afirmativa.

LEI 9.784/99

Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes


LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO da União, quando no desempenho de função
administrativa.

b) para serem válidos, antes de editados, devem ser objeto de processo


administrativo com oportunidade de contraditório.
Afirmativa errada, pois todo ato administrativo é dotado de um atributo
chamado de presunção de legalidade, que quer dizer que todo ato administrativo é
presumidamente praticado de acordo com lei. Segundo a doutrina administrativista,
a presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei; em

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decorrência desse atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os atos


administrativos foram emitidos com observância da lei.

c) são editados por autoridade administrativa e quando fundados em


juízo de conveniência e oportunidade não são sujeitos a controle interno ou
externo.
Afirmativa errada, pois os atos discricionários também estão sujeitos a controle
interno ou externo. Podem ser revogados por critério de conveniência e
oportunidade caso sejam legais ou anulados pela própria administração caso
estejam ilegais. E podem ser levados à apreciação do judiciário para que possam ser
analisados no tocante à sua legalidade. Segundo a lição do professo Alexandre
Mazza, o princípio da autotutela consagra o controle interno que a Administração
Pública exerce sobre seus próprios atos. Como consequência da sua independência
funcional (art. 2º da CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para
anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica. Consiste no
poder-dever de retirada de atos administrativos por meio da anulação e da
revogação. A anulação envolve problema de legalidade, a revogação trata de mérito
do ato.

d) podem ser emanados pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário,


nestes dois últimos casos em função atípica, sendo passíveis tanto de
autotutela como de controle judicial.
Isso quer dizer que os três poderes estruturais podem exercer a função de
administrar, o executivo de forma típica e os demais de forma atípica. Sendo assim,
todos podem praticar atos administrativos.

LEI 9.784/99

Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes


LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO da União, quando no desempenho de função
administrativa.

e) praticados pela Administração pública submetem-se integralmente


a regime de direto público e para que tenham eficácia devem ser submetidos
à audiência pública.
Afirmativa errada, pois a eficácia é a situação atual de disponibilidade para
produção dos efeitos típicos, próprios, do ato. Não é a submissão à audiência pública
que trará aos atos administrativos sua eficácia, há diversas formas de um ato atingir
sua eficácia.
Por exemplo, quanto à classificação dos atos QUANTO AO ALCANCE, temos os
atos gerais e individuais:

Os ATOS GERAIS, quando de efeitos externos, dependem de publicação no


órgão oficial para entrar em vigor e produzir seus resultados jurídicos, pois os
destinatários só ficam sujeitos às suas imposições após essa divulgação: nos

MUDE SUA VIDA!


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municípios em que não tenha órgão para suas publicações oficiais, os atos gerais
devem ser afixados na Prefeitura, em local acessível ao público, para que possam
produzir seus regulares efeitos.
Os ATOS INDIVIDUAIS, quando de efeitos externos, entram em vigência pela
publicação no órgão oficial, e, se de efeitos internos ou restritos a seus
destinatários, admitem comunicação direta para início de sua operatividade ou
execução.

20. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: IPRESB – SP Prova: Analista de Processos
Previdenciários

Sobre os atos administrativos, é correto afirmar que:

a) a produção de atos administrativos é de exclusividade do Poder Executivo.

b) a locação de um imóvel por parte do Município é um típico ato administrativo.

c) a competência para a prática do ato é irrevogável e irrenunciável, não admitindo,


portanto, a delegação ou avocação.

d) são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade absoluta.

e) de modo geral, são escritos, mas podem, em certos casos, ser expedidos oralmente.
GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) a produção de atos administrativos é de exclusividade do Poder


Executivo.
a produção de atos administrativos é de exclusividade do Poder Executivo.
Afirmativa errada, pois, no Brasil, dentro da visão da separação das atividades do
Estado, NÃO EXISTE uma separação ABSOLUTA entre os PODERES, mas sim
RELATIVA. Isso quer dizer que os três poderes estruturais podem exercer a função
de administrar, o executivo de forma típica e os demais de forma atípica. Sendo
assim, todos podem praticar atos administrativos.

b) a locação de um imóvel por parte do Município é um típico ato


administrativo.
a locação de um imóvel por parte do Município é um típico ato administrativo.
Afirmativa errada, pois a locação de um imóvel por parte do município é um ato
regido pelo direito privado e, por conta disso, está fora do rol de atos administrativos
porque estes devem ser regidos necessariamente pelo direito público.

c) a competência para a prática do ato é irrevogável e irrenunciável,


não admitindo, portanto, a delegação ou avocação.

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a competência para a prática do ato é irrevogável e irrenunciável, não


admitindo, portanto, a delegação ou avocação. Afirmativa errada, pois nos termos
da Lei 9.784/99, em seu artigo 11, apesar de a competência para a prática do ato
ser irrevogável e irrenunciável, ela é passível de ser delegada ou avocada em
situações excepcionais.

d) são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade


absoluta.
são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade absoluta.
Afirmativa errada, pois o atributo da presunção de veracidade presentes nos atos
administrativos é relativo, ou seja, eles são passíveis de serem questionados tanto
na via administrativa como na via judicial.

e) de modo geral, são escritos, mas podem, em certos casos, ser


expedidos oralmente.
Gabarito dessa questão. Temos na estrutura de um ato administrativo um
elemento chamado de forma que tem por significado a exteriorização do ato, é a
maneira como a administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode
ser feito de forma oral ou gestual.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) a produção de atos administrativos é de exclusividade do Poder


Executivo.
Afirmativa errada, pois, no Brasil, dentro da visão da separação das atividades
do Estado, NÃO EXISTE uma separação ABSOLUTA entre os PODERES, mas sim
RELATIVA. Isso quer dizer que os três poderes estruturais podem exercer a função
de administrar, o executivo de forma típica e os demais de forma atípica. Sendo
assim, todos podem praticar atos administrativos. A Lei 9.784/99 traz a seguinte
redação.

LEI 9.784/99

Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes


LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO da União, quando no desempenho de função
administrativa.

PODEMOS SINTETIZAR O ASSUNTO DESTA FORMA:

PODER LEGISLATIVO:

Função Típica: Legislar e fiscalizar.

MUDE SUA VIDA!


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Função Atípica: Pode JULGAR o presidente por crime de responsabilidade (art.


86 da CRFB/88) e ADMINISTRAR quando realiza licitações ou quando
promove seus servidores.

PODER JUDICIÁRIO:

Função Típica: Julgar.

Função Atípica: Pode LEGISLAR (elaboração dos regimentos internos dos


Tribunais) e pode ADMINISTRAR (realização de concurso público, processamento e
pagamento de precatório).

b) a locação de um imóvel por parte do Município é um típico ato


administrativo.
Afirmativa errada, pois a locação de um imóvel por parte do município é um
ato regido pelo direito privado e por conta disso está fora do rol de atos
administrativos porque estes devem ser regidos necessariamente pelo direito público.

Segue lição do grande mestre José Dos Santos Carvalho Filho:

“A expressão ATOS DA ADMINISTRAÇÃO traduz sentido amplo e indica todo


e qualquer ato que se origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema
administrativo em qualquer dos Poderes. O emprego da expressão não leva em conta
a natureza deste ou daquele ato. Significa apenas que a Administração Pública se
exprime, na maioria das vezes, por meio de atos, de forma que, ao fazê-lo, pratica
o que se denomina de atos da Administração. O critério identificativo, portanto, reside
na origem da manifestação de vontade. Uma vez praticado o ato, aí sim, caberá ao
intérprete identificá-lo na categoria adequada. Na verdade, entre os atos da
Administração se enquadram atos que não se caracterizam propriamente como atos
administrativos, como é o caso dos atos privados da Administração. Exemplo: os
contratos regidos pelo direito privado, como a compra e venda, A LOCAÇÃO ETC.
No mesmo plano estão os atos materiais, que correspondem aos fatos
administrativos, noção vista acima: são eles atos da Administração, mas não
configuram atos administrativos típicos.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 201)

c) a competência para a prática do ato é irrevogável e irrenunciável,


não admitindo, portanto, a delegação ou avocação.
Afirmativa errada, pois nos termos da Lei 9.784/99, em seu artigo 11, apesar
de a competência para a prática do ato ser irrevogável e irrenunciável, ela é passível
de ser delegada ou avocada em situações excepcionais.

LEI 9.784/99

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos


a que foi atribuída como própria, salvo os casos de DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
LEGALMENTE ADMITIDOS.

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Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica
ou territorial.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

d) são caracterizados por serem dotados de presunção de veracidade


absoluta.
Afirmativa errada, pois o atributo da presunção de veracidade presente nos
atos administrativos é relativo, ou seja, eles são passíveis de serem questionados
tanto na via administrativa como na via judicial.

Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo lecionam o seguinte:

“De toda sorte, como decorrência da presunção de legitimidade, o ônus da


prova da existência de vício no ato administrativo é de quem alega, ou seja, do
administrado - essa é a mais importante consequência jurídica desse atributo -,
porque os fatos que a administração declara terem ocorrido são presumidos
verdadeiros e o enquadramento desses fatos na norma invocada pela administração
corno fundamento da prática do ato administrativo é presumido correto. Frise-se que
essa PRESUNÇÃO É RELATIVA (IURIS TANTUM), significa dizer, admite prova em
contrário, ou seja, prova de que o ato é ilegítimo. Logo, a efetiva consequência do
atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos é imputar a quem
invoca a ilegitimidade do ato o ônus da prova dessa ilegitimidade, uma vez que se
trata de uma PRESUNÇÃO RELATIVA.”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 558)

e) de modo geral, são escritos, mas podem, em certos casos, ser


expedidos oralmente.
Gabarito dessa questão, pois temos na estrutura de um ato administrativo um
elemento chamado de forma que tem por significado a exteriorização do ato, é a
maneira como a administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode
ser feito de forma oral ou gestual.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que há na doutrina duas
concepções da forma como elemento do ato administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do


ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que
o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma, não só a


exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas

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durante o processo de formação da vontade da Administração, e até os requisitos


concernentes à publicidade do ato.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que “todo ato
administrativo é, em princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase sempre é a
escrita (no caso dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal, a
forma é sempre e obrigatoriamente a escrita). Existem, entretanto, atos
administrativos não escritos, como são exemplos: ordens verbais do superior ao seu
subordinado; gestos, apitos e sinais luminosos na condução do trânsito; cartazes e
placas que expressam uma ordem da administração pública, tais quais as que
proíbem estacionar, proíbem fumar etc.”

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo
Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de
vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item.
Motivo e motivação do ato administrativo são conceitos que se confundem, uma vez
que expressam, unicamente, a situação de fato e de direito que fundamenta a prática do
ato discricionário.
Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS)Prova: Assistente Administrativo
Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de
vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item.
Competência é requisito vinculado e idêntico para todos os atos administrativos,
traduzindo‐se no interesse público.
Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PA Prova: Técnico em Administração


Há casos em que a própria lei admite a possibilidade de alteração da finalidade original
do ato administrativo; quando esse desvio, contudo, se dá sem respaldo legal, ocorre a
chamada tredestinação ilícita, ou desvio de finalidade.
Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Quanto aos atos administrativos, julgue o item.
A forma, que não é necessariamente determinada, é o revestimento exterior do ato
administrativo, o modo como este aparece e revela sua existência.
Certo ( ) Errado ( )

5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Médio (+ provas)
Acerca de atos administrativos e de contratos administrativos, julgue o item a seguir.
A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo e, em princípio,
irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser afastada em razão de
delegação ou avocação de competências legalmente admitidas.
Certo ( ) Errado ( )

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6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Acerca do direito administrativo, dos atos administrativos e dos agentes públicos,
julgue o item a seguir.
A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada pela lei,
inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade administrativa.
Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização
administrativa e da administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos agentes públicos
é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2017Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: Analista de Gestão - Administração


Com referência a atos administrativos e improbidade administrativa, julgue o item
subsequente.
Entre os elementos constitutivos do ato administrativo, o motivo é caracterizado pela
consequência visada pelo ato, ao passo que a finalidade é a causa legalmente prevista.
Certo ( ) Errado ( )

9. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Conhecimentos Básicos - Cargo 2(+ provas)
Com relação aos poderes e atos administrativos, julgue o próximo item.
A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato
administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de construir.
Certo ( ) Errado ( )

10. Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: ANATEL Prova: Analista Administrativo - Direito
Julgue o item, a respeito de atos e processos administrativos.
Os atos administrativos devem ser praticados, necessariamente, por escrito, em
atendimento ao princípio do formalismo.
Certo ( ) Errado ( )

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11. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DETRAN-SP Prova: Oficial Estadual de Trânsito
Considerando os elementos do ato administrativo, para que este seja considerado
válido, é imprescindível que apresente
a) motivo, que são os fundamentos de fato e de direito para a prática do ato
administrativo.
b) agente público competente, não podendo ser sanado vício de incompetência.
c) finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do ato.
d) objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que se quer
desfazer ou implementar.

12. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Piracicaba – SP Prova: Advogado
Assinale a alternativa correta com relação à competência dos atos administrativos.
a) A competência pode ser renunciada, desde que em favor de órgão superior àquele a
que pertence o renunciante.
b) A edição de atos de caráter normativo e a decisão de recursos administrativos não
podem ser objeto de delegação.
c) O ato de delegação das matérias de competência exclusiva do órgão ou da autoridade
dispensa a publicação no diário oficial.
d) O ato de delegação, uma vez efetivado e publicado no Diário Oficial, não mais poderá
ser revogado pela autoridade delegante.
e) É vedada a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.

13. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: JARU-PREVI – RO Prova: Assistente Administrativo
Com relação ao Ato administrativo, a alternativa que se refere ao elemento Forma é a
seguinte:
a) situação de fato e de direito que gera necessidade da administração e prática do ato
administrativo.
b) efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado em uma esfera
de direitos.
c) é a materialização, ou seja, como o ato se apresenta no mundo real.
d) é o resultado que a administração deve alcançar com a prática do ato.
e) poder decorrente da lei conferido ao agente administrativo para o desempenho
regular de suas atribuições.

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14. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: IAPEN-AP Prova: Agente Penitenciário
Dentre os elementos do ato administrativo,
a) o motivo pode estar expressa e integralmente previsto na lei, o que caracterizará a
edição de ato administrativo vinculado, ou ser definido após a referida edição, como
exemplo de ato administrativo discricionário.
b) a motivação é um elemento indispensável do ato administrativo, a ser valorado pelo
administrador diante da necessidade do caso concreto e servindo como fundamento
legal para a própria edição do ato.
c) o motivo do ato pode vincular a validade do mesmo, tendo em vista que a
demonstração das razões para edição do ato vinculam o administrador.
d) tanto o motivo quando a motivação podem apresentar vícios sanáveis, porque não
são imprescindíveis para a validade do ato.
e) a finalidade é essencial e, se apresentar vício, conformará o ato à condição de
insanável, diferentemente dos demais elementos do ato, cujas ilegalidades podem ser
sanáveis.

15. Ano: 2018 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Quixeré – CE Prova: Agente
Administrativo
Sabe-se que o ato administrativo é composto de cinco elementos: competência,
finalidade, forma, motivo e objeto. Analise a frase a seguir.
__________ é o efeito jurídico imediato do ato, isto é, o resultado prático causado em uma
esfera de direitos, seja a criação, modificação ou comprovação de situações
concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público.
Marque a opção que completa corretamente a lacuna.
a) Finalidade
b) Forma
c) Motivo
d) Objeto
e) Competência

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16. Ano: 2018 Banca: COSEAC Órgão: Prefeitura de Maricá – RJ Prova: Agente Administrativo
Os atos administrativos possuem cinco componentes que, constituindo a sua
infraestrutura, jamais podem faltar, sob pena de sua nulidade. São os elementos ou
requisitos de validade, de tal forma que, se um ato administrativo não atender a um
deles, será considerado nulo. Existe um elemento do ato administrativo representado
pela situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do mesmo.
Outro elemento é o poder atribuído, por lei, ao agente da administração para o
desempenho de suas atribuições, na prática de um ato administrativo. Estes elementos
são, respectivamente, denominados:
a) finalidade – competência.
b) motivo – finalidade.
c) motivo – competência.
d) finalidade – forma.
e) motivação – forma.

17. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guararapes – SP Prova: Fiscal de Tributos
O resultado operado pelo ato administrativo, tal como a modificação, criação ou
extinção de direitos, corresponde ao conceito de
a) finalidade.
b) motivo.
c) forma.
d) objeto.
e) motivação.

18. Ano: 2018Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São Bernardo do Campo – SP Prova:
Procurador
A respeito dos elementos do ato administrativo, é correta a correlação entre elemento
e definição que se faz na alternativa:
a) sujeito competente - é o cidadão que se sujeita ao ato administrativo e suas
consequências práticas.
b) motivo - é o resultado final que se busca atingir por meio da execução do ato
administrativo.
c) objeto - é o conteúdo, isto é, a decisão contida no ato administrativo.
d) efeito - é o desdobramento do ato administrativo sobre a realidade manifesta.
e) forma – é o fato que autoriza ou exige a prática do ato.

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19. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: Consultor
Legislativo - Constituição e Justiça
No que concerne aos elementos do ato administrativo, tem-se que o motivo
a) não se insere entre os elementos essenciais do ato administrativo, que são apenas
sujeito, objeto e forma, sendo, assim como a finalidade, um atributo do ato.
b) consiste nos fins colimados pela Administração com a prática do ato, que deve ser,
em última instância, o interesse público, sob pena de invalidar o ato por vício de
mérito.
c) corresponde às razões de fato e de direito que fundamentam a prática do ato, sendo
que a ausência de motivo ou a indicação de motivo falso permitem a invalidação do ato,
inclusive judicialmente.
d) está presente apenas nos atos discricionários, correspondendo às razões de
conveniência e oportunidade para a sua prática, ou seja, o mérito do ato
administrativo.
e) constitui um requisito específico para a prática de atos vinculados, consistente na
indicação da subsunção dos requisitos de fato aos condicionantes legais fixados para o
ato.

20. Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo

Dentre os elementos do ato administrativo, destaca-se a competência, que é o círculo definido


por lei dentro do qual podem os agentes públicos exercer legitimamente sua atividade. Como
característica da competência, destaca-se a:
a) derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode, em regra, se transferir a
outro por acordo entre as partes, ou por assentimento do agente da Administração, ou seja,
apesar de fixada em norma expressa, a competência pode ser alterada;
b) indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não pode, em
qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja norma posterior autorizativa, em
respeito ao poder hierárquico e ao princípio da estabilidade das relações jurídicas;
c) improrrogabilidade, segundo a qual a incompetência, em regra, não se transmuda em
competência, ou seja, se um órgão não tem competência para certa função, não poderá vir a tê-
la supervenientemente, a menos que a antiga norma definidora seja alterada;
d) vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não pode ser
transferida à autoridade hierarquicamente superior para atrair para sua esfera decisória a
prática de ato da competência natural de agente com menor hierarquia;
e) discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de determinado ato
administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de acordo com critérios de
oportunidade e conveniência do chefe administrativo da repartição, mediante decisão
fundamentada.

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GABARITO
1. ERRADO
2. ERRADO
3. CERTO
4. CERTO
5. CERTO
6. CERTO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. CERTO
10. ERRADO
11. A
12. B
13. C
14. C
15. D
16. C
17. D
18. C
19. C
20. C

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo
Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de
vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item.
Motivo e motivação do ato administrativo são conceitos que se confundem, uma vez
que expressam, unicamente, a situação de fato e de direito que fundamenta a prática do
ato discricionário.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Motivo e Motivação do ato administrativo são conceitos que se


confundem, uma vez que expressam, unicamente, a situação de fato e de
direito que fundamenta a prática do ato discricionário.
Afirmativa errada, pois MOTIVO é o pressuposto de fato e de direito que leva a
administração a praticar o ato administrativo, enquanto a MOTIVAÇÃO é o DEVER
DE INDICAÇÃO dos pressupostos de fato e de direito que determinaram a prática
do ato.

SOLUÇÃO COMPLETA

Motivo e Motivação do ato administrativo são conceitos que se


confundem, uma vez que expressam, unicamente, a situação de fato e de
direito que fundamenta a prática do ato discricionário.
Afirmativa errada, pois os dois institutos não se confundem. Nas palavras da
professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, MOTIVO é o pressuposto de fato e de
direito que serve de fundamento ao ato administrativo.

Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.

Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de


circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato.

No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no


tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

A MOTIVAÇÃO é um princípio que exige da Administração Pública a indicação


dos fundamentos de fato e de direito de suas decisões.

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LEI 9.784/99

Art. 2o; Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:

VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a


decisão;
DA MOTIVAÇÃO

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem


de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato


administrativo.

2. Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 2° Região (RS) Prova: Assistente Administrativo
Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de
vontade. A respeito dos atos administrativos, julgue o item.
Competência é requisito vinculado e idêntico para todos os atos administrativos,
traduzindo‐se no interesse público.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Competência é requisito vinculado e idêntico para todos os atos


administrativos, traduzindo‐se no interesse público.
Afirmativa errada, pois de fato a competência é um elemento vinculado, porém
não é idêntico para todos os atos, pois há atos administrativos de competência
exclusiva e outros de competência privativa. De acordo com o Artigo 13, inciso III da
Lei 9.784/99, os atos de competência exclusiva não podem ser delegados.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Competência é requisito vinculado e idêntico para todos os atos


administrativos, traduzindo‐se no interesse público.
Afirmativa errada, pois o enunciado da questão diz respeito ao elemento
“FINALIDADE”. Em relação à competência, realmente é um elemento vinculado,
porém não é idêntico para todos os atos, pois há atos administrativos de competência
exclusiva e outros de competência privativa.
Uma das diferenças entre elas é que a competência exclusiva não pode ser
delegada, e a competência privativa, ao contrário, poderá ser delegada, por
exemplo, para os estados, quando estes poderão elaborar lei específica sobre
matérias que seriam de competência única da União. Um exemplo a ser citado é a
elaboração de uma lei estadual versando sobre direito do trabalho.

De acordo com o Artigo 13, inciso III da Lei 9.784/99, os atos de competência
exclusiva não podem ser delegados.

LEI 9.784/99

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de COMPETÊNCIA EXCLUSIVA do órgão ou autoridade.

3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PA Prova: Técnico em Administração


Há casos em que a própria lei admite a possibilidade de alteração da finalidade original
do ato administrativo; quando esse desvio, contudo, se dá sem respaldo legal, ocorre a
chamada tredestinação ilícita, ou desvio de finalidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Há casos em que a própria lei admite a possibilidade de alteração da finalidade


original do ato administrativo; quando esse desvio, contudo, se dá sem respaldo
legal, ocorre a chamada tredestinação ilícita, ou desvio de finalidade.
Opção correta. A Tredestinação pode ser LÍCITA OU ILÍCITA. A Tredestinação
“SIMPLES” OU “ILÍCITA” ocorre quando determinado administrador desapropria um bem
imóvel e não cumpre a finalidade pública especificada no decreto de desapropriação. Porém,
é possível que motivos supervenientes façam um administrador ter a intenção de trocar a
finalidade específica para a qual fora desapropriada aquele referido imóvel. Se isso ocorrer,
temos a chamada tredestinação LÍCITA, pois, apesar de ser atendida a finalidade específica
da desapropriação, a administração atingirá a finalidade geral do ato.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Há casos em que a própria lei admite a possibilidade de alteração da


finalidade original do ato administrativo; quando esse desvio, contudo, se
dá sem respaldo legal, ocorre a chamada tredestinação ilícita, ou desvio de
finalidade.
Gabarito certo. Primeiro analisemos o que é TREDESTINAÇÃO, nas palavras do
professor José dos Santos Carvalho Filho: “Tredestinação significa destinação
desconforme com o plano inicialmente previsto.”

Esse fenômeno ser considerado LÍCITO OU ILÍCITO.

Na doutrina moderna, quem aborda esse tema de forma mais prática é a


PROFESSORA ANA CLAUDIA CAMPOS. Ela traz a seguinte explicação sobre o
assunto:

“TREDESTINAÇÃO LÍCITA
Imagine que o Município desapropria a casa de Maria alegando que vai construir
naquela localidade uma nova escola pública. Todavia, após a efetivação da medida,
o Poder Público resolve usar daquele espaço para a instalação de um hospital em
virtude do crescente aumento de doentes naquela região. Assim, em vez de construir
uma escola pública (finalidade: educação), foi feito um novo hospital (finalidade:
saúde). Observe que o interesse público 6.10 foi atingido e respeitado, logo, apesar
da mudança de finalidade, o ato será considerado completamente lícito.

TREDESTINAÇÃO ILÍCITA
Imagine que o Estado desapropria a casa de Bruno alegando que vai construir
naquela localidade um novo posto de saúde. Entretanto, após a finalização do
procedimento expropriatório, usa-se o local para fazer a sede do partido político do
governador. Portanto, em vez de construir um posto de saúde (finalidade: saúde),
foi erguida uma sede para o partido político do governador (finalidade: bem-estar
privado). Observe que, diferentemente da situação acima, na qual o interesse público
foi preservado, no caso ora em estudo existe um desvio de finalidade completamente
ilícito. Logo, terá o ex-proprietário do local direito à retrocessão do bem.”
(Direito Administrativo Facilitado; Ana Claudia Campos; p. 630)

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4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRM-AC Prova: Assistente Administrativo


Quanto aos atos administrativos, julgue o item.
A forma, que não é necessariamente determinada, é o revestimento exterior do ato
administrativo, o modo como este aparece e revela sua existência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A forma, que não é necessariamente determinada, é o revestimento


exterior do ato administrativo, o modo como este aparece e revela sua
existência.
Opção correta. A forma é o modo como o ato administrativo se exterioriza, isto
é, como ele se mostra para o mundo. De regra, os atos administrativos devem ter a
forma escrita. Entretanto, existem atos administrativos praticados de forma não
escrita. Ex.: ordens verbais, gestos, apitos, sinais sonoros ou luminosos (semáforos
de trânsito), placas (proibido fumar, proibido estacionar etc.)

SOLUÇÃO COMPLETA

A forma, que não é necessariamente determinada, é o revestimento


exterior do ato administrativo, o modo como este aparece e revela sua
existência.
Opção correta. A forma é o modo como o ato administrativo se exterioriza, isto
é, como ele se mostra para o mundo. É um elemento que pode ser vinculado ou
discricionário. A Lei 9784/99, em seu artigo 22, traz a ideia da discricionariedade na
exteriorização dos atos nos processos administrativos.

LEI 9.784/99

Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma


determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

Nas palavras da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a forma de


exteriorização dos atos é, em regra, escrita. Mas, excepcionalmente, admitem-se
ordens verbais, gestos, apitos, sinais luminosos. Lembrem-se das hipóteses do
superior dando ordens ao seu subordinado ou do policial dirigindo o trânsito. Há,
ainda, casos excepcionais de cartazes e placas expressarem a vontade da
Administração, como os que proíbem estacionar nas ruas, vedam acesso de pessoas
a determinados locais, proíbem fumar.

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5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Médio (+ provas)
Acerca de atos administrativos e de contratos administrativos, julgue o item a seguir.
A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo e, em princípio,
irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser afastada em razão de
delegação ou avocação de competências legalmente admitidas.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo


e, em princípio, irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser
afastada em razão de delegação ou avocação de competências legalmente
admitidas.
Opção correta. A competência é o poder atribuído ao agente da administração
delimitando suas atribuições para praticar o ato administrativo. De acordo com a Lei
9.784/99, em seu artigo 11, é de fato irrenunciável, podendo em determinadas
circunstâncias legais ser dada em delegação ou avocação.

SOLUÇÃO COMPLETA

A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo


e, em princípio, irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser
afastada em razão de delegação ou avocação de competências legalmente
admitidas.
Opção correta. Essa assertiva requer que o candidato tenha conhecimento do
artigo 11 da Lei 9.784/99. O referido artigo traz a seguinte redação:

DA COMPETÊNCIA

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos


a que foi atribuída como própria, salvo os casos de DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
LEGALMENTE ADMITIDOS.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica
ou territorial.

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Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

OBS! NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO:


(mnemônico: EDEMA)

E dição de atos de caráter normativo;


DE cisão de recursos administrativos;
MA térias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

6. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Acerca do direito administrativo, dos atos administrativos e dos agentes públicos,
julgue o item a seguir.
A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada pela lei,
inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade administrativa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada


pela lei, inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade
administrativa.
Opção correta. A finalidade é o resultado que se quer alcançar com a prática do
ato e está ligada intrinsecamente ao interesse público, sendo, portanto, um
elemento sempre vinculado. É o legislador que define a finalidade que o ato deve
alcançar, não havendo liberdade de opção para a autoridade administrativa.

SOLUÇÃO COMPLETA

A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada


pela lei, inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade
administrativa.
Opção correta. A finalidade é o resultado que se quer alcançar com a prática do
ato e está ligada intrinsecamente ao interesse público, sendo, portanto, um elemento
sempre vinculado.

Segundo o entendimento doutrinário tradicional – e ainda hoje amplamente


majoritário –, a finalidade é um elemento sempre vinculado. Nunca é o agente
público quem determina a finalidade a ser perseguida em sua atuação, mas sim a
lei.

MUDE SUA VIDA!


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É o legislador que define a finalidade que o ato deve alcançar, não havendo
liberdade de opção para a autoridade administrativa.

O professor Celso Antônio Bandeira De Mello leciona a seguinte lição:

“Finalidade é o bem jurídico objetivado pelo ato. Vale dizer, é o resultado


previsto legalmente como o correspondente à tipologia do ato administrativo,
consistindo no alcance dos objetivos por ele comportados. Em outras palavras: é o
objetivo inerente à categoria do ato. "Para cada finalidade que a Administração
pretende alcançar existe um ato definido em lei", pois o ato administrativo
caracteriza-se por sua tipicidade, que é "o atributo pelo qual o ato administrativo
deve corresponder às figuras definidas previamente em lei como aptas a produzir
determinado resultado", conforme ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro.”
(BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo; 32ª
edição; p. 413)

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
A respeito dos princípios da administração pública, de noções de organização
administrativa e da administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos agentes públicos
é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos


agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
Afirmativa errada, pois a competência é o poder atribuído ao agente da
administração delimitando suas atribuições para praticar o ato administrativo. De
acordo com a Lei 9.784/99, em seu artigo 11, é na verdade IRRENUNCIÁVEL.

SOLUÇÃO COMPLETA

A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos


agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
Afirmativa errada, pois a competência é o poder atribuído ao agente da
administração delimitando suas atribuições para praticar o ato administrativo. De
acordo com a Lei 9.784/99, em seu artigo 11, é na verdade IRRENUNCIÁVEL.

Essa assertiva requer que o candidato tenha conhecimento do artigo 11 da Lei


9.784/99. O referido artigo traz a seguinte redação:

MUDE SUA VIDA!


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DA COMPETÊNCIA

Art. 11. A COMPETÊNCIA É IRRENUNCIÁVEL e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.

Temos ainda as seguintes características no elemento “COMPETÊNCIA”:

IMODIFICÁVEL: como a competência é instituída pela lei, o administrador não


poderá por sua simples vontade e tentar modificá-la.

IMPRESCRITÍVEL: ainda que o agente público passe um bom tempo sem usar
de sua competência, não perderá a titularidade de sua competência.

IMPRORROGÁVEL: em processos judiciais, quando a competência é relativa


(territorial e em razão do valor da causa) e as partes não questionam a atuação do
juiz incompetente naquele respectivo processo, teremos o instituto da prorrogação
da competência. Aqui nos procedimentos administrativos não, ou seja, não se
transfere a um agente incompetente pelo simples fato de não ter havido
contestações.

8. Ano: 2017Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: Analista de Gestão - Administração


Com referência a atos administrativos e improbidade administrativa, julgue o item
subsequente.
Entre os elementos constitutivos do ato administrativo, o motivo é caracterizado pela
consequência visada pelo ato, ao passo que a finalidade é a causa legalmente prevista.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Entre os elementos constitutivos do ato administrativo, o motivo é


caracterizado pela consequência visada pelo ato, ao passo que a finalidade
é a causa legalmente prevista.
Afirmativa errada. Os conceitos estão invertidos, pois a finalidade é
caracterizada pela consequência visada pelo ato e o motivo a causa legalmente
prevista.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

Entre os elementos constitutivos do ato administrativo, o motivo é


caracterizado pela consequência visada pelo ato, ao passo que a finalidade
é a causa legalmente prevista.
Afirmativa errada. O MOTIVO é o pressuposto de fato e de direito, determina
ou autoriza a prática do ato administrativo e está ligado à ideia de CAUSA, e não de
consequência como afirma a questão.

E a FINALIDADE é o resultado (consequência) que se quer alcançar com a


prática do ato e está ligada intrinsecamente o interesse público. Ela não se confunde
com a causa. Perceba que o examinador inverteu os conceitos.

Segue a explicação da assertiva sob o prisma da professora Maria Sylvia Zanella


Di Pietro:

Finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do


ato...

Distingue-se do motivo, porque este antecede a prática do ato,


correspondendo aos fatos, às circunstâncias, que levam a Administração a praticar o
ato. Já a finalidade sucede à prática do ato, porque corresponde a algo que a
Administração quer alcançar com a sua edição."
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 477)

9. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Conhecimentos Básicos - Cargo 2(+ provas)
Com relação aos poderes e atos administrativos, julgue o próximo item.
A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato
administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de construir.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática


de um ato administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de
construir.
Opção correta. Tendo em vista que o motivo é o pressuposto de fato e de
direito que SERVE DE FUNDAMENTO para o ato administrativo, a Administração
pública, imbuída de sua supremacia, poderá sim interditar construção irregular de
um prédio.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática


de um ato administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de
construir.
Opção correta. Tendo em vista que o motivo é o pressuposto de fato e de direito
que SERVE DE FUNDAMENTO para o ato administrativo, a Administração Pública,
imbuída de sua supremacia, poderá sim interditar construção irregular de um prédio.
Para realizar construções, os particulares devem obter licença, comprovando
que atenderam a todos os requisitos legais. Nos casos de descumprimento dos
requisitos, é possível a cassação da licença concedida e, consequentemente, a
paralisação das atividades.

O professor Celso Antônio Bandeira De Mello nos ensina:


“Dado que o poder de polícia administrativa tem em mira cingir a livre atividade
dos particulares, a fim de evitar uma consequência antissocial que dela poderia
derivar, o condicionamento que impõe requer frequentemente a prévia demonstração
de sujeição do particular aos ditames legais. Assim, este pode se encontrar na
obrigação de não fazer alguma coisa até que a Administração verifique que a
atividade por ele pretendida se realizará segundo padrões legalmente permitidos.
Com isto o Poder Público previamente se assegura de que não resultará um
dano social como consequência da ação individual. É o caso da licença para
edificar. O administrado deve exibir planta da futura construção, solicitando licença
para tal. A Administração, verificando a sua conformidade com as exigências da
legislação edilícia, expedirá ato vinculado facultando-lhe o exercício da atividade.”
(BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo, 2014; p.
857)

10. Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: ANATEL Prova: Analista Administrativo - Direito
Julgue o item, a respeito de atos e processos administrativos.
Os atos administrativos devem ser praticados, necessariamente, por escrito, em
atendimento ao princípio do formalismo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Os atos administrativos devem ser praticados, necessariamente, por escrito,


em atendimento ao princípio do formalismo.
Afirmativa errada, pois temos na estrutura de um ato administrativo um elemento
chamado de forma, que tem por significado a exteriorização do ato; é a maneira como a
administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode ser feito de forma oral ou
gestual.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

Os atos administrativos devem ser praticados, necessariamente, por


escrito, em atendimento ao princípio do formalismo.
Afirmativa errada, pois temos na estrutura de um ato administrativo um
elemento chamado de forma, que tem por significado a exteriorização do ato; é a
maneira como a administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode
ser feito de forma oral ou gestual.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que há na doutrina duas
concepções da forma como elemento do ato administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do


ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que
o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma, não só a


exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de formação da vontade da Administração e até os requisitos
concernentes à publicidade do ato.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que “todo ato
administrativo é, em princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase sempre é a
escrita (no caso dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal, a
forma é sempre e obrigatoriamente a escrita). Existem, entretanto, atos
administrativos não escritos, como são exemplos: ordens verbais do superior ao seu
subordinado; gestos, apitos e sinais luminosos na condução do trânsito; cartazes e
placas que expressam uma ordem da administração pública, tais quais as que
proíbem estacionar, proíbem fumar etc.”

11. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DETRAN-SP Prova: Oficial Estadual de Trânsito
Considerando os elementos do ato administrativo, para que este seja considerado
válido, é imprescindível que apresente:
a) motivo, que são os fundamentos de fato e de direito para a prática do ato
administrativo.
b) agente público competente, não podendo ser sanado vício de incompetência.
c) finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do ato.
d) objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que se quer
desfazer ou implementar.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) motivo, que são os fundamentos de fato e de direito para a prática


do ato administrativo.
Opção correta. Temos na estrutura de um ato administrativo um elemento
chamado de forma, que tem por significado a exteriorização do ato; é a maneira
como a administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode ser feito
de forma oral ou gestual.

b) agente público competente, não podendo ser sanado vício de


incompetência.
agente público competente, não podendo ser sanado vício de incompetência.
Afirmativa errada, pois se o ato é praticado com vício na competência pode ser
convalidado.

c) finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do


ato.
finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do ato.
Afirmativa errada, pois as razões de fato e de direito para a emissão do ato guardam
relação com o elemento MOTIVO.

d) objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que


se quer desfazer ou implementar.
objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que se quer
desfazer ou implementar. Afirmativa errada, pois o resultado a ser produzido com a
prática do ato diz respeito à FINALIDADE do ato, e não objeto.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) motivo, que são os fundamentos de fato e de direito para a prática


do ato administrativo.
Opção correta. Temos na estrutura de um ato administrativo um elemento
chamado de forma, que tem por significado a exteriorização do ato; é a maneira
como a administração se manifesta. Sendo como regra escrita, porém pode ser feito
de forma oral ou gestual.
A Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que o MOTIVO é o
pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no
tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

MUDE SUA VIDA!


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b) agente público competente, não podendo ser sanado vício de


incompetência.
Afirmativa errada, pois se o ato é praticado com vício na competência pode ser
convalidado.

LEI 9.784/99

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo lecionam que os atos
administrativos anuláveis são exatamente os que podem ser objeto de convalidação (ou
saneamento), dependendo das circunstâncias e do juízo de oportunidade e conveniência
privativo da administração pública. Portanto, convalidar um ato é "corrigi-lo", "regularizá-lo",
desde a origem (ex tunc), de tal sorte que: (a) os efeitos já produzidos passem a ser
considerados efeitos válidos, não passíveis de desconstituição; e (b) esse ato permaneça no
mundo jurídico como um ato válido, apto a produzir efeitos regulares.
Há razoável consenso na doutrina quanto aos vícios de legalidade do ato administrativo,
que podem ser enquadrados como defeitos sanáveis (anuláveis). São eles:
a) vício RELATIVO À COMPETÊNCIA quanto à pessoa (não quanto à matéria), desde
que não se trate de competência exclusiva;
b) vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial à validade
daquele ato.
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e Marcelo
Alexandrino; p. 585)

c) finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do ato.


Afirmativa errada, pois as razões de fato e de direito para a emissão do ato guardam
relação com o elemento MOTIVO.
A Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que o MOTIVO é o pressuposto
de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar o ato.

d) objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que se quer
desfazer ou implementar.
Afirmativa errada, pois o resultado a ser produzido com a prática do ato diz respeito à
FINALIDADE do ato, e não objeto.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que a finalidade é o resultado
que a Administração quer alcançar com a prática do ato.
Enquanto o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz (aquisição,
transformação ou extinção de direitos), a finalidade é o efeito mediato.
A finalidade distingue-se do motivo, porque este antecede a prática do ato,
correspondendo aos fatos, às circunstâncias, que levam a Administração a praticar o ato. Já a
finalidade sucede à prática do ato, porque corresponde a algo que a Administração quer
alcançar com a sua edição.

MUDE SUA VIDA!


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12. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Piracicaba – SP Prova: Advogado
Assinale a alternativa correta com relação à competência dos atos administrativos.
a) A competência pode ser renunciada, desde que em favor de órgão superior àquele a
que pertence o renunciante.
b) A edição de atos de caráter normativo e a decisão de recursos administrativos não
podem ser objeto de delegação.
c) O ato de delegação das matérias de competência exclusiva do órgão ou da autoridade
dispensa a publicação no diário oficial.
d) O ato de delegação, uma vez efetivado e publicado no Diário Oficial, não mais poderá
ser revogado pela autoridade delegante.
e) É vedada a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) A competência pode ser renunciada, desde que em favor de órgão


superior àquele a que pertence o renunciante.
A competência pode ser renunciada, desde que em favor de órgão superior
àquele a que pertence o renunciante. Afirmativa errada, pois a competência é
irrenunciável nos termos do artigo 11 da Lei 9784/99.

b) A edição de atos de caráter normativo e a decisão de recursos


administrativos não podem ser objeto de delegação.
Opção correta. Nosso gabarito é embasado no artigo 13 da Lei 9784/99.

c) O ato de delegação das matérias de competência exclusiva do órgão


ou da autoridade dispensa a publicação no diário oficial.
O ato de delegação das matérias de competência exclusiva do órgão ou da
autoridade dispensa a publicação no diário oficial. Afirmativa errada, pois matéria de
competência exclusiva não pode ser delegada.

d) O ato de delegação, uma vez efetivado e publicado no Diário Oficial,


não mais poderá ser revogado pela autoridade delegante.
O ato de delegação, uma vez efetivado e publicado no Diário Oficial, não mais
poderá ser revogado pela autoridade delegante. Afirmativa errada, pois o ato de
delegação pode ser revogado a qualquer tempo.

e) É vedada a avocação temporária de competência atribuída a órgão


hierarquicamente inferior.
É vedada a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior. Afirmativa errada, pois a avocação pode ser feita em
caráter excepcional.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

a) A competência pode ser renunciada, desde que em favor de órgão


superior àquele a que pertence o renunciante.
Afirmativa errada, pois a competência é irrenunciável nos termos do artigo 11
da Lei 9784/99.

LEI 9784/99

Art. 11. A COMPETÊNCIA É IRRENUNCIÁVEL e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.

b) A edição de atos de caráter normativo e a decisão de recursos


administrativos não podem ser objeto de delegação.
Opção correta. Nosso gabarito é embasado no artigo 13 da Lei 9784/99.

LEI 9784/99

Art. 13. NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

c) O ato de delegação das matérias de competência exclusiva do órgão


ou da autoridade dispensa a publicação no diário oficial.
Afirmativa errada, pois matéria de competência exclusiva não pode ser
delegada e, quando a competência puder ser delegada por não ser exclusiva, deverá
ser publicada em edital nos termos do artigo 14 da Lei 9.784/99.

LEI 9784/99

Art. 13. NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no


meio oficial.

d) O ato de delegação, uma vez efetivado e publicado no Diário Oficial,


não mais poderá ser revogado pela autoridade delegante.
Afirmativa errada, pois o ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo
nos termos do artigo 14 § 2º da Lei 9.784/99.

MUDE SUA VIDA!


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LEI 9.784/99

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no


meio oficial.

§ 2o O ATO DE DELEGAÇÃO É REVOGÁVEL A QUALQUER TEMPO pela


autoridade delegante.

e) É vedada a avocação temporária de competência atribuída a órgão


hierarquicamente inferior.
Afirmativa errada, pois a avocação pode ser feita em caráter excepcional nos
termos do artigo 15 da Lei 9.784/99.
LEI 9.784/99

Art. 15. Será PERMITIDA, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, A AVOCAÇÃO TEMPORÁRIA de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.

13. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: JARU-PREVI – RO Prova: Assistente Administrativo
Com relação ao Ato administrativo, a alternativa que se refere ao elemento FORMA é a
seguinte:
a) situação de fato e de direito que gera necessidade da administração e prática do ato
administrativo.
b) efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado em uma esfera
de direitos.
d) é o resultado que a administração deve alcançar com a prática do ato.
e) poder decorrente da lei conferido ao agente administrativo para o desempenho
regular de suas atribuições.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) situação de fato e de direito que gera necessidade da administração


e prática do ato administrativo.
situação de fato e de direito que gera necessidade da administração e prática
do ato administrativo. Afirmativa errada, pois esse é o conceito do elemento MOTIVO.

b) efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado


em uma esfera de direitos.
efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado em uma
esfera de direitos. Afirmativa errada, pois esse é o conceito de OBJETO também
chamado por alguns doutrinadores de CONTEÚDO.

MUDE SUA VIDA!


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c) é a materialização, ou seja, como o ato se apresenta no mundo real.


Opção correta. O elemento chamado de forma, que tem por significado a
exteriorização do ato, é a maneira como a administração se manifesta. Sendo como
regra escrita, porém pode ser feito de forma oral ou gestual.

d) é o resultado que a administração deve alcançar com a prática do


ato.
é o resultado que a administração deve alcançar com a prática do ato.
Afirmativa errada, pois esse é o conceito de elemento FINALIDADE.

e) poder decorrente da lei conferido ao agente administrativo para o


desempenho regular de suas atribuições.
poder decorrente da lei conferido ao agente administrativo para o desempenho
regular de suas atribuições. Afirmativa errada, pois esse é o conceito do elemento
COMPETÊNCIA, chamado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro de AGENTE
COMPETENTE.

SOLUÇÃO COMPLETA
a) situação de fato e de direito que gera necessidade da
administração e prática do ato administrativo.
Afirmativa errada, pois esse é o conceito do elemento MOTIVO.
A Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que o MOTIVO é o
pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no
tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

b) efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado


em uma esfera de direitos.
Afirmativa errada, pois esse é o conceito de OBJETO também chamado por
alguns doutrinadores de CONTEÚDO.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona:

Objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Sendo o


ato administrativo espécie do gênero ato jurídico, ele só existe quando produz
efeito jurídico, ou seja, quando, em decorrência dele, nasce, extingue-se,
transforma-se um determinado direito. Esse efeito jurídico é o objeto ou conteúdo
do ato.

c) é a materialização, ou seja, como o ato se apresenta no mundo


real.

MUDE SUA VIDA!


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Opção correta. O elemento chamado de forma, que tem por significado a


exteriorização do ato, é a maneira como a administração se manifesta. Sendo como
regra escrita, porém pode ser feito de forma oral ou gestual.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que há na doutrina


duas concepções da forma como elemento do ato administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do


ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se
que o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma não só a


exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser
observadas durante o processo de formação da vontade da Administração, e até os
requisitos concernentes à publicidade do ato.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que “todo ato
administrativo é, em princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase sempre é a
escrita (no caso dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal,
a forma é sempre e obrigatoriamente a escrita). Existem, entretanto, atos
administrativos não escritos, como são exemplos: ordens verbais do superior ao
seu subordinado; gestos, apitos e sinais luminosos na condução do trânsito;
cartazes e placas que expressam uma ordem da administração pública, tais quais
as que proíbem estacionar, proíbem fumar etc.”

d) é o resultado que a administração deve alcançar com a prática do


ato.
Afirmativa errada, pois esse é o conceito de elemento FINALIDADE. Para o
professor José dos Santos Carvalho Filho, finalidade é o elemento pelo qual todo
ato administrativo deve estar dirigido ao interesse público. Realmente não se pode
conceber que o administrador, como gestor de bens e interesses da coletividade,
possa estar voltado a interesses privados. O intuito de sua atividade deve ser o
bem comum, o atendimento aos reclamos da comunidade, porque essa de fato é a
sua função. Nesse ângulo, é imperioso observar que o resultado da conduta
pressupõe o motivo do ato, vale dizer, o motivo caminha em direção à
finalidade.

e) poder decorrente da lei conferido ao agente administrativo para o


desempenho regular de suas atribuições.
Afirmativa errada, pois esse é o conceito do elemento COMPETÊNCIA,
chamado pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro de AGENTE COMPETENTE.
Seguem os ensinamentos da ilustre mestra:

“Sujeito é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.


No direito civil, o sujeito tem que ter capacidade, ou seja, tem que ser titular de
direitos e obrigações que possa exercer, por si ou por terceiros. No direito
administrativo não basta a capacidade; é necessário também que o sujeito tenha
competência.

MUDE SUA VIDA!


27
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Partindo-se da ideia de que só o ente com personalidade jurídica é titular de


direitos e obrigações, pode-se dizer que, no direito brasileiro, quem tem capacidade
para a prática de atos administrativos são as pessoas públicas políticas (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal).
Assim, a competência tem que ser considerada nesses três aspectos; em
relação às pessoas jurídicas políticas, a distribuição de competência consta da
Constituição Federal; em relação aos órgãos e servidores, encontra-se nas leis. Pode-
se, portanto, definir competência como o conjunto de atribuições das pessoas
jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 468)

14. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: IAPEN-AP Prova: Agente Penitenciário
Dentre os elementos do ato administrativo,
a) o motivo pode estar expressa e integralmente previsto na lei, o que caracterizará a
edição de ato administrativo vinculado, ou ser definido após a referida edição, como
exemplo de ato administrativo discricionário.
b) a motivação é um elemento indispensável do ato administrativo, a ser valorado pelo
administrador diante da necessidade do caso concreto e servindo como fundamento
legal para a própria edição do ato.
c) o motivo do ato pode vincular a validade do mesmo, tendo em vista que a
demonstração das razões para edição do ato vinculam o administrador.
d) tanto o motivo quando a motivação podem apresentar vícios sanáveis, porque não
são imprescindíveis para a validade do ato.
e) a finalidade é essencial e, se apresentar vício, conformará o ato à condição de
insanável, diferentemente dos demais elementos do ato, cujas ilegalidades podem ser
sanáveis.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) o motivo pode estar expressa e integralmente previsto na lei, o que


caracterizará a edição de ato administrativo vinculado, ou ser definido após
a referida edição, como exemplo de ato administrativo discricionário.
o motivo pode estar expressa e integralmente previsto na lei, o que
caracterizará a edição de ato administrativo vinculado, ou ser definido após a referida
edição, como exemplo de ato administrativo discricionário. Afirmativa errada, pois
assertiva diz respeito à motivação, e não ao motivo, são institutos diferentes.

b) a motivação é um elemento indispensável do ato administrativo, a


ser valorado pelo administrador diante da necessidade do caso concreto e
servindo como fundamento legal para a própria edição do ato.
a motivação é um elemento indispensável do ato administrativo, a ser valorado
pelo administrador diante da necessidade do caso concreto e servindo como

MUDE SUA VIDA!


28
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fundamento legal para a própria edição do ato. Afirmativa errada, pois a MOTIVAÇÃO
não é elemento do ato administrativo.

c) o motivo do ato pode vincular a validade do mesmo, tendo em vista


que a demonstração das razões para edição do ato vinculam o
administrador.
Opção correta. Estamos diante da aplicação da teoria dos motivos
determinantes, os motivos apresentados para a prática do ato devem ser verdadeiros
caso contrário teremos um ato viciado em seu motivo.

d) tanto o motivo quando a motivação podem apresentar vícios


sanáveis, porque não são imprescindíveis para a validade do ato.
tanto o motivo quando a motivação podem apresentar vícios sanáveis, porque
não são imprescindíveis para a validade do ato. Afirmativa errada, pois motivação
não é elemento do ato administrativo, e o motivo é um elemento que não pode ser
convalidado.

e) a finalidade é essencial e, se apresentar vício, conformará o ato à


condição de insanável, diferentemente dos demais elementos do ato, cujas
ilegalidades podem ser sanáveis.
a finalidade é essencial e, se apresentar vício, conformará o ato à condição de
insanável, diferentemente dos demais elementos do ato, cujas ilegalidades podem
ser sanáveis. Afirmativa errada, pois há outros elementos que não podem ser
convalidados, como motivo.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) o motivo pode estar expressa e integralmente previsto na lei, o que


caracterizará a edição de ato administrativo vinculado, ou ser definido após
a referida edição, como exemplo de ato administrativo discricionário.
Afirmativa errada, pois assertiva diz respeito à motivação e não ao motivo, são
institutos diferentes.
Nas palavras da professora Ana Cláudia campos, MOTIVAR é explicar,
justificar, realizar uma fundamentação (de fato e de direito) sobre os atos e decisões
produzidos pelo Poder Público. É um princípio geral que deve reger toda atividade
administrativa. Por exemplo, quando uma multa de trânsito é expedida, deverá ela
mencionar as razões que levaram à aplicação da punição (fundamentar o fato) e
mostrar o embasamento legal de tal medida (fundamentar o direito).

b) a motivação é um elemento indispensável do ato administrativo, a


ser valorado pelo administrador diante da necessidade do caso concreto e
servindo como fundamento legal para a própria edição do ato.
Afirmativa errada, pois a MOTIVAÇÃO não é elemento do ato administrativo. A
motivação, como bem sintetiza CRETELLA JR., “é a justificativa do pronunciamento
tomado”, o que ocorre mais usualmente em atos cuja resolução ou decisão é
precedida, no texto, dos fundamentos que conduziram à prática do ato. Em outras

MUDE SUA VIDA!


29
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palavras: a motivação exprime de modo expresso e textual todas as situações de


fato que levaram o agente à manifestação da vontade.

c) o motivo do ato pode vincular a validade do mesmo, tendo em vista


que a demonstração das razões para edição do ato vincula o administrador.
Opção correta. Estamos diante da aplicação da teoria dos motivos
determinantes, os motivos apresentados para a prática do ato devem ser
verdadeiros, caso contrário teremos um ato viciado em seu motivo. A professora
Maria Sylvia Zanella Di Pietro ainda relaciona com o motivo, “a teoria dos motivos
determinantes, em consonância com a qual a validade do ato se vincula aos
motivos indicados como seu fundamento, de tal modo que, se inexistentes ou
falsos, implicam a sua nulidade. Por outras palavras, quando a Administração motiva
o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido se os motivos forem
verdadeiros. Tomando-se como exemplo a exoneração ad nutum, para a qual a lei
não define o motivo, se a Administração praticar esse ato alegando que o fez por
falta de verba e depois nomear outro funcionário para a mesma vaga, o ato será nulo
por vício quanto ao motivo”.

d) tanto o motivo quando a motivação podem apresentar vícios


sanáveis, porque não são imprescindíveis para a validade do ato.
Afirmativa errada, pois motivação não é elemento do ato administrativo, e o
motivo é um elemento que não pode ser convalidado.
Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, “Quanto ao
motivo, dúvida não subsiste de que é realmente obrigatório. Sem ele, O ATO É
ÍRRITO E NULO. Inconcebível é aceitar-se o ato administrativo sem que se tenha
delineado determinada situação de fato.”

Segundo o professor Alexandre Mazza, o princípio da obrigatória motivação


impõe à Administração Pública o dever de indicação dos pressupostos de fato e de
direito que determinaram a prática do ato (art. 2º, parágrafo único, VII, da Lei n.
9.784/99). Assim, a validade do ato administrativo está condicionada à apresentação
por escrito dos fundamentos fáticos e jurídicos justificadores da decisão adotada.

Fechando o raciocínio sobre essa assertiva, temos a lição da professora Maria


Sylvia Zanella Di Pietro:

“Não se confundem motivo e motivação do ato. Motivação é a exposição


dos motivos, ou seja, é a demonstração, por escrito, de que os pressupostos de fato
realmente existiram. Para punir, a Administração deve demonstrar a prática da
infração. A motivação diz respeito às formalidades do ato, que integram o próprio
ato, vindo sob a forma de “considerada”; outras vezes, está contida em parecer,
laudo, relatório, emitido pelo próprio órgão expedidor do ato ou por outro órgão,
técnico ou jurídico, hipótese em que o ato faz remissão a esses atos precedentes. O
importante é que o ato possa ter a sua legalidade comprovada.”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – p. 479)

e) a finalidade é essencial e, se apresentar vício, conformará o ato à


condição de insanável, diferentemente dos demais elementos do ato, cujas
ilegalidades podem ser sanáveis.

MUDE SUA VIDA!


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Afirmativa errada, pois há outros elementos que não podem ser convalidados,
como motivo.
Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, “Quanto ao
motivo, dúvida não subsiste de que é realmente obrigatório. Sem ele, O ATO É
ÍRRITO E NULO. Inconcebível é aceitar-se o ato administrativo sem que se tenha
delineado determinada situação de fato.”

15. Ano: 2018 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Quixeré – CE Prova: Agente Administrativo
Sabe-se que o ato administrativo é composto de cinco elementos: competência, finalidade,
forma, motivo e objeto. Analise a frase a seguir.
__________ é o efeito jurídico imediato do ato, isto é, o resultado prático causado em uma esfera
de direitos, seja a criação, modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas,
coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público.
Marque a opção que completa corretamente a lacuna.
a) Finalidade
b) Forma
c) Motivo
d) Objeto
e) Competência

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Finalidade.
Finalidade. Afirmativa errada, pois a finalidade é o resultado que a administração quer
alcançar com a prática do ato e seu efeito jurídico MEDIATO.

b) Forma.
Forma. Afirmativa errada, pois a forma é a maneira como a administração pública
exterioriza sua vontade; em regra, é escrita, mas pode ser excepcionalmente de forma oral
verbal ou até mesmo luminosa.

c) Motivo.
Motivo. Afirmativa errada, pois o motivo é o pressuposto de fato e de direito que leva a
administração pública a praticar o ato administrativo.

d) Objeto.
Opção correta. O enunciado da questão está totalmente coerente com que apresenta a
doutrina no tocante ao objeto.

e) Competência.
Competência. Afirmativa errada, pois é o poder decorrente da lei conferido ao agente
administrativo para o desempenho regular de suas atribuições.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

a) Finalidade.
Afirmativa errada, pois a finalidade é o resultado que a administração quer
alcançar com a prática do ato e seu efeito jurídico MEDIATO.

Segue a explicação da assertiva sob o prisma da professora Maria Sylvia Zanella


Di Pietro:

Finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do


ato.
Enquanto o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz (aquisição,
transformação ou extinção de direitos), a finalidade é o efeito mediato.

(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 477)

b) Forma.
Afirmativa errada, pois a forma é a maneira como a administração pública
exterioriza sua vontade. Em regra, é escrita, mas pode ser excepcionalmente de
forma oral verbal ou até mesmo luminosa.
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que “todo ato
administrativo é, em princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase sempre é a
escrita (no caso dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal, a
forma é sempre e obrigatoriamente a escrita). Existem, entretanto, atos
administrativos não escritos, como são exemplos: ordens verbais do superior ao
seu subordinado; gestos, apitos e sinais luminosos na condução do trânsito; cartazes
e placas que expressam uma ordem da administração pública, tais quais as que
proíbem estacionar, proíbem fumar etc.”

c) Motivo.
Afirmativa errada, pois o motivo é o pressuposto de fato e de direito que leva
a administração pública praticar o ato administrativo.
A Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que o MOTIVO é o
pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no
tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

d) Objeto.
Opção correta. O enunciado da questão está totalmente coerente com o que
apresenta a doutrina no tocante ao objeto.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona:

MUDE SUA VIDA!


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Objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Sendo o


ato administrativo espécie do gênero ato jurídico, ele só existe quando produz
efeito jurídico, ou seja, quando, em decorrência dele, nasce, extingue-se,
transforma-se um determinado direito. Esse efeito jurídico é o objeto ou conteúdo
do ato.

e) Competência.
Afirmativa errada, pois é o poder decorrente da lei conferido ao agente
administrativo para o desempenho regular de suas atribuições.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro de AGENTE COMPETENTE. Segue
os ensinamentos da ilustre mestra:

“Sujeito é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.


No direito civil, o sujeito tem que ter capacidade, ou seja, tem que ser titular de
direitos e obrigações que possa exercer, por si ou por terceiros. No direito
administrativo não basta a capacidade; é necessário também que o sujeito tenha
competência.
Partindo-se da ideia de que só o ente com personalidade jurídica é titular de
direitos e obrigações, pode-se dizer que, no direito brasileiro, quem tem capacidade
para a prática de atos administrativos são as pessoas públicas políticas (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal).
Assim, a competência tem que ser considerada nesses três aspectos; em
relação às pessoas jurídicas políticas, a distribuição de competência consta da
Constituição Federal; em relação aos órgãos e servidores, encontra-se nas leis. Pode-
se, portanto, definir competência como o conjunto de atribuições das pessoas
jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 468)

16. Ano: 2018 Banca: COSEAC Órgão: Prefeitura de Maricá – RJ Prova: Agente Administrativo
Os atos administrativos possuem cinco componentes que, constituindo a sua
infraestrutura, jamais podem faltar, sob pena de sua nulidade. São os elementos ou
requisitos de validade, de tal forma que, se um ato administrativo não atender a um
deles, será considerado nulo. Existe um elemento do ato administrativo representado
pela situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do mesmo.
Outro elemento é o poder atribuído, por lei, ao agente da administração para o
desempenho de suas atribuições, na prática de um ato administrativo. Estes elementos
são, respectivamente, denominados:
a) finalidade – competência.
b) motivo – finalidade.
c) motivo – competência.
d) finalidade – forma.
e) motivação – forma.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) finalidade – competência.
finalidade – competência. Afirmativa errada, pois a finalidade é o resultado que
a administração quer alcançar com a prática do ato. Em relação à competência,
está certo o conceito.
b) motivo – finalidade.
motivo – finalidade. Afirmativa errada, em relação ao motivo, a opção está
certa, mas está errada no segundo elemento, pois a finalidade éo resultado que a
administração quer alcançar com a prática do ato.

c) motivo – competência.
Opção correta. O enunciado da questão está totalmente coerente com que
apresenta a doutrina no tocante ao objeto.

d) finalidade – forma.
finalidade – forma. Afirmativa errada, pois a finalidade é o resultado que a
administração quer alcançar com a prática do ato, e a forma é a maneira como a
administração pública exterioriza sua vontade. Em regra, é escrita, mas pode ser
excepcionalmente de forma oral verbal ou até mesmo luminosa.

e) motivação – forma.
motivação – forma. Afirmativa errada, pois a MOTIVAÇÃO não é elemento do
ato administrativo, e a forma é a maneira como a administração pública exterioriza
sua vontade. Em regra, é escrita, mas pode ser excepcionalmente de forma oral
verbal ou até mesmo luminosa.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) finalidade – competência.
Afirmativa errada, pois a finalidade é o resultado que a administração quer
alcançar com a prática do ato. Em relação à competência está certo o conceito.

PROFESSORA MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO:

Finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do


ato.

PROFESSOR HELY LOPES MEIRELLES

Finalidade - Outro requisito necessário ao ato administrativo é Finalidade, ou


seja, o objetivo de interesse público a atingir. Não se compreende ato
administrativo sem fim público.

PROFESSOR CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO

MUDE SUA VIDA!


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Finalidade é o bem jurídico objetivado pelo ato. Vale dizer, é o resultado


previsto legalmente como o correspondente à tipologia do ato administrativo,
consistindo no alcance dos objetivos por ele comportados. Em outras palavras: é o
objetivo inerente à categoria do ato. "Para cada finalidade que a Administração
pretende alcançar existe um ato definido em lei".

b) motivo – finalidade.
Afirmativa errada, em relação ao motivo a opção está certa, mas está errada
no segundo elemento, pois a finalidade é o resultado que a administração quer
alcançar com a prática do ato. Vide a explicação do elemento “FINALIDADE” na
letra (A).

c) motivo – competência.
O enunciado da questão está totalmente coerente com o que apresenta a
doutrina no tocante ao objeto.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona sobre os dois elementos


o seguinte:

MOTIVO é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato


administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no
tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

“SUJEITO é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.


No direito civil, o sujeito tem que ter capacidade, ou seja, tem que ser titular de
direitos e obrigações que possa exercer, por si ou por terceiros. No direito
administrativo não basta a capacidade; é necessário também que o sujeito tenha
competência.
Partindo-se da ideia de que só o ente com personalidade jurídica é titular de
direitos e obrigações, pode-se dizer que, no direito brasileiro, quem tem capacidade
para a prática de atos administrativos são as pessoas públicas políticas (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal).
Assim, a COMPETÊNCIA tem que ser considerada nesses três aspectos; em
relação às pessoas jurídicas políticas, a distribuição de competência consta da
Constituição Federal; em relação aos órgãos e servidores, encontra-se nas leis. Pode-
se, portanto, definir competência como o conjunto de atribuições das pessoas
jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 468)

d) finalidade – forma.

MUDE SUA VIDA!


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Afirmativa errada. Vide a explicação do elemento “FINALIDADE” na letra


(A). No tocante à forma, a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que
há na doutrina duas concepções da forma como elemento do ato administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do


ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que
o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma não só a


exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de formação da vontade da Administração e até os requisitos
concernentes à publicidade do ato.

e) motivação – forma.
Afirmativa errada, pois a MOTIVAÇÃO não é elemento do ato administrativo,
mas sim um princípio. Segundo o professor Alexandre Mazza, o princípio da
obrigatória motivação impõe à Administração Pública o dever de indicação dos
pressupostos de fato e de direito que determinaram a prática do ato (art. 2º,
parágrafo único, VII, da Lei nº 9.784/99). Assim, a validade do ato administrativo
está condicionada à apresentação por escrito dos fundamentos fáticos e jurídicos
justificadores da decisão adotada. Em relação ao elemento “FORMA”, vide a
explicação na letra (D).

17. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guararapes – SP Prova: Fiscal de Tributos
O resultado operado pelo ato administrativo, tal como a modificação, criação ou
extinção de direitos, corresponde ao conceito de
a) finalidade.
b) motivo.
c) forma.
d) objeto.
e) motivação.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) finalidade.
finalidade. Afirmativa errada. A meu ver, a questão é mal redigida e tenta
induzir o candidato ao erro ao usar a palavra “resultado”, pois a finalidade é o
resultado que a administração quer alcançar com a prática. Sendo que este resultado
é MEDIATO, enquanto o objeto ou conteúdo é o resultado Imediato.

b) motivo.
motivo. Afirmativa errada, pois o motivo é o pressuposto de direito ou de fato
que determina ou autoriza a prática do ato.

MUDE SUA VIDA!


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c) forma.
forma. Afirmativa errada, pois a forma é a maneira como a administração
pública exterioriza sua vontade. Em regra, é escrita, mas pode ser excepcionalmente
de forma oral verbal ou até mesmo luminosa.

d) objeto.
Opção correta. É o conteúdo do ato, ou seja, é o efeito jurídico IMEDIATO que
o ato produz, a ordem por ele determinada ou o resultado prático pretendido ao se
expedi-lo.

e) motivação.
motivação. Afirmativa errada, pois a MOTIVAÇÃO é um princípio que exige da
Administração Pública a indicação dos fundamentos de fato e de direito de suas
decisões.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) finalidade.
Afirmativa errada. A meu ver, a questão é mal redigida e tenta induzir o
candidato ao erro ao usar a palavra “resultado”, pois a finalidade é o resultado que
a administração quer alcançar com a prática. Sendo que este resultado é MEDIATO,
enquanto o objeto ou conteúdo é o resultado Imediato.

Segue a explicação da assertiva sob o prisma da professora Maria Sylvia Zanella


Di Pietro:

Finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do


ato.
Enquanto o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz (aquisição,
transformação ou extinção de direitos), a finalidade é o efeito mediato.

b) motivo.
Afirmativa errada, pois o motivo é o pressuposto de direito ou de fato que
determina ou autoriza a prática do ato. Na visão da professora Di Pietro, MOTIVO é
o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no
tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

c) forma.
Afirmativa errada, pois a forma é a maneira como a administração pública
exterioriza sua vontade. Em regra, é escrita, mas pode ser excepcionalmente de
forma oral verbal ou até mesmo luminosa. A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro

MUDE SUA VIDA!


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nos ensina que há na doutrina duas concepções da forma como elemento do ato
administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do


ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que
o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma não só a


exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de formação da vontade da Administração e até os requisitos
concernentes à publicidade do ato.

d) objeto.
Opção correta. É o conteúdo do ato, ou seja, é o efeito jurídico IMEDIATO que
o ato produz. A ordem por ele determinada ou o resultado prático pretendido ao se
expedi-lo.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona:

Objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Sendo o


ato administrativo espécie do gênero ato jurídico, ele só existe quando produz
efeito jurídico, ou seja, quando, em decorrência dele, nasce, extingue-se,
transforma-se um determinado direito. Esse efeito jurídico é o objeto ou conteúdo
do ato.

e) motivação.
Afirmativa errada, pois a MOTIVAÇÃO é um princípio que exige da
Administração Pública a indicação dos fundamentos de fato e de direito de suas
decisões.
Segundo o professor Alexandre Mazza, o princípio da obrigatória motivação
impõe à Administração Pública o dever de indicação dos pressupostos de fato e de
direito que determinaram a prática do ato (art. 2º, parágrafo único, VII, da Lei n.
9.784/99). Assim, a validade do ato administrativo está condicionada à apresentação
por escrito dos fundamentos fáticos e jurídicos justificadores da decisão adotada

18. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São Bernardo do Campo – SP Prova:
Procurador
A respeito dos elementos do ato administrativo, é correta a correlação entre elemento
e definição que se faz na alternativa:
a) sujeito competente - é o cidadão que se sujeita ao ato administrativo e suas
consequências práticas.
b) motivo - é o resultado final que se busca atingir por meio da execução do ato
administrativo.
c) objeto - é o conteúdo, isto é, a decisão contida no ato administrativo.
d) efeito - é o desdobramento do ato administrativo sobre a realidade manifesta.
e) forma – é o fato que autoriza ou exige a prática do ato.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) sujeito competente - é o cidadão que se sujeita ao ato administrativo


e suas consequências práticas.
sujeito competente - é o cidadão que se sujeita ao ato administrativo e suas
consequências práticas. Afirmativa errada, pois a competência ou, de acordo com a
professora Di Pietro, o sujeito competente é o poder decorrente da lei conferido ao
agente administrativo para o desempenho regular de suas atribuições.

b) motivo - é o resultado final que se busca atingir por meio da


execução do ato administrativo.
motivo - é o resultado final que se busca atingir por meio da execução do ato
administrativo. Afirmativa errada, pois o motivo é o pressuposto de direito ou de fato
que determina ou autoriza a prática do ato.

c) objeto - é o conteúdo, isto é, a decisão contida no ato administrativo.


Opção correta. O OBJETO é o conteúdo do ato, ou seja, é o efeito jurídico
IMEDIATO que o ato produz. A ordem por ele determinada ou o resultado prático
pretendido ao se expedi-lo.

d) efeito - é o desdobramento do ato administrativo sobre a realidade


manifesta.
efeito - é o desdobramento do ato administrativo sobre a realidade manifesta.
Afirmativa errada, pois “EFEITO” não corresponde a um dos elementos do ato
administrativo.

e) forma – é o fato que autoriza ou exige a prática do ato.


forma – é o fato que autoriza ou exige a prática do ato. Afirmativa errada, pois
a forma é a maneira como a administração pública exterioriza sua vontade. Em regra,
é escrita, mas pode ser excepcionalmente de forma oral verbal ou até mesmo
luminosa.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) sujeito competente - é o cidadão que se sujeita ao ato administrativo


e suas consequências práticas.
Afirmativa errada, pois o conceito de competência é explicado pela professora
Di Pietro da seguinte forma:

“SUJEITO é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato.


No direito civil, o sujeito tem que ter capacidade, ou seja, tem que ser titular de
direitos e obrigações que possa exercer, por si ou por terceiros. No direito
administrativo não basta a capacidade; é necessário também que o sujeito tenha
competência.

MUDE SUA VIDA!


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Partindo-se da ideia de que só o ente com personalidade jurídica é titular de


direitos e obrigações, pode-se dizer que, no direito brasileiro, quem tem capacidade
para a prática de atos administrativos são as pessoas públicas políticas (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal).
Assim, a COMPETÊNCIA tem que ser considerada nesses três aspectos; em
relação às pessoas jurídicas políticas, a distribuição de competência consta da
Constituição Federal; em relação aos órgãos e servidores, encontra-se nas leis. Pode-
se, portanto, definir competência como o conjunto de atribuições das pessoas
jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 468)

b) motivo - é o resultado final que se busca atingir por meio da


execução do ato administrativo.
Afirmativa errada, pois o motivo é o pressuposto de direito ou de fato que
determina ou autoriza a prática do ato. Na visão da professora Di Pietro, MOTIVO é
o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de
circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar
o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no
tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de
requisitos comprovados pelo proprietário; na exoneração do funcionário estável, é o
pedido por ele formulado.

c) objeto - é o conteúdo, isto é, a decisão contida no ato administrativo.


Opção correta. O OBJETO é o conteúdo do ato, ou seja, é o efeito jurídico
IMEDIATO que o ato produz. A ordem por ele determinada ou o resultado imediato
prático pretendido ao se expedi-lo.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona:

Objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Sendo o


ato administrativo espécie do gênero ato jurídico, ele só existe quando produz efeito
jurídico, ou seja, quando, em decorrência dele, nasce, extingue-se, transforma-se
um determinado direito. Esse efeito jurídico é o objeto ou conteúdo do ato.

d) efeito - é o desdobramento do ato administrativo sobre a realidade


manifesta.
Afirmativa errada, o enunciado da questão pede que o candidato faça a correta
correlação entre o elemento e sua definição de forma correta, e “EFEITO” não
corresponde a um dos elementos do ato administrativo. São eles: (mnemônico:
COMFIFORMOOB)

COM PETÊNCIA: elemento vinculado


FI NALIDADE: elemento vinculado
FOR MA: elemento vinculado
MO TIVO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário
OB JETO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário

MUDE SUA VIDA!


40
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e) forma – é o fato que autoriza ou exige a prática do ato.


Afirmativa errada, pois a forma é a maneira como a administração pública
exterioriza sua vontade. Em regra, é escrita, mas pode ser excepcionalmente de
forma oral verbal ou até mesmo luminosa. A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro
nos ensina que há na doutrina duas concepções da forma como elemento do ato
administrativo:

Uma CONCEPÇÃO RESTRITA, que considera forma como a exteriorização do


ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que
o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;

Uma CONCEPÇÃO AMPLA, que inclui no conceito de forma não só a


exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de formação da vontade da Administração, e até os requisitos
concernentes à publicidade do ato.

19. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: Consultor
Legislativo - Constituição e Justiça
No que concerne aos elementos do ato administrativo, tem-se que o MOTIVO
a) não se insere entre os elementos essenciais do ato administrativo, que são apenas
sujeito, objeto e forma, sendo, assim como a finalidade, um atributo do ato.
b) consiste nos fins colimados pela Administração com a prática do ato, que deve ser,
em última instância, o interesse público, sob pena de invalidar o ato por vício de
mérito.
c) corresponde às razões de fato e de direito que fundamentam a prática do ato, sendo
que a ausência de motivo ou a indicação de motivo falso permitem a invalidação do ato,
inclusive judicialmente.
d) está presente apenas nos atos discricionários, correspondendo às razões de
conveniência e oportunidade para a sua prática, ou seja, o mérito do ato
administrativo.
e) constitui um requisito específico para a prática de atos vinculados, consistente na
indicação da subsunção dos requisitos de fato aos condicionantes legais fixados para o
ato.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) não se insere entre os elementos essenciais do ato administrativo,


que são apenas sujeito, objeto e forma, sendo, assim como a finalidade, um
atributo do ato.
não se insere entre os elementos essenciais do ato administrativo, que são
apenas sujeito, objeto e forma, sendo, assim como a finalidade, um atributo do ato.

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Afirmativa errada, pois o MOTIVO assim como a FINALIDADE também integra os


requisitos do ato administrativo.

b) consiste nos fins colimados pela Administração com a prática do ato,


que deve ser, em última instância, o interesse público, sob pena de invalidar
o ato por vício de mérito.
consiste nos fins colimados pela Administração com a prática do ato, que deve
ser, em última instância, o interesse público, sob pena de invalidar o ato por vício de
mérito. Afirmativa errada, pois o motivo antecede a prática do ato, ou seja, ele não
consiste nos fins almejados pela Administração com a prática do ato.

c) corresponde às razões de fato e de direito que fundamentam a


prática do ato, sendo que a ausência de motivo ou a indicação de motivo
falso permitem a invalidação do ato, inclusive judicialmente.
Opção correta. O motivo é o pressuposto de direito ou de fato que determina
ou autoriza a prática do ato. E o vício nesse elemento ocorre quando a matéria de
fato ou de direito em que se fundamenta o ato é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido, devendo ser de fato invalidado ou
anulado pela própria administração ou pelo judiciário.

d) está presente apenas nos atos discricionários, correspondendo às


razões de conveniência e oportunidade para a sua prática, ou seja, o mérito
do ato administrativo.
está presente apenas nos atos discricionários, correspondendo às razões de
conveniência e oportunidade para a sua prática, ou seja, o mérito do ato
administrativo. Afirmativa errada, pois nos atos vinculados também se faz necessária
a presença do elemento MOTIVO.

e) constitui um requisito específico para a prática de atos vinculados,


consistente na indicação da subsunção dos requisitos de fato aos
condicionantes legais fixados para o ato.
constitui um requisito específico para a prática de atos vinculados, consistente
na indicação da subsunção dos requisitos de fato aos condicionantes legais fixados
para o ato. Afirmativa errada, pois o motivo é um requisito essencial para qualquer
ato administrativo.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) não se insere entre os elementos essenciais do ato administrativo,


que são apenas sujeito, objeto e forma, sendo, assim como a finalidade, um
atributo do ato.
Afirmativa errada, pois o MOTIVO assim como a FINALIDADE também integra
os requisitos do ato administrativo. Os elementos essenciais do ato administrativo
são (mnemônico: COMFIFORMOOB)

COM PETÊNCIA: elemento vinculado

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FI NALIDADE: elemento vinculado


FOR MA: elemento vinculado
MO TIVO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário
OB JETO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário

b) consiste nos fins colimados pela Administração com a prática do


ato, que deve ser, em última instância, o interesse público, sob pena de
invalidar o ato por vício de mérito.
Afirmativa errada, pois o motivo antecede a prática do ato, ou seja, ele não
consiste nos fins almejados pela Administração com a prática do ato.

Segue a explicação da assertiva sob o prisma da professora Maria Sylvia Zanella


Di Pietro:

Finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do


ato...

Distingue-se do motivo, porque este antecede a prática do ato,


correspondendo aos fatos, às circunstâncias, que levam a Administração a praticar o
ato. Já a finalidade sucede à prática do ato, porque corresponde a algo que a
Administração quer alcançar com a sua edição."
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 477)
c) corresponde às razões de fato e de direito que fundamentam a
prática do ato, sendo que a ausência de motivo ou a indicação de motivo
falso permitem a invalidação do ato, inclusive judicialmente.
Opção correta. Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, o
motivo é a causa imediata do ato administrativo. É a situação de fato e de direito que
determina ou autoriza a prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto fático
e jurídico (ou normativo) que enseja a prática do ato.
No tocante à invalidação do ato administrativo por conta de vicio no motivo,
temo a seguinte redação na Lei 4717/65, Art. 2º parágrafo único, alínea d):

“A inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito,


em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente
inadequada ao resultado obtido”.

d) está presente apenas nos atos discricionários, correspondendo às


razões de conveniência e oportunidade para a sua prática, ou seja, o mérito
do ato administrativo.
Afirmativa errada, pois o MOTIVO integra o conjunto dos elementos essenciais
do ato administrativo, portanto independentemente de os atos administrativos serem
vinculados ou discricionários precisam conter os seguintes elementos: (mnemônico:
COMFIFORMOOB)

COM PETÊNCIA: elemento vinculado


FI NALIDADE: elemento vinculado
FOR MA: elemento vinculado
MO TIVO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário
OB JETO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário

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e) constitui um requisito específico para a prática de atos vinculados,


consistente na indicação da subsunção dos requisitos de fato aos
condicionantes legais fixados para o ato.
Afirmativa errada, pois o motivo é um requisito essencial para qualquer ato
administrativo, independentemente de serem atos administrativos vinculados ou
discricionários, lembrando que segundo lição do grande mestre Hely Lopes Meirelles:

ATOS VINCULADOS - são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos


e condições de sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais
absorvem, quase que por completo, a liberdade do administrador, uma vez que sua
ação fica adstrita aos pressupostos estabelecidos pela norma legal para a validade
da atividade administrativa. Desatendido qualquer requisito, compromete-se a
eficácia do ato praticado, tomando-se passível de anulação pela própria
Administração, ou pelo Judiciário, se assim o requerer o interessado.

ATOS DISCRICIONÁRIOS - são os que a Administração, autorizada pela lei,


pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. A rigor, a
discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas sim no poder de a
Administração praticá-lo pela maneira e nas condições que repute mais convenientes
ao interesse público.

20. Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo
Dentre os elementos do ato administrativo, destaca-se a competência, que é o círculo
definido por lei dentro do qual podem os agentes públicos exercer legitimamente sua
atividade. Como característica da competência, destaca-se a:
a) derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode, em regra, se
transferir a outro por acordo entre as partes, ou por assentimento do agente da
Administração, ou seja, apesar de fixada em norma expressa, a competência pode ser
alterada;
b) indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não pode,
em qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja norma posterior
autorizativa, em respeito ao poder hierárquico e ao princípio da estabilidade das
relações jurídicas;
c) improrrogabilidade, segundo a qual a incompetência, em regra, não se transmuda
em competência, ou seja, se um órgão não tem competência para certa função, não
poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos que a antiga norma definidora seja
alterada;
d) vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não
pode ser transferida à autoridade hierarquicamente superior para atrair para sua
esfera decisória a prática de ato da competência natural de agente com menor
hierarquia;
e) discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de determinado ato
administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de acordo com critérios de
oportunidade e conveniência do chefe administrativo da repartição, mediante decisão
fundamentada.

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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode,


em regra, se transferir a outro por acordo entre as partes, ou por
assentimento do agente da Administração, ou seja, apesar de fixada em
norma expressa, a competência pode ser alterada;
derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode, em regra,
se transferir a outro por acordo entre as partes, ou por assentimento do agente da
Administração, ou seja, apesar de fixada em norma expressa, a competência pode
ser alterada; Afirmativa errada, pois a competência é inderrogável, somente podendo
ser modificada mediante lei.

b) indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou


órgão não pode, em qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja
norma posterior autorizativa, em respeito ao poder hierárquico e ao
princípio da estabilidade das relações jurídicas;
indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou órgão não
pode, em qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja norma posterior
autorizativa, em respeito ao poder hierárquico e ao princípio da estabilidade das
relações jurídicas; Afirmativa errada, pois a competência pode ser delegada nos
termos do artigo 11 da Lei 9.784/99.

c) improrrogabilidade, segundo a qual a incompetência, em regra, não


se transmuda em competência, ou seja, se um órgão não tem competência
para certa função, não poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos que
a antiga norma definidora seja alterada;
Opção correta. A improrrogabilidade quer dizer que a competência não se
transfere a um agente incompetente pelo simples fato de não ter havido
contestações.

d) vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente


ou órgão não pode ser transferida à autoridade hierarquicamente superior
para atrair para sua esfera decisória a prática de ato da competência natural
de agente com menor hierarquia;
vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente ou órgão
não pode ser transferida à autoridade hierarquicamente superior para atrair para sua
esfera decisória a prática de ato da competência natural de agente com menor
hierarquia; Afirmativa errada, pois a Lei 9.784/99 em seu artigo 15 permite, em
situações excepcionais, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

e) discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de


determinado ato administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de
acordo com critérios de oportunidade e conveniência do chefe
administrativo da repartição, mediante decisão fundamentada.

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discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de


determinado ato administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de acordo
com critérios de oportunidade e conveniência do chefe administrativo da repartição,
mediante decisão fundamentada. Afirmativa errada, pois a competência é um
elemento vinculado, e não discricionário.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) derrogabilidade, segundo a qual a competência de um órgão pode,


em regra, se transferir a outro por acordo entre as partes, ou por
assentimento do agente da Administração, ou seja, apesar de fixada em
norma expressa, a competência pode ser alterada;
Afirmativa errada, pois a competência é inderrogável, somente podendo ser
modificada mediante lei. De acordo com o professor Celso Antônio Bandeira De Mello,
a competência é imodificável pela vontade do agente. Essa característica é corolária
do fato de a competência decorrer da lei e ser sempre elemento vinculado. Como é
a lei que estabelece as competências, somente mediante lei podem elas ser
alteradas, e não por algum ato de vontade dos agentes administrativos.

b) indelegabilidade, segundo a qual a competência de um agente ou


órgão não pode, em qualquer hipótese, ser delegada a outro, ainda que haja
norma posterior autorizativa, em respeito ao poder hierárquico e ao
princípio da estabilidade das relações jurídicas;
Afirmativa errada, pois a competência pode ser delegada nos termos do artigo
11 da Lei 9.784/99.

Lei 9.784/99

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos


a que foi atribuída como própria, SALVO OS CASOS DE DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
legalmente admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular PODERÃO, se não houver


impedimento legal, DELEGAR PARTE DA SUA COMPETÊNCIA a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica
ou territorial.

c) improrrogabilidade, segundo a qual a incompetência, em regra, não


se transmuda em competência, ou seja, se um órgão não tem competência
para certa função, não poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos que
a antiga norma definidora seja alterada;
Opção correta. A improrrogabilidade quer dizer que a competência não se
transfere a um agente incompetente pelo simples fato de não ter havido
contestações.

Comentário dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:

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“Parte da doutrina menciona, ainda, a improrrogabilidade como atributo da


competência, significado que o fato de um órgão ou agente incompetente praticar
um ato não faz com que ele passe a ser considerado competente, salvo disposição
legal expressa que assim estabeleça. Vale dizer, a competência não se estende
automaticamente a órgão ou agente incompetente pela simples circunstância de
haver ele praticado o ato, ou de ter sido ele o primeiro a tomar conhecimento dos
fatos que ensejariam a prática desse ato.”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 535)

Complemento o assunto transcrevendo a lição da professora Ana Cláudia


Campos.

“Caso o agente público pratique um ato fora de suas atribuições e não haja
reclamações por parte de terceiros, passará ele a ser considerado competente para
o ato? Não! Pois a competência administrativa não se prorroga, ou seja, não se
transfere a um agente incompetente pelo simples fato de não ter havido
contestações.”
(Direito Administrativo Facilitado; Ana Claudia Campos; p. 399)

d) vedação de avocação, segundo a qual a competência de um agente


ou órgão não pode ser transferida à autoridade hierarquicamente superior
para atrair para sua esfera decisória a prática de ato da competência natural
de agente com menor hierarquia;
Afirmativa errada, pois a Lei 9.784/99 em seu artigo 15 permite, em situações
excepcionais, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

LEI 9.784/99

Art. 15. Será PERMITIDA, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a AVOCAÇÃO TEMPORÁRIA de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.

e) discricionariedade, segundo a qual a competência para a prática de


determinado ato administrativo pode ser definida e alterada, caso a caso, de
acordo com critérios de oportunidade e conveniência do chefe
administrativo da repartição, mediante decisão fundamentada.
Afirmativa errada, pois a competência é um elemento vinculado, e não
discricionário.

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina:

“O regramento não atinge todos os aspectos da atuação administrativa; a lei


deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal modo
que a autoridade poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, todas
válidas perante o direito. Nesses casos, o poder da Administração é discricionário,
porque a adoção de uma ou outra solução é feita segundo critérios de oportunidade,
conveniência, justiça, equidade, próprios da autoridade, porque não definidos pelo
legislador. Mesmo aí, entretanto, o poder de ação administrativa, embora
discricionário, não é totalmente livre, porque, sob alguns aspectos, em

MUDE SUA VIDA!


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especial a COMPETÊNCIA, A FORMA E A FINALIDADE, a lei impõe limitações.


Daí por que se diz que a discricionariedade implica liberdade de atuação nos limites
traçados pela lei; se a Administração ultrapassa esses limites, a sua decisão passa a
ser arbitrária, ou seja, contrária à lei.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 481)

Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo lecionam:

“Cabe anotar, para sermos precisos, que o poder vinculado é fundamento


também dos atos discricionários, quanto aos elementos vinculados destes, a
saber, a COMPETÊNCIA, A FINALIDADE E A FORMA (existem divergências
doutrinárias sobre serem a forma e a finalidade requisitos de validade sempre
vinculados em qualquer ato administrativo; tais questões, que não interessam à
presente exposição, estão detalhadas nos tópicos específicos do capítulo relativo aos
atos administrativos).”
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 271)

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 9
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 10

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: Analista de Gestão - Julgamento
Com relação aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento do vício de
competência por meio da ratificação do ato pela autoridade competente.
Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGM - Campo Grande – MS Prova: Procurador Municipal
Acerca de atos administrativos, julgue o item que se segue.
A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os
torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder
Judiciário
Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista Legislativo -
Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira

Julgue o item seguinte, acerca dos atos administrativos.

Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo discricionário válido, a


administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência,
respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento.
Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Auxiliar Administrativo I


No que concerne às formas de extinção dos atos administrativos, julgue o item
A caducidade dá‐se quando o objeto ou o sujeito destinatário do ato administrativo,
não sendo o direito transmissível, desaparece.
Certo ( ) Errado ( )

5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Técnico do MPU - Administração
No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item seguinte.
A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que
perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou
oportuno.
Certo ( ) Errado ( )

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6. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 13ª Região (BA-SE) Prova: Assistente
Administrativo
Acerca dos atos administrativos, julgue o item que se segue.
A anulação do ato administrativo só poderá ocorrer judicialmente.
Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia


A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item.
Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e
produzem efeitos prospectivos.
Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Superior (+ provas)
Acerca dos atos e dos contratos administrativos, julgue o item que segue.
Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para atingir fim diverso
daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o ato administrativo em
razão do mau uso da discricionariedade.
Certo ( ) Errado ( )

9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência - Área 2
Com relação aos atos administrativos discricionários e vinculados, julgue o item que se
segue.
Tendo tomado conhecimento de que um ato vinculado possua vício que o torne ilegal, a
administração deve revogar tal ato, independentemente de determinação do Poder
Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )

10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência
No que tange aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
Uma diferença entre a revogação e a anulação de um ato administrativo é a de que a
revogação é medida privativa da administração, enquanto a anulação pode ser
determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário, não sendo, nesse caso,
necessária a provocação do interessado.
Certo ( ) Errado ( )

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3
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11. Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: MPE-CE Prova: Promotor de Justiça de Entrância Inicial
Com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço e o fiel cumprimento das
normas previstas em contrato de concessão de serviço público, o poder público
concedente, mesmo sem autorização judicial, interveio na concessão por meio de
resolução que previu a designação de interventor, o prazo da intervenção e os
objetivos e limites da medida interventiva.
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de intervenção encontra-se eivado de
vício quanto
a) ao objeto.
b) ao motivo.
c) à finalidade.
d) à competência.
e) à forma.

12. Ano: 2019Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo
A doutrina do Direito Administrativo distingue duas espécies de atos administrativos:
os vinculados e os discricionários. O que os distingue é a ausência, nos atos vinculados,
do seguinte aspecto, presente nos atos discricionários:
a) competência.
b) mérito.
c)forma.
d)finalidade.
e) motivo.

13. Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEAP-GO Prova: Agente de Segurança Prisional
J. F. C. e L. C. O., agentes de segurança prisional recém-empossados, receberam ofício da Vara
Criminal do Tribunal de Justiça local, situado em Goiânia/GO, para que seja providenciada a
escolta de C. M. V., detento que se encontra no estabelecimento prisional de Catalão/GO.
Preocupado com o tempo para o deslocamento, J. F. C. “convenceu” L. C. O. a levar o detento C.
M. V. o quanto antes, sem a autorização da chefia imediata, responsável legal pela confecção da
guia de traslado do detento, elaborando ele mesmo a guia. Nesse contexto, o ato administrativo
contém vício de
a) competência.
b) conteúdo.
c) forma.
d) finalidade.
e) estrutura.

MUDE SUA VIDA!


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14. Ano: 2019 Banca: Dédalus Concursos Órgão: SAAE-SP Prova: Assistente Administrativo
A punição sumária de servidor público, sem que se tenha instaurado o necessário
processo disciplinar com a garantia da ampla defesa e do contraditório, é um exemplo
de vício no seguinte elemento do ato administrativo:
a) Forma, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento previsto em lei
como necessário.
b) Finalidade, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento previsto em
lei como necessário.
c) Objeto, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento previsto em lei
como necessário.
d) Objeto, que poderá ensejar a convalidação do ato, por não se tratar de procedimento
previsto em lei como necessário.
e) Motivo, que poderá ensejar a convalidação do ato, por não se tratar de procedimento
previsto em lei como necessário.

15. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: Auditor Fiscal da Receita Estadual -
Bloco II
Caso uma autoridade da administração pública, como forma de punição, determine, de
ofício, a remoção de um agente público com quem tenha tido desavenças
anteriormente, o ato administrativo em questão revelará vício
a) no motivo, sendo passível de convalidação.
b) na competência, sendo passível de convalidação.
c) na forma, sendo inviável a convalidação.
d) na finalidade, sendo inviável a convalidação.
e) na competência, sendo inviável a convalidação.

MUDE SUA VIDA!


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16. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo
Determinada empresa obteve licença do órgão ambiental competente para instalação
de uma planta industrial em determinada localidade do Estado. Todavia, fiscais do
órgão ambiental constataram que a referida empresa não adotou nenhuma das
providências recomendadas, iniciando a execução das atividades industriais sem a
obtenção da licença de operação necessária. Em vista dessa situação irregular, os
fiscais propõem à chefia do órgão ambiental a extinção da licença de instalação
concedida. O ato administrativo a ser emitido, no caso, é uma
a) cassação.
b) anulação.
c) revogação.
d) perempção.
e) ratificação.

17. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-MA Prova: Analista Ministerial - Administrador
A confirmação do ato administrativo pode ser definida como:
a) Renúncia ao poder da administração de anular um ato ilegal, podendo se dar na
hipótese da anulação poder causar prejuízo maior que a manutenção do mesmo e
desde que não haja prejuízo a terceiros.
b) A necessária ratificação de todos os atos administrativos eivados de vício de
finalidade.
c) Expressão do poder hierárquico, que consiste na necessidade da autoridade superior
validar todos os atos praticados por seus subordinados.
d) A declaração de inconsistência de determinado ato, possibilitando até mesmo sua
anulação ou revogação por motivos de conveniência e oportunidade.
e) A correção de determinado vício do ato, a fim de recompor eventuais prejuízos a
terceiros ou à Administração Pública.

MUDE SUA VIDA!


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18. Ano: 2018Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP)Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
Suponha que determinada autoridade pública tenha concedido a particular permissão
de uso de “box” em um Mercado Municipal. Posteriormente, foi constatado que a
autoridade que praticou o ato não detinha a competência legal e tampouco houve
delegação para a sua prática. Diante de tal situação, o ato em questão

a) é nulo, devendo ser revogado administrativa ou judicialmente.

b) é passível de convalidação pela autoridade competente.

c)pode ser mantido, pela mesma autoridade, se verificado o interesse público na sua
edição.

d) não é passível de ratificação, dado o seu caráter discricionário, sendo nulo de pleno
direito.

e) ostenta vício de competência, insanável por se tratar de ato vinculado, cuja


competência é sempre indelegável.

19. Ano: 2019Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho – PE Prova:
Procurador Municipal
No que se refere às formas de extinção do ato administrativo, assinale a alternativa
incorreta.

a) Caducidade é a extinção que decorre do advento de nova legislação que impede a


permanência do ato

b) Contraposição é a extinção de um ato administrativo válido em decorrência da edição


de um outro ato posterior cujos efeitos são opostos

c) Revogação é a extinção que se em razão do juízo de oportunidade e conveniência do


administrador

d) Cassação é a extinção que ocorre devido a ilegalidade do ato

MUDE SUA VIDA!


7
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20. Ano: 2019Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de São Bento do Sul – SC Prova:
Fiscal de Tributos
Ato administrativo é a exteriorização da vontade dos agentes da Administração Pública
ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público. A respeito da
extinção do ato administrativo, assinale a alternativa correta.

a) Anulação ou invalidação é a extinção de um ato ilegal, determinada pela


Administração ou pelo Judiciário, com eficácia retroativa – ex tunc.

b) A convalidação é uma forma de suprir defeitos leves do ato administrativo para


preservar sua eficácia e implica na sua extinção a curto prazo.

c) A revogação é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorre quando o


administrado deixa de preencher condição necessária para permanência da vantagem.

d) A anulação consiste na extinção do ato administrativo em consequência da


sobrevinda de norma legal, proibindo situação que o ato autorizava. Assim, funciona
como uma anulação por causa superveniente.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. CERTO
4. ERRADO
5. CERTO
6. ERRADO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. E
12. B
13. A
14. A
15. D
16. A
17. A
18. B
19. D
20. A

MUDE SUA VIDA!


9
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QUESTÕES COMENTADAS

1. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Prova: Analista de Gestão - Julgamento
Com relação aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento do vício de
competência por meio da ratificação do ato pela autoridade competente.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento


do vício de competência por meio da ratificação do ato pela autoridade
competente.
Gabarito certo. Quando o vício seja sanável ou convalidável, caracteriza-se
hipótese de nulidade relativa; caso contrário, a nulidade é absoluta. Cumpre, pois,
examinar quando é possível o saneamento ou convalidação.

SOLUÇÃO COMPLETA

Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento


do vício de competência por meio da ratificação do ato pela autoridade
competente.
Gabarito certo. Analisando o enunciado da questão, primeiro temos que
entender o que seria a convalidação. Convalidar seria consertar, tirar o erro existente
em um ato administrativo. Devemos também ter ciência de que só cabe convalidação
em atos viciados na competência e também na forma, segundo doutrina majoritária.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos ensina que CONVALIDAÇÃO OU
SANEAMENTO é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um
ato ilegal, com efeitos retroativos (EX TUNC) à data em que este foi praticado. Ela
é feita, em regra, pela Administração, mas eventualmente poderá ser feita pelo
administrado, quando a edição do ato dependia da manifestação de sua vontade e a
exigência não foi observada. Este pode emiti-la posteriormente, convalidando o ato.

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2. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGM - Campo Grande – MS Prova: Procurador Municipal
Acerca de atos administrativos, julgue o item que se segue.
A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os
torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder
Judiciário
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A administração pública poderá revogar atos administrativos que


possuam vício que os torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha
sido determinado pelo Poder Judiciário
Afirmativa errada, pois, quando um ato possui um defeito, ou seja, um vício
que faça com que eles sejam ilegais, não cabe a chamada revogação porque esta é
reservada aos atos legais e discricionários.

SOLUÇÃO COMPLETA

A administração pública poderá revogar atos administrativos que


possuam vício que os torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha
sido determinado pelo Poder Judiciário
Afirmativa errada, pois o enunciado da questão peca ao dizer que a
Administração Pública poderá revogar atos administrativos que possuam um vício
que os tornem ilegais. Um ato administrativo ilegal só poderá ser ANULADO ou caso
o defeito do ato seja em uma COMPETÊNCIA não exclusiva ou no elemento FORMA
que não seja essencial a prática do ato, este poderá ser convalidado, ou seja,
suprimido o defeito do ato.
A chamada REVOGAÇÃO só será possível em atos que sejam legais, ou seja,
estejam de acordo com a lei e ainda sejam discricionários (que são os atos em que
a Administração Pública possui a conveniência e a oportunidade de praticá-los ou
não, são aqueles em que a máquina pública possui a chamada margem de escolha.
Já a ANULAÇÃO, que alguns preferem chamar de invalidação, é o
desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade.

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3. Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista Legislativo -
Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira

Julgue o item seguinte, acerca dos atos administrativos.

Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo discricionário válido, a


administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência,
respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo


discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de
oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato
até o momento.
Gabarito certo. Nessa questão, temos o entendimento consolidado do Supremo
Tribunal Federal na súmula 473. Vale dizer que a revogação possui efeito ex nunc,
ou seja, serão preservados os efeitos produzidos até o momento do ato porque seus
efeitos foram pautados na lei.

SOLUÇÃO COMPLETA

Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo


discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de
oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato
até o momento.
Gabarito certo. Nessa questão, temos o entendimento consolidado do Supremo
Tribunal Federal na súmula 473. Vale dizer que a revogação possui efeito ex nunc,
ou seja, serão preservados os efeitos produzidos até o momento do ato porque seus
efeitos foram pautados na lei.

SÚMULA 473

“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Segue lição da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

REVOGAÇÃO é o ato administrativo discricionário pelo qual a Administração


extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência.

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Como a revogação atinge um ato que foi editado em conformidade com a lei,
ela não retroage; os seus efeitos se produzem a partir da própria revogação; são
feitos ex nunc (a partir de agora).
Quer dizer que a revogação respeita os efeitos já produzidos pelo ato,
precisamente pelo fato de ser este válido perante o direito.
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 541)

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR Prova: Auxiliar Administrativo I


No que concerne às formas de extinção dos atos administrativos, julgue o item
A caducidade dá‐se quando o objeto ou o sujeito destinatário do ato administrativo,
não sendo o direito transmissível, desaparece.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A caducidade dá‐se quando o objeto ou o sujeito destinatário do ato


administrativo, não sendo o direito transmissível, desaparece.
Afirmativa errada, pois a CADUCIDADE é a retirada do ato em razão de nova
norma jurídica que tornou inadmissível a situação que antes era permitida. Ex.:
caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face
da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível.

SOLUÇÃO COMPLETA

A caducidade dá‐se quando o objeto ou o sujeito destinatário do ato


administrativo, não sendo o direito transmissível, desaparece.
Afirmativa errada, pois a CADUCIDADE ocorre quando uma nova legislação
impede a permanência da situação anteriormente consentida pelo poder público.
Surge uma nova norma jurídica que contraria aquela que respaldava a prática do ato.
O ato, que passa a contrariar a nova legislação, extingue-se.

O Prof. José dos Santos Carvalho Filho cita o seguinte exemplo: "uma
pem1issão para uso de um bem público; se, supervenientemente, é editada lei que
proíbe tal uso privativo por particular, o ato anterior, de natureza precária, sofre
caducidade, extinguindo-se".

Outro exemplo é apresentado pela Prof. Maria Sylvia Di Pietro: "a


caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face
da nova lei de zoneamento, tomou-se incompatível com aquele tipo de uso".

O que temos, de acordo com o enunciado da questão, é o desfazimento do ato


administrativo chamado de EXTINÇÃO IPSO IURE pelo desaparecimento do

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sujeito ou do objeto: o ato administrativo é praticado em relação a pessoas ou


bens. Desaparecendo um desses elementos, o ato extingue-se automaticamente.
Exemplos: promoção de servidor extinta com seu falecimento; licença para reformar
imóvel extinta com o desabamento do prédio.

5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Técnico do MPU - Administração
No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item seguinte.
A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que
perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou
oportuno.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda


que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar
conveniente ou oportuno.
Gabarito certo. A revogação é o instrumento jurídico através do qual a
Administração Pública promove a retirada de um ato administrativo legal e
discricionário por razões de conveniência e oportunidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda


que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar
conveniente ou oportuno.
Gabarito certo. Para aprofundarmos o assunto e respaldar o gabarito da
questão, temos que saber qual é a diferença de um ato vinculado e um ato
discricionário:

• Os ATOS VINCULADOS são aqueles onde a lei estabelece condições e


requisitos legais para a sua realização, a Administração Pública atuará sem liberdade,
mas dentro dos limites legais impostos por lei. Ex.: aposentadoria e licença para o
particular.

• Os ATOS DISCRICIONÁRIOS são aqueles nos quais a Administração


Pública tem liberdade de ação. É ela que escolhe seu mérito, seu conteúdo, seus
destinatários no momento de sua conveniência e oportunidade e o modo de sua
realização. Ex.: permissões e autorizações.
Cumpre salientar que os atos vinculados não podem ser revogados,
precisamente porque nestes não há os aspectos concernentes à oportunidade e
conveniência; se a Administração não tem liberdade para apreciar esses aspectos no
momento da edição do ato, também não poderá apreciá-los posteriormente.

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Agora vamos para a segunda parte da explicação, pois temos de diferenciar os


institutos da anulação e da revogação:

• A ANULAÇÃO é a declaração de invalidade de um ato administrativo


ILEGÍTIMO ou ILEGAL, feita pela ADMINISTRAÇÃO ou pelo PODER JUDICIÁRIO por
motivo de Ilegitimidade ou Ilegalidade.
Possui o chamado EFEITO EX TUNC, ou seja, retroage até o nascimento do Ato.
Pode ser feita pela própria ADMINISTRAÇÃO através do controle de legalidade
pautado no poder de autotutela do Estado. É uma justiça interna, exercida para a
defesa da instituição e da legalidade de seus atos.
Também pode ser feita pelo PODER JUDICIÁRIO, através do controle de
legalidade, DESDE QUE haja provocação, ou seja, desde que sejam levados à sua
apreciação pelos meios processuais cabíveis. Aqui não existe a autotutela, pois o ato
está sendo anulado por outro Poder.

• A REVOGAÇÃO é a retirada de um ato administrativo legítimo e eficaz do


mundo fático, tem fundamento no poder discricionário de que dispõe a Administração
e que SOMENTE a própria ADMINISTRAÇÃO pode realizar, por motivo de sua
conveniência e oportunidade, sendo por isso PRIVATIVA da Administração. Ou seja,
o judiciário não pode revogar um ato praticado por outro poder, e seu EFEITO é
conhecido como EX NUNC.

De acordo com o professor José dos Santos Carvalho Filho, A REVOGAÇÃO


vem exatamente ao encontro da necessidade que tem a Administração de ajustar os
atos administrativos às realidades que vão surgindo em decorrência da alteração das
relações sociais.

6. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 13ª Região (BA-SE) Prova: Assistente
Administrativo
Acerca dos atos administrativos, julgue o item que se segue.
A anulação do ato administrativo só poderá ocorrer judicialmente.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A anulação do ato administrativo só poderá ocorrer judicialmente.


Afirmativa errada, pois a própria súmula 346 e também a súmula 473 do
Supremo Tribunal Federal dizem o contrário do enunciado desta questão. Hoje a
própria Administração Pública pode anular um ato eivado de vício pautado no
princípio da autotutela.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A anulação do ato administrativo só poderá ocorrer judicialmente.


Afirmativa errada, pois a própria súmula 346 e também a súmula 473 do
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL dizem o contrário do enunciado desta questão. Hoje
a própria Administração Pública pode anular um ato eivado de vício pautado no
princípio da autotutela.

SÚMULA 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.”

SÚMULA 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Segundo ensinamentos do professor Alexandre Mazza, o princípio da


AUTOTUTELA consagra o controle interno que a Administração Pública exerce sobre
seus próprios atos. Como consequência da sua independência funcional (art. 2º da
CF), a Administração não precisa recorrer ao Judiciário para anular seus atos
ilegais e revogar os atos inconvenientes que pratica. Consiste no poder-dever
de retirada de atos administrativos por meio da anulação e da revogação. A anulação
envolve problema de legalidade, a revogação trata de mérito do ato.
(Manual De Direito Administrativo; 9ª edição; Alexandre Mazza; p. 207)

7. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia


A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item.
Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e
produzem efeitos prospectivos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com


defeitos e produzem efeitos prospectivos.
Afirmativa errada, pois a ANULAÇÃO tem a capacidade de retirar do mundo jurídico os
atos que possuem defeitos ou vícios quanto à sua legalidade, e a REVOGAÇÃO só tem a
capacidade de retirar do mundo jurídico os atos que sejam legais. Outro erro é dizer que tanto
a anulação como a revogação possuem efeitos prospectivos pois anulação possui efeito
retrospectivo.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com


defeitos e produzem efeitos prospectivos.
Afirmativa errada, pois a ANULAÇÃO tem a capacidade de retirar do mundo
jurídico os atos que possuem defeitos ou vícios quanto à sua legalidade e possui o
chamado EFEITO EX TUNC, ou seja, retroage até o nascimento do Ato. No tocante
ao instituto da REVOGAÇÃO, esta só tem a capacidade de retirar do mundo jurídico
os atos que sejam legais e discricionários, seu EFEITO é conhecido como EX NUNC
termo que significa “a partir de agora”.
Ou seja, a anulação tem efeitos retroativos ou retrospectivos enquanto na
revogação os efeitos são a partir da retirada do ato do mundo jurídico, ou seja, o
efeito é prospectivo.
Segue o entendimento do professor José Dos Santos Carvalho Filho:

“Ora, se o ato revogado tinha validade, o ato de revogação só pode produzir


efeitos ex nunc, ou seja, a partir de sua vigência, de modo que os efeitos produzidos
pelo ato revogado devem ser inteiramente respeitados. Atua para o futuro,
“mantendo intangidos os efeitos passados e produzidos do ato revogado”,
como corretamente averba estudioso sobre o assunto”.
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição (2019) - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 279)

8. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível
Superior (+ provas)
Acerca dos atos e dos contratos administrativos, julgue o item que segue.
Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para atingir fim diverso
daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o ato administrativo em
razão do mau uso da discricionariedade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para atingir


fim diverso daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o
ato administrativo em razão do mau uso da discricionariedade.
Afirmativa errada, pois o Poder judiciário não tem a capacidade de revogar um
ato administrativo, o único controle que o judiciário pode fazer sobre o ato
administrativo é o controle de legalidade, ou seja, analisar se ele foi praticado de
acordo com a lei. O controle de mérito fica reservado à própria administração pública
que praticou o referido ato.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para atingir


fim diverso daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o
ato administrativo em razão do mau uso da discricionariedade.
Afirmativa errada, pois o poder judiciário não possui a capacidade de revogar
um ato praticado por outro poder. Revogar significa controlar o mérito (conveniência
e oportunidade) da prática de um ato administrativo discricionário e legal e exercer
o controle de mérito é vedado ao judiciário.
O que o judiciário pode fazer em relação a ato administrativo praticado por
outro poder é o controle de legalidade que tem por significado analisar se esse ato
está de acordo com a lei. Encontrando um ato ilegal, o judiciário terá a capacidade
de anular um ato administrativo e não revogá-lo.

9. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência - Área 2
Com relação aos atos administrativos discricionários e vinculados, julgue o item que se
segue.
Tendo tomado conhecimento de que um ato vinculado possua vício que o torne ilegal, a
administração deve revogar tal ato, independentemente de determinação do Poder
Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Tendo tomado conhecimento de que um ato vinculado possua vício que


o torne ilegal, a administração deve revogar tal ato, independentemente de
determinação do Poder Judiciário.
Afirmativa errada.

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10. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência
No que tange aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
Uma diferença entre a revogação e a anulação de um ato administrativo é a de que a
revogação é medida privativa da administração, enquanto a anulação pode ser
determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário, não sendo, nesse caso,
necessária a provocação do interessado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Uma diferença entre a revogação e a anulação de um ato administrativo


é a de que a revogação é medida privativa da administração, enquanto a
anulação pode ser determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário,
não sendo, nesse caso, necessária a provocação do interessado.
Afirmativa errada.

11. Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: MPE-CE Prova: Promotor de Justiça de Entrância Inicial
Com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço e o fiel cumprimento das
normas previstas em contrato de concessão de serviço público, o poder público
concedente, mesmo sem autorização judicial, interveio na concessão por meio de
resolução que previu a designação de interventor, o prazo da intervenção e os
objetivos e limites da medida interventiva.
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de intervenção encontra-se eivado de
vício quanto
a) ao objeto.
b) ao motivo.
c) à finalidade.
d) à competência.
e) à forma.

GABARITO LETRA E

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) ao objeto.
b) ao motivo.
c) à finalidade.
d) à competência.
e) à forma

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12. Ano: 2019Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo
A doutrina do Direito Administrativo distingue duas espécies de atos administrativos:
os vinculados e os discricionários. O que os distingue é a ausência, nos atos vinculados,
do seguinte aspecto, presente nos atos discricionários:
a) competência.
b) mérito.
c)forma.
d)finalidade.
e) motivo.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) competência.
b) mérito.
c)forma.
d)finalidade.
e) motivo.

13. Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEAP-GO Prova: Agente de Segurança Prisional
J. F. C. e L. C. O., agentes de segurança prisional recém-empossados, receberam ofício da
Vara Criminal do Tribunal de Justiça local, situado em Goiânia/GO, para que seja
providenciada a escolta de C. M. V., detento que se encontra no estabelecimento
prisional de Catalão/GO. Preocupado com o tempo para o deslocamento, J. F. C.
“convenceu” L. C. O. a levar o detento C. M. V. o quanto antes, sem a autorização da
chefia imediata, responsável legal pela confecção da guia de traslado do detento,
elaborando ele mesmo a guia. Nesse contexto, o ato administrativo contém vício de
a) competência.
b) conteúdo.
c) forma.
d) finalidade.
e) estrutura.

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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) competência.
b) conteúdo.
c) forma.
d) finalidade.
e) estrutura.

14. Ano: 2019 Banca: Dédalus Concursos Órgão: SAAE-SP Prova: Assistente Administrativo
A punição sumária de servidor público, sem que se tenha instaurado o necessário
processo disciplinar com a garantia da ampla defesa e do contraditório, é um exemplo
de vício no seguinte elemento do ato administrativo:
a) Forma, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento previsto
em lei como necessário.
b) Finalidade, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento previsto em
lei como necessário.
c) Objeto, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento previsto em lei
como necessário.
d) Objeto, que poderá ensejar a convalidação do ato, por não se tratar de procedimento
previsto em lei como necessário.
e) Motivo, que poderá ensejar a convalidação do ato, por não se tratar de procedimento
previsto em lei como necessário.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Forma, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento


previsto em lei como necessário.
b) Finalidade, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de
procedimento previsto em lei como necessário.
c) Objeto, que enseja a anulação do ato, por tratar-se de procedimento
previsto em lei como necessário.
d) Objeto, que poderá ensejar a convalidação do ato, por não se tratar
de procedimento previsto em lei como necessário.
e) Motivo, que poderá ensejar a convalidação do ato, por não se tratar
de procedimento previsto em lei como necessário.

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15. Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: Auditor Fiscal da Receita Estadual -
Bloco II
Caso uma autoridade da administração pública, como forma de punição, determine, de
ofício, a remoção de um agente público com quem tenha tido desavenças
anteriormente, o ato administrativo em questão revelará vício
a) no motivo, sendo passível de convalidação.
b) na competência, sendo passível de convalidação.
c) na forma, sendo inviável a convalidação.
d) na finalidade, sendo inviável a convalidação.
e) na competência, sendo inviável a convalidação.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) no motivo, sendo passível de convalidação.


b) na competência, sendo passível de convalidação.
c) na forma, sendo inviável a convalidação.
d) na finalidade, sendo inviável a convalidação.
e) na competência, sendo inviável a convalidação.

16. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Assistente Técnico de Defensoria -
Assistente Técnico Administrativo
Determinada empresa obteve licença do órgão ambiental competente para instalação
de uma planta industrial em determinada localidade do Estado. Todavia, fiscais do
órgão ambiental constataram que a referida empresa não adotou nenhuma das
providências recomendadas, iniciando a execução das atividades industriais sem a
obtenção da licença de operação necessária. Em vista dessa situação irregular, os
fiscais propõem à chefia do órgão ambiental a extinção da licença de instalação
concedida. O ato administrativo a ser emitido, no caso, é uma
a) cassação.
b) anulação.
c) revogação.
d) perempção.
e) ratificação.

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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) cassação.
b) anulação.
c) revogação.
d) perempção.
e) ratificação.

17. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: MPE-MA Prova: Analista Ministerial - Administrador
A confirmação do ato administrativo pode ser definida como:
a) Renúncia ao poder da administração de anular um ato ilegal, podendo se dar
na hipótese da anulação poder causar prejuízo maior que a manutenção do
mesmo e desde que não haja prejuízo a terceiros.
b) A necessária ratificação de todos os atos administrativos eivados de vício de
finalidade.
c) Expressão do poder hierárquico, que consiste na necessidade da autoridade superior
validar todos os atos praticados por seus subordinados.
d) A declaração de inconsistência de determinado ato, possibilitando até mesmo sua
anulação ou revogação por motivos de conveniência e oportunidade.
e) A correção de determinado vício do ato, a fim de recompor eventuais prejuízos a
terceiros ou à Administração Pública.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Renúncia ao poder da administração de anular um ato ilegal,


podendo se dar na hipótese da anulação poder causar prejuízo maior que a
manutenção do mesmo e desde que não haja prejuízo a terceiros.
b) A necessária ratificação de todos os atos administrativos eivados de
vício de finalidade.
c) Expressão do poder hierárquico, que consiste na necessidade da
autoridade superior validar todos os atos praticados por seus subordinados.
d) A declaração de inconsistência de determinado ato, possibilitando
até mesmo sua anulação ou revogação por motivos de conveniência e
oportunidade.
e) A correção de determinado vício do ato, a fim de recompor eventuais
prejuízos a terceiros ou à Administração Pública.

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18. Ano: 2018Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP)Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
Suponha que determinada autoridade pública tenha concedido a particular permissão
de uso de “box” em um Mercado Municipal. Posteriormente, foi constatado que a
autoridade que praticou o ato não detinha a competência legal e tampouco houve
delegação para a sua prática. Diante de tal situação, o ato em questão

a) é nulo, devendo ser revogado administrativa ou judicialmente.

b) é passível de convalidação pela autoridade competente.

c)pode ser mantido, pela mesma autoridade, se verificado o interesse público na sua
edição.

d) não é passível de ratificação, dado o seu caráter discricionário, sendo nulo de pleno
direito.

e) ostenta vício de competência, insanável por se tratar de ato vinculado, cuja


competência é sempre indelegável.
GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) é nulo, devendo ser revogado administrativa ou judicialmente.

b) é passível de convalidação pela autoridade competente.

c)pode ser mantido, pela mesma autoridade, se verificado o interesse


público na sua edição.

d) não é passível de ratificação, dado o seu caráter discricionário,


sendo nulo de pleno direito.

e) ostenta vício de competência, insanável por se tratar de ato


vinculado, cuja competência é sempre indelegável.

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19. Ano: 2019Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho – PE Prova:
Procurador Municipal
No que se refere às formas de extinção do ato administrativo, assinale a alternativa
incorreta.

a) Caducidade é a extinção que decorre do advento de nova legislação que impede a


permanência do ato

b) Contraposição é a extinção de um ato administrativo válido em decorrência da edição


de um outro ato posterior cujos efeitos são opostos

c) Revogação é a extinção que se em razão do juízo de oportunidade e conveniência do


administrador

d) Cassação é a extinção que ocorre devido a ilegalidade do ato

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Caducidade é a extinção que decorre do advento de nova legislação


que impede a permanência do ato

b) Contraposição é a extinção de um ato administrativo válido em


decorrência da edição de um outro ato posterior cujos efeitos são opostos

c) Revogação é a extinção que se em razão do juízo de oportunidade e


conveniência do administrador

d) Cassação é a extinção que ocorre devido a ilegalidade do ato

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20. Ano: 2019Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de São Bento do Sul – SC Prova:
Fiscal de Tributos
Ato administrativo é a exteriorização da vontade dos agentes da Administração Pública
ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público. A respeito da
extinção do ato administrativo, assinale a alternativa correta.

a) Anulação ou invalidação é a extinção de um ato ilegal, determinada pela


Administração ou pelo Judiciário, com eficácia retroativa – ex tunc.

b) A convalidação é uma forma de suprir defeitos leves do ato administrativo para


preservar sua eficácia e implica na sua extinção a curto prazo.

c) A revogação é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorre quando o


administrado deixa de preencher condição necessária para permanência da vantagem.

d) A anulação consiste na extinção do ato administrativo em consequência da


sobrevinda de norma legal, proibindo situação que o ato autorizava. Assim, funciona
como uma anulação por causa superveniente.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Anulação ou invalidação é a extinção de um ato ilegal, determinada


pela Administração ou pelo Judiciário, com eficácia retroativa – ex tunc.

b) A convalidação é uma forma de suprir defeitos leves do ato


administrativo para preservar sua eficácia e implica na sua extinção a curto
prazo.

c) A revogação é a modalidade de extinção do ato administrativo que


ocorre quando o administrado deixa de preencher condição necessária para
permanência da vantagem.

d) A anulação consiste na extinção do ato administrativo em


consequência da sobrevinda de norma legal, proibindo situação que o ato
autorizava. Assim, funciona como uma anulação por causa superveniente.

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREA-GO Prova: Analista - Advogado
Acerca dos princípios da Administração Pública e dos atos administrativos, julgue o item.

A aposentadoria do servidor público configura‐se como ato administrativo complexo.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça - Matutina
A aposentadoria compulsória de membro do Ministério Público que completa 75 (setenta
e cinco) anos de idade é um ato administrativo vinculado.
Certo ( ) Errado ( )

3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
A respeito do ato administrativo punitivo, julgue o item.
Não caracteriza ato punitivo a destruição de substâncias ou objetos nocivos ao consumo
ou de uso proibido por lei apreendidos pela Administração Pública.
Certo ( ) Errado ( )

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.
O ato administrativo negocial ocorre quando a manifestação de vontade da Administração
Pública coincide com a do particular.
Certo ( ) Errado ( )

5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo enunciativo resulta da soma de vontades de dois ou mais órgãos para
a formação de um único ato.
Certo ( ) Errado ( )

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6. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

Dentro dos limites legais, o ato administrativo vinculado permite ao administrador fazer
juízo de valor.
Certo ( ) Errado ( )

7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo composto estipula regras para dar fiel cumprimento à lei.
Certo ( ) Errado ( )

8. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo ordinatório aplica punição aos servidores ou usuários do serviço


público.
Certo ( ) Errado ( )

9. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-GO Prova: Agente Administrativo (+ provas)
A respeito do conteúdo dos atos administrativos em espécie, julgue o item.

A licença é ato administrativo discricionário, a partir do qual a Administração, exercendo


poder de polícia, autoriza o desempenho de determinadas atividades pelos particulares.
Certo ( ) Errado ( )

10. Ano: 2019Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador
No que se refere a atos administrativos, julgue o item a seguir

A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo


qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre
na homologação de procedimento licitatório.
Certo ( ) Errado ( )

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11. Ano: 2019 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Pinto Bandeira – RS Prova: Auxiliar
Administrativo
Sobre atos administrativos externos, assinalar a alternativa CORRETA:

a) Produzem efeitos somente no âmbito da Administração Pública.

b) Atingem administrados em geral, criando direitos ou obrigações gerais ou individuais.

c) Não obrigam nem geram direitos para os administrados.

d) Não necessitam ser publicados em meio oficial.

12. Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: Assistente em Administração
Quanto a seus destinatários, os atos administrativos se classificam em

a) simples e compostos.

b) gerais e individuais.

c) fechados e abertos.

d) unilaterais e complexos.

e) internos e especiais.

13. Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-BA Prova: Assistente em Administração
De acordo com a classificação dos atos administrativos, aquele que é resultante da
vontade única de um órgão, mas que depende da verificação por parte de outro, para que
se torne exequível, é o ato
a) simples.

b) direto.

c) composto.

d) complexo.

e) suplementar.

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14. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: Técnico Judiciário – Área Administrativa
De acordo com a doutrina, os atos administrativos que possuem todas as suas condições
e requisitos estipulados por lei, prevendo uma única e obrigatória atuação administrativa,
são classificados como

a) complexos.

b) vinculados.

c) constitutivos.

d) declaratórios.

15. Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: CREMEB Prova: Técnico de Atividade de Suporte
[...] aqueles cuja vontade final da Administração exige a intervenção de agentes ou órgãos
diversos, havendo certa autonomia, ou conteúdo próprio, em cada uma das manifestações.
Exemplo: a investidura do Ministro do STF se inicia pela escolha do Presidente da
República; passa, após, pela aferição do Senado Federal; e culmina com a nomeação (art.
101, parágrafo único, CF).

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28a ed. São Paulo:
Atlas, 2015, p. 132, fragmento.

A definição apresentada refere-se aos atos

a) complexos.

b) de gestão.

c) compostos.

d) simples.

e) ampliativos.

16. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Escrivão de Polícia
Os atos administrativos, quanto ao grau de liberdade da Administração Pública para
decidir, podem ser

a) internos ou externos.

b) individuais ou gerais.

c) vinculados ou discricionários.

d) concretos ou abstratos.

e) simples ou complexos.

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17. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara – SP Prova: Consultor
Legislativo
Assinale a alternativa correta em relação aos Atos enunciativos.

a) Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos


administrados ou de servidores

b) Certificam ou atestam um fato, ou emitem opinião sobre determinado assunto, não se


vinculam a seu enunciado

c) Disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes

d) Contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do


particular

e) Punem e reprimem as infrações administrativas ou a conduta irregular do servidor


18. Ano: 2012Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: Técnico Ministerial - Área Administrativa
As “instruções” são atos administrativos:

a) normativos.

b) ordinatórios.

c) negociais.

d) enunciativos.

e) punitivos.

19. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRMV-GO Prova: Agente Fiscal
A licença e a permissão são atos administrativos

a) enunciativos.

b) negociais.

c) normativos.

d) punitivos.

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20. Ano: 2019 Banca: JBO Órgão: Câmara de Aparecida D' Oeste – SP Prova: Assessor
Legislativo
Sobre as espécies de Atos Administrativos, definimos ATOS NORMATIVOS, como:

a) Aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei

b) Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus


agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração.

c) Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a
vontade do particular.

d) Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre


determinado assunto.

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GABARITO
1. CERTO
2. CERTO
3. ERRADO
4. CERTO
5. ERRADO
6. ERRADO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. CERTO
11. B
12. B
13. C
14. B
15. A
16. C
17. B
18. B
19. B
20. A

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREA-GO Prova: Analista - Advogado
Acerca dos princípios da Administração Pública e dos atos administrativos, julgue o item.

A aposentadoria do servidor público configura‐se como ato administrativo complexo.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A aposentadoria do servidor público configura‐se como ato


administrativo complexo.
Gabarito certo. Ato administrativo complexo é o que se forma pela conjugação
da vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos diferentes
para a formação de um único ato. Ex.: aposentadoria do servidor e nomeação
para os ministros do Supremo Tribunal Federal.

SOLUÇÃO COMPLETA

A aposentadoria do servidor público configura‐se como ato


administrativo complexo.
Gabarito certo. Quanto à formação, o ato administrativo pode ser simples,
composto ou complexo. No caso específico da aposentadoria do servidor público,
temos um ato administrativo complexo, pois este tem como conceito ser aquele cuja
vontade final da Administração exige a intervenção de agentes ou órgãos
diversos, havendo certa autonomia, ou conteúdo próprio, em cada uma das
manifestações. Exemplo: a investidura do Ministro do STF se inicia pela escolha do
Presidente da República; passa, após, pela aferição do Senado Federal; e culmina
com a nomeação (art. 101, parágrafo único, CF). No caso da aposentadoria do
servidor público, temos a manifestação do órgão previdenciário do respectivo ente
federativo mais a manifestação do tribunal de contas. Segue abaixo a jurisprudência
do supremo tribunal federal sobre o tema.

JURISPRUDÊNCIA DO STF

1. Nos termos da jurisprudência do STF, o ato de concessão de


aposentadoria é complexo, aperfeiçoando-se somente após a sua apreciação pelo
Tribunal de Contas da União, sendo, desta forma, inaplicável o art. 54, da Lei
9.784/1999, para os casos em que o TCU examina a legalidade do ato de concessão
inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 2. Inexiste afronta ao princípio do
contraditório e da segurança jurídica quando a análise do ato de concessão de
aposentadoria, pensão ou reforma for realizada pelo TCU dentro do prazo de cinco
anos, contados da entrada do processo administrativo na Corte de Contas. 3. Os

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princípios do ato jurídico perfeito e da proteção ao direito adquirido não podem ser
oponíveis ao ato impugnado, porquanto a alteração do contexto fático implica
alteração dos fundamentos pelos quais o próprio direito se constitui. O STF adota o
entendimento de que a alteração de regime jurídico garante ao servidor o direito à
irredutibilidade dos proventos, mas não à manutenção do regime anterior.
[MS 31.704, rel. min. Edson Fachin, 1ª T, j. 19-4-2016, DJE 98 de 16-5-2016.]

2. Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça - Matutina
A aposentadoria compulsória de membro do Ministério Público que completa 75 (setenta
e cinco) anos de idade é um ato administrativo vinculado.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A aposentadoria compulsória de membro do Ministério Público que


completa 75 (setenta e cinco) anos de idade é um ato administrativo
vinculado.
Gabarito certo. O ato administrativo vinculado é aquele no qual a máquina
pública não possui margem de escolha. No tocante à aposentadoria compulsória,
temos sua obrigatoriedade estabelecida da própria Constituição Federal no inciso II
do § 1º do artigo 40 e também da lei complementar 152 de 2015 em seu artigo 2º.
O servidor público, ao se enquadrar os requisitos estabelecidos pela lei, não trará
escolha para administração para aposentado, e sim um dever; portanto, estamos
diante de um ato vinculado.

SOLUÇÃO COMPLETA

A aposentadoria compulsória de membro do Ministério Público que


completa 75 (setenta e cinco) anos de idade é um ato administrativo
vinculado.
Gabarito certo. O ato administrativo vinculado é aquele no qual a máquina
pública não possui margem de escolha. No tocante à aposentadoria compulsória,
temos sua obrigatoriedade estabelecida da própria Constituição Federal no inciso II
do § 1º do artigo 40 e também da lei complementar 152 de 2015 em seu artigo 2º.
O servidor público, ao se enquadrar os requisitos estabelecidos pela lei, não trará
escolha para administração para aposentado, e sim um dever; portanto, estamos
diante de um ato vinculado.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de


cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será


aposentado:

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos
de idade, na forma de lei complementar; (Vide Lei Complementar nº 152, de
2015)

LEI COMPLEMENTAR 152 DE 2015


Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;

II - os membros do Poder Judiciário;

III - os membros do Ministério Público;

IV - os membros das Defensorias Públicas;

V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.

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3. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
A respeito do ato administrativo punitivo, julgue o item.
Não caracteriza ato punitivo a destruição de substâncias ou objetos nocivos ao consumo
ou de uso proibido por lei apreendidos pela Administração Pública.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Não caracteriza ato punitivo a destruição de substâncias ou objetos


nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei apreendidos pela
Administração Pública.
Afirmativa errada, pois atos administrativos punitivos são os que contêm
uma sanção imposta pela Administração àqueles que infringem disposições legais,
regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos. Quando a vigilância
sanitária multa ou apreende, para posterior destruição, mercadorias que estejam fora
de validade ou irregulares estamos diante de um ato punitivo.

SOLUÇÃO COMPLETA

Não caracteriza ato punitivo a destruição de substâncias ou objetos


nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei apreendidos pela
Administração Pública.
Afirmativa errada, pois, quando a vigilância sanitária multa ou apreende, para
posterior destruição, mercadorias que estejam fora de validade ou irregulares,
estamos diante de um ato punitivo sim.
Segundo definição do Grande mestre Hely Lopes Meirelles, “atos
administrativos punitivos são os que contêm uma sanção imposta pela
Administração àqueles que infringem disposições legais, regulamentares ou
ordinatórias dos bens ou serviços públicos. Visam a punir e reprimir as infrações
administrativas ou a conduta irregular dos servidores ou dos particulares perante a
Administração.
Os atos administrativos punitivos, como facilmente se percebe, podem ser de
atuação interna e externa. Internamente, cabe à Administração punir
disciplinarmente seus servidores e corrigir os serviços defeituosos através de sanções
estatutárias; externamente, incumbe-lhe velar pela correta observância das
normas administrativas. Em ambos os casos as infrações ensejam punição, após
a apuração da falta em processo administrativo regular ou pelos meios sumários
facultados ao Poder Público.
Dentre os atos administrativos punitivos de atuação externa merecem destaque
a multa, a interdição de atividades e a destruição de coisas.”

O mestre Alexandre Mazza em seu Manual de direito administrativo traz os


seguintes exemplos de atos punitivos:

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“a) multa: constitui punição pecuniária imposta a quem descumpre disposições


legais ou determinações administrativas;

b) interdição de atividade: é a proibição administrativa do exercício de


determinada atividade;

c) destruição de coisas: é o ato sumário de inutilização de bens particulares


impróprios para consumo ou de comercialização proibida.”

4. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo negocial ocorre quando a manifestação de vontade da Administração


Pública coincide com a do particular.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O ato administrativo negocial ocorre quando a manifestação de


vontade da Administração Pública coincide com a do particular.
Gabarito certo. Conceito de ato administrativo negocial na visão do mestre
Hely Lopes Meirelles: ato administrativo negocial contém uma declaração de
vontade do Poder Público coincidente com a pretensão do particular, visando à
concretização de negócios jurídicos públicos ou à atribuição de ‘certos direitos ou
vantagens ao interessado’.

SOLUÇÃO COMPLETA

O ato administrativo negocial ocorre quando a manifestação de


vontade da Administração Pública coincide com a do particular.
Gabarito certo. Conceito de ato administrativo negocial na visão do mestre
Hely Lopes Meirelles: ato administrativo negocial contém uma declaração de
vontade do Poder Público coincidente com a pretensão do particular, visando à
concretização de negócios jurídicos públicos ou à atribuição de ‘certos direitos ou
vantagens ao interessado’.

A doutrina vai trazer os seguintes exemplos de atos NEGOCIAIS:

PERMISSÕES – É o ato discricionário e precário pelo qual o poder público


permite ao particular “a execução de serviços de interesse coletivo” ou “o uso especial
de bens públicos” podendo ser gratuito ou remunerado a critério da administração.

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AUTORIZAÇÕES – É ato discricionário e precatório pelo qual o poder público


torna possível ao pretendente de certa atividade e serviços ou utilização de
determinados bens particulares ou públicos.

LICENÇA – É ato vinculado e definitivo pelo qual o poder público faculta algo
interessado que atendeu a todas as exigências, o desempenho de atividades ou
realização de fatos materiais antes vedados ao particular.

APROVAÇÃO – É o ato pelo qual o poder verifica a legalidade e o mérito de


outro ato e de realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou
de particulares.

VISTO – É ato pelo qual o poder público controla outro ato da própria
administração, dando-lhe legitimidade formal para poder ser executado.

ADMISSÃO – É ato vinculado pelo qual o poder público defere determinada


situação jurídica de seu exclusivo interesse como ocorre no concurso de habilitação.

HOMOLOGAÇÃO – É ato de controle pelo qual a autoridade superior examina a


legalidade e a conveniência de um ato anterior praticado pela própria administração,
por outra entidade ou por particular para dar-lhe eficácia.

5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo enunciativo resulta da soma de vontades de dois ou mais órgãos para
a formação de um único ato.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O ato administrativo enunciativo resulta da soma de vontades de dois


ou mais órgãos para a formação de um único ato.
Afirmativa errada, pois o conceito apresentado na assertiva corresponde a um
ato complexo. Os atos enunciativos são todos aqueles em que a Administração se
limita a certificar ou a atestar um fato ou a emitir uma opinião sobre determinado
assunto, sem se vincular ao seu enunciado.

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SOLUÇÃO COMPLETA

O ato administrativo enunciativo resulta da soma de vontades de dois


ou mais órgãos para a formação de um único ato.
Afirmativa errada, pois apresentado na assertiva corresponde a um ato
complexo. Nas palavras do ilustre mestre Hely Lopes Meirelles, os atos
administrativos ENUNCIATIVOS são todos aqueles em que a Administração se limita
a certificar ou a atestar um fato ou emitir a uma opinião sobre determinado assunto,
sem se vincular ao seu enunciado. Dentre os atos mais comuns desta espécie,
merecem menção as certidões, os atestados e os pareceres administrativos. Eles
enunciam uma situação existente sem qualquer manifestação de vontade da
Administração. Só são atos administrativos em sentido formal, visto que
materialmente não contêm manifestação da vontade da Administração.

A doutrina vai trazer os seguintes exemplos de atos ENUNCIATIVOS:

CERTIDÕES – Certidões Administrativas são cópias fiéis e autenticadas de atos


ou fatos que constam em processos, livros ou documentos das repartições públicas.

ATESTADOS – Atestados Administrativos são atos pelos quais a Administração


Pública comprova o fato ou situação de que tenha conhecimento por órgãos
competentes.

APOSTILA – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior


criada por lei. Apostilar significa averbar, contar, registrar. Ex.: averbação de tempo
de serviço.

PARECERES – Pareceres Administrativos são manifestações de caráter


meramente opinativos feitos por órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração.

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6. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

Dentro dos limites legais, o ato administrativo vinculado permite ao administrador fazer
juízo de valor.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Dentro dos limites legais, o ato administrativo vinculado permite ao


administrador fazer juízo de valor.
Afirmativa errada, pois no tocante à classificação quanto ao regramento o ato
pode ser vinculado ou discricionário o ato em que a administração pode fazer um
juízo de valor corresponde ao ato discricionário e não vinculado.

SOLUÇÃO COMPLETA

Dentro dos limites legais, o ato administrativo vinculado permite ao


administrador fazer juízo de valor.
Afirmativa errada, estamos diante de uma característica inerente aos atos
discricionários. Nestes sim há uma valoração chamada de conveniência e
oportunidade, conhecido também como MÉRITO do ato administrativo. Quanto à
classificação em relação ao regramento, os atos administrativos poderão ser
vinculados ou discricionários.

ATOS VINCULADOS - são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos


e as condições de sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais
absorvem, quase que por completo, a liberdade do administrador, uma vez que sua
ação fica adstrita aos pressupostos estabelecidos pela norma legal para a validade
da atividade administrativa. Desatendido qualquer requisito, compromete-se a
eficácia do ato praticado, tomando-se passível de anulação pela própria
Administração, ou pelo Judiciário, se assim requerer o interessado.

ATOS DISCRICIONÁRIOS - são os que a Administração, autorizada pela lei,


pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. A rigor, a
discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas sim no poder de a
Administração praticá-lo pela maneira e nas condições que repute mais convenientes
ao interesse público.

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7. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo composto estipula regras para dar fiel cumprimento à lei.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O ato administrativo composto estipula regras para dar fiel


cumprimento à lei.
Afirmativa errada, pois estamos diante do conceito de ato administrativo
vinculado. ATO COMPOSTO, de acordo com a doutrina, é o que resulta da vontade
de um único órgão, mas depende da verificação e ratificação por parte de outro órgão
para se tornar possível de ser executado.

SOLUÇÃO COMPLETA

O ato administrativo composto estipula regras para dar fiel


cumprimento à lei.
Afirmativa errada, pois estamos diante do conceito de ato administrativo
vinculado. ATO COMPOSTO, de acordo com a doutrina, é o que resulta da vontade
de um único órgão, mas depende da verificação e ratificação por parte de outro órgão
para se tornar possível de ser executado.

Conceito de ato composto apresentado pela professora Maria Sylvia Zanella


Di Pietro:
“Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que
a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o ato principal.
Enquanto no ato complexo fundem-se vontades para praticar um ato só, no ato
composto, praticam-se dois atos, um principal e outro acessório; este último pode
ser pressuposto ou complementar daquele.”
(Direito Administrativo 32º Ed.; Maria Sylvia Zanella Di Pietro; p. 501)

Conceito de ato composto apresentado pelo Professor José dos Santos


Carvalho Filho:

“Já os atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora


múltiplas. Há, na verdade, uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio.
As demais são meramente instrumentais, porque se limitam à verificação de
legitimidade do ato de conteúdo próprio. Exemplo: um ato de autorização sujeito a
outro ato confirmatório, um visto.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho
Filho; p. 238)

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Conceito de ato composto apresentado pelo professor Alexandre Mazza:


“atos compostos são aqueles praticados por um único órgão, mas que
dependem da verificação, visto, aprovação, anuência, homologação ou “de acordo”
por parte de outro, como condição de exequibilidade. A manifestação do segundo
órgão é secundária ou complementar. Exemplos: auto de infração lavrado por fiscal
e aprovado pela chefia e ato de autorização sujeito a outro ato confirmatório”
(Manual de Direito Administrativo – 9ª edição - Alexandre Mazza; p. 507)

8. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Agente de
Orientação e Fiscalização
Quanto às espécies de ato administrativo, julgue o item.

O ato administrativo ordinatório aplica punição aos servidores ou usuários do serviço


público.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

O ato administrativo ordinatório aplica punição aos servidores ou


usuários do serviço público.
Afirmativa errada, pois os atos administrativos ordinatórios são os que visam a
disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
São provimentos, determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos
servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições.

SOLUÇÃO COMPLETA

O ato administrativo ordinatório aplica punição aos servidores ou


usuários do serviço público.
Afirmativa errada. Na verdade, são atos punitivos e não ordinatórios, pois os
atos administrativos ordinatórios, nas palavras do ilustre mestre Hely Lopes
Meirelles, são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a
conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou
esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim de orientá-los no
desempenho de suas atribuições.
Tais atos emanam do poder hierárquico, razão pela qual podem ser expedidos
por qualquer chefe de serviço aos seus subordinados, desde que o faça nos limites
de sua competência. Os atos ordinatórios da Administração só atuam no âmbito
interno das repartições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os
expediu. Não obrigam os particulares, nem os funcionários subordinados a outras
chefias. São atos inferiores à lei, ao decreto, ao regulamento e ao regimento.

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A doutrina traz os seguintes exemplos de ATOS ORDINATÓRIOS:

CIRCULARES – São ordens uniformes expedidas a determinados funcionários


incumbidos de certas tarefas ou atribuições em circunstâncias especiais.

OFÍCIOS – São comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre
subalternos e superiores e entre a Administração e o particular.

PORTARIAS – São atos internos pelos quais os chefes dos órgãos das
repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais aos seus
subordinados.

AVISOS – São atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos


referentes aos seus ministérios.

DESPACHOS – São decisões que as autoridades executivas ou legislativas e


judiciárias, em função administrativa, proferem em papéis, em requerimentos e em
processos que estiveram sujeitos à sua apreciação.

ORDENS DE SERVIÇO – São determinações especiais dirigidas aos responsáveis


por obras ou serviços públicos, autorizando seu início ou contendo imposições ou
especificações sobre o modo e a forma de sua realização.

INSTRUÇÕES – São ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de


execução de determinado serviço público expedida pelo superior hierárquico para
orientar os subalternos em suas atribuições.

9. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-GO Prova: Agente Administrativo (+ provas)
A respeito do conteúdo dos atos administrativos em espécie, julgue o item.

A licença é ato administrativo discricionário, a partir do qual a Administração, exercendo


poder de polícia, autoriza o desempenho de determinadas atividades pelos particulares.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A licença é ato administrativo discricionário, a partir do qual a


Administração, exercendo poder de polícia, autoriza o desempenho de
determinadas atividades pelos particulares.
Afirmativa errada, pois a licença não é um ato administrativo discricionário,
pelo contrário. Ela é ato vinculado e definitivo pelo qual o poder público faculta algo
interessado que atendeu a todas as exigências, o desempenho de atividades ou
realização de fatos materiais antes vedados ao particular.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A licença é ato administrativo discricionário, a partir do qual a


Administração, exercendo poder de polícia, autoriza o desempenho de
determinadas atividades pelos particulares.
Afirmativa errada. O conceito apresentado na questão se encaixa em
autorização, esta sim é discricionária. A licença é um ato vinculado, segue o conceito
apresentado pela doutrina acerca do referido ato:

Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “Licença é o ato administrativo


unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os
requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre licença e autorização,
acentua Cretella Júnior, é nítida, porque o segundo desses institutos envolve
interesse, caracterizando-se como ato discricionário, ao passo que a licença envolve
direitos, caracterizando-se como ato vinculado”.

Professor José dos Santos Carvalho Filho: “Podemos definir a licença


como o ato vinculado por meio do qual a Administração confere ao interessado
consentimento para o desempenho de certa atividade. 119 Não são todas as
atividades que reclamam a licença do Poder Público. Há, no entanto, algumas
atividades que o indivíduo só pode exercer de forma legítima se obtiver o necessário
ato administrativo de licença. Através da licença, o Poder Público exerce seu poder
de polícia fiscalizatório, verificando, em cada caso, se existem, ou não, óbices legais
ou administrativos para o desempenho da atividade reivindicada.”

Professor Hely Lopes Meirelles: “Licença é o ato administrativo vinculado


e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todas
as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos
materiais antes vedados ao particular, como, p. ex., o exercício de uma profissão, a
construção de um edifício em terreno próprio. A licença resulta de um direito
subjetivo do interessado, razão pela qual a Administração não pode negá-la quando
o requerente satisfaz todos os requisitos legais para sua obtenção, e, uma vez
expedida, traz á presunção de definitividade.”

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10. Ano: 2019Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador
No que se refere a atos administrativos, julgue o item a seguir

A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo


qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre
na homologação de procedimento licitatório.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a


posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um
ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório.
Gabarito certo. Não há muito que se explicar nesta questão pois o conceito
apresentado sobre a homologação se encaixa perfeitamente com que diz a doutrina,
o exemplo utilizado nesta assertiva, inclusive, está na obra da professora Maria
Sylvia Zanella Di Pietro.

SOLUÇÃO COMPLETA

A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a


posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um
ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório.
Gabarito certo. Não há muito que se explicar nesta questão pois o conceito
apresentado sobre a homologação se encaixa perfeitamente com que diz a doutrina.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro leciona que a HOMOLOGAÇÃO é o ato
unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de
um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de
legalidade, no que se distingue da aprovação. É o caso do ato da autoridade que
homologa o procedimento da licitação.

Na visão do professor José dos Santos Carvalho Filho, a homologação, a


seu turno, constitui manifestação vinculada, ou seja, praticado o ato, o agente por
ela responsável não tem qualquer margem de avaliação quanto à conveniência e
oportunidade da conduta. Ou bem procede à homologação, se tiver havido
legalidade, ou não o faz em caso contrário. Além do aspecto da vinculação do agente,
a homologação traz ainda outra distinção em relação à aprovação: contrariamente a
esta, a homologação só pode ser produzida a posteriori.

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11. Ano: 2019 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Pinto Bandeira – RS Prova: Auxiliar
Administrativo
Sobre atos administrativos externos, assinalar a alternativa CORRETA:

a) Produzem efeitos somente no âmbito da Administração Pública.

b) Atingem administrados em geral, criando direitos ou obrigações gerais ou individuais.

c) Não obrigam nem geram direitos para os administrados.

d) Não necessitam ser publicados em meio oficial.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Produzem efeitos somente no âmbito da Administração Pública.


Produzem efeitos somente no âmbito da Administração Pública. Afirmativa
errada, pois o professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que os atos externos
são os que produzem efeitos sobre terceiros. Exemplo: admissão, licença etc.

b) Atingem administrados em geral, criando direitos ou obrigações


gerais ou individuais.
Nosso gabarito. Na lição do professor HELY LOPES LEIRELLES, eles alcançam
os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores,
provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a
Administração.

c) Não obrigam nem geram direitos para os administrados.


Não obrigam nem geram direitos para os administrados. Afirmativa errada, pois
o professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que os atos externos são os que
produzem efeitos sobre terceiros. Exemplo: admissão, licença etc.

d) Não necessitam ser publicados em meio oficial.


Não necessitam ser publicados em meio oficial. Afirmativa errada, pois só
entram em vigor ou execução depois de divulgados pelo órgão oficial, dado o
interesse do público no seu conhecimento.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) Produzem efeitos somente no âmbito da Administração Pública.


Afirmativa errada. Este conceito guarda relação com os atos internos. Segundo
os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, os atos administrativos
INTERNOS são aqueles destinados a produzir efeitos somente no âmbito da
administração pública, atingindo diretamente apenas seus órgãos e agentes.

b) Atingem administrados em geral, criando direitos ou obrigações


gerais ou individuais.
Nosso gabarito. Essa questão é embasada na obra “Direito Administrativo
Descomplicado” dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, que
lecionam: “Os atos administrativos externos são aqueles que atingem os
administrados em geral, criando direitos ou obrigações gerais ou individuais,
declarando situações jurídicas etc.”.
(Direito Administrativo Descomplicado – 26ª edição - Vicente de Paulo e
Marcelo Alexandrino; p. 519)

O grande professor Hely Lopes Leirelles disserta a seguinte lição sobre o


tema:

“ATOS EXTERNOS -Atos administrativos externos, ou, mais propriamente, de


efeitos externos, são todos aqueles que alcançam os administrados, os
contratantes e, em certos casos, os próprios servidores, provendo sobre seus
direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração. Tais atos, pela
sua destinação, só entram em vigor ou execução depois de divulgados pelo órgão
oficial, dado o interesse do público no seu conhecimento. Consideram-se, ainda, atos
externos todas as providências administrativas que, embora não atingindo diretamente o
administrado, devam produzir efeitos fora da repartição que as adotou, como também as
que onerem a defesa ou o patrimônio público, porque não podem permanecer unicamente
na intimidade da Administração, quando repercutem nos interesses gerais da
coletividade. A publicidade de tais atos é princípio de legitimidade e moralidade
administrativa que se impõe tanto à Administração direta como à indireta, porque ambas
gerem bens e dinheiros públicos cuja guarda e aplicação todos devem conhecer e
controlar.”
(Direito Administrativo Brasileiro 2016; Hely Lopes Meirelles; p. 190)

c) Não obrigam nem geram direitos para os administrados.


Afirmativa errada, pois o objetivo dos atos externos é justamente o oposto. O
professor Hely Lopes Leirelles afirma que os atos externos são todos aqueles que
alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores,
provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração.

d) Não necessitam ser publicados em meio oficial.


Afirmativa errada, pois só entram em vigor ou execução depois de divulgados pelo
órgão oficial, dado o interesse do público no seu conhecimento. Os professores Marcelo
Alexandrino e Vicente Paulo afirmam que é condição de vigência e de eficácia dos atos
externos a publicação em meio oficial, antes da qual evidentemente não pode ser
presumido o seu conhecimento nem exigida a sua observância.

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12. Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: Assistente em Administração
Quanto a seus destinatários, os atos administrativos se classificam em

a) simples e compostos.

b) gerais e individuais.

c) fechados e abertos.

d) unilaterais e complexos.

e) internos e especiais.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

Quanto a seus destinatários, os atos administrativos se classificam em

a) simples e compostos.
simples e compostos. Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito à
FORMAÇÃO DO ATO.

b) gerais e individuais.
Nosso gabarito. ATO GERAL é aquele destinado a pessoas indeterminadas,
preservando as características de abstração, generalidade e impessoalidade.
Enquanto o ATO INDIVIDUAL, nesse caso, é produzido para atingir pessoas certas e
determinadas.

c) fechados e abertos.
fechados e abertos. Afirmativa errada, pois não existe essa classificação.

d) unilaterais e complexos.
unilaterais e complexos. Afirmativa errada, pois todo ato administrativo é
unilateral, independentemente de sua classificação, e o ato complexo diz respeito à
sua formação, e não ao destinatário.

e) internos e especiais.
internos e especiais. Afirmativa errada, pois ATO INTERNO diz respeito à
classificação QUANTO AO ALCANCE, em relação a ato especial não existe essa
classificação.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) simples e compostos.
Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito à FORMAÇÃO DO ATO.

ATO SIMPLES é o que resulta da manifestação de vontade de um único órgão


unipessoal ou colegiado. O que importa é a vontade unitária que expressam. Ex.:
Unitário (O despacho de um chefe de seção é ato simples). Colegiado (A decisão de
conselho de contribuintes).

ATO COMPOSTO é o que resulta da vontade de um único órgão, mas depende


da verificação e ratificação por parte de outro órgão para se tornar possível de ser
executado. Ex.: um ato de autorização sujeito a outro ato para confirmá-lo.

b) gerais e individuais.
Nosso gabarito. ATO GERAL é aquele destinado a pessoas indeterminadas,
preservando as características de abstração, generalidade e impessoalidade.
Enquanto o ATO INDIVIDUAL, nesse caso, o ato é produzido para atingir pessoas
certas e determinadas.

ATOS INDIVIDUAIS são aqueles que têm destinatário certo, específico.


Também são chamados de atos especiais.

ATOS GERAIS são aqueles sem destinatários (atingem a todos que se


encontram na mesma situação) com fim normativo ou ordinatório eles prevalecem
sobre os atos individuais que vêm da mesma autoridade. Esses atos dependem de
publicação em órgão oficial quando visam a ter efeitos externos.

c) fechados e abertos.
Afirmativa errada. Não há o que explicar aqui, pois não existe essa classificação.

d) unilaterais e complexos.
Afirmativa errada, pois todo ato administrativo é unilateral, independentemente
de sua classificação. A unilateralidade está no conceito de ato administrativo;

Conceito apresentado pelo professor Hely Lopes Leirelles:

“Ato administrativo é toda manifestação UNILATERAL de vontade da


Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir,
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações
aos administrados ou a si própria.”

No tocante ao ato complexo, sua classificação se dá quanto à sua formação, e


não ao destinatário.

ATO COMPLEXO é o que se forma pela conjugação da vontade de mais de um


órgão. É o concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação de um único
ato. Ex.: aposentadoria do servidor e nomeação para os ministros do Supremo
Tribunal Federal.

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e) internos e especiais.
Afirmativa errada, pois ATO INTERNO diz respeito à classificação QUANTO AO
ALCANCE. Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, os atos
administrativos INTERNOS são aqueles destinados a produzir efeitos somente no
âmbito da administração pública, atingindo diretamente apenas seus órgãos e
agentes.

Em relação a ato especial, não existe essa classificação.

13. Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-BA Prova: Assistente em Administração
De acordo com a classificação dos atos administrativos, aquele que é resultante da
vontade única de um órgão, mas que depende da verificação por parte de outro, para que
se torne exequível, é o ato

a) simples.

b) direto.

c) composto.

d) complexo.

e) suplementar.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) simples.
simples. Afirmativa errada, pois ato SIMPLES é o que resulta da manifestação
de vontade de um único órgão unipessoal ou colegiado. O que importa é a vontade
unitária que expressam.

b) direto.
direto. Afirmativa errada, pois não existe essa classificação.

c) composto.
Nosso gabarito. Ato COMPOSTO é o que resulta da vontade de um único órgão,
mas depende da verificação e ratificação por parte de outro órgão para se tornar
possível de ser executado.

d) complexo.
complexo. Afirmativa errada, pois ATO COMPLEXO é o que se forma pela
conjugação da vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos
diferentes para a formação de um único ato.

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e) suplementar.
suplementar. Afirmativa errada, pois ato complementar é o que aprova ou
ratifica o ato principal, para dar-lhe exequibilidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) simples.
Afirmativa errada, pois ato SIMPLES é o que resulta da manifestação de vontade
de um único órgão unipessoal ou colegiado. O que importa é a vontade unitária que
expressam.
Nas palavras do mestre Hely Lopes Meirelles, ATO SIMPLES: é o que resulta
da manifestação de vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Não importa
o número de pessoas que participam da formação do ato; o que importa é a vontade
unitária que expressam para dar origem, a final, ao ato colimado pela Administração.
Tanto é ato administrativo simples o despacho de um chefe de seção como a decisão
de um conselho de contribuintes.

b) direto.
Afirmativa errada, pois não existe essa classificação.

c) composto.
Nosso gabarito. Ato COMPOSTO é o que resulta da vontade de um único órgão,
mas depende da verificação e ratificação por parte de outro órgão para se tornar
possível de ser executado.
Nas palavras do mestre Hely Lopes Meirelles, ATO COMPOSTO: é o que
resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte de.
outro, para se tornar exequível. Exemplo: uma autorização que dependa do visto de
uma autoridade superior. Em tal caso a autorização é o ato principal e o visto é o
complementar que lhe dá exequibilidade. O ato composto distingue-se do ato
complexo porque este só se forma com a conjugação de vontades de órgãos diversos,
ao passo que aquele é formado pela vontade única de um órgão, sendo apenas
ratificado por outra autoridade. Essa distinção é essencial para se fixar o momento
da formação do ato e saber-se quando se toma operante e impugnável.

d) complexo.
Afirmativa errada, pois ATO COMPLEXO é o que se forma pela conjugação da
vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos diferentes para
a formação de um único ato.
Nas palavras do mestre Hely Lopes Meirelles, ATO COMPLEXO: é o que se
forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. O essencial,
nesta categoria de atos, é o concurso de vontades de órgãos diferentes para a
formação de um ato único. Exemplos: a investidura de um funcionário é um ato
complexo consubstanciado na nomeação feita pelo Chefe do Executivo e
complementado pela posse e exercício dados pelo chefe da repartição em que vai
servir o nomeado. O ato complexo só se aperfeiçoa com a integração da vontade final

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da Administração, e a partir deste momento é que se torna atacável por via


administrativa ou judicial, e tem início a prescrição (STF, MS 31.383).

e) suplementar.
Afirmativa errada, pois ato complementar é o que aprova ou ratifica o ato
principal, para dar-lhe exequibilidade. O ato complementar atua como requisito de
operatividade do ato principal, embora este se apresente completo em sua formação
desde o nascedouro.

14. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: Técnico Judiciário – Área Administrativa
De acordo com a doutrina, os atos administrativos que possuem todas as suas condições
e requisitos estipulados por lei, prevendo uma única e obrigatória atuação administrativa,
são classificados como

a) complexos.

b) vinculados.

c) constitutivos.

d) declaratórios.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) complexos.
complexos. Afirmativa errada, pois ATO COMPLEXO é o que se forma pela
conjugação da vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos
diferentes para a formação de um único ato.

b) vinculados.
Nosso gabarito. ATOS VINCULADOS são atos regrados onde a lei estabelece
condições e requisitos legais para a sua realização. A Administração Pública atuará
sem liberdade, mas dentro dos limites legais impostos por lei.

c) constitutivos.
constitutivos. Afirmativa errada, pois ATO CONSTITUTIVO é o que cria nova
situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à Administração.

d) declaratórios.
declaratórios. Afirmativa errada, pois ATO DECLARATÓRIO é o que visa a
preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu
exercício.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) complexos.
Afirmativa errada, pois ATO COMPLEXO é o que se forma pela conjugação da
vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos diferentes para
a formação de um único ato.
Nas palavras do mestre Hely Lopes Meirelles, ATO COMPLEXO: é o que se
forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. O essencial,
nesta categoria de atos, é o concurso de vontades de órgãos diferentes para a
formação de um ato único. Exemplos: a investidura de um funcionário é um ato
complexo consubstanciado na nomeação feita pelo Chefe do Executivo e
complementado pela posse e exercício dados pelo chefe da repartição em que vai
servir o nomeado.

b) vinculados.
Nosso gabarito. ATOS VINCULADOS são atos regrados onde a lei estabelece
condições e requisitos legais para a sua realização. A Administração Pública atuará
sem liberdade, mas dentro dos limites legais impostos por lei.
Par ao saudoso mestre Hely Lopes Meirelles, ATOS VINCULADOS ou regrados
são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de são realização.
Nessa categoria de atos, as imposições legais absorvem, quase que por completo, a
liberdade do administrador, uma vez que sua ação fica adstrita aos pressupostos
estabelecidos pela norma legal para a validade da atividade administrativa.
Desatendido qualquer requisito, compromete-se a eficácia do ato praticado,
tomando-se passível de anulação pela própria Administração, ou pelo Judiciário, se
assim o requerer o interessado.

c) constitutivos.
Afirmativa errada, pois ATO CONSTITUTIVO é o que cria nova situação jurídica
individual para seus destinatários, em relação à Administração. Suas modalidades
são variadíssimas, abrangendo mesmo a maior parte das declarações de vontade do
Poder Público. São atos dessas categorias as licenças, as nomeações de funcionários,
as sanções administrativas e outros mais que criam direitos ou impõem obrigações
aos particulares ou aos próprios servidores públicos.

d) declaratórios.
Afirmativa errada, pois ATO DECLARATÓRIO é o que visa a preservar direitos,
reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício. São
exemplos dessa espécie a apostila de títulos de nomeação, a expedição de certidões
e demais atos fundados em situações jurídicas anteriores.

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15. Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: CREMEB Prova: Técnico de Atividade de Suporte
[...] aqueles cuja vontade final da Administração exige a intervenção de agentes ou órgãos
diversos, havendo certa autonomia, ou conteúdo próprio, em cada uma das manifestações.
Exemplo: a investidura do Ministro do STF se inicia pela escolha do Presidente da
República; passa, após, pela aferição do Senado Federal; e culmina com a nomeação (art.
101, parágrafo único, CF).

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28a ed. São Paulo:
Atlas, 2015, p. 132, fragmento.

A definição apresentada refere-se aos atos

a) complexos.

b) de gestão.

c) compostos.

d) simples.

e) ampliativos.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) complexos.
Nosso gabarito. ATO COMPLEXO é o que se forma pela conjugação da vontade
de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação
de um único ato.

b) de gestão.
de gestão. Afirmativa errada, pois atos de GESTÃO são atos praticados SEM
USAR A SUPREMACIA sobre os destinatários.

c) compostos.
compostos. Afirmativa errada, pois ato COMPOSTO é o que resulta da vontade
de um único órgão, mas depende da verificação e ratificação por parte de outro órgão
para se tornar possível de ser executado.

d) simples.
simples. Afirmativa errada, pois ato SIMPLES é o que resulta da manifestação
de vontade de um único órgão unipessoal ou colegiado. O que importa é a vontade
unitária que expressam.

e) ampliativos.
ampliativos. Afirmativa errada, pois ATOS AMPLIATIVOS são os que aumentam
a esfera de ação jurídica do destinatário.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) complexos.
Nosso gabarito. ATO COMPLEXO é o que se forma pela conjugação da vontade
de mais de um órgão. É o concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação
de um único ato.
Segundo a doutrina adotada na própria questão que é a do professor José dos
Santos Carvalho Filho, atos complexos são aqueles cuja vontade final da
Administração exige a intervenção de agentes ou órgãos diversos, havendo certa
autonomia, ou conteúdo próprio, em cada uma das manifestações. Exemplo: a
investidura do Ministro do STF se inicia pela escolha do presidente da República;
passa, após, pela aferição do Senado Federal; e culmina com a nomeação (art. 101,
parágrafo único, CF).

b) de gestão.
Afirmativa errada, pois atos de GESTÃO são atos praticados SEM USAR A
SUPREMACIA sobre os destinatários.
O professor José dos Santos Carvalho Filho faz a seguinte distinção entre os
atos de império e os atos de gestão:

“O Estado, entretanto, atua no mesmo plano jurídico dos particulares quando


se volta para a gestão da coisa pública (ius gestionis). Nessa hipótese, PRATICA
ATOS DE GESTÃO, intervindo frequentemente a vontade de particulares. Exemplo:
os negócios contratuais (aquisição ou alienação de bens). Não tendo a
coercibilidade dos atos de império, os atos de gestão reclamam na maioria das
vezes soluções negociadas, não dispondo o Estado da garantia da unilateralidade que
caracteriza sua atuação.”
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - 2019 - Jose dos Santos
Carvalho Filho; p. 236)

c) compostos.
Afirmativa errada, pois ato COMPOSTO é o que resulta da vontade de um único
órgão, mas depende da verificação e ratificação por parte de outro órgão para se
tornar possível de ser executado.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que os atos compostos
não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há, na verdade, uma
só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. As demais são meramente
instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo
próprio.
Exemplo: um ato de autorização sujeito a outro ato confirmatório, um visto.

d) simples.
Afirmativa errada, pois ato SIMPLES é o que resulta da manifestação de vontade
de um único órgão unipessoal ou colegiado. O que importa é a vontade unitária que
expressam.

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O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que, se o ato emana da
vontade de um só órgão ou agente administrativo, classificar-se-á como ato simples.

e) ampliativos.
Afirmativa errada, pois ATOS AMPLIATIVOS segundo Celso Antônio Bandeira
De Mello são os que aumentam a esfera de ação jurídica do destinatário. Exemplo:
concessões em geral, permissões, autorizações, admissões, licenças.

16. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: Escrivão de Polícia
Os atos administrativos, quanto ao grau de liberdade da Administração Pública para
decidir, podem ser

a) internos ou externos.

b) individuais ou gerais.

c) vinculados ou discricionários.

d) concretos ou abstratos.

e) simples ou complexos.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) internos ou externos.
internos ou externos. Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito ao
ALCANCE do ato administrativo.

b) individuais ou gerais.
individuais ou gerais. Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito aos
DESTINATÁRIOS do ato administrativo.

c) vinculados ou discricionários.
Nosso gabarito. Essa questão foi feita embasada na doutrina do professor
Celso Antônio Bandeira de Mello.

d) concretos ou abstratos.
concretos ou abstratos. Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito à
ESTRUTURA do ato administrativo.

e) simples ou complexos.
simples ou complexos. Afirmativa errada, pois essa classificação de respeito à
FORMAÇÃO do ato administrativo.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) internos ou externos.
Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito ao ALCANCE do ato
administrativo.

ATOS EXTERNOS alcançam os administrados, os contratados e os servidores,


incidindo sobre seus direitos e obrigações. Só vigoram após publicação EM ÓRGÃO
OFICIAL pois têm interesse público.

ATOS INTERNOS ocorrem somente no interior das repartições. Não produzem


efeito a estranho. NÃO DEPENDEM DE PUBLICAÇÃO. Incidem sobre os órgãos e
agentes da administração que os expediu. Podem ser: gerais normativos, ordinatório,
punitivo etc.

b) individuais ou gerais.
Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito aos DESTINATÁRIOS do
ato administrativo.
ATOS INDIVIDUAIS são aqueles que têm destinatário certo, específico.
Também são chamados de atos especiais.

ATOS GERAIS são aqueles sem destinatários (atingem a todos que se


encontram na mesma situação) com fim normativo ou ordinatório. Eles prevalecem
sobre os atos individuais que vêm da mesma autoridade. Esses atos dependem de
publicação em órgão oficial quando visam a ter efeitos externos.

c) vinculados ou discricionários.
Nosso gabarito. Essa questão foi feita embasada na doutrina do professor Celso
Antônio Bandeira de Mello. O ilustre mestre nos leciona que os:

“Atos ditos discricionários e que melhor se denominariam atos praticados


no exercício de competência discricionária - os que a Administração pratica dispondo
de certa margem de liberdade para decidir-se, pois a lei regulou a matéria de modo
a deixar campo para uma apreciação que comporta certo subjetivismo. Exemplo:
autorização de porte de arma.

Atos vinculados - os que a Administração pratica sem margem alguma de


liberdade para decidir-se, pois a lei previamente tipificou o único possível
comportamento diante de hipótese prefigurada em termos objetivos. Exemplo:
licença para edificar; aposentadoria, a pedido, por completar-se o tempo de
contribuição do requerente.”
(BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo; 32ª
edição; p. 433)

d) concretos ou abstratos.
Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito à ESTRUTURA do ato
administrativo.

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ATOS CONCRETOS são os que dispõem para um único e específico caso,


esgotando-se nesta única aplicação. Exemplo: a exoneração de um funcionário.

ATOS ABSTRATOS são os que preveem reiteradas e infindas aplicações, as


quais se repetem cada vez que ocorra a reprodução da hipótese neles prevista,
alcançando um número indeterminado.

e) simples ou complexos.
Afirmativa errada, pois essa classificação diz respeito à FORMAÇÃO do ato
administrativo.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que os atos compostos
não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. Há, na verdade, uma
só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. As demais são meramente
instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimidade do ato de conteúdo
próprio.
Em relação ao ato simples, é aquele que emana da vontade de um só órgão
ou agente administrativo.

17. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara – SP Prova: Consultor
Legislativo
Assinale a alternativa correta em relação aos Atos ENUNCIATIVOS.

a) Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos


administrados ou de servidores

b) Certificam ou atestam um fato, ou emitem opinião sobre determinado assunto, não se


vinculam a seu enunciado

c) Disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes

d) Contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do


particular

e) Punem e reprimem as infrações administrativas ou a conduta irregular do servidor

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta


irregular dos administrados ou de servidores.
Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos
administrados ou de servidores. Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito a
espécies de ato PUNITIVO.

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b) Certificam ou atestam um fato, ou emitem opinião sobre


determinado assunto, não se vinculam a seu enunciado.
Nosso gabarito. Os atos enunciativos são todos aqueles em que a Administração
se limita a certificar ou a atestar um fato ou a emitir uma opinião sobre determinado
assunto, sem se vincular ao seu enunciado.

c) Disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional


de seus agentes.
Disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus
agentes. Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito à espécie de atos
ORDINATÓRIOS.

d) Contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente


com a vontade do particular.
Contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade
do particular. Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito a atos NEGOCIAIS.

e) Punem e reprimem as infrações administrativas ou a conduta


irregular do servidor.
Punem e reprimem as infrações administrativas ou a conduta irregular do
servidor. Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito a espécies de ato
PUNITIVO.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta


irregular dos administrados ou de servidores.
Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito a espécies de ato PUNITIVO.
Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, atos administrativos punitivos são os
que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que infringem
disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos.
Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos
servidores ou dos particulares perante a Administração

b) Certificam ou atestam um fato, ou emitem opinião sobre


determinado assunto, não se vinculam a seu enunciado.
Nosso gabarito. Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, atos
administrativos enunciativos são todos aqueles em que a Administração se limita a
certificar ou a atestar um fato ou a emitir uma opinião sobre determinado assunto,
sem se vincular ao seu enunciado. Dentre os atos mais comuns desta espécie,
merecem menção as certidões, os atestados e os pareceres administrativos.

Certidões – Certidões Administrativas são cópias fiéis e autenticadas de


atos ou fatos que constam em processos, livros ou documentos das repartições
públicas.

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Atestados – Atestados Administrativos são atos pelos quais a Administração


Pública comprova o fato ou situação de que tenha conhecimento por órgãos
competentes.

Apostila – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior


criada por lei. Apostilar significa averbar, contar, registrar. Ex.: averbação de tempo
de serviço.

Pareceres – Pareceres Administrativos são manifestações de caráter


meramente opinativos feitos por órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração.

c) Disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional


de seus agentes.
Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito à espécie de atos
ORDINATÓRIOS. Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, atos
administrativos ordinatórios são os que visam a disciplinar o funcionamento da
Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos,
determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim
de orientá-los no desempenho de suas atribuições. Tais atos emanam do poder
hierárquico, razão pela qual podem ser expedidos por qualquer chefe de serviço aos
seus subordinados, desde que o faça nos limites de sua competência.

d) Contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente


com a vontade do particular.
Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito a atos NEGOCIAIS. Nas
palavras do professor Hely Lopes Meirelles, atos NEGOCIAIS são aqueles praticados
contendo uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a pretensão
do particular, visando à concretização de negócios jurídicos públicos ou à atribuição
de certos direitos ou vantagens ao interessado.

e) Punem e reprimem as infrações administrativas ou a conduta


irregular do servidor.
Afirmativa errada, pois essa assertiva diz respeito a espécies de ato PUNITIVO.
Vide explicação da letra A.

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18. Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: Técnico Ministerial - Área Administrativa
As “instruções” são atos administrativos:

a) normativos.

b) ordinatórios.

c) negociais.

d) enunciativos.

e) punitivos.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) normativos.
normativos. Afirmativa errada, pois os ATOS NORMATIVOS são decreto,
deliberações, resoluções, regulamentos, regimentos e instruções NORMATIVAS.

b) ordinatórios.
Nosso gabarito. Os ATOS ORDINATÓRIOS são as circulares, ofícios, portarias,
avisos, despachos, ordens de serviço e INSTRUÇÕES.

c) negociais.
negociais. Afirmativa errada, pois os atos NEGOCIAIS são permissões,
autorizações, licença, aprovação, visto, admissão e homologação.

d) enunciativos.
enunciativos. Afirmativa errada, pois os atos ENUNCIATIVOS são as certidões,
pareceres, apostilas e atestados.

e) punitivos.
punitivos. Afirmativa errada, pois os atos PUNITIVOS são multa, interdição de
atividade e destruição da coisa.

SOLUÇÃO COMPLETA

a) normativos.
Afirmativa errada, pois os ATOS NORMATIVOS são decreto, deliberações,
resoluções, regulamentos, regimentos e instruções NORMATIVAS.

DECRETOS – São atos de competência exclusiva do chefe do poder executivo


destinados a prover situações gerais ou individuais. Ele é normativo ou geral. Ele
está sempre em situação inferior a lei.

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DELIBERAÇÕES – São atos emanados de órgãos colegiados.

RESOLUÇÕES – São atos expedidos pelas altas autoridades do poder executivo


que servem para disciplinar matérias de sua competência.

REGULAMENTOS – Servem para especificar a lei ou prover situações ainda não


disciplinadas por lei.

REGIMENTO – São atos de atuação interna que se destinam a reger o


funcionamento de órgãos colegiados e corporações legislativas.

INSTRUÇÕES NORMATIVAS - são atos administrativos expedidos pelos


Ministros de Estado para a execução das leis, decretos e regulamentos.

b) ordinatórios.
Nosso gabarito. A doutrina traz os seguintes exemplos de ATOS
ORDINATÓRIOS:

CIRCULARES – São ordens uniformes expedidas a determinados funcionários


incumbidos de certas tarefas ou atribuições em circunstâncias especiais.

OFÍCIOS – São comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre
subalternos e superiores e entre a Administração e o particular.

PORTARIAS – São atos internos pelos quais os chefes dos órgãos das
repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais aos seus
subordinados.

AVISOS – São atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos


referentes aos seus ministérios.

DESPACHOS – São decisões que as autoridades executivas ou legislativas e


judiciárias, em função administrativa, proferem em papéis, em requerimentos e em
processos que estiveram sujeitos à sua apreciação.

ORDENS DE SERVIÇO – São determinações especiais dirigidas aos responsáveis


por obras ou serviços públicos, autorizando seu início ou contendo imposições ou
especificações sobre o modo e a forma de sua realização.

INSTRUÇÕES – São ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de


execução de determinado serviço público expedida pelo superior hierárquico para
orientar os subalternos em suas atribuições.

c) negociais.
Afirmativa errada, pois os atos NEGOCIAIS são permissões, autorizações,
licença, aprovação, visto, admissão e homologação.

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PERMISSÕES – É o ato discricionário e precário pelo qual o poder público


permite ao particular “a execução de serviços de interesse coletivo” ou “o uso especial
de bens públicos” podendo ser gratuito ou remunerado a critério da administração.

AUTORIZAÇÕES – É ato discricionário e precatório pelo qual o poder público


torna possível ao pretendente de certa atividade e serviços ou utilização de
determinados bens particulares ou públicos.

LICENÇA – É ato vinculado e definitivo pelo qual o poder público faculta algo
interessado que atendeu a todas as exigências, o desempenho de atividades ou
realização de fatos materiais antes vedados ao particular.

APROVAÇÃO – É o ato pelo qual o poder verifica a legalidade e o mérito de


outro ato e de realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou
de particulares.

VISTO – É ato pelo qual o poder público controla outro ato da própria
administração, dando-lhe legitimidade formal para poder ser executado.

ADMISSÃO – É ato vinculado pelo qual o poder público defere determinada


situação jurídica de seu exclusivo interesse como ocorre no concurso de habilitação.

HOMOLOGAÇÃO – É ato de controle pelo qual a autoridade superior examina a


legalidade e a conveniência de um ato anterior praticado pela própria administração,
por outra entidade ou por particular para dar-lhe eficácia.

d) enunciativos.
Afirmativa errada, pois os atos ENUNCIATIVOS são as certidões, pareceres,
apostilas e atestados.

CERTIDÕES – Certidões Administrativas são cópias fiéis e autenticadas de atos


ou fatos que constam em processos, livros ou documentos das repartições públicas.

ATESTADOS – Atestados Administrativos são atos pelos quais a Administração


Pública comprova o fato ou situação de que tenha conhecimento por órgãos
competentes.

APOSTILA – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior


criada por lei. Apostilar significa averbar, contar, registrar. Ex.: averbação de tempo
de serviço.

PARECERES – Pareceres Administrativos são manifestações de caráter


meramente opinativos feitos por órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração.

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e) punitivos.
Afirmativa errada, pois os atos PUNITIVOS são multa, interdição de atividade e
destruição da coisa.

MULTA – Multa Administrativa é toda imposição pecuniária que se sujeita o


administrado a título de compensação do dano causado pela infração; nessa
modalidade, constam as multas fiscais do direito tributário.

INTERDIÇÃO DE ATIVIDADE – É o ato pelo qual a Administração veda a alguém


a prática de atos sujeitos a seu controle ou que incidam sobre os seus bens.

DESTRUIÇÃO DE COISA – É o ato pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias,


objetos ou instrumentos nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei.

19. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRMV-GO Prova: Agente Fiscal
A licença e a permissão são atos administrativos

a) enunciativos.

b) negociais.

c) normativos.

d) punitivos.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) enunciativos.
enunciativos. Afirmativa errada, pois os atos ENUNCIATIVOS são as certidões,
pareceres, apostilas e atestados.

b) negociais.
Nosso gabarito. Os atos NEGOCIAIS são permissões, autorizações, licença
aprovação, visto, admissão e homologação.

c) normativos.
normativos. Afirmativa errada, pois os ATOS NORMATIVOS são decreto,
deliberações, resoluções, regulamentos, regimentos e instruções NORMATIVAS.

d) punitivos.
punitivos. Afirmativa errada, pois os atos PUNITIVOS são multa, interdição de
atividade e destruição da coisa.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) enunciativos.
Afirmativa errada, pois os atos ENUNCIATIVOS são as certidões, pareceres,
apostilas e atestados.

CERTIDÕES – Certidões Administrativas são cópias fiéis e autenticadas de atos


ou fatos que constam em processos, livros ou documentos das repartições públicas.

ATESTADOS – Atestados Administrativos são atos pelos quais a Administração


Pública comprova o fato ou situação de que tenha conhecimento por órgãos
competentes.

APOSTILA – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior


criada por lei. Apostilar significa averbar, contar, registrar. Ex.: averbação de tempo
de serviço.

PARECERES – Pareceres Administrativos são manifestações de caráter


meramente opinativos feitos por órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração.

b) negociais.
Nosso gabarito. Os atos NEGOCIAIS são permissões, autorizações, licença
aprovação, visto, admissão e homologação.

PERMISSÕES – É o ato discricionário e precário pelo qual o poder público


permite ao particular “a execução de serviços de interesse coletivo” ou “o uso especial
de bens públicos”, podendo ser gratuito ou remunerado a critério da administração.

AUTORIZAÇÕES – É ato discricionário e precatório pelo qual o poder público


torna possível ao pretendente de certa atividade e serviços ou utilização de
determinados bens particulares ou públicos.

LICENÇA – É ato vinculado e definitivo pelo qual o poder público faculta algo
interessado que atendeu a todas as exigências, o desempenho de atividades ou
realização de fatos materiais antes vedados ao particular.

APROVAÇÃO – É o ato pelo qual o poder verifica a legalidade e o mérito de


outro ato e de realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou
de particulares.

VISTO – É ato pelo qual o poder público controla outro ato da própria
administração, dando-lhe legitimidade formal para poder ser executado.

ADMISSÃO – É ato vinculado pelo qual o poder público defere determinada


situação jurídica de seu exclusivo interesse como ocorre no concurso de habilitação.

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HOMOLOGAÇÃO – É ato de controle pelo qual a autoridade superior examina a


legalidade e a conveniência de um ato anterior praticado pela própria administração,
por outra entidade ou por particular para dar-lhe eficácia.

c) normativos.
Afirmativa errada, pois os ATOS NORMATIVOS são decreto, deliberações,
resoluções, regulamentos, regimentos e instruções NORMATIVAS.

DECRETOS – São atos de competência exclusiva do chefe do poder executivo


destinados a prover situações gerais ou individuais. Ele é normativo ou geral. Ele
está sempre em situação inferior à lei.

DELIBERAÇÕES – São atos emanados de órgãos colegiados.

RESOLUÇÕES – São atos expedidos pelas altas autoridades do poder executivo


que servem para disciplinar matérias de sua competência.

REGULAMENTOS – Servem para especificar a lei ou prover situações ainda não


disciplinadas por lei.

REGIMENTO – São atos de atuação interna que se destinam a reger o


funcionamento de órgãos colegiados e corporações legislativas.

INSTRUÇÕES NORMATIVAS - são atos administrativos expedidos pelos


Ministros de Estado para a execução das leis, decretos e regulamentos.

d) punitivos.
Afirmativa errada, pois os atos PUNITIVOS são multa, interdição de atividade e
destruição da coisa.

MULTA – Multa Administrativa é toda imposição pecuniária que se sujeita o


administrado a título de compensação do dano causado pela infração; nessa
modalidade, constam as multas fiscais do direito tributário.

INTERDIÇÃO DE ATIVIDADE – É o ato pelo qual a Administração veda a alguém


a prática de atos sujeitos a seu controle ou que incidam sobre os seus bens.

DESTRUIÇÃO DE COISA – É o ato pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias,


objetos ou instrumentos nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei.

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20. Ano: 2019 Banca: JBO Órgão: Câmara de Aparecida D' Oeste – SP Prova: Assessor
Legislativo
Sobre as espécies de Atos Administrativos, definimos ATOS NORMATIVOS, como:

a) Aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei

b) Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus


agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração.

c) Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a
vontade do particular.

d) Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre


determinado assunto.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

a) Aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a


correta aplicação da lei.
Nosso gabarito. Esta questão adotou a doutrina do grande mestre Eli Lopes
Meirelles.

b) Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta


funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração.
Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de
seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração. Afirmativa errada,
pois o conceito dessa opção corresponde aos atos ORDINATÓRIOS.

c) Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público


coincidente com a vontade do particular.
Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente
com a vontade do particular. Afirmativa errada, pois o conceito dessa opção de
respeito aos atos NEGOCIAIS.

d) Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir


opinião sobre determinado assunto.
Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre
determinado assunto. Afirmativa errada, pois o conceito dessa opção diz respeito aos
atos ENUNCIATIVOS.

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SOLUÇÃO COMPLETA

a) Aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a


correta aplicação da lei.
Nosso gabarito. Esta questão adotou a doutrina do grande mestre Hely Lopes
Meirelles. Segue a lição do ilustre professor:

“Atos administrativos normativos são aqueles que contêm um comando


geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais
atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e pelos
administrados. Esses atos expressam em minúcia o mandamento abstrato da lei, e o
fazem.com a mesma normatividade da regra legislativa, embora sejam
manifestações tipicamente administrativas. A essa categoria pertencem os decretos
regulamentares e os regimentos, bem como as resoluções, deliberações e portarias
de conteúdo geral. 51 Tais atos, conquanto normalmente estabeleçam regras gerais
e abstratas de conduta, não são leis em sentido formal, por isso estão
necessariamente subordinados aos limites jurídicos definidos na lei formal”.
(Direito Administrativo Brasileiro 2016; Hely Lopes Meirelles; p. 203)

b) Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta


funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração.
Afirmativa errada, pois o conceito dessa opção corresponde aos atos
ORDINATÓRIOS. Os atos administrativos ordinatórios, nas palavras do ilustre
mestre Hely Lopes Meirelles, são os que visam a disciplinar o funcionamento da
Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos,
determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim
de orientá-los no desempenho de suas atribuições.
Tais atos emanam do poder hierárquico, razão pela qual podem ser expedidos
por qualquer chefe de serviço aos seus subordinados, desde que o faça nos limites
de sua competência. Os atos ordinatórios da Administração só atuam no âmbito
interno das repartições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os
expediu. Não obrigam os particulares nem os funcionários subordinados a outras
chefias. São atos inferiores à lei, ao decreto, ao regulamento e ao regimento.

c) Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público


coincidente com a vontade do particular.
Afirmativa errada, pois o conceito dessa opção de respeito aos atos NEGOCIAIS.
Conceito de ato administrativo negocial na visão do mestre Hely Lopes Meirelles:
ato administrativo negocial contém uma declaração de vontade do Poder Público
coincidente com a pretensão do particular, visando à concretização de negócios
jurídicos públicos ou à atribuição de certos direitos ou vantagens ao interessado.

d) Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir


opinião sobre determinado assunto.
Afirmativa errada, pois o conceito dessa opção diz respeito aos atos
ENUNCIATIVOS. Nas palavras do ilustre mestre Hely Lopes Meirelles, os atos
administrativos ENUNCIATIVOS são todos aqueles em que a Administração se limita
a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto,

MUDE SUA VIDA!


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sem se vincular ao seu enunciado. Dentre os atos mais comuns desta espécie
merecem menção as certidões, os atestados e os pareceres administrativos. Eles
enunciam uma situação existente sem qualquer manifestação de vontade da
Administração. Só são atos administrativos em sentido formal, visto que
materialmente não contêm manifestação da vontade da Administração.

MUDE SUA VIDA!


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