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SEEU - Processo: 4000297-35.2020.8.16.

0189 - Assinado digitalmente por ANA CAROLINA BARTOLAMEI RAMOS


[104.1] JULGADA IMPROCEDENTE A AÇÃO - Sentença em 03/03/2023

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO
TJPR - COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - FORO CENTRAL DE CURITIBA
VARA DE EXECUÇÕES PENAIS, MEDIDAS ALTERNATIVAS E CORREGEDORIA DOS PRESÍDIOS DO FORO CENTRAL DA
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - SEEU
Avenida João Gualberto, 741 - Alto da Gloria - Curitiba/PR - CEP: 80.030-000 - Fone: (41)3263-5700 - E-mail: vepctba@tjpr.jus.br

Validação deste em https://seeu.pje.jus.br/seeu/ - Identificador: PJ5QR Z6JTZ RRJ6L RC2TU


Autos nº. 4000297-35.2020.8.16.0189

Processo: 4000297-35.2020.8.16.0189
Classe Processual: Execução da Pena
Assunto Principal: Pena Privativa de Liberdade
Data da Infração: Data da infração não informada
Autoridade(s): ESTADO DO PARANÁ
Executado(s): GABRIEL HENRIQUE DA SILVA BARBOSA

Acostou-se aos autos cópia do Processo Disciplinar que apurou a prática de falta cometida pelo sentenciado em 16/12/
2022, consistente em posse de aparelho celular, 280 gramas de substância análoga à maconha, 10 gramas de substância
análoga à cocaína e 30 gramas de substância análoga à Haxixe.

O Ministério Público opinou pela homologação da falta grave (mov. 98.1).

Decido.

Em que pese o procedimento disciplinar imputar ao apenado a prática do delito de tráfico de drogas e a posse de aparelho
celular, a homologação da falta grave pressupõe certeza sobre a autoria dos fatos, dada a incidência do princípio do in
dubio pro reo também nesta seara, o que não ocorreu nos presentes autos.

Não houve instauração de Inquérito Policial e de ação penal a fim de investigar o suposto tráfico de drogas e eliminar
possíveis dúvidas acerca da materialidade e autoria do delito, portanto, sem uma análise mais criteriosa do que de fato
ocorreu, sem salvaguardar direitos como o contraditório e ampla defesa, não se pode atribuir um delito tão reprovável e
com consequências tão severas ao apenado.

No mesmo sentido, não há elementos que relacionem o sentenciado com o aparelho celular, como, por exemplo, a
apreensão do objeto junto ao seu corpo, ou entre seus objetos pessoais. Tampouco o apenado foi flagrado utilizando o
aparelho, assim, existe tão somente a constatação de assunção da posse pelo sentenciado.

Ante o exposto, afasto a falta grave cometida em 16/12/2022.

Atualize-se o relatório da situação processual executória.

Ciência ao Ministério Público.

Intime-se.

Local, data e assinatura lançados pelo sistema SEEU.

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