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II – DO DIREITO

I.II – ABSOLVIÇÃO PELO PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA IMPRÓPRIO

Consta nos autos que Pedro Henrique estava ameaçando sua tia,
após Ivan que é um desafeto de sua tia ir até sua casa. Neste sentido em uma
atitude impensada Pedro Henrique pegou a espingarda no seu quarto pra
ameaçar sua tia que desferiu uma bicuda em seu amigo Ivan. Vale salientar
que Pedro Henrique não tinha a intenção de ferir ninguém e somente intimidar
a vítima para conte-la.

Embora não se justifique a prática do crime imputado, há de ser


levado em conta que o Acusado merece a aplicação do princípio da bagatela
imprópria, para afastar a tipicidade (material) e excluir a culpabilidade no
comportamento praticado. Afinal, ninguém se feriu.

Ressalta-se que o acusado agiu sob o efeito de muita raiva, sob o


efeito de muita adrenalina e que no momento do fato ocorrido o mesmo em
razão desse comportamento não teve discernimento para medir as
consequências de seus atos. Em virtude disso aplica-se o Princípio da
Insignificância Improprio. Conforme julgado do Superior Tribunal de Justiça:

Para o reconhecimento da bagatela imprópria, exige-se sejam feitas


considerações acerca da culpabilidade e da vida pregressa do
agente, bem como se verifique a presença de requisitos permissivos
post-factum, a exemplo da restituição da res à vítima, do
ressarcimento de eventuais prejuízos a esta ocasionados e, ainda, o
reconhecimento da culpa e a sua colaboração com a Justiça. Assim,
mesmo se estando diante de fato típico, ilícito e culpável, o julgador
poderá deixar de aplicar a sanção por não mais interessar ao
Estado fazê-lo em detrimento de indivíduos cujas condições
subjetivas sejam totalmente favoráveis. (TJ/RS, Oitava Câmara
Criminal,  Apelação Crime Nº 70076016484 , Rel. Naele Ochoa
Piazzeta, julgado em 31/01/2018)
Conclui-se que o réu deve ser absolvido com fulcro no Princípio da
Insignificância Improprio.
III – DOS PEDIDOS

Diante o exposto, com base na Atipicidade Material do fato em


decorrência do Princípio da Insignificância Improprio, requer a Absolvição
Sumaria do réu, com fundamento no artigo 396 – A do Código de Processo
Penal. Em caso de rejeição do pedido, pede a intimação das testemunhas no
final arroladas.

Goiânia, 29 de Setembro de 2021.

Assinado eletronicamente

Thiago Alves de Oliveira


OAB/GO n.159285

Rafael Machado Nascimento


OAB/GO n.732693
ROL DE TESTEMUNHAS:

CRISTIANE MOREIRA RAMOS, brasileira, solteira, Do lar, portadora do CPF


n° 028.645.781-40, residente e domiciliada na Rua Minas Gerais, Quadra 11,
Lote 32, complemento: Vereda Dos Buritis Distrito De Roselândia Bela Vista –
GO, sem endereço eletrônico.

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