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2.

Vinte e três trabalhadores/as da planta de São Bernardo do Campo foram contratados/as


por meio de contrato de prestação de serviços celebrado com a empresa Delta Terceirização
de Mão de Obra Ltda., há exatamente 1 ano e 3 meses (considerando o mês corrente de
março de 2021). Eles/as recebem da empresa Delta o valor único mensal de R$ 2.000,00, para
trabalharem 220h por mês. Contudo, a fiscalização do trabalho da Secretaria Especial de
Trabalho e Previdência, vinculada ao Ministério da Economia, visitou a empresa (em SBC) no
dia 15/03/21), após denúncia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Como consequência da
visita, a empresa foi instada a, no prazo de 30 dias corridos, regularizar a situação destes/as
trabalhadores/as, sob pena de multa administrativa. Porém, os gestores da empresa alegam
não possuir condições econômicas para regularizar a situação.

6. Na data de 14/04/21, a fiscalização do trabalho retornou à planta de SBC e, mesmo antes do


prazo, autuou a empresa em 50 mil reais por trabalhador/a em situação irregular, lacrando a
planta. Como os sócios não regularizaram os pagamentos e não possuíam dinheiro para tanto,
o diligente auditor fiscal do trabalho considerou prudente a antecipação do ato administrativo.
A notificação chegou ao Diretor Jurídico dia 15/04/21, que lhe encaminhou imediatamente
para verificar as medidas cabíveis.

RESPOSTA: A multa administrativa deve ser aplicada por autoridades regionais do Ministério
do Trabalho, ou seja, o auditor tem fiscal do trabalho tem quórum para aplicação de tal,
respeitando o disposto no artigo 626, parágrafo único. A multa que deve ser imposta, por
trabalhador não registrado, conforme os termos do artigo 47 da CLT, é de R$ 3.000,00,
podendo ser acrescida de R$ 600,00 por trabalhador caso a empresa não tenha todos os dados
relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e
demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador (artigo 47 -A da CLT). Sendo
assim, a multa será calculada de acordo com o quadro previsto na Portaria 290/97 e devendo-
se levar em consideração a situação econômico-financeira do infrator e os meios a seu alcance
para cumprir a lei (art. 5º da Lei nº 7.855/89). Quanto a fechar a planta, o mesmo só pode ser
feito caso, conforme artigo 3º da Portaria nº 40 de 14 de janeiro de 2011, a qual prevê que os
auditores fiscais só poderão interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou
equipamento, ou embargar obra, se o Delegado Regional do Trabalho, hoje Superintendente
Regional do Trabalho, lhe delegar essa competência, por Portaria específica, encaminhando-a
à Secretaria de Inspeção do Trabalho, para ciência e adequação aos procedimentos previstos
na Portaria.

A empresa deverá, no prazo de 10 dias, a contar do recebimento do auto de infração,


apresentar sua defesa, com fulco no artigo 629, § 3º da CLT.

Como melhor opção para a empresa, ela deve demitir todos os 23 funcionários terceirizados,
de forma que o funcionário demitido não seja totalmente prejudicado, já que poderá sacar o
valor que tiver em conta do FGTS, bem como dar entrada no pedido de seguro desemprego,
pois quanto mais a empresa posterga a decisão de demitir os trabalhadores, quando
evidentemente seu quadro está excessivo diante da demanda e de sua capacidade financeira,
pior ficará a situação.

9.3 Ricardo Penteado Mendonça é o trabalhador mais antigo da empresa, com 47 anos de
completos de casa. Ele conta com 66 anos de idade completados em 10 de agosto de 2020. Ele
nunca faltou ao serviço, recebe hoje uma remuneração mensal de R$ 4.567,21 e todos os
valores do FGTS foram depositados corretamente na conta vinculada. Ele pretende se
aposentar e deixar de trabalhar, e procura auxilio do RH da empresa, que encaminha a
consulta diretamente ao escritório de advocacia;

RESPOSTA: Ricardo já está apto para se aposentar, tanto por idade quanto por tempo de
contribuição, vez que tem mais de 35 anos de contribuição, tempo necessário para homens
conseguirem se aposentar, e tem 66 anos, sendo que a idade mínima para homens se
aposentarem é de 65 anos. De acordo com o artigo 477 da CLT, é assegurado a todo
trabalhador o direito de rescindir ou cancelar o contrato de trabalho, portanto Ricardo deverá
ter o contrato de trabalho rescindido com a empresa e comparecer ao INSS portando os
documentos: CPF e documento com foto; comprovante de residência; Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS); guias de recolhimento do INSS (GPS); certidão de nascimento ou de
casamento (se for preciso comprovar algum vínculo), se a carência e o período de contribuição
estiverem devidamente comprovados com a CTPS e GPS, não serão necessários mais papéis.
Assim conseguira dar entrada no processo de aposentadoria, sendo indicado pelo INSS qual a
melhor e mais vantajosa opção de aposentadoria.

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