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QUESTÕES SOBRE A

AULA
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QUESTÕES SOBRE A AULA


PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
1. (INSTITUTO AOCP – 2019 – PC/ES - PERITO OFICIAL CRIMINAL/ÁREA 8)
O princípio pelo qual a Administração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo
a possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos, denomina-se autotutela.
Certo ( ) Errado ( )
2. (QUADRIX - 2019 - CRO/GO - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)
Quanto aos princípios que regem a Administração Pública, julgue o item.
O princípio da tutela é o que trata do controle da Administração sobre os próprios atos, com
a possibilidade de revogar os ilegais e anular os inconvenientes ou inoportunos.
Certo ( ) Errado ( )
3. (QUADRIX - 2019 – COREN/AC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)
Em relação aos princípios da Administração Pública, julgue o item.
O interesse público é indisponível e prevalece sobre o privado.
Certo ( ) Errado ( )
4. (QUADRIX - 2020 – CRN/2° REGIÃO/RS - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)
Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de vontade.
A respeito dos atos administrativos, julgue o item.
A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por razões de oportunidade e
conveniência, consiste em expressão do princípio da autotutela.
Certo ( ) Errado ( )
5. (CESPE/CEBRASPE – 2004 - SECONT/ES)
Com relação ao Direito Administrativo brasileiro, julgue o item que se seguem.
Um dos princípios regentes da atividade administrativa estatal é a supremacia do interesse
público sobre o privado. Segundo esse princípio, há uma desigualdade jurídica entre a Adminis-
tração Pública e o particular administrado, com vistas à prevalência do interesse da coletividade.
Certo ( ) Errado ( )
6. (CESPE/CEBRASPE - 2017 – TRF/1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)
No que se refere à teoria do Direito Administrativo, julgue o item a seguir, considerando o
posicionamento majoritário da doutrina.
A autotutela é entendida como a possibilidade de a Administração Pública revogar atos ile-
gais e anular atos inconvenientes e inoportunos sem a necessidade de intervenção do Poder
Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
Questões sobre a aula 3

7. (QUADRIX - 2019 – CREFONO/9ª REGIÃO - AUXILIAR ADMINISTRATIVO/ADAPTADA)


Em relação aos princípios que regem a Administração Pública, julgue o item.
Pelo princípio da tutela, a Administração exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela
mesma instituída para anular os atos ilegais e revogar os atos inconvenientes ou inoportunos.
Certo ( ) Errado ( )
8. (CESPE/CEBRASPE - 2018 - STJ - ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA)
Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins, deve
ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público.
Certo ( ) Errado ( )
9. (QUADRIX - 2019 - CRMV - RN - AGENTE ADMINISTRATIVO)
Em relação aos princípios fundamentais que regem a Administração Pública Federal, julgue
o item.
Pelo princípio da autotutela, a Administração exerce controle sobre os próprios atos, com a
possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independente-
mente de recurso ao Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
10. (CESPE/CEBRASPE - 2018 - POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL)
Um servidor público federal determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de con-
fiança no órgão público onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento
jurídico do órgão emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O princípio da autotutela permite que o Poder Judiciário intervenha para apreciar atos admi-
nistrativos que estejam supostamente eivados de ilegalidades.
Certo ( ) Errado ( )
11. (QUADRIX - 2018 – CRMV/MA – FISCAL)
A Administração Pública pode anular seus próprios atos por vício de ilegalidade ou revogá‐los
por razões de mérito. O dever da Administração de controlar seus próprios atos decorre do
princípio da
Certo ( ) Errado ( )autotutela.
a) publicidade.
b) imperatividade.
c) autoexecutoriedade.
d) supremacia do interesse público.
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12. (FUNCAB - 2013 - PC/ES - PERITO EM TELECOMUNICAÇÃO)


O princípio da supremacia do interesse público em relação ao interesse privado:
a) estabelece uma situação de igualdade absoluta entre Administração Pública e
administrados.
b) influencia o momento de elaboração da lei, mas não o momento de sua aplicação
pela Administração Pública.
c) justifica a presença de cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos.
d) importa na supremacia absoluta do interesse público sobre o interesse privado.
e) impõe que os direitos concedidos à Administração Pública sejam igualmente conce-
didos aos administrados.

13. (CESPE/CEBRASPE - 2016 - PC/PE - AGENTE DE POLÍCIA)


O diretor-geral da Polícia Civil de determinado estado exarou um ato administrativo e, poste-
riormente, revogou-o, por entender ser inconveniente sua manutenção.
Nessa situação hipotética, o princípio em que se fundamentou o ato de revogação foi o prin-
cípio da:
a) segurança jurídica.
b) especialidade.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) publicidade.

14. (NCE-UFRJ - 2005 - PC/DF - DELEGADO DE POLÍCIA)


A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao tratar do Poder de Polícia, afirma: “o poder de
polícia não deve ir além do necessário para satisfação do interesse público que visa prote-
ger; a sua finalidade não é destruir os direitos individuais, mas, ao contrário, assegurar o seu
exercício, condicionando-o ao bem-estar social; só poderá reduzi-los quando em conflito com
interesses maiores da coletividade e na medida estritamente necessária à consecução dos fins
estatais.” O texto citado se refere ao seguinte princípio, aplicável aos atos de Poder de Polícia:
a) legalidade. d) proporcionalidade.
b) moralidade. e) segurança jurídica.
c) impessoalidade.

15. (VUNESP - 2015 - PC/CE - INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL DE 1ª CLASSE)


Quando a Administração Pública deixa de observar a proporcionalidade entre os meios de que
se utiliza e os fins a que se destina, estará desrespeitando o princípio da:
a) moralidade. d) supremacia do interesse público.
b) razoabilidade. e) finalidade.
c) impessoalidade.
Questões sobre a aula 5

16. (VUNESP - 2015 - PC/CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1ª CLASSE)


Em grandes centros urbanos brasileiros, observa-se um desafio na questão da mobilidade
urbana, ou seja, uma constante tensão entre o transporte de caráter individual e o transporte
coletivo. Diante dos congestionamentos crescentes, por qual dos princípios implícitos da
Administração Pública o administrador público deve se guiar para constituir uma política que
privilegie o transporte coletivo em detrimento do transporte individual?
a) Pelo princípio da Inteligibilidade.
b) Pelo princípio da Razoabilidade.
c) Pelo princípio do Interesse Público.
d) Pelo princípio da Eficiência.
e) Pelo princípio da Alocação.

17. (INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2019 - PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - ASSESSOR TÉCNICO DE


CONTROLADORIA)
A adequação entre meios e fins é uma expressão cujos sentido e alcance habitualmente são
associados ao princípio da:
a) segurança jurídica.
b) eficiência.
c) boa-fé.
d) razoabilidade.

18. (VUNESP - 2020 - PREFEITURA DE CANANÉIA/SP - CONTROLADOR INTERNO DO MUNICÍPIO)


A revisão dos atos administrativos decorre do Poder Administrativo:
a) sancionador.
b) de autotutela.
c) regulamentar.
d) jurisdicional.
e) normativo.

19. (FAFIPA - 2019 - FUNDAÇÃO CULTURAL FOZ DO IGUAÇU - CONTADOR JÚNIOR)


O princípio que se refere aos poderes conferidos à Administração, que lhe asseguram a posi-
ção de superioridade perante o administrado, aplicando-se somente nas relações em que a
Administração atua em prol da coletividade, é conhecido como:
a) Princípio da Finalidade.
b) Princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Privado.
c) Princípio da Razoabilidade.
d) Princípio da Eficiência.
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20. (UESPI - 2009 - PC/PI - DELEGADO DE POLÍCIA)


Dentre os princípios da Administração Pública, a autotutela caracteriza-se por:
a) impedir que o Poder Judiciário reveja os atos praticados pela Administração Pública.
b) permitir que a Administração Pública reveja seus próprios atos, revogando-os por
motivo de interesse público (oportunidade e conveniência), assim como anulando
os atos inquinados pela ilicitude.
c) permitir que o Poder Judiciário revogue os atos praticados pela Administração Pública.
d) permitir que o Poder Judiciário anule os atos praticados pela Administração Pública.
e) impor aos administrados as decisões administrativas.

GABARITO
1. Certo 5. Certo 9. Certo 13. C 17. D

2. Errado 6. Errado 10. Errado 14. D 18. B

3. Certo 7. Errado 11. A 15. B 19. B

4. Certo 8. Certo 12. C 16. C 20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1. (INSTITUTO AOCP – 2019 – PC/ES - PERITO OFICIAL CRIMINAL/ÁREA 8)
O princípio pelo qual a Administração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo
a possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos, denomina-se autotutela.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de rever
seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou revogá-los
por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorre quando um ato é considerado
ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação é a retira-
da do mundo jurídico de um ato que é legal, mas que por algum fato superveniente se
torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos.
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE.
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Questões Comentadas 7

SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
“[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar
os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.”
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Assim, podemos verificar que a questão está correta, tendo em visto se tratar do princípio da Autotutela.

2. (QUADRIX - 2019 - CRO/GO - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Quanto aos princípios que regem a Administração Pública, julgue o item.
O princípio da tutela é o que trata do controle da Administração sobre os próprios atos, com
a possibilidade de revogar os ilegais e anular os inconvenientes ou inoportunos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de rever
seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou revogá-los
por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorre quando um ato é considerado
ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação é a retira-
da do mundo jurídico de um ato que é legal, mas que por algum fato superveniente se
torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos.
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE.
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Diferentemente é o princípio da Tutela/ Supervisão Ministerial, em que a Administração
Pública Direta supervisiona a Administração Pública Indireta, com a finalidade de garantir
que essa cumpra os objetivos para a qual foi criada. Cabe lembrar que não há hierarquia
e subordinação entre Administração Pública Direta e Indireta.
Assim, verificamos que questão cita o princípio da Tutela, quando na verdade conceitua
a Autotutela.
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SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar
os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Assim, verificamos que questão cita o princípio da tutela, quando na verdade conceitua a autotutela.

3. (QUADRIX - 2019 – COREN/AC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Em relação aos princípios da Administração Pública, julgue o item.
O interesse público é indisponível e prevalece sobre o privado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A presente questão cobra do candidato o conhecimento dos princípios que regem a Ad-
ministração Pública, mais especificamente no que tange aos princípios implícitos.
A presente assertiva condensa dois princípios implícitos, sendo eles:
→ Supremacia do Interesse Público sobre o Privado;
→ Indisponibilidade do Interesse Público.
Assim, podemos verificar que a presente questão está certa.
SOLUÇÃO COMPLETA
A questão versa sobre o conhecimento dos princípios que regem a Administração Pública, mais especificamente
os princípios implícitos de:
 Supremacia do Interesse Público sobre o Privado;
 Indisponibilidade do Interesse Público.
Primeiramente, cabe destacar que em um conflito de interesses, o interesse público possui prevalência sobre o
privado, sendo almejada a satisfação do interesse da coletividade. Tal princípio possibilita certas prerrogativas
à Administração, de modo a se caracterizar uma relação vertical entre Administração e administrados. Assim,
podemos ressaltar como resultado desse princípio as cláusulas exorbitantes, o poder de polícia e a desapropria-
ção, por exemplo.
As cláusulas exorbitantes são uma manifestação do princípio da Supremacia do Interesse Público, podemos
destacar as palavras do professo Hely Lopes Meirelles:
Questões Comentadas 9

Cláusulas Exorbitantes são, pois, as que excedem do Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma restri-
ção à Administração ou ao contratado. A cláusula exorbitante não seria lícita num contrato privado, porque desi-
gualaria as partes na execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde que
decorrente da lei ou princípios que regem a atividade administrativa, porque visa estabelecer uma prerrogativa em
favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses
particulares.
Por outro lado, as prerrogativas conferidas à Administração não são ilimitadas, sendo necessário implementar
limites a esses poderes. Tais limites são representados por meio do princípio da Indisponibilidade do Interesse
Público, de modo que sempre busquem a satisfação do interesse da coletividade. Deste postulado decorrem os
deveres administrativos, como o poder-dever de agir, o dever de transparência, o dever de prestar contas etc.
Assim, a questão condensa dois princípios implícitos em sua assertiva, sendo eles:
- Supremacia do Interesse Público sobre o Privado;
- Indisponibilidade do Interesse Público.

4. (QUADRIX - 2020 – CRN/2° REGIÃO/RS - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Atos administrativos são atos jurídicos que constituem manifestações unilaterais de vontade.
A respeito dos atos administrativos, julgue o item.
A possibilidade de a Administração rever seus próprios atos, por razões de oportunidade e
conveniência, consiste em expressão do princípio da autotutela.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Diante disso, podemos verificar que a presente questão está certa.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...]pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os
inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
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De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Assim, podemos verificar que a presente questão corrobora com o entendimento doutrinário e do ordenamento
jurídico nacional.

5. (CESPE/CEBRASPE – 2004 - SECONT/ES)


Com relação ao Direito Administrativo brasileiro, julgue o item que se seguem.
Um dos princípios regentes da atividade administrativa estatal é a supremacia do interesse
público sobre o privado. Segundo esse princípio, há uma desigualdade jurídica entre a Adminis-
tração Pública e o particular administrado, com vistas à prevalência do interesse da coletividade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A presente questão versa sobre um princípio implícito da Administração Pública, que é a
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado, que nada mais é do que prerrogativas
concedidas à Administração, de modo que exerça superioridade em relação ao interesse
privado, sendo assim verificada uma relação vertical.
SOLUÇÃO COMPLETA
A questão versa sobre o conhecimento dos princípios que regem a Administração Pública, mais especificamente
sobre o princípio implícitos da:
- Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.
Primeiramente, cabe destacar que em um conflito de interesses, o interesse público possui prevalência sobre o
privado, sendo almejado a satisfação do interesse da coletividade. Tal princípio possibilita certas prerrogativas
à Administração, de modo a se caracterizar uma relação vertical entre Administração e administrados. Assim,
podemos ressaltar como resultado desse princípio as cláusulas exorbitantes, o poder de polícia e a desapropria-
ção por exemplo.
Sobre as cláusulas exorbitantes, que é uma manifestação do princípio da Supremacia do Interesse Público,
podemos destacar as palavras do professo Hely Lopes Meirelles:
Cláusulas Exorbitantes são, pois, as que excedem do Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma restri-
ção à Administração ou ao contratado. A cláusula exorbitante não seria lícita num contrato privado, porque desi-
gualaria as partes na execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde que
decorrente da lei ou princípios que regem a atividade administrativa, porque visa estabelecer uma prerrogativa em
favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses
particulares.
Dessa forma, podemos verificar que a presente questão está certa.
Questões Comentadas 11

6. (CESPE/CEBRASPE - 2017 – TRF/1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)


No que se refere à teoria do Direito Administrativo, julgue o item a seguir, considerando o
posicionamento majoritário da doutrina.
A autotutela é entendida como a possibilidade de a Administração Pública revogar atos ile-
gais e anular atos inconvenientes e inoportunos sem a necessidade de intervenção do Poder
Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Repare que a assertiva inverte os conceitos, sendo certo que os atos ilegais são anulados
e os inoportunos/inconvenientes são revogados. Dessa forma, a questão só pode estar
errada.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar
os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Repare que a assertiva inverte os conceitos, sendo certo que os atos ilegais são anulados e os inoportunos/
inconvenientes são revogados. Dessa forma, a questão só pode estar errada.
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7. (QUADRIX - 2019 – CREFONO/9ª REGIÃO - AUXILIAR ADMINISTRATIVO/ADAPTADA)


Em relação aos princípios que regem a Administração Pública, julgue o item.
Pelo princípio da tutela, a Administração exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela
mesma instituída para anular os atos ilegais e revogar os atos inconvenientes ou inoportunos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Diferentemente é o princípio da tutela/supervisão ministerial, em que a Administração
Pública Direta supervisiona a Administração Pública Indireta, com a finalidade de garantir
que esta cumpra os objetivos para a qual foi criada. Cabe lembrar que não há hierarquia
e subordinação entre Administração Pública Direta e Indireta.
Assim, verificamos que questão cita o princípio da Tutela, quando na verdade conceitua
a Autotutela.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar
os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Assim, verificamos que esta questão cita o princípio da tutela, quando na verdade conceitua a autotutela.
Questões Comentadas 13

8. (CESPE/CEBRASPE - 2018 - STJ - ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA)


Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins, deve
ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da proporcionalidade versa sobre a adequação entre os meios e fins aplicados
pela Administração, sendo obrigatório em caso de processo administrativo. Tal princípio
veda a aplicabilidade de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da proporcionalidade estabelece o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que
ela deseja alcançar. Considera, portanto, que as competências administrativas só podem ser exercidas quando
utilizadas de maneira estritamente necessária para se alcançar o interesse público. Em outras palavras, o
princípio da proporcionalidade tem por objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer
restrições de sua liberdade além do que seja indispensável para o alcance do interesse público.
Assim, podemos verificar que o princípio almeja encontrar o ponto de equilíbrio entre os meios e os fins utiliza-
dos pela Administração Pública.
No que tange especificamente sobre a questão, podemos afirmar que tal princípio é de observância obrigatória
no tocante aos processos administrativos, sendo usado como uma barreira que impede a aplicabilidade de obri-
gações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público.

9. (QUADRIX - 2019 - CRMV - RN - AGENTE ADMINISTRATIVO)


Em relação aos princípios fundamentais que regem a Administração Pública Federal, julgue
o item.
Pelo princípio da autotutela, a Administração exerce controle sobre os próprios atos, com a
possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independente-
mente de recurso ao Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
14

Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos.
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Diante disso, podemos verificar que a presente questão está certa.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar
os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Assim, podemos verificar que a presente questão corrobora com o entendimento doutrinário e do ordenamento
jurídico nacional.

10. (CESPE/CEBRASPE - 2018 - POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL)


Um servidor público federal determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de con-
fiança no órgão público onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento
jurídico do órgão emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O princípio da autotutela permite que o Poder Judiciário intervenha para apreciar atos admi-
nistrativos que estejam supostamente eivados de ilegalidades.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Questões Comentadas 15

Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;


Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Assim, podemos verificar que o princípio da autotutela é aquele em que a Administração
Pública revê seus próprios atos, sem a interferência do Poder Judiciário. Cabe ressaltar
que esse poder da Administração não elide o controle jurisdicional sobre atos ilegais,
podendo o judiciário retirar do mundo jurídico atos com vícios de legalidade. Entretanto,
quando atua, não se faz por meio do princípio da autotutela.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revo-
gar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Por outro lado, no caso do controle jurisdicional (CRFB/1988, art. 5º, XXXV), a hipótese é de controle externo,
havendo a ingerência do Judiciário sobre o Poder Executivo. Dessa forma, cabe ressaltar que o poder de revisão
da Administração não exclui o controle jurisdicional sobre atos ilegais, podendo o judiciário retirar do mundo
jurídico atos com vícios de legalidade. Entretanto, quando atua, não se faz por meio do princípio da autotutela.
Assim sendo, não configura a autotutela quando o Judiciário efetua controle sobre atos da Administração, o que
revela o erro da questão.

11. (QUADRIX - 2018 – CRMV/MA – FISCAL)


A Administração Pública pode anular seus próprios atos por vício de ilegalidade ou revogá‐los
por razões de mérito. O dever da Administração de controlar seus próprios atos decorre do
princípio da:
a) autotutela.
b) publicidade.
c) imperatividade.
d) autoexecutoriedade.
e) supremacia do interesse público.
GABARITO: A.
16

SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos.
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
O princípio da autotutela é aquele em que a administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Repare que a única assertiva que conceitua corretamente o princípio da Autotutela é a “A”.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revo-
gar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Vejamos a resolução completa da questão:
a) Certo e é o nosso gabarito.
Questões Comentadas 17

b) Errado. O princípio da “publicidade”, o qual está expresso no art. 37, caput, da CF/1988, disciplina que os atos
praticados pela Administração, que por serem do interesse da coletividade, devem ser amplamente divulgados,
como regra.
c) Errado, uma vez que se trata de um atributo do ato administrativo, por meio do qual é possível a criação unila-
teral de obrigações aos particulares, mesmo sem sua anuência.
d) Errado, uma vez que se trata de um atributo do ato administrativo, e não um princípio.
e) Errado, tendo em visto que a presente questão versa sobre a superioridade do interesse público, garantindo à
Administração Pública privilégios, como por exemplos as cláusulas exorbitantes e o poder de desapropriação.

12. (FUNCAB - 2013 - PC/ES - PERITO EM TELECOMUNICAÇÃO)


O princípio da supremacia do interesse público em relação ao interesse privado:
a) estabelece uma situação de igualdade absoluta entre Administração Pública e
administrados.
b) influencia o momento de elaboração da lei, mas não o momento de sua aplicação
pela Administração Pública.
c) justifica a presença de cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos.
d) importa na supremacia absoluta do interesse público sobre o interesse privado.
e) impõe que os direitos concedidos à Administração Pública sejam igualmente conce-
didos aos administrados.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A presente questão versa sobre um princípio implícito da Administração Pública, que é a
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado, que nada mais é do que prerrogativas
concedidas à Administração, de modo que exerça superioridade em relação ao interes-
se privado, sendo assim verificada uma relação vertical entre Administração Pública e
administrados.
Uma manifestação da superioridade da Administração diante dos particulares é a existên-
cia das cláusulas exorbitantes do contrato administrativo, as quais garantem prerrogativas
à Administração não cabíveis na relação contratual privada.
Sendo assim, o princípio da Supremacia do Interesse Público justifica a presença de cláu-
sulas exorbitantes no contrato administrativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
A questão versa sobre o conhecimento dos princípios que regem à Administração Pública, mais especificamente
sobre o princípio implícitos da: Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.
Primeiramente, cabe destacar que em um conflito de interesses, o interesse público possui prevalência sobre o
privado, buscando sempre satisfazer o interesse público, que é o interesse da coletividade. Tal princípio possibi-
lita certas prerrogativas à Administração, de modo a se caracterizar uma relação vertical entre Administração e
administrados. Assim, podemos ressaltar como resultado desse princípio as cláusulas exorbitantes, o poder de
polícia e a desapropriação.
Sobre as cláusulas exorbitantes, que é uma manifestação do princípio da Supremacia do Interesse Público,
podemos destacar as palavras do professo Hely Lopes Meirelles:
18

Cláusulas Exorbitantes são, pois, as que excedem do Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma restri-
ção à Administração ou ao contratado. A cláusula exorbitante não seria lícita num contrato privado, porque desi-
gualaria as partes na execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde que
decorrente da lei ou princípios que regem a atividade administrativa, porque visa estabelecer uma prerrogativa em
favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses
particulares.
Dessa forma, especificamente sobre a questão, podemos verificar uma manifestação da superioridade da Admi-
nistração diante dos particulares é a existência das cláusulas exorbitantes do contrato administrativo, as quais
garantem garantidas prerrogativas à Administração não cabíveis na relação contratual privada.
Sendo assim, o princípio da Supremacia do Interesse Público justifica a presença de cláusulas exorbitantes no
contrato administrativo.

13. (CESPE/CEBRASPE - 2016 - PC/PE - AGENTE DE POLÍCIA)


O diretor-geral da Polícia Civil de determinado estado exarou um ato administrativo e, poste-
riormente, revogou-o, por entender ser inconveniente sua manutenção.
Nessa situação hipotética, o princípio em que se fundamentou o ato de revogação foi o prin-
cípio da:
a) segurança jurídica.
b) especialidade.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) publicidade.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
Questões Comentadas 19

[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revo-
gar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Repare que a única assertiva certa é a “C”.

14. (NCE-UFRJ - 2005 - PC/DF - DELEGADO DE POLÍCIA)


A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao tratar do Poder de Polícia, afirma: “o poder de
polícia não deve ir além do necessário para satisfação do interesse público que visa prote-
ger; a sua finalidade não é destruir os direitos individuais, mas, ao contrário, assegurar o seu
exercício, condicionando-o ao bem-estar social; só poderá reduzi-los quando em conflito com
interesses maiores da coletividade e na medida estritamente necessária à consecução dos fins
estatais.” O texto citado se refere ao seguinte princípio, aplicável aos atos de Poder de Polícia:
a) legalidade.
b) moralidade.
c) impessoalidade.
d) proporcionalidade.
e) segurança jurídica.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da proporcionalidade versa sobre a adequação entre os meios e fins aplicados
pela Administração, sendo obrigatório em caso de processo administrativo. Tal princípio
veda a aplicabilidade de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da proporcionalidade estabelece o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que
ela deseja alcançar. Considera, portanto, que as competências administrativas só podem ser exercidas quando
utilizadas de maneira estritamente necessária para se alcançar o interesse público. Em outras palavras, o
princípio da proporcionalidade tem por objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer
restrições de sua liberdade além do que seja indispensável para o alcance do interesse público.
Assim, podemos verificar que o princípio almeja encontrar o ponto de equilíbrio entre os meios e os fins utiliza-
dos pela Administração Pública.
Vejamos a seguir a resolução completa da questão:
a) Errado, tendo em vista que tal princípio versa que a Administração só pode fazer aquilo que for autorizado ou
permitido em lei.
20

b) Errado, pois versa que a Administração Pública e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios
éticos, com decoro e boa-fé.
c) Errado, tendo em vista que tal princípio preza pela imparcialidade na defesa do interesse público, com o
objetivo de impedir privilégios e perseguições, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.
d) Certo e é o nosso gabarito.
e) Errado, pois o princípio da segurança jurídica visa garantir a estabilidade confiabilidade das ações já pratica-
das pelo poder Público. Deste modo, busca-se evitar que alterações infundadas possam provocar prejuízos aos
particulares.

15. (VUNESP - 2015 - PC/CE - INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL DE 1ª CLASSE)


Quando a Administração Pública deixa de observar a proporcionalidade entre os meios de que
se utiliza e os fins a que se destina, estará desrespeitando o princípio da:
a) moralidade.
b) razoabilidade.
c) impessoalidade.
d) supremacia do interesse público.
e) finalidade.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão versa sobre o conceito do princípio implícito da razoabilidade. Tal princípio visa
guiar a atuação do agente público, de modo que a determinar critérios compatíveis com
a racionalidade do “Homem Médio”, tendo a função de observar a proporcionalidade
em os meios empregados e os fins pretendidos.
Assim, podemos verificar que o gabarito da questão é a alternativa “B”.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da razoabilidade disciplina o atuar do agente público, o qual, no desempenho de sua função, deve
agir com base em critério racionais que coadune com a doutrina do “Homem Médio”.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras dos professores Marcelo Alexandrino e Vicentino Paulo:
Em resumo, o princípio da razoabilidade tem por escopo aferir a compatibilidade entre os meios e os fins visados
na prática de um ato administrativo, de modo a evitar restrições aos administrados inadequadas, desnecessárias,
arbitrárias por parte da Administração Pública.
A ação administrativa que não observar ao princípio da razoabilidade será considerado ilegítimo/desarrazoada,
podendo ser retirada do mundo jurídico por meio de invalidação judicial.
Sobre o tema, podemos destacar as palavras do professo Celso Antônio Bandeira de Mello:
as condutas desarrazoadas, bizarras, incoerentes ou praticadas com desconsideração às situações e circunstân-
cias que seriam atendidas por quem tivessem atributos normais de prudência, sensatez e disposição de acata-
mento às finalidades da lei atributiva da discrição manejada.
Logo, em vista das alternativas oferecidas pela Banca, resta claro que a única certa encontra-se na “D”.
Questões Comentadas 21

16. (VUNESP - 2015 - PC/CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1ª CLASSE)


Em grandes centros urbanos brasileiros, observa-se um desafio na questão da mobilidade
urbana, ou seja, uma constante tensão entre o transporte de caráter individual e o transporte
coletivo. Diante dos congestionamentos crescentes, por qual dos princípios implícitos da
Administração Pública o administrador público deve se guiar para constituir uma política que
privilegie o transporte coletivo em detrimento do transporte individual?
a) Pelo princípio da Inteligibilidade.
b) Pelo princípio da Razoabilidade.
c) Pelo princípio do Interesse Público.
d) Pelo princípio da Eficiência.
e) Pelo princípio da Alocação.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A presente questão versa sobre um princípio implícito da Administração Pública, que é a
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado, que nada mais é do que prerrogativas
concedidas à Administração, de modo que exerça superioridade em relação ao interes-
se privado, sendo assim verificada uma relação vertical entre Administração Pública e
administrados.
SOLUÇÃO COMPLETA
A questão versa sobre o conhecimento dos princípios que regem à Administração Pública, mais especificamente
sobre o princípio implícitos da: Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.
Primeiramente, cabe destacar que em um conflito de interesses, o interesse público possui prevalência sobre o
privado, buscando sempre satisfazer o interesse público, que é o interesse da coletividade. Tal princípio possibi-
lita certas prerrogativas à Administração, de modo a se caracterizar uma relação vertical entre Administração e
administrados. Assim, podemos ressaltar como resultado desse princípio as cláusulas exorbitantes, o poder de
polícia e a desapropriação.
Sobre as cláusulas exorbitantes, que é uma manifestação do princípio da Supremacia do Interesse Público,
podemos destacar as palavras do professo Hely Lopes Meirelles:
Cláusulas Exorbitantes são, pois, as que excedem do Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma restri-
ção à Administração ou ao contratado. A cláusula exorbitante não seria lícita num contrato privado, porque desi-
gualaria as partes na execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde que
decorrente da lei ou princípios que regem a atividade administrativa, porque visa estabelecer uma prerrogativa em
favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses
particulares.
Dessa forma, especificamente sobre a questão, podemos verificar que o princípio da Supremacia do interesse
público autoriza a ação do agente público em priorizar o interesse da coletividade em detrimento do interesse
individual. Tal poder de escolha e superioridade é fruto do citado princípio, de modo a realizar políticas públicas
que priorizem o transporte coletivo.
22

17. (INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2019 - PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - ASSESSOR TÉCNICO DE


CONTROLADORIA)
A adequação entre meios e fins é uma expressão cujos sentido e alcance habitualmente são
associados ao princípio da:
a) segurança jurídica.
b) eficiência.
c) boa-fé.
d) razoabilidade.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão versa sobre o conceito do princípio implícito da razoabilidade. Tal princípio visa
guiar a atuação do agente público, de modo que a determinar critérios compatíveis com
a racionalidade do “Homem Médio”, tendo a função de observar a proporcionalidade
em os meios empregados e os fins pretendidos.
Assim, podemos verificar que o gabarito da questão é a alternativa D.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da razoabilidade disciplina o atuar do agente público, o qual, no desempenho de sua função, deve
agir com base em critério racionais que coadune com a doutrina do “Homem Médio”.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras dos professores Marcelo Alexandrino e Vicentino Paulo:
Em resumo, o princípio da razoabilidade tem por escopo aferir a compatibilidade entre os meios e os fins visados
na prática de um ato administrativo, de modo a evitar restrições aos administrados inadequadas, desnecessárias,
arbitrárias por parte da Administração Pública.
A ação administrativa que não observar ao princípio da razoabilidade será considerado ilegítimo/desarrazoada,
podendo ser retirada do mundo jurídico por meio de invalidação judicial.
Sobre o tema, podemos destacar as palavras do professo Celso Antônio Bandeira de Mello:
as condutas desarrazoadas, bizarras, incoerentes ou praticadas com desconsideração às situações e circunstân-
cias que seriam atendidas por quem tivessem atributos normais de prudência, sensatez e disposição de acata-
mento às finalidades da lei atributiva da discrição manejada.
Logo, em vista das alternativas oferecidas pela Banca, resta claro que a única correta encontra-se na “D”.

18. (VUNESP - 2020 - PREFEITURA DE CANANÉIA/SP - CONTROLADOR INTERNO DO MUNICÍPIO)


A revisão dos atos administrativos decorre do Poder Administrativo:
a) sancionador.
b) de autotutela.
c) regulamentar.
d) jurisdicional.
e) normativo.
GABARITO: B.
Questões Comentadas 23

SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos;
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Repare que a única assertiva que conceitua corretamente o princípio da Autotutela é a “B”.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revo-
gar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Repare que a única assertiva que conceitua corretamente o princípio da Autotutela é a “B”.

19. (FAFIPA - 2019 - FUNDAÇÃO CULTURAL FOZ DO IGUAÇU - CONTADOR JÚNIOR)


O princípio que se refere aos poderes conferidos à Administração, que lhe asseguram a posi-
ção de superioridade perante o administrado, aplicando-se somente nas relações em que a
Administração atua em prol da coletividade, é conhecido como:
a) Princípio da Finalidade.
b) Princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Privado.
c) Princípio da Razoabilidade.
d) Princípio da Eficiência.
GABARITO: B.
24

SOLUÇÃO RÁPIDA
A presente questão versa sobre um princípio implícito da Administração Pública, que é a
Supremacia do Interesse Público sobre o Privado, que nada mais é do que prerrogativas
concedidas à Administração, de modo que exerça superioridade em relação ao interesse
privado, sendo assim verificada uma relação vertical, almejando satisfazer o interesse
coletivo.
SOLUÇÃO COMPLETA
A questão versa sobre o conhecimento dos princípios que regem à Administração Pública, mais especificamente
sobre o princípio implícitos da: Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.
Primeiramente, cabe destacar que em um conflito de interesses, o interesse público possui prevalência sobre o
privado, sendo almejado a satisfação do interesse da coletividade. Tal princípio possibilita certas prerrogativas
à Administração, de modo a se caracterizar uma relação vertical entre Administração e administrados. Assim,
podemos ressaltar como resultado desse princípio as cláusulas exorbitantes, o poder de polícia e a desapropria-
ção por exemplo.
Sobre as cláusulas exorbitantes, que é uma manifestação do princípio da Supremacia do Interesse Público,
podemos destacar as palavras do professo Hely Lopes Meirelles:
“Cláusulas Exorbitantes são, pois, as que excedem do Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma
restrição à Administração ou ao contratado. A cláusula exorbitante não seria lícita num contrato privado, porque
desigualaria as partes na execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde
que decorrente da lei ou princípios que regem a atividade administrativa, porque visa estabelecer uma prerroga-
tiva em favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos
interesses particulares.
Vejamos a seguir:
a) Errado, pois tal princípio visa defender o interesse público, evitando que o sentimento pessoal do agente
executor do ato sobreponha o interesse real, que é o da coletividade.
b) Certo e é o nosso gabarito.
c) Errado, uma vez que tal princípio disciplina o modo de agir dos agentes públicos, tendo esses que agir com
equilíbrio, não extrapolando os limites fixados, usando da razão para melhor enquadrar um fato no ato a ser
praticado.
d) Errado, pois disciplina que os agentes públicos e/ou administradores públicos busquem os melhores resulta-
dos, com economicidade, redução de desperdícios, qualidade, produtividade e entre outros valores.

20. (UESPI - 2009 - PC/PI - DELEGADO DE POLÍCIA)


Dentre os princípios da Administração Pública, a autotutela caracteriza-se por:
a) impedir que o Poder Judiciário reveja os atos praticados pela Administração Pública.
b) permitir que a Administração Pública reveja seus próprios atos, revogando-os por
motivo de interesse público (oportunidade e conveniência), assim como anulando
os atos inquinados pela ilicitude.
c) permitir que o Poder Judiciário revogue os atos praticados pela Administração Pública.
d) permitir que o Poder Judiciário anule os atos praticados pela Administração Pública.
e) impor aos administrados as decisões administrativas.
GABARITO: B.
Questões Comentadas 25

SOLUÇÃO RÁPIDA
O princípio da autotutela é aquele em que a administração Pública possui o poder de
rever seus próprios atos, seja para mantê-los, anulá-los por motivos de ilegalidade ou
revogá-los por inconveniência. Cabe destacar que a anulação ocorrerá quando um ato é
considerado ilegal, ou seja, contraria o princípio da legalidade. Por outro lado, a revogação
é a retirada do mundo jurídico de um ato que é legal, mas por algum fato superveniente
se torna inoportuno ou inconveniente para a Administração. Trata-se de uma prerrogativa
da Administração, independentemente do crivo do Poder Judiciário.
Resumindo:
Autotutela: Poder da Administração de rever seus próprios atos.
Anulação: Retirada do mundo jurídico por motivo de ILEGALIDADE;
Revogação: Retirada do mundo jurídico por motivo de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
Repare que a única assertiva que conceitua corretamente o princípio da autotutela é a “B”.
SOLUÇÃO COMPLETA
O princípio da autotutela é aquele em que a Administração possui o poder de exercer o crivo sobre seus próprios
atos, seja para manutenção, anulação por ilegalidade, revogação por inconveniência ou convalidação.
Sobre o tema, cabe destacar as palavras da professora Di Pietro, que de forma clara assim define:
[...] pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar
os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
De modo mais tangível, podemos apresentar o art. 53 da Lei nº 9.784/1999, que assim disciplina em sua
literalidade:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
E, ainda, a Súmula nº 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Vejamos a seguir a resolução completa da questão:
a) Errado, uma vez que o princípio da Autotutela inerente à Administração Pública não elimina a possibilidade de
revisão dos atos praticados pela Administração pelo Poder Judiciário por meio de controle externo.
b) Certo e é o nosso gabarito.
c) Errado, uma vez que o princípio da autotutela concede poder à Administração e não ao Judiciário. Além disso,
não cabe ao Judiciário revogar atos por motivo de conveniência e oportunidade.
d) Errado, uma vez que o princípio da autotutela concede poder à Administração e não ao Judiciário.
e) Errado, uma vez que a autotutela disciplina que a Administração Pública possui o poder de rever seus pró-
prios atos.

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